Ano 5 . Nยบ 17 Junho de 2018 sintaj.org
ABONO PECUNIร RIO SINTAJ CONSEGUE PAGAMENTO DE ABONO E PRIMEIROS RESULTADOS NO PROCESSO DOS 18%
Se não agora, Se não quando? agora, quando? Nós já sabemos que juntos os trabalhadores são mais fortes. Falamos isso nos nossos discursos, debatemos o tema nas nossas assembleias, usamos o argumento para convencer nossos colegas. Então porque não aplicamos essa regra, que sabemos ser real, na luta como um todo? Porque ainda resistimos à unificação sindical? Não faz sentido a existência de dois sindicatos para defender uma mesma categoria. Todos nós somos trabalhadores do Judiciário baiano. Estarmos divididos só nos enfraquece. É menos poder de pressão, de negociação. Nesses tempos de retrocesso - desvalorização, ataque ao serviço público, perdas salariais – precisamos ser grandes, fortes e estarmos seguros do que queremos. Juntos formamos uma só voz. Uma voz que efetivamente pressiona quem nos nega direitos, que emociona quem já está na luta e incentiva quem estava prestes a desistir. O momento chegou. Se não for agora, quando será?
#JUNTOSFORMAMOSUMASOVOZ
Editorial
SÚMARIO
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Nos últimos meses o SINTAJ conseguiu uma série de vitórias. E esse número da nossa revista é principalmente dedicado a eles: nossos ganhos. Na matéria de capa falamos sobre os resultados dos processos dos “18%” e do abono pecuniário, ambos de g rande importância para os servidores. Também trazemos uma matéria sobre a aprovação da VPI no Pleno, primeiro passo vital para garantir esse ganho histórico para a categoria.
Abono Pecuniário Confira primeiros resultados conquistados pelo SINTAJ no processo dos 18%
Capa 04 Aprovação da VPI
Essa edição ainda conta com reportagens sobre os eventos do último trimestre e as colunas dos nossos coordenadores.
Pleno aprova projeto que estende VPI para trabalhadores
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Boa Leitura!
Unificação Trabalhadores veem unificação como solução para fortalecer a luta
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EXPEDIENTE
Sintaj em ação Trabalhadores cobram reposição da inflação de governador.
Revista SINTAJ . Nº 17 . ano 5 . Junho de 2018 Coordenadoria Executiva: Antônio Jair - Coordenador Geral; Adriana Pondé - Comunicação e Imprensa; Elizabete Rangel - Jurídico; Alberto Miranda - Convênios; Celeste Oliveira - Aposentados e Pensionistas; Dionízio Souza - Intersindical; Gustavo Vieira - Administrativo/Financeiro Coordenação Editorial: Adriana Pondé Projeto Gráfico, Diagramação e Capa: Kylyana Queiroz
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Fenajud & Sintaj Confira matéria sobre o Conselho de Representantes e o 5º Encontro de Comunicação da federação em Salvador
Hábito de fumar Em busca de conscientizar os trabalhadores, a coordenação de convênios faz um alerta. Confira matéria
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Redação: Niassa Jamena Revisão e Fotos: Caique Oliveira Colaboradores: Antônio Jair - Matéria da Coordenação Geral Celeste Oliveira - Matéria da Coordenação dos Aposentados e Pensionistas Alberto Miranda - Matéria da Coordenação de Convênios
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Revista Virtual SINDICATO DOS SERVIDORES DOS SERVIÇOS AUXILIARES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
SINTAJ
Fundado em 23 de novembro de 1993 Sede do SINTAJ: Rua do Cabral, 115 - Nazaré CEP: 40055-010, Salvador - Bahia. Tel/Fax: (71) 3242-5213 | 3242-3642 - E-mail: comunicacao@sintaj.org | www.sintaj.org
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REDAÇÃO SINTAJ
O IMPOSSÍVEL Pleno aprova projeto que estende VPI para trabalhadores
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unho foi o começo do fim. No dia 18 o Tribunal Pleno do TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) aprovou por unanimidade a extensão da antiga VPE para os trabalhadores do Judiciário baiano que a ela têm direito, mas não a recebem. Foi o primeiro passo para o fim de uma espera de sete anos dos servidores. Com a possibilidade de ser pago de forma justa, o benefício até mudou de nome mais uma vez. A VPE, que já foi GEE, agora é VPI (Vantagem Pessoal de Incentivo).
Tratada por outras gestões do TJ-BA como uma injustiça impossível de ser solucionada, o primeiro passo para o êxito desse pleito da categoria só foi conseguido devido ao empenho do SINTAJ, que vem negociando com a atual administração da Corte, primeira que se mostrou realmente sensível a questão. Foram várias reuniões, encontros, estudos, esperas que, agora, passam a valer a pena.
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Quando a votação do projeto foi aberta no Pleno o presidente do Tribunal, desembargador Gesivaldo Britto, como já vinha garantindo ao SINTAJ nas negociações, se mostrou favorável ao projeto e defendeu a ideia perante os seu colegas. “É uma injustiça gritante que vem tendo sua resolução protelada”, afirmou o magistrado na abertura da apreciação. A relatora do projeto, a desembargadora Cynthia Resende, também foi uma grande apoiadora da matéria, inclusive esclarecendo dúvidas dos pares sobre o texto. “Há servidores que trabalham no mesmo espaço e um ganha e o outro não a mesma gratificação. Nós estudamos a proposta e não encontramos inconstitucionalidade e por isso opinamos pela criação da vantagem” decretou a magistrada. Outros desembargadores também se manifestaram de forma assertiva em favor dos trabalhadores, como foi o caso de João Augusto Pinto e Márcia Borges. »
REDAÇÃO SINTAJ
L ACONTECEU
“É uma injustiça gritante que vem tendo sua resolução protelada”, Após a aprovação da VPI o clima entre os trabalhadores era o melhor possível. Juntamente com a coordenação do SINTAJ, uma parte dos servidores que não recebem a VPI estiveram presentes na sessão. A alegria tomou conta de todos que, enfim, viam o que parecia impossível começar a se concretizar.
afirmou o magistrado Gesivaldo Britto na abertura da apreciação.
“Isso foi uma vitória nossa e uma vitória do SINTAJ”, disse a trabalhadora Daniele Simões, lotada em Itabuna e membro ativo da luta do grupo que ficou conhecido como “os sem VPE”.
“Agradeço a luta de toda a coordenação do SINTAJ, em especial ao coordenador geral, Antonio Jair e a coordenadora jurídica, Elizabete Rangel, e a todos os trabalhadores que lutaram a favor da extensão do benefício, inclusive os que já recebem a verba, mas se empenharam pelos colegas que sofrem com essa injustiça”, colocou o coordenador financeiro do SINTAJ, Gustavo Vieira.
“De início é uma euforia que a gente não pode nem conter. Foram sete anos de luta. Agradecemos muito ao SINTAJ que nunca abandonou os sem VPI nessa luta”, elogiou Luís Henrique Nogueira, lotado na comarca de Coaraci, também um sem VPE.
A decisão do TJ-BA garantiu abraços e euforia, mas também palavras de incentivo porque todos sabem que este é só o começo. Ainda falta a aprovação no plenário da Alba (Assembleia Legislativa da Bahia) e a sanção do governador Rui Costa. O SINTAJ permanece na luta. n REVISTA SINTAJ Ÿ JUNHO DE 2018 Ÿ
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COORDENAÇÃO CONVÊNIOS
HÁBITO DE FUMAR volta a crescer, mas o sintaj está de olho!
A
Organização Mundial de Saúde instituiu o dia 31 de maio como o dia mundial sem tabaco. O objetivo da data é alertar a população mundial acerca dos riscos do hábito de fumar para a saúde humana. No Brasil, ainda além dessa data há o dia 29 de agosto que é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Neste ano, o objetivo da campanha foi o de destacar a relação entre o hábito de fumar e a ocorrência de doenças cardíacas. O tema desse ano é “Com o coração não se brinca”. De acordo com dados da OMS, o Brasil ocupa atualmente a 34ª posição no ranking de países com maior número de fumantes, com um índice de 14%. A lei Antifumo de 2011 e as campanhas de conscientização foram responsáveis pela diminuição no número de fumantes, nos últimos 25 anos. Entretanto, um estudo de 2017 apontou que 10,1% da população adulta que moram em capitais são fumantes e o número de jovens fumantes entre os 18 e 24 anos cresceu de 7,4%, em 2006, para 8,5% em 2017, segundo o jornal Folha de São Paulo. Além dos jovens, notou-se também um aumento no número de fumantes na faixa etária que vai dos 35 a 44 anos. Em 2016, o índice desses fumantes era de menos de 10%. Hoje, representa 11,7% dos entrevistados no estudo apontado anteriormente. A maioria dos fumantes são homens e prevalece maior índice de fumantes naqueles com menor escolaridade.
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Por Alberto Miranda
O objetivo da campanha deste ano, promovida pelo Ministério da Saúde, SUS e outras entidades é aumentar a conscientização sobre: W
A relação entre o fumo, as doenças do coração e outras cardiovasculares (DCV);
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Os riscos para a saúde do coração;
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O impacto sobre a saúde cardiovascular dos fumantes, bem como do fumo passivo;
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A proteção de pessoas contra o uso de p r o d u to s d o ta b ac o, at r av é s d e oportunidades oferecidas pelo setor público, governo e sociedade civil.
Destaque deve ser dado na campanha ao fumo passivo, aquele que é feito pelo simples fato de respirar a fumaça do cigarro. De acordo com o Ministério da Saúde, 900 mil é o número de fumantes passivos que morrem todos os anos. O risco de um fumante passivo de desenvolver uma doença cardíaca é aumentado em cerca de 30%.»
COORDENAÇÃO CONVÊNIOS
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O Programa Municipal de Controle ao Tabagismo (PMCT) foi idealizado pelo Ministério da Saúde e atende, gratuitamente, a todos aqueles e aquelas que desejam largar de fumar, em 33 unidades de saúde do município.’’
Ação do Sintaj O Sintaj, como uma entidade preocupada com o bem-estar de seus filiados e filiadas e sabendo dessa realidade que afeta a vida de milhares de servidores e servidoras da justiça baiana, buscou informações de como ajudar na prevenção, bem como tratamento dos tabagistas que desejam largar o vício.
Tão logo o Sintaj ficou sabendo desse programa, procurou os setores do TJ a fim de que seja implementado, em todo o estado, programa semelhante que ajude aqueles que visam largar o vício do fumo. As conversas já se iniciaram e a Diretoria de Assistência à Saúde (DAS), a Coordenação de Saúde Ocupacional (COSOP) e a Secretaria de Gestão de Pessoas (SEGESP) mostraram-se dispostas a concretizar parceria com a Secretaria Municipal de Saúde para desenvolver o programa.
A partir do pedido de uma servidora, o sindicato descobriu que existe um programa no município, cujo objetivo é ajudar fumantes a abandonar o hábito de fumar. O Programa Municipal de Controle ao Tabagismo (PMCT) foi idealizado pelo Ministério da Saúde e atende, gratuitamente, a todos aqueles e aquelas que desejam largar de fumar, em 33 unidades de saúde do município. Na verdade, o tratamento é feito através de grupos de apoio em que o interessado ou interessada que deseje fazer parte do programa deve procurar uma das unidades de saúde e participar de uma entrevista, cujo objetivo é determinar o grau de dependência do paciente. Logo após essa triagem, a pessoa é informada dos dias que deve comparecer ao grupo de apoio. Os participantes devem, contudo, serem maiores de 18 anos para fazerem parte do programa. O acompanhamento é feito por uma equipe multidisciplinar formada por médicos, psicólogos, dentistas, enfermeiros, dentre outros profissionais.
O Sintaj desde já se coloca à disposição para, em parceria do TJ, ajudar aqueles e aquelas servidoras a lutar contra o vício do fumo. Nosso objetivo é tornar não só um dia de combate, mas que ele seja elencado no rol de ações que o sindicato desenvolve para toda a categoria fazendo jus ao seu lema: “Sindicato forte. Servidor respeitado”.■ Fontes para artigo: §
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/05/dia-mundial-sem-tabaco-quais-sao-ospaises-com-mais-e-menos-fumantes.shtml. Acessado em 01.05.2018.
§
https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2018/05/habito-de-fumar-abrange-10-dos-adultosnas-capitais-e-volta-a-crescer-entre-jovens.shtml. Acessado em 01.05.2018.
§
http://www.saude.salvador.ba.gov.br/2016/08/08/programa-de-controle-ao-tabagismo-ajuda-a-reduzirindice-de-fumantes-em-salvador/. Acessado em 01. 05. 2018
§
http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/leiantifumo/index.html. Acessado em 01. 05. 2018
§
http://www.inca.gov.br/dia-mundial-sem-tabaco/tabagismo.html. Acessado em 01. 05. 2018
§
https://www.youtube.com/watch?list=PL_rQTI99G4P8IrwHgKxJ3nD41nxtIwSHE&time_continue=27& v=uCM0SaRYiuU. Acessado em 01. 05. 2018
REVISTA SINTAJ Ÿ JUNHO DE 2018 Ÿ
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CAPA
Por Redação Sintaj
18%
PRIMEIROS GANHOS DE 2018 SINTAJ consegue pagamento de abono e primeiros resultados no processo dos 18%
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omente no primeiro semestre de 2018 o SINTAJ conseguiu dois ganhos importantes para os trabalhadores do Judiciário baiano. Já em março deste ano os servidores começaram a receber o passivo do abono pecuniário e, em abril, os filiados ao SINTAJ inscritos na primeira execução do processo conhecido como “18%” já puderam iniciar os trâmites para receber a verba a que têm direito. No dia 23 de abril a desembargadora Silvia Zarif tomou uma decisão há muito tempo esperada pelos trabalhadores do Judiciário baiano filiados ao SINTAJ. Despachou a primeira execução do “processo dos 18%”, aberto pelo sindicato, possibilitando assim que os servidores iniciem o processo para recebimento da verba, já que a ação já transitou em julgado. Os servidores que têm até 20 salários mínimos para receber serão pagos através de RPV (Requisição de Pequenos Valores), assim como os que têm direito a valores maiores, mas aceitarem abrir mão do excedente. Pela modalidade de RPV o beneficiário recebe a quantia em até 60 dias depois da sua inscrição. Quem tiver mais de 20 salários mínimos para receber e quiser conseguir o valor integral terá que se inscrever no precatório.
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“Os 18% foi uma grande conquista para o SINTAJ. Depois de tantos anos de luta, finalmente conseguimos. Para mim foi realmente uma grande conquista para a toda categoria. Com certeza, para mim, foi muito importante a saída desse resultado agora”, colocou Janai Nunes, lotada no Fórum do Imbuí em Salvador. “Para mim foi maravilhoso o resultado desse processo. Eu fiquei muito feliz com esse ganho, sim”, disse a aposentada Maria Dias.»
“Esse ganho a gente conseguiu a base de negociação porque o montante devido era bem menor. O que saiu agora foi para uma parte dos servidores que têm direito”, explicou Bete.
CAPA
“Esse ganho do abono pecuniário está sendo muito importante para o SINTAJ porque estamos em um ano de muita dificuldade. Então, todas as vitórias que a gente consegue têm que ser muito comemoradas. O abono foi um ganho considerável. Deu para o servidor fazer bastante coisa”, afirmou Luiz Henrique Nogueira, da comarca de Coaraci.
O que hoje se chama de “processo dos 18%” é resultado de mandado de segurança impetrado pelo SINTAJ para que a os percentuais da tabela da lei 11. 170, de 2008, incidissem também sobre as gratificações, como era inicialmente, e não só sobre o vencimento básico, como passou a ocorrer depois de um decreto baixado pela então presidente do TJ-BA em 2010, desembargadora Telma Britto. O erro foi corrigido em 2015, mas o passivo gerado entre 2010 e 2014 não foi pago e é esse que os trabalhadores começam a receber agora. Ainda há mais três grupos de execução no mesmo processo. “O SINTAJ tentou negociar os 18% politicamente diversas vezes. Mas o tribunal alegava que não tinha como pagar” explica a coordenadora jurídica do SINTAJ, Elizabete Rangel. Perguntada como se sente por estar à frente da pasta que acompanha o processo, Bete, como é conhecida, afirma que o sentimento é de realização. “É ver a coroação de um trabalho que você realizou por um bom período. Não somente eu, mas eu tive a sorte de estar aqui quando ele está deslanchando”, completou.
A coordenadora dos aposentados do SINTAJ, Celeste Oliveira, que também acompanha de perto o processo, pois muitos aposentados estão entre os beneficiados, também falou sobre o seu sentimento em relação ao resultado. “Os 18% gerou muita insatisfação por parte dos filiados por conta da demora dos ritos processuais. Quando a desembargadora despachou todo esse desgaste se transformou em uma alegria imensa. Houve muitas filiações e refiliações por parte dos aposentados”, comentou. Já o pagamento do passivo do abono pecuniário foi conseguido através de um processo administrativo também aberto pelo SINTAJ. A atual administração do TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) informou já em fevereiro que pagaria o devido aos trabalhadores, em uma reunião com entidades as representativas. O abono pecuniário se refere à venda dos dez dias de férias a que os trabalhadores tinham direito até o ano de 2015. Até 2010 o pagamento da venda era calculado em cima do vencimento integral dos trabalhadores. Nesse ano ele passou a incidir apenas sobre algumas verbas. No entanto, em 2017, os magistrados ganharam um processo em que reivindicavam o retorno da mesma forma de cálculo anterior e, como os de ambas as categorias eram realizados do mesmo modo, o SINTAJ abriu um processo administrativo para que a mesma decisão fosse aplicada aos servidores, apesar de a decisão final ter acontecido via mesa de negociação. O pagamento está sendo feito de forma escalonada e gradual em parcelas de R$ 5 mil desde março. Os trabalhadores que têm direito a até R$ 5 mil receberam logo no início de uma só vez. Os que possuem valores até R$ 10 passaram a receber em seguida em duas parcelas e assim sucessivamente. “Esse ganho a gente conseguiu a base de negociação porque o montante devido era bem menor. O que saiu agora foi para uma parte dos servidores que têm direito”, explicou Bete. “Esse ganho do abono pecuniário está sendo muito importante para o SINTAJ porque estamos em um ano de muita dificuldade. Então, todas as vitórias que a gente consegue têm que ser muito comemoradas. O abono foi um ganho considerável. Deu para o servidor fazer bastante coisa”, afirmou Luiz Henrique Nogueira, da comarca de Coaraci.■
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REDAÇÃO SINTAJ
Trabalhadores veem unificação como solução para fortalecer a luta “Em 2007, por ocasião da LOJ (Lei de Organização Judiciária), o SINTAJ e o Sinpojud se uniram para trabalhar juntos. No entanto, na greve de 2010 houve um problema que trouxe de volta o racha que existia antes da LOJ de 2007. Foram diferenças ligadas à forma diferente de lutar das respectivas bases”. Desde o episódio acima, narrado pela coordenadora jurídica do SINTAJ, Elizabete Rangel, foram poucos os momentos de união entre as duas entidades sindicais que representam os trabalhadores do Judiciário baiano. Mesmo nas ocasiões em que não existiram discordâncias diretas, também não houve unidade. Foram sempre duas pautas de reivindicações, reuniões de negociação e manifestações diferentes e defesas específicas de parte da categoria feitas em separado.
“A unificação é fundamental. Com os direitos dos trabalhadores sendo retirados, nós não temos outra saída. E se algum dirigente sindical da base do Judiciário não consegue enxergar isso está bem equivocado”, decreta Elizabete.
‘‘Unificados nós poderemos fazer uma greve só e ter um poder de negociação maior”. Adelson Oliveira (Filiado ao SINpojud)
“Os atores do processo de unificação vão ser as direções eleitas nas duas entidades esse ano. Daí a importância de toda a categoria se mobilizar e participar dos processos eleitorais das duas instituições”. Dionizio Souza (Coordenador intersindical do SINTAJ)
Cansados de ver a divisão dos trabalhadores, os coordenadores do SINTAJ decidiram tomar a frente do processo de unificação sindical, considerado pela instituição uma medida vital para o fortalecimento da luta. No final de 2017, o sindicato lançou a campanha Juntos Somos Mais Fortes em que atua - e convoca a sua base a atuar - em todas as frentes necessárias para que o processo de unificação dos dois sindicatos aconteça.
“A unificação fortalece a luta”. Celeste Oliveira (Coordenadora dos Aposentados do SINTAJ)
“Mais de 90% dos servidores com os quais eu converso são a favor da unificação”. Eduardo Toniato (Filiado ao SINpojud)
No entanto, a ideia, e muito menos a tentativa, não são novas. D i v e r s a s v e z e s o S I N TA J procurou o Sinpojud para, através do diálogo, viabilizarem a junção das entidades. Com respostas vagas ou negativas expressas as sucessivas gestões do outro sindicato nunca se mostraram dispostas a unificar. A questão é ainda mais complexa porque além dos dois sindicatos existem mais duas associações representativas dos trabalhadores do TJ-BA. Ou seja, embora o passo mais importante para o fortalecimento da categoria seja a união dos dois sindicatos mais antigos a verdade é que ainda vai restar uma fragmentação, mesmo que a fusão aconteça. “O anseio pela unificação já existia da parte dos trabalhadores de ambas as bases. O que faltou foi vontade política das lideranças do outro sindicato. Nós nunca encontramos esse desejo na direção da outra entidade e talvez esse tenha sido o grande entrave”, explicou o coordenador intersindical do SINTAJ, Dionizio Souza.»
*Além dos trabalhadores do Judiciário baiano cujas declarações foram usadas no próprio texto, a Revista SINTAJ também ouviu outros servidores cujas falas também foram destacadas ao longo da reportagem.
REDAÇÃO SINTAJ “O anseio pela unificação já existia da parte dos trabalhadores de ambas as bases. O que faltou foi vontade política das lideranças do outro sindicato. Nós nunca encontramos esse desejo na direção da outra entidade e talvez esse tenha sido o grande entrave”, explicou o coordenador intersindical do SINTAJ, Dionizio Souza. Os motivos e explicações dados pelos servidores mais antigos para a criação do SINTAJ são muitos. Mas o fato é que em 1993 o SINTAJ foi criado para atender aos servidores do antigo Ipraj (Instituto Pedro Ribeiro de Administração Judiciária). Em 2001 seu estatuto foi reformado e a entidade sindical passou também a ter como base os trabalhadores dos Juizados Especiais. A unificação foi uma proposta levada pela coordenação anterior do SINTAJ - da qual alguns membros ainda fazem parte da atual gestão - para o V Contaj (Congresso do SINTAJ), em 2015. A propositiva foi aprovada por unanimidade pelos filiados presentes e a atual campanha é a concretização desse deliberativo. “A categoria dividida, cada qual buscando um caminho e, por consequência, entrando em choque é o cenário perfeito para o patrão. Com a unificação poderemos, juntos, fazer valer os nossos direitos conquistados”, reflete Puluca Pires, da comarca de Ipirá. “A unificação sindical é muito importante. Quando uma categoria está dividida fica mais difícil reivindicar os seus direitos. Quando se une fica mais fácil, fortalece a luta”, afirmou a trabalhadora Tayana Salette, da comarca de Itabuna. O nosso linear, por exemplo. Já estamos há três ano sem. Se a categoria tivesse unida, acho que já teríamos conseguido”, completa. Mas não são apenas os filiados ao SINTAJ que são a favor da unificação. Entre os integrantes da base do Sinpojud também há os que entendem que a fusão dos dois sindicatos é a melhor saída para os trabalhadores da Justiça baiana. “Nós temos debatido esse assunto [a unificação] com os colegas nas comarcas que a gente visita, com aqueles com quem a gente trabalha ou já trabalhou e a receptividade a proposta é muito boa, apesar de o Sinpojud fazer campanha contra”, contou Adelson Oliveira, filiado ao Sinpojud e lotado na comarca de Cícero Dantas. Eduardo Toniato, também filiado ao Sinpojud e lotado na comarca de Olindina concorda que a divisão é prejudicial para a própria categoria.
‘‘Se fôssemos unificados talvez já tivéssemos conseguido o linear, a GEE e até o pagamento dos passivos já poderia ter sido adiantado”. Luiz Cláudio Oliveira (Filiado ao SINTAJ)
“A unificação é a única saída para a sobrevivência dos sindicatos”. Álvaro Boaventura (Filiado ao SINTAJ)
“Quando os trabalhadores pensam em unificação eles veem uma luta forte, exitosa”. Elizabete Rangel (Coordenadora Jurídica do SINTAJ)
“Se a categoria fosse unida em um sindicato só já teríamos conseguido o nosso linear”. Tayana Salette (Filiada ao SINTAJ)
“Sou pela unificação para que juntos possamos fazer valer os nosso direitos já conquistados e os que ainda estão por vir”. Puluca Pires (Filiado ao SINTAJ)
“Com a unificação nós vamos perceber que a nossa categoria só se divide em técnicos e analistas e vamos brigar para que ambos tenham seus pleitos atendidos”. Carolina dos Anjos
“Divididos nós somos fracos. A criação de vários sindicatos faz com que a gente perca o poder de mobilização da categoria e poder de negociação junto ao Tribunal. Se fôssemos um sindicato só com os mais de 7 mil servidores que nós temos na Bahia com certeza teríamos um caminho mais fácil pela frente”.■
(Filiada ao SINTAJ)
“As pessoas que não concordam [com a unificação] ou não têm conhecimento da situação político-sindical ou fazem parte da diretoria de alguns sindicatos”. Dilson Araújo (Filiado ao SINpojud)
REDAÇÃO SINTAJ
FENAJUD SINTAJ em parceria Sindicato sediou eventos importantes da Federação
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o mês de maio o SINTAJ sediou dois eventos importantíssimos da Fenajud (Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados), entidade a qual o sindicato é filiado. Aconteceram em Salvador o Conselho de Representantes e o 5º Encontro de Comunicação da entidade, que foram realizados nos dias 9 e 10 e 11, respectivamente. Ambos os eventos ocorreram em formato de parceria entre a federação e o sindicato baiano. A reunião do Conselho foi convocada de forma extraordinária e teve como tema central de discussão a necessidade de se reverter o processo de fragmentação que vem tomando conta dos trabalhadores do Judiciário dos estados brasileiros. Os representantes dos sindicatos filiados à Federação expuseram as suas preocupações em relação à divisão que afeta a categoria. O debate durou todo o dia e metas e estratégias foram pensadas para reverter esse processo. O Encontro de comunicação durou dois dias. Voltado principalmente para os profissionais de comunicação dos sindicatos e com foco nos aspectos práticos do trabalho comunicacional, o evento foi marcado pela inovação no formato. Ao invés de palestras com comunicólogos, o encontro foi dedicado à produção de campanhas e a pensar melhorias e inovações para a comunicação das entidades sindicais.
12 Ÿ JUNHO DE 2018 Ÿ REVISTA SINTAJ
No primeiro dia os comunicadores e dirigentes sindicais presentes na reunião elaboraram o plano de comunicação que norteará os sindicatos filiados e a Federação pelos próximos três anos. A discussão foi rica e ótimas ideias surgiram. Na sexta foi realizada uma oficina de comunicação em que foram mostradas todas as etapas da produção de conteúdo para as mídias sindicais. Falou-se do texto, dos formatos e dos conteúdos utilizados, da criação da imagem e da divulgação desses produtos nas redes sociais, principalmente através do impulsionamento de postagens. Durante a manhã os participantes assistiram às exposições da jornalista e assessora de imprensa do SINTAJ, Niassa Jamena; da relações públicas e responsável pela criação gráfica do sindicato, Kylyana Queiroz e do publicitário e social media da mesma entidade, Caique Oliveira. A tarde todos os participantes do encontro criaram campanhas de forma a colocar em prática o que foi passado no turno anterior. O Conselho de Representantes e o Encontro de Comunicação aconteceram no hotel Monte Pascoal.■
Forró duplamente especial Por Redação Sintaj
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No Dia dos Namorados, São João dos Aposentados é marcado por animação e clima de romance
O São João dos Aposentados do SINTAJ deste ano teve um clima ainda mais especial. Por ter sido realizada no dia 12 de junho, Dia dos Namorados, a comemoração foi, para muitos dos casais de aposentados filiados, uma oportunidade de fazerem um programa juntos e só deles na data. Muitos chegavam de mãos dadas ao local e permaneceram aproveitando juntos o momento.
Mas para além do clima de romance, típico do dia, o evento, realizado no Espaço Doroteias, no Garcia, foi, como sempre, um sucesso. Os motivos? Os mesmos de sempre. O empenho do SINTAJ para realizar a festa, a disposição dos aposentados e a alegria destes por rever amigos e colegas de longa data. Um Trio Nordestino animou a festa com consagrados sucessos do forró tradicional e interagia com os convidados de forma espontânea, o que fez com que muitos se animassem a dançar e a realmente curtir a festa. Teve pé de serra. Teve xote. Teve quadrilha. Só se falava na beleza da festa e da necessidade da manutenção desses encontros. O evento teve a cara, o jeito e a empolgação dos antigos trabalhadores do TJ-BA.
“Eu acho muito importante a realização de eventos como esse pela integração. Eu que gosto da vida, gosto de música, de dançar estou achando ótimo”, elogiou a convidada Darcy Monteiro. “Esses eventos são sempre bons porque reúnem colegas do passado que trabalharam muito pelo Tribunal. Está sendo uma festa de congraçamento muito boa”, disse o aposentado Feliciano Lopes. A coordenadora dos aposentados e pensionistas do SINTAJ, Celeste Oliveira, fez um discurso durante a festa. “Como é importante estarmos aqui celebrando. Nos reencontrando. Essa festa já é fixa no calendário do SINTAJ e nós a organizamos com tanto prazer que está sendo esse sucesso. Principalmente pela presença de vocês”, relatou.
Durante o festejo teve ainda o sorteio de dois balaios e, como não poderia faltar, o momento político do encontro. A coordenadora de comunicação do SINTAJ, Adriana Pondé, aproveitou a ocasião para falar aos aposentados sobre a campanha de unificação sindical e sua importância. “Nós queremos convidar vocês para entrar na luta de mais uma vitória que queremos ter, que é o processo de unificação. A gente não precisa continuar dividido. Juntos somos muito mais fortes”, afirmou a coordenadora bastante aplaudida e incentivada pelos presentes.
SINTAJ inicia acompanhamento da tramitação do projeto do abono pecuniário 11 de junho de 2018
Projeto da GEE já está pronto e o do linear em fase de elaboração, informa TJBA 28 de maio de 2018
18%: trabalhadores aprovam desconto de 3% em favor do SINTAJ 15 de maio de 2018
14 Ÿ JUNHO DE 2018 Ÿ REVISTA SINTAJ
Servidores de Irecê
Servidores de Bom Jesus da Lapa
Servidores de Juazeiro
Servidores de Paulo Afonso
GOVERNADOR, SEM REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO, NÃO TEM VOTO NA ELEIÇÃO! Servidores de Serrinha
REVISTA SINTAJ Ÿ JUNHO DE 2018 Ÿ
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a gente não precisa continuar dividido.
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juntos somos mais fortes.
#JUNTOSFORMAMOSUMASOVOZ