Informe Setorial - Desenvolvimento Industrial e Tecnológico

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INFORME SETORIAL: DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL E TECNOLÓGICO Maio 2014


Bianka Nieckel

Indústria Oceânica, Rio Grande


INFORME SETORIAL DESENVOLVIMENTO

INDUSTRIAL E TECNOLÓGICO I


ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA-GERAL DE GOVERNO Tarso Genro Governador Beto Grill Vice-Governador Vinícius Wu Secretário Geral de Governo Mauro Knijnik Secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento Cleber Prodanov Secretário de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Odir Tonollier Secretário da Fazenda Ivan De Pellegrin Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento Adalmir Marquetti Fundação de Economia e Estatística


APRESENTAÇÃO O presente informe pretende analisar o desempenho da política de desenvolvimento industrial e tecnológico do Governo do Estado do Rio Grande. Sendo assim, buscará não somente avaliar a evolução da economia gaúcha no último período, como também atestar a existência de um nexo de causalidade entre as ações de governo e os resultados obtidos por setores estratégicos da indústria no Rio Grande do Sul. Para tanto, analisamos dados e indicadores econômicos, ao mesmo tempo em que avaliamos a eficacidade dos projetos estratégicos, vinculados à política de desenvolvimento da atual administração, monitorados pela Sala de Gestão do Governo do Estado. Confrontamos dados referentes à execução física e orçamentária, indicadores de impacto e outras informações relevantes acerca da implantação de projetos governamentais, tais como o que se propõe a facilitar e apoiar o desenvolvimento da Indústria Oceânica ou o que busca dar suporte aos Arranjos Produtivos Locais. Os resultados obtidos na área do desenvolvimento tecnológico são outros importantes vetores de análise. O informe apresentado nas próximas páginas permite traçar um panorama bastante abrangente da economia gaúcha, ainda que alguns aspectos tenham sido intencionalmente deixados de fora dessa análise. Mas, a partir dos dados e informações reunidos, é possível contestar algumas impressões equivocadas a respeito do perfil da economia do estado na atualidade. A começar pela falsa ideia de que a atual retomada do crescimento esteja assentada exclusivamente sobre a atividade primária. Os resultados da indústria gaúcha, em especial nos últimos três trimestres, atestam a inconsistência dessa assertiva. Da mesma forma, é possível questionar os argumentos que buscam desconstituir os esforços em favor da elevação da renda média do trabalho, em especial, a política de recuperação do salário-mínimo regional adotada pelo atual governo. A elevação do rendimento do trabalhador não tem prejudicado a expansão da indústria e do emprego formal no estado, conforme pode-se atestar no presente informe. Esperamos, portanto, contribuir para uma compreensão mais apurada das atuais dinâmicas econômicas do Rio Grande do Sul, relacionando todas as dimensões que compõem a estratégia de desenvolvimento do governo do estado às importantes conquistas obtidas no último período, através de um esforço que envolve o Poder Público e o setor produtivo interessado na promoção do desenvolvimento econômico e social. E se, como acreditamos, obtivemos um considerável êxito em nossa estratégia de desenvolvimento, deve-se alertar para o fato de que este resultado somente foi possível em virtude de sua vinculação a políticas efetivas de promoção da igualdade, da sustentabilidade e participação cidadã.

Vinícius Wu Secretário Geral de Governo Estado do Rio Grande do Sul

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Pedro Revillon

Auto gerador fabricado em Canoas


INTRODUÇÃO Completados três anos de Governo do Estado, período em que, na condição de secretário do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, estive à frente do Sistema de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, o que vejo é uma economia dinamizada, recolocada no rumo do crescimento a partir da revitalização de setores tradicionais e da incorporação de novos segmentos ao parque produtivo gaúcho. Diversas estatísticas, de diferentes instituições, mostram isso. Sempre que solicitado a comentar números e desempenhos de nossa economia, ressalto duas questões que considero essenciais em qualquer análise do que passou ou projeção do que vem pela frente. Em primeiro lugar, é preciso deixar claro: tal desempenho positivo não caiu do céu, mas representa o resultado de um esforço do Governo em sintonia com as necessidades da sociedade. Isso está representado em nossa Política Industrial, elaborada em um exaustivo processo de debates, que elencou o que deveriam ser as prioridades de uma política pública de desenvolvimento que gerasse também ganhos sociais, como deve ser a preocupação de todo governo. O segundo ponto a ser destacado, este em relação ao que está por vir, é a tendência que as estatísticas apontam. Não tenho dúvida em afirmar que os sinais são de continuidade do ciclo virtuoso, em que o sucesso das ações gera desdobramentos e novos resultados positivos. O grau em que se dará o avanço, porém, não depende unicamente de nós. O Rio Grande do Sul se insere em um contexto nacional que, por sua vez, sofre os efeitos do que ocorre no mundo. Assim, o crescimento será maior ou menor conforme o ritmo da economia internacional e do reflexo no mercado interno.

Mauro Knijnik Secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento Estado do Rio Grande do Sul

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Claudio Fachel

Parque E贸lico


ABERTURA Os resultados da economia gaúcha em 2013 mostraram o acerto das medidas tomadas pelo Governo, rompendo com a lógica do Estado mínimo subjacente à concepção do ajuste fiscal como fim em si mesmo. Assim, o setor público fortalecido deixou de ser visto como problema e passou a integrar a solução. O Rio Grande do Sul voltou a ser protagonista do desenvolvimento econômico e social. O crescimento econômico apresentou uma taxa equivalente ao dobro da brasileira, com expansão nos diversos segmentos da economia gaúcha. A taxa de desemprego caiu ao menor nível histórico desde os anos 90 e houve expressivo aumento da capacidade de compra dos trabalhadores. Ressalta-se o surgimento de novos setores econômicos no Estado com a forte expansão da indústria oceânica e os investimentos na geração de energia eólica, mostrando o acerto da escolha por uma política industrial ativa. O crescimento econômico articulado pelo Estado favoreceu as diferentes classes sociais e, em particular, os mais pobres. O ano de 2014 marcará a continuidade da expansão da economia gaúcha. A agricultura, salvo problemas climáticos inesperados, terá mais uma safra recorde. Os investimentos industriais acordados pelo Governo do Estado que já começam a dar frutos irão se consolidar. Os investimentos do Governo Federal associados aos investimentos estaduais estão se intensificando no Rio Grande do Sul. Por fim, a renegociação da dívida pública estadual ampliará a capacidade de investimento do Rio Grande do Sul, apontando para a continuidade e sustentabilidade do processo em curso. Logo, as bases para que o Estado continue a desempenhar um papel de liderança no processo de crescimento e distribuição de renda estão postas para um futuro ainda mais promissor.

Adalmir Antonio Marquetti Presidente da FEE

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Informe Setorial Desenvolvimento Industrial e Tecnológico Rio Grande do Sul - Retomada do crescimento com promoção da igualdade Os indicadores econômicos referentes ao ano de 2013 apresentados pela FEE¹ atestam que o PIB do RS tem crescido num patamar superior ao do Brasil, atingindo a marca de 5,8% no acumulado do ano (jan-dez/2013), enquanto o PIB nacional cresceu 2,3% no mesmo período. A economia gaúcha deve seguir crescendo em 2014, impulsionada por uma nova projeção de recorde da safra agrícola e por medidas de incentivo à atividade industrial que potencializam os resultados obtidos no campo, fortalecendo os demais setores. A análise trimestral dos dados do PIB, somada às variações acumuladas, dão uma ideia mais precisa da tendência de expansão da economia gaúcha quando comparada com a nacional. O presente informe buscará demonstrar que não apenas a economia gaúcha vem apresentando sinais de vitalidade, como também a dinâmica de desenvolvimento do Estado favorece um ambiente no qual a expansão do emprego e o aumento da renda aparecem como características fundamentais, o que pode ser atestado pelos principais indicadores econômicos e sociais do RS. A tabela a seguir compara a taxa de crescimento do PIB, no acumulado dos quatro trimestres de 2013, entre o Brasil e o Rio Grande do Sul. Taxas de crescimento do PIB, Brasil e RS Acumulado em quatro trimestres, em %

10,0

8,0

6,0

4,0

2013.IV

2013.III

2013.I

2013.II

2012.III

2012.IV

2012.I

2012.II

2011.IV

2011.III

2011.I

2011.II

2010.IV

2010.III

2010.I

2010.II

2009.III

2009.IV

2009.I

2009.II

2008.III

2008.IV

2008.I

2008.II

2007.III

2007.IV

2007.I

2007.II

2006.IV

2006.III

2006.I

2006.II

2005.III

2005.IV

2005.I

2005.II

2004.IV

2004.III

2004.I

0,0

2004.II

2,0

-2,0

-4,0 Fonte: FEE/NCR

Brasil

RS

1. FEE. PIB Trimestral. Disponível em: <http://http://www.fee.rs.gov.br/indicadores/pib-rs/pib-trimestral/destaques/>. Acesso em: 03 de abril de 2014.


A principal característica do atual padrão de desenvolvimento do Rio Grande do Sul tem sido definida pela obtenção de significativos resultados referentes à geração de emprego e aumento da renda média do trabalhador gaúcho. Para o IBGE² , a taxa de desocupação média de 3,5% em 2013 é a menor desde o início da série histórica, em 2002, entre as capitais brasileiras. O aumento da taxa de ocupação da população economicamente ativa associado ao crescimento da formalização do emprego e a tendência ascendente no rendimento médio real do trabalhador gaúcho são indicadores econômicos que atestam a qualidade do desenvolvimento do Estado. Taxa de desemprego na região metropolitana* 9,5% 8,6% 7,4%

8,0%

7,3% 5,9% 5,6%

4,5% 4,5%

4,0%

3,5%

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: IBGE

Em 2013, o rendimento médio real do trabalhador registrou elevação média de 5,2% segundo o IBGE³ (2012/2013). RS - Rendimento Médio Real do Trabalhador - Jan/07 - Nov/13 2.800,00

2.600,00

2.400,00

2.200,00

2.000,00

1.800,00

1.600,00

1.400,00

jul/09 set/09 nov/09 jan/10 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 out/13 nov/13

1.000,00

jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 nov/07 jan/08 mar/08 mai/08 jul/08 set/08 nov/08 jan/09 mar/09 mai/09

1.200,00

Fonte: FGV

2. IBGE. Pesquisa Mensal do Emprego. 2013. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/retrospectiva2003_2013.pdf>. Acesso em: 03 de abril de 2014. 3. IBGE. Pesquisa Mensal do Emprego, novembro de 2013. 2013. Disponível em: <http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia& idnoticia=2575>. Acesso em:03 de abril de 2014.

Informe Setorial: Desenvolvimento Industrial e Tecnológico I


O desempenho da economia do RS A economia gaúcha apresentou taxa média de crescimento do PIB de 3,86% no período de 2007 a 2010, com os setores da Agropecuária e Serviços crescendo acima da média e a Indústria abaixo da média do PIB total. O PIB da agropecuária foi em média 4,33% e o de serviços 4,05%, ao passo que o PIB da indústria apresentou um crescimento médio de meros 2,21%. Nesse período, a economia do Rio Grande do Sul não acompanhou a taxa de crescimento do Brasil. Quando comparada às demais economias da região sul, percebe-se, adicionalmente, que a economia do Rio Grande do Sul foi a que apresentou a menor taxa de expansão no período de 2002 a 2010. A partir de 2011, esse quadro sofre uma mudança. A taxa média de crescimento real do Rio Grande do Sul no período (2011/12) ficou praticamente igual à taxa média de crescimento do Brasil (1,88%). Em 2013, percebe-se uma retomada do crescimento do Rio Grande do Sul muito superior à média nacional. Ainda que o setor agropecuário tenha sido bastante importante nessa retomada, a indústria vem desempenhando um papel destacado nesse processo. Quando se analisam os dados da produção física da indústria de transformação, constata-se que o estado vem, desde o segundo trimestre de 2013, exibindo indicadores de forte recuperação da atividade industrial, como pode ser visto na tabela abaixo. Segundo o IBGE , a produção industrial gaúcha foi a que mais cresceu em 2013 entre os estados brasileiros, com aumento de 6,8%. O crescimento da indústria gaúcha, impulsionado pelos novos investimentos, é um dos fatores que contribuiu para o aumento do PIB acima da média registrada no país.

Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física - Resultados Regionais Índice Acumulado no Ano - Dezembro/2013 (Base: igual período do ano anterior) 8,0

6,8 5,6

5,0 3,8

4,0

3,3

4

%

1,5

1,2

0,8

0,7

0,7

0,0

0,7

0,1 - 1,3

-4,0 - 4,9 - 6,7

-8,0

RS

PR

GO BA

CE

SC

BR

NE

PE

SP

AM RJ

MG PA

ES

Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas/ Coordenação de Indústria

4. IBGE. Produção Industrial Gaúcha. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/industria/pimpfregional/>. Acesso em: 03 de abril de 2014.


Indústria do Petróleo e automóveis lideram o crescimento no RS A cadeia produtiva do petróleo, de máquinas e equipamentos e de automóveis destacou-se positivamente na taxa de crescimento da indústria de transformação no acumulado do ano (jan-set/2013) em comparação ao mesmo período do ano anterior. As taxas de crescimento da indústria de transformação apresentam tendência ascendente ainda mais acentuadas quando se analisa o terceiro trimestre de 2013. .

Taxas de crescimento do Valor Adicionado Bruto da Indústria de transformação e das atividades industriais (%)

2013 / 2012

VAB Transformação

3,6

Máquinas e equipamentos Veículos automotores Borracha e plástico Bebidas Refino de petróleo e e álcool Produtos de metal Mobiliário Outros produtos químicos Metalurgia básica Celulose, papel e produtos de papel Alimentos Edição, impressão e reprodução de gravações Fumo Calçados e artigos de couro

9,4 17,2 9,8 9,2 35,2 2,8 1,0 0,5 -3,1 -4,1 -1,0 -5,5 -5,5 -4,2 Fonte: FEE

RS entre os maiores exportadores do Brasil A participação da economia gaúcha nas exportações nacionais apresentou um forte aumento em 2013, revertendo a tendência de queda. O valor exportado pelo Estado registrou uma evolução (44,3%) bem superior à observada no País (-0,2%), sendo a maior entre os 10 maiores estados exportadores. A variação do volume das exportações do RS foi positiva (16,8%) e ainda bem acima da observada em nível nacional (4,1%). Esse desempenho colocou o Estado em terceiro lugar entre os maiores exportadores — abaixo de São Paulo (23,25%) e Minas Gerais (13,81%) —, com 10,36% das exportações nacionais. Até dezembro, as exportações do Rio Grande do Sul acumularam US$ 25,1 bilhões, o que significou um aumento de US$ 7,7 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo análise da Fundação de Economia e Estatística. Participação do RS nas exportações nacionais (%)

10,97

10,24

9,35 8,84

2003

8,56

9,29

10,36

9,96 7.62

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

2011

7,59

2012

7,17

2013

Fonte: FEE/MDIC 5. FEE. Série Histórica - Exportações Totais por Unidade da Federação. Disponível em: <http://www.fee.rs.gov.br/indicadores/indice-das-exportacoes/seriehistorica/>. Acesso em: 03 de abril de 2014.

Informe Setorial: Desenvolvimento Industrial e Tecnológico I


Uma estratégia

de desenvolvimento para o Rio Grande

Desde o início da atual gestão, em 2011, o governo assumiu o desafio de retomar o papel do estado na formulação e execução de uma estratégia de desenvolvimento industrial para o Rio Grande do Sul. Diante da complexidade desse processo, foram constituídos os instrumentos institucionais necessários ao estabelecimento de uma ação coordenada com diferentes atores governamentais. A partir da instituição do Sistema de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), foi estabelecida a integração das instituições financeiras (BADESUL, BRDE, Banrisul) em torno de um conjunto de diretrizes que convergem para um perfil de atuação singular no país. A Agência Gaúcha de Desenvolvimento (AGDI), cujo modelo enseja a flexibilidade e a agilidade institucional, desempenha papel-chave na operacionalização de aspectos decisivos da estratégia de desenvolvimento. A política industrial do RS, uma inovação institucional, vem sendo reconhecida como referência de desenvolvimento regional/estadual. O modelo implementado compreende programas, projetos/ações e instrumentos de aplicação na dimensão setorial (setores estratégicos), na dimensão de organizações associativas/cooperativas (economia da cooperação) e, ainda, na dimensão da unidade empresarial (política da firma). Contempla instrumentos de atuação transversal e a temática da infraestrutura para o desenvolvimento. Projetos como RS Indústria Oceânica, RS Eólica, Polo Espacial, Plano Safra, ações internacionais, fomento aos Arranjos Produtivos Locais e aos Parques Tecnológicos, Sala do Investidor, Novo Fundopem, Pró-Inovação e Mais ÁguaMais Renda se destacam na Política Industrial. É importante notar que o conjunto de ações inéditas protagonizadas pelo estado e o canal de diálogo permanente com o setor privado criaram um clima propício à retomada dos investimentos no Rio Grande do Sul. Contribuíram para a criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento iniciativas governamentais como as verificadas na área de política tributária, que possibilitaram um significativo aumento da produção em vários setores, como o de bens de capital, no qual a participação do estado na produção nacional passou de 35% para 46% entre 2010 e 2013. Sistema Financeiro Estadual: dinamismo e articulação institucional Um diferencial do Rio Grande do Sul para potenciais investidores é o sistema financeiro, formado pelos bancos Banrisul, Badesul e BRDE. Desde 2011, o Banrisul vem ampliando o seu montante de recursos destinado à concessão de crédito, o que permitiu ao Banco ultrapassar a marca de 20 bilhões de reais em transações desse tipo em 2013. Em outra frente, os bancos de desenvolvimento do estado, Badesul e BRDE, estão apliando ano após ano os montantes de recursos destinados ao financiamento de projetos do setor produtivo. Entre 2011 e 2013, o Badesul alcançou R$ 4,44 bilhões em financiamentos, e o BRDE, R$ 1 bilhão no RS.


Concessões de crédito

1400 1200 1000 800 600 400 200 0

1,0 Bi 753 Mi 406 Mi

460 Mi

2010

2011

R 20,81Bi

21

20

2012

2013

R$ 4,4 Bi

R$ 19,80 Bi

R$ 2.1 Bi

19 R$ 18,28 Bi 18 17

2011

2012

2013

2008 -2010

2011 -2013

O Novo Fundopem O Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem), principal ferramenta de incentivo público para atração de investimentos no Estado, foi alinhado à Política Industrial, dando origem ao Novo Fundopem. Com os avanços, houve maior flexibilidade na apresentação dos projetos e na prestação de contas. Além disso, pontua de forma diferenciada os setores estratégicos dos Programas Setoriais da Política Industrial (ou seus fornecedores diretos), valoriza a massa salarial do empreendimento, trabalha com o faturamento incremental e ICMS gerado (não mais apenas ICMS Incremental) e permite a fruição simultânea ao Pró-Inovação, o que antes não era possível. Também valoriza a compra de insumos dentro do estado, pontua de forma diferenciada as cooperativas, valoriza a intensidade tecnológica do projeto, o impacto ambiental, entre outros. Os benefícios concedidos equivalem a investimentos de R$ 3,7 bilhões e geração de 11 mil empregos.

Política Industrial Setorial: visão estratégica e resultados expressivos O Modelo de Desenvolvimento Industrial do estado busca aumentar a competitividade de setores estratégicos tradicionais da economia gaúcha, impulsionar investimentos nos setores característicos da nova economia e promover o desenvolvimento econômico e social. Considerada como um dos principais projetos estratégicos do Governo do Estado, monitorados a partir da Sala de Gestão, a Política Industrial pretende assegurar melhores condições para o fortalecimento das empresas já estabelecidas, bem como impulsionar a atração de novos empreendimentos.

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Divulgação: Foton

Das 336 ações de política industrial (Projeto 26.06) atualmente monitoradas, 129 foram concluídas. Essas ações correspondem a um amplo conjunto de atividades que incluem a mobilização de órgãos da administração direta e indireta, a agilização de licenciamentos ambientais, a elaboração e execução de projetos de infraestrutura, a articulação junto a órgãos da Administração Federal entre outras. No âmbito do projeto 26.05, denominado «Espaços Físicos Industriais», cumpre destacar o conjunto de intervenções realizadas visando à consolidação da Zona Mista de Guaíba, o que inclui a implantação de abastecimento de água, rede hidráulica, elétrica, macrodrenagem, entre outras. As ações do Governo do Estado serão fundamentais à consolidação de empreendimentos como o da instalação da montadora de caminhões da empresa Foton Aumark do Brasil, com investimentos planejados na ordem de R$ 250 milhões e previsão de 300 novos empregos diretos. A empresa foi atraída para o estado graças à garantia de empréstimo de R$ 45 milhões pelo Banrisul para viabilizar as obras. Mais informações sobre Política Industrial estão disponíveis nos sites da Secretaria Geral de Governo (www.sgg.rs.gov.br) e da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (www.sdpi.rs.gov.br). Para a implantação dessas ações faz-se necessário o envolvimento de um conjunto de órgãos do governo estadual, tratando-se, assim, de uma ação transversal com forte necessidade de articulação institucional. RS Eólica Um dos 23 setores estratégicos da Política Industrial, a energia eólica não apenas se mostrou com grande potencial, como também se revelou uma indústria de resposta rápida. Hoje, o RS é o segundo estado brasileiro em potência instalada, com 460 MW (até 2010, a potência instalada no estado era de 158 MV) em 15 parques eólicos. Em construção, há instalações para 868,8 MW e destes, já estão contratados 650 MW. A potência instalada até 2018 deve somar uma geração de 2 mil MW eólicos, garantindo R$ 8,3 bilhões em investimentos no Estado, relativos a 88 parques. Política Industrial: Principais Desafios Na execução da Política Industrial Setorial identificam-se, alguns importantes desafios cuja superação será imprescindível à consolidação da atual estratégia de desenvolvimento do setor no Rio Grande do Sul. Será necessário


proporcionar condições para que os órgãos estaduais responsáveis pelas questões ambientais, como a FEPAM, tenham condições operacionais compatíveis com o nível de atendimento demandado pelos usuários de seus serviços, de forma que os projetos e empreendimentos de interesse do estado que atendam aos requisitos legais sejam processados com agilidade, tornando o RS uma referência nacional também nesse quesito. Faz-se necessário também buscar a melhoria da infraestrutura logística, de transporte e energética do estado. O atendimento aos compromissos firmados no âmbito dos protocolos de intenção merece máxima atenção e mobilização institucional, envolvendo os órgãos responsáveis pela execução de obras e organização de apoio à ampliação e instalação de plantas industriais. Também há de se trabalhar em favor de uma maior capilaridade dos investimentos privados, tornando-os capazes de avançar até regiões de baixo dinamismo econômico. A estratégia de superação das desigualdades regionais tem obtido relativo êxito, porém, o mapa dos investimentos ainda revela uma tendência à concentração nas regiões de maior desenvolvimento industrial. Por fim, cumpre ressaltar a necessidade de estratégias de comunicação que identifiquem o papel do Governo do Estado na atração dos empreendimentos e no crescimento industrial verificado no último período.

APLs e NEPIs: capacitação e apoio ao crescimento O Programa de Fortalecimento das Cadeias e Arranjos Produtivos Locais (APLs) é uma política pública de Estado para estimular e apoiar a auto-organização produtiva de aglomerações setoriais e para promover o desenvolvimento dos territórios. Por meio da cooperação entre empresas, produtores, comunidades e instituições públicas e privadas, busca ganhos econômicos que aumentem a competitividade e a renda de empresas, produtores e trabalhadores, refletindo no desenvolvimento da sociedade. O programa engloba o Projeto Arranjos Produtivos Locais e o Projeto Núcleo Extensão Produtiva e Inovação (NEPIs). Os APLs têm por objetivo fomentar a governança, a capacidade técnica dos arranjos produtivos e de setores e comunidades priorizadas pelo Estado. O projeto fomenta a geração de externalidades que ampliam sua capacidade de agregação de valor, geração e apropriação local da renda. Através de 20 APLs apoiados, tem-se alcançado mais de 15 mil empresas. O Projeto Núcleo Extensão Produtiva e Inovação, por sua vez, visa à implantação de núcleos regionais de extensionistas em parceria prioritária com universidades públicas e comunitárias para apoiar diretamente pequenos e médios empreendimentos dos APLs e das cadeias produtivas priorizadas pelas regiões. O projeto já atinge o número de 2.296 empresas atendidas por 17 NEPIs que atendem 23 COREDES. As empresas atendidas somam um faturamento de R$ 4,6 bilhões, envolvendo 35.983 trabalhadores.

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APLs - Arranjos Produtivos Locais S a n t aC a t a r i n a

A R G E N T I N A

U R U G U A I

Os APLs apoiados Atualmente, 20 APLs são apoiados pelo Governo do Estado, abrangendo 19 regiões do Rio Grande do Sul. Nesse conjunto, estão seis APLs de agroindústria familiar, três ligados à nova economia, dois de tecnologia da informação e os demais da economia tradicional.

O C E A N OA T L Â N T I C O

Além disso, por meio do Projeto Extensão Produtiva e Inovação, há 16 Núcleos de Extensão, constituídos em parceria com universidades locais para o atendimento a empresas.

APL

Entidade gestora

APL Agroindústria Familiar - Região Médio Alto Uruguai

Fundação Regional Integrada (FURI)

APL Agroindústria Familiar - Região Celeiro

Associação Gaúcha dos Empreendimentos Lácteos (AGEL)

APL Agroindústria Familiar - Região das Missões

Fundação Regional Integrada (FURI)

APL Metalmecânico Pós-colheita

Associação Centro de Inovação Tecnológica (ACITEC)

APL Pedras, Gemas e Joias

Agência de Desenvolvimento do Alto do Botucaraí

APL Polo de Moda da Serra Gaúcha

Núcleos de Extensão em atividade 1

Fronteira Noroeste e Celeiro

Universidade Regional do Noroeste do RS (UNIJUÍ ) - Santa Rosa

Associação Polo de Moda da Serra Gaúcha

2

Médio Alto Uruguai

Univ. Reg. Integr. do Alto Uruguai e das Missões (URI) - Frederico Westphalen

APL Metalmecânico e Automotivo da Serra Gaúcha

Associação Arranjo Produtivo Local Metalmecânico e Automotivo

3

Norte

Univ. Reg. Integr. do Alto Uruguai e das Missões (URI) - Erechim

APL Moveleiro da Serra Gaúcha

Centro Gestor de Inovação Moveleiro

APL Tecnologia da Informação da Serra Gaúcha

Associação do Polo de Informática de Caxias do Sul (Trino Polo)

4

Produção, Alto da Serra do Botucaraí e Nordeste

Universidade de Passo Fundo (UPF) - Passo Fundo

APL Agroindústria Familiar - Vale do Taquari

Fundação Alto Taquari de Educação Rural e Cooperativismo

5

Missões

Univ. Reg. Integr. do Alto Uruguai e das Missões (URI) - Santo Ângelo

APL Tecnologia da Informação e Comunicação da Região Central

Associação Parque Tecnológico de Santa Maria (Tecnoparque)

6

Noroeste Colonial

Universidade Regional do Noroeste do RS (UNIJUÍ ) - Ijuí

APL Metalmecânico da Região Central

Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria CACISM) (

7

Alto Jacuí

Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ) - Cruz Alta

APL Agroindústria Familiar Vale do Rio Pardo

Associação dos Fumicultores do Brasil (AFUBRA)

8

Serra

Universidade de Caxias do Sul (UCS) - Caxias do Sul

APL Polo Naval do Jacuí

Consórcio Intermunicipal de Gestão Ampliada da Região Carbonífera (CIGA - Carbonífera)

9

Central e Jacuí Centro

Centro Universitário Franciscano (UNIFRA) - Santa Maria

APL Eletroeletrônico de Automação e Controle

Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE)

10

Vale do Taquari

Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES) - Lajeado

APL Máquinas e Equipamentos Industriais

Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ)

11

Vale do Caí

Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) - Montenegro

Paranhana - Encosta da Serra e Litoral

Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT) - Taquara

APL Audiovisual

Fundação Cinema RS (FUNDACINE)

12 13

Vale dos Sinos

Universidade Feevale - Novo Hamburgo

APL Alimentos

Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário Edmundo Gastal (FAPEG )

14

Metropolitano

Centro Universitário La Salle (UNILASALLE) - Canoas

APL Complexo Industrial da Saúde da Região Sul

Fundação Delm Mendes Silveira

15

Vale do Rio Pardo

Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) - Santa Cruz do Sul

APL Polo Naval e Oshore de Rio Grande e Entorno

Universidade Federal de Rio Grande (FURG)

16

Centro-Sul

Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) - São Jerônimo

Fonte: AGDI


APLs: Principais Desafios Com a finalidade de potencializar as diversas políticas públicas, faz-se necessário melhorar a articulação institucional dos diversos órgãos representados no Núcleo Estadual de Ações Transversais. Atualmente, as políticas públicas direcionadas ao setor carecem de um ponto focal. A ausência dessa articulação impede um balanço dos recursos aplicados pelo Estado nos seus Arranjos Produtivos e a verificação dos resultados.

Crescimento do emprego e :da renda atinge marca histórica Indústria Oceânica transformando o sul do Rio Grande A partir dos incentivos ao fornecimento da indústria brasileira à Petrobras, com as exigências de conteúdo nacional definidas, a retomada do crescimento foi marcante, chegando hoje a mais de 80 mil empregos em todo o país. O Rio Grande do Sul seguiu a tendência nacional, aproveitando seus diferenciais competitivos de geografia, indústria instalada e talentos, e cresceu rapidamente, devendo atingir, até final de 2014, oferta de 12.000 empregos entre os Polos de Rio Grande, Jacuí e Guaíba. O volume de investimentos previstos pela Petrobras nos próximos anos na indústria naval, gás natural, petróleo e abastecimento, além das previsões de mercado que estimam a estabilidade da demanda pelo menos nos próximos 30 anos, delineiam um cenário promissor para o setor. No atual governo, o RS contituiu-se como a nova e mais importante fronteira da indústria oceânica no Brasil para construção de plataformas, tendo consolidado o Polo Naval de Rio Grande e iniciado o desenvolvimento do Polo Naval do Jacuí, na região Centro-Sul, e do Polo Naval do Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre. A AGDI acompanha um conjunto de ações relativas à infraestrutura dos Polos Navais e aos empreendimentos, que incluem acesso viário, energia, água, espaços para capacitação, entre outros, apoia a organização do Condomínio Industrial em Charqueadas e a transferência da antiga ZPE de Rio Grande para capacitação do SENAI, que está sendo reformada. Até o final de 2014, com a instalação da empresa EBR em São José do Norte, do Estaleiro Rio Grande 2 e a expansão do Estaleiro QUIP em Rio Grande e a instalação da IESA em Charqueadas, os novos investimentos superam R$ 1,5 bilhão. Para minimizar os impactos do empreendimento na cidade de São José do Norte, a AGDI coordena um conjunto de ações para melhorar as condições viárias e do transporte por hidrovia, além da construção do Masterplan (Plano Diretor detalhado) e ações para buscar espaço para moradias. A tabela a seguir detalha a situação dos empreendimentos da indústria oceânica, notadamente a partir de 2011.

Informe Setorial: Desenvolvimento Industrial e Tecnológico I


6.174

Fonte: SGG

A capacitação dos trabalhadores é um elemento estratégico para que a Indústria Oceânica empregue a mão de obra local. No Polo Rio Grande, foi iniciado um novo ciclo de qualificação profissional e básica, beneficiando 600 novos alunos até o final de 2014. Já no Polo Jacuí, BG Brasil e PROMIMP apoiam a realização do 1° ciclo de formação para 100 profissionais. O desenvolvimento de fornecedores gaúchos para a Indústria Oceânica vem sendo buscado com diversas ações, como o SUPPLY DAY, que promove encontro entre estaleiros e fornecedores de produtos e serviços. Nesse sentido, colabora o Projeto de Mapeamento da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás, parceria entre FIERGS/AGDI/ABDI, que objetiva mapear competências técnicas de 100 empresas gaúchas. Idealizado pela Petrobras, o programa Progredir financia, desde 2011, fornecedores e subfornecedores da empresa, com a participação de 10 grandes bancos nacionais, públicos e privados. Entre eles está o Banrisul, que já apoiou R$ 142 milhões em investimentos de empresas ligadas à Petrobras no RS. Essas ações já produziram resultados expressivos no aumento das vendas do setor. Indústria Oceânica: Principais Desafios Mesmo diante de um cenário favorável indicado para a indústria oceânica, existem desafios que devem ser enfrentados para seu aprofundamento como uma indústria-chave na estrutura produtiva do estado. O desenvolvimento de ações de comunicação que identifiquem o papel do Governo do Estado na atração dos empreendimentos da Indústria Naval, no desenvolvimento de fornecedores e na estruturação do setor permanece como um dos principais desafios à administração estadual. Outras iniciativas importantes a serem estabelecidas são ações mais específicas que visem atrair empreendimentos complementares para regiões de baixo dinamismo econômico. Um dos focos será atrair fabricantes de grandes equipamentos. Necessário também manter o monitoramento sobre os contratos de fornecimento para a Petrobras, pelos grandes estaleiros, dando apoio aos mesmos para que sejam competitivos, mantendo a atividade produtiva em ritmo adequado. Por fim, será indispensável uma ação coordenada entre o poder executivo estadual e municipal de São José do Norte visando à implantação de ações de organização urbana e de infraestrutura (solução viária, novo canal de travessia do canal, moradia, entre outros).


Política Industrial: projeção internacional A Política Industrial do Rio Grande do Sul, além de ter estabelecido um rumo para o desenvolvimento do estado, tornou-se referência nacional e conquistou reconhecimento em nível internacional. O conjunto de estratégias definidas pelo governo gaúcho, sob coordenação da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), foi eleito uma das sete melhores práticas mundiais de competitividade pela Federação Global de Conselhos de Competitividade (GFCC). Com isso, a Política Industrial do RS se tornou modelo para instituições e outros países. Internacionalização A Articulação Internacional do Sistema de Desenvolvimento Econômico está focada na promoção comercial de produtos e serviços gaúchos e na atração de investimentos, visando fomentar a competitividade dos setores estratégicos e o desenvolvimento do RS. Essa atuação se dá através da realização de missões governamentais, de prospecção e de precursoria, do recebimento de missões estrangeiras e do apoio à participação de empresas gaúchas em feiras internacionais. De 2011 a 2013, foram realizadas 29 feiras internacionais no Brasil, 19 feiras internacionais no exterior e 715 aportes às empresas gaúchas, com R$ 105.031.829,74 em negócios fechados. Só no primeiro semestre de 2013, a participação em feiras resultou em negócios em torno de R$ 18,4 milhões. Considerando projeções do segundo semestre, o valor anual deve alcançar cerca de R$ 40 milhões. Também no acumulado de três anos foram realizadas 63 missões internacionais a 30 países, das quais 9 missões com o Governador e 54 missões com representantes da SDPI/AGDI. Fonte: SGG

Missões Internacionais: PrincipaisResultados Alemanha, Inglaterra e Noruega A alemã RG Medica (Saúde Avançada e Medicamentos), a britânica Milkrite (Petroquímica, Produtos de Borracha e Material Plástico) e a norueguesa Palfinger Dreggen (Indústria Oceânica e Polo Naval) estão com projetos na Sala do Investidor.

Fortalecimento das relações institucionais entre o RS e o Grupo Foton, cuja subsidiária/representante Foton Aumark Brasil instalará fábrica de caminhões, em Guaíba; o anúncio de montadora de caminhões da chinesa Shiyan Yunlihong, em Camaquã.

Coréia do Sul A instalação da fábrica de elevadores da coreana Hyundai Elevators, em São Leopoldo.

Criação do Polo Espacial do RS; início da exportação de calçados pela Shoes Export & Import; o financiamento de empresas gaúchas pelo Badesul no âmbito do acordo Matimop-Fapergs, que prevê cooperação em projetos de inovação.

Instalação, em Guaíba, da seção de montagem de protetores de caçamba da pickup Hilux da Toyota; investimento da Mitsubishi Eletric Corporation na LGTECH, criando a MELCO Elevadores do Brasil, também em Guaíba; dois importantes projetos de investimento na área de saúde avançada e medicamentos estão em andamento na Sala do Investidor.


SalaCrescimento do Investidor : modelo inovador de acolhimento do emprego e da renda atinge marca histórica

e atenção a investidores

Adicionalmente aos projetos estratégicos mencionados, implementados pelo Governo do Estado a partir de 2011, foi estabelecida uma importante inovação de modo a melhorar o ambiente de investimento: a Sala do Investidor, um modelo de atendimento - físico e virtual - às empresas que querem se implantar ou se expandir no estado. O projeto tem por objetivo coordenar as ações de investimento, apresentar as vantagens oferecidas pelo estado e integrar os agentes executivos do Sistema de Desenvolvimento Econômico do RS (SDPI, AGDI, Badesul e BRDE) com as demais Secretarias, o Banrisul, as Prefeituras Municipais, os agentes do Governo Federal e os demais atores. Trata-se de um novo conceito de relacionamento entre Poder Público e iniciativa privada. Através da Sala do Investidor já foram negociados investimentos que somam R$ 30 bilhões, projetados para os próximos anos. A Sala do Investidor realizou 993 atendimentos desde 2011 e atende uma carteira ativa de 418 projetos conforme tabela a seguir. Carteira de Projetos - março 2014 Status

Número de Empregos Investimento Projetos Diretos

Investimento concluído (empresa operando)

63

R$ 6,5 bi

8,9 mil

Obras em andamento

109

R$ 13,2 bi

21,1 mil

173

R$ 13,1 bi

11,6 mil

Projeto em elaboração/neg.

73

R$ 12,0 bi

14,6 mil

TOTAL DE PROJETOS

418

R$ 44,8 bilhões

Projeto elaborado. Aguardando trâmites (Fundopem, licenciamento, etc.)

58,6 mil Fonte: SDPI


Fotos cedidas por Imply Tecnologia

Laissa França Barbieri

Parque Tecnológico UPF - Passo Fundo

CIÊNCIA, INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

TECNOLÓGICO


Ciência e inovação tecnológica impulsionam o desenvolvimento no RS

O Programa RS Tecnópole, aliado ao Programa de Apoio aos Polos Tecnológicos, auxiliam no desenvolvimento regional, com base no desenvolvimento científico e tecnológico, articulando universidades, setores produtivos e poder público, visando fomentar a cultura da inovação, impulsionar os habitats de inovação, constituir uma rede estadual de parques tecnológicos, além de identificar e promover os setores estratégicos e portadores de futuro no Estado. É um poderoso instrumento de transferência de conhecimento e tecnologia para a sociedade. O RS Tecnópole atua diretamente no desenvolvimento tecnológico regional, na promoção de setores estratégicos e no fomento à inovação. Prevê ações para regiões específicas, através de políticas de incentivo, atração e retenção de investimentos com alto valor agregado, pela primeira vez disseminados em todo o território do Estado, com a preocupação de descentralizar as ações. Nesse contexto de mudanças, estamos realizando uma nova construção de relação com a sociedade do conhecimento, o mundo do trabalho, a produção e as estruturas de Estado que ,articuladas e focadas, passam a desempenhar um papel transformador nas comunidades. Definitivamente, a Ciência e a Tecnologia passam a ser um poderoso instrumento de desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul. O Governo do Estado já ampliou em mais de 420% os investimentos em Ciência e Tecnologia. O número de Parques Tecnológicos consolidados será triplicado até o final do ano com o investimento de R$ 50 milhões para a instalação de novas empresas, além de incubadoras tecnológicas e da indústria criativa. É o maior volume de recursos já destinado ao setor. O Ministério da Ciência e Tecnologia aponta a política gaúcha como referência para o País.

Cleber Prodanov Secretário de Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Estado do Rio Grande do Sul


Um outro pilar relevante na estratégia de desenvolvimento adotada pelo Governo do Estado a partir de 2011 diz respeito ao forte incentivo que vem sendo dado à inovação e ao desenvolvimento tecnológico. Entende-se que esse incentivo é absolutamente essencial para modernizar a estrutura produtiva do estado e colocá-la em linha com o que existe de mais avançado em termos de tecnologias de produção. A estratégia elege a inovação como um eixo fundamental no processo de desenvolvimento econômico, de modo a fazer com que a produtividade do estado se eleve e, com isso, o PIB e a renda per capita aumentem, elevando por conseguinte os níveis de bem-estar no estado. Isso tem sido feito através da criação da Tecnópole, juntamente com o fomento aos parques tecnológicos – com o apoio essencial às incubadoras de projetos altamente inovadores e de elevado valor agregado – e aos polos tecnológicos.

RS Tecnópole O RS Tecnópole é um programa que visa preparar o estado para a atração de novos investimentos e estimular projetos locais para o desenvolvimento científico e tecnológico de alto valor agregado, com foco na inovação e no desenvolvimento sustentável. Para tanto, propõe-se fomentar a cultura empreendedora, mapear e impulsionar habitats de inovação, articular programas existentes na Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico – SCIT – com os das demais Secretarias. A expansão e a consolidação dos Parques Científicos Tecnológicos procura respeitar as vocações regionais, proporcionando o necessário equilíbrio entre os setores de agropecuária, indústria, serviços e tecnologias. Nesse contexto,a SCIT assume um importante papel no sentido de incentivar práticas inovadoras e articular as sinergias que impulsionam a organização e a interação dos parques científicos tecnológicos hoje em funcionamento. Através de financiamento via PROREDES, BIRD e BNDES, o projeto RS Tecnópole apresenta previsão de execução orçamentária de R$ 80 milhões até o final de 2014, valor inédito de investimento na área tecnológica do Estado. Em 2013, foi liquidado o valor de R$ 35,27 milhões.

Parques Tecnológicos Os Parques Tecnológicos propiciam ambientes de inovação, que se articulam com o desenvolvimento e impulsionam o empreendedorismo, favorecem a competitividade, e incentivam práticas tecnológicas para a instalação de empresas inovadoras, além de centros de pesquisa e desenvolvimento de grandes instituições. O programa conta com 15 parques credenciados em diferentes regiões, dos quais três estão consolidados e promovem a geração de empregos qualificados pela troca de tecnologia e atração de investimentos. Até 2014, o Governo do Estado disponibilizará mais de R$ 50 milhões aos parques tecnológicos gaúchos.

Informe Setorial: Desenvolvimento Industrial e Tecnológico I


Localização Parques Científicos e Tecnológicos, Incubadoras Credenciadas e Polos Tecnológicos S a n t aC a t a r i n a

A R G E N T I N A

PDTC Fronteira Noroeste

PMT Missões

PMT Norte

PDTC Alimentos PIT Região Nordeste PDTC e Metalmecânica Noroeste Colonial PIT Alto da Serra do Botucaraí

PIT Campos de Cima da Serra

PMT Alto do Jacuí PMI Região da Serra PMT Vale do Taquari PMT Vale do Jaguari PMT Região Centro

PMT Vale do Rio Pardo

PMT Fronteira Oeste

PIT Vale do Caí

PIT Vale do Paranhana PIT Vale do Rio dos Sinos PIT Litoral Norte

PIT Região Centro-Sul

U R U G U A I

PMT Campanha

CIEMSUL – Centro de Incubação de Empresas da Região Sul PMT de Alimentos UCPEL – Pelotas – RS PMI da Região Sul HESTIA – Incubadora Tecnológica UFRGS – Porto Alegre – RS PMT Sul Pesqueiro IEITEC – Instituto Empresarial de Incubação e Inovação Tecnológica Prefeitura – Unilassale- Monteiro Lobato - Canoas – RS ULBRATECH – Incubadora Tecnológica ULBRA – Canoas – RS CRIATEC – Incubadora de Empresas de Inovação Tecnológica UNIJUÍ – Ijuí –RS URINOVA - Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da URI URI – Santo Ângelo – RS ITEC – Incubadora Tecnológica de Caxias do Sul Prefeitura – UCS – CIC – Caxias do Sul - RS Incubadora de Negócios da ESPM – Sul ESPM – Porto Alegre - RS UNITEC – Unidade de Inovação e Tecnologia UNISINOS – São Leopoldo – RS CEI – Centro de Empreendimentos em Informática UFRGS – Porto Alegre – RS Incubadora de empresas de Inovação Tecnológica do Centro Universitário Fransciscano - UNIFRA UNIFRA – Santa Maria – RS ITEF – Incubadora Tecnológica da Feevale Feevale – Novo Hamburgo – RS RAIAR – Incubadora Multisetorial de Base Tecnológica da PUCRS PUCRS – Porto Alegre - RS INOVATES – Centro Tecnológico UNIVATES – Lajeado - RS ITCientec – Incubadora tecnológica CIENTEC – Porto Alegre – RS Incubadora Tecnológica do PoloSul.org Sociedade Polo de Exportação de Serviços de Software do Planalto Médio – PoloSul.org: UPF, Prefeitura de Passo Fundo e iniciativa privada – Passo Fundo – RS IECBIOT – Incubadora Empresarial Centro de Biotecnologia UFRGS – Porto Alegre – RS ITUNISC – Incubadora Tecnológica da UNISC UNISC – Santa Cruz do Sul – RS

O C E A N O A T L Â N T I C O

Parque Cientifico e Tecnológico da URI URI – Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Parque Científico e Tecnológico do Planalto Médio Parque Científico e Tecnológico UPF Planalto Médio UPF - Universidade de Passo Fundo Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari TECNOVATES Parque Eco-Tecnológico do Vale do Cai TecnoUCS Vale do Caí – Bom Principio UCS – Universidade de Caxias do Sul PAMPATEC - Parque Científico e Tecnológico do Pampa - Alegrete TECNOPARQUE - Santa Maria Tecnoparque TECNOUNISC - Parque Cientifico e Tecnológico Regional UNISC – Universidade de Santa Cruz do Sul PCI - Parque de Ciência e Inovação TECNOPUC - Parque Científico e Tecnológico da PUCRS VALETEC - Parque Tecnológico do Vale dos Sinos TECNOSINOS - Parque Tecnológico São Leopoldo ULBRATECH - Rede Ulbra de Inovação – Parques Tecnológicos TECNOSUL - Parque Tecnológico e Científico Tecnosul – Pelotas OCEANTEC - Parque Científico e Tecnológico do Mar – Rio Grande


Polos Tecnológicos O Programa de Apoio aos Polos de Inovação Tecnológica foi criado para estimular a integração entre Universidades e centros de pesquisa com o setor produtivo, objetivando o desenvolvimento de tecnologias adequadas às diferentes regiões do RS. Em 2012, foram implantados 3 novos polos: Alto da Serra do Botucaraí, Vale do Jaguari e Rio da Várzea. Já em 2013, dois polos foram reativados: Campanha e Fronteira Oeste. Graças ao volume de recursos captados através do BIRD, foi possível apoiar 64 projetos desde 2011. Para o edital lançado em 2013, foram recebidos 63 projetos, que se encontram em análise na SCIT. O conjunto de projetos abrange aqueles recebidos via Participação Popular e Cidadã. Valores Totais Pagos (2012/2013/2014)* - Polos Tecnológicos RS 6,96 RS 6,77

RS 4,61

RS 4,21 RS 3,33

RS 3,86

RS 0,55 RS 0,30 RS 0,20 Missões/ Serra/ Norte Vale do Nordeste Caí

Região Central

Região Região da Sul Produção

*Em milhões de Reais

Vale dos Vale do Alto Sinos Rio Pardo Jacuí

Vale do Taquari

Fonte: SCIT

Inovar Para Empreender e Pró-Inovação O “Inovar para Empreender” promove um espaço público para apresentação de projetos de tecnologia e inovação, que possam impactar nas atividades da sociedade e que necessitam de apoio para seu desenvolvimento e implantação, incentivando a criatividade e a inserção das invenções da cadeia produtiva do Estado, atendendo ao cidadão e a inventores e empreendedores que buscam apoio aos seus projetos. Já o “Pró-Inovação” estimula empresas, por meio de incentivos fiscais, a abrirem novos mercados e encontrarem novas soluções a partir de investimentos em pesquisa e tecnologia. Assim, a atual gestão fortalece ainda o programa, aprimorando a capacidade de inovação das empresas. Inovacred O Inovacred é uma linha de crédito, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que visa fomentar, por meio de financiamento, projetos de inovação de empresas para aplicação no desenvolvimento de novos produtos, processos, serviços ou aprimoramento dos já existentes, ou ainda, inovação em marketing organizacional, visando ampliar a competitividade das empresas no âmbito regional ou nacional. Para isso, o Badesul, o BRDE, Banrisul uniram-se para atrair ao Estado recursos voltados à inovação. Serão R$ 80 milhões em financiamento para micro, pequena e médias empresas inovadoras do Rio Grande do Sul, cujos valores por projeto vão de R$ 150 mil a R$ 10 milhões.

Informe Setorial: Desenvolvimento Industrial e Tecnológico I


Percepção social dos projetos estratégicos na área de desenvolvimento Desde Julho de 2013, a Secretaria-Geral de Governo realiza, por intermédio da Fundação Getulio Vargas, pesquisas destinadas a avaliar e acompanhar a evolução da percepção social sobre os projetos estratégicos monitorados na Sala de Gestão. As pesquisas SGG/FGV recolhem a opinião da população gaúcha a respeito do andamento, da efetividade e relevância dos projetos estratégicos do governo para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul. O primeiro aspecto a ser destacado no levantamento sobre a percepção social dos projetos estratégicos (pesquisa SGG/FGV) na área do desenvolvimento é o resultado obtido na consulta de Setembro, quando foi questionado sobre a responsabilidade pelo crescimento do PIB do Rio Grande do Sul do trimestre anterior. Responsabilidade pelo aumento do PIB do Rio Grande do Sul 22

Empresas privadas

17

Governo Estadual

14

Governo Federal Prefeituras do Rio Grande do Sul

Nenhum desses/Outro

Não sabe/Não respondeu

7 3 37

Fonte: FGV/Setembro 2013

Trata-se de um resultado significativo e indica que uma importante parcela da sociedade gaúcha reconhece os esforços do governo gaúcho na promoção do desenvolvimento do estado. A informação torna-se ainda mais relevante quando considerado o papel do governo estadual na atração de alguns dos principais investimentos privados do último período. Nesse caso, foi perguntado a respeito da responsabilidade pela conquista de investimentos como a instalação da Hyundai, da ampliação das instalações da Celulose Riograndense, dentre outros. A comparação, nessa questão, foi com o governo anterior.


Responsabilidade pela atração do investimento privado Jul/13

40

18

43

Set/13

38

18

44

40

16

44

Construção da fábrica de Celulose Riograndense

Investimento de cento e oitenta e cinco milhões para a fábrica Chinesa de caminhões em Camaquã

Jul/13 Set/13

Fábrica de elevadores que a Hyundai está construindo em São Leopoldo

Investimento de setenta milhões para a Fábrica de Guindastes em Passo Fundo

Investimento para a produção de semicondutores e chips de computador em São Leopoldo

Jul/13 Set/13 Jul/13

36

17

43 36 39

14 17 15

47 44 47 45

Set/13

36

18

48

Jul/13

38

16

47

Set/13

35

16

49

Governo ATUAL Base: Amostra Jul/13 - Set/13

Governo ANTERIOR Não sabe/ Não respondeu

Fonte: FGV – Jul/13-Set/13

Apesar de um número elevado de entrevistados não responder ou “não saber” identificar a responsabilidade, uma parcela expressiva atribui ao atual governo a atração desses investimentos. Um número que pode, seguramente, melhorar nos próximos levantamentos. Esse é um indicador importante para a avaliação da percepção social dos projetos na área do desenvolvimento industrial, uma vez que a maioria considera “muito significativo” a atração desses investimentos para o futuro do Rio Grande do Sul, conforme demonstra tabela a seguir.

Impacto dos investimentos privados no Rio Grande do Sul

Base: Amostra Jul/13 - Set/13

Informe Setorial: Desenvolvimento Industrial e Tecnológico I


ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA-GERAL DE GOVERNO

Tarso Genro Governador Vinícius Wu Secretário Geral de Governo Iti Guimarães Secretária Adjunta Luciano Mendonça Diretor Geral Antonio Guimarães Departamento de Tecnologia da Informação e Telecomunicações Fernanda Corezola Escritório de Gestão Intensiva Francisco Vicente Coordenação Executiva de Monitoramento de Programas Federais João Klein Departamento de Mobilização e Integração Regional Luiz Damasceno Gabinete Digital Diogo Santos Chefe de Gabinete Astrid Schuster Diretora Administrativa

Conteúdo e Textos Vinícius Wu Beatriz Carleso Diogo Santos Luciano Mendonça Moisés Christimann

Diagramação e Edição Max Montiel Severo

Revisão Vanessa Loureiro Correa Juliana Campani


Camila Domingues

Grupo Fockink, Panambi



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