Plano de estudo para História e consciência de classes

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Resumo

História e Consciência de Classes Categorias Importantes

REIFICAÇÃO: Neste livro Lukács dedica um grande capítulo para discutir essa categoria. Esta se refere a uma determinação do capital que é o processo de tornar o humano em “coisa”. Por exemplo o trabalhador quando entra no mercado de trabalho, é destituído de todos os atributos tipicamente humanos (personalidade, capacidade, temperamento, entre outros), para se tornar uma mercadoria “força de trabalho”, uma coisa que é trocada por outra coisa que é o dinheiro, a mercadoria universal. Este é um aspecto da fetichização da mercadoria. O “fetiche” seria no sentido religioso mesmo, de atribuir um poder humano ou sobre-humano a um objeto. O fetiche da mercadoria, segundo Marx é o poder das relações entre coisas sobre o ser. Lukacs, no HCC entende que o processo de reificação presente nas relações concretas entre o capital e trabalho, é um reflexo da realidade “introjetado 1” historicamente pelos trabalhadores, tornando a consciência do proletariado em uma “consciência reificada”.

CONSCIÊNCIA DE CLASSE:

depois de escrever páginas e páginas sobre a consciência do

trabalhador e a reificação, Lukacs fala então da Consciência de Classe, que assim como o processo de reificação era uma categoria histórica nascida da processualidade do capital, a nova consciência do trabalhador também seria um produto da História da luta de classes que deveria ser “adjudicada” (esse é o termo usado por Lukacs) a consciência individual dos trabalhadores. A Consciência de Classe não seria uma consciência individual, mas uma categoria universal a ser desenvolvida e apropriada pela classe trabalhadora e pelos indivíduos 1

Talvez não seja a melhor palavra, não me lembro de qual termo que o Luc rsrsrs... usa para dizer sobre esse processo de consciência do trabalhador.


que a ela pertencem. Ele chega a situar o marxismo como a ciência da Luta de Classes, responsável por entender e encontrar na história as forças motrizes que motivam as vontades individuais no processo revolucionário. Agora recorto um trecho do meu tcc onde trabalhei um pouco disso... “A essência do marxismo científico consiste, portanto, em reconhecer a independência das forças motrizes reais da história em relação à consciência (psicológica) que os homens têm delas. (Ibid).

Seria, portanto conhecer as forças motrizes da história e como os homens pensam essas forças. Segundo Lukacs, o nível mais primitivo do conhecimento se dá pelo fato de que os homens enxergam uma espécie de natureza e que percebem nessas forças “leis naturais e eternas” (ibid). Esse pensamento, tomado como dogmatismo – esclarece Lukacs (2003) - é expresso na teoria política da filosofia clássica alemã e na economia de Smith e Ricardo. Contudo em oposição a isso, Marx propõe uma “filosofia crítica, uma teoria da teoria, uma consciência da consciência” (p.135).

A história dos homens passa a ser vista agora pelo crivo da crítica. A crítica da história sobrepõe a tudo o quanto é natural, fixo e não realizado das formações sociais, “... ela as desvela como surgidas historicamente e, como tal, submetidas ao devir histórico em todos os aspectos, portanto, como formações predeterminadas ao declínio histórico”. (Ibid). “.

TOTALIDADE: em HCC, Lukacs dá uma fundamental importância para a categoria dialética da totalidade. Para ele o marxismo por meio da compreensão e dinamização da Consciência de Classe, possibilita ao proletariado uma “visão objetiva de totalidade” , aí eu me “enrrrolei” um pouco para entender isso, mas pelo que pude compreender, essa visão de totalidade concreta do proletariado é o que lhe traria a compreensão de ser uma classe capaz de tomar as “rédeas” da história realizando uma transformação consciente da sociedade, o que implica na


sua autodestruição enquanto classe. O proletariado teria então a tarefa de aniquilar as classes sociais da história. Tai o trecho que ele fala disso:

O proletariado se realiza somente ao negar a si mesmo, ao criar a sociedade sem

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classes, levando até o fim da luta de classes. A luta por essa sociedade, em que a ditadura do proletariado não passa de uma fase, não é uma luta somente contra o inimigo exterior a burguesia, é também, ao mesmo tempo, a luta do proletariado contra si mesmo, contra os efeitos devastadores e aviltantes do sistema capitalista sobre sua consciência de classe. (LUKACS 2003, p.191)

Se eu não me engano os traços hegelianos do Lukács estariam nessas afirmações a respeito da totalidade e a história. Na Ontologia, ele já abandona a categoria de Totalidade como fundamental, e afirma o Trabalho como centralidade.

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Isso também é do tcc se quiser dar uma conferida. No capítiulo 2 “Expressões da consciência de classe”.


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