Revista touché! setembro

Page 1

Revista

- GRATUITA

l

Ano V

l

Número 40 -

TODOS OS CAMINHOS DE JUNDIAÍ

Jundiaí tornou-se a primeira cidade média brasileira a implantar um equipamento público até agora novidade apenas em capitais, o parklet, uma espécie de micropraça oferecendo conforto e descanso para pedestres. 12

Touché dá um zoom: Val Júnior estreia coluna social. 22

24

15






expediente EDITORA- CHEFE Mônica Tozetto

editora@revistatouche.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL Mônica Tozetto - MTB: 33.120 MARKETING touche.jundiai@gmail.com ARTES Equipe Revista touché! Editora Laser Press de Comunicação Integrada

DIAGRAMAÇÃO Alexandra Torricelli TIRAGEM 10.000 exemplares AUDIÊNCIA MÉDIA 40 Mil Pessoas DISTRIBUIÇÃO Em Jundiaí e região, nas melhores bancas, comércios cadastrados, condomínios horizontais e verticais de alto e médio padrão. Display no Mercadão da Cidade, Mercadão da Vila Arens, Unit Mall e no Bulevar Beco Fino.

A Revista touché! não se responsabiliza pelos anúncios publicados

ENTRE EM CONTATO CONOSCO

06

editorial

A volta do convívio Não se trata apenas de um par de bancos ocupando a vaga de um carro. A proposta do parklet que a touché! revela nessa edição busca mesmo a retomada do centro da cidade como uma praça das pessoas, de convívio, conversas e passeios a pé. Foi no início dos anos 80 que os shoppings centers ganharam musculatura, se impuseram nas cidades e ao lado dos benefícios trouxeram um efeito colateral danoso – a rápida deterioração dos centros. Em praticamente todas as cidades médias o roteiro foi o mesmo. Passados quase 30 anos, os municípios começam a responder a esse imenso desafio de revitalizar essa região. E isso só será possível com as pessoas assumindo o seu papel, frequentando, consumindo e na outra

ponta o comércio, o entretenimento ampliando o leque de opções. A instalação do parklet, ações como a Sexta no Centro e outras atividades semelhantes são mais do que uma semente de esperança para que isso ocorra, já são frutos de uma nova forma de pensar a cidade. Mas a touché desse mês tem ainda muitas outras atrações e uma estréia. O consagrado colunista Val Junior aterrissa em nossas páginas trazendo tudo aquilo que está rolando nos bastidores da cidade. Antenado, vip e bem relacionado, Val Jr. é colunismo social com ingredientes do bom jornalismo. Aproveitem. Ainda tem Samuel Vidilli, editorial de moda e muitas outras informações que você só encontra aqui.

Na touché! tem

07 Uma obra de arte 12 Jundiaí a caminho da qualidade de vida 16 Sicília à mesa 22 Touché dá um zoom nos melhores eventos sociais 28 Editorial de Moda: Perfume da próxima estação ENDEREÇO Dino, 202 l Ponte São João l Jundiaí l SP l FONE 11 4587-6499 EMAIL touche.jundiai@gmail.com l SITE www.revistatouche.com.br www.facebook.com/revistatouche Agosto/Setembro 2015


Arte

UMA OBRA de arte A Catedral Nossa Senhora do Desterro: sua história, seus vitrais e pinturas. Texto: Samuel Vidilli Fotos: Guilherme Rossi

Ao que parece, esse vitral representa a aparição da Virgem em Lourdes. Uma das três meninas do lado direito é a pequena Santa Bernadete Soubirous


Dia desses, fui à Missa na Catedral de nossa cidade. Era quase uma da tarde. O sol iluminava as pinturas e os vitrais de uma maneira impressionante. Os vitrais pareciam vivos. Resolvi então lançar o tal “outro olhar” sobre esse lugar que é, para os católicos jundiaienses, o templo maior. Mas que, acima de tudo, conta com belas obras de arte. Faço, de coração, um convite para que todos, independentemente da religião que pratiquem, entrem e conheçam a nossa Catedral Nossa Senhora do Desterro. E que tenham, também, um outro olhar sobre suas pinturas e vitrais. Um pouco de história A nossa cidade, como tantas pela América Latina, originou-se em torno de uma praça, onde sempre havia uma capela ou igreja. Era nesse espaço que a vida social local acontecia: casamentos, missas, batizados, festas, enterros, recepções de autoridades. A primeira capela onde hoje está a catedral foi erguida em 1617, já tendo Nossa Senhora do Desterro como padroeira. Foi uma escolha dos primeiros povoadores (Rafael de Oliveira, Petronilha Antunes e familiares) que, segundo a tradição (mais uma lenda do que real), fugiram de São Paulo e encontraram nessa região chamada Matto Grosso de Jundiahy um novo local para viver, mesmo que desterrados. Bom, de volta à capela de Nossa Senhora do Desterro. Com os anos, ela foi sendo ampliada, decorada. Em 1651 a capela virou Igreja Matriz. Trouxeram lindas imagens da Sagrada Família em fuga para o Egito (daí que vem o tal Desterro), feitas em madeira pintada de várias cores (policromada), olhos de vidro, coroas e diademas de prata.

08

Santo Antonio e o milagre da mula

Agosto/Setembro 2015


Arte

São Francisco de Assis (a caveira em seus pés lembra que a morte chega para todos nós, mortais) e Santa Gertrudes (devoção especial e nome de uma das fazendas do Barão de Jundiaí) guardam a porta

Estudos originais do pintor Arnaldo Mecozzi para a decoração da Catedral

A bela porta da sacristia, com um ostensório e um turíbulo em seus vitrais. A fumaça do incenso, para os católicos, significa as orações que sobem até o céu.

Em 1834, outra reforma. A vila virou cidade em 1865 e a matriz, como centro da vida social, merecia uma grande ampliação. Hora de mais uma mudança. A moda na época era copiar a Europa. Logo, nada de igreja colonial, mas sim um templo neo-gótico, que lembrasse as grandes catedrais europeias. Os grandes beneméritos da igreja local (em especial a família do Conde do Parnaíba e do barão de Jundiaí) contrataram um engenheiro com escritório em Campinas, que tinha acabado de fazer a reforma da catedral daquela cidade. Seu nome era Francisco de Paula Ramos de Azevedo. Além de nossa atual Catedral, esse senhor projetou belos prédios em São Paulo, como o Mercadão (sim, aquele do lanche de mortadela), o Teatro Municipal, o Palácio das Indústrias, etc e etc... Em 1886 começaram essa obra aqui. E lá pelo ano de 1924 deram início a decoração interna do templo: afrescos e vitrais. Entraram em contato com um especialista em arte sacra. Um italiano. Seu nome era Arnaldo Mecozzi, cavaleiro do Reino da Itália, reconhecido internacionalmente. Os vitrais foram encomendados na famosíssima Casa Conrado Sorgenicht de São Paulo, que fazia todos os trabalhos para

as obras do grande Ramos de Azevedo. O que vemos hoje na atual Catedral (título que a Matriz de Nossa Senhora do Desterro ganhou quando Jundiaí virou diocese em 1966) são essas obras. Guia para visita Para apreciar as obras da Catedral, em minha opinião, é necessário ir duas vezes: uma apenas para os vitrais, durante o dia. De preferência, depois do almoço. O sol ainda forte vai revelar todos os detalhes dessas obras incríveis. Já as pinturas nas paredes são mais destacadas à noite: o interior do templo é muito bem iluminado (apesar de que poderia ser muito mais bem iluminado). Mas não falarei de cada uma das obras. Não explicarei nada. Apenas um pouco do que ou quem está retratado. O importante é olhá-las e encontrar beleza nelas. E depois, se assim for, buscar saber mais. Em um segundo momento. Comece entrando pela porta lateral à direita. O primeiro vitral, na parede também à direita, é Santo Antônio de Pádua e um de seus mais conhecidos milagres, que faço questão de contar porque se trata do santo de grande devoção de minha família: certo dia um camponês provocou o santo: “Frei Antônio, tenho uma mula em minha casa e você sustenta que Cristo está presen-

09


te na hóstia consagrada. Pois bem, eu não darei comida ao animal durante três dias. No quarto dia, em praça pública, peço a você que se apresente com a hóstia consagrada enquanto eu trarei a minha mula faminta. Ela ficará diante de um cesto cheio de cevada. Digo para você, Frei Antônio: o animal será uma prova de que Cristo não está presente na Eucaristia; ele preferirá o cesto de cevada.” No dia combinado, Santo Antônio paramentado com as vestes litúrgicas de sacerdote e trazendo Jesus na hóstia consagrada, ficou aguardando pela mula, que parou diante dele e do cesto cheio de cevada. Um profundo silêncio. E de repente, eis que a mula se ajoelha diante do Santíssimo Sacramento. Esse é o momento retratado em vidro. Os santos e imagens se multiplicam: Santos Afonso Maria de Ligório, José, Rosa de Lima, Teresa de Avila, Francisco de Assis, João, Gertrudes, Cirilo de Alexandria, Tarcisio, Tomás de Aquino, Clara, Sebastião, além da rainha Ester, do profeta Isaías e de Judite. Todos estão lá. Além, claro, da Virgem Maria e Jesus Cristo. Nos vitrais maiores, reparem nas paisagens em segundo plano: elas contam sempre com um belo céu azul, árvores, pedras, tudo feito em cores vivas, além do conjunto ter muito bom gosto e beleza. Na capela lateral, onde está a imagem do Sagrado Coração de Jesus, além do vitral e das imagens decorativas nas paredes, sugiro uma análise do chão: ali há um belo mosaico, ricamente trabalhado, onde está escrito, em latim, um salmo: ”saciai-vos de alegria nas fontes da salvação”. Um trabalho riquíssimo em detalhes e beleza. As pinturas nas paredes são um capítulo à parte: muito bem executadas, em cores

10

Uma tradição do século IV diz que São José morreu em sua cama rodeado pela Virgem Maria e por Cristo, que pede aos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael que levem a alma de seu pai adotivo ao céu

A frase que aparece abaixo da pintura de Santa Cecília é uma antiga antífona da festa da Sagrada Família - Enquanto tocava seu instrumento musical, a donzela Cecília o fazia apenas para seu Senhor

Agosto/Setembro 2015


Arte

Logo acima da entrada da capela do Santíssimo, Mecozzi retrata Cristo presente, em meio aos homens, no vinho e no pão

O padre, de joelhos, recebe das mãos do bispo a hóstia e o cálice, e ouve dele a frase - Receba o poder de oferecer sacrifícios para celebrar a Missa -

elegantes e com imagens muito proporcionais. A que mais me encanta é a de Santa Cecília (padroeira dos músicos) tocando um pequeno teclado de um órgão de tubo carregado por anjinhos. Mas incrivelmente belas são as imagens na nave central, em cima do altar maior, no fundo e centro da Catedral: a Sagrada Família no Egito, próxima às pirâmides. São José elevando uma prece enquanto a Virgem afaga o Menino Jesus. Os elementos decorativos, anjos, frases em latim (muitas derivadas de títulos de Nossa Senhora, como por exemplo “Laetitia Israel”, a “Alegria de Israel”, ou partes de orações, como a Ave Maria e o Salve Rainha, completam o conjunto. E para finalizar o pequeno tour, é imprescindível admirar o belo piso hidráulico com temas sacros decorativos e os confessionários em madeira de lei. O conjunto todo nos faz refletir sobre o belo. Para os católicos, é um convite à contemplação e à oração silenciosa e respeitosa, em meio a um Centro tão barulhento e movimentado. Para os ateus e os não católicos, uma bela obra arquitetônica com grande valor histórico e artístico que vale a pena ser conhecida. E valorizada. Desejo a todos um ótimo passeio com outro olhar. OBS l Não estão aqui todos os vitrais da Catedral, mas sim aqueles que são mais visíveis a quem vai visitá-la. l Agradeço ao pároco da Catedral, Padre Milton Rogério Vicente, por todo o apoio e disposição. QUER SABER MAIS? Visite a página “Architectura jundiahyense” no facebook. Lá, tem mais informações sobre os vitrais.

11


JUNDIAÍ a caminho da qualidade de vida Faz pouco mais de um mês que Jundiaí tornou-se a primeira cidade média brasileira a implantar um equipamento público até agora novidade apenas em capitais, o parklet. O nome surgido nos Estados Unidos refere-se a uma espécie de micropraça que ocupa uma ou duas vagas de estacionamento de carros na rua, oferecendo conforto e descanso para pedestres com bancos, mesas e floreiras. Instalado na rua do Rosário, deve ganhar em setembro a companhia de outro na rua Barão de Jundiaí. “Estamos buscando construir uma nova cultura urbana, em que a cidade tenha prioridade para as pessoas. Essa novidade é apenas parte do processo de mudanças que precisam envolver o olhar de todos nós”, afirmou o prefeito Pedro Bigardi durante a inauguração, no dia 17 de julho. O parklet, que vai ganhar um manual de regulamentação ainda neste ano para poder ser implantado por iniciativa dos próprios moradores, é parte de um projeto mais amplo chamado Urbanismo Caminhável, que trouxe a Jundiaí alguns pioneiros dessa metodologia no Brasil e que ao longo de três meses promoveu diversas intervenções, oficinas e workshops no Centro Histórico como experiências a serem depois levadas para os bairros. Todo o pacote de ações não comprometeu recursos do orçamento municipal, uma vez que foi custeado pela iniciativa privada dentro das contrapartidas surgidas de análises técnicas do EIV (Estudo de Impacto de Vizinhança), mecanismo implementado também pela Prefeitura de Jundiaí na gestão Bigardi. “Essas contrapartidas, de maneira diferente dos serviços cotidianos, buscam uma requalificação urbana da cidade. Nesse caso, o projeto faz parte de um ação mais ampla

12

O prefeito Pedro Bigardi esteve com secretários na abertura

Agosto/Setembro 2015


Cidade

Se pensarmos no pedestre, veremos que uma das demandas é também por pontos de descanso e convívio

O novo equipamento público (parklet) é uma área de estar para pedestres

O projeto prevê um novo local de parada para pessoas que caminham no Centro

que é o Plano de Reabilitação do Centro”, destaca a secretária Daniela da Camara Sutti, do Planejamento e Meio Ambiente. Esse plano mais amplo abrange também outras ações como a recuperação da Ponte Torta, a reforma de acessibilidade do Escadão, a reforma de praças como Dom Pedro II ou São Bento, nova iluminação nas praças Governador Pedro de Toledo e Rui Barbosa, bases de apoio de segurança e eventos como o Sexta no Centro, entre outras. Caminhabilidade – As novas palavras que entraram no vocabulário de técnicos e moradores com o projeto Urbanismo Caminhável envolvem mais do que as óbvias questões das calçadas. Além dos parklets, as ações também tiveram oficinas de marcenaria para mobiliários urbanos como mesas, bancos e até encostos para os bancos de concreto que haviam perdido o conforto há muitos anos. Essas oficinas aconteceram com focos no Largo da Matriz, no Calçadão e também na praça Rui Barbosa (antigo Largo do Pelourinho ou Largo do Quartel). “Se pensarmos no pedestre, veremos que uma das demandas é também por pon-

13


É possível até mesmo ler um livro em plena rua do Rosário ou Barão de Jundiaí.

14

tos de descanso e convívio”, afirma Lincoln Paiva, um dos especialistas no tema no país e consultor do projeto. Outra frente de trabalho ocorreu com os chamados “workshops” que levaram a moradores, voluntários e técnicos do setor público o contato com experiências como o mapeamento histórico-afetivo dos lugares e com meios coletivos de atuação. E também um dos mais importantes que foi a medição de três trajetos técnicos (na área do Polígono Histórico entre as ruas Rangel Pestana/Vigário e Anchieta/ Zacarias de Goes/Paula Penteado, do Cemitério até a Ponte Torta) nos aspectos que formam o Índice de Caminhabilidade como as calçadas, as travessias, os ruídos, as fachadas ativas, a sinalização ao nível dos olhos e a percepção dos pedestres sobre seu próprio caminho. As atividades seguiram as referências de serem colaborativas (os formatos de parklets ou bancos foram definidas em grupo) e também como prototipagem (consideradas como testes a serem avaliados posteriormente antes de serem adotados como políticas públicas).

Agosto/Setembro 2015


Cidade

A estudante Lívia apontou a busca de inovação como ponto positivo

Não menos importante também estiveram acontecendo oficinas voltadas para estudantes e também para professores, incluindo a visão do Centro Histórico como um museu a céu aberto para toda a população, com as origens dessas colinas transformadas desde o século 17, e também o resgate do caminhar como meio de observação que é impossível para veículos motorizados. De certa maneira, o futuro apontado pelo projeto (e simbolizado pelo parklet) resgata também um passado não tão distante de Jundiaí como uma cidade caminhável e ainda marcada por pontos de passagens pedestres que nem mesmo aparecem em mapas oficiais. Saiba mais sobre o projeto em www. urbanismocaminhavel.com.br ou inspire-se no parklet e nos bancos instalados no Centro, alguns com floreiras em suas pontas. É possível até mesmo ler um livro em plena rua do Rosário ou Barão de Jundiaí. Você pode pensar em um futuro parklet também. Mas lembre-se: mesmo sendo criado por uma iniciativa privada, ele ocupa um espaço público e deve ser aberto ao uso de todos os moradores.

15


Sempre rodeado por sua família, o chef de cozinha Leonardo Bonfanti, à frente do Cortile Siciliano nasceu em Pachino, pequeno vilarejo na Sicília, extremo sul da Itália. Com cerca de 20 mil habitantes, o local é sustentado pela agricultura, pesca e turismo. “É um vilarejo muito simples, onde todo mundo se conhece e troca os alimentos que cultivam. O lindo é que sempre que volto para lá, nada mudou”, conta. Leonardo teve uma infância tranquila na sua terra natal. Brincava de bola na rua e, aos domingos, a família se reunia. “Tenho lembranças que na, época, me pareciam negativas, porque não aguentava o cheiro de comida a partir das 5 horas da manhã no domingo”. Sua família sempre cozinhou muito. A matriarca nonna Concettina, avó do chef, foi sua grande inspiração gastronômica. “Quando minha avó era mais jovem, não comprávamos nada. O molho de tomate vinha de um primo, o azeite de outro, ela fazia pão para a família inteira uma vez por semana. Na época, eu não entendia o valor de tudo isso, porque para mim, era normal”, relembra. Ele também não esquece os intermináveis períodos de um prato só. “Quando chegava um caminhão cheio de tomates em nossa casa, no mês de agosto, sabia que passaria as próximas semanas envolvido em molho”.

16

Agosto/Setembro 2015


Perfil

SICÍLIA à mesa

17


Começo forçado Com 19 anos, o siciliano saiu de sua cidade e rumou para o norte da Itália, a fim de prestar o serviço militar. Foi nesse momento que começou a perceber o valor de sua terra. Mesmo assim, quando voltou para lá, se deu conta que precisava de uma vida um pouco mais agitada. Então, pegou o transporte para Londres, para visitar um amigo, com previsão de viagem de duas semanas. Ficou nove anos. Londres foi o início de sua carreira na cozinha. Mas não por amor, a princípio, e sim, necessidade. Sem dinheiro, tinha que preparar seu próprio alimento. “Londres

18

foi onde comecei. Mas, a primeira vez que acendi o fogão, não sabia fazer nem ovo mexido” conta. Na capital inglesa, Leonardo começou trabalhando como garçom. Ficou pouco tempo no emprego e partiu para a burocracia de um escritório. Duas semanas depois, entendeu que preferia o restaurante. Lá chegando de volta, descobriu que havia perdido sua vaga de garçom. Precisou arregaçar as mangas e lavar louças. A falta de um cozinheiro lhe deu a oportunidade de preparar sua primeira salada profissionalmente. A evolução foi natural. “Tudo simplesmente aconteceu, nada foi planejado” lembra o chef.

Agosto/Setembro 2015


Perfil Família

Nas panelas de Leonardo Bonfanti, talento gastronômico misturado a saudade de sua terra.

Leonardo sempre voltava para Sicília em suas férias da cidade inglesa. Em uma delas, encontrou Daniela, sua esposa brasileira. Nesse momento, não aconteceu nada além de um cumprimento, mas os dois voltaram a se encontrar acidentalmente no centro de Londres e começaram um relacionamento. Depois que tiveram o primeiro filho, o casal achou que voltar para o Brasil seria melhor. Assim podiam ficar próximos da família de Daniela. Começar um negócio também estava nos planos. Quando chegaram ao Brasil, as coisas começaram devagar. Faziam massa sob encomenda, de início. Depois, passaram a oferecer o serviço de “chef em casa”. Foram adquirindo reconhecimento. “Nossa intenção era trazer a culinária do Sul da Itália com um toque sofisticado, mas sem fugir da tradição.” Por conta da forte influência, na cidade, da gastronomia do norte da Itália, o chef encontrou um pouco de resistência ao apresentar seus pratos. No sul, a influência árabe é muito marcante. Com eles, aterrissaram aqui ricota, amêndoa, hortelã e couscous marroquino. Isso, porém, não fez com que desistissem da proposta. O resultado de todo esse trabalho é o restaurante Cortille Siciliano. “Nesse espaço, podemos mostrar nossa identidade. Não é somente uma questão de negócio”, conta ele. Com 31 anos, Leonardo está no Brasil há pouco mais de dois. Seu amor pela gastronomia cria raízes cada vez mais fortes. “É com a comida que me conecto à Sicília. O Brasil me deu muitas oportunidades, mas terra é terra. E sinto falta de lá todos os dias”. A saudade, Leonardo abafa quando prepara os alimentos. O perfume da hortelã, da berinjela grelhada e do peixe no limão resgatam um pouco de sua terra e ele pode voltar no tempo, nem que seja por um momento, guiado pelos aromas. O restaurante Cortille Siciliano funciona de terça a sábado das 12 às 15 horas almoço e jantar das 19 às 22:45. Domingo das 12 às 16 horas. Rua Eduardo Tomanik, 900 - Unit Mall - Chácara Urbana.

19



Feira da Amizade

Margarete Bigardi apresenta FEIRA DA AMIZADE a Mercedes Marchi

Tradição resgatada pela primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade (Funss), Margarete Geraldo Bigardi, a Feira da Amizade já está com data marcada para receber a população. No início do mês, a primeira-dama, acompanhada da filha Patrícia Bigardi, visitou a fundadora do evento, Mercedes Ladeira Marchi, para apresentar o planejamento. Margarete e Patrícia foram recebidas pela dona Mercedes, pelo marido Oswaldo Marchi e pela sobrinha Bernadete Ladeira Storani, que também participou da trajetória do evento. Durante o bate-papo, a primeira-dama destacou que, neste ano, a Feira da Amizade vai contar com a participação de 26 entidades, número superior ao do ano passado. “Quando fiquei sabendo dessa notícia, fui dormir comovida”, contou dona Mercedes.

Assim como na ocasião em que a fundadora do evento ficou sabendo do interesse da primeira-dama em retomar com a Feira da Amizade, dona Mercedes fez questão de definir novamente a presidente do Funss como corajosa. “Quando criei esse evento beneficente, tinha 40 anos. Aos 70, não tinha mais condições de continuar. Avisei a imprensa que quem tivesse interesse em prosseguir, poderia me procurar. Depois de quase 20 anos, Deus colocou a Margarete e o prefeito Pedro Bigardi para darem continuidade a esse trabalho que ajuda tanta gente”. “Como sempre, a dona Mercedes e sua família nos receberam com muito carinho. Acho muito importante mostrarmos o projeto e o tema da Feira da Amizade. Afinal, foi ela quem deu início à essa festa maravilhosa”, disse Margarete.

Programação A Feira da Amizade 2015 será realizada nos dias 25, 26 e 27 de setembro e 2, 3 e 4 de outubro, no Parque Municipal Comendador Antônio Carbonari, o Parque da Uva. A entrada é gratuita.

21


TOUCHÉ dá um zoom nos melhores eventos sociais

Val Jr. Colunista Social e apresentador do Programa Zoom

Rogerio Dosa, Sandra Carnio e Picoco Barbaro

Jacob Klintowistz e Inos Corradin

INOS CORRADIN AGITA SAMPA! Renomado artista plástico ítalo-brasileiro, hoje mais jundiaiense do que nunca, Inos reuniu muitos admiradores e amigos na Cinemateca Brasileira em São Paulo, no lançamento do livro em sua homenagem, “O Ilusionista na Estrada”, que conta a história da sua arte. O livro foi escrito pelo curador e crítico de artes Jacob Klintowitz, um projeto em prol do Instituto Olga Kos. Noite concorrida!

Inos Corradin com o escultor, Cacipore

Barbara Verzola e Helena Corradin

22

Agosto/Setembro 2015


Sociais

CARNAVAL 2016 O Chupa que é de Uva realizou seu primeiro encontro já pensando no Carnaval 2016, quando o bloco sairá pelas ruas do bairro Parque do Colégio pelo quinto ano, resgatando os velhos e bons carnavais. O domingão foi pra lá de animado, com feijoada, cervejas e caipirinhas que combinaram muito bem com o som da banda Sombra & Água Fresca. A festança aconteceu no Bar Casa Cica, no dia 30 de Agosto. E quando o evento é bom, o pessoal pede bis, por isso o próximo encontro da galera do Chupa já está marcado para dia 18 de outubro. Dani Brenneiser, Tutu Andrade , Marisa Eichemberger, Detlev Weissmann, Agda e Val Medeiros

Cida Cereser, Val Medeiros, Bel Gurgel, Silvia Felipe e Elisete Furlan

Magada Vetore e Cesar Gioconda

Elaine Lerbach e Leonita Ferraz

Sandro Leonhardt, Marcia Mota e Vanderley Vitorino

23


Sociais

VERNISSAGE DE CHRISTIANE GRIGOLETO No dia 01 de setembro, a artista plástica Christiane Grigoleto abriu sua exposição “SENSAÇÕES” no Bar Casa Cica. Na noite de estreia - muito prestigiada - suas cores e formas foram exibidas para o encanto do público presente. Nas telas gigantes, a artista usou a antiga técnica encaustica, na qual a base da tinta é preparada com cera de abelha, lenços de seda criados com sutileza e colagens sobrepostas. Um show! A exposição pode ser visitada até dia 24 de outubro. Valeria Castiglioni e Elida Furtado

Fina estampa, as amigas, karin Gorete, Alessandra Cavalcanti e Ana Cristina Ferraz, curtindo os lenços

Christiane Grigoletto e Eduardo Medrano

Presidente da OAB-Jundiaí, Airton Bressan e Elaine Bressan

Theo Conceição e Patricia Esteves

BAILE DA OAB-JUNDIAÍ Festa que já se tornou tradicional, reúne gente ligada a área da advocacia e seus familiares. Baile animado, que aconteceu no belo salão do Clube dos Metalúrgicos, reconhecido por muitos como o melhor espaço para grandes eventos da região. A festa para comemorar data foi marcada pela elegância, alegria e descontração. Fernado e Viviane Di Fiori

24

Agosto/Setembro 2015



Empreendedoras

Sua força faz a diferença acontecer

Faça parte do PODER ROSA! Glauciane Salles, a fundadora do grupo

Atualmente, o SPR•Network Group está em fase de fixação da marca e fortalecimento da finalidade. O site já está ativo - www.sprnetwork.com.br e para o ano que vem, planeja-se sede própria. Para fazer parte, é preciso ser mulher e indicada por alguém que já participa do grupo e tenha CNPJ. Os encontros acontecem no Hotel Ibis.

Inspiração, negócios e resultados positivos

26

Com o objetivo de reunir mulheres para fomentar negócios, há sete anos nascia o Super Poder Rosa, hoje conhecido como SPR•Network Group. A iniciativa partiu das mãos da empresária Glauciane Salles. “Nós somos um grupo somente de mulheres e nossa finalidade é criar parcerias, desenvolver negócios”, explicou ela.

Agosto/Setembro 2015


Câmara

DINHEIRO privado para o

favorecimento público Seria impossível apontar uma só outros males.

raiz para os problemas que o Brasil

Não por acaso, instituições como

enfrenta hoje. Apesar dos inques- a OAB, a CNBB e outras 100 enti-

tionáveis avanços sociais obtidos dades foram a público para defenna última década, o País passa por der o fim dessa instituição. Infelizum amadurecimento político cujos mente, não adiantou. No início de

resultados devem aparecer logo setembro a Câmara dos Deputados

mais à frente. Por enquanto, esta- derrubou a proposta que punha fim mos no meio da tempestade e ape- ao financiamento privado das camnas quando ela passar será possível panhas, e numa só canetada enter-

fazer um balanço, ver as estruturas rou a inciativa e manteve a roleta que permaneceram, aquelas que fo- girando. Perdemos todos. ram arrastadas pelas intempéries e iniciar a retomada.

Acredito que o desânimo da

perda dessa batalha não deve des-

Nesse momento, muitas propos- mobilizar a tropa para permanecer

tas para ajustar o jogo político têm na guerra. Há muito trabalho para

surgido. Uma, em particular, extre- se fazer para o futuro, começando mamente saudável para o futuro pela própria cobrança daqueles de-

do País: o fim do financiamento putados que não fizeram coro com privado para as campanhas eleito- o clamor das ruas, da sociedade or-

rais. Ainda que não seja uma regra, ganizada. É preciso investigar para o dinheiro de algumas empresas ver quem votou como e, principal-

repassados aos candidatos para mente, porque. O financiamento a eleição, busca o favorecimento privado, pelo jeito, vai nos acompaGerson Sartori Presidente da Câmara Municipal de Vereadores

do recurso público mais adiante. nhar nas próximas eleições, e traz Eventualmente o troco para a do- com ele os vícios que levaram o

ação é a licitação viciada, o super- Brasil a passar por tudo aquilo que faturamento, o favorecimento entre estamos passando.

27


PERFUME DA

Próxima Estação Vem chegando a estação mais florida do ano. As peças de modelagens mais soltas e frescas, que trazem um clima leve e sofisticado, permitem um suave perfume provençal e ganham espaço em looks alegres e coloridos. Os acessórios, como óculos solares, também chegam trazendo estes climas e fecham a produção com grande estilo. Aproveite e curta o clima envolvente destas estações, suba em um salto confortável e arrase!

Blusa, kimono, short e brinco, Mais TVZ Sandália e bolsa, Santa Lolla Óculos Solar Just Cavalli, Óticas Maxilens


Editorial de Moda

Macacão, Mais TVZ Peep toe, Santa Lolla Óculos Solar Max&Co, Óticas Maxilens


Macacão e brincos, Donna Pietà Boutique Sandália, Santa Lolla Óculos Solar Dolce&Gabbana, Óticas Maxilens

30

Agosto/Setembro 2015


Editorial de Moda

Blusa, calça e brincos, Donna Pietà Boutique Peep toe e bolsa, Santa Lolla Óculos Solares Lunettic, Óticas Maxilens

31


Blusa, saia, brincos e pulseira, Donna Pietà Boutique Sandália, Santa Lolla Óculos Solar Vogue, Óticas Maxilens

32

Agosto/Setembro 2015


Editorial de Moda Fotos:

Henrique Dip (11.99527.9127 www.dipstyle.com.br) Modelo:

Talita Rocca (instagram: @talitarocca) Produção de Moda:

Pamella Turatti (16.98105.0076

www.facebook.com/pamellaturattimoda) Make up/hair:

Talita Pessoa (11. 979519811) TELEFONES LOJAS:

Mais TVZ JundiaíShopping

(11. 4526.6212/ instagram: maistvz_jundiai) Donna Pietà Boutique

(whatsApp:11. 99938.5873/ f: Donna Pietà Boutique/instagram: @donna_pietà) Santa Lolla JundiaíShopping (11.4588.0655

instagram: @santalollajundiaishopping) Óticas Maxilens JundiaíShopping

(11.4588.0797 www.maxilens.com.br)

Kéka Flores - Floricultura e Decorações

(11. 4522-7222 www.kekaflores.com.br)

Blusa e calça, Mais TVZ Anabela, Santa Lolla Óculos Solar Dolce&Gabbana, Óticas Maxilens

33





Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.