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Revista

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Ano V

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Número 38 -

A CIDADE SE MEXENDO

Projetos como Bilhete Único e Tarifa Social, aliados a uma engenharia viária, ciclovias e novos ônibus são alguns dos avanços da Prefeitura de Jundiaí na questão da mobilidade urbana. Confira na página 07.

Como usar

Confira nosso novo editorial de moda, que ensina como usar de diferentes maneiras a mesma peça de roupa. Nesta edição, t-shirts! 26

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expediente EDITORA- CHEFE Mônica Tozetto

editora@revistatouche.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL Mônica Tozetto - MTB: 33.120 ASSISTENTE DE MARKETING Jeannine Bueno de Camargo touche.jundiai@gmail.com ARTES Equipe Revista touché! Editora Laser Press de Comunicação Integrada

DIAGRAMAÇÃO Alexandra Torricelli TIRAGEM 10.000 exemplares AUDIÊNCIA MÉDIA 40 Mil Pessoas DISTRIBUIÇÃO Em Jundiaí e região, nas melhores bancas, comércios cadastrados, condomínios horizontais e verticais de alto e médio padrão. Display no Mercadão da Cidade, Mercadão da Vila Arens, Unit Mall e no Bulevar Beco Fino.

A Revista touché! não se responsabiliza pelos anúncios publicados

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editorial

O que nos MOVE Não há metrópole no mundo onde um dos principais desafios não seja o da mobilidade. Mover as pessoas de lá prá cá move o mundo. São Paulo, Nova York, Berlim, Paris ou Roma, por todos os lugares por onde tive a oportunidade de passar, o funcionamento (ou não) da cidade estava umbilicalmente conectado a esse fato. Nada parece funcionar melhor que o metrô que se esparrama por Manhattan, mas até mesmo São Paulo não nos deixa assim tão atrás. Numa proporção diferente, é claro, cidades de porte médio também lidam com isso. Em Jundiaí os últimos anos foram de uma imensa ocupação urbana, resultando naturalmente num transbordamento de carros, acanhamento de ruas e encolhimento da frota de ônibus. Se os desafios do crescimento não podem ser argumento para freá-lo, deixar de enfrentá-los é que se

transforma em crime. Por tudo isso, vale jogar luz sobre a ação do Prefeito Pedro Bigardi em seu esforço pela melhoria da mobilidade. Numa matéria especial, mostramos como a engenharia viária vem sendo usada para melhorar o deslocamento, novos ônibus para dar conta das demandas e projetos como o bilhete único e tarifa social para trazer conforto aos usuários. Ao lado dessas iniciativas projetos como o BRT e as alças de acesso que deverão aliviar aquele inferno em que se transforma o pé da avenida Jundiaí nos horários de pico. Mas há muito mais ainda na touché. Especial de moda, culinária e uma matéria super bacana sobre a fauna que mora no Parque da Cidade. Touché, o tempo muda e a gente muda com ele.

Na touché! tem

07 Mobilidade, palavra que virou símbolo do governo Pedro Bigardi 14 O Carnaval, os Blocos e o Refogado 18 Jundiaí valoriza ecologia com pássaros dos parques da cidade 20 Síria e Líbano: Uma multidão de influências 26 Editorial de Moda: Looks para o trabalho ENDEREÇO Dino, 202 l Ponte São João l Jundiaí l SP l FONE 11 4587-6499 EMAIL touche.jundiai@gmail.com l SITE www.revistatouche.com.br www.facebook.com/revistatouche Janeiro/Fevereiro 2015


Mobilidade Urbana

MOBILIDADE, palavra que virou símbolo do governo Pedro Bigardi

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Em dois anos, as conquistas são muitas neste segmento, como o Bilhete Único, a tarifa social, o Túnel da Ponte e o início das obras do BRT

Secretaria de Transportes tem cumprido o Programa de Metas, elaborado pelo prefeito Pedro Bigardi, com objetivo de fazer Jundiaí seguir crescendo com qualidade de vida. Para isso, trabalha para garantir melhor mobilidade e menos tráfego. No início deste ano, o chefe do Executivo anunciou a Tarifa Social, benefício que garante o transporte público a apenas R$1 no primeiro e terceiro domingos de cada mês. Na mesma data foram apresentados 68 novos ônibus que atenderão as linhas da cidade com maior demanda. “Nenhuma cidade do Brasil conseguiu uma renovação de frota como Jundiaí. Trouxemos mais conforto e segurança aos usuários e motoristas. Além disso, preten-


O Bilhete Único é uma conquista histórica para o município.

demos estender a tarifa social, futuramente, para todos os domingos, para que as famílias visitem os equipamentos públicos da cidade e tenham maior lazer”, garante o prefeito. Outra grande ação realizada pela Prefeitura foi o lançamento oficial do Bilhete Único, em setembro de 2014, sistema que unifica o acesso dos ônibus em Jundiaí. “O Bilhete Único é uma conquista histórica para o município. Vai proporcionar melhor condição no transporte para a população e, realmente, é um sistema integrado que faz parte de uma série de melhorias que buscamos para a mobilidade de Jundiaí”, afirma Bigardi. A novidade do sistema é que, com uma única tarifa, o usuário pode acessar qualquer linha, dentro de um determinado período, sem a necessidade de ter de se deslocar até os terminais para fazer essa mudança. De acordo com o secretário de Transportes, Wilson Folgozi, quem faz uso do transporte coletivo na cidade terá 1h30 para se deslocar utilizando uma só tarifa. “O Bilhete Único possibilita que os cidadãos façam o próprio itinerário, sem ir até os terminais para fazer uma integração. Além disso, o transporte terá mais agilidade na compra dos créditos em um cartão e no pagamento da tarifa”.

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Mobilidade Urbana

O secretário Wilson Folgosi, prefeito Pedro Bigardi e o vereador Gerson Sartori, um dos pais do Bilhete Único

O Bilhete Único possibilita que os cidadãos façam o próprio itinerário, sem ir até os terminais para fazer uma integração. Além disso, o transporte terá mais agilidade na compra dos créditos em um cartão e no pagamento da tarifa.

Entrega de novos onbius - mais confortáveis, rápidos e seguros

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Túnel da Ponte Inaugurado em outubro de 2014, o Complexo Viário da Ponte São João Léta e Oswaldo Bárbaro é responsável por ampla transformação viária em toda a região central da cidade e possibilita diversas vantagens aos motoristas. A obra conta com uma alça que liga quem vem da região da Vila Arens, pela Ferroviários, para a avenida Antônio Frederico Ozanan; outra alça para quem vem sentido Hortolândia-Ozanan; e uma terceira que faz a ligação Ozanan-Ferroviários. De acordo com a diretora de trânsito, Regina Romão, “a avenida São João é um ponto que diminuiu consideravelmente o volume de veículos, possibilitando que o acesso à área central fique mais rápido”. O complexo viário trouxe como principais benefícios aos motoristas: a nova ligação sentido Centro-Ponte São João; a melhor distribuição do fluxo de veículos no eixo da avenida São João, viaduto São João e avenida Torres Neves; e o aumento da capacidade viária da avenida São João e avenida Torres Neves.

O Complexo é responsável por ampla transformação viária em toda a região central da cidade

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Mobilidade Urbana

BRT O primeiro trecho do BRT, trânsito rápido por ônibus, está aprovado e terá as obras iniciadas em julho deste ano. O traçado, de 4,25 quilômetros, ligará o Terminal Colônia (na região Leste da cidade) ao Centro, na Praça Rui Barbosa. A obra prevê a construção de estações (de embarque/ desembarque) e ampliação e reforma dos terminais Colônia e Vila Arens. Entre as estações estão: Tamoio, Pacaembu, Américo Bruno, Vila Arens, Argos e Parque Guapeva.

Terminal Colônia, no primeiro trecho do BRT

O BRT junta a capacidade, velocidade e qualidade do metrô com a flexibilidade, baixo custo e simplicidade do sistema convencional”, destaca o secretário. “O novo sistema proporcionará uma melhora significativa ao transporte coletivo da cidade, tanto em qualidade do serviço, quanto em infraestrutura, conforto, segurança, agilidade e acessibilidade , pontua Folgozi.

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Ciclovias Junto com o BRT, o projeto prevê também a construção de uma ciclovia (3,5 quilômetros), que vai acompanhar o corredor exclusivo para os ônibus até o viaduto Sperandio Pelliciari, que liga a Vila Arens à Ponte São João, e depois seguirá em direção ao Terminal Vila Arens. Para dar continuidade ao tema, uma equipe foi nomeada pelo prefeito Pedro Bigardi, formando o Grupo de Estudos a Projetos Cicloviários, formado por técnicos das secretarias de Planejamento e Meio Ambiente, Transportes e Obras. Nos últimos anos, 6 km de ciclovias foram criados para mobilidade (na avenida Antonio Pincinato e na avenida Caetano Gornatti, recém-inaugurada), além daquelas de lazer nos parques Botânico, da Cidade e Tulipas. O trabalho visa multiplicar inicialmente esse número por cinco, chegando rapidamente aos 30 km de ciclovias. Os projetos prioritários estão sendo detalhados em diversos bairros da cidade e incluem a adaptação de projetos em andamento da própria Prefeitura e também negociações de contrapartidas de empreendimentos (EIV). Em um prazo mais longo, uma análise eleva essa estimativa para 100 km, incluindo 25 km de rotas secundárias nos próximos anos.

A cidade, junto com o BRT, está ganhando ciclovias, como essa do Jardim Guanabara

Sinalização Para garantir a fluidez do trânsito e a segurança de motoristas e pedestres, a Prefeitura de Jundiaí realiza melhorias frequentes na sinalização, como a instalação de placas e as pinturas de solo por toda cidade.

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Mobilidade Urbana

Alças da Anhanguera Em dezembro de 2013, o prefeito Pedro Bigardi anunciou o cronograma das obras das Alças da Anhanguera, que prevê a construção das alças de acesso à rodovia Anhanguera e marginais. A previsão é de que o trabalho seja iniciado ainda este ano e concluídos em dois anos. Trata-se de uma grande mudança viária em um dos trechos mais complicados de tráfego na cidade, que há anos sofre com congestionamentos – principalmente nos

horários de pico. A Prefeitura de Jundiaí irá executar as obras complementares de marginais e cerca de 120 mil m² de desapropriações. Já a CCR AutoBAn fará três viadutos e marginais principais. “São obras importantes, que irão melhorar o fluxo dos veículos. Mudaremos o panorama de acesso à cidade. É importante frisar que são obras que não são apenas para Jundiaí. Muda o trânsito local, dos acessos e principalmente na Anhanguera”, afirma o prefeito.

Trânsito Para garantir a fluidez do trânsito e a segurança de motoristas e pedestres, a Secretaria de Transportes, por meio da diretoria de trânsito, realiza melhorias frequentes na sinalização, como a instalação de placas e as pinturas de solo por toda cidade. Em 2013 e 2014, foram implantados mais de 6 mil metros de defensas metálicas; 151,5 mil metros de sinalização horizontal e mais de 13 mil placas, entre regulamentação e orientação. Além disso, o Programa de Humanização do Trânsito (PHT), orientou mais de 50 mil pessoas em 2013, por meio das 17 campanhas realizadas. Já em 2014, mais de 30 mil pessoas foram orientadas nas ações, além das palestras realizadas em escolas e empresas.

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O Carnaval, os Blocos e o REFOGADO

Os Blocos de Carnaval voltam à moda: é só vestir uma fantasia e cair na folia ocupando o espaço público com descontração. Em Jundiaí tudo começa na sexta-feira, com o tradicional Refogado do Sandi. Por Samuel Vidilli

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Tradição

Acima, a lanchonete Sandi, berço de tudo e abaixo, Erazê Martinho, ícone do Refogado

Inspirados pelo Refogado, outros blocos têm surgido e ganham cada vez mais adeptos.

A febre dos Blocos de Carnaval chegou para ficar em nossa cidade. Mas tal “fenômeno” não ocorre só aqui nas terras de Petronilha: em São Paulo, por exemplo, nada menos do que 300 Blocos ocuparam as ruas nos dias de Folia de Momo, com gente de todas as idades, tribos e gostos. Parece algo novo, uma nova moda... Mas não é. Vestir uma fantasia e cair na folia ocupando o espaço público com descontração é algo tão antigo quanto andar para trás. Corsos, brincadeiras e cordões com pierrôs e arlequins acompanha o brasileiro há pelo menos 150 anos. Aqui, na nossa terra, tudo começa na sexta-feira de Carnaval, com o tradicional Refogado do Sandi que concentrou, nesse Carnaval de 2015, segundo informações, mais de 20 mil foliões nas ruas do Centro. Inspirados pelo Refogado, outros blocos têm surgido e ganham cada vez mais adeptos. Desde o Chupa que é de Uva até o do Dito da Vila Progresso (acho tão mais bacana “Bloco do Dito Sujo” do que “Carne com Queijo”... sei lá... parece menos artificial, menos fast food e mais bolinho mesmo...), passando pela novidade que acompanhei da janela de minha casa (a chuva e a preguiça me impediram de participar...), o Cortejo do Jundiá, muito interessante na proposta. Mas, para mim, o Refogado é o Bloco definitivo. E confesso: mais do que um prazer estar lá, é um dever. Eu explico. Quando era criança, estava eu passando pelo Centro da cidade com meu pai. Era uma sexta-feira de Carnaval. Acomodado confortavelmente dentro do carro, em meio a uma chuva de gotas pesadas, vi um pequeno grupo de pessoas. Alguns fantasiados, outros não. Uns instrumentos de sopro, percussão. O som abafado e molhado de velhas e animadas marchinhas de carnaval. Perguntei ao meu pai o que era aquilo. - Uns loucos aí, ele respondeu, sem dar muita bola àquela pequena turma, sem dar muita atenção à minha pergunta. Achei engraçado. Os loucos molhados. Anos depois, às postas do vestibular, passava as tardes estudando no Gabinete de Leitura Ruy Barbosa. Ok, admito: pelo menos tentava estudar, já que os livros de história, arte e música chamavam mais minha

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Ao ouvir os acordes de marchinhas, saíram todos, num misto de alegria e bebedeira, ambos na medida certa.

atenção do que os exercícios de FUVEST. Uma dessas tardes era sexta-feira de Carnaval. De repente, todo o recinto de leitura e estudos estava ocupado por foliões. Eram algumas poucas dezenas. Mas... Era gente conhecida: médicos, amigos de família, pais de amigos de colégio... Porém, poucas pessoas da minha idade. Algumas fantasias eram hilárias. Um senhor, especialmente, me chamou a atenção. Que simpatia. Que sorriso. Era o líder, pensei. Estava vestido de baiana de tabuleiro, sabe? Aquelas belas mulheres que se colocam todas com turbantes e saias rendadas vendendo em bandejas seus acarajés. Ele estava engraçado demais. Ao ouvir os acordes de marchinhas, saíram todos, num misto de alegria e bebedeira, ambos na medida certa. Fiquei morrendo de vontade de ir com eles. Por que não? Era um percurso pequeno: Rua Barão, descendo a da Imprensa e em direção a Rosário, terminando novamente ali no Gabinete. Mas como? Não tinha fantasia. Não queria me expor. Tinha vergonha (sim, eu tinha vergonha, como todo adolescente idiota). Fiquei muito triste de não ter sido corajoso o suficiente. Mas ali mesmo tomei uma decisão: nunca mais deixaria de fazer algo por vergonha. Resolvi que no ano seguinte estaria fantasiado em meio àquela turba animada. Um ano depois, coloquei uma fantasia de frei franciscano e fui sozinho. Nenhum amigo topou. Morriam de vergonha. Lá, porém, reconheci vários outros amigos, que colocavam máscaras, naquela tentativa básica de passarem despercebidos. Fui acolhido por todo mundo magnifica-

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mente. E me diverti muito. Das 16h00 às 18h00. Voltei suado e feliz (ok, meio bêbado também) para casa. E aquele senhor, que no ano anterior estava de baiana, dessa vez havia escolhido uma incrível fantasia de Branca de Neve. Eu ria muito. Dançamos e rimos como se fôssemos conhecidos de longa data. Isso era verdade, de certa maneira: ele era um grande amigo de meu avô (ele descobriu isso tempos depois, ao ouvir meu sobrenome: tem algo mais jundiaiense que isso?). Esse senhor se chamava Erazê Martinho. Grande ser humano. Inesquecível Isso foi há 15 anos. Eu nunca mais perdi um Refogado do

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Tradição

Acima, o autor do artigo, devidamente fantasiado. Ao lado, o cachorrinho também marcou presença, juntamente com a famosa Inezinha do Pandeiro, abaixo

Sandi. E todo ano vou com uma fantasia diferente: judeu, bispo, árabe, Fidel Castro, Bicheiro, Mestre Cuca... Foram tantas... Comecei a convidar os amigos de então, que viam as fotos e achavam muito legal. E eles também começaram a ir. A namoradinha também. Os irmãos dela. Aquelas pessoas mais chegadas. E o grupo aumentou. Dispersou. Diminuiu. Vai e volta... Mas sempre, sempre acabo encontrando alguém na sexta-feira de Carnaval. Hoje, muitos amigos da minha idade vão. Mais novos também. Famílias inteiras de conhecidos. A (agora) ex-namoradinha. Os amigos do meu pai e da minha mãe. O pessoal da Igreja que frequento. O meu advogado. A faxineira do meu prédio. A minha vizinha. O dentista que me atendia quando criança. O vereador. O prefeito. O delegado. Em anos de Refogado nunca vi uma briga, discussão, baixaria... Nada. Apenas uma ou outra pessoa que se diz dona e que

tenta botar ordem em algo que sempre me pareceu improvisado. Mas é necessário. Para que tudo tenha esse “quê” de deliciosamente anárquico. Que era a cara do Erazê. As pessoas se reencontram nas ruas do Centro, e isso por si só já é muito legal. É a cara do interior. Cada vez mais os blocos têm, em minha opinião, essa característica. Bom... Essa diversão carnavalesca veio para ficar. De novo! Vida longa aos blocos. Vida longa a iniciativas espontâneas como essas, surgidas de grupos de amigos e de boas intenções. Da diversão gratuita e democrática. Porque quando é assim dura. Quando se desvirtua, todo mundo sente e desiste. Mas não é o caso, espero... Um viva àqueles poucos que tentam botar ordem nessas anarquias que ocorrem durante o reinado de Momo, e que só sobrevivem por conta dessa dedicação. E viva, claro, o Erazê. Porque ele foi, é e será o responsável por tudo isso. Sempre.

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Jundiaí valoriza ecologia c PÁSSARO Uma seleção de doze espécies de aves está registrada no calendário 2015 da empresa municipal de saneamento DAE com o tema “Pássaros do Parque da Cidade”. A iniciativa é parte dos esforços da Prefeitura de Jundiaí para cuidar da cidade, mas destaca-se pela originalidade e pela conscientização ambiental. “Essa iniciativa é parte de um esforço de todo o governo para valorizar o meio ambiente, parte fundamental do cuidado com as pessoas”, afirma o prefeito Pedro Bigardi.

Espécie: Athene Cunicularia Nome comum: Coruja Buraqueira

José Arnaldo de Oliveira

As imagens foram realizadas no próprio Parque pelo ecólogo Renan Augusto Bonança, primeiro entre 2008 e 2009 no Parque da Cidade, no Jardim Botânico e no Parque do Corrupira e posteriormente incluindo também o Parque do Tulipas em seu mestrado em ecologia na Universidade Estadual Paulista (Unesp), entre 2012 e 2014. Com visitas praticamente antes do amanhecer, o resultado de quase 100 horas de trabalho de observação foram 7.724 contatos diretos. A maioria (2.962) ocorreu no Parque da Cidade e identificaram-se 99 espécies de 40 “famílias” diferentes no local, que foi o ponto de maior variedade orni-

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tológica. No trabalho original, ficou em seguida o Parque do Corrupira com 1.514 contatos de 89 espécies identificadas, o Parque do Tulipas com 1.840 contatos de 73 espécies identificadas e o Jardim Botânico com 1.408 contatos de 70 espécies identificadas. Segundo observa o diretor presidente da DAE, Jamil Yatim, todas as imagens de pássaros foram acompanhadas por mensagens de conscientização ambiental. “Este calendário é mais uma ação da DAE Jundiaí para incentivar o uso racional da água”, explica As espécies As doze imagens escolhidas para Janeiro/Fevereiro 2015


Ecologia

Espécie: Pyrocephalus Rubinus Nome comum: Príncipe

com OS dos parques da cidade a iniciativa do calendário foram o anu branco (Guira guira), o biguá (Phalacrocorax brasilianus), o martim pescador verde (Chlococeryle amazona), o socozinho (Butorides striata), omartim pescador pequeno (Chlorocelyle americana), o sabiá do banhado (Embernagra platensis), o biguatinga(Anhinga anhinga), a garça branca grande (Ardea alba), o príncipe (Pyrocephalus runibus), a coruja buraqueira(Athene cunicularia), o pica-pau do campo (Colaptes campestres) e o caracará (Caracara plancus). Abordagem ampla O levantamento sobre os pássaros foi realizado com o uso de programas especiais

como Quantum GIS, Fragstats e o teste KruskalWallis, que trabalham com a relação entre a cobertura arbórea do entorno e a presença de avifauna nos parques urbanos. Dessa maneira, o trabalho original não apenas estimula a observação de aves nos parques como tambémreforça o trabalho de conservação de mananciais de água desenvolvido pela DAE e pela Prefeitura. Além das pesquisas, Renan integrou o Grupo dos Observadores de Aves de Jundiaí e também é um dos maiores colaboradores nos esforços que colocaram o município como um dos destaques na boa colocação local no maior portal do gênero do Brasil, o Wiki Aves, onde 297 espécies de pássaros foram registradas em Jundiaí.

Espécie: Guira Guira Nome comum: Anu Branco

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Síria e Líbano: Uma multidão de INFLUÊNCIAS A gastronomia sírio-libanesa, famosa pelos seus quibes, esfirras e tantos outros pratos que se popularizaram no Brasil, sofreu influências de muitos povos que habitaram a região. A faixa de terra que se estende da Ásia ao norte da África, banhada pelo Mediterâneo, foi palco de lutas, guerras de conquista e berço de religiões. Lá, habitaram fenícios, persas, romanos, árabes, otomanos. Além de ter feito parte o Império Britânico e colônias italianas e francesas. Por Mônica Tozetto

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O começo A civilização como é conhecida hoje nasceu no Oriente Médio, na região onde está o Iraque, entre os rios Tigre e Eufrates. Na Mesopotâmia eram cultivados trigo, com o qual já se fazia o pão (chato e redondo), cevada, figo e outras frutas, como nozes e pistaches. Os rebanhos eram de carneiros e cabras. Esses produtos compunham a base da dieta da população, formada em sua maioria por nômades e pastores. Nos oásis, eram cultivadas as tâmaras que completavam a dieta de carne e leite dos beduínos, e onde também eram cultivados outros produtos, como legumes, especialmente a berinjela, e cereais, como trigo, arroz e grão de bico. Viajantes e negociantes, os povos árabes mantinham relações de comércio pela Ásia até a India, e, dessa forma, conheceram os condimentos e especiarias que, mais tarde, passaram a fazer parte de suas receitas. Cada povo que habitou a região introduziu novos alimentos, como os fenícios com a cebola, e os persas com as especiarias – cominho, coentro, cardamomo, gengibre,

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Gastronomia - Histórias e receitas feno grego e cúrcuma. Os otomanos consumiam massas recheadas com frutas secas (amêndoas e nozes) e umedecidas com mel, além da carne de carneiro assada ou frita na manteiga. O comércio mantido com os países europeus da bacia mediterrânea também foi importante para a gastronomia local. A arte culinária era incentivada pelos sultões e registrada nos livros. Assim, formou-se e se perpetuou a cultura do bem comer sírio-libanesa.

Miniberinjelas com alho e nozes Ingredientes • 6 dentes de alho socados • Sal a gosto • 1 colher (chá) de pimenta síria • 1 colher (chá) de cominho • 250g de nozes • 1 litro de azeite • 1 kg de miniberinjelas Em uma vasilha, misture o alho, o sal, a pimenta, o cominho e as nozes, fazendo uma pasta. Coloque a mistura em um pote com o azeite e deixe por 24 horas. Passado esse tempo, afervente as berinjelas por 3 minutos e, depois, faça um corte lateral

em cada uma delas. Em seguida, recheie-as com a pasta de alho e nozes. Se quiser, decore o prato com dentes de alho e sirva. Dificuldade: baixa Tempo de preparo: 25 minutos, mais o tempo de descanso Tempo de cozimento: 3 minutos Rendimento: 25 unidades

Sugestão de vinho: prove com um espumante.

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Arroz marroquino com gr達o-de-bico

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Gastronomia - Histórias e receitas Ingredientes Para o frango • 5 litros de água • 1 frango inteiro lavado e limpo • 2 cebolas inteiras descascadas Para o arroz • 1 kg de arroz • 200g de patinho moído • 150g de grão-de-bico cozido • 3 colheres (chá) de canela • 1 colher (chá) de pimenta-do-reino • 3 colheres (chá) de sal

Curiosidade Com as mãos Algumas das receitas sírio-libanesas mais conhecidas, como quibes e esfirras, foram adaptadas a partir de uma necessidade dos nômades do deserto que se estende do Norte da África ao Oriente Médio. Eles tinham que comer com as mãos durante as longas jornadas. Além dessas opções, a cafta, o babaganuche, o tabule, o homus e a coalhada seca recheiam o pão sírio, compondo sanduíches que dispensam talheres. Na cafta servida dentro do pão está a origem da esfirra. O pão é consumido em todos os países árabes e substitui os talheres. Ele faz parte de todas as etapas das refeições servidas no dia a dia e nos banquetes.

Para a finalização • 2 colheres (sopa) de manteiga • 100g de pinoles (amêndoas, nozes ou pistache picados) Prepare o frango: em uma panela com um pouco de água, cozinhe o frango com as cebolas – adicione a quantidade de água indicada aos poucos, à medida em que for reduzindo. O frango estará cozido em 2 horas. Depois, reserve a carne e a água em que o frango foi cozido – ela será usada como um caldo. Prepare o arroz: em uma panela, misture o arroz, a carne moída, a canela, a pimenta e o sal. Em seguida, adicione o restante do caldo de frango reservado. Cozinhe em fogo médio por cerca de 20 minutos. Reserve. Desfie o frango e coloque-o em uma assadeira. Derreta a manteiga e coloque-a sobre o frango desfiado. Leve para assar em forno médio por 10 minutos. Retire e reserve. Misture o arroz ao grão-de-bico e disponha o frango por cima. Decore com os pinoles e sirva em seguida. Dificuldade: baixa Tempo de preparo: 20 minutos Tempo de cozimento: 40 minutos Rendimento: 4 porções

Sugestão de vinho: sirva com um tinto de uvas Malbec.

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Exposição

Mistérios dos FARAÓS Até 29 de março, quem for ao Jundiaí Shopping pode conferir a exposição “Segredos do Egito”. A mostra internacional gratuita traz detalhes e curiosidades da antiga civilização egípcia. São mais de 140 peças – 47 delas originais – como esculturas, joias, ferramentas, cerâmicas, pinturas sobre papiros, múmias, sarcófagos entre outros objetos. Entre os destaques estão os deuses Anúbis, Hórus, Amon e Thot, com 2,5 metros de altura, além da réplica de uma esfinge. O acervo, que pertence à agência chilena Agosin, foi adquirido no Museu do Cairo e possui algumas peças com mais de 3.500 anos.

Mais informações www.segredosdoegito.com.br 24

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Câmara

CARNAVAL ressurge pelos blocos e

povo reassume as ruas

Gerson Sartori Presidente da Câmara Municipal de Vereadores

A grande novidade desse carnaval foi o ressurgimento dos blocos. No país inteiro os foliões foram para as ruas com apenas um compromisso – o da diversão. Só em Jundiaí nada menos que 9 blocos ganharam o asfalto e trouxeram diversidade, muita alegria e, o que foi melhor, sem praticamente nenhum registro de baderna, violência ou qualquer outra transgressão. O bloco carnavalesco talvez seja a mais perfeita tradução do espírito carnavalesco. Ainda que a pompa, o brilho e o esplendor das escolas de samba façam brilhar os olhos dos turistas de todo mundo (e os nossos também), sempre imagino que há um excesso de rigor para uma festa tão libertadora como essa de Momo. Primeiro há o compromisso com o cronômetro sob o risco de perder valiosos pontos na contagem geral, punindo as escolas que se atrasem. Depois os jurados avaliam com lupa o desempenho da bateria, dos passistas, alas das baianas e por aí vai. Tudo tem que ocorrer da forma mais organizada possível, sem atrasos e com a mais perfeita ordem. Carnaval? Olhando assim fica mais parecido com um desfile militar.

A contraposição desse contexto

é justamente os blocos. No Refo-

gados, por exemplo, onde todo ano compareço, a gente sabe mais ou me-

nos a hora que vai sair, só não sabe quando exatamente vai chegar. Você pode abandonar o cortejo pela meta-

de para pegá-lo mais na frente. Dar uma pardinha para uma água na pas-

telaria, parar para conversar com um

amigo ou até mesmo para se afastar e admirar um pouco a criatividade

traduzida nas fantasias, onde a regra é vestir o que lhe der na telha.

Não há alas estabelecidas nem tampouco qualquer harmonia presente. Mas tudo se faz para que o contagiante clima seja espalhado entre os passistas, que claro, não sambam lá muito bem. Mas ninguém tá contando com isso! O bloco segue sem muita coordenação num claro convite para que participantes de última hora também se apropriem da rua, dancem como souberem e lembrem do fato que o carnaval é uma festa do povo, para povo e em seu nome deve ser comemorado. Gerson Sartori, vereador, amante do carnaval e presença confirmada todo ano no Refogado do Sandi. 25


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O básico! O clássico! O certeiro! Você não vai errar, se sua escolha for o vestido preto. Conte com detalhes que fazem a diferença: recortes em renda e um cinto para marcar a cintura. O clássico também chega aos seus pés com o scarpin nude que vai te levar para o almoço ou feira de negócios ou até mesmo para o escritório.

Vestido e cinto, Pop Up Store Scarpin e bolsa, Santa Lolla Óculos Balenciaga, Óticas Maxilens

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Editorial de Moda

Um pouco de ​criatividade​ e diversão combinados com cortes perfeitos vão muito bem se no seu ambiente de trabalho o alto astral e d ​ escontração​estão sempre presente. Aposte em toques de cor para iluminar e alegrar ainda mais o look.

T-shirt, blazer, calça e colar, Pop Up Store Sandália, Santa Lolla Óculos Stella Mc Cartney, Óticas Maxilens

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Uma peça em 4 versões. Já imaginou? Vamos abrir o guarda-roupa e misturar peças de diversos estilos e ocasiões, para compor looks superatuais a partir de

​O jeans flare arrasa sempre!!! E neste casamento perfeito entre t-shirt e jeans, toda atenção está voltada para os pontos em pink. A bolsinha prática e cheia de estilo combinada com a bela sandália de salto, levaram este look para as alturas. Aposte em pontos fortes de cor, fazendo a diferença no look.

Blazer, t-shirt, calça e colar, Pop Up Store Bota e bolsa, Schutz Óculos Paul Smith, Óticas Maxilens

T-shirt, calça jeans e bracelete, Pop Up Store Sandália e bolsa, Schutz Óculos Oliver Peoples, Óticas Maxilens

​O velho e bom terninho, que chegou nesta estação todo repaginado e atualizado, dá o ar da sua graça neste look. A composição com a bota de salto e bico fino - que acrescenta elegância - é somada à bolsa de franja e ao colar de pedras mais pesado, dando um toque todo especial para este look de misturas. E a chave de ouro ficou por conta do óculos solar que arrematou com muito estilo.

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Editorial de Moda

uma única peça. Vale misturar peças tradicionais com as mais despojadas. A escolhida da vez foi a T-shirt​​. Aproveite e solte sua imaginação, que tal? ​E para as que gostam de um look mais “Sweet”, nada como uma saia de babados para agradar. Um look cheio de charme e delicadeza unido ao estilo folk da bota de franja. O óculos solar poderoso acrescenta um toque glamouroso nesta composição. E a sofisticação fica por conta dos braceletes e mix de anéis que, além de tudo, trazem cor ao look.

Jaqueta, t-shirt e saia, Pop Up Store Bota e bolsa, Schutz Braceletes e anéis, Pandora Óculos Prada, Óticas Maxilens

Ousadia é sinônimo para este look. Aquela saia lápis tradicional abre espaço para esta com recorte. A t-shirt entra em cena novamente e por cima a jaquetinha bomber com um suave perfume esporte. Nos pés, carregue com muita atitude e botas mais marcantes. Para finalizar toda essa mistura de referências, os clássicos braceletes com charms e pendentes junto com o mix de anéis, que caem muito bem desde o look mais tradicional ao mais ousado! Sem esquecer do óculos solar que acompanha toda essa explosão de estilo e modernidade. ​

T-shirt, cardigã e saia, Pop Up Store Bota e bolsa, Schutz Braceletes e anéis, Pandora Óculos Tiffany, Óticas Maxilens

Telefones Lojas:

​​Óticas Maxilens (www.maxilens.com.br)​ ​Pandora JundiaíShopping (11.4588.0911) Pop Up Store JundiaíShopping (11​.4588.0795)​ Santa Lolla JundiaíShopping (11.4588.0655) ​Schutz JundiaíShopping (11.4588.0634)

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