Touche junho 2014

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Revista

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NASCEU EM JUNDIAÍ? Se você é daqui da cidade, veja se consegue se reconhecer em alguns desses sinais.

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Número 35 -

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BILHETE ÚNICO Funcionando na cidade desde o início de julho, vai modificar o panorama de trânsito.

MILTON LEITE

“QUE BELEZA!” Leia bate papo exclusivo com o narrador da SporTV

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HOSPITAL PITANGUEIRAS Novas tecnologias, mais equipamentos e investimentos marcam um novo hospital.








expediente EDITORA- CHEFE Mônica Tozetto

editora@revistatouche.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL Mônica Tozetto - MTB: 33.120 ASSISTENTE DE MARKETING Sabrina Silva sabrina@laserpress.net ARTES Equipe Revista touché! Editora Laser Press de Comunicação Integrada

DIAGRAMAÇÃO Alexandra Torricelli TIRAGEM 10.000 exemplares AUDIÊNCIA MÉDIA 40 Mil Pessoas DISTRIBUIÇÃO Em Jundiaí e região, nas melhores bancas, comércios cadastrados, condomínios horizontais e verticais de alto e médio padrão. Display no Mercadão da Cidade, Mercadão da Vila Arens, Unit Mall e no Bulevar Beco Fino.

A Revista touché! não se responsabiliza pelos anúncios publicados

ENTRE EM CONTATO CONOSCO

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editorial

Que beleza... Uma das vozes mais admiradas da tv brasileira, o narrador Milton Leite tem uma estreita ligação com Jundiaí. O início de sua carreira aconteceu por aqui, com passagens memoráveis pela Difusora, Jornal da Cidade e outros veículos. Sucesso na Sport TV, com nome sempre lembrado como um dos prováveis substítutos de Galvão Bueno, Milton Leite também é conhecido pelos bordões, entre eles o “que beleza....” Para conhecer melhor essa história veja a entrevista exclusiva do narrador nesta edição. Também não deixe de acompanhar o suplemento especial sobre o novo hospital Pitangueiras, uma contribuição do grupo Sobam para o desenvolvimento da área médica hospitalar da cidade. E por

falar em desenvolvimento, a prefeitura lança esse mês o Bilhete Único, provocando uma verdadeira revolução no transporte público municipal. A proposta deve beneficiar usuários, mas também empresários do comércio e indústria, uma vez que vai elevar a eficiência de todo o sistema, com reflexo até mesmo no fluxo do trânsito. Vamos torcer para que tudo dê muito certo. A touché! ainda tem outras grandes atrações, como o artigo do sociólogo Samuel Vidili, que bombou nas redes sociais sobre as características do jundiaiense. Imperdível. Tem ainda nossos colunistas, dicas, projetos e muitos outros assuntos que você só encontra aqui, na revista mais badalada da cidade.

Na touché! tem

09 O narrador mais famoso da cidade 20 Suplemento Especial 14 15 sinais de quem nasceu em Jundiaí 34 Gastronomia 16 Bilhete Único já está valendo 36 Colunistas exclusivos da touché! ENDEREÇO Dino, 202 l Ponte São João l Jundiaí l SP l FONE 11 4587-6499 EMAIL touche.jundiai@gmail.com l SITE www.revistatouche.com.br www.facebook.com/revistatouche Maio/Junho 2014


O NARRADOR ESPORTIVO MAIS FAMOSO DA CIDADE

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Prestes a cobrir sua quarta Copa do Mundo, o jornalista esportivo Milton Leite certamente tem muita história pra contar, e ela não começa com esportes. Mas a sua história profissional começou aqui mesmo, em Jundiaí. Seu primeiro emprego foi no Jornal de Jundiaí, em 1978, como repórter. Nessa época, ele estava em seu primeiro ano de faculdade, na ECA, USP. No ano seguinte, já se aventurava nos microfones da Rádio Difusora. Em Jundiaí, ele ainda atuou no Jornal da Cidade e na Rádio Cidade.

m 1987, foi para São Paulo, trabalhar no Estadão, editoria de Economia, como redator. Três anos depois, apresentava o programa de variedades “Show da Manhã”, na Rádio Jovem Pan AM. Concomitante a isso, sua veia esportiva começava a dar sinais e ele começou a narrar esportes na Jovem Pan TV, num projeto que estava sendo implantado. Continuando na trilha esportiva, em 1995 Milton Leite foi para a ESPN Brasil, mantendo-se ao mesmo tempo na rádio e TV Jovem Pan até 1997. Foi na ESPN que cobriu sua primeira Copa do Mundo, a da França. Durante um ano, entre 2004 e 2005, foi diretor de redação da Rádio Eldorado AM. Nesse mesmo ano, assinou contrato com a Sportv, da Globo, onde está até hoje. Conheça um pouco mais a história desse jundiaiense, que

FOTOS: CAROLINE BITTENCOURT

Perfil


Ao lado da esposa e dos gatos, o jornalista Milton Leite divide seu tempo entre trabalho, inúmeras viagens, Jundiaí e as inúmeras opções de São Paulo. Apesar da agenda incerta – hora cá, hora acolá -, consegue realizar sonhos e curtir seus hobbys. Está cobrindo sua quarta copa. Já cobriu quatro Olimpíadas, além de mundiais de basquete, natação, ginástica e o Pan de 2007.

ficou famoso na terrinha pelos comentários sagazes e uma ou outra polêmica. l

Paulista, o time do coração.

l Em quase todas as suas entrevistas, Milton Leite se revela fã ardoroso do Paulista Futebol Clube, de Jundiaí. Mas, apesar de todo esse carinho, ele não vê um futuro brilhante, nem para o Paulista, nem par outros clubes menores. “O futebol hoje é uma indústria milionária. Um clube do porte do Corinthians, por exemplo, tem um faturamento que chega a R$ 300 milhões. Como competir? Acredito que a única saída para a sobrevivência seja investir nas categorias de base, formar jogadores e com o dinheiro, manter o time. Mesmo assim, provavelmente, para apenas disputar as competições, sem muita chance de conquista. O título do Ituano nesta última temporada é a exceção que confirma a regra. l Cidades como Campinas e outras menores, como Itu, receberam seleções para a Copa do Mundo. O que falta para

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Jundiaí ser um polo esportivo? l Confesso que não vivo o dia-a-dia da cidade e de sua estrutura esportiva. De qualquer forma, acredito que a Prefeitura não deve investir em esportes de competição e sim, oferecer formação esportiva como educação. Massificar para, quando surgirem talentos, encaminharem para times de clubes ou bancador por empresas. Infelizmente, não há uma grande tradição na cidade de empresas locais investirem pesado no esporte. E estamos falando de um grande parque industrial, com comércio forte. l

liar?

Jundiaí e São Paulo: dá para conci-

l Na verdade, desde que saí da cidade, há mais de dez anos, nunca perdi o contato. Meus pais e minhas filhas moram em Jundiaí e meu primeiro neto acabou de nascer aqui. Claro que sinto saudades de amigos queridos, dos tempos de adolescente, em que praticava vôlei no Bolão e que não consigo encontrar com a frequên-

MINHA RELAÇÃO COM TORCEDORES É ÓTIMA.

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Perfil

cia que gostaria. l

A rotina na cidade grande

l Viajo muito, mas consigo aproveitar a cidade, que oferece uma montanha de coisas para fazer. Cinemas, teatro, restaurantes, museus, exposições. Apesar de todos os problemas, adoro viver na minha cidade natal (ele é nascido em São Paulo). l Os jornais impressos, onde você começou sua carreira jornalística, estão em franca decadência. Vê saída para isso?

A crise é geral. As tiragens são cada vez menores, a internet ocupa mais e mais espaço entre consumidores de notícias. Se para os grandes está difícil, imagine para os menores. No mundo todo, muitos jornais tradicionais estão deixando de circular em papel e se transformando em digitais. Acredito ser essa a saída que veremos a maioria adotar nas próximas décadas.

l Minha relação com torcedores é ótima. Sempre sou muito assediado, mas com educação e carinho. Claro, em lugar nenhum há unanimidade, mas a grande maioria se manifesta de maneira simpática. Com jogadores e técnicos tenho sempre uma postura profissional, com um certo distanciamento, até para poder criticar e elogiar. E acabo encontrando muito pouco esses profissionais. Muito raramente participo dos programas de televisão em que vão. Os encontros são sempre rápidos, em hotéis e aeroportos, por exemplo. l

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l As viagens bagunçam a agenda. Como conciliar? l Apesar de viajar muito, tenho livre dias da semana. O que acaba complicando é a falta de regularidade nos dias que tenho livre. Cada semana é de um jeito e fica difícil até marcar consulta médica. As coisas que faço, como nadar e aprender piano, encontrei locais onde tenho flexibilidade para fazer nos dias que posso.

Como você administra a relação de narrador e seus diversos públicos: fãs, atletas e técnicos? l

E nas horas vagas?

l Além da leitura, eu e minha mulher curtirmos procurar restaurantes novos na cidade. Este ano, resolvi realizar um desejo antigo, que acredito ser também um hobby, que é aprender a tocar piano. l E se algum jundiaiense quiser comer em São Paulo? l São Paulo tem muitos lugares bons. Há bastante opções em restaurante, mas gosto muito do Carlota, que tem comida ótima a preços acessíveis. O Maní é caro, mas vale. E uma cantina italiana excelente, em Pinheiros, Nello’s. Agora, para conhecer, gosto do Masp, Museu do Futebol e todos os teatros. l

Para acompanhar?

l Um bom vinho, que adoro, apesar de não ser especialista. Dentre as minhas marcas preferidas, o “Marques Casa Concha” e “Casa Silva”.

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Opinião

ESPAÇO DO

LEITOR

Depois de ler nossa reportagem sobre resíduos sólidos, a leitora Lurdinha mandou para a redação da revista suas dicas de como construir um mundo melhor.

“Recebi a revista touch 24. Gostei muito. Entre os artigos, destaco o que aborda o tema sobre o destino dos resíduos sólidos. Faço a reciclagem, lavo as latas e garrafas antes de as colocar em sacos plásticos provenientes de compras. Reciclo também as cascas de frutas (não as de laranjas e limões), de legumes e folhas usadas no prepare de minhas refeições, colocando-as em um minhocário que tenho em meu jardim. Isso me fornece compostagem e chorume para meus vasos, jardins e hortas, que estão bonitos e floridos. Tenho perto de trezentas mudas de orquídeas, camélia branca, pé de limão, amora, pitanga e banana ouro. Sei que Deus me deu um pedacinho de terra

do tamanho do mundo (300 metros) para cuidar. E eu procuro fazer isso com gratidão e carinho. A compostagem pode ser feita por todos os moradores de casas ou apartamento. Ela se resume em três caixas de plástico que devem se encaixar uma na outra. A de baixo recebe o chorume; a do meio, que deve ter sua base furada (furos de 0,5 cm, mais ou menos) recebe o excremento da minhoca e a primeira, também furada, recebe restos de folhas (verduras) e cascas de legumes sem sementes. Um abraço carinhoso a todos vocês Lurdinha

COMPARTILHE VOCÊ TAMBÉM A SUA HISTÓRIA. O TEMA É LIVRE. MANDE PARA: TOUCHE.JUNDIAI@GMAIL.COM

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SINAIS DE QUEM NASCEU E/OU FOI CRIADO

EM JUNDIAÍ

Nosso divertido articulista Samuel Vidilli volta, desta vez, com um texto para lá de divertido. Se você é daqui da cidade, ou já vive em Jundiaí há muito tempo, veja se consegue se reconhecer nesses sinais.

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Você sabe cantar o Hino de Jundiaí Paulistano não sabe cantar o hino de São Paulo. Carioca tampouco. Mas o “Ó terra querida Jundiaí” todo jundiaiense sabe. Pelo menos a primeira estrofe. E canta com orgulho.

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Você come coxinha de queijo para espanto do resto do mundo Invejosos dirão que coxinha só pode ser de frango (afinal, frango é que tem coxa, e não queijo). Tudo bem. Mas o verdadeiro jundiaiense sabe que coxinha tem de ser de ambos os sabores (ou mesmo os dois juntos). E não adianta chamar de bolinha de queijo. Esse é outro salgadinho.

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“Vou na cidade comprar umas coisas” O jundiaiense nunca vai ao “centro da cidade”, mas sim “subir na cidade”. Pode ser que more a dez minutos caminhando da Matriz. E não adianta.

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Turbaína com tudo combina Turbaína (com o “r” beeeeem puxado) é para o jundiaiense o que a Inka Kola representa para os peruanos ou o Guaraná Jesus para os maranhenses. É deliciosa, ainda mais se você compra no boteco aquela que está envasada na garrafa de cerveja normal. Mais clássico que isso, só se tomasse no balcão d’A Paulicéia ou do Bar do Pedro no Mercadão…

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Branquinho? Corretivo? Não! É ERROREX! Motivo de discussões pesadas com não-jundiaienses, que não conhecem o VERDADEIRO nome do líquido usado para corrigir erros em documentos já impressos…

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“E você é do quê mesmo?” Ao se apresentar para uma pessoa mais velha não basta nome e sobrenome. Fale o bairro e quem é o parente mais conhecido. Eu, por exemplo, sou Samuel Vidilli, dos Vidilli na Bela Vista.

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Sabe que tem um jundiaiense em qualquer lugar do mundo e ao viajar sempre encontra o conhecido do conhecido… Jundiaienses se atraem. E isso acontece em qualquer lugar do mundo. E é verdade.

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Maria dos Pacote, a lenda real mais querida!

Em qualquer lugar do mundo usa-se o Homem do Saco para assustar as crianças. Aqui era a Maria dos Pacotes, que na verdade não assustava ninguém.

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Pode nunca ter ido lá pessoalmente, mas ama profundamente a Serra do Japi. Jundiaiense, ao chegar de SP, olha para aquele maciço verde do lado esquerdo da janela e já se sente em casa. Não adianta. E tem orgulho de morar do lado do mato.

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Quem dirige mal na verdade é de Várzea! Sim, jundiaiense dirige mal e muitos aceitam isso. Mas é folclórico botar a culpa nos varzinos. Não tem graça se não for assim. Maio/Junho 2014


Curiosidade

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Você usa palavras italianas no dia-a-dia e nem se dá conta. Aqui, come-se “fêta” de bolo, a mulher sai com os “gambito” de fora, depois do almoço dá aquela “vóia”, e se a pessoa é ruim sempre sai um “saláme”, um “fio dun cane” ou um “lasquifento”. Tudo isso tem raiz italiana.

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Faz curva como se estivesse dirigindo uma carreta e, claro, não dá seta. Quando os motoristas jundiaenses precisam entrar na rua à esquerda, é batata: vão pra direita para daí virar, como se o Paliozinho fosse do tamanho de um Titanic!!!! E não usa a seta nunca. NUNCA!!!

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Faz sempre o mesmo caminho ao dirigir. E aí entope tudo. Eu tenho pra mim que jundiaiense não conhece rota alternativa ao fazer um caminho. De verdade, nem temos tantos congestionamentos, mas quando acontecem são porque, na minha opinião, todo mundo quer fazer aqueles caminhos de sempre. Fazer aquele atalho por dentro do bairro não é comum…

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Tem um mega orgulho de ser do interior! Tem uma coisinha aqui, acolá, isso ou aquilo outro que podia melhorar…mas o jundiaiense é bairrista, ama essa terra e não consegue ficar muito longe não… E você que não é daqui nunca diga que Jundiaí faz parte da Grande São Paulo! Somos interiorrrrrrr… bem pertinho da capitarrr, mas ainda sêmo interior!

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Você já teve problema com o Cometa para ir até São Paulo. Se você é jundiaiense de verdade, já passou pelo menos um perrengue com o Cometa se precisou dele para ir à São Paulo. Não adianta!

Samuel Vidilli

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BILHETE ÚNICO JÁ ESTÁ VALENDO Economia, rapidez e segurança. O bilhete único, que está funcionando na cidade desde o início de julho, vai modificar o panorama de trânsito na cidade. E para melhor!

Desde o início de julho, os usuários de transporte público contam com o Bilhete Único, um sistema que permite os deslocamentos com uma única tarifa, durante uma hora e meia. “O cartão será usado normalmente nos ônibus do Sistema Integrado do Transporte Urbano (Situ)”, explica Wilson Folgozi, secretário de Transportes. A agilidade é um dos pontos fortes do novo sistema, já que os usuários farão suas viagens gastando menos tempo que atualmente. “Isso porque poderão realizar a integração em qualquer ponto da rede de linhas o SITU”, destaca Folgozi. De acordo com ele, também quem não usa transporte público sentirá a diferença no trânsito. Além do que, poderá ser atraído para seu uso. “Por conta das facilidades, esse é um fato que deverá ocorrer. Em todas as cidades onde houve implantação do bilhete único, as pessoas acabaram se deslocando mais e acessando mais o comércio, lazer e educação”, comemora. Quem já tem o cartão não precisará trocá-lo imediatamente, pois todos os cartões garantirão a integração. Os usuários que

não possuem, podem se cadastrar desde o início do mês. Para se cadastrar O cadastramento teve início em 7 de julho, para usuários sem cartão. Quem já possui cartão, pode usar sem novo cadastramento, nessa primeira fase. Para se cadastrar, o usuário deve procurar: l Salas do “Acessa Jundiaí” nos terminais Colônia, Vila Arens, Vila Rami, Cecap e Eloy Chaves. Nesses locais, deverá preencher o formulário de cadastramento diretamente no site da Transurb, com orientação de monitores; l Na sede da Transurb, no Terminal Central, onde os funcionários preencherão o formulário de cadastramento na presença do usuário; l Nas bilheterias de todos os terminais, o usuário pode retirar o formulário de cadastramento e devolvê-lo preenchido em qualquer terminal. l Acessando o site da Transurb (www. bucartaosim.com.br), e preenchendo o formulário diretamente.

No cadastro, o usuário deverá informar em que terminar prefere retirar o cartão do bilhete único. Ele será informado posteriormente a data para retirar o cartão. O cadastro e o cartão são gratuitos. A entrega do cartão terá início em 4 de agosto. Para retirada, deverá ser apresentado um documento com foto. 16

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Economia

テ年IBUS ARTICULADOS Nas ruas desde abril, os テエnibus articulados melhoraram significativamente as linhas nas quais operam. Confortテ。veis, ,modernos e seguros, os quatro veテュculos transportam 616 passageiros.

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Economia

Pelo segundo ano consecutivo, a Prefeitura de Jundiaí manteve o valor da tarifa do transporte coletivo na cidade. “Seguindo nosso programa de governo, que é tratar essa tarifa como uma questão social, fizemos vários estudos e vamos manter o valor em R$ 3,00, afirmou o prefeito Pedro Bigardi. A decisão da administração faz com que o município tenha uma das menores tarifas praticadas atualmente, se comparada com as cidades próximas – como Campinas, São Paulo, Valinhos e outras.

Seguindo nosso programa de governo, que é tratar essa tarifa como uma questão social, fizemos vários estudos e vamos manter o valor em R$ 3,00

VALOR DA PASSAGEM

PLANO DE MOBILIDADE URBANA DE JUNDIAÍ Bilhete único, ônibus articulado, manutenção da tarifa. Essas iniciativas fazem parte do Plano de Mobilidade Urbana de Jundiaí, assinado em março desse ano. Outra estratégia prevista é a construção de uma rede estrutural de corredores no padrão BRT. Recentemente, o município assinou, com a CEF, um financiamento para a obra que ligará a região leste ao centro da cidade. “Também estão sendo desenvolvidos os projetos pelo município em conjunto com o governo do Estado para a realização de obras que ampliem as alternativas de transposição da Rodovia Anhanguera, que é atualmente um dos principais gargalos do trânsito de Jundiaí. Finalmente, as pesquisas que serão realizadas pelo Plano de Mobilidade ajudarão a reestruturar a rede de linhas do SITU”, destacou Folgozi.

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Wilson Folgozi, Secretário de Transportes

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HOSPITAL PITANGUEIRAS

HOTELARIA DIFERENCIADA, NOVAS TECNOLOGIAS E MAIS EQUIPAMENTOS MARCAM NOVO HOSPITAL Inaugurado no início de junho, o novo Hospital Pitangueiras, com seis andares, traz para a cidade e região o que há de mais moderno na área. De acordo com o diretor da instituição, o médico Vagner Vilela, a hotelaria diferenciada, o aumento de equipamentos e novas tecnologias estiveram entre as principais preocupações do projeto. “Investimos na humanização, porque sabemos que isso é muito importante para a recuperação do paciente”, destaca ele. Todos os quartos possuem televisão e espaço para acompanhante.

Apesar de sempre estar suprido com equipamentos modernos, nessa nova fase houve um grande investimento na aquisição de tecnologia de ponta. “Estamos muito bem equipados, mesmo porque houve aumento expressivo dos leitos”, explica. Outro diferencial do recém inaugurado hospital é a recepção para pacientes internados, que foi separada do pronto atendimento. “Isso garante maior segurança”, ressalta ele, que completa dizendo que isso contribuirá ainda mais para garantir a permanência dos menores índices de infecção hospitalar, marca do Pitangueiras. Reforma Com o novo prédio em funcionamento, o antigo hospital já começa a passar por reformas gerais. “Antes, com uma demanda de quase 100%, era impossível até pintar os quartos. Agora, vamos correr”, afirma Vilela. Com tudo pronto, a capacidade do Pitangueiras chegará em 230 leitos. Do quarto andar para baixo, os prédios serão interligados.

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Os médicos fundadores - Renato Furtado, Lázaro de Freitas Nunes, Paulo de Luna e Arnaldo Reis, na vanguarda da medicina da região. Maio/Junho 2014


Suplemento Especial O projeto arquitetônico foi desenvolvido em conjunto com a diretoria do hospital e setores envolvidos, a fim de possibilitar uma maior integração entre a proposta e a utilização das áreas. O novo hospital aumento a área em 53%, distribuída num edifício de seis andares.

Dr. Vagner Vilela, diretor do hospital

Os novos apartamentos são confortáveis, arejados, com televisão e equipamentos individuais.

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INSTALADA NO

TERCEIRO ANDAR, A MATERNIDADE GARANTE

SEGURANÇA E

CONFORTO PARA

AS MÃES E BEBÊS.

As UTIs adulta e infantil oferecem conforto, tecnologia e modernidade, garantindo a segurança e rápida recuperação do paciente.

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Suplemento Especial

ALGUMAS DAS NOVIDADES ü Ampliação do Pronto Socorro Adulto, com recepção própria, aumento do número de consultórios e leitos, além de salas de emergência. ü Ampliação da recepção de internação e de visitantes ü Ampliação do Pronto Socorro Infantil, com aumento de consultórios e leitos de observação. ü Criação da UTI adulto, com 40 leitos individuais e UTI coronariana ü Ampliação do centro cirúrgico, dobrando o número atual de salas cirúrgicas, inclusive com algumas preparadas para realização de transplantes.

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NOVA UTI PEDIÁTRICA

INVESTE EM TECNOLOGIA E HUMANIZAÇÃO

Atendendo crianças a partir de 28 dias e até os 16 anos, a nova UTI pediátrica do Hospital Pitangueiras, instalada na ala recém-inaugurada, oferece ao seu público a mais alta tecnologia em equipamentos. Com o dobro do número de leitos, atende desde doenças clínicas, como distúrbios severos, além de cirurgias complexas. De acordo com o gestor médico da UTI, Elzo Garcia Júnior, há uma grande preocupação com o atendimento humanizado. “Aqui, nossos leitos são todos individualizados e bastante confortáveis, tanto para o paciente quanto para sua família”, destaca ele. A equipe que atende os pequenos pacientes é interdisciplinar, composta por médico plantonista 24 horas, médico diarista, gestor médico e de enfermagem, enfermeiros diarista e plantonista, fonoaudiólogo, fisioterapeutas, psicólogos, nutróloga e equipes de apoio, como laboratório, imagem e assistência social. “Procuramos conversar com cada paciente, propondo a eles o que há de melhor. Desde sua chegada até a alta, nossa preocupação é com seu bem estar”, enfatiza Elzo. Na nova UTI pediátrica do Hospital Pitangueiras é permitido o acompanhamento da família durante 24 horas e a visita de duas pessoas por dia, desde que seja importante para o núcleo familiar.

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CONVÊNIOS ATENDIDOS l Abas 15 – Assoc. Dos Juízes l Abet/Plamtel l Adecitp/Multmed l Afresp/Amafresp l Allianz l Amico/Dix Amico l Amil l APS l Assefaz l Astra l Bradesco l Cabesp l Care-Plus l Cassi-Banco do Brasil l Economus l Fundação CESP l Fusex l Gama Saúde

l Irmandade da Santa Casa de Piracicaba l Lincx l Marítima l Medial Saúde l Mediserve l Petrobrás l Petróleo Brasileiro l Porto Seguro l Saúde Caixa l Sindicato dos Corretores de Imóveis (paga o procedimento na tesouraria do Hospital) l Sindicato dos Transportes Rodoviários (direito somente a consulta) l Sistema Abramge (somente urgência/emergência em trânsito) l Sul América l Unibanco / Tempo Saúde l Usiminas / Usisaúde

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Suplemento Especial

EQUIPE Gestor Médico – Elzo Médicas diaristas – Débora e Daniela l Gestora de enfermagem – Cleonice l Nutróloga – Bianca l Psicóloga – Júlia l Fisioterapeutas – Luciana, Fabíola e Luzineti l Enfermagem – Karina e Juliana l Fonoaudióloga – Rocélia l l

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Suplemento Especial

VITÓRIA DA VIDA Hospital Pitangueiras devolve à vida bebê que nasceu com 480 gramas, o menor de sua história.

Ana Isabelly Murari Pereira nasceu em novembro, pesando 480 gramas. Suas chances de sobrevivência, de acordo com a equipe médica, eram mínimas. No dia 28 de maio ela foi paracasa com sua mãe, Jaqueline e seu pai, Reginaldo. Pesando 1.710 gramas, já conseguia mamar, respirar sem aparelhos e aparentemente, não tem sequelas nenhuma. Para o gestor médico do Hospital, Elzo Garcia Júnior, ela pode ser considerada ume pequeno milagre. A fé ajuda muito, sem dúvida. Pesquisas científicas comprovam seu poder. Mas a tecnologia do Hospital e a capacidade da equipe envolvida atuaram sobremaneira para que Ana Isabelly sobrevivesse e vivesse com maestria. Por ser considerada pequena demais – bebês de até 20 semanas com até 500 gramas são considerados abortos – Ana Isabelly precisou de todo o atendimento médico e multidisciplinar possível. O índice de mortalidade nessas circunstâncias é

superior a 95%. Nos seis meses de internação, a garotinha passou por duas cirurgias – uma cardíaca e outra oftalmológica e só conseguiu ser alimentada pela mãe pouco menos de dois meses antes da alta. “Quando falamos para os pais que as chances eram pequenas, o Reginaldo respondeu: nós três vamos para a casa. E conseguiram”, diz Elzo. Para a pediatra Helaine Toledo, que também cuidou do caso, a Isabelly ensinou à equipe do Hospital que a meta principal deve ser não desistir nunca. Ela conta que a mãe vinha todos os dias visitar seu bebê, sempre chegando e saindo sorrindo. Não deixou de fazer a doação para o banco de leite. “Geralmente as mães sucumbem pelo cansaço. Ela não, nunca perdeu a paciência”, admira-se. Por não se saber ao certo se haverá sequelas, a menina continuará a ser acompanhada de perto pela equipe do hospital, em consultas semanais.

ANA ISABELLY PRECISOU DE

TODO O ATENDIMENTO MÉDICO

E MULTIDISCIPLINAR POSSÍVEL.

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PREVENÇÃO

PROGRAMA AJUDA A ABANDONAR O VÍCIO Prevenir e garantir a saúde é uma das principais metas do Hospital Pitangueiras. Por esse motivo, em 2009 nasce o Amigo do Pulmão, um de seus programas, para para ajudar aqueles que querem ou precisam, parar de fumar. Apesar das dificuldades, o trabalho já atingiu números acima dos padrões mundiais. Em quatro anos, mais de 500 pessoas entraram em abstinência.

Os motivos para se parar de fumar são inúmeros. Alguns sofrem pressão da família – filhos e cônjuges principalmente. Outros sentem-se envergonhados em manter um vício que pode levá-los à morte, além de ser extremamente condenado pela sociedade. Há aqueles ainda que já apresentam doen-

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ças ligadas ao uso da nicotina. No caso das mulheres, a vaidade conta bastante. Mas decisão tomada, o grupo Amigo do Pulmão, sediado na Medicina Preventiva do Hospital Pitangueiras, é certamente uma das melhores ferramentas para essa tarefa. Segundo o gestor do programa, o psi-

quiatra Luiz Eduardo Miguel, estatisticamente a maioria dos fumantes querem parar de fumar. Aqueles que decidem abandonar o vício sozinhos tem pouco sucesso: cerca de 10%. Dos que procuram um médico, a chance aumenta um pouco: 20%. No grupo Amigo do Pulmão, esse índice atin-

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Suplemento Especial giu a faixa de 60% de abstinência. “É um número animador, porque sabemos que não é fácil”, ressalta ele. A primeira fase do programa Amigo do Pulmão leva três meses. Começa com uma consulta ao psiquiatra, que avalia o nível de dependência do cigarro. Os quadros de cada um são diferentes e o tratamento, consequentemente, também. Depois da con-

sulta médica, chega a vez das psicólogas, que vão acompanhar o grupo semanalmente durante estes três primeiros meses, ensinando técnicas de relaxamento, respiração e auto observação. O trabalho da nutricionista também é importante, porque, comprovadamente, parar de fumar significa também ganhar um pouco de peso. Osetor de nutrição en-

tra com dietas que diminuem a ansiedade e dão várias dicas saudáveis. A participação nas atividades físicas é aberta para os integrantes do programa. Praticar exercícios, além de ajudar na manutenção do peso, aliviam a ansiedade. A equipe faz uma série de exercícios com o grupo, inclusive o financeiro: o que daria para cada um comprar com o dinheiro que gastou em cigarros. Mostra também que, apesar da sensação de prazer proporcionada imediatamente pela inalação da nicotina, o vício mata um pouco todos os dias. Processo contínuo Depois de finalizado o programa, o trabalho da equipe continua até completar 24 meses. Entre três e seis meses, o grupo ainda se encontra mensalmente. Depois, de seis a 24 meses, a consulta é telefônica, para saber se a pessoa continua sem fumar e como está indo sua percepção de melhora. De acordo com Degaspare, a meta otimista do hospital é atingir 20% dos fumantes da carteira do convênio, número que chegam em 1.500.

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Suplemento Especial

NÚMEROS EXPRESSIVOS Funcionando desde 2009 dentro da Medicina Preventiva do Hospital Pitangueiras, o Grupo Amigo do Pulmão já tratou de 522 pessoas. Atualmente, são 288 ativas. Acompanhe abaixo alguns números que demonstram a importância desse trabalho na melhora da saúde e no combate ao vício. 41% das pessoas que procuram o grupo são homens e 59%, mulheres l A faixa etária mais expressiva está situada na população entre 50 e 59 anos: 41%. É seguida pela de maiores de 60 anos: 26% l O percentual de abstinência da primeira fase do programa, que dura três meses, é de 60% l

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Depois de um ano, quando questionados sobre sua auto-percepção de melhora, os ex-fumantes observaram que:

86,67%

desenvolveram maior autoestima

80,73%

perceberam uma melhor coloração dos dentes

80,18%

notaram maior vitalidade da pele

78,84%

afirma que possui mais capacidade para atividade física.

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Gastronomia

CARRÉ DE CORDEIRO

COM PURÊ DE MANDIOQUINHA E MAÇÃS

Uma carne nobre e deliciosa, o carré de cordeiro é um prato com muita potência e bastante consumido na Europa. Veja como preparar e acompanhe com purê e maçãs.

Ingredientes

Onde encontrar o carré: Iotti, Griffe da Carne Av. São Paulo, 1.151 - Agapeama Jundiaí - Fone: 11. 4526.2064 (veja anúncio nesta edição)

Carré l 1 kg de carré ovino com osso e inteiro l 1 ramo médio de alecrim l 2 dentes de alho amassados l 1 ramo de tomilho l 1 talo de alho-poró l 1 cebola em rodelas l 3 folhas de louro l 1 copo de vinho tinto seco l 1 colher (sopa) de conhaque l Quanto baste de azeite, manteiga e sal Purê l 1 kg de mandioquinha sem casca e picada l 4 colheres (sopa) de manteiga l 100 ml de creme de leite l Sal a gosto Maçãs Carameladas l 3 maçãs l 2 colher(es) (sopa) de manteiga l 100 gr de açúcar l Curry e sal a gosto Modo de Preparo Carré l Coloque em um recipiente o carré e esfregue alecrim, alho, tomilho, alho-poró cortado em rodelas, cebola em rodelas e a

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folhas de louro. Acrescente o vinho, o conhaque e o azeite. Cubra com papel filme e leve para marinar na geladeira por 4 horas. Depois, retire as ervas, acerte o sal e sele o carré em todos os lados. Em seguida, enrole-o com os ossos para fora, formando uma coroa e amarre com uma linha. Em uma assadeira, coloque a carne com os ossos para cima e leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 20 minutos, lembrando que o ponto ideal da carne é mal passado. Purê l Cozinhe a mandioquinha em água e sal. Depois de cozida, escorra a água, amasse e passe por uma peneira fina. Leve o purê ao fogo médio, mexendo sempre com uma colher de pau. Adicione o creme de leite e a manteiga e cozinhe até adquirir consistência. Corrija o sal. Maçãs Carameladas l Corte as maçãs em cubos e retire os miolos. Em uma frigideira, aqueça a manteiga e salteie as maçãs até que fiquem macias.Em seguida acrescente o açúcar e o curry, corrija o sal para realçar o sabor e deixe caramelizar. Montagem l Faça uma camada com o purê, coloque por cima o carré e por último, as maçãs. Maio/Junho 2014


Câmara

“NO MELHOR MOMENTO DA CARREIRA”, SARTORI

FAZ BALANÇO PARA

Gerson Sartori Presidente da Câmara Municipal de Vereadores

MAIS DE MIL

O que era para ser uma rotineira prestação de contas do mandato, acabou se transformando num dos maiores encontros públicos ocorridos em Jundiaí este ano - mais de mil pessoas estiveram presentes na reunião de balanço de mandato do vereador Gerson Sartori. Realizada mês passado, e com a mesa tomada por representantes de toda região, Sartori foi o primeiro a usar a palavra e, mesmo do alto da sua experiência, precisou parar, movido pela emoção. “Estávamos preocupados se haveria um bom público para um encontro onde o único atrativo é a conversa sobre a nossa cidade. Fui surpreendido pela presença de vocês”, revelou em meio a emoção. Com as cadeiras do salão do Dauds buffet totalmente ocupadas, os convidados ainda chegavam quando o prefeito Pedro Bigardi assumiu o microfone para pontificar - “o Gerson vive o melhor momento da sua carreira. Está maduro, tem feito discussão política de alto nível e demonstrado qualidades que eu admiro em qualquer pessoa que queira ser um político”, disparou Bigardi. Segundo ele, Sartori lhe dá a segurança necessária para poder implantar em Jundiaí o projeto democrático e popular que jamais a cidade conheceu. “Estamos transformando Jundiaí e ninguém deve ter a ousadia de parar esse processo”, afirmou. Enfático, o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Jundiaí e Região, com quase 40 mil trabalhadores na base, Eliseu Costa e Silva resumiu o sentimento que vem ganhando corpo. “Gerson, os metalúrgicos estão com você para onde você for. E sei que outros companheiros sindicalistas me acompanham nessa fala”, disse. No palco, quatro fileiras de cadeiras esta-

vam postadas logo atrás da mesa principal, com vereadores de cidades como Itupeva, Várzea Paulista, Francisco Morato, Campo Limpo Paulista, Cabreúva, Cajamar e Louveira dando a dimensão da importância que o ato ganhou. Outro termômetro era a participação maciça dos vereadores da casa onde Sartori é presidente. Nacional Figuras de peso da política nacional também estiveram presente na Plenária. Paulo Frateschi, fundador do PT e atual secretário do governo do prefeito Fernando Hadadd, ressaltou a importância de Jundiaí e a necessidade de permanecer avançando. “Não tenho dúvida da qualidade do trabalhado que o Sartori está fazendo aqui. São pessoas como ele que asseguram que o PT continua um partido de vanguarda e pronto para os imensos desafios desse país”, afirmou. Para Renato Simões, deputado Federal, “os desafios não serão poucos. Mas estamos preparados para enfrentá-los e vencê-los e contamos com você Gerson”, disse. A sequência das falas foi fechada com o senador Eduardo Suplicy, ícone do PT e uma das figuras políticas mais respeitadas do país, que fez questão de estar presente. “Tenho laços históricos com Jundiaí, desde do tempo em que o nosso partido começou e meu amigo Eraze Martinho estava aqui empunhando essa bandeira. Nós nunca deixaremos de colocar os mais humildes na agenda do país e é isso que tem incomodado tanta gente. Precisamos continuar esse projeto e para isso se faz necessários novos combatentes na esfera Federal”, concluiu.

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Viver Bem

Longínqua década de 80: memórias de outro mundo no

CRUZAMENTO DA IPIRANGA COM A

AVENIDA SÃO JOÃO

Lembro satisfeito do dia que completei 18 anos. Recordo com saudades do quanto a vida estava boa e como eu estava feliz, apesar dos conflitos inerentes a esta sensível e delicada fase. Resumidamente, tudo andava igual a rotina dos jovens, as voltas com a família, estudos, futuro, amigos, esportes e festas.

Fernando Balbino Graduado em Educação Física pela UNESP de Rio Claro, mestre em Filosofia da Educação pela UNIMEP, doutor em Ciências Sociais pela PUC de São Paulo. viverbem@revistatouche.com.br

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Na noite de 12 de novembro, há poucos minutos do meu aniversário, estava em meu quarto revisando as matérias mais importantes aprendidas durante o dia. Não queria perder conteúdos e a rotina de estudos andava pesada. Eu me preparava para o processo seletivo das Universidades Estaduais. Pelas manhãs cursinho preparatório para vestibular e a noite fazia “3º.colegial no Instituto de Educação”. Hoje a escola tem outro nome e este segmento do ensino se chama Ensino Médio. Terminada a “missão” do dia, antes de dormir, fui inundado pela sensação eufórica da constatação que no dia seguinte “acordaria diferente”. Mal conseguia permanecer na cama, tamanha a excitação por “finalmente” completar 18 anos. No dia 13, logo às 6 horas estava tomando café com a família, como de costume. Recebi os cumprimentos pelo aniversário com votos de felicidades e “muito juízo”. Tomei sozinho o ônibus em direção ao centro da cidade, rumo ao cursinho, como fazia todos os dias. Desci do “Grande Circular” próximo a “Praça da Bandeira”, nossa antiga Rodoviária. Em uma banca comprei a Folha de São Paulo e a Revista Veja. Precisava me manter atualizado para a redação da Unicamp. Naquele instante resolvi que não poderia mais conter minha vontade de fazer algo diferente e que excepcionalmente não assistiria às aulas da manhã. E no mais absoluto impulso, subi no “cometa” para São Paulo. Grande dia aquele. Por sorte deu tudo certo, a despeito dos improvisos e talvez alguns riscos. Desci na rodoviária de São Paulo. Impactante estar caminhando na cidade grande quando a vida sempre fluía dentro de um carro, naquele tempo ainda na pequena Jundiaí. Tomei o metrô e me senti pertencente a uma nova rede de fenômenos, uma vida mais rápida e moderna. Estava exposto e gostei daquilo. Seguindo o exemplo de Caetano, resolvi experimentar em meu coração o que “só acontece quando se cruza a Ipiranga com a Avenida São João”. Tenho até hoje o disco de vinil de capa vermelha com a música Sampa, comprado aos 16 anos e tantas vezes tocado em meu quarto. Andei pela Praça da República, deslumbrado pelo incrível prédio do antigo Colégio Caetano de Campos, atualmente ocupado pela Secretaria De Educação do Estado de São Paulo. Fiquei admirado com tanta beleza arquitetônica e suntuosidade do prédio inaugurado em 1894, contendo mais de 200 janelas e tantos adornos. Por ter sediado a Faculdade de Filosofia e História, é considerado um dos berços da USP. Subi e desci por várias linhas de metro, assustado pela grandiosidade da cidade de São Paulo.

Sou capaz de me lembrar destes instantes, do som do metrô, dos vagões acelerando e freando nas estações. Por mais idiota que possa parecer, pensava na maioridade e o quanto queria conquistar o mundo. Sentia medo também. A sensação de liberdade era grande ao andar pela Praça da Sé. Os sentimentos se confundiam. Fiquei abismado pelas diferenças sociais, pelo tanto de gente passando por ali. Aquilo calava fundo em minha alma. O medo aumentou por estar sozinho e em uma padaria escondi parte do dinheiro na meia, por medo de ser assaltado e não conseguir voltar para casa. Foi incrível entrar na Igreja da Matriz, absurdamente alta e pensar no contexto político e ideológico que a igreja ocupava no passado, impondo-se sobre todos, assunto vastamente abordado pelos meus professores de história, geografia e artes. Silenciosamente agradeci aos mestres por poder entender estas questões e tantas outras que passavam em minha mente. Andando cheguei até a Ladeira Porto Geral. Admirava-me a cada passo com os edifícios, o antigo prédio do Banco “Banespa”, o edifício da Bolsa de Valores, Edifício Martinelli e tantos outros magníficos e relevantes, com suas histórias amarradas a pujança do poder econômico do nosso estado. Voltei no final da tarde. Não podia perder as aulas da noite. Prova nas duas primeiras aulas. Logo após fomos dispensados por falta de professor. Meu amigo Marcelo, sabendo do meu aniversário, me convidou para uma rodada de violão em sua casa. Outros foram convidados e não toparam. Azar o deles, lá fomos, a pé, para seu quarto que estava instalado, “num ato de rebeldia”, no quartinho dos fundos da casa. Achei o máximo sua cama mais baixa. Fui informado que “havia serrado os quatro pés”. Ficamos por lá, conversando e cantando até onze horas. Um salame inteiro foi encontrado e fatiado, ficando com gosto de bolo de aniversário. Emoção grande sentíamos com a música Sozinho, do compositor Peninha, que meu amigo tocava tão bem no violão e nos levava a pensar nos “vários amores” que tínhamos naquele período. Em 1999 a música foi regravada por Caetano Veloso e me fez sentir saudades daqueles “tempos” que me parecem simples e intensos. Foi um dia memorável. Agradeço a Deus por ter vivido todas estas oportunidades. Alguns aniversários passaram “batidos”. Outros foram tão bons ou melhores. Espero ainda poder viver várias oportunidades e aniversários, talvez de maneira bem criativa. E para você, qual foi a sua melhor comemoração de aniversário? Maio/Junho 2014



Taste

A CEBOLA NOSSA DE

TODOS OS DIAS

Originária da Ásia, a cebola tem sido utilizada amplamente na culinária por séculos e séculos. Suas propriedades nutritivas, alinhadas com os benefícios para a saúde são responsáveis por sua popularização. É considerada antitumoral, antioxidante, antiviral, protetor do coração, etc. tornou-se personagem de quadrinhos, uma homenagem aos seus poucos “fios de cabelo”, como ainda é é dotada de grande significado simbólico, principalmente por sua estrutura em camadas sobrepostas. O certo é que tem sido essencial na cozinha de todo o mundo, e, independente do gosto pessoal, apresenta sabor e aroma peculiar.

Godofrêdo Sampaio Médico, escritor e aficionado por vinhos, charutos e boa mesa. Membro e ex-presidente da Academia Jundiaiense de Letras. bonvivant@revistatouche.com.br

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Um dos mais importantes líder Hindus da Índia, Ramakrishna Paramahamsa, comparou estrutura folhada do bulbo da cebola ao próprio ego, justificando que a experiência espiritual é capaz de debulhar camada por camada até a vacuidade, sem chegar a nenhum núcleo. A partir desta vacuidade, nada mais constitui obstáculo ao espírito universal. Muitos autores da “era motivacional” utilizam a anatomia da cebola para identificar as camadas sobrepostas no processo criativo, ou mesmo numa linha de produção. A cebola adquiriu importância simbólica de grande proporção, sendo inclusive objeto de culto de uma seita, porém, desde a antiguidade que tem sido utilizada subjetivamente no plano mágico. Os egípcios se protegiam de certas doenças com hastes de cebola, enquanto os latinos, conforme Plutarco, proibiam o uso do bulbo, porque acreditavam que ele crescia quando a Lua diminuía. Também apresenta virtudes afrodisíacas fantasiosas, justificáveis tanto por sua composição química, quanto por suas sugestões imaginativas. No cinema, Sherek abriu diálogo dizendo ao Burro que “os ogros são como cebolas”, sendo de pronto interpretado pelo animal com a resposta: “É... Fedem e fazem a gente chorar...”. Mas, na verdade, quem faz a gente chorar é a produção de sulfuretos, que por reação enzimática quando do corte da cebola, produz o àcido sulfénico em forma de gás. O contato deste gás com a água, no caso nossa lágrima, produz uma solução fraca de àcido sulfúrico, que causa um incômodo e decorre o lacrimejamento.

As vantagens clínicas da cebola vão desde o benéfico aos cabelos, até o emagrecimento, passando pela prevenção da gripe e de doenças cardíacas. É considerado um dos melhores alimentos funcionais. A lista de benefícios é grande, sendo incluídas ainda doenças como diabetes, câncer, infecções intestinais, obesidade, e várias outras. A alicina, também amplamente encontrada no alho, é o princípio ativo “milagroso”, com propriedades farmacológicas reconhecidas pela comunidade científica. Basicamente, existem três tipos de cebola: amarela, branca e roxa. A primeira, mais conhecida em nosso meio, costuma ser maior, mais àcida, e com sabor mais intenso, e é ideal para refogar. A segunda tem casca bem branca, também apresenta sabor bem forte, e é indicada para alimentos cozidos. Por fim, a roxa é mais adocicada, de sabor especial, menos àcida, bastante utilizada em pratos delicados e sofisticados. Existem variações que ficam por conta do tamanho e do formato, porém são geralmente derivadas das amarelas. A cebola cozida, frita ou assada não costuma deixar hálito, mas a cebola crua, invariavelmente deixa sua marca. Se você se incomoda com o hálito deixado pela cebola, saiba que existem diversa dicas para se evitar esse incômodo, incluindo o uso de salsa, manjericão, maçã, leite, chá verde, etc. Certamente você encontrará uma dica na internet que lhe agrade, e permitirá usufruir deste alimento singular, rico em propriedades nutritivas e carregado de boas histórias.

Maio/Junho 2014




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