INFO - Out/2004

Page 22

ZAP! buição customizada que opera inclusive as máquinas que fazem a conversão dos vídeos para o Windows Media.

VÍDEO NO AR Depois da digitalização, é hora de pôr o vídeo no ar para os internautas. Para diminuir a chance de gargalos, há um link direto da Globo.com com as principais operadoras de telefonia que têm serviços de acesso à internet por ADSL. Ou seja, o conteúdo não passa pelo grande congestionamento da internet. De dentro do data center da Globo.com, na Embratel, saem links de fibra óptica da Telefônica, da Brasil Telecom e da Telemar. Para usuários de banda estreita e de outros serviços de internet rápida,

é dado o acesso desde a própria Embratel. Somente para o Globo Media Center, a Globo.com possui um link de 350 Mbps. Por enquanto, apenas 50% desse total é usado. Como cada núcleo de produção separa e organiza seu conteúdo para a internet, foram espalhadas encoding factories pelos principais endereços da Globo.com. Há quatro no Rio de Janeiro e uma no prédio da TV Globo em São Paulo. Caso alguma delas pare de funcionar, há uma última, na Globo.com, só para backup. Alias, opções de backup é o que não faltam no Globo Media Center. Em todos os equipamentos e sistemas, há cinco ou seis níveis de backup para os mais diversos problemas — de falta de energia a interrupção no link.

Na interface com os usuários, há grande variedade de linguagens e tecnologias. “Em cada uma das etapas de acesso, optamos pelos sistemas com maior performance”, diz Antonio Carlos Silveira, gerente de tecnologia da Globo.com. O processo de cadastro é baseado em Java. Para guardar o conteúdo, o banco de dados é Oracle. O banco de dados de logs, para checar a assinatura do usuário, é em MySQL. E a interface com o usuário é feita em Flash. Já o servidor de streaming foi desenvolvido em C++. O único ponto em comum do sistema é a autoria. “Tudo foi feito dentro de casa, porque o projeto é estratégico e a arquitetura interna é muito específica. Ficaria difícil trazer gente de fora para essas tarefas”, diz Silveira. \

SÓ PARA O BRASILEIRÃO O futebol é um capítulo à parte dentro do Globo Media Center. Há uma equipe e máquinas exclusivas para pôr no ar os jogos do Campeonato Brasileiro. O trabalho já começa quando os jogos estão sendo transmitidos. Uma equipe de cinco pessoas assiste às partidas numa tela touch screen e, com uma caneta especial, sinaliza os lances mais importantes, como jogadas, gols, escanteios, brigas e faltas. Essa caneta capta o time frame do jogo,

GMC: jogos do Campeonato Brasileiro direto na tela do PC

46 I

INFO I OUTUBRO 2004

que é usado no final para separar e preparar os pequenos vídeos de cada um dos lances importantes. Para armazenar as partidas, há 15 terabytes (TB) de espaço em sistemas de armazenamento da Raid Incorporated, fabricante especializada em armazenamento para a ind stria de TV. Nesses equipamentos, o mais importante é a performance. “Um milissegundo faz a diferença na hora de encontrar um trecho da partida”, afirma Silveira. A digitalização é feita em 13 encoders, com quatro processadores cada um. E, além disso, há oito servidores de media, cada um ENCODERS Máquinas que com 1 TB para armazenamento. Com fazem a esses equipamentos, a equipe do Bracodificação dos vídeos para sileirão, como é chamada, é capaz de outros formatos gerar conteódo de oito jogos simultaneamente. Em termo de robustez, esse é o maior sistema da Globo.com, tanto que foi necessária a criação de uma sala com um sistema de resfriamento especial para instalar os equipamentos. Não é por acaso que poucas horas após o término de uma rodada de jogos os melhores momentos das partidas já aparecem entre as opções de vídeo do Globo Media Center.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.