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O 4G VAI FUNCIONAR?

O HYPE DO CIGARRO ELETRÔNICO

CONHEÇA AS 10 EMPRESAS MAIS INOVADORAS DO PAÍS

TESTAMOS A BANDA LARGA MÓVEL EM 6 CIDADES SEDE DA COPA

A MODA AGORA É FUMAR E CIGS. MAS ELES SÃO SEGUROS?

A camisa em evolução: do algodão branco de 1950 à de microfibra feita de garrafa PET em 2014

INFORMAÇÃO | TENDÊNCIAS | INOVAÇÃO | CULTURA DIGITAL

VEJA COMO A TECNOLOGIA MODERNIZOU O FUTEBOL E CONHEÇA AS INOVAÇÕES QUE VÃO ENTRAR EM CAMPO NESTE MUNDIAL

Nº 341

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R$ 14,90 / ED. 341 / MAIO 2014

A CIÊNCIA DA COPA @_INFO

ÓTIMAS PARA VOCÊ TRABALHAR / 0 4G VAI FUNCIONAR? / O HYPE DO CIGARRO ELETRÔNICO

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MAIO 2014

ÓTIMAS PARA VOCÊ TRABALHAR

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72 ESQUADRILHA DA FUMAÇA / O cigarro eletrônico conquistou atores e músicos

MAIO 2014

SUMÁRIO 6. CARTA DO EDITOR 8. EXPEDIENTE 10. WWW 14. INBOX

66. O ESTRANHO CASO DO BANNER QUE TE PERSEGUE

76. AS EMPRESAS MAIS INOVADORAS DO BRASIL

inovação

Ao exibir anúncios associados à navegação, o retargeting irrita consumidores e começa a ser repensado para dar lugar a modelos online mais eficazes de marketing personalizado

44. A CIÊNCIA DA COPA

72. A POLÊMICA FUMAÇA ELETRÔNICA

Pesquisa realizada por INFO em parceria com a ESPM apontou as dez empresas mais inovadoras do Brasil.

A melhor entre as melhores é a Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp

As inovações que vão entrar em campo na Copa do Mundo

56. O 4G VAI FUNCIONAR NA COPA? O INFOlab testou as redes de seis cidades-sede

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Com a promessa de gerar prazer sem prejudicar a saúde, o cigarro eletrônico virou cult.

Mas será inofensivo? Veja como funciona e por que ganha cada vez mais usuários

88. 10 COM MENOS DE 35 Os jovens mais inovadores do Brasil foram eleitos pela revista MIT Technology Review, na primeira edição da pesquisa no país. Conheça seus projetos

enter 20. COMO CONSTRUIR UM SOL Cientistas descobriram um jeito de gerar energia ilimitada.

Basta criar uma estrela

22. ELE QUER SUA TV Vendido a 35 dólares nos Estados Unidos, o dispositivo de streaming Chromecast chega ao Brasil por estimados 199 reais, confirma o brasileiro Mario Queiroz, vice-presidente do Google

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24. FÁBRICA DE SUPER HERÓIS Simulador de sinestesia e luva para enxergar no escuro são algumas das ideias dos alunos da USP para estudar a relação homem-máquina

ideias 34. ALESSANDRA LARIU Cineastas ou ativistas?

25. MEIO RETRÔ, MEIO TRON

36. MANOEL LEMOS

A Lotus C-01 é a primeira moto da lendária montadora de carros esportivos e de corrida

O digital no centro

26. VOCÊ NÃO PODE PERDER

38. DAGOMIR MARQUEZI Enfim a era dos robôs

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Filmes, séries, discos, livros, games... INFO separou os melhores lançamentos para você não desperdiçar tempo

40. O CELULAR NO DIA A DIA

28. APPS DO MÊS

infolab

startup-se

94. O QUE O INFOLAB TESTOU NESTE MÊS

106. MÃOS NA OBRA

Uma seleção de aplicativos para iOS, Android, Windows Phone e BlackBerry

29. UM MURAL PARA AULAS Startup oferece serviço de busca de professores

30. BIG DATA CONTRA O HIV Quatro projetos demonstram como os dados podem ajudar na luta contra o vírus da Aids

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Tudo pelo smartphone

Chromecast / Google Câmera NX2000 / Samsung C710 Chromebook / Acer Filmadora Virb Elite / Garmin Tablet Fonepad 7 / Asus Fone J55a / JBL Desktop Envy 23 Recline / HP Relógio Gear Fit / Samsung

Reforma é sinônimo de dor de cabeça. Mas, para Thiago Olifer, cada parede quebrada é uma oportunidade de negócio

CRIAÇÃO RUI BRANQUINHO ILUSTRAÇÃO MARCELO BRAGA

TIRAGEM DA EDIÇÃO 107 170 EXEMPLARES

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CARTA DO EDITOR

FUTEBOL E INOVAÇÃO FUTEBOL É ASSUNTO de todos os dias aqui na redação da INFO. Todos os grandes times têm seus representantes, e o que não falta são provocações nas derrotas e polêmicas típicas do futebol. Mas coube ao palmeirense Rodrigo Brancatelli a missão de mergulhar no esporte mais popular do planeta com um olhar, digamos, mais científico. Com talento e entusiasmo, Brancatelli demonstrou mais uma vez sua excelência na apuração ao montar um criativo almanaque que reúne as principais inovações que marcaram o futebol e as que ainda veremos na Copa que começará daqui a alguns dias.

Fechados os seis temas que compõem a reportagem, uma equipe de designers liderada pelo são-paulino Rafael Costa entrou em campo. Nosso diretor de arte convidou um estúdio de design espanhol especializado em infografia para trabalhar na estrutura e o designer Denis Rodrigues para elaborar,

com seu traço preciso, as ilustrações que mostram a evolução tecnológica por que passaram, ao longo do tempo, a bola, a camisa, a preparação física dos atletas, o estádio do Maracanã, a arbitragem e a transmissão de uma Copa do Mundo.

Para criar a capa, convidamos um publicitário fanático por futebol. Vice-presidente de criação da agência Young&Rubicam, Rui Branquinho já ganhou vários prêmios internacionais de publicidade e foi eleito diretor de marketing do São Paulo Futebol Clube. Para a capa, ele pensou em uma representação da camisa da seleção brasileira em três tempos, desenhada pelo ilustrador Marcelo Braga.

E já que o assunto é futebol, para checar como anda o 4G nas cidades-sede mais populosas da Copa, o INFOlab saiu a campo munido de notebooks, modems e smartphones. Na linha de frente, o corintiano acabrunhado Luiz Cruz, engenheiro-chefe do nosso laboratório, e o são-paulino Leonardo Veras.

Eles percorreram 7 000 quilômetros e fizeram mais de 400 medições. Belo Horizonte é a capital com a melhor banda larga móvel do país. O resultado dos testes você vê na página 56.

Mas nem só de Copa vive esta INFO. Destaco aqui outro trabalho de fôlego, realizado em parceria com a ESPM, que elegeu as dez empresas mais inovadoras do Brasil. Veja na reportagem que começa na página 76 como foi feito o levantamento, entenda como as companhias analisadas chegaram ao estado da arte em tecnologia e inovação e tenha essas empresas no radar quando pensar em mudar de emprego.

Boa leitura e até junho!

SÃO�PAULINO FANÁTICO

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Rui Branquinho, vice-presidente da Y&R Brasil, criou a capa

katiam@abril.com.br

ILUSTRAÇÃO EVANDRO BERTOL

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Fundada em 1950

VICTOR CIVITA (1907-1990)

ROBERTO CIVITA (1936-2013)

Conselho Editorial: Victor Civita Neto (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Elda Müller, Fábio Colletti Barbosa, José Roberto Guzzo

Presidente: Fábio Colletti Barbosa Vice-Presidente de Operações e Gestão: Marcelo Vaz Bonini Diretor-Superintendente de Assinaturas: Fernando Costa Diretora de Recursos Humanos: Cibele Castro Diretora-Superintendente: Cláudia Vassallo

Diretora de Redação: Katia

Militello

Editores: Airton Lopes, Filipe Serrano, Maria Isabel Moreira, Rodrigo Brancatelli Editora Assistente: Paula Rothman Repórteres: Adeline Daniele, Thiago Tanji INFOlab: Luiz Cruz (engenheiro-chefe), Leonardo Veras (analista de qualidade) INFO Online Editor-chefe: Rafael Kato Editor: Marcus Vinícius Brasil Repórteres: André Fernandes, Gustavo Gusmão, Lucas Agrela, Monica Campi, Vanessa Daraya Desenvolvedores Web: Octavio Fernandes, Silvio Donegá Produtor Multimídia: Cadu Silva Núcleo de Revisão: Ivana Traversim (chefe), Eduardo Teixeira Gonzaga (coordenador),

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INFO EXAME 341 (ISSN 1415-3270), ano 29, é uma publicação mensal da Editora Abril S.A. Edições anteriores: venda exclusiva em banca, pelo preço da última edição mais despesa de remessa.

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CONTROLE DE SPOILERS Se você ainda não viu o novo episódio de Game of Thrones, precisa acessar o guia com dicas de como bloquear spoilers na timeline do Facebook.

CRESCIMENTO DA NUVEM Leia a entrevista com Marcio Sanchiro, gerente de soluções de virtualização da empresa EMC, sobre o aumento do tráfego de dados no Brasil, que vai saltar de 4,4 trilhões de gigabytes, em 2013, para 44 trilhões de gigabytes até 2020.

BIG DATA DE BAIXO ORÇAMENTO Pesquisa da IBM mostra que 75% dos diretores de marketing americanos acham que sua empresa não está preparada para o big data. Confira no site uma galeria com os principais números e tendências desse mercado.

O LADO CERTO DA FORÇA

CURSOS GRATUITOS

Maio é o mês mais nerd do ano. Acompanhe no site da INFO a cobertura da Star Wars Run, uma corrida de rua para os fãs da saga de George Lucas. Confira dicas de academia para geeks com a série de vídeos Malhação Jedi e, claro, não perca, no dia 25, nosso já tradicional ensaio com as garotas mais sensuais da galáxia.

Uma seleção dos melhores cursos de software de segurança da informação e de gestão de projetos disponíveis em sites como Coursera e EdX, financiados por universidades como Harvard e MIT.

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FOTO THOMAS SUSEMIHL

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DIGITAL

SUA INFO NOS TABLETS E NO iPHONE A versão digital da INFO é atualizada diariamente com notícias.

Dá ainda acesso a vídeos exclusivos e a conteúdo extra das reportagens

ÁUDIO Ouça todas as reportagens da seção Inovação na voz de seus autores

VÍDEO Assista aos vídeos dos produtos testados pelo INFOlab

EXTRA

PAINEL DE NOTÍCIAS

Como se faz um produto inovador?

Vídeo mostra os bastidores da Whirlpool, a empresa mais inovadora do Brasil

Acesse um painel com as notícias de tecnologia atualizadas diariamente e mantenha-se informado até chegar sua nova INFO

LEIA A INFO DIGITAL COMO, QUANDO E ONDE QUISER. BAIXE O APLICATIVO PARA iPAD, iPHONE E TABLETS COM ANDROID E AINDA COMPARTILHE O CONTEÚDO COM FACILIDADE. VEJA COMO FAZER O DOWNLOAD DE SUA INFO EM INFO.ABRIL.COM.BR/BAIXE-INFO/

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FOTO DULLA EDIÇÃO DE IMAGEM ARTNET DIGITAL

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Será que ainda teremos saudade do barulho ensurdecedor da F1?

Como muitos outros, o bom exemplo de coisas que sumiram, mas ficaram na nostalgia, é o LP.

LUIS CARLOS DA ROSA / SÃO PAULO (SP) F1 sem ronco dos motores, sem graça.

JOÃO PAULO SOARES / SÃO PAULO (SP) A capa ficou show demais! Parabéns!!!

O IMPÉRIO DA MARVEL BELA CAPA! A INFO ESTÁ MAIS POP DO QUE NUNCA! DEIXOU AQUELA IMAGEM DE REVISTA MUITO SÉRIA E AGORA ESTÁ PARECENDO REVISTA DE NERD. PARABÉNS PELA INOVAÇÃO! SR LUCIANO / SÃO PAULO (SP)

UM CÉREBRO PARA O CARRO Vocês merecem um prêmio só pelo design da revista deste mês. A começar pela capa, que está espetacular.

PEDRO BANDEIRA / MANAUS (AM) Adorei a capa, mas ela deveria ser com o Homem-Aranha, pois é o personagem principal da Marvel e também o que começou toda essa nova revolução.

WELLINGTON J. SILVA / RIO DOCE (MG)

Achei interessante a reportagem, porém faltou citar a Renault, que já utiliza muita tecnologia em seus carros. Tenho um novo Logan e uso GPS, sincronização do telefone por Bluetooth, USB, piloto automático. Não estou defendendo a marca. Só digo que é boa opção e em conta.

JERRE DOS REIS PEREIRA / TUNTUM (MA)

Interessante a pesquisa sobre selfies na seção Enter. Confesso que procurei uma foto minha no mosaico que a INFO montou (rs). Outra coisa de que gostei muito foi a monocicleta elétrica Ryno.

Quero viver para ver esses veículos tomando conta das ruas de São Paulo.

ANDERSON DELESPOSTI / SÃO PAULO (SP)

MAXIMILIANO FERREIRA / SÃO PAULO (SP)

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Valeu ter usado os pontos do meu cartão para assinar a revista @_INFO! #Recomendo = )

@FRANCISCOSBF Acabei de ver o último episódio de Agents of S.H.I.E.L.D. Aí recebo minha revista @_INFO e vejo o Capitão América na capa. Demais!!! @ANDREZX10R

Fazia tempo que não comprava uma revista, mas essa matéria da revista @_INFO sobre a @Marvel me deixou muito curioso! @CLAUDIOCURVELO

NO HYPE DOS DADOS Oportuno o artigo de Manoel Lemos sobre big data. Mas, como profissional de análise de dados, entendo que o fator humano nunca deverá ser substituído, pois as metodologias de análise de informação oriundas da inteligência de marketing e da inteligência competitiva devem prevalecer na entrega dos resultados, e não só as ferramentas que “cospem” dados on demand.

A CIÊNCIA DAS SELFIES

BRUNO DENTINI / SÃO CARLOS (SP)

O Viber é o melhor mensageiro, mas tem de liberar o envio de vídeos acima de 10 MB. GEOVANE MATOS / SALVADOR (BA) Essa INFO merece ser comprada!!!! #Partir para uma banca de jornal.

CLAUDIO CURVELO / SÃO PAULO (SP)

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BRONCAS DO MÊS

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Comentários sobre o conteúdo editorial da INFO e reclamações para Broncas do Mês:

SMARTPHONE AFOGADO

FONTE FORA DE ESTOQUE

Usei o Xperia Z1, da Sony, smartphone anunciado como à prova d’água, para tirar fotos dentro da piscina, a menos de 1,5 metro, por menos de 30 minutos e com todos os compartimentos fechados, de acordo com as orientações do manual. Depois disso o aparelho começou a apresentar defeitos. A assistência técnica fez um laudo indicando oxidação por umidade no interior do aparelho, o que anula a garantia.

Estou insatisfeito com os prazos de entrega da Dell. Ao comprar um notebook Vostro 5470, a promessa foi de entrega em uma semana. Um atendente entrou em contato para avisar que haveria um atraso causado pela falta de componentes. Demorou, mas o produto chegou. Dois meses depois, o carregador do notebook parou de funcionar. Acionei a garantia, e um técnico entrou em contato para informar que houve um erro na identificação de minha fonte e que não havia o modelo correto em estoque. Terei de aguardar 20 dias para a troca, pois o acessório é importado da China.

MICHAEL VITOR / PRAIA GRANDE (SP)

RESPOSTA DA SONY A Sony entrou em contato com o consumidor e providenciou a troca do smartphone e de todos os acessórios que acompanham o modelo.

COMENTÁRIO DO LEITOR A Sony enviou um Z1 novo, porém não terei coragem de molhar o aparelho. Ainda mais depois de descobrir que existem mais de 40 casos semelhantes ao meu e de conhecer o atendimento pós-venda da empresa.

JEFERSON FELTRI / AMERICANA (SP)

RESPOSTA DA DELL O atraso no recebimento da peça foi um caso isolado e já resolvido. O carregador será entregue ao leitor.

COMENTÁRIO DO LEITOR Até o dia 17 de abril, a troca do carregador ainda não havia sido feita.

contateinfo@abril.com.br. A mensagem pode ser publicada de forma reduzida. Envie seu nome completo e a cidade onde mora.

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POR QUE LEIO INFO ”Leio a INFO para abrir a cabeça e ficar por dentro das novidades do mundo digital”

VITOR ELMAN / SÓCIO E DIRETOR DE ENGAJAMENTO DA AGÊNCIA CAPPUCCINO DIGITAL FOTO LANA PINHO

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ENTER F U S Ã O N U C L E A R // C H R O M E C A S T // C I Ê N C I A // C U LT U R A // E D U C A Ç Ã O

COMO CONSTRUIR UM SOL 2 0 IN341_ENTER_Abre.indd 20

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Cientistas americanos descobriram uma maneira de gerar eletricidade ilimitada. Para isso, criaram uma estrela

NA PEQUENA Livermore, cidade com

POR DENTRO DE UMA ESTRELA EM MINIATURA / Os 192 lasers do National Ignition Facility são usados para alcançar pressão e temperatura como as do Sol

80 000 habitantes no meio da Califórnia, fica o National Ignition Facility (NIF), do Lawrence Livermore National Laboratory, centro de pesquisas fundado em 1952 e conhecido por ser um dos dois únicos lugares nos Estados Unidos onde são projetadas ogivas nucleares. Ali, um grupo de 5 600 cientistas e outros especialistas estão ocupados tentando criar um Sol artificial. Isso mesmo, você leu certo, um Sol. Pode parecer ficção científica, mas a equipe está prestes a montar um sistema de eletricidade limpa e infinita, o que pode se tornar possível ainda neste século.

O NIF é um laboratório enorme. Tem 220 metros de comprimento, 125 metros de largura e 25 metros de altura, e ali estão instalados os 192 mais poderosos lasers já construídos pelo homem.

Esses lasers são utilizados para alcançar temperaturas extremas e pressões equivalentes às encontradas no Sol. No início do ano, os cientistas dispararam todos os feixes de luz contra um cilindro de ouro de 2 milímetros de diâmetro, recoberto por uma camada congelada de combustível de deutério e trítio. Isso impactou a cobertura da cápsula e provocou sua implosão, algo como reduzir uma bola de tênis ao tamanho de um feijão. É o mesmo processo que ocorre dentro das estrelas, por exemplo. Com duração de menos de 1 bilionésimo de segundo, a reação, chamada de fusão nuclear, liberou energia equivalente a duas baterias AA, ou cerca de 17 000 joules.

A liberação foi maior do que a energia absorvida pelo combustível, estimada em 9 000 joules. Foi a primeira vez que uma reação desse tipo resultou em mais energia do que a utilizada no processo. Se isso puder ser feito em uma escala muito maior, os cientistas acreditam que essa evolução da fusão nuclear vai resolver o problema de geração de energia em todo o mundo.

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E N T E R // V Í D E O N A T V SUCESSO

ELE QUER SUA TV VENDIDO A 35 DÓLARES NOS ESTADOS UNIDOS, O DISPOSITIVO PARA STREAMING DE VÍDEO CHROMECAST CHEGA AO BRASIL POR ESTIMADOS 199 REAIS, CONFIRMA À INFO O BRASILEIRO MARIO QUEIROZ, VICE�PRESIDENTE DO GOOGLE // POR RAFAEL

KATO

A GUERRA DO STREAMING Conheça os três principais concorrentes do Chromecast

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nos Estados Unidos, onde foi lançado por 35 dólares há dez meses, o Chromecast finalmente ganhou uma previsão de venda no Brasil. O dispositivo deve chegar ao mercado no fim de maio, com preço sugerido de 199 reais. Do tamanho de um pen drive, o Chromecast possibilita a transmissão de vídeos e músicas de smartphones e tablets para aparelhos de TV de maneira simples e intuitiva. Ele integra o projeto Google Cast, que envolve a criação de aplicativos e o Google TV. O responsável pela estratégia dessa área no Google é o brasileiro Mario Queiroz ( foto), paranaense formado pela Universidade Stanford com uma passagem de 16 anos pela HP e atual vice-presidente de produtos do Google, onde está desde 2005. Em entrevista exclusiva a INFO, Queiroz diz que o Chromecast está num mercado muito promissor, o de streaming de conteúdo. “Estamos desenvolvendo um produto e um ecossistema para dez anos”, diz Queiroz.

Para o lançamento, aplicativos como Rdio, Google Play Music e HBO Go estão confirmados, mas é esperado que outros conteúdos locais sejam adicionados, já que desenvolvedores podem criar aplicativos com o SDK do Chromecast. Para saber se o aparelhinho do Google realmente funciona com vídeos do Netflix e do YouTube, veja o teste feito pelo INFOlab na página 94.

AMAZON FIRE TV

APPLE TV

ROKU STREAMING STICK

Por 99 dólares, oferece serviços de vídeo, apps e games

A caixa-preta da Apple, única lançada no país, custa 399 reais

Semelhante ao Chromecast, o Roku vale 49 dólares FOTO RAONI MADDALENA

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E N T E R // C I Ê N C I A

GAMES MADE IN BRAZIL

fábrica de super-heróis Simulador de sinestesia e uma luva para enxergar no escuro são algumas das ideias dos alunos da USP para estudar a relação homem-máquina // POR PAULA ROTHMAN

OS OBJETOS ACIMA PODEM ser comprados com facilidade, não custam caro e tampouco exigem conhecimentos avançados em engenharia para ser usados. Ainda assim, ao juntar peças simples, como capacetes de bicicleta, sensores de batimentos cardíacos, câmeras e placas de Arduino, é possível transformar a maneira como os seres humanos interagem com o mundo.

Essa é a proposta do Hibrida, projeto que une estudantes de diferentes cursos da Universidade de São Paulo, como biologia, design e engenharia, para desenvolver os chamados ampliadores de percepção. “A ideia é investigar o que acontece quando podemos ouvir, ver e sentir coisas que antes não conseguíamos”, diz Paloma Oliveira, que idealizou o grupo com o mexicano Jaime Lobato.

Entre os projetos desenvolvidos está um software que transforma imagens em sons. Chamado de simulador de sinestesia, ele reconhece diferentes cores e texturas e as relaciona com as notas de instrumentos. O plano é integrá-lo ao Google Maps para formar uma trilha sonora de paisagens. Outra ideia é uma luva que permite se locomover no escuro, com sensores de distância que vibram na proximidade de objetos. Já o capacete, com câmeras e GPS, poderia mapear grupos em deslocamento em eventos ou manifestações. A primeira fase do Hibrida foi criada no InovaLab, laboratório aberto dentro da escola Politécnica da USP. Agora ele segue para o México. “Esses aparelhos podem mudar nossa percepção do mundo”, afirma Paloma. “Queremos entender como.”

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O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) publicou o primeiro Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais. O trabalho levou 12 meses e ouviu 133 empresas nacionais de games

us$ 3 BILHÕES É O TOTAL QUE O MERCADO DE GAMES DEVERÁ MOVIMENTAR EM 2014 NO BRASIL

8,5 PESSOAS É A MÉDIA DE FUNCIONÁRIOS POR EMPRESA

36,2 %

DAS EMPRESAS BRASILEIRAS ESTÃO EM SÃO PAULO, 10,7% NO RIO GRANDE DO SUL E 8% NO RIO DE JANEIRO

R$ 240 000

É O FATURAMENTO MÁXIMO DE 74% DAS EMPRESAS BRASILEIRAS

85% DOS 1 133 TRABALHADORES NA INDÚSTRIA DE GAMES SÃO HOMENS

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MEIO RETRÔ, MEIO TRON

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A LOTUS C�01 é a primeira moto da lendária montadora britânica de carros esportivos e de corrida. Foram dois anos de pesquisas e testes, que resultaram em linhas impressionantes e em um poderoso motor V-Twin de 1 195 cm³, feito de titânio, fibra de carbono e aço usado em ônibus espaciais. De acordo com a Lotus, a ideia era fazer “um monstro de alta tecnologia em um terno sob medida”. Mas o modelo é para poucos. A produção da Lotus C-01 vai ser limitadíssima, com apenas 100 unidades e preço na casa dos 150 000 euros.

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E N T E R // C U L T U R A

VOCÊ NÃO PODE PERDER Filmes, séries, discos, livros, games... INFO separou os melhores lançamentos do mês de maio para você não desperdiçar tempo

M A I O

1. BATALHA DAS BILHETERIAS Para os blockbusters, o ano começa mesmo em maio, início do calendário de verão americano. Logo no dia 1o, estreia O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro. Andrew Garfield volta ao papel do Cabeça de Teia, agora enfrentando Electro (Jamie Foxx), Harry Osborn (Dane DeHaan) e Rino (Paul Giamatti).

No dia 22, é a vez de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. Bryan Singer dirige o filme, que vai unir os elencos da trilogia original com as versões mais jovens que apareceram no longa X-Men: Primeira Classe. Se heróis não são sua praia, não perca no dia 15 o reboot de Godzilla, que promete revitalizar o monstrengo japonês.

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1 O QUI_ESTREIA OLDBOY, REMAKE HOLLYWOODIANO DO FILME SUL COREANO 11 DOM_EDDIE VEDDER SE APRESENTA NO CITIBANK HALL DO RIO DE JANEIRO 12 SEG_SAI TURN BLUE , DISCO DA BANDA DE ROCK ALTERNATIVO BLACK KEYS 15 QUI_ESTREIA MUPPETS 2 PROCURADOS E ARMADOS 17 SÁB_ACONTECE A VIRADA CULTURAL EM SÃO PAULO 19 SEG_LANÇAMENTO DO NOVO DISCO DO COLDPLAY, GHOST STORIES 24 SÁB_FINAL DA CHAMPIONS LEAGUE 29 QUI_ESTREIA MALÉVOLA, FILME COM ANGELINA JOLIE

INFO

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2. CORRA, BAUER, CORRA O incansável Jack Bauer está de volta em Live Another Day, minissérie com 12 episódios que estreia na Fox no dia 6.

A trama vai mostrar eventos que ocorrem cerca de quatro anos após o final de 24 Horas. O elenco, além de contar com Kiefer Sutherland e Mary Rajskub, marca a volta às telinhas de Michelle Fairley, a Catelyn Stark, de Game of Thrones.

3. JOBS REDUX

4. COOLINÁRIA

5. VENDEM SE LIÇÕES

Após publicar a biografia do gênio da Apple, o jornalista Walter Isaacson revisita seus ensinamentos no manual Steve Jobs — As Verdadeiras Lições de Liderança (PortfolioPenguin, 9,90 reais o e-book)

O livro Cozinha Pop – As 100 Melhores Cenas Gastronômicas do Cinema e da TV (Panda Books, 39,90 reais) reúne receitas de pratos famosos da ficção. Vale fazer os pãezinhos élficos de O Senhor dos Anéis

Recém-lançado no Brasil, o livro A Loja de Tudo e a Era da Amazon (Editora Intrínsica, 24,90 reais) mostra como o empreendedor Jeff Bezos saiu de uma garagem para receita anual de 70 bilhões de dólares

7. O BAÚ DO MICHAEL XSCAPE, disco novo de Michael Jackson, traz diversas sobras do espólio do cantor. São quatro décadas de músicas guardadas no baú, algumas dignas de figurar em seus melhores álbuns.

6. GTA + CHICAGO + HACKERS O hype foi tamanho que Watch Dogs, apontado como o game mais esperado de 2013, atrasou um ano e só será lançado agora, no dia 27. O tempo extra serviu para polir o jogo e deixá-lo mais imersivo. Em Chicago, o jogador intercepta mensagens, hackeia celulares, semáforos e outros itens dos cenários de um mundo aberto, estilo GTA. Para PC, PS3, PS4, Xbox 360 e Xbox One.

8. JÁ 20 ANOS? Nostalgia por nostalgia, procure também a versão deluxe de Definitely Maybe, primeiro disco do Oasis, que completa 20 anos no próximo dia 19. O álbum volta às lojas com demos, faixas ao vivo e inéditas.

9. HISTÓRIA (REAL) EM QUADRINHOS A nova graphic novel de Max Brooks (filho de Mel Brooks e autor de Guerra Mundial Z, que virou filme com Brad Pitt), Harlem Hellfighters (Random House, 41 reais, importado), conta a história da primeira unidade negra a lutar na Primeira Guerra Mundial. Na época, o Exército americano duvidava da astúcia do batalhão, que fazia apenas serviços secundários.

Foi somente com o Exército francês, tomado pelas baixas, que os Hellfighters tiveram a oportunidade de lutar. E não decepcionaram.

INFO

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E N T E R // A P P S coursera

iPHONE

Leva aos tablets o acervo de cursos

firechat

gratuitos da escola virtual. A maioria está em

No lugar de conexão com a internet

inglês. Para iOS 7.0 ou mais recente / Grátis

ou sinal de celular, este mensageiro utiliza um recurso de conectividade do iPhone para

ANDROID / SMARTPHONE

trocar mensagens apenas com quem está por perto. Para iOS 7.0 ou superior / Grátis

carousel Criado pelo Dropbox, o aplicativo é

artlyst

uma espécie de galeria de fotos e vídeos, que

Interessados em arte encontram

permite compartilhar de forma fácil o conteú-

neste aplicativo uma lista com todas as expo-

do. Para Android 4.0 ou mais novo / Grátis

sições que acontecem por perto, inclusive no Brasil. Para iOS 6.0 ou mais recente / Grátis

cut the rope 2 No segundo capítulo do famoso puzz-

oo

le, o monstrinho foge da caixa, mas precisa ser ali-

Com um visual minimalista, o game

mentado. Para Android 2.2 ou posterior / Grátis

desafia o jogador a levar uma bolinha ao fim das psicodélicas fases, desviando de todos os obstáculos que aparecem pela frente.

Para iOS 4.0 ou mais recente / 4,40 reais

mailbox Famoso no iOS, é um eficiente ge-

office para ipad Depois de muita expectativa, a Microsoft finalmente lançou versões dos programas da suíte O�ce para os tablets da Apple. São três os aplicativos: Word, Excel e PowerPoint. O download é gratuito, mas para usá-los integralmente é preciso ter uma assinatura do O�ce 365.

Para iOS 7.0 ou posterior / Grátis

renciador de e-mails. Funciona, por ora, com o Gmail. Para Android 4.0.3 ou superior / Grátis

iPAD ANDROID / TABLET

WINDOWS PHONE

hearthstone Jogo de cartas da popular franquia

lingua.ly

viber

Warcraft, o Hearthstone lembra o clássico

Traduz palavras na hora e depois

Aplicativo de mensagens concor-

Magic: the Gathering. Permite disputar parti-

apresenta exercícios para você praticar 18

rente do WhatsApp, o Viber do WP finalmente

das online. Para iOS 5.0 ou superior / Grátis

idiomas. Para Android 4.0 ou superior / Grátis

recebeu o recurso Viber Out para fazer ligações. Para WP 8 ou mais novo / Grátis

kmplayer

uma família da pesada boxcryptor

Famoso nos PCs, o KMPlayer para

Ajude Peter a reconstruir Quahog, de-

iPads tem como principal destaque a compa-

vastada após uma briga com um galo gigante.

O aplicativo criptografa arquivos

tibilidade com inúmeros formatos de áudio e

Tem elementos de SimCity e muito humor non-

automaticamente antes de enviá-los para

vídeo. Para iOS 7.0 ou mais novo / Grátis

sense. Para Android 2.3 ou superior / Grátis

serviços de armazenamento na nuvem. É compatível com Dropbox, Google Drive e OneDrive. Para WP 8 ou posterior / Grátis

aplicativ�s do mês

BLACKBERRY writer Editor de textos simples, o aplicativo elimina todas as distrações na interface para que o usuário mantenha o foco todo no traba-

// POR GUSTAVO GUSMÃO

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lho. Para BB 10 ou superior / 2,20 reais

INFO

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E N T E R // C U R S O S

UM MURAL PARA AULAS PARTICULARES Startup Profes oferece serviço de busca de professores particulares para todo tipo de curso // POR

DIOGO ANTONIO RODRIGUEZ

EM 2011, CLAUDIVAN RIBEIRO andava pelo campus da Universidade de São Paulo (USP) quando viu uma mulher colocar um cartaz em um mural.

“Procuro professor de matemática para minha filha. Urgente”, dizia o folheto. A cena deixou Claudivan intrigado. Não seria possível desenvolver uma maneira mais fácil para procurar um professor? Foi desse questionamento que surgiu a ideia do Profes, plataforma online gratuita para encontrar aulas particulares, fundada por Claudivan e o colega Alberto Bueno Júnior em 2012. O aluno faz uma busca por assunto ou pelo CEP e descobre se perto de sua casa há algum professor da matéria que procura. No ano passado, o Profes entrou no programa de incubação do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia da USP e passou a ter orientação da aceleradora Aceleratech, com investimenbeved.com.br Plataforma em que qualquer to de 200 000 reais. Hoje, são 4 600 pessoa pode oferecer aulas professores de português, matemática, química, história e idiomas, além de eduk.com.br Reúne cursos de atividades, disciplinas avançadas, como estatística como culinária, artesanato, e zootecnia, e inusitadas, como mágica fotografia e design e ilusionismo. Os preços variam de 30 a 75 reais por hora. “O foco é continuar easyaula.com.br Voltado para cursos melhorando o produto e tornar o Profes profissionalizantes uma referência”, afirma Bueno Júnior, que atua como presidente executivo.

MAIS AULAS ONLINE

ILUSTRAÇÃO DAVI AUGUSTO

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E N T E R // S A Ú D E

Quatro projetos inovadores demonstram como os dados podem ajudar na luta contra o vírus causador da Aids, que infecta mais de 2 milhões de pessoas por ano // POR PAULA ROTHMAN

TRATAMENTO PERSONALIZADO_ O HIV possui altas taxas de mutação.

As variações em uma única pessoa infectada são equivalentes a todas as mutações do vírus da gripe no mundo em um ano. Ao catalogar informações sobre quais medicamentos são mais eficientes contra determinados tipos de mutação, o British Columbia Centre for Excellence in HIV/ Aids, no Canadá, pretende oferecer tratamento sob medida para cada paciente. O banco de dados está sendo desenvolvido em parceria com a produtora de software SAP e um programa piloto deve começar neste ano.

PREVISÃO NAS REDES SOCIAIS_ Pesquisadores da Universidade da Califórnia criaram um algoritmo para detectar palavras associadas a comportamento sexual de risco e uso de drogas. Esse programa analisou mais de 550 milhões de mensagens publicadas no Twitter, mapeou sua localização e comparou-a com um mapa de novos casos de HIV reportados nos Estados Unidos. A semelhança entre os dados sugere que as redes sociais podem ser usadas para prever comportamentos de risco, monitorar regiões e evitar surtos de contágio.

cada 300 infectados carregue o HIV em níveis baixos, em estado dormente, e nunca desenvolva a Aids. Essas pessoas possuem uma espécie de habilidade para neutralizar o vírus e atacar seus pontos fracos. Um algoritmo desenvolvido pela startup Immunity Project vasculha o genoma do HIV e os dados sobre o sistema imunológico humano para saber como essas pessoas podem manter o vírus dormente. O objetivo é desenvolver uma vacina gratuita. A startup está sendo acelerada pela YCombinator, no Vale do Silício.

VACINA BRASILEIRA_ A pesquisa desenvolvida pelo médico Edecio Cunha, professor da Universidade de São Paulo, utiliza uma estratégia diferente. Com a ajuda de grandes bancos de dados online e de um software criado na Itália, o time brasileiro identifica regiões do HIV onde as taxas de mutação são menores e podem ser mais facilmente reconhecidas pelas células de defesa do corpo. A vacina treinaria o sistema imunológico para atacar essas áreas, deixando o corpo pronto para uma resposta no caso de infecção. Veja mais sobre a vacina brasileira no link abr.ai/vacinaaids.

FOTO BSIP/UIG VIA GETTY IMAGES

BIG DATA CONTRA O HIV

VÍRUS DORMENTE_ Estima-se que um em

ATITUDE ABRIL - AIDS é um projeto institucional do Grupo Abril que abraça a causa e fala sobre tudo o que envolve o tema: prevenção, sexo, ciência, conscientização, tecnologia, preconceito e muito mais.

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I D E I A S // V I V E N D O E M B E T A

CINEASTAS OU ATIVISTAS? Ao usar documentários, shows e peças para defender uma causa, artistas criam projetos que vão além do entretenimento

O TEATRO Folly, em Kansas City, nos Estados Unidos, repensou o uso de celulares em seu interior. Em vez de proibir a utilização dos aparelhos durante as performances, os produtores do show Ballyhoo Hullabaloo encorajam os espectadores a baixar um aplicativo que os ajuda a interagir com o que acontece no palco. Não há dúvida de que a tecnologia facilita cada vez mais a interação do público com seu tipo favorito de entretenimento. Mas esse engajamento agora vai além de truques ou artifícios que acontecem durante um filme ou uma peça de teatro.

A nova tendência entre os diretores é manter as pessoas envolvidas por dias, meses e até anos depois da estreia de um espetáculo. Parte para gerar capital ou simplesmente para multiplicar a exposição da obra a um número maior de pessoas, essa tendência está cada vez mais evidente em um gênero particular do cinema: o documentário.

Se você gosta de assistir a documentários, especialmente os que expõem a violação dos direitos civis, deve ter

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notado que o filme em si é só o começo.

Ele faz parte de um ecossistema que inclui assinar petições, fazer campanha no Facebook, organizar um debate na sua cidade e muitas outras atividades.

Fazer um documentário hoje vai além de dirigir, produzir e distribuir.

Significa começar um movimento em que os diretores se tornam heróis de uma causa. Em que as redes sociais viram ferramentas de uma campanha.

Essa tendência parece ter começado em 2006, com o filme de Al Gore intitulado An Inconvenient Truth. Parte de sua estratégia de distribuição envolveu treinar ativistas a disseminar a mensagem do filme, um número que agora atinge 3 500 representantes globais.

O filme Girl Rising é outro exemplo de que as redes sociais adicionaram uma nova dimensão à arte do documentário. A primeira impressão ao visitar o site é que se trata de uma organização para educar meninas em países do Terceiro Mundo. Mas a origem do projeto foi um documentário que ocupa uma parte pequena do site, comparada a outras atividades, como fazer doações, alistar-se como professor e comprar merchandising. Já o filme Bully segue crianças que têm problemas com assédio na escola.

Quatro anos depois de seu lançamento, o diretor Lee Hirsh ainda não fez outro filme e se encontra envolvido na luta contra o bullying.

Ele montou um site, faz palestras e foi à Casa Branca para aconselhar o time do presidente Obama sobre como evitar um dos problemas mais alarmantes nas escolas americanas.

Blackfish e Bowling for Columbine são exemplos de documentários que criaram movimentos ao desafiar o status quo. Blackfish é sobre orcas que vivem em cativeiro. O estado da Califórnia está votando uma lei para proibir o SeaWorld de usar animais em shows.

Bowling for Columbine, por sua vez, fez o Walmart parar de vender armas e munições em suas lojas. Mas inspirar um movimento não resulta necessariamente em mudança. The Act of Killing é um documentário arrepiante sobre o massacre de 1 milhão de pessoas na Indonésia, em 1965, que causou pouco ou nenhum impacto no país.

Mas o importante é que essa tendência tem permitido uma participação do público que vai além de discutir um filme com amigos. Se diretores de documentários continuarem nesse ritmo, quem sabe um dia farão mais pela sociedade do que os políticos.�

Alessandra Lariu, 41 anos, é publicitária e cofundadora do site SheSays, que ajuda mulheres a entrar na carreira de criação digital.

Empresária, ela mora em Nova York.

ILUSTRAÇÃO EVANDRO BERTOL

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I D E I A S // B I Z T E C H

O DIGITAL NO CENTRO Não importa se é a padaria da esquina. Os negócios precisam ter um modelo digital. Ou serão atropelados pela evolução

ESTAMOS DIANTE de um processo brutal de digitalização de quase tudo a nossa volta e do surgimento de vários modelos de negócios suportados por tecnologia da informação. Começamos ainda a conectar todas as coisas à internet e a construir a tão falada internet das coisas. Vários negócios e muitas vezes indústrias inteiras foram transformados de maneira profunda e definitiva. Um exemplo são as indústrias de mídia, comunicação e entretenimento. Outras, como as de educação e saúde, também começam a sofrer os impactos da transformação tecnológica e, com certeza, serão bem diferentes dentro de alguns anos. Mas e os negócios que sempre contaram com poucos componentes tecnológicos e que têm se mostrado imunes a todo esse processo? Será que continuarão invisíveis a essas forças?

Acredito que não. Se as últimas décadas foram para criar a infraestrutura da internet e para aprender como trabalhar com a web, as próximas serão para adicionar tecnolo-

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gia digital às coisas e aplicar a todas as áreas tudo o que aprendemos. A busca da melhoria constante de todas as coisas não vai parar, e os ganhos que conseguimos ao conectá-las à internet ficam mais óbvios.

Os exemplos disso já começam a aparecer. Veja o caso da Nest, startup criada por ex-funcionários da Apple e comprada pelo Google por incríveis 3,2 bilhões de dólares. A Nest possui só dois produtos: um termostato e um detector de fumaça. Eles estão presentes em praticamente todas as casas americanas. Foram criados há mais de um século, se popularizaram há cerca de 50 anos e chegaram até aqui imunes à onda digital.

A Nest fez algo mágico ao tornar esses aparelhos inteligentes e amigáveis, com tecnologia de ponta, bom design e conexão com a internet. Eles viraram dispositivos amigáveis, que atraíram milhões de consumidores.

Coloquei um desses detectores de fumaça em meu laboratório e posso dizer que fico bem mais tranquilo sabendo que ao menor sinal de perigo serei avisado por um app no celular.

As lojas de rua também estão sendo tocadas por um intrincado ecossistema digital. Que o e-commerce cresce

como nunca já sabemos. Mas e quando surgir o desejo de comprar aquela torta de chocolate da padaria da esquina?

Pequeno negócio familiar, a padaria não possui um site, e sua maior evolução tecnológica foi a chegada de um computador para controlar as vendas.

Mas são esses negócios os próximos alvos de gigantes digitais como Google e eBay. Eles estão testando serviços que prometem entregar em sua casa as mercadorias das lojas locais em 1 ou 2 horas. No Google Express e no eBay Now, lançados nos Estados Unidos, milhares de produtos de lojas de bairro foram para um catálogo digital. As empresas enviam carros para retirar os produtos e entregar na casa do comprador. São grandes os impactos disso para as lojas. Elas passam a integrar um modelo digital de negócios que trará possibilidades e preocupações. Procurados pela web, seus produtos terão os preços comparados. Clientes podem deixar de ir às lojas, e as vendas de conveniência podem ser impactadas. O marketing digital passará a ser uma preocupação.

Resumo da ópera: se você não caminhar rumo à evolução digital, ela caminhará até você. É hora de pensar em seu modelo de negócios digital. �

Manoel Lemos, 39 anos, é engenheiro da computação, especialista em supercomputação, empreendedor, investidor em tech startups e diretorgeral digital da Abril Mídia. É apaixonado por mergulho com tubarões.

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I D E I A S // C É R E B R O E L E T R Ô N I C O

ENFIM A ERA DOS ROBÔS Eles deixaram de ser animais exóticos da tecnologia para entrar com tudo em nossa vida. E vão ajudar em muitas tarefas

OS HISTORIADORES do futuro poderão marcar 2014 como o ano em que começou “oficialmente” a era dos robôs. Eles deixaram de ser os animais exóticos da tecnologia. Hoje são reais, presentes, e estão sendo disputados por gente grande no mercado de investimento. Entrarão em nossa vida, como entraram os smartphones e os cupcakes. Para facilitar essa aceitação, já estamos livres de um velho conceito: o que diz que um robô deve necessariamente ter braços, pernas, cabeça com luzinhas coloridas e dizer coisas como "Perigo, Will Robinson!"

Segundo a enciclopédia Britannica, robô é qualquer máquina operada automaticamente que substitui o esforço humano, ainda que não precise ter aparência ou realizar performances de maneira humana.

O Roomba, por exemplo, é um disco que roda pela casa aspirando pó. E não deixa de ser um robô. Já vendeu 10 milhões de unidades e roubou a cena num episódio da série Breaking Bad. Já o 510 PackBot se parece com o personagem

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Wall-e e tem o clássico desenho do robô que se move sobre esteiras e usa câmeras como olhos. Está de um jeito ou de outro em nossa vida há 13 anos e hoje é um veterano com um currículo de respeito. Estreou vasculhando as ruínas do World Trade Center, em Nova York, depois do ataque de 2001. Seguiu com as forças americanas para o Iraque e o Afeganistão, onde ajudou a desarmar bombas. Participou das operações de resgate na usina de Fukushima, em 2011, e vai atuar na Copa do Mundo.

Tem ainda o Paro, da japonesa Aist, que se parece e soa como um bebê foca, olha para quem fala com ele, reage amistosamente a carícias e distingue vozes diferentes. É um animal de estimação automático e virou um grande sucesso terapêutico, vendido a 5 000 dólares. Ele traz os benefícios de um pet para doentes de Alzheimer ou demência, alguns incapacitados para ter um animal de verdade. A foquinha mecânica acalma os pacientes, esvazia a ansiedade, faz com que se cuidem melhor e evitem acidentes.

Uma cadeira de rodas robotizada vai poder transportar idosos, administrar seus remédios, possibilitar sua geolocalização e se comunicar automaticamente com familiares.

Existem ainda os drones, que também são robôs. São conhecidos pelo uso como armas militares de reconhecimento e ataque. Mas hoje, entre outras coisas, são usados no jornalismo.

Os drones deram os melhores ângulos em manifestações na Ucrânia e na Venezuela. Podem testemunhar a história em ângulos nunca registrados.

Os drones estão sendo cada vez mais usados no cinema, movimentando câmeras em tomadas antes impossíveis. O filme Gravidade foi executado por robôs que sincronizavam a protagonista Sandra Bullock com elementos criados em computador. O artista plástico Katzu usou um drone equipado com spray para pintar telas.

Estamos em 2014. Os robôs chegaram. Eles vão engraxar nossos sapatos.

Vão lavar as janelas do lado de fora dos edifícios altos. Vão cuidar de recémnascidos, pintar as paredes e cozinhar. Serão mini-UTI e laboratório. É provável que formas de trabalho humano acabem. Reacionários e populistas vão estrebuchar. Robôs serão queimados nas ruas. Mas os benefícios compensarão o prejuízo causado pelo fim de alguns empregos. E novos empregos serão criados para fazer robôs em escala cada vez maior. �

Dagomir Marquezi, 60 anos, dividiu sua vida entre o jornalismo e a ficção.

Escreveu novelas, musicais e roteiros de cinema. Há 16 anos acompanha a tecnologia em sua coluna na INFO. ILUSTRAÇÃO EVANDRO BERTOL

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I D E I A S // I N S I D E I N F O R M A T I O N

O CELULAR NO DIA A DIA Compras, check-in no aeroporto, compensação de cheque, estacionamento na rua. Quando tudo é feito pelo smartphone

MORO NOS Estados Unidos há pouco mais de um ano. Ao chegar, rapidamente comecei a ver que aqui as marcas se relacionam com os clientes por meio de celular de uma maneira totalmente diferente da que estamos acostumados no Brasil.

Tudo começou com a carta do seguro-saúde, que deve ter o cartão do seguro e o livro com os hospitais e médicos conveniados. Para minha surpresa, em vez de chegar aquele livro com centenas de páginas, o envelope contém uma carta de apenas uma página com a carteirinha colada e o seguinte texto: “Por favor, baixe o nosso aplicativo mobile e veja os nossos médicos e hospitais conveniados.

Você vê inclusive a localização deles de acordo com o lugar em que está”.

E o banco? Ao entrar pela primeira vez numa agência bancária, um cartaz imenso explica: “Se você veio aqui compensar um cheque, por favor, baixe agora o nosso app mobile, tire uma foto do cheque e ele será depositado na sua conta”. Sim, depois

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disso você pode rasgar o cheque, porque ele não serve para mais nada.

Quer estacionar o carro na rua?

Elas possuem placas com um número e o nome de um app mobile. Basta baixar o app, cadastrar o cartão de crédito e a placa do carro uma única vez, e pronto. Você compra diretamente de seu celular quantos minutos precisa para deixar o carro estacionado. E o melhor: 5 minutos antes de acabar o tempo, você recebe uma mensagem caso queira comprar mais minutos.

Nada de sair correndo para procurar uma banca de jornal ou um flanelinha para comprar um novo cartão.

Suas compras também nunca mais serão da mesma forma. Se vai comprar uma TV numa loja BestBuy, apanhe o celular e acesse o app da Amazon. Rapidamente é possível comparar os preços e acessar os reviews do produto. Se decidiu comprar a TV naquela loja, basta mostrar para o caixa a pesquisa feita na Amazon e ela custará o mesmo preço. Se a loja não cobrir nem der desconto e a opção for pela Amazon, a TV chegará em sua casa em menos de 48 horas.

E os programas de fidelidade?

Sempre achei chato guardar o cartão de determinado restaurante e es-

perar os dez carimbos para ganhar um almoço grátis. Agora não abro mão de comprar qualquer coisa na Starbucks usando o programa de fidelidade que está no app mobile.

Funciona assim: o usuário cadastra o cartão de crédito no app e toda vez que comprar na Starbucks basta abrir o app. O caixa escaneia o código de barras na tela do celular e, automaticamente, o valor é debitado da conta e o “carimbo” entra virtualmente no programa de recompensas.

Quer fazer o check-in da companhia aérea no celular e ter todas as informações necessárias sobre o voo a um clique? Sim, na American Airlines está tudo lá. Check-in, cartão de embarque, avisos caso o voo atrase, mudanças no portão de embarque. Ao chegar ao destino, já estará no celular também a informação sobre qual esteira procurar para apanhar a mala.

A ler t a de roub os de c a r ros , aproximação de furacões, reservas de mesas nos restau ra ntes.

Muitos serviços pelo celular fazem parte hoje do meu dia a dia. Com 70 milhões de brasileiros usando smartphones e internet móvel, vamos ver essa realidade também no Brasil, e em muito pouco tempo. �

Marcelo Castelo, 36 anos, é sócio e cofundador da agência F.biz.

Trabalha com internet há 15 anos e mobile marketing há dez. Mora em Miami e está na lista “40 under 40”, da revista Advertising Age. ILUSTRAÇÃO EVANDRO BERTOL

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A CIÊNCIA DA COPA DO MUNDO

* POR DENIS RODRIGUES, EVANDRO BERTOL, LUANA GRACIANO, PRODIGIOSO VOLCÁN, RAFAEL COSTA, RODRIGO BRANCATELLI, WAGNER RODRIGUES

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C O P A

ONZE JOGADORES DE CADA LADO, DOIS CONJUNTOS DE TRAVES, UMA BOLA E PRONTO. O ESPORTE MAIS POPULAR DO PLANETA É MOVIDO APENAS POR AÇÕES FÍSICAS E UM TANTO DE TÉCNICA E ESTRATÉGIA, CERTO? GRANDE ENGANO. O FUTEBOL MODERNO ESTÁ CERCADO DE TECNOLOGIA. VEJA AQUI AS INOVAÇÕES QUE LEVARÃO UMA DAS 32 SELEÇÕES A LEVANTAR A TAÇA E O QUE MUDOU DESDE O TORNEIO DE 1950 A BOLA SUPER DUPLO T, com 70 centímetros de circunferência e 450 gramas, poderia muito bem ser chamada de a bola sorrateira. Entrou sem pedir licença, dissimulada, ardilosa, no canto esquerdo do goleiro Barbosa. Foi aos 34 minutos da segunda etapa que saiu aquele chute impensável do uruguaio Ghiggia, de acordo com o relógio de ponteiros pouco precisos do juiz inglês George Reader. Se fosse possível pesar o silêncio das arquibancadas naquele exato momento, com absoluta certeza ele seria bem maior do que os 500 000 sacos de cimento e as 12 000 toneladas de ferro utilizados na construção do estádio do Maracanã, erguido para a Copa do Mundo de 1950. A camisa branca de algodão, que ficaria linda emoldurada com a faixa “Campeão do Mundo”, serviu apenas para que o artilheiro brasileiro Ademir de Menezes enxugasse as lágrimas. Choravam as 173 830 pessoas que pagaram ingresso e também as quase 50 000 que entraram de penetra. Choravam os outros 2 milhões que ouviam pelo rádio. Choravam os 47 policiais militares responsáveis por fazer a segurança. Chorava um país.

Poucos eventos marcaram — e feriram — tanto a alma brasileira quanto aquele fatídico 16 de julho de 1950, partida válida pelo quadrangular final da Copa do Mundo no Brasil. Mas 64 anos depois da tragédia do Maracanazo, o país se prepara para sediar um torneio bem diferente. Não só nos costumes e nos hábitos das pessoas. Mudaram também a bola de couro que encharcava com a chuva, a camisa

de algodão que dava calafrios nos jogadores quando molhada de suor, o relógio de ponteiros preguiçosos, a transmissão cheia de chiados do rádio. Hoje, as seleções usam uniformes confeccionados de garrafa plástica reciclada, a bola é feita com microcélulas cheias de gás, o árbitro utiliza um relógio que avisa se a bola passou entre as traves e a transmissão é feita pela internet e com qualidade de imagem 4K. Quase tudo mudou para que o futebol continuasse exatamente igual a 1950: emocionante, imprevisível, capaz de unir pessoas e causar emoções que sobrevivem por décadas, impossíveis de ser apagadas da memória.

Para mostrar os avanços da tecnologia e as inovações que fazem da Copa um evento cada vez maior e mais imponente, INFO analisou as transformações que ocorreram nos principais aspectos do jogo. Desde a bola, a camisa e os estádios até a arbitragem, os meios de transmissão, a segurança e a preparação física dos atletas. Se antes a chuteira parecia uma bota militar e causava um forte atrito entre o pé e a bola, hoje ela é feita com malha tricotada e pesa míseros 165 gramas. Mais do que uma mudança estética, essa revolução faz com que Neymar corra até 40% mais rápido e chute com 10% mais potência do que Ademir de Menezes, o grande craque da Copa de 1950.

Nessa viagem pela ciência do esporte mais popular do planeta, foram escolhidos três pontos de comparação no tempo: 1950, o ano da primeira Copa no Brasil; uma Copa que tenha sido palco de uma grande transformação tecnológica; e 2014, ano em que a seleção brasileira poderá ter sua tão esperada segunda chance no Maracanã. A única coisa que a ciência não pode prever é de quem será o chute sorrateiro que fará com que torcidas gritem de emoção pelo gol ou chorem de tristeza pela derrota. Que, desta vez, seja a nosso favor.

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ODA CAMISA PESO DE VESTIR A AMARELINHA BRANCA DE ALGODÃO COM 400 GRAMAS À DE MICROFIBRA FEITA DE GARRAFAS PET, A TECNOLOGIA AJUDOU O JOGADOR A CORRER MAIS, COM MENOS DESGASTE MEMÓRIA |

EMBLEMÁTICA |

A seleção começou sua história usando branco, em 1914, no jogo contra a equipe inglesa Exerter City.

Com a derrota na final de 1950, no entanto, o uniforme foi aposentado e, de um concurso nacional, saiu o design da emblemática amarelinha

A seleção brasileira que venceu a Copa de 1994 teve uma camisa que se tornou célebre por causa de uma inovação em seu desenho, com três escudos estampados como marca-d’água.

Logo na primeira semana, 50 000 camisas foram vendidas

RESERVA | Os teams tinham um único uniforme.

Apenas duas seleções usaram uniformes número 2: Espanha e Inglaterra

FÔLEGO EXTRA | Com o poliéster, a pulsação média dos jogadores caiu 3,5%. Isso representa um aumento de cerca de 15% na resistência física do atleta

CAMISA 10 | A grande novidade da Copa do Mundo de 1950 foi a utilização de números nas camisas, de 1 a 11, para identificar os jogadores. O primeiro camisa 10 da seleção foi Jair Rosa Pinto

1950

1994

A camisa branca de algodão com gola azul pesava cerca de 400 gramas, mas, ao final da partida, chegava a 450 gramas, encharcada de suor

A Copa de 1994 marcou uma das maiores evoluções tecnológicas em campo: todos os times passaram a usar camisas sintéticas, feitas de poliéster

QUAL É A MELHOR? 0 4 6

Para descobrir qual material esportivo é o mais eficiente, o fisiologista Turíbio Leite de Barros, ex-médico do São Paulo Futebol Clube, conduziu um estudo dentro de um laboratório climatizado a 25ºC na Unifesp. Utilizando três camisas diferentes, um atleta caminhou 5 minutos, depois correu 15 minutos e descansou 10. O estudo mediu a temperatura entre a roupa e o corpo. Quanto mais quente o uniforme, menos o organismo precisa trabalhar para manter o equilíbrio térmico.

1950 | Com o suor, a fibra da camisa resfria e encharca, aumentando o peso. A umidade diminui a possibilidade de a pele respirar e causa calafrios 1994 | A camisa tem baixa absorção de suor, o que faz o material “colar” na pele, atrapalhando a performance. Molhada, ganha cerca de 10 gramas 2014 | A tecnologia dri-fit, presente na camisa de microfibra de poliéster, extrai o suor do corpo para fora do tecido, gerando evaporação mais rápida

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A GUERRA DAS CAMISAS

SEM FIOS | Uma novidade da camisa canarinho é sua costura, que usa cola no lugar de fios, algo semelhante ao que é feito com os uniformes dos pilotos de Fórmula 1. O objetivo é reduzir ainda mais o peso total. A nova camisa pesa apenas 134 gramas

NIKE | 10 PAÍSES

ADIDAS | 9 PAÍSES

OUTRAS | 5 PAÍSES

PUMA | 8 PAÍSES

MAIS LEVE | O uniforme completo desta Copa pesa 16% menos que o anterior.

Os calções são feitos com 100% de poliéster reciclado, enquanto o tecido da camisa tem 96% do material e 4% de algodão orgânico

DE GARRAFA PET | A camisa é feita com material reciclado.

São 18 garrafas plásticas, recolhidas em lixões do Japão e de Taiwan, para cada camisa. Elas são lavadas e cortadas em pequenos flocos, que derretidos se transformam em fios bem finos de poliéster

As marcas de material esportivo disputam um mercado avaliado em 5 bilhões de dólares por ano. Apesar de a Nike vestir mais seleções na Copa, a agência Bloomberg calcula que a Adidas tem 10% mais chance de vencer o torneio, por contar com times tradicionalmente mais fortes

ÚLTIMOS CAMPEÕES | RESPIRO |

2010 / ADIDAS 2006 / PUMA 2002 / NIKE

Existem diversas zonas de ventilação pela camisa. Essas áreas são compostas de pequenos furos cortados a laser, que vão das axilas ao quadril e garantem que o ar circule para manter o conforto

QUEM É DO MEU TIME? | O primeiro registro de um uniforme de futebol ocorreu em partidas entre escolas inglesas, embora muitas vezes as equipes só fossem diferenciadas pela utilização de bonés ou faixas coloridas. Em 1867, um manual da Universidade Cambridge recomendava que os times tentassem atuar com roupas de cores diferentes

A CRIAÇÃO DE UM MITO |

2014

Para a Copa de 1954, a CBD fez um concurso para que a população escolhesse a cor do próximo uniforme brasileiro. O vencedor foi o gaúcho Aldyr Garcia, que sugeriu o uniforme que ficou conhecido como canarinho: camisa amarela com calção azul e meias brancas. Garcia ganhou de outros 201 concorrentes e embolsou o equivalente a 20 000 reais como prêmio

Para criar a nova camisa, feita de microfibra de poliéster, todos os jogadores tiveram o corpo escaneado, o que possibilitou um ajuste personalizado

VARIAÇÃO DA TEMPERATURA ENTRE A ROUPA E O CORPO 1994 | 1950 |

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2014 |

CAMINHADA

5 MIN

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CORRIDA

DESCANSO

20 MIN

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30 MIN

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EM BUSCA DO CHUTE PERFEITO PARA NÃO REPETIR OS ERROS DE TRAJETÓRIA DA JABULANI, A BOLA BRAZUCA FOI TESTADA POR DOIS ANOS E MEIO EM PROCESSO QUE ENVOLVEU 600 JOGADORES DE 30 EQUIPES DIFERENTES 1950 SUPER DUPLO T

1970 TELSTAR

A bola da Copa de 50 foi fabricada pela empresa Superball, de Niterói (RJ), com o que havia de mais moderno: uma câmara inflada com uma válvula para enchimento, o que dispensou a costura externa

Com hexágonos brancos e pentágonos pretos, a bola tornou-se um clássico do esporte.

O nome Telstar era uma homenagem ao satélite de comunicação civil que possibilitou a transmissão ao vivo das partidas

INOVAÇÃO |

DESIGN |

A bola possuía 12 gomos com bordas arredondadas, que tornavam a costura interna mais confiável, por criar menos tensão.

Assim, diminuíam as chances de furar

Foi inspirado nos balões infláveis usados pela Nasa nas cápsulas de pouso na água (splashdown), na década de 60

69CM

70CM 450 g

ESPONJA / A Duplo T absorvia muita água. Com 450 gramas, a bola podia até dobrar de peso em dias de chuva

A bola da final entre Brasil e Uruguai foi vendida em um leilão, há dois anos, por 45 000 reais. Tem os nomes dos jogadores uruguaios gravados e um certificado de autenticidade assinado pelo carrasco Ghiggia

440 g

12

MAIS LEVE / Embora de couro, a bola era revestida com um poliuretano especial para eliminar a absorção de água Gomos pentagonais pretos

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Gomos hexagonais brancos

A Adidas distribuiu somente 20 bolas para uso nas finais e vendeu cerca de 600 000 bolas oficiais e réplicas após o campeonato

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DE BOTA DE COURO A SAPATILHA DE TRICÔ

2 0 14 BRAZUCA A bola que vai rolar nos gramados brasileiros tem seis painéis simétricos e superfície que procura dar maior aderência e melhor aerodinâmica. A textura externa é formada por cinco camadas de poliuretano. Há ainda uma camada de espuma sintética adicional, de 1 milímetro de espessura, que tem milhões de microcélulas cheias de gás. Com isso, a bola recupera rapidamente sua forma esférica depois de ser chutada, garantindo o movimento ideal. Será o adeus às mudanças de trajetória da Jabulani, polêmica bola da última Copa?

Fontes: Fédération Internationale de Football Association (FIFA), Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Relatório Oficial do IV Campeonato Mundial de Futebol – CBD, governo federal, ministérios da Justiça e da Defesa, Polícia Federal, Portal da Transparência, Nike, Adidas, Puma, UNESCO Institute for Statistics, CIA World Factbook, Santaconstancia, Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte, fisiologista Turibio Leite de Barros, nutricionista Isabela Guerra, Complexo Maracanã Entretenimento S.A.

CONECTADA |

1950

A CHUTEIRA PREDOMINANTE era uma bota, amarrada com corda, com seis travas fixas e feita de couro de vaca. Algumas chuteiras também tinham reforço de borracha nas bordas. Por causa do forte atrito entre o pé e a bola, a velocidade do chute era até 5% menor do que a atual

A Brazuca é a primeira bola a ter uma conta no Twitter, @brazuca

1970

FEITA COM COURO DE CANGURU, a chuteira chamada de Copa Mundial vendeu 10 milhões de pares.

Pesava 270 gramas e tinha 12 travas. Em comparação com a bota de 1950, o atleta corria até 30% mais rápido. O impacto era 60% menor, diminuindo também o número de lesões

68CM 437 g

BETA TESTERS / Atletas de times como Milan, Bayern de Munique e Palmeiras participaram dos testes da Brazuca

MAIOR CONTROLE |

Diferentemente da Jabulani, que tinha pequenos sulcos na superfície, a Brazuca possui microrrugosidades que são espalhadas de maneira disforme pela bola para melhorar seu controle e a aderência

APROVADA |

Para ganhar o selo de aprovação da Fifa, a bola passou por um teste no qual era atirada contra uma placa de metal, a 50 km/h, por 2 000 vezes. Não houve perda de pressão nem alteração na circunferência da Brazuca

2 0 14

A CHUTEIRAS ATUAIS TÊM estabilizador anatômico do calcanhar, que mantém o pé no lugar, e uma placa de solado que maximiza a transferência de energia do pé para o chão. A grande inovação da Copa serão as chuteiras feitas com malha tricotada e com cano alto, que pesam apenas 165 gramas

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FOI GOL, JUIZ! A TECNOLOGIA ENTROU EM CAMPO PARA EVITAR ERROS GROSSEIROS DE ARBITRAGEM, PARA ALÍVIO DOS JUÍZES E DE SUAS TÃO DIFAMADAS MÃES

NÚMERO DE ÁRBITROS| 27 PAÍSES COM ÁRBITRO NA COPA| 18 ÁRBITROS BRASILEIROS| 3

NÚMERO DE ÁRBITROS| 25 PAÍSES COM ÁRBITRO NA COPA| 24 ÁRBITROS BRASILEIROS| 1

CARTÕES | O primeiro cartão amarelo da Copa de 70 foi para o soviético Evgeny Lovchev, no empate em 0 a 0 com o México.

No total, foram 51 cartões em 32 jogos. Ninguém foi expulso

RELÓGIO | Digital, passou a ser mais confiável

APITO | Começou a ser usado em 1878. Nessa época, todas as marcações do jogo, como faltas, tinham de ser solicitadas pelos jogadores

RELÓGIO NADA CONFIÁVEL | A contagem dos 45 minutos de cada tempo era “variável”, por causa da falta de precisão dos ponteiros

1950

1970

Muitas regras eram resolvidas na hora.

Não havia um número permitido de substituições nem cartões para punir jogadores que cometiam faltas

Instituído o modelo de cartões por cor, ao estilo semáforo. Foi a primeira Copa em que passaram a ser permitidas duas substituições por equipe a cada partida

OS TRÊS PIORES ERROS DE ARBITRAGEM DAS COPAS Argentina 2 x 1 Inglaterra, 1986 — Com a “mão de Deus”, Maradona ganhou a dividida na área com o goleiro Shilton.

Inglaterra 4 x 2 Alemanha, 1966 — O inglês Hurst chutou, a bola bateu na trave e quicou sobre a linha, mas não entrou por inteiro. O juiz confirmou o gol, que ajudou a Inglaterra a levar a taça.

Hungria 2 x 3 Alemanha, 1954 — O gol de empate marcado pela Hungria na partida final foi anulado pelo árbitro

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A REGRA É CLARA A EVOLUÇÃO DAS LEIS DO JOGO

1871 Surge a figura do árbitro, em uma final da FA Cup. Mas ele fica fora do campo, referenciando o trabalho de outros dois juízes, os umpires

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COMO FUNCIONA O SISTEMA DA LINHA DO GOL CONECTADO | Cada árbitro tem um aparelho parecido com um celular, com 120 gramas. O equipamento é ligado a um microfone, de modo que o juiz e os bandeirinhas possam conversar o tempo todo. A transmissão é digital e encriptada, para que não haja interrupções

NÚMERO DE ÁRBITROS| 75 PAÍSES COM ÁRBITRO NA COPA| 44 ÁRBITROS BRASILEIROS| 3

SÃO 14 CÂMERAS DE ALTA VELOCIDADE ao redor do campo, sete para cada gol. Elas estão conectadas a computadores que fazem uma leitura 3D da bola e analisam 500 imagens por segundo, 30 vezes mais do que o olho humano. A precisão da localização da bola é de 3,6 mm RELÓGIO HI TECH | Quando a bola passa a linha do gol, o sistema envia uma vibração e um sinal ao relógio do árbitro

2014 ASSIM QUE A BOLA ULTRAPASSA A LINHA DO GOL, um sinal é criptografado e repassado em menos de 1 segundo para o relógio do árbitro. A tecnologia custa 257 000 dólares para ser instalada em cada estádio, e mais 4 200 dólares por jogo

Pela primeira vez em uma Copa, os árbitros e os assistentes terão o auxílio da tecnologia da linha do gol, que avisa em tempo real se a bola entrou

1873

1891

191 2

1925

1958

1966

É inventado o escanteio, cobrado no canto do campo.

Antes, toda bola que corria pela linha de fundo era considerada falta

Um barbante era utilizado como travessão. Pênaltis são introduzidos e podem ser cobrados de qualquer posição, a 12 jardas do gol

Os goleiros têm suas ações com as mãos delimitadas à própria área. Eles também precisam usar uniformes diferentes

A regra do impedimento passa a ser considerada a partir de dois jogadores entre o receptor do passe e o gol, e não mais três

Uma substituição é permitida, mas só em caso de lesão. Depois de 12 anos, duas substituições passam a valer, mesmo que por razões táticas

O cartão começou a ser pensado após a Copa de 66, quando um argentino foi expulso contra a Inglaterra e demorou meia hora para entender que havia sido punido

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CONSERTA SE ATLETA. TRATAR AQUI EXAMES GENÉTICOS, TERMOGRAFIA E ATÉ UMA MÁQUINA CRIADA PELA NASA PROMETEM REVOLUCIONAR A PREPARAÇÃO E A REABILITAÇÃO DE ATLETAS COM LESÕES

ALTER G | Criada nos laboratórios da Nasa, a Alter-G é uma espécie de esteira antigravidade. O atleta em recuperação de lesões entra na máquina, seleciona quanto quer pesar para não sentir dor e começa a correr. Com a gravidade reduzida, o jogador consegue iniciar o trabalho de fortalecimento muscular, mesmo após uma cirurgia ou um tratamento delicado, já que a Alter-G permite a realização de exercícios seguros, sem a necessidade de suportar o peso real do corpo.

Para alguns jogadores, a recuperação foi até 70% mais rápida

GENÉTICA | Já são comuns os exames que detectam a predisposição para esportes. Um dos genes mais estudados atualmente no futebol é o ACTN3, que codifica a produção de uma proteína chamada alfa actinina 3.

Se um jogador produz muito dessa proteína, sua explosão muscular é maior, pois ela contribui diretamente para que os músculos possam realizar mais movimentos de força e repetição. Logo nas categorias de base, atletas que produzem a proteína em grande quantidade são encaminhados para jogar no ataque. Jogadores que têm fibras musculares menos elásticas viram volantes e zagueiros

IDEIA DO ESPAÇO |

TERMOGRAFIA | Todas as grandes seleções da Copa utilizam uma técnica para prever lesões chamada termografia. O exame começa com uma máquina capaz de fotografar as leituras de calor dos objetos. São tiradas duas fotos, uma de frente e outra de costas, e as áreas a ser estudadas são mapeadas. As imagens mostram a diferença de calor nos diferentes grupos musculares. As partes mais avermelhadas são as mais desgastadas e indicam que o músculo está prestes sofrer uma lesão e precisa de cuidado especial

O projeto da Alter-G surgiu em um hangar da Nasa no Vale do Silício. A ideia era analisar como os astronautas poderiam fazer exercícios físicos no espaço com o objetivo de prevenir ou minimizar a perda óssea e a atrofia muscular devido ao efeito da falta de gravidade. Hoje, a máquina é utilizada por quase todos os grandes times de futebol da Europa, alguns do Brasil, além de times da NBA e da liga de futebol americano NFL

QUANTO CORRE UM JOGADOR EM 90 MINUTOS? 1950 1966

4 KM Não havia preparador e o máximo que os jogadores faziam era se alongar 6 KM Começa a era dos jogadores atléticos e brucutus

2014

10,8 KM FACEBOOK.COM/REVISTAINFO

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ÉCOMGOOOOOOOOOOOOOOOL! A EVOLUÇÃO DA TRANSMISSÃO, MAIS DE 3,5 BILHÕES DE ESPECTADORES DEVERÃO ACOMPANHAR A COPA DO MUNDO DO BRASIL 1950 A ERA DO RÁDIO

1970 TV AO VIVO

“TÁ NA REDE” |

“OLHO NO LANCE” |

Os locutores Antônio Cordeiro e Jorge Curi falam em um microfone da Rádio Nacional, que recebe a vibração das vozes em ondas mecânicas e as converte em corrente elétrica

Na primeira Copa transmitida ao vivo, direto do México, as imagens e a locução do narrador João Saldanha viajam por 200 metros de cabo até uma unidade de transmissão

CAMINHO DO GOL | O sinal sai da mesa de som no estádio em direção ao 21o andar do Edifício A Noite, na praça Mauá, no centro do Rio de Janeiro

VIAGEM | O sinal passa por um amplificador e é enviado para a antena de transmissão, em São Gonçalo (RJ).

Ela recebe os sinais elétricos e os transforma em ondas eletromagnéticas

DIVISÃO | Na final da Copa de 50, Cordeiro transmitia os lances da linha do meio de campo para o lado esquerdo das cabines de rádio.

Curi narrava da linha divisória para o lado direito

MARACANAZO | “Terminou o jogo. Uruguaios campeões mundiais.

Desolação natural da torcida aqui no estádio do Maracanã.

Foi uma peleja brilhantemente disputada e onde a seleção brasileira em nenhum momento correspondeu à expectativa dos aficionados” Antônio Cordeiro, 16h50 do dia 16 de julho de 1950

SATÉLITE | A imagem do jogo é enviada por sinais de micro-ondas, que viajam até um satélite a 35 000 quilômetros de altitude. O satélite redireciona o sinal para as programadoras

2014 4K AO VIVO

TECNOLOGIA | DELAY | Nas Copas anteriores, os brasileiros assistiram ao jogos gravados.

As fitas chegavam de avião e eram apresentadas dois ou três dias depois pela TV ou em cinemas

VENDAS | 27% dos lares brasileiros tinham um aparelho de TV. Na Grande São Paulo, havia cerca de 1,2 milhão de aparelhos

APELIDO | CAPTAÇÃO | O sinal só foi captado em uma centena de cidades das regiões Sul e Sudeste, mais Brasília, Recife e Salvador. Ao todo, a TV transmitiu nove jogos, incluindo os seis do Brasil

Devido ao fato de poucas residências terem televisor, usava-se, em 1970, o termo “televizinhos”, indivíduos que, por não possuir TV, se reuniam na casa dos amigos para assistir aos jogos

Três jogos serão transmitidos ao vivo em 4K: um dos jogos das oitavas de final (28 de junho), um jogo das quartas de final (4 de julho) e a partida final (13 de julho), no Maracanã

HD | O sinal 4K emitido pela câmera é enviado por meio de uma unidade de processamento, que o divide em quatro sinais HD que podem ser transportados por meio de sinais separados, de 3 GB cada um

TRANSMISSÃO | A tecnologia não permite ainda transmissão em 4K para TV aberta, pois isso exige compressão do sinal. Ele será enviado por satélite ou cabo

1 SEGUNDO |

4 SEGUNDOS |

15 SEGUNDOS |

As ondas chegam aos aparelhos de rádio em cerca de 1 segundo.

Os alto-falantes convertem as ondas em vibrações, o som que mais de 2 milhões de brasileiros ouvem ao vivo

No prédio das emissoras, a imagem é codificada em sinal de VHF e transmitida pela mesma antena que recebeu o sinal do satélite. Todo esse caminho demora cerca de 4 segundos

Além de eventos de patrocinadores, o sinal 4k poderá ser enviado para exibição em cinemas. O delay deve chegar a até 15 segundos, como acontece hoje com TV digital via satélite

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VENDAS | 2,2 milhões de TVs com resolução 4k foram vendidas no mundo

SEGUNDA TELA | A Copa deste ano marcará o uso intenso de tablets como segunda tela.

Todas as grandes emissoras vão lançar aplicativos para tablets e smartphones com informações em tempo real sobre os jogos

NOVO HÁBITO | Segundo pesquisa da agência de publicidade digital americana YuME, 63% das pessoas deverão assistir aos jogos da Copa em computadores, 25% em tablets e 23% em smartphones

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0 5 4 . O MARACANÃ FOI ERGUIDO PARA A COPA DE 50, MAS FICOU MARCADO PELA DERROTA CONTRA O URUGUAI. APÓS 64 ANOS (E 1,19 BILHÃO DE REAIS), O ESTÁDIO GANHA UMA SEGUNDA CHANCE

O FUTEBOL VOLTA PARA CASA HAJA PREGO |

1950

500 000 sacos de cimento foram usados na construção. Se empilhados, teriam duas vezes a altura do Pão de Açúcar. Já de pregos foram 195 000 quilos, além de 50 000 metros cúbicos de areia, o suficiente para encher 16,5 piscinas olímpicas

Dois estádios foram construídos especialmente para a Copa de 50: o Independência, em Belo Horizonte, e o Estádio Municipal, no Rio de Janeiro, conhecido como Maracanã. Foram gastos 250 milhões de cruzeiros, o equivalente a 235 milhões de reais no Maracanã

FARAÔNICO | A obra do maior estádio do mundo durou 667 dias.

Mobilizou cinco construtoras e 3 500 operários por dia, chegando a 11 000 no fim da obra

INGRESSO | As entradas para a arquibancada custaram 30 cruzeiros

LOTAÇÃO |

32 m

279 metros

Projetado para receber 155 000 pessoas

Por que Maracanã? Em tupi, a palavra significa “maracá” (chocalho) e “nã” (semelhante). O termo designa um som emitido por um pássaro da família Psittacidae. No local do estádio havia uma grande quantidade dessa ave

317 metros

VAI TER COPA? O APARATO DE SEGURANÇA PARA EVITAR TERRORISMO (E PROTESTOS)

1950

2010

- ÁFRICA DO SUL

2014

POLICIAIS | 36 081

POLICIAIS E GUARDAS | 46 225

PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA | 160 000

BOMBAS DE GÁS | 323

DRONES | 10

SOLDADOS DE RESERVA | 24 000

METROS DE MANGUEIRA | 57 276

CANHÕES AQUÁTICOS | 10

SOLDADOS DE TROPA DE CHOQUE | 10 000

CARROS | 53

BMWS DE PATRULHAMENTO | 100

KITS NÃO LETAIS | 10 500

ESCADAS MECÂNICAS | 130

CENTROS DE COMANDO | 4

ARMAS NÃO LETAIS | 449

HELICÓPTEROS | 5

ARMAS ELÉTRICAS | 1 800 mil

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2014 Após um jogo entre Flamengo e Santos, em setembro de 2010, o Maracanã foi fechado para uma grande reforma.

Assentos foram retirados, arquibancadas quebradas e a marquise desmontada.

Apenas a fachada, um esqueleto com colunas e as rampas monumentais foram preservados

KIT SOLAR| 1 560 placas fotovoltaicas no anel da cobertura captam o sol carioca.

Elas são capazes de gerar 700 000 kW/h por ano, o suficiente para produzir 25% da energia necessária para o funcionamento do estádio em um dia de jogo

O custo da reforma do Maracanã chegou a 1,19 bilhão de reais. O Soccer City, estádio que sediou a final da Copa de 2010, na África do Sul, custou 759 milhões de reais

ÁGUA DE REÚSO | Na cobertura, um sistema de drenagem com sucção a vácuo vai alimentar dois reservatórios subterrâneos. A água recolhida será filtrada e usada nos banheiros

CONECTADO |

MAIS PERTO | O torcedor fica agora a 13 metros da linha lateral do campo, separado por uma mureta de apenas 2 metros de altura.

Antes, essa distância era de 28 metros

SOMBRINHA | A nova cobertura é formada por 120 membranas de um material composto de teflon e fibra de vidro. Com 47 000 metros quadrados, ela cobre 95% das cadeiras instaladas no estádio

Ao redor do estádio, foi instalado um anel de compressão para suportar a nova cobertura, junto com 20 quilômetros de cabos

LOTAÇÃO |

45 m

279 metros

Projetado para receber 78 838 pessoas

317 metros

O QUE MAIS IMPORTA É QUEM VAI FICAR COM A TAÇA LANCHAS | 60

VEÍCULOS BLINDADOS | 36

AVIÕES MILITARES | 10

VIATURAS | 1 450

DRONES | 6

ROBÔS ANTIBOMBA | 15

ROBÔS IROBOT | 27

BLINDADOS ANTIAÉREOS | 34

CÂMERAS DE SEGURANÇA | 1 000

CAMINHÕES TECNOLÓGICOS | 27

SISTEMA ANTIMÍSSIL | 1

CENTROS DE COMANDO | 14

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No dia 13 de julho de 2014, o capitão de uma das 32 seleções vai erguer a taça do mundo no Maracanã, marcando o fim de uma jornada de 32 dias e 64 jogos. O troféu mede 36,5 cm e é feito com 5 quilos de ouro 18 quilates.

No fundo, está gravado o nome dos campeões mundiais desde 1974. O campeão de 2014 ficará com o troféu por quatro anos e depois receberá uma réplica do original

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4G

INOVAÇÃO

VAI FUNCIONAR NA COPA? * POR AIRTON LOPES, LUIZ CRUZ E LEONARDO VERAS

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A COPA DO MUNDO COMEÇA EM 12 DE JUNHO, mas, para o 4G brasileiro, o pontapé inicial no Itaquerão já terá clima de final.

Com o cronograma de instalação amarrado ao calendário do futebol, a banda larga móvel chega ao Mundial com a obrigação de atender pelo menos 50% da área de todas as capitais e municípios com mais de 500 000 habitantes. Para checar se as redes 4G já estão funcionando como deveriam, o INFOlab saiu a campo. Entre os dias 3 e 14 de abril, nossa equipe visitou as seis cidades-sede mais populosas da Copa. Armados com notebooks, modems 4G e smartphones Xperia Z1, Galaxy S4 e Galaxy Note 3, navegamos em 4G nos bairros hoteleiros, nas regiões que deverão concentrar torcedores nas ruas e nos bares e nos estádios de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Na disputa pelas melhores marcas estavam Claro, Oi, TIM e Vivo.

Em todos os locais foram feitas aferições de velocidade com o aplicativo Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha) e testes de download de conteúdo do servidor de jogos Steam e da loja de aplicativos Google Play, além da publicação de fotos no Facebook e no Flickr e da transmissão de vídeos pelo WhatsApp. Ao fim da maratona de 7 000 quilômetros e 423 medições, os números são animadores. Belo Horizonte foi a capital com o 4G mais rápido, seguida por Fortaleza. O Rio de Janeiro ficou na lanterna, com a conexão mais lenta, seguido por São Paulo. No mata-mata das operadoras, a taça ficou com a Claro, a banda larga mais veloz da Copa. Mas, apesar das elevadas velocidades atingidas, falhas de cobertura ainda são um problema. Com exceção de Fortaleza, em todas as outras capitais o sinal de 4G oscilou ou desapareceu em diversas ocasiões. Nos estádios, a conexão foi medida com o espaço vazio. Com milhares de torcedores fazendo selfies e enviando vídeos aos amigos, isso poderá mudar. E para pior. Veja, nas próximas páginas, o resultado das medições em cada cidade visitada pelo INFOlab.

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BHAECIDADECLARO SÃO DESTAQUES MINEIRA TEM A REDE 4G MAIS RÁPIDA DO PAÍS. NA MÉDIA GERAL, A CLARO OBTEVE A VELOCIDADE MAIS ALTA O INFOLAB EM CAMPO

VELOCIDADE DIVIDIDA TESTE REVELA COMO É USADA A CAPACIDADE DE CADA OPERADORA

7 000 231,4 QUILÔMETROS FORAM PERCORRIDOS PELO INFOLAB EM DUAS SEMANAS DE TESTE

64% DOWNLOAD

MB DE DADOS FORAM TRAFEGADOS EM CADA SESSÃO DE MEDIÇÃO

33% UPLOAD

TIM

CLARO

36% UPLOAD

67% DOWNLOAD

423 96 MEDIÇÕES REALIZADAS NAS SEIS CIDADES SEDE MAIS POPULOSAS DA COPA

GB DE DADOS TRAFEGARAM AO TÉRMINO DE TODAS AS MEDIÇÕES

54% DOWNLOAD

37% UPLOAD

OI

CLARO TEM O 4G MAIS VELOZ

VIVO

63% DOWNLOAD

31

46% UPLOAD

BELO HORIZONTE LIDERA RANKING DAS CAPITAIS 28,9

17,8

22

,7

BELO HORIZONTE FORTALEZA

,5

1 7,

6

BRASÍLIA

13,7

22,2

11,4

19,7

SÃO PAULO

19,3

13,5

,9

SALVADOR

9,8

13

13

,5

15

16

,4

23,8

RIO DE JANEIRO

13,1

17,8

9,4

3 KITS = 12 + 3 CLARO

VIVO

DOWNLOAD (MBPS)

OI UPLOAD (MBPS)

TIM

DE TESTES FORAM USADOS PELO INFOLAB NAS 6 CIDADES

MODEMS USB HUAWEI E3276 E HUAWEI E392

NOTEBOOKS LENOVO 11S, LENOVO S400 E APPLE MACBOOK PRO

DOWNLOAD (MBPS) UPLOAD (MBPS)

+ 12 SMARTPHONES XPERIA Z1 (SONY), GALAXY S4 E GALAXY NOTE 3 (SAMSUNG)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

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BELO HORIZONTE

R O H L E M

4G

TÃO BOM QUANTO O PÃO DE QUEIJO NA CAPITAL MINEIRA, TODAS AS OPERADORAS REGISTRARAM MAIS DE 20 MBPS PARA DOWNLOAD, UMA MARCA EXCELENTE. A VIVO TEM AS MELHORES MÉDIAS, SEGUIDA PELA CLARO

VIVO CLARO

0 5 8

OI

20,8

TIM

23,2 VELOCIDADE DE DOWNLOAD (M BPS)

7,7

VELOCIDADE DE UPLOAD (M BPS)

Médias de velocidade considerando download e upload, aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

FOTO NIDIN SANCHES

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NO ESTÁDIO

VIDA REAL NOS APPS

ACESSO FÁCIL NO MINEIRÃO O ESTÁDIO MINEIRO REGISTROU AS MELHORES VELOCIDADES ENTRE OS SEIS AVALIADOS, COM A VIVO NA FRENTE

12S

1MIN50S

46S

42S

PARA BAIXAR UM APP DE 25,5 MB

PARA PUBLICAR 5 FOTOS DE 16 MP (32,9 MB)

PARA ENVIAR UM VÍDEO DE 5,7 MB

PARA ATUALIZAR O PERFIL COM 10 FOTOS EM ALTA (70,1 MB)

CLARO

OI

OI

OI

3 8 ,1 31,9

29,6

2 7, 5 ,2 2 1,7 22 18

Seleção das melhores medições individuais

11,7

Vivo

Claro

DOWNLOAD (M BPS)

Oi

TIM

UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

MÉDIA DE VELOCIDADE NOS ESTÁDIOS MINEIRÃO

30,3

BELO HORIZONTE

FONTE NOVA

21,5 20,9 22,2 22,5

SALVADOR

ITAQUERÃO SÃO PAULO

MARACANÃ RIO DE JANEIRO

CASTELÃO FORTALEZA

MANÉ GARRINCHA

17,7

BRASÍLIA

19,9 23,7 20,3

0 5 9

14,7 11 9

VELOCIDADE DE DOWNLOAD (M BPS)

VELOCIDADE DE UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

38,1 33,4

25,8 19,5

18

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0 6 0

LONGE DO TOPO O SERVIÇO DA CLARO LIDERA EM SÃO PAULO, SEGUIDO PELO DA TIM. MAS A REDE 4G PAULISTANA SÓ ESTÁ MELHOR DO QUE A DO RIO DE JANEIRO. AS DUAS CIDADES REGISTRARAM AS PIORES MARCAS

CLARO TIM

20,6

OI

18,1

VIVO

11,4 VELOCIDADE DE DOWNLOAD (M BPS)

11,6

VELOCIDADE DE UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

VIDA REAL NOS APPS

25S 3MIN08S 1MIN03S

1MIN19S

PARA BAIXAR UM APP DE 25,5 MB

PARA PUBLICAR 5 FOTOS DE 16 MP (32,9 MB)

PARA ENVIAR UM VÍDEO DE 5,7 MB

PARA ATUALIZAR O PERFIL COM 10 FOTOS EM ALTA (70,1 MB)

CLARO

OI

OI

TIM

Seleção das melhores medições individuais

FOTO GERMANO LÜDERS

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SÃO PAULO 27,1

16,2 12,7 11,8

NO ESTÁDIO

ITAQUERÃO É RÁPIDO PARA AS REDES SOCIAIS DENTRO DO ESTÁDIO DO CORINTHIANS, POSTAR UM VÍDEO EM FULL HD LEVARIA APENAS 28 SEGUNDOS PELA REDE DA CLARO 40,3 33,9

30,2

19,6

22 1 7, 5

1 7, 2 8,6

Claro

TIM

DOWNLOAD (M BPS)

Oi

Vivo

UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

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0 6 2

FORTALEZA CIDADE É VICE LÍDER EM VELOCIDADE A CLARO OBTEVE NA CAPITAL CEARENSE AS MELHORES MÉDIAS PARA BAIXAR E ENVIAR ARQUIVOS. A VELOCIDADE SÓ NÃO É TÃO BOA QUANTO NA CAMPEÃ BELO HORIZONTE

CLARO

37,6

VIVO

23,1

TIM

18,1

OI

16,5 VELOCIDADE DE DOWNLOAD (M BPS)

17,4

10,5 13,4 13,4 VELOCIDADE DE UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

VIDA REAL NOS APPS

NO ESTÁDIO

CASTELÃO REGISTRA BOAS MARCAS

17S

2MIN45S

PARA BAIXAR UM APP DE 25,5 MB

PARA PUBLICAR 5 FOTOS DE 16 MP (32,9 MB)

CLARO

OI

1MIN16S

1MIN40S

PARA ENVIAR UM VÍDEO DE 5,7 MB

PARA ATUALIZAR O PERFIL COM 10 FOTOS EM ALTA (70,1 MB)

CLARO, OI E VIVO

OI

NO ESTÁDIO DE FORTALEZA, TODAS AS MÉDIAS DE DOWNLOAD FICARAM ACIMA DE 20 MBPS 23,7

21,6

11,4

24

20,8 1 3 ,1

13,6 5,9

TIM

Claro

DOWNLOAD (M BPS)

Oi

Vivo

UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

Seleção das melhores medições individuais

FOTO LUIS MORAIS

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4/24/14 11:11 PM

NO ESTÁDIO

UMA BOA PRÉVIA DA COPA COM O ESTÁDIO LOTADO, NA FINAL VITÓRIA X BAHIA, PELO CAMPEONATO BAIANO, A CONEXÃO 4G FICOU INSTÁVEL. MAS A CLARO REGISTROU ÓTIMAS MARCAS 38,7

14S PARA BAIXAR UM APP DE 25,5 MB

35,6

CLARO 22,3 16,3

15,6

18,9

7, 8 6 , 8

Claro

Oi

TIM

DOWNLOAD (M BPS)

Vivo

UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

MEU REI 4G COM DOWNLOAD QUE BATEU EM INCRÍVEIS 34,5 MBPS, O QUE PERMITE BAIXAR 10 FAIXAS DE UMA BANDA EM 16 SEGUNDOS, A CLARO SE DISTANCIOU DAS CONCORRENTES

CLARO

34,5

VIVO

17,3

TIM

14,5

OI

12,7 VELOCIDADE DE DOWNLOAD (M BPS)

14,3

11,3 13,6 15 VELOCIDADE DE UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

FOTO EDSON RUIZ

SALVADOR

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4/24/14 11:11 PM

BRASÍLIA AINDA DÁ PARA MELHORAR NO DISTRITO FEDERAL, OS BAIRROS DISTANTES DAS ÁREAS NOBRES JOGAM AS TAXAS PARA BAIXO. ENTRE AS OPERADORAS, A CLARO LIDERA, SEGUIDA DE LONGE PELA VIVO

CLARO

34,3

VIVO

21,2

OI

18

TIM

15,2 VELOCIDADE DE DOWNLOAD (M BPS)

16

12,1 11

6,5 VELOCIDADE DE UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

14S

NO ESTÁDIO

PARA BAIXAR UM APP DE 25,5 MB

CLARO

INTERNET LENTA NO MANÉ GARRINCHA CLARO E TIM APRESENTARAM VELOCIDADES BAIXAS MESMO COM O ESTÁDIO VAZIO, MAS A VIVO SURPREENDEU 25,8 18,2

1 7, 6

16,3 12,7

0 6 4

3MIN39S

10,9 4,8 0,2

Vivo

Oi

DOWNLOAD (M BPS)

Claro

PARA PUBLICAR 5 FOTOS DE 16 MP (32,9 MB)

TIM

TIM

UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

FOTO BETINA NEVES

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4/24/14 11:12 PM

VIDA REAL NOS APPS

NO ESTÁDIO

NOVO E LIGEIRO

15S

1MIN50S

PARA BAIXAR UM APP DE 25,5 MB

PARA PUBLICAR 5 FOTOS DE 16 MP (32,9 MB)

OI

NAVEGAR RÁPIDO NO RIO? SÓ SE FOR NAS IMEDIAÇÕES DO MARACANÃ. A CLARO LIDERA EM DOWNLOAD E A OI FOI BEM EM UPLOAD 29,8

28,8

26 1 7, 6

OI

1 7, 5

16,5

6,6

Claro

Oi

DOWNLOAD (M BPS)

Vivo

4 ,7

TIM

UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

57S

58S

PARA ENVIAR UM VÍDEO DE 5,7 MB

PARA ATUALIZAR O PERFIL COM 10 FOTOS EM ALTA (70,1 MB)

VIVO

VIVO

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Seleção das melhores medições individuais

CIDADE MARAVILHOSA NA LANTERNA O 4G NO RIO DE JANEIRO É O MAIS LENTO ENTRE AS SEIS CIDADES SEDE DA COPA VISITADAS. A VIVO TEM AS TAXAS DE DOWNLOAD MAIS ELEVADAS, E O MELHOR UPLOAD É O DA OI

VIVO

25

CLARO

18,9

OI

13,3

TIM

13,9 VELOCIDADE DE DOWNLOAD (M BPS)

9,5 9 14,4

4,6 VELOCIDADE DE UPLOAD (M BPS)

Médias aferidas com a ferramenta Simet (Sistema de Medição de Tráfego de Última Milha), do NIC.br.

RIO DE JANEIRO IN341_4G.indd 65

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INOVAÇÃO

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O ESTRANHO CASO DO BANNER QUE TE PERSEGUE

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AO EXIBIR ANÚNCIOS ASSOCIADOS À NAVEGAÇÃO, O RETARGETING IRRITA CONSUMIDORES E JÁ COMEÇA A SER REPENSADO PARA DAR LUGAR A MODELOS ONLINE MAIS EFICAZES DE MARKETING PERSONALIZADO * POR RAFAEL KATO

* ILUSTRAÇÃO MAGENTA KING

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CAROLINA TEM 21 ANOS 0 6 8

e sente-se incomodada quando anúncios a perseguem ao navegar na internet. São frequentemente produtos que um dia ela consultou, mas que não tem interesse em comprar. “É desconfortável um banner me lembrar de um produto que eu já pesquisei”, afirma Carolina. Sofia, 23 anos, também é seguida por anúncios de e-commerce quando navega. “Entendo que eles queiram que eu compre, mas não é algo que me atrai”, afirma. Sofia e Carolina não são jovens paranoicas, que se sentem perseguidas por coisas estranhas na internet. Elas só estão passando por uma experiência de retargeting, que muitos inter nautas vivenciam hoje. Você já deve ter percebido que um determinado anúncio sempre aparece nas páginas que está visitando, mesmo em sites

EFICIÊNCIA PODE AUMENTAR APESAR DE INVASIVO, O RETARGETING GERA RESULTADOS

internacionais. Pode ser publicidade de tênis, roupas, livros, gadgets e até uma sinistra panela de pressão ou uma cafeteira com preço bem menor do que aquele que você acabou de pagar. Trata-se de uma estratégia para que serviços de e-commerce aumentem suas vendas.

O processo para que determinado anúncio entre em seu encalço costuma ser simples. Visite uma loja online, clique em um produto qualquer e decida não comprá-lo. Pronto, isso bastará para que a mercadoria seja exibida para você em páginas de notícias e em sites de humor, em blogs e ainda no YouTube e no Facebook. No fim, ou você compra o produto, ou fica tão irritado quanto Carolina e Sofia.

Pior ainda quando você já comprou o produto e, mesmo assim, ele continua no seu pé, seguindo seus passos pela web. É justamente esse desconforto a que os consumidores estão submetidos que começa a preocupar pesquisadores, agências de publicidade e empresas de tecnologia. Como usar melhor o retargeting?

As duas garotas que ilustram a abertura desta reportagem aparecem em um estudo feito pela Lund University, da Suécia, sobre a perspectiva dos consumidores em relação ao marketing personalizado. Embora critiquem o uso indiscriminado do retargeting, as pessoas ouvidas pelo estudo afirmam que teriam mais chance de consumir os produtos de uma empresa se as campanhas digitais fossem mais individualizadas, e não apenas baseadas em históricos de navegação.

O que esses consumidores desejam é uma relação tão exclusiva quanto aquela que nossos avós tinham ao frequentar a mesma mercearia por 50 anos. O dono da mercearia conhecia seus hábitos e preferências, sabia quanto eles podiam gastar e o que provavelmente estava faltando na despensa.

2%

9%

128%

É A MÉDIA DE USUÁRIOS QUE FAZEM COMPRA NA PRIMEIRA VISITA A UM SITE DE E COMMERCE

É PARA QUANTO SOBE, COM O RETARGETING, A CONVERSÃO EM COMPRA NA PRIMEIRA VISITA

É A CONVERSÃO EM VENDAS DAS EMPRESAS DE TELECOM AMERICANAS QUE USAM RETARGETING

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No mundo digital, esse nível de detalhamento não está tão distante assim da experiência personalizada de nossos avós. Pelo menos é o que acredita Cristian Gallegos, um dos sócios da S1mbi0se, uma DMP (sigla de data management platform), empresa que oferece uma camada de inteligência para quem compra e vende anúncios na internet.

“Pegue o exemplo de roupas íntimas femininas. É um produto com certo tempo de vida útil. Com tecnologia, poderemos impactar a consumidora não depois de ter comprado uma peça, mas daqui a três meses, quando estiver precisando adquirir uma nova. Essa é a evolução do retargeting, pois você passa a ser relevante para o consumidor e deixa de incomodá-lo”, afirma.

A EMPRESA DE GALLEGOS combina dados de diferentes fontes, como da companhia de crédito Check Express, e possui uma interface que possibilita puxar outras informações, como o cadastro de clientes e os atendimentos do SAC de um e-commerce. Tudo isso pode ser cruzado com os cookies deixados na máquina dos usuários, entregando, assim, campanhas

publicitárias mais inteligentes. “O desafio é associar uma informação offline, que está num banco de dados, com um cookie. Conseguimos isso com uma rede de sincronizadores, como plataformas de e-commerce, e dados dos próprios clientes. Isso faz com que o sistema associe o cookie a uma informação como nome, e-mail ou CPF”, diz Gabriel Menegatti, sócio de Gallegos na S1mbi0se. Segundo ele, todo o processo é criptografado, impossibilitando, assim, o acesso às informações pessoais dos usuários.

Presidente da startup Melt, o engenheiro de computação Guilherme Mamede também trabalha para aperfeiçoar o retargeting. “Existem vários fatores que aumentam a conversão para uma audiência de retargeting. Um deles é a latência. Quanto mais tempo passar da primeira visita, menos a pessoa estará disposta a comprar um produto. Isso possibilita fazer campanhas mais inteligentes, sem incomodar quem navega”, diz Mamede, que formou uma equipe na startup que inclui matemáticos. Ao analisar estatísticas,

37%

9%

224 milhões

É O INCREMENTO DE VENDAS ALCANÇADO PELA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA AMERICANA COM O RETARGETING

DOS ANÚNCIOS NO MUNDO DEIXAM DE SER EXIBIDOS POR CAUSA DE BLOQUEADORES DE PUBLICIDADE

DE USUÁRIOS ÚNICOS AO MÊS É A AUDIÊNCIA DA ADDTHIS, A MAIOR REDE DE ANÚNCIOS WEB DO MUNDO, SEGUNDO A CONSULTORIA COMSCORE

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COMO FUNCIONA O RETARGETING ENTENDA COMO PROPAGANDAS DA INTERNET USAM O HISTÓRICO DE NAVEGAÇÃO PARA EXIBIR PRODUTOS

2

1

LOJA X

0 7 0

Usuário entra em um e-commerce e um cookie é gravado no computador

Os cookies registram a navegação pelos produtos. Usuário sai do site sem comprar

4

3

LOJA X

LOJA X

Interessado no anúncio, o usuário clica no banner e é levado de volta para o e-commerce

Ao entrar em outro site, a plataforma de anúncio confere os cookies e exibe um banner relacionado

PARA ESCAPAR DOS BANNERS TRÊS FORMAS DE DRIBLAR A PERSEGUIÇÃO

DONOTTRACKME Extensão para o navegador Mozilla que, além de mostrar quem está acompanhando seus rastros, consegue bloquear a exibição de publicidade

TERMS OF SERVICE DIDN’T READ Extensão para Chrome e Firefox que mostra de forma simples se os termos de uso de um site permitem a captura de dados pessoais

DISCONNECT Para os navegadores Chrome e Firefox, a extensão não permite que sites acompanhem sua navegação nem gravem o histórico de pesquisa

a Melt também chegou a uma fórmula de frequência de exibição de um banner versus sua efetividade, além de dar pesos diferentes para o histórico de navegação. “Alguém que desistiu de comprar quando já estava no carrinho de compras tem uma chance maior de voltar do que aquele que só visitou a página principal”, afirma Mamede.

A MELT É UMA DSP, sigla para demand-side platform. Ela fica no meio do caminho entre anunciantes ou agências de publicidade e grandes marketplaces de anúncios, como o Google. Para entender como funciona esse tipo de tecnologia, faça uma analogia com a compra e a venda de ações nas bolsas de valores.

As DSPs atuam como os brokers, intermediários da cadeia. Assim, cada vez que um internauta entra em um site com espaço para publicidade é feita uma espécie de leilão em tempo real.

As DSPs fazem lances para cada um desses espaços, como os brokers. Quem paga mais exibe a propaganda criada pela agência de publicidade, que, nessa comparação, seria como um investidor.

Tradicionalmente, o que se faz é checar se o visitante é um internauta que recentemente pesquisou por algum produto na web. Caso a resposta seja positiva, a DSP, como o broker, faz um lance maior, levando, portanto, o direito de exibir o anúncio do cliente.

Ao combinar mais dados, como faz a S1mbi0se, ou ao utilizar estatísticas, como no caso da Melt, as DSPs podem realizar lances mais certeiros. E, por serem mais precisas e entregar um resultado melhor, podem também cobrar mais pelo serviço.

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“Acertar a pessoa certa da forma certa pode gerar dispersão praticamente zero. Assim, uma campanha de livros, por exemplo, não será mostrada a uma pessoa que não tem o hábito de ler”, afirma Gallegos, da S1mbi0se.

PARA DEFENDER A NECESSIDADE de utilização de seus serviços, essas novas empresas argumentam que os responsáveis por gerenciar campanhas online desperdiçam a verba dos anunciantes quando não optam pela utilização de meios mais certeiros de atingir o público-alvo. “São poucas as DSPs que estão investindo em inteligência para saber quando devem ou não

possam ampliar sua forma de atuação para chegar a outros usuários que não os óbvios. Para isso, entra em cena outro tipo de serviço, prestado pelas chamadas trading desks.

Trata-se de uma nova tendência usada por agências de publicidade de Nova York que começa a chegar ao país. Sua lógica de funcionamento também pode ser comparada à do mercado financeiro. Se as DSPs atuam como brokers, as trading desks são uma espécie de Gordon Gekko, o especulador vivido por Michael Douglas no filme Wall Street. As trading desks são responsáveis pela estratégia global dos anúncios. Definem em quais

QUANDO UM ANÚNCIO ATINGE A PESSOA CERTA NO MOMENTO CERTO, A DISPERSÃO É PEQUENA. MAS É PRECISO TECNOLOGIA PARA PERSONALIZAR AS CAMPANHAS comprar mídia. Elas estão maximizando a receita ao comprar sempre espaços em que o usuário está ‘tagueado’, por isso existe essa sensação de que determinado anúncio o está perseguindo”, diz Guilherme Mamede.

Mesmo que a inteligência por trás da publicidade online melhore, resta ainda muito trabalho a ser feito para que os anunciantes consigam ter uma comunicação personalizada com seus consumidores e para que

lugares eles devem aparecer e, o mais importante, podem fazer com que companhias distintas troquem dados.

A paulistana 2action é uma trading desk que tem como clientes diretos a operadora Vivo e o banco Itaú, além de agências de publicidade tradicionais, como a DM9DDB e a Africa. Sua meta é qualificar as entregas e fugir

do retargeting persecutório. “Se o retargeting for mal trabalhado, ele pode ser comparado ao pop-up”, afirma Ernani Araújo, cofundador da 2action, referindo-se ao velho formato odiado pelos usuários e agora em desuso. Para Araújo, essa tecnologia se tornará commodity, e o que fará realmente a diferença será o planejamento.

0 7 1

HÁ AINDA OUTRAS ESTRATÉGIAS nessa área, como a desenvolvida pela E.Life, empresa que monitora e faz gestão de mídias sociais. Sua joia da coroa é um sistema capaz de analisar um volume grande de dados vindos de redes sociais, como Facebook, Twitter e Google+. Com isso, é possível ir além de históricos de navegação, informações bancárias ou registros de call center e chegar àquilo que o consumidor faz e diz na vida real, estabelecendo relações menos evidentes com as marcas.

Com esses dados em mãos, os clientes podem decidir por um retargeting com base não em seus produtos, mas em artigos de empresas de outros setores. “Podemos descobrir que quem come Hot Pocket toma Coca-Cola. E que quem consome é o jovem, mas quem compra é a mãe. A função é entregar o que não é óbvio”, afirma Breno Soutto, coordenador de inteligência da E.Life.

Anúncios menos óbvios estão entre os pedidos feitos pelos entrevistados no estudo da Lund University, como as garotas Carolina e Sofia. Além disso, a pesquisa também mostra que os consumidores querem mais privacidade, algo que combina cada vez menos com o mundo da personalização e do retargeting. Com os novos modelos, o internauta deixará de ser perseguido por banners com panelas de pressão ou tênis para ser seguido por algoritmos, o que tornará a publicidade online muito mais sofisticada e precisa. �

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INOVAÇÃO

COM A PROMESSA DE GERAR PRAZER SEM PREJUDICAR A SAÚDE, O CIGARRO ELETRÔNICO VIROU CULT. MAS SERÁ QUE É INOFENSIVO? VEJA COMO FUNCIONAM OS E-CIGS E POR QUE CONQUISTAM CADA VEZ MAIS USUÁRIOS * POR MARCUS VINÍCIUS BRASIL

* FOTOS MARCUS HAUSSER

FACEBOOK.COM/REVISTAINFO

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A POLÊMICA FUMAÇA ELETRÔNICA 0 7 3 FACEBOOK.COM/REVISTAINFO

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Envolvido por uma nuvem de vapor,

0 7 4

o ator Stephen Dor� observa de uma sacada o horizonte apinhado de arranha-céus enquanto o sol se põe alaranjado atrás, numa bela cena de cinema. Dor� tem entre os lábios um bastão metálico preto, com a ponta de luz azul, que acende conforme ele aspira o ar. Ao fundo, o ator narra em o�: “Para nós, fumantes, os tempos mudaram.

Mas algumas coisas continuam iguais. Nosso desejo de explorar. De se aventurar.

De caminhar sem fronteiras. Com Blu podemos ser nós mesmos. Afinal, este país foi fundado sobre a liberdade. Agarre-a. Persiga-a. Apanhe de volta sua liberdade”.

A sensação do espectador é de estar de volta ao passado, a uma época em que a publicidade de tabaco ainda era permitida e apelava para uma suposta busca de liberdade. O vídeo faz parte de uma campanha da fabricante de cigarros eletrônicos Blu. Também chamados e-cigs, eles são parecidos com os cigarros comuns, do formato do bastão à estratégia de marketing. A diferença está na promessa de proporcionar o prazer da nicotina sem prejudicar a saúde. Mas será que é isso mesmo?

Há registros da tecnologia de cigarros eletrônicos desde os anos 60, mas o formato moderno surgiu na China, em 2003, como uma alternativa terapêutica para quem tentava parar de fumar. Hoje, os cigarros eletrônicos invadiram o mercado americano e são bem mais sofisticados do que os primeiros modelos, meio desajeitados. Eles funcionam com bateria recarregável, que ativa um dispositivo que aquece uma solução de nicotina, inalada pelo usuário na forma de vapor. Não há combustão, o que poupa os pulmões do monóxido de carbono e de substâncias tóxicas geradas pela queima do tabaco, como o alcatrão. Estima-se que o produto movimentará 1,5 bilhão de dólares nos Estados Unidos neste ano. Enquanto isso, a FDA, agência reguladora do país, discute seu impacto sobre o mercado e a população.

Os e-cigs viraram moda. Eles aparecem em seriados como House of Cards, entre os dedos de celebridades que se tornaram evangelistas, como o ator Stephen Dor� e a atriz Jenny McCarthy. Há produtores de música eletrônica compondo faixas sobre o ato de “vaporizar”, e usuários customizam seus cigarros com pinturas e modificações, como as que imitam sabres de luz e controles de Super Nintendo.

No Brasil, o cigarro eletrônico foi banido em 2009 pela Anvisa, o que faz proibidas sua importação, venda e propaganda, apesar de o uso pessoal ser liberado. Tem sido cada vez mais comum ver gente fumando e-cigs. “O cigarro eletrônico não é uma solução terapêutica”, diz a doutora Jaqueline Issa, cardiologista e diretora do programa de tratamento de tabagismo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de

São Paulo (InCor) . “O tratamento convencional tem como objetivo libertar a pessoa da dependência da nicotina, o que o cigarro eletrônico não faz.” A médica diz que os níveis de nicotina em alguns bastões eletrônicos são até mais altos, potencializando o efeito viciante.

Há também o problema das nitrosaminas, substâncias cancerígenas resultantes da metabolização da nicotina pelo organismo. De acordo com a médica, a ausência de combustão livra o usuário de substâncias tóxicas, mas isso não é suficiente para fazer do cigarro eletrônico uma alternativa segura. Estudos em andamento devem lançar uma nova luz sobre a questão, e o próprio InCor aguarda a liberação de verba para começar a fazer testes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lembra que o consumo excessivo de nicotina pode resultar até em envenenamento, no caso de crianças.

Mas para o casal Ingryd Ribeiro, 20 anos, e Leonardo, 34, fundadores da loja virtual Saúde Vapor, os cigarros eletrônicos podem salvar vidas e representam um mercado lucrativo. Sua história com o cigarro começou há um ano, quando a avó de Ingryd, que trabalha na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo, comprou um modelo chinês e deu para Leonardo experimentar.

Moradores da zona norte de São Paulo, Ingryd e Leonardo começaram, então, a vender os cigarros com a ajuda de uma página no Facebook e de amigos. Compravam por 120 reais um kit com dois cigarros eletrônicos e vendiam cada bastão pelos mesmos 120 reais, o que duplicava a receita.

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“O negócio tomou uma proporção grande”, disse Ingryd a INFO. O casal decidiu, então, pelo e-commerce, para expandir a venda por todo o Brasil.

Usando o Mercado Livre, em agosto do ano passado a venda ganhou escala. Eram comercializadas diariamente 15 caixas pelo site, a 200 reais cada.

A importação também começou pela internet. Pesquisando no Google, os empreendedores encontraram fornecedores americanos e chineses.

E m novembro, eles come ç aram a desenhar o próprio site de e-commerce, e hoje a loja Saúde Vapor movimenta cerca de 100 000 reais por mês, segundo Ingryd. O nome faz parte de uma estratégia de marketing do casal, que acredita que o produto pode exercer impacto na saúde dos fumantes. “As pessoas querem melhorar a qualidade de vida”, diz Leonardo.

“Elas gostam de nosso produto, e ele é uma ameaça ao cigarro tradicional.”

Inaugurada em fevereiro, a loja comercializa kits e acessórios. “Hoje temos cerca de 40 vendedores no Brasil, do Amazonas ao Rio de Janeiro”, diz Ingryd, que envia os cigarros pelos Correios. Para anunciar o produto, eles utilizam a plataforma de anúncios do Google. A estratégia foi tão bemsucedida que, quando a demanda está muito alta, eles retiram a campanha do ar para dar conta das entregas.

Mas produtos cuja propaganda é proibida no Brasil podem estar no Google? A princípio, não. “As políticas do AdWords não permitem a promoção desse tipo de produto”, diz o Google.

Ao buscar cigarros eletrônicos, no entanto, INFO encontrou o anúncio da Saúde Vapor no topo dos resultados.

A Anvisa prevê multa de até 1,5 milhão de reais pela apreensão de cigarros eletrônicos que não sejam para uso pessoal. Mas admite

OS E-CIGS EA CULTURA POP OS CIGARROS ELETRÔNICOS INVADIRAM A TV, O MUNDO DAS CELEBRIDADES E A MÚSICA

� house of cards Na trama da série política produzida pela Netflix, o vice-presidente Frank Underwood, vivido por Kevin Spacey, experimenta um cigarro eletrônico. Mas volta ao antigo bastão de tabaco.

� stephen dorff e jenny mccarthy O ator e a atriz emprestam sua imagem à fabricante Blu para divulgar seus cigarros eletrônicos. Dorff atuou nos filmes Inimigos Públicos e World Trade Center. Jenny é mais conhecida pela comédia Todo Mundo em Pânico. � música eletrônica Um grupo de artistas criou uma coletânea de músicas que resume a “estética” do movimento e-cig nos Estados Unidos. As faixas são eletrônicas, com passo lento.

Ouça em http://bit.ly/1evMDji. � mods Muitos modificam o design dos cigarros eletrônicos. Algumas transformações imitam o cabo do sabre de luz e o controle de um Super Nintendo.

que é difícil fiscalizar a comercialização. “A internet é uma terra sem lei”, diz Ana Cláudia Andrade, gerente-geral de produtos derivados do tabaco da Anvisa. “Quando são objetos de auto de infração, alguns atendem à notificação e retiram o site do ar. Mas o monitoramento é difícil.”

Ingryd afirma nunca ter recebido uma notificação. Leonardo não teme um eventual bloqueio à página.

“Se fecharem o site, vamos vender na rua.” O negócio enfrenta ainda perdas com apreensões na importação, que, segundo Leonardo, podem chegar a 45 000 dólares. Mas ele não perde o entusiasmo. “Nosso foco não é comprar uma casa luxuosa, um Lamborghini.

Reinvestimos tudo no negócio”, afirma.

Enquanto pequenos importadores buscam oportunidades, as grandes do tabaco se apressam para entrar nesse mercado. Em 2012, a Blu foi comprada por 135 milhões de dólares pela americana Lorillard. Em setembro de 2013, a Imperial Tobacco Group, segunda maior da Europa, comprou a divisão de e-cigs da Dragonite International.

Na opinião de Ana Cláudia, da Anvisa, o maior risco dessa nova tecnologia é gerar um retrocesso nas políticas de combate ao tabagismo. “Há estudos mostrando que existe um uso duplo: usuários que fumam o cigarro normal e optam pelo eletrônico em áreas proibidas para o normal”, diz. O debate sobre o impacto dessa tecnologia na saúde deve ficar mais aquecido.

Enquanto isso, trocar a fumaça pelo vapor ainda é uma decisão arriscada. �

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INOVAÇÃO

O QUE TORNA UMA EMPRESA INOVADORA? Nas próximas páginas, você vai entender a importância desta questão e encontrar boas respostas nas dez empresas mais inovadoras do Brasil, segundo pesquisa realizada pela INFO em parceria com a ESPM. Para selecionar os nomes que compõem o ranking e mostrar o esforço de inovação das empresas que atuam no Brasil, elaboramos um questionário com 75 perguntas, construído com base nas referências mais recentes sobre processos inovadores. Enviado a um grupo de 300 empresas de todo o país, o questionário procurou identificar o potencial de inovação e os resultados atingidos com processos inovadores.

As respostas foram, então, analisadas pelos especialistas do Núcleo de Estudos de Mercados de Alta Tecnologia da ESPM. Uma equipe de jornalistas da INFO saiu a campo para visitar as empresas que melhor se classificaram.

“O resultado da pesquisa nos permite inferir que a inovação, em seu sentido mais amplo, é um dos pilares que sustentam o crescimento e o sucesso dessas empresas, inde-

pendentemente do porte ou do setor em que atuam”, afirma Richard Lucht, diretor-geral da ESPM-Sul e coordenador do levantamento. “Vimos que a inovação não aparece apenas em seu formato mais tradicional, como em novos produtos, mas transcende a própria cultura dessas empresas.”

Ficou claro ainda que as finalistas condicionam os investimentos em inovação à geração de resultados financeiros concretos, além de serem ótimas referências para profissionais que buscam atuar em companhias tecnologicamente avançadas, e que dão cada vez mais importância às áreas de pesquisa e desenvolvimento.

Conheça aqui as dez empresas mais inovadoras do país e tenha esse grupo no radar quando pensar em seu novo trabalho. Afinal, pode fazer toda a diferença para sua carreira atuar em companhias disruptivas e inovadoras.

Veja ainda em info.abril.com.br/extras mais detalhes sobre a metodologia da pesquisa e o que significa cada um dos pilares da inovação analisados para compor o ranking.

* POR FILIPE SERRANO E THIAGO TANJI

ILUSTRAÇÃO ARTNET DIGITAL

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INOVAÇÃO USADA PARA COLOCAR MAIS TECNOLOGIA NOS PROCESSOS E PRODUTOS A COMPLEXIDADE DO PAGAMENTO COM CARTÃO EXIGE MUITA TECNOLOGIA

UMA CONSTRUTORA QUE SE ALIA A STARTUPS PARA INCORPORAR NOVAS IDEIAS

ESTRATÉGIA DE INOVAÇÃO EM TODA A CADEIA DE PRODUÇÃO

ÁREAS DE PESQUISA CADA VEZ MAIS FORTES TAMBÉM NO BRASIL

INFRAESTRUTURA MODERNA DE REDE PARA MELHORAR A COMUNICAÇÃO

ALTA TECNOLOGIA APLICADA À SAÚDE, À AGRICULTURA E A PRODUTOS QUÍMICOS PESQUISA NO BRASIL PARA CRIAR UM PLÁSTICO VERDE INÉDITO NO MUNDO

ESFORÇO PARA DESENVOLVER SOLVENTE SEM COMPONENTE TÓXICO

LABORATÓRIO CRIA NOVOS SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO

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EMPRESA WHIRLPOOL ORIGEM ESTADOS UNIDOS FUNCIONÁRIOS 15 800 SETOR ELETRODOMÉSTICOS DESTAQUE PROCESSO DE INOVAÇÃO APLICADO AO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS PARA UMA EMPRESA QUE PRETENDE lançar 180 produtos apenas neste ano, a inovação está obrigatoriamente em todos os detalhes, do planejamento à análise dos resultados. Melhor entre as melhores na pesquisa As Empresas Mais Inovadoras do Brasil, a Whirlpool, dona das marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, coloca a inovação no centro da estratégia de negócio. Resultado: cerca de 40% dos eletrodomésticos à venda hoje foram lançados nos últimos três anos. E mais da metade inclui alguma tecnologia inédita no mundo. Ao todo, os produtos inovadores representaram um quarto do faturamento em 2013.

Dois modelos inéditos lançados neste ano são um minirrefrigerador para gelar cerveja e um micro-ondas com um acessório para fazer sanduíches tostex. Prevista para este mês, uma nova lavadora de roupas Consul ganhou uma tampa no agitador que serve como recipiente para o sabão. “A diluição acontece embaixo do cesto, quando a água entra, o que evita manchas. Do ponto de vista da inovação, é algo simples.

Mas é exclusivo, está patenteado e faz muita diferença para o consumidor”, afirma

Fernando Szewkies, coordenador do Centro de Tecnologia em Lavanderia, em Rio Claro, no interior de São Paulo ( foto). O laboratório é um dos quatro centros de pesquisa no Brasil, e neles trabalham 700 técnicos e engenheiros.

Identificar uma necessidade das pessoas é o passo inicial para criar um produto. Para isso, a empresa analisa hábitos de voluntários em sua casa ou em salas que simulam o ambiente doméstico. Em 2013, foram 280 horas de estudos. Além disso, 600 promotores de vendas, em lojas de 200 cidades, usam tablets para relatar desejos e dificuldades de clientes. Todos os dias são captados dados de 12 000 pessoas.

As equipes depois transformam ideias em produtos ou melhorias. “No processo são consultadas por volta de

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COMO NASCE UM PRODUTO

13 áreas. Isso abrange 800 funcionários e parceiros externos, entre clientes, fornecedores, consultorias e universidades”, diz Vitor Bertoncini, diretor de marketing de estratégia e inovação da Whirlpool. Um comitê avalia se o produto é inovador. São quatro os requisitos para isso: ser único, sustentável, atender a uma necessidade do consumidor e dar retorno financeiro positivo.

A estratégia é definida por um método adotado em 2011, chamado Growth & Innovation. Ele surgiu da constatação de que a linha branca precisava se diferenciar para aumentar o desejo e a fidelidade do consumidor, e assim trazer mais lucros. Daí veio o maior investimento em pesquisa. Hoje a Whirlpool é a empresa privada com o maior número de patentes depositadas no país (perde apenas para a estatal Petrobras). Em 2013, foram 86.

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pesquisa Estudos com consumidores de eletrodomésticos identificam necessidades

desenvolvimento Equipes se reúnem para pensar em melhorias e produtos lucrativos resultados Um comitê avalia se a solução é uma inovação disruptiva (inédita no mundo) ou incremental (melhora do que já existe).

Um quarto do faturamento vem de produtos inéditos

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EMPRESA CIELO ORIGEM BRASIL FUNCIONÁRIOS 1 500 SETOR PAGAMENTOS ELETRÔNICOS DESTAQUE RÁPIDA ADOÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS OS PAGAMENTOS COM CARTÃO de débito ou crédito no país mais do que dobraram nos últimos cinco anos. Em 2014, a previsão é de mais um recorde: as transações devem ultrapassar a marca de 10 bilhões, movimentando 980 bilhões de reais, ou um quinto da riqueza produzida no Brasil. Mais da metade dessas transações passa por 1,8 milhão de máquinas da Cielo, presentes em 99% dos municípios. No Natal de 2013, foram 1 000 transações por segundo, um recorde.

Gerenciar todo esse volume exige investimento pesado em tecnologia, que soma 1 bilhão de reais em dois anos. A empresa precisa garantir o funcionamento correto e seguro das máquinas e dar suporte a donos de lojas. Também é responsável pela autenticação e validação dos pagamentos, processo que precisa ser realizado em segundos. Passam ainda pelo sistema da Cielo pagamentos com vale-refeição e compras pela internet feitas com cartão, que são quase três quartos das vendas do e-commerce.

“Em mercados competitivos, é preciso se reinventar diariamente para garantir a sustentabilidade do negócio, e isso passa pelo engajamento do time para enxergar inovação nos processos e no incremento dos produtos”, diz Rômulo Dias, presidente da Cielo.

A empresa aposta constantemente em novas tecnologias. Neste ano, de olho nos turistas que virão para a Copa, as máquinas terão opção de converter o valor para mais de 100 moedas estrangeiras. As informações aparecem em inglês, espanhol ou francês.

Outra novidade é o Cielo Mobile, aplicativo para que profissionais liberais, como médicos, recebam pagamentos com cartão sem a necessidade da máquina tradicional.

Hoje, 25 000 clientes usam o aplicativo.

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EMPRESA TECNISA ORIGEM BRASIL FUNCIONÁRIOS 3 500 SETOR CONSTRUÇÃO CIVIL DESTAQUE PARCERIAS COM STARTUPS PARA CRIAR NOVOS PROCESSOS A REUNIÃO HAVIA COMEÇADO às 10h30 de uma quarta-feira, no início de abril. Sentado no centro de várias mesas em U estava o fundador de uma startup. Ele tinha 10 minutos, cronometrados num tablet, para apresentar sua empresa e outros 10 para responder a perguntas de 11 executivos.

Apresentações como essa são comuns em eventos de tecnologia, mas a reunião acontecia no escritório da construtora Tecnisa, em São Paulo, numa cena já comum na empresa.

Todos os meses são selecionados de oito a 12 empreendedores para participar de encontros chamados Fast Dating.

Em dois anos, 38 negócios foram fechados. Um dos recentes foi com uma empresa que faz filmagens com drones (foto). “Os fundadores vieram numa quarta-feira, na sexta já estavam filmando a obra, e o material foi para o ar após algu-

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mas semanas”, diz Romeo Busarello, diretor de marketing da Tecnisa. “O Fast Dating dá frescor à empresa. Permite o acesso a gente jovem que está empreendendo por provocação.”

Outro projeto inovador foi o sistema de gerenciamento de clientes, adotado há um ano. Os corretores passaram a ter uma central para organizar o relacionamento com compradores em potencial. “O sistema mostra o nome do cliente, quando entrou em contato, como foi a negociação, qual corretor o atendeu, onde o atendeu, o que chamou a atenção. Arquiva todo o histórico”, diz Gustavo Reis, gerente de marketing da Tecnisa. Hoje são 82 000 pessoas na base de dados. A aposta no digital tem sido positiva: 43% da receita de 2013 foi gerada pelas vendas em canais de atendimento eletrônico, como o serviço pela internet, um recorde na história da empresa.

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EMPRESA DOW BRASIL ORIGEM ESTADOS UNIDOS FUNCIONÁRIOS 2 700 SETOR PRODUTOS QUÍMICOS DESTAQUE POLÍTICA DE INOVAÇÃO FOCADA EM TODA A CADEIA DE PRODUÇÃO

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UMA DAS LÍDERES DO SETOR QUÍMICO, a Dow adotou, em 2010, uma estratégia global focada no mercado. Assim, em vez de trabalhar somente com clientes diretos, como as empresas que compram insumos químicos, a multinacional passou a envolver outras companhias da cadeia industrial a fim de gerar soluções mais adequadas a elas. “A inovação não está só em produtos, mas também em processos, negócios com clientes e formas de trabalhar internamente”, diz John Biggs, diretor de pesquisa para a América Latina da Dow. Um dos resultados da nova estratégia foi a instalação, em Jundiaí, no interior de São Paulo, de um centro de pesquisa para embalagens termoformadas, como as utilizadas para embalar salsichas. Chamado de PackStudios, o centro é um dos quatro no mundo voltados para embalagens. Nesse laboratório foram feitos os filmes de plástico usados em um novo produto, que pode substituir latas de tinta: o PacXpert (foto). “Seu maior potencial está no acondicionamento de líquidos”, afirma Marcelo Cantu, pesquisador responsável pelo laboratório. Alguns clientes já têm planos para colocá-lo no mercado.

A estratégia renovou as políticas de inovação. O novo escritório, inaugurado há três anos, foi planejado para incentivar a troca de ideias. O espaço do café tem mesas, salas e sofás. E o refeitório, que ficava vazio fora do horário de almoço, ganhou mesas de reunião e Wi-Fi reforçado. O próximo passo é ter mais estações de trabalho compartilhadas entre funcionários (hoje são 30%). No térreo, está sendo montada uma sala silenciosa, um local de concentração. Tudo isso para incentivar os funcionários a pensar diferente — e inovar.

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EMPRESA IBM ORIGEM ESTADOS UNIDOS FUNCIONÁRIOS NÃO DIVULGADO SETOR SOLUÇÕES EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DESTAQUE PARTICIPAÇÃO DO BRASIL EM PESQUISAS MUNDIAIS A IBM É UMA DAS EMPRESAS que mais investem em pesquisa no mundo. Só em 2013 foram 6,2 bilhões de dólares, que resultaram em mais de 6 800 patentes nos Estados Unidos. O Brasil, onde a empresa atua há 97 anos, passou a integrar o grupo especial que contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias. A IBM criou laboratórios na matriz, em São Paulo, e desde 2011 mantém um centro de pesquisas no Rio de Janeiro, onde desenvolve projetos de recursos naturais, microeletrônica, ciências de serviços e sistemas humanos, áreas em que a análise de dados da empresa pode ser aplicada.

O laboratório carioca foi o primeiro centro de pesquisa da IBM no hemisfério sul e o nono no mundo. Hoje são 12.

“Antes, a contribuição do Brasil não chegava a 20 patentes. Hoje isso praticamente triplicou”, diz Fabio Gandour, cientista-chefe da IBM Brasil. Entre os clientes atendidos estão empresas dos setores financeiro, automotivo, de combustível e de telecom. “O mercado já entendeu que pode recorrer a cientistas para solucionar desafios complexos do dia a dia”, afirma Gandour.

Além da análise de dados, a IBM também fornece infraestrutura, suporte, consultoria e serviços de tecnologia da informação, tanto em hardware quanto em software, o que garantiu à empresa um faturamento mundial de 97 bilhões de dólares em 2013. No mundo, são mais de 400 000 funcionários.

EMPRESA BAYER ORIGEM ALEMANHA FUNCIONÁRIOS 4 500 SETOR QUÍMICO FARMACÊUTICO DESTAQUE INVESTIMENTO CONSTANTE EM PESQUISA NA ÁREA MÉDICA

FUNDADA HÁ 150 ANOS, a indústria química Bayer depende de investimentos constantes em pesquisa para criar novas tecnologias nos setores de saúde, agricultura e matérias-primas.

São 13 700 pesquisadores no mundo e um gasto anual de 3 bilhões de euros.

No Brasil, quarto maior mercado da Bayer, a empresa tem uma estação experimental em Paulínia (SP), onde são testados agroquímicos e sementes tratadas com biotecnologia. É lá também que são feitas adaptações de produtos mundiais às características naturais de cada região pelos cerca de 60 pesquisadores que atuam no Brasil.

Descobrir novos produtos na área médica é outro desafio que exige forte esforço em pesquisa. “Há ainda muito a ser descoberto na medicina. A inovação que procuramos é para oferecer melhores soluções aos médicos para cuidar dos pacientes”, diz Theo van der Loo, presidente da Bayer no Brasil.

A empresa também se dedica a melhorar os processos internos. Iniciado em 2013, o programa Simplifique estimula os funcionários a atuar de um jeito mais eficiente. Evitar e-mails desnecessários, por exemplo, agiliza as decisões. Em um ano, 45 000 mensagens deixaram de ser trocadas.

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EMPRESA CISCO ORIGEM ESTADOS UNIDOS FUNCIONÁRIOS 500 SETOR TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DESTAQUE PESQUISA PARA INFRAESTRUTURA DE REDE DEPOIS DE MODERNIZAR salas de reunião mundo afora com sistemas conectados que num futuro bem próximo vão fazer com que viagens de negócios se tornem coisa do passado, a Cisco mostra, no Brasil, como sistemas em rede podem contribuir para a inovação em várias áreas de negócios.

Considerado um dos cinco mercados estratégicos para a empresa, o país ganhou, em 2013, um centro de inovação, localizado no Rio de Janeiro, com salas estruturadas para apresentar o que há de mais moderno e inovador em conectividade para seis áreas: educação, esportes e entretenimento, redes elétricas, segurança, saúde e óleo e gás (foto).

No espaço dedicado às redes elétricas, a Cisco mostra como as cidades podem se tornar mais inteligentes. Com infraestrutura criada com base IP, é possível gerenciar a distribuição de energia por meio de uma rede conectada.

Na prática, empresas podem analisar o consumo em tempo real e direcionar a energia para locais onde existe maior demanda, deixando o serviço mais eficiente.

“Vejo grandes oportunidades no país, uma imensa janela para investir em inovação e infraestrutura”, afirma a venezuelana Nina Lualdi, diretora do centro de inovação da Cisco.

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EMPRESA BRASKEM ORIGEM BRASIL FUNCIONÁRIOS 8 100 SETOR PRODUTOS QUÍMICOS DESTAQUE NOVOS MATERIAIS RENOVÁVEIS ÚNICA PRODUTORA BRASILEIRA de polipropileno e polietileno, plásticos presentes nos mais variados produtos, como brinquedos e embalagens, a Braskem lançou, em 2010, o polietileno verde, primeiro produto no mundo que substitui a matriz fóssil de produção, o petróleo, por uma matéria-prima obtida da cana-de-açúcar. Com investimento estimado em 500 milhões de reais, a planta industrial na cidade gaúcha de Triunfo produz por ano 200 000 toneladas do plástico verde. Ele já é utilizado, por exemplo, na parte interna da lavadora Electrolux Ecologic (foto).

Para avançar na inovação, a Braskem conta com três centros de tecnologia no Brasil, que empregam cerca de 300 pesquisadores, além de

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uma unidade na cidade americana de Pittsburgh, com 50 profissionais.

Como resultado desse esforço em pesquisa e desenvolvimento, a empresa registrou 112 patentes no ano passado, das quais 15% correspondem a produtos com matérias-primas renováveis.

Com 270 projetos em andamento para incrementar seu portfólio de produtos, a companhia criou o acrônimo PIB, de Programa de Inovação Braskem, para estruturar uma metodologia na gestão das pesquisas.

“Inicialmente o PIB foi adotado para obtermos melhorias na tecnologia. Mas hoje a ideia é buscar rupturas em vários processos, como no caso do polietileno verde”, diz Edmundo Aires, vicepresidente de inovação da Braskem.

Um dos processos para buscar essas rupturas é realizar um planeja-

mento das inovações no curto, no médio e no longo prazo, para diferentes mercados. Outra iniciativa estabelece parcerias com universidades como USP, UFRJ, Unicamp e ITA, além de um acordo com a agência de fomento Fapesp, para financiar projetos de pesquisadores que realizam trabalhos em áreas de interesse para a empresa.

Pertencente ao grupo Odebrecht, a Braskem também desenvolve inovações para a construção civil. Em parceria com a empresa dinamarquesa BubbleDeck, a companhia química fabrica o plástico utilizado na montagem de esferas instaladas entre duas telas de aço em uma laje. Com isso, o peso da estrutura diminui, o que reduz até 35% a quantidade de concreto necessária. A tecnologia está sendo aplicada no Centro Administrativo do Distrito Federal, obra feita pela Odebrecht.

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EMPRESA OXITENO ORIGEM BRASIL FUNCIONÁRIOS 1 900 SETOR PRODUTOS QUÍMICOS DESTAQUE PRODUTOS QUÍMICOS LIVRES DE TÓXICOS

PRESENTES EM TINTAS, cosméticos, produtos de higiene pessoal e de limpeza, as matérias-primas químicas da Oxiteno passam por um processo contínuo de aprimoramento para se tornar mais seguras e sustentáveis. Em seu centro de pesquisa na cidade de Mauá (SP), a Oxiteno conseguiu, por exemplo, retirar um componente tóxico (o tolueno) de solventes usados em esmaltes para unhas. “Inovação resulta em soluções mais amigáveis para o ambiente e as pessoas. E na química sempre há como melhorar um produto”, diz João Parolin, presidente da Oxiteno, sub sid i á r i a do Gr up o Ultra, que reúne empresas como Ipiranga e Ultragaz.

EMPRESA GVT ORIGEM BRASIL FUNCIONÁRIOS 18 000 SETOR TELECOMUNICAÇÕES DESTAQUE NOVOS PRODUTOS TECNOLÓGICOS

COM FATURAMENTO DE 5 BILHÕES de reais e presente em 152 cidades, a operadora GVT inspira-se na agilidade das startups para criar produtos inovadores, capazes de atender às expectativas dos consumidores. Instalado na sede da empresa, em Curitiba (PR), o GVT Labs conta com uma equipe de 30 pessoas. Elas são responsáveis por acompanhar as principais tendências tecnológicas e planejar novos serviços.

Saiu do GVT Labs, por exemplo, o aplicativo Freedom, lançado em março. Disponível para os sistemas Android e iOS, o programa é uma extensão móvel da linha fixa. Ele permite fazer e receber ligações pela internet do smartphone em qualquer lugar.

Assim, o usuário pode utilizar o plano do telefone residencial em seu celular. Até meados de abril, o aplicativo havia sido baixado por cerca de 20 000 pessoas.

“Quebrar paradigmas e fazer diferente do convencional é parte do jeito de ser da GVT e foi o que nos permitiu alcançar a posição de uma das principais empresas do mercado”, afirma

Amos Genish, presidente da GVT. Com 18 projetos em andamento, o próximo produto na lista de lançamentos da operadora será o GVT Music, um serviço de músicas por streaming que deverá chegar aos clientes da empresa nos próximos meses.

Além de pensar em novos produtos e serviços, a GVT trabalha num projeto para melhorar seu atendimento ao cliente, um ponto de atenção para todas as operadoras que atuam no país.

Idealizado pela área de RH, o Expedição Cliente faz com que gerentes e diretores acompanhem os técnicos nas visitas à residência dos clientes. Em 2013, foram 14 visitas, com a mobilização de 132 participantes. “Ao final do dia fazemos um workshop para a troca de percepção entre os gestores, que dão sugestões para a melhoria dos processos”, diz Fernanda Stocco, gerente de comunicação interna e projetos especiais da GVT.

NO TELHADO / O diretor da GVT Rogério Henriques acompanha técnico em instalação na cidade de Campinas (SP)

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inovação em destaque

CONHEÇA AS EMPRESAS QUE MAIS SE DESTACARAM EM SEIS DIMENSÕES TAMBÉM AVALIADAS PELA PESQUISA

ESTRATÉGIA EMPRESARIAL E INOVAÇÃO

ESFORÇO DE INOVAÇÃO EM RESULTADO EM PROCESSOS EMPRESARIAIS INOVAÇÃO DE PRODUTO

RESULTADO EM INOVAÇÃO DE PROCESSOS

AMBIENTE ORGANIZACIONAL USO DE E CULTURA CORPORATIVA TECNOLOGIA

CIELO

CIELO

WHIRLPOOL

CIELO

BAYER

GVT

AES BRASIL

WHIRLPOOL

IBM BRASIL

GVT

GVT

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BAYER

OXITENO

TECNISA

WHIRLPOOL

WHIRLPOOL

BAYER

GVT

BASF

BRASKEM

NETSHOES

TELEFÔNICA VIVO

CIELO

CISCO

VALE

CIELO

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ENERGISA

DOW BRASIL

DOW BRASIL

CISCO

DOW BRASIL

GRUPO RBS

IBM BRASIL

ATENTO

TECNISA

BB MAPFRE

STEFANINI

OXITENO

TECNISA

UOL DIVEO

IBM BRASIL

VOTORANTIM INDUSTRIAL

BAYER

HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

GRUPO RBS

GRUPO RBS

EMBRACO

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TOTVS

TECNISA

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NETSHOES

BASF

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FOTO MARCUS STEINMEYER

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INOVAÇÃO

DAVID SCHLESINGER_34 ANOS O QUE FAZ_ATUA PARA MELHORAR DIAGNÓSTICOS COM BASE NA ANÁLISE DO DNA

ELES SE DESTACAM EM ÁREAS COMO INTERNET, COMUNICAÇÃO, MEDICINA E BIOLOGIA. FORAM ELEITOS PELA REVISTA TECHNOLOGY REVIEW, DO MIT, OS JOVENS MAIS INOVADORES DO BRASIL, NA PRIMEIRA EDIÇÃO DA PESQUISA NO PAÍS. CONHEÇA ESSES JOVENS, SEUS PROJETOS E INSPIRE SE! * POR PAULA ROTHMAN Há 15 anos, a revista do Massachusetts Institute of Technology (MIT) elege os jovens abaixo de 35 anos que se destacam em diferentes áreas de atuação nos Estados Unidos. Já foram premiados pela MIT Technology Review nomes como Larry Page (Google) e Mark Zuckerberg (Facebook).

Desde 2010, o prêmio TR35 ganhou versões em países como Argentina, França, Singapura e, neste ano, chegou ao Brasil. “Começamos a fazer edições regionais ao perceber que existiam muitas histórias boas de empreendedorismo que não estavam sendo contadas, especialmente em economias emergentes. O prêmio é uma forma de mostrar esses exemplos”, diz Pedro Moneo, diretor da versão em espanhol e português do prêmio. Os brasileiros selecionados serão premiados em evento no Rio de Janeiro, no dia 13 de maio. Eles disputam agora um lugar na lista global dos 35 jovens mais inovadores. INFO publica com exclusividade no Brasil os nomes e o perfil dos dez jovens brasileiros eleitos pela Technology Review. Conheça seus projetos nas próximas páginas.

Uma pequena amostra de sangue pode revelar muito mais do que taxas de colesterol. O neurologista David Schlesinger e seus colegas da startup Mendelics conseguem com ela obter dados sobre diversas condições de um paciente, como tipos de câncer, síndromes raras ou doenças degenerativas.

Fundada em 2012, a Mendelics é uma das pioneiras no Brasil a oferecer diagnósticos com base no DNA, a análise genômica. “Essa é a nova revolução da medicina”, afirma Schlesinger. As análises da Mendelics são feitas por um poderoso software que compara o DNA de cada indivíduo com informações catalogadas no mundo inteiro sobre mais de 5 000 doenças genéticas.

Além de laboratório, a empresa é um centro de tecnologia que atende de 100 a 500 pacientes por mês, em São Paulo.

“Queremos acelerar e melhorar a qualidade dos diagnósticos integrando informática e medicina”, diz Schlesinger.

ILUSTRAÇÃO ARTNET DIGITAL E DAVI AUGUSTO

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EDUARDO BONTEMPO_30 ANOS O QUE FAZ_PLATAFORMA DE ENSINO ADAPTATIVO QUE TORNA A EDUCAÇÃO PERSONALIZADA

Fundada em 2012 pelo administrador de empresas Eduardo Bontempo e seu sócio, Claudio Sassaki, a Geekie foi pioneira no Brasil no chamado ensino adaptativo. Os testes e os materiais de estudo da empresa moldam-se a cada aluno, sugerindo o conteúdo em vídeo, áudio ou texto que melhor se encaixe às necessidades e ao perfil. “Isso traz inovação para o professor, que tem mais ferramentas para o trabalho, e para o aluno, que ganha autonomia para explorar seu potencial”, afirma Bontempo, que trabalhou em bancos de investimento e passou um ano no MIT antes de fundar a Geekie. Escolhida pelo MEC como a plataforma oficial para simulados do Enem, a empresa estuda agora maneiras de expandir sua atuação.

“Acreditamos que tecnologia é global, que não há barreiras”, diz Bontempo.

GUILHERME LICHAND_28 ANOS O QUE FAZ_DESENVOLVEU UM SISTEMA POR SMS PARA AVALIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

O paulista Guilherme Lichand vive na rota Brasil-Estados Unidos. Aluno do terceiro ano do curso de doutorado em economia política e governo da Universidade Harvard, Lichand administra a MGov, empresa que usa mensagens de celular para avaliar políticas públicas e ações sociais. “Monitoramos coisas que já estão acontecendo para saber se funcionam”, diz. O primeiro projeto analisou a distribuição gratuita de leite no Rio Grande do Norte para mais de 150 000 famílias. As pessoas responderam a um questionário por SMS para avaliar a qualidade do serviço. “No Ceará, informamos agricultores sobre a intensidade da seca”, diz Lichand. O sistema é também ferramenta de mobilização rápida. Agora, com os sócios Marcos Lopes e Rafael Vivolo, ele planeja novas parcerias com governos e fundações. Uma delas para avaliar o transporte público.

GUSTAVO CAETANO_32 ANOS O QUE FAZ_FUNDOU UM GRUPO DE EMPRESAS WEB ESPECIALIZADAS EM VÍDEO

O mineiro Gustavo Caetano fundou a SambaTech em 2008, e logo sua plataforma de vídeo ganhou o mercado corporativo. Em oito anos, a startup cresceu e se transformou no Samba Group, com 100 funcionários, 300 clientes e 1 bilhão de vídeos distribuídos. Gerou ainda dois novos negócios: a SambaAds, plataforma de publicidade digital, e a AdstreamSamba, ferramenta para o envio de vídeos entre agências e emissoras de TV. “A inovação sempre surge de uma necessidade, e um dos segredos é pensar grande”, diz Caetano.

A hospitalidade mineira é hoje a regra nos escritórios da SambaTech em Belo Horizonte e São Paulo, de onde controla operações em países como Argentina e Peru. O próximo pode estar em Miami.

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LORRANA SCARPIONI_23 ANOS O QUE FAZ_CRIOU UMA REDE SOCIAL PARA TROCA DE EXPERIÊNCIAS EM QUE A DOAÇÃO DE TEMPO É A MOEDA

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Em menos de u m a no, L or ra na Scarpioni conseguiu mobilizar mais de 14 000 pessoas em 50 países com a Bliive, uma rede social para a troca de experiências em que a doação de tempo funciona como moeda. “Quem oferece 1 hora de aula de edição de vídeo, por exemplo, pode receber em troca 1 hora de crédito para usar aprendendo francês ou culinária”, afirma Lorrana. Formada em relações públicas e em direito, a jovem, que nasceu em Salvador e cresceu em Curitiba, agora está na Escócia, com parte da equipe da Bliive. A startup venceu um concurso internacional e ganhou um programa de aceleração no Reino Unido. “Criamos uma alternativa para quem não tem como pagar com dinheiro. É o conceito de colaboração como motor da nova economia”, diz Lorrana.

LUCAS FERREIRA_22 ANOS O QUE FAZ_DESIGN E FABRICAÇÃO DE PRÓTESES ORTOPÉDICAS CRIADAS COM PLÁSTICO RECICLADO

Durante o dia, Lucas Strasburg Ferreira trabalha como projetista de máquinas em uma empresa gaúcha. À noite, frequenta um curso técnico de mecânica em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. No pouco tempo livre que resta, ele se dedica ao projeto do Revofoot, uma prótese ortopédica de baixo custo feita de plástico reciclado. A tecnologia para transformar garrafas PET em peças resistentes, mas flexíveis para o movimento, foi criada por ele e pelo sócio Eduardo Trierweiler. “Uma prótese pode custar mais de 1 500 reais. Nossos protótipos estão abaixo de 100”, afirma Ferreira. O projeto começou há cinco anos. “Tudo o que ganhamos é reinvestido em pesquisa”, diz ele, cujo sonho é ver o Revofoot se tornar realidade.

MARIO SÉRGIO ADOLFI JR._27 ANOS O QUE FAZ_SOFTWARE PARA A ÁREA DE SAÚDE QUE INTERAGE E APRENDE COM OS PACIENTES

Mario Sérgio Adolfi Jr. não é médico, mas seu trabalho na empresa KIdopi é ajudar pacientes a lidar com suas enfermidades. Formado em informática biomédica, ele criou um sistema por SMS que tira dúvidas e lembra a hora de tomar remédios. O software HealthBI também aprende com as respostas dos pacientes e acumula dados para prever problemas futuros. A ideia foi premiada pela ONU como uma das mais inovadoras na área médica. “Criamos um canal de comunicação, como se fosse a Siri, da Apple, mas por escrito”, diz Adolfi, aluno de doutorado na USP de Ribeirão Preto, em São Paulo. O sistema não substitui o médico, mas pode sugerir marcar uma consulta ou emitir um alerta para o hospital. O HealthBI também investiga condições de moradia, perguntando, por exemplo, se a pessoa está vendo manchas no teto. “Assim, podemos cadastrar casas com mofo e melhorar a saúde dos moradores.”

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MARTIN RESTREPO_32 ANOS O QUE FAZ_CRIOU UMA METODOLOGIA DE ENSINO BASEADA EM CONTEÚDOS DIGITAIS

Nos últimos dois anos, o tablet se tornou uma ferramenta para os pescadores da cidade de Santa Cruz Cabrália, na Bahia. Assim que a rede enche, eles atualizam um app de controle de estoque e oferecem o peixe para encomendas online, antes de o barco atracar. O app foi criado por jovens da comunidade e é um exemplo do tipo de trabalho realizado pela Editacuja.

Com base no tripé educação, mídias digitais e trabalho social, o engenheiro colombiano Martin Restrepo fundou a Editacuja, editora multiplataforma que cria produtos para comunidades e instituições de ensino. Cerca de 3 000 pessoas receberam treinamento da Editacuja para criar conteúdos digitais. “Imagine usar o acelerômetro do celular para dar uma aula de física?”, diz Restrepo, que chegou ao Brasil há seis anos, para um intercâmbio na USP, e nunca mais voltou para seu país. “Nossa plataforma permite contextualizar o material didático. Com isso, o mundo vira uma sala de aula.”

VANESSA TESTONI_34 ANOS O QUE FAZ_PESQUISA O USO DE CODIFICAÇÃO DE VOZ E IMAGEM PARA SISTEMAS DE SEGURANÇA

Com dupla graduação, em engenharia elétrica e ciência da computação, a curitibana Vanessa Testoni é disputada pelas empresas. Já trabalhou na Siemens e na Microsoft, com direito a temporadas na sede, em Redmond, nos Estados Unidos, na área de processamento de sinais multimídia. Um de seus projetos rendeu uma tecnologia implementada no Hotmail. Outro provou que era possível burlar a segurança de sistemas de reconhecimento de íris imprimindo códigos de barras em lentes de contato.

“Meu doutorado foi em telecomunicação e processamento de sinais e, dentro dessas áreas, em codificação de voz, vídeo e imagem”, diz Vanessa, que hoje atua no centro de pesquisa da Samsung em Campinas, em São Paulo. “Gosto também de combinar meus projetos com outras soluções, como inteligência artificial. É o caminho para as grandes inovações.”

WENDELL COLTRO_34 ANOS O QUE FAZ_UM CHIP CAPAZ DE REALIZAR EXAMES DE SANGUE POR MENOS DE 8 CENTAVOS

Imagine usar uma gota de sangue para testar simultaneamente oito possibilidades, de dengue a colesterol alto. E isso a um custo de 8 centavos de real. É esse o potencial da pesquisa do grupo liderado pelo químico Wendell Coltro.

Em um laboratório da Universidade Federal de Goiás, ele desenvolveu uma forma barata de criar chips químicos, dispositivos do tamanho de uma moeda. Assim como um chip de computador, com circuitos que carregam sinais elétricos, o chip químico possui caminhos por onde o sangue escorre em diferentes direções e chega a compartimentos onde estão os reagentes. Tudo em escala microscópica. A inovação está na forma de produzir esses caminhos. “Usamos parafina e um carimbo para depositá-la sobre um papel-filtro”, afirma Coltro. O processo leva só 3 segundos e pode usar gotas de sangue, urina ou suor, dependendo do tipo de exame. “A tecnologia está patenteada, só falta lançar o produto”, diz ele. �

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3,5 cm

7,2 cm

1,8 cm

up�rade para � tv O Chromecast leva o Netflix e o YouTube para televisores sem Wi-Fi e funções de smartTV ≥ POR AIRTON LOPES Chromecast / GOOGLE Dez meses após ser lançado nos Estados Unidos por 35 dólares, o Chromecast chega ao Brasil com preço sugerido de 199 reais. Pouco maior que um pen drive, o dispositivo do Google leva por Wi-Fi o conteúdo do Netflix, do YouTube e da Play Filmes para televisores com entrada HDMI, mas sem funções de smartTV. É preciso um smartphone ou um tablet com Android ou iOS para navegar pelos apps compatíveis, que ainda são poucos, e controlar a reprodução dos vídeos. O processamento do streaming é feito pelo Chromecast. Nos testes do INFOlab, ele funcionou perfeitamente. É possível ainda enviar conteúdo do PC para o dispositivo, espelhando abas do navegador Chrome.

Mas a qualidade da transmissão com vídeos em 1 080p e os poucos formatos aceitos decepcionam, evidenciando que, apesar de ótimo para o streaming do Netflix e do YouTube, o Chromecast é limitado para outras funções típicas de um media center.

Full HD (1 080p) / Wi-Fi / HDMI / MicroUSB / Formatos de vídeo: MPEG-4 H.264, MKV / Formatos de áudio: AAC, MP3 / Conteúdo online: Play Filmes, Netflix, YouTube / 31 g AVALIAÇÃO TÉCNICA: 7,4 CUSTO/BENEFÍCIO: 7,8

/ R$ 199

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10,0

Impecável

9,0 a 9,9

Ótimo

8,0 a 8,9

Muito bom

7,0 a 7,9 Bom

6,0 a 6,9

Médio

5,0 a 5,9

Regular

Veja os critérios de avaliação em: info.abril.com.br/reviews/notas/

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FOTO RAFAEL EVANGELISTA ILUSTRAÇÃO ARTNET DIGITAL EDIÇÃO DE IMAGEM EDSON MINORU VETOR EVANDRO BERTOL

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Basta um toque para esta câmera da Samsung se conectar com o smartphone e transferir os cliques ≥ POR LEONARDO VERAS

6,5 cm

foto� p�r wi-fi 12 cm

NX2000

/ SAMSUNG A NX2000 não usa Android como algumas câmeras da

Samsung, mas é uma companheira útil para qualquer smartphone. Nos aparelhos com NFC, basta tocar na câmera para estabelecer uma conexão por Wi-Fi. Um aplicativo com versões para iOS e Android gerencia a transferência de imagens e o controle remoto da máquina. Como a maioria dos ajustes é feita pela tela sensível ao toque, fotógrafos acostumados com a câmera do smartphone vão se sentir à vontade imediatamente. O sensor de imagem grande (20 MP) e a possibilidade de trocar de lente tornam a câmera um equipamento atraente para um investimento de 1 199 reais. Mas é preciso ter em mente que o sistema de autofoco desta máquina é lento e se perde facilmente quando há objetos em movimento na cena. A lente do kit também apresenta um zoom mais restrito do que a média da categoria e seu motor de autofoco é muito barulhento.

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20 MP / Zoom de 2,5x (20 – 50 mm) / Filma em 1080p / LCD de 3,7” touch screen / 400 g (265 g só o corpo) / Wi-Fi / NFC AVALIAÇÃO TÉCNICA: 7,6 CUSTO/BENEFÍCIO: 8,1

/ R$ 1 199

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3 cm

Sem tanta preocupação com ataques, o Chromebook da Acer dá conta do básico, mas não vive longe da internet ≥ POR AIRTON LOPES

20 cm

noteb�ok n� nu�em

28 cm

C710 Chromebook / ACER Apesar de compacto, este notebook de 11,6 polegadas

sofre quando precisa sair de casa. A razão é o sistema Chrome OS e seus aplicativos online. Com o C710 conectado, dá para lidar com documentos, planilhas, apresentações, fotos, vídeos e jogos simples de forma satisfatória. No entanto, sem internet por Wi-Fi ou cabeada, poucos apps funcionam. O Google Docs é uma exceção. Um ponto a favor do Chrome OS é a segurança. O sistema sofre pouco com ataques de vírus e mantém um backup dos arquivos nos 100 GB oferecidos na nuvem do Google Drive. O notebook possui apenas 16 GB para armazenamento local, três portas USB 2.0, nenhuma USB 3.0, teclado fora do padrão brasileiro e acabamento simples. Apesar de modesta, a configuração mostrou-se suficiente para um Chromebook. Nos testes do INFOlab, a máquina não apresentou perda de fluidez ao executar as tarefas mais comuns. Mas a duração da bateria (2h39min) decepciona.

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Tela de 11,6" / Intel Celeron 1007U 1,5 GHz / 2 GB / SSD de 16 GB / 1,4 kg / Google Chrome OS / 2h39min de bateria(1) AVALIAÇÃO TÉCNICA: 6,6 CUSTO/BENEFÍCIO: 7,4

/ R$ 1 299

(1) Duração medida com o aparelho exibindo vídeo em 720p com Wi-Fi e Bluetooth ativados.

O Chrome OS não permite o teste de bateria com o software Battery Eater

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3,2 cm 5,3 cm

11,1 cm

�ção com�leta Esta filmadora registra imagens da aventura e dados de GPS, velocidade e altitude ≥ POR AIRTON LOPES

Virb Elite / GARMIN Conseguir a mes-

ma qualidade de imagem de uma GoPro já é uma façanha e tanto para uma filmadora de ação. A Virb Elite faz isso e supera a mais famosa câmera de aventura na variedade de recursos. Ela filma em 1 080p e fotografa em 16 MP com uma lente grande angular de 180 graus. O efeito olho de peixe nas áreas periféricas da imagem é bem evidente, mas pode ser atenuado alterando o modo de gravação para um com ângulo de abertura mais estreito. O display de 1,4 polegada no topo da filmadora facilita a operação. Ele usa a luz ambiente para produzir o brilho, por isso gasta pouca energia e oferece boa visibilidade sob sol forte, mas deficiente em locais pouco iluminados. Além de Wi-Fi para controle remoto pelo smartphone, possui GPS, altímetro, acelerômetro e conexão sem fio para acessórios fitness, como monitor cardíaco. No PC, os dados registrados pelos sensores são sincronizados e exibidos com os vídeos no software Virb Edit.

1080p / 16 MP / Não possui zoom / microSD / microHDMI / Wi-Fi, ANT+ / GPS / LCD de 1,4" / 179 g / 2h25min de bateria AVALIAÇÃO TÉCNICA: 8,2 CUSTO/BENEFÍCIO: 7,5

/ R$ 1 946

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19,7 cm 12 cm

1,1 cm

�lô n� tablet Este Asus é um bom tablet Android de 7 polegadas e ainda faz o papel de celular ≥ POR AIRTON LOPES

Fonepad 7 / ASUS Com o sucesso dos smartphones grandalhões, um tablet de 7 polegadas que telefona causa cada vez menos estranheza. Porém, as diferenças entre os phablets e os tablets, como o Fonepad 7, são significativas. Por 999 reais, o modelo da Asus tem uma configuração mediana, com base em um processador Intel Atom Z2560 dual core e tela de 1 200 por 800 pixels. A navegação nas redes celulares é feita em 3,5G. Nos testes do INFOlab, o conjunto proporcionou uma experiência satisfatória com aplicativos básicos e jogos. A falha mais significativa é o pouco espaço livre (3,9 GB) na memória interna. Entre os apps nativos, os mais legais são o que grava telefonemas e o que bloqueia com senha o acesso a aplicativos selecionados. A autonomia de bateria de 6 horas e 8 minutos é muito boa, mas está distante do que oferece um phablet Android de primeira linha.

Android 4.2 / Tela de 7" / 3,5G (HSPA+) / Intel Atom Z2560 1,6 GHz dual-core / 8 GB + microSD / Câmeras de 5 MP (1080p) e 1,2 MP (720p) / 332 g / 6h08min de bateria(1) AVALIAÇÃO TÉCNICA: 7,8 CUSTO/BENEFÍCIO: 7,2

/ R$ 999

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(1) Duração medida com o aparelho exibindo vídeo em 720p com Wi-Fi e Bluetooth ativados

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Com graves na dose certa, este fone tem qualidade de áudio acima da média por 299 reais ≥ POR AIRTON LOPES

20 cm

s�m n� me�ida 22,7 cm

J55a / JBL Com uma faixa de resposta em frequência mais ampla do que a encontrada na

maioria dos fones de ouvido de 299 reais, o som deste modelo da JBL agradou nos testes do INFOlab. Ele tem um bom alcance de agudos e graves destacados, mas sem o exagero de modelos como os da Beats. O cabo achatado é removível, se conecta a apenas uma das conchas e traz microfone e um botão para controlar a reprodução de música e atender a chamadas telefônicas. Não há ajuste de volume. Indicadores visuais no suporte ajudam a regular a mesma abertura nos dois lados, evitando que o fone fique torto. Outro detalhe bacana no design é o giro das conchas em 180 graus, o que permite liberar um dos ouvidos para interagir com as pessoas ou com o ambiente ao redor e continuar escutando música no outro. A forração das almofadas é suave, mas, após 1 hora de uso, as orelhas clamam por uma massagem.

9,5 cm

Formato on-ear / Drivers de 40 mm / Resposta em frequência: 10 - 24 000 Hz / Headset / Conexão P2 / Cabo de 1,3 m / 204 g AVALIAÇÃO TÉCNICA: 8,1 CUSTO/BENEFÍCIO: 7,7

/ R$ 299

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O desktop da HP pode virar tablet e leva sua tela touch screen para o colo do usuário, mas sem sair da mesa ≥ POR AIRTON LOPES

45,4 cm

p� �e�linável

55,9 cm

Envy 23 Recline / HP Graças a um display de 23 polegadas sensível ao toque de boa qualidade e a um design esperto, com suporte retrátil e tela reclinável, não faltam opções para aproveitar este desktop do tipo tudo em um. A mais lúdica é como uma mesa multitoque para se divertir com games desenvolvidos para touch screen. Outra é trazendo o PC para a beirada da mesa e deixando parte da tela abaixo do nível da superfície de apoio. Dessa forma, o Envy 23 Recline fica praticamente no colo do usuário sentado em uma cadeira. Nos testes do INFOlab, o modelo mostrou bom desempenho com um processador Intel Core i5 de última geração, placa de vídeo dedicada e bastante memória RAM (8 GB) e espaço em disco (1 TB). O desktop não tem saída de vídeo para trabalhar com um segundo monitor, mas possui entrada HDMI para que as imagens de um Blu-ray player, um decoder de TV paga ou um videogame sejam vistas em sua tela full HD. Outra ausência é a do drive para CD, DVD e Blu-ray.

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26,5 cm

Tela de 23" touch screen / Intel Core i5-4570T 2,9 GHz (Haswell) / 8 GB / HD de 1 TB / GeForce GT 710A 1 GB / Wi-Fi n / Bluetooth / Windows 8 AVALIAÇÃO TÉCNICA: 8,7 CUSTO/BENEFÍCIO: 6,9

/ R$ 3 999

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24 ho�a� no puls� O Gear Fit monitora o usuário durante os exercícios físicos, no trabalho e até nas horas de sono ≥ POR AIRTON LOPES Gear Fit / SAMSUNG Leve, elegante, resistente a respingos e com uma tela curvada sensível ao toque de 1,8 polegada de ótima qualidade, o Gear Fit é uma mistura de relógio inteligente com pulseira de monitoramento de atividades físicas. Em caminhadas, marchas e corridas a pé ou de bicicleta, o Fit indica ao atleta o melhor ritmo para atingir metas de distância, tempo e gasto calórico, com base em informações coletadas por seu sensor de batimentos cardíacos. Fora dos treinos, o podômetro registra a movimentação no dia a dia, mas é preciso ativá-lo, algo que deveria ser feito automaticamente. O gadget também trabalha durante o sono, quantificando o período de repouso total do corpo. Nos testes, tudo funcionou, mas o sensor de batimentos e o podômetro não apresentaram precisão absoluta. O Fit se comunica por Bluetooth com smartphones Galaxy para sincronizar os dados e exibir notificações de chamada, SMS, e-mail, Facebook e Twitter.

5,7 cm

Tela de 1,8" touch screen / Tizen / Bluetooth / Sensores: batimentos cardíacos, acelerômetro e giroscópio / 27 g / Compatível com 17 aparelhos da família Galaxy / De 3 a 4 dias de bateria (estimativa) AVALIAÇÃO TÉCNICA: 7,9 CUSTO/BENEFÍCIO: 7,3 2,3 cm 1,1 cm

/ R$ 899

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1069077-TELETRONIC COMERCIO DE EQUIPAMENTOS DE SEGURANCA E DE INFORM-1_1-1.indd 102

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STARTUP SE

MÃOS NA OBRA / Reforma é sinônimo de dor de cabeça, certo? Não para o advogado Thiago Olifer, 27 anos, fundador da Bom Pedreiro, startup que faz a ligação entre profissionais da construção e pessoas que precisam reformar ou construir.

“Ajudamos em todas as etapas da obra, até com orçamentos para diferentes serviços”, afirma Olifer ( foto), morador de Diadema, na região metropolitana de São Paulo. A startup planeja expandir seus serviços, hoje restritos à capital e a algumas cidades do interior de São Paulo.

Para isso, a Bom Pedreiro desenvolve um aplicativo com o qual será mais fácil buscar e avaliar os cerca de 500 profissionais cadastrados. “A ideia é agilizar processos para o cliente”, diz Olifer.

Mas, como a startup não faz milagres, as reformas podem continuar dando um bom trabalho. � FOTO VITOR PICKERSGILL

FOTO LANA PINHO

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