Rl junho 2014

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RONFE | PAG10

Vila recriou casamento histórico

Nº 182 • ANO XVI • JUNHO 2014 DIRECTOR INTERINO: LUÍS PEREIRA

Em Foco • pág. 03

Impasse directivo do GD Joane pode ser ultrapassado dentro de dias

Joane • pág. 13 e 14

Joanenses aderiram aos vinte e oito anos da elevação a vila

RL MAGAZINE | PAG 11

Zé Amaro

Ele vai a todas!

Joane (festa de S. Bento). Mogege (festa de Sta. Marinha). Vermil (festa de S. Miguel-O-Anjo). Três romarias da região apostam no mesmo “cabeça de cartaz”. Descubra o porquê.

TALENTO | p. 09

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Tiago Machado: A diferença de um dedilhar profissional na guitarra clássica

ENTREVISTA | p. 15 e 16 “Espero resolver o problema da ex-estamparia neste mandato”

António Oliveira, presidente da Junta de Joane

Vermoim • pág. 05

“Dia da Freguesia” recorda Vermoim antigo em imagens

Pousada• pág. 05

Alunos da escola de Matinhos ficam na freguesia


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2 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL


REPÓRTER LOCAL • JUNHO DE 2014 • 3

VERMOIM | ANDEBOL DA ACV EM FESTA DE FIM DE ÉPOCA O final da terceira época de competição da modalidade serviu de mote para juntar, no passado dia 11, centenas de atletas que praticam andebol pela Associação Cultural de Vermoim (ACV). Aos atletas juntaram-se os encarregados de educação que fizeram a festa, primeiro no Pavilhão “ Terras de Vermoim”, depois na Casa Associativa da terra. Na época que agora termina, o andebol da ACV conseguiu colocar três formações nas fases finais dos respectivos campeonatos nacionais.

EM FOCO

Vazio directivo no GDJ com fim à vista

P

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ode estar por dias a re s o l u ç ã o d o vazio directivo em que se encontra o Grupo Desportivo de Joane (GDJ). Custódio Batista, conhecido empresário da construção civil, manifesta disponibilidade em avançar com uma Comissão Administrativa (CA) e tem procurado mobilizar gente que o acompanhe. Ao mesmo tempo, um outro grupo de sócios, de que faz parte Paula Campos, membro da direcção cessante e que integra o grupo de quatro pessoas que tem feito a gestão corrente do GDJ, tem reunido, numa tentativa de apresentar uma solução mais estável que passe por uma direcção. Desde 10 de Junho que a direcção de Rui Ribeiro cessou funções. O expresidente não mostrou vontade de continuar e nenhuma lista foi apresentada até agora para gerir o clube. A gestão corrente do GDJ, em conformidade com o decidido em Assembleia, tem sido assegurada, desde então, por Domingos Melo, presidente da Assembleia, Miguel Ribeiro, Paula Campos e Bernardino Peixoto. Domingos Melo confirma que, informalmente, já terá sido informado de movimentações mas só marcará nova Assembleia Geral de associados quan-

do aparecer uma solução concreta. “Aguardo que me chegue às mãos uma lista. Enquanto isso não acontecer, não convocarei nova Assembleia. Já fui informado por um sócio que isso estaria na iminência de acontecer e isso deixame mais descansado. Entretanto, um outro sócio também já informou-me de outras movimentações. Oxalá aparecessem duas ou mais listas”, revela Domingos Melo ao RL. Contactado pelo RL, Custódio Batista assume a vontade mas adianta a dificuldade em conseguir nomes que o acompanhem. “Tenho reunido com dois ou três sócios para ver se a gente bota a mão a isto. Tem que se dar a volta à situação mas, sozinho, não consigo fazer nada. Não tenho experiência nestas andanças e preciso de meia dúzia para fazer uma CA. Todos incentivam-me, mas são poucos os que se querem envolver. Estou preocupado porque não queria que o clube acabasse. Dentro de dias a coisa terá de ficar resolvida porque há uma época para preparar”, diz Batista. Tal como Domingos Melo, e ao contrário de Custódio Batista, Paula Campos diz que a solução de uma Comissão Administrativa é prejudicial para o clube.

A ex-dirigente assegura não estar disposta a liderar uma direcção mas confirma estar a fazer esforços para que seja possível apresentar uma lista que seja alternativa à solução defendida por Custódio Batista. “Numa CA todos mandam e ninguém decide. Fui convidada e estou disponível a integrar uma solução que passe por uma direcção. Dependerá das pessoas que a integrar. Para já, não há certezas, só movimentações. As pessoas querem ajudar a ultrapassar o vazio directivo mas têm de saber com o que vão encontrar”, diz Paula Campos. Na mesma linha, também Domingos Melo, mostrase indisponível para fazer parte de uma CA. “Não fui abordado por ninguém para fazer parte de qualquer solução. Se tal vier a acontecer, só vendo as pessoas que a integram é que decidirei mas é ponto assente de que não farei parte de uma solução que passe por uma CA porque não me revejo nela”, conclui o presidente da Assembleia em exercício. As três fontes mostramse disponíveis para fazer pontes, no sentido de ser apresentada uma única lista que congregue pessoas e vontades. L.P

Mais de 50 mil euros de passivo pode travar vontade de disponíveis Serão poucos os sócios do GDJ que hoje duvidarão de que a parceria que o clube fez, no início da época passada, com a agência brasileira de gestão de carreiras de jogadores (Soccer Champions), revelou-se fracassada. Ao fim de dois meses, a empresa entrou em incumprimento e isso tem sido apontado como principal factor que fez disparar o passivo do clube de Barreiros. Os últimos números oficiais conhecidos são os do relatório de contas, que remete para um passivo de 51 mil euros. O valor preocupa e faz hesitar quem tem a vontade de assumir os destinos do GDJ. “As contas do clube devem ser auditadas. A auditoria seria a opção mais correcta para apurar a verdade, seja ela boa ou má. Assim, todos saberíamos com o que contar”, defende Paula Campos que, apesar de ter integrado a última direcção, como vogal, assegura que apenas um “núcleo duro” de dirigentes lidava com os números da casa. “A ideia da parceria não era má, se fosse cumprida. Correu-se um risco grande que, ao fim de dois meses, percebeuse ter sido errado.

Gosto muito de trabalhar com papéis na mão. Dizem que o passivo ronda os 55 mil euros mas quando se pede a documentação, é vedado o acesso a ela. Já o fiz diversas vezes e remetem-me sempre para o conselho fiscal“, atira Paula Campos. O disponível Custódio Batista também culpa a parceria pelo passivo existente. O empresário diz que a opção foi “mal pensada”. “Não pensaram bem e com isso escorraçaram os amigos do clube que costumavam dar dinheiro. O último mandato foi para esquecer. O passivo é grande e temos que dar a volta pela freguesia para voltar a apelar à ajuda dos que sempre contribuíram”, diz Batista. Sobre os números, Domingos Melo, é cauteloso nas declarações. “Todos estamos preocupados. O fardo é grande para um clube pequeno como o Joane. A Soccer acabou por aumentar o passivo que é, para mim, aquele que consta do relatório de contas aprovado pelos sócios. Tudo o resto são especulações de conversa de café”, frisa o presidente da Assembleia.


4 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

OPINIÃO | Pag. 17 ANTÓNIO CARVALHO: Resposta a Marçal Mendes SÉRGIO CORTINHAS Eleições no PS: Uma questão de legitimação

editorial

LUÍS PEREIRA

PAG. 9 | RL MAGAZINE Tiago Machado é um talentoso músico joanense que tem dado cartas com a sua guitarra clássica , sobretudo em Vigo, onde dá aulas e tem dois projectos musicais

De voluntariado se faz o Verão da região!

Está aí o pleno Verão! O calor tão aguardado para a pausa anual no trabalho (para quem o tem) traz consigo as típicas romarias da região. Todas têm por base a religiosidade da devoção a um santo, padroeiro (a) da terra, em alguns casos. A festa só é convidativa se tiver os foguetes e a música. E este ano, pela zona, Zé Amaro domina. O popular artista arrasta multidões e dá garantias de enchentes. E é isso que uma Comissão de Festas quer: que o povo venha à festa. Depois de alegrar o S. Bento joanense, Amaro brilhou em Mogege na festa de Sta. Marinha e, lá mais para a frente, regressa ao S. Miguel de Vermil. Amaro só não está no Santiago de Ronfe, porque não calha. O RL foi à procura de respostas sobre o que de especial tem o artista para que seja a escolha para três freguesias vizinhas. “O povo quer é festa”, diz-se. Mas para que a festa seja realidade é preciso voluntariado que escasseia. A envolvência das pessoas na organização de uma romaria é cada vez menor. Veja-se o caso de Joane em que, após falhadas

várias soluções (o molde de ser organizada por famílias, por exemplo), teve que ser o movimento associativo a “pegar” na festa. E que festa! Já em Mogege, para celebrar a padroeira, foram oito, apenas oito, as pessoas que se envolveram. E são milhares os euros para que a festa seja de agrado ao povo, e são horas e horas de trabalho para quem a organiza. Valerá a pena?! “Tudo vale a pena, se a alma não for pequena”, diz Pessoa. Será?! De voluntariado vive também o GD de Joane, que atravessa novos dias de incerteza provocados por um vazio directivo. Para muitos dos sócios, não faltará amor, vontade de trabalhar e colaborar com o clube mas, os mais de dez mil da dívida, em contos antigos, pesa na hora de avançar. Entregar uma instituição que sempre teve a raiz popular a uma gestão semi-partilhada com privados revelou ser errada. As consequências estão aí, aprendamos todos com os erros. O clube de Joane deveria ser feito pelos joanenses, em toda a sua plenitude. E foram estes, os joanenses, que, pela

primeira vez, fizeram realmente a festa do aniversário da vila. Após longos anos de cerimónias enfadonhas que só a elite, por obrigação, participava, em boa hora a Junta local envolve o movimento associativo e os joanenses para uma verdadeira celebração de 28 anos de elevação à categoria de vila. A feira do associativismo e as iniciativas emanadas da sociedade civil, como as varandas floridas e o crochet, prova que a gente da terra quer envolver-se na coisa pública. Prova que Joane é dos joanenses e só por altruísmo e vaidade se pode pensar que manda em Joane quem é eleito para um cargo político. A representatividade política é só e apenas isso. Não confere o direito à prepotência de chamar somente a ela, o direito de decidir, sem mais, o futuro de toda uma comunidade. Todos devem ser convocados nessa tarefa. Todos os dias. Não apenas na cruz no boletim, de quatro em quatro anos. O RL também vai de férias. Em Agosto não haverá edição. Regressaremos em Setembro, refrescados, com caminho definido, pronto a trilhar. Boas férias!

PROTAGONISTAS TIAGO MACHADO

ANTÓNIO OLIVEIRA

O ARTISTA

MOSTRAR SERVIÇO

Cedo trocou as cordas do cavaquinho pelas da guitarra clássica. Faz da música profissão, fundou bandas em Joane, dá aulas e projectos não lhe faltam. Mais do que apaixonado, o joanense é um estudioso dedicado. Entre Joane, Viana e Vigo, o talento de Tiago tem conquistado admiradores.

ZÉ AMARO

GRUPO DESPORTIVO DE JOANE

ANTÓNIO MACHADO

O FENÓMENO

O IMPASSE

O HISTORIADOR

Fenómeno igual só comparável com o Tony Carreira de há 15 anos. A Norte do país, não há cantor que arraste mais multidão. Seguras disso, as Comissões de Festas em Joane e Mogege, contrataram o artista para dar dois shows em menos de oito dias. Em Setembro, é a estrela principal da festa de Vermil.

O vazio directivo em Barreiros pode terminar dentro em breve. Há interessados em pegar no clube. Custódio Batista está disponível para uma Comissão Administrativa ao passo que um outro grupo de sócios, de que faz parte Paula Campos, estuda uma direcção. O passivo de mais de 50 mil euros tem sido o entrave..

Confesso devorador da história da vila de Ronfe, António Machado é o rosto principal de mais uma iniciativa da “Associação Projecto Ronfe há 50 anos”. Desta vez, a iniciativa juntou a recreacção do casamento da Governanta do Couto de Ronfe, Dona Coutinha Peres, no século XII, a um espirito de feira medieval.

Pode ser um “mostrar serviço”, na lógica de uma energia inicial que tenderá a esbater-se. Pode ser um rompimento com uma certa monotonia do anterior executivo de que era vice. O certo é que o novo presidente da Junta conseguiu os aplausos pelo programa dos 28 anos de vila e é o entrevistado deste mês.do RL.

Propriedade e Editor - Tamanho das Palavras, Lda - Rua das Balias, 65, 4805-476 Stª Mª de Airão Telefone 252 099 279 E-mail geral@reporterlocal.com Membros detentores de mais de 10 % capital Joaquim Forte e Luís Pereira Director Interino Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) Redacção Luís Pereira (luispereira@reporterlocal.com) Paginação Filipa Maia Colaboradores Fernanda Faria; João Moura; Luís Santos; Sérgio Cortinhas; Quintino Pinto Impressão Gráfica Diário do Minho | Tiragem 4000 ex. Jornal de distribuição gratuita Distribuição: Alberto Fernandes | Registo ICS 122048 | NIPC 508 419 514


REPÓRTER LOCAL • JUNHO DE 2014 • 5

MIGUEL LIMA | DINAMIZADOR DA EXPOSIÇÃO “RECORDAR VERMOIM” “ D e s d e h á d o i s a n o s q u e c o m e c e i a c o l o c a r f o t o s a n t i g a s d e Ve r m o i m na página do meu facebook. Os amigos começaram a achar piada e foram partilhando as primeiras. Desde então, fui recebendo diversas fotos pela rede social e por email, muitas delas, enviadas por pessoas que nem conhecia , emigrantes do Canadá e de França , por exemplo”

LOCALIDADES Vermoim• INICIATIVA

Recordar Vermoim antiga em imagens

A

s gerações de vermoinenses mais jovens não se recordarão da “Casa Areias” da sua terra. Não se lembrarão porque ela foi desmantelada e, segundo reza a história, a pedra que da casa restou, foi levada para Espanha. A “Casa Areias” guardava parte da vida cultural de Vermoim. Lá se fez teatro e por lá os pais e avós dos mais novos, passaram boa parte da sua juventude. Restam as memórias… e as fotos. Fotos como as da “Casa Areias”, assim como da Estalagem (foto), actual Estrada Nacional 206, em terra batida, integram um conjunto de mais de duas centenas de imagens antigas que retratam uma Vermoim a partir dos anos vinte, do século passado. As fotos estiveram expostas durante duas se-

Táxi Vermoim anos 60

manas, por altura do “Dia da Freguesia” e resultam de um desafio a Miguel Lima, feito pela autarquia local, que integrou a exposição no programa comemorativo do fim-de-semana de 21 e 22 de Junho.“Desde há dois anos que comecei a colocar fotos antigas de Vermoim na página do meu facebook. Os amigos começaram a achar piada e foram partilhando as primeiras. Desde então, fui recebendo diversas fotos pela rede social e por email, muitas delas, enviadas por pessoas que nem conhecia, emigrantes do Canadá e de França, por exemplo”, explica Miguel Lima.As fotos tornaram-se num sucesso entre a comunidade internáutica de Vermoim, obrigando Miguel Lima a criar uma página autónoma, naquela rede social, específica para a partilha

Festa S. Rosário anos 70

de fotos antigas da freguesia. O nome da página (“Recordar Vermoim”) deu origem, dois anos depois, ao nome de uma exposição.“A Junta lançou o desafio de compilar parte das fotos e expôlas no “Dia da Freguesia”. A autarquia arranjou um espaço (uma loja comercial junto ao Salão, cedida por um privado) e suportou os encargos com a impressão das imagens. Apesar de não ter sido muito divulgada, fiquei surpreendido com a adesão que obrigou, inclusive, a permanecer com a exposição, mais uma semana que o previsto”, diz Lima ao RL. No futuro, Miguel Lima conta repetir a experiência (“talvez para o ano”). Até lá, espera que a página no Facebook continue com a dinâmica e o sucesso que tem tido. Os combatentes vermoi

Queima do judas anos 70

nenses do ultramar estão na mira de um projecto paralelo, igualmente em imagens, na mesma lógica do “Recordar Vermoim”.

Exposição recordar Vermoim

VERMOIM

“Dia da Freguesia” com apelos à participação da comunidade D o “ D i a d a F r e g u e s i a ” d e Ve r m o i m , a sessão solene, no domingo, também faz parte, apesar de algum alheamento da população à cerimónia mais formal e política do programa . No ano da estreia de Manuel Carvalho, presidente da Junta , a fazer as honras da casa , a autarquia local prestou homenagem a o s ex- p r e s i d e n t e s ve r m o i n e n s e s , n a era pós 25 de Abril, com o descerrar de quadros com os rostos dos ex-autarcas que, desde então, ficam expostos no Salão Nobre da sede de Junta . O gesto serviu de mote para Paulo Cunha, presidente da Câmara de Famalicão, falar sobre a relevância do papel do autarca .

O QUE SE DISSE…

“É importante que a sociedade não se demita da participação. É decisivo que seja parte interessada e que os cidadãos se envolvam no tecido associativo. Comemorar o dia da freguesia é assinalar esses valores” Paulo C unha Presidente da Câmara de Famalicão

Sobre Vermoim, Cunha destaca a actuação da Junta em matéria de educação. “Há a ideia errada de que a educação s e c o n s t ró i s ó c o m t i j o l o s . Ve r m o i m é exemplar nesta matéria . Os lanches saudáveis às crianças do primeiro ciclo, de que Vermoim foi pioneiro, é um projecto de sucesso e motivou a que, a nível concelhio, inspirássemo-nos na ideia e a desenvolvêssemos, integrando-a no Regulamento Municipal de Educação, no apoio às famílias”, salientou o autarca famalicense. Talvez por verificar a ausência massiva d a p o p u l a ç ã o à s e s s ã o , Pa u l o C u n h a alertou para a importância da partici-

“Não é dia de pedir obras a Paulo Cunha mas é dia de relembrar os juramentos de fidelidade aos programas eleitorais. Na minha visão sobre o poder autárquico não cabem partidarismos. Apesar das poucas divergências todos temos em comum o amor a esta terra”. Manuel Carvalho Presidente da Junta de Vermoim

p a ç ã o . “ N ã o q u e ro u m a co m u n i d a d e alheia . Queremos aproximar as pessoas d e q u e m g ov e r n a . O q u e é p ú b l i co é nosso, e não dos outros”, disse. Já o presidente da Junta , Manuel Carvalho, apelidou o “Dia da Freguesia” como o da “justa homenagem ao orgulho pela terra”. “Este é um ciclo autárquico que se desenvolve nas piores condições de que há memória . Ou lamentamo-nos e não agimos ou enfrentamos as dificuldades, identificando os problemas e definindo a t e ra p i a p a ra e l e s ” , r e fe r i u C a r va l h o assegurando não ter a “sobranceria” de não ter de ouvir sugestões.Luís Pereira

“A celebração do Dia da Freguesia merece ser mais conhecida, divulgada e participada. A participação não compete só aos eleitos, também compete aos eleitores. Para se obter massa crítica é preciso participar nas Assembleias de Freguesia”. X avier F orte Presidente da Assembleia de Freguesia de Vermoim


6 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

F U T E B O L | E Q U I PA J Ú N I O R N O S N A C I O N A I S O D e s p o r t i v o d e R o n f e a c e i t o u o c o n v i t e d a F e d e r a ç ã o Po r t u g u e s a d e F u t e b o l e a e q u i p a júnior do clube vai jogar a próxima época no campeonato nacional. A promoção do clube neste escalão surge face à desistência do Bragança que, desta forma, permite que, pela primeira vez na história do Desportivo de Ronfe, uma equipa da sua formação jogue em campeonatos nacionais.

POUSADA • ENSINO

GUIMARÃES

Festas Gualtarianas já mexem com a cidade berço

Alunos de Matinhos ficam na freguesia António Sousa, Presidente da Junta de Pousada, revela a intenção da Câmara em evitar a necessidade de encontrar alternativas. Na necessidade, a escola de Outeiro será a opção.

Luís Pereira

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A Câmara de Guimarães procedeu à ligação das primeiras iluminações a l u s i v a s à e d i ç ã o d e s t e a n o d a s Fe s tas Gualterianas, inaugurando, no início deste fim-de- semana , no Largo República do Brasil, um sistema de iluminação alternada na fachada da I g re j a d e N o s s a S e n h o ra d a C o n s o l a ç ã o e Santos Passos. A iluminação dos arbustos e a escolha de peças figurativas a simularem o rufar de tambores, n u m a e v o c a ç ã o d a m e m ó r i a d a Fe i r a de São Gualter que ali se realizava, daí a designação popular de “Campo d a Fe i r a ” , c o m p l e t a m a p r i m e i r a f a s e de colocação da iluminação festiva . A ligação das luzes das Gualterianas 2014 nas restantes ruas do centro de Guimarães está marcada para o dia 25 de julho (sexta-feira), igualmente às 21 horas.

A

escola de Matinhos, em Pousada de Saramagos, pode estar pronta a tempo de evitar que os alunos comecem o primeiro período de aulas do próximo ano lectivo, noutro local. Tal como o RL noticiou na edição passada, a Câmara Municipal de Famalicão prepara-se para fazer uma intervenção de fundo naquele estabelecimento de ensino que obrigaria a que as crianças não pudessem iniciar o ano lectivo naquele espaço. Contudo, depois da reunião entre autarquias, direcção do Agrupamento de escolas e

Associação de Pais, a Câmara comprometeu-se a acelerar o processo do início das obras para que estas estejam concluídas a tempo do arranque do novo ano lectivo. “Caso as obras atrasem ligeiramente, não haverá grandes problemas em que o ano lectivo, em Pousada, comece uma ou outra semana depois da data normal”, avança António Sousa, presidente da Junta de Pousada. O autarca mostrou-se crítico quanto à escolha do Centro Escolar de Joane como alternativa à escola de Matinhos enquanto decorresse a intervenção de 150 mil euros. Disso mesmo terá dado conta na reunião que existiu para

discutir o assunto. Sousa não admite outra possibilidade, em caso de necessidade, que não passe por soluções dentro da freguesia. “Se as obras se arrastarem e demorarem mais que o previsto, o vereador aceitou a nossa sugestão e as crianças começam o ano, se for preciso, na desactivada escola Outeiro”, assegura o autarca. Nessa hipótese, a escola terá de receber dois contentores, capazes de acolher os alunos com as condições mínimas para o normal funcionamento lectivo para as mais de noventa crianças que frequentam a única escola pousadense no activo.


REPÓRTER LOCAL • JUNHO DE 2014 • 7

Festa de Finalistas na EB de Castelões Os finalistas da EB de Castelões festejaram a conclusão do primeiro ciclo de ensino com u m a F e s t a d e F i n a l i s t a s q u e c o n t o u c o m a a p r e s e n t a ç ã o d a p e ç a d e t e a t r o “A i , X a v i e r ! ” adaptada ao texto dramático e representada pelos próprios alunos. Na festa não faltou uma retrospetiva dos momentos mais significativos vividos pelos alunos finalistas e a habitual entrega dos diplomas e livros de curso.

JOANE • INICIATIVA

RONFE

Foi a sepultar a segunda vítima mortal do acidente nas “curvas da Somelos” Está confirmada a segunda vítima mortal do acidente do passado dia 29 de Maio nas designadas “curvas da Somelos”.Desde o dia do acidente que tirou a vida a uma jovem de 20 anos, que uma segunda ocupante do veículo que colidiu com uma outra viatura, estava internada com gravidade no Hospital de Braga. Teresa Costa, de 55 anos, residente em Ronfe acabou por falecer na semana passada, sucumbindo às lesões causadas pelo acidente que já havia vitimado mortalmente a namorada de seu filho. O corpo da segunda vítima mortal foi a sepultar no cemitério ronfense no passado sábado, dia 19.

Dar vida ao antigo Primeira Feira de Oportunidades de Joane expôs móveis antigos recuperados e utensílios diversos que ganharam vida nova com criatividade.

Luís Pereira

M

óveis e utensílios antigos podem ganhar vida e voltarem a ter utilidade, por mais velhos que sejam. Esta foi a mensagem que a primeira Feira de Oportunidades quis passar para a comunidade. O projecto de Manuela Silva, docente do Agrupamento de escolas P. Benjamim Salgado, deu o primeiro passo com uma exposição de dois dias (11 e 12 de Julho), no átrio do Centro Cultural de Joane. “Sou uma apaixonada por histórias e pelo guardar dos ensinamentos e de tudo o que faça lembrar as pessoas que já partiram e deixaram um património com muito sacrifício,

crónica: cartas à minha terra

Um olhar sobre Joane Ângela Machado

(Licenciada em Comunicação Social)

Foi-me proposto o desafio de escrever sobre Joane, um olhar sobre a vila, tive dúvidas sobre o que escrever, é um tema amplo, onde cabe tudo, além disso já não vivo de forma permanente em Joane há cerca de 8 anos, apesar de fazer visitas regulares, porque é aí que estão as minhas raízes afectivas. Mas, a verdade é que continua a ser a minha residência oficial, a qual nunca mudei, pois sei, por experiência pessoal, que a nossa casa é onde está o nosso coração, um cliché que se confirma todos os dias quando estamos longe. Como tal, continuo a votar em Joane, a ser sócia da ATC, a estar atentar a vida polícia e social e cultural.

muitos, à custa da emigração”, explicação da professora sobre a génese da iniciativa. Em exposição, entre outros, estiveram escrevaninhas, secretárias e cadeiras com anos de existência e que assumiram nova imagem e utilidade depois de devidamente recuperadas. “O timing da exposição não foi o mais certo porque coincidiu com o final do ano lectivo. Ele surge face à necessidade de dar trabalho a um jovem de risco que estava a precisar de ser ocupado e que trabalhou na recuperação de paletes. Seguiu-se o processo de matar o chamado “bicho da madeira”, tratando-a e, na fase final, a pintura e decoração dos objectos”, refere a mentora da iniciativa.

Quando a sul, em Lisboa, onde resido actualmente, me perguntam se sou do Porto, explico com orgulho que não é pronúncia do Porto, mas de Joane. Não haja confusões com pronúncias, até porque são diferentes e lá, a norte, cada um tem a sua, com muito orgulho e sem preconceito! Sei que troco os V pelos B e isso nunca foi problema na minha terra. Sublinho que Joane é vila minhota do distrito de Braga, do concelho de Vila Nova de Famalicão, muito bem localizada, onde existem muitas das infra-estruturas exigidas a uma localidade urbanizada, com uma densidade populacional representativa no concelho, com rápidos acessos aos centros urbanos das redondezas, com origens romanas, várias associações bastante activas, um clube de futebol, escolas, um centro cultural, entre outros, e inclusive há um joanense que foi presidente da primeira República duas vezes! Além disso, há actualmente uma nova geração de joanenses com carreiras de sucesso nas mais diversas áreas! É obra, não é para qualquer vila deste Portugal. E aí lembro-me que Joane é Saudade. Penso nos 28 anos de elevação a Vila e as diferenças que se verificam entre o antes e o presente. Recordo-me de ir a um “posto médico” numa antiga casa de pedra escura em Vila-Boa, da escola

Mas nem só de madeira se fez a Feira de Oportunidades. O tambor de uma máquina de lavar que depois de reaproveitado deu origem a uma mesa ou os pneus gastos que passaram a elementos que podem decorar a casa de qualquer um, estiveram expostos, provando que a reutilização de materiais, aliada à criatividade, resulta mesmo.“Todos os objectos são capazes de tomar nova vida. Temos de economizar recursos. Gostava que mais pessoas se associassem, trouxessem o seu objecto, desse-lhe nova vida e contasse a história dele. Todos ganham com isso e a natureza que agradece”, conclui Manuela Silva.

primária em Mato-da-Senra e mais tarde de fazer a quarta classe no rés-do-chão de uma casa em Cima de Pele, da Escola Preparatória de madeira, onde chovia nas salas de aula, de ir ao teatro nas antigas instalações da ATC e ver a Maria do Céu Guerra, numa sala pequena de madeira, e aí ter feito parte do Grupo de Cavaquinhos. Assim, muita coisa mudou, muitas infra-estruturas novas foram construídas, temos os mais variados serviços e, sobretudo, uma população jovem instruída com potencial para ser crítica, activa e exigir e fazer o melhor pela nossa vila, como por exemplo se verificou no recente aniversário dos 30 anos da Escola Secundária Padre Benjamim Salgado, onde foram mostrados os mais variados talentos. No ano passado tivemos eleições autárquicas e muito se falou em projectos, tijolos e cimento, entre outros. Esse é o momento em que podemos participar e decidir quais os projectos, ideias, caminhos que queremos para as nossas localidades. Mas a nossa participação não pode esgotar-se nesse momento, é nas pessoas, nos joanenses que está o motor do crescimento e desenvolvimento, através de uma participação activa nas mais variadas vertentes da vida cívica. O poder local somos todos nós.


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8 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL


REPÓRTER LOCAL • JUNHO DE 2014 • 9

Mogege | Sofia Oliveira no Mundial de kickboxing A atleta de Mogege, Sofia Oliveira, está apurada para o campeonato do Mundo de Kickboxing em Rimi, Itália, que decorre entre 4 a 14 de Setembro. Com 16 anos, Sofia Oliveira é campeã nacional de Kickboxing na categoria Juniores de menos de 55Kg e o apuramento da atleta é o corolário da sua dedicação e empenho na modalidade..

A DIFERENÇA DO DEDILHAR PROFISSIONAL NUMA GUITARRA CLÁSSICA

C

om ou sem voz a acompanhar, quem se predispõe a ouvir Tiago Machado, não dá conta do tempo passar. O dedilhar do joanense nas seis cordas de uma guitarra clássica, faz parecer que é fácil, desconhecendo, porém, as horas a fio de estudo que estão por detrás da qualidade do artista. Acabado de terminar o curso superior de Guitarra Clássica no Conservatório Superior de Música de Vigo, onde, de resto, faz grande parte da sua carreira, o jovem de 32 anos é o exemplo da tal linha que separa o amador do profissional. Em Joane, poucos da sua geração o desconhecem. Fundou bandas, arriscou a abrir conceitos de espaços musicais na vila que, à data, refrescaram a vida cultural joanense, como é o caso do conhecido bar/concerto na ATC, o Contemplarte, de que é co-fundador. Especializado em guitarra clássica, o dia do músico profissional deveria ter 48 horas para dar resposta a tantos projectos em que se “deixa” envolver. Dá aulas de música em Viana e Vigo mas, na primeira oportunidade volta às origens. Foi numa delas que o RL esteve à conversa com ele. “Aos seis anos comecei a frequentar aulas de música não oficiais, promovidas por uma instituição da terra ligada à Igreja. Tive aulas de cavaquinho, quando ainda as havia na ATC, prossegui na extinta filial de Joane da Faminho. Aos catorze anos os meus pais deram-me a primeira guitarra e começo a dar os primeiros toques, imitando os inspiradores “Nirvana”, conta Tiago Machado. Apesar de cedo se ligar à música, a importância desta no percurso de Machado não seguiu o molde habitual. Só aos 19 anos é que se torna clara a ideia de querer fazer dela, vida profissional.“Entre os 17 e os 18 anos começo por tocar para amigos, em festivais pequenos e em bares, com a banda que tinha, numa altura em que, na zona, houve um certo movimento musical de onde surgiram muitas bandas de garagem. Aos 19 anos começou a tornar-se claro que a minha predisposição para estudar não era muita e, aconselhado pelos pais, entrei para o Centro de Cultura Musical de Santo Tirso, numa lógica de seguir a via do conservatório”, explica.Acabou por fazê-lo em Vigo, terra onde tem dado nas vistas com os dois projectos musicais que mantém, um no dueto com a namorada, o projecto “Hot Air Balloon”, grupo de originais com sabor a blues e música alternativa e um outro, os “The Marveltons”, com versões Funky, Soul e Rock and Rooll. Foi galardoado em 2007 e 2008 com o 2º Prémio no concurso de Instrumento e Canto levado a cabo pelo Centro de Cultura Musical e já conquistou o respeito e a admiração entre os que o ouvem. São muitos que seguem a carreira do músico joanense apesar deste considerar que a sua música não é “de massas” mas “de nichos”. Vigo, Barcelona, Irlanda, Famalicão, Joane, Guimarães, Porto, Aveiro e tantas outras localidades já o receberam e ficaram rendidas ao seu talento.“Do ponto de vista académico, a guitarra clássica exige muito estudo para apuramento da técnica. Um profissional para se manter no topo tem de passar a vida a estudar porque está em constante processo criativo”, atira o joanense. Luís Pereira

JOANE NA ÓPTICA DO MÚSICO

“Gnomon” é o projecto musical que Tiago Machado está envolvido há mais tempo. Há onze anos atrás, com Carlos Ribeiro, funda , em Joane, o grupo que está a gravar o segundo disco, depois do EP de 2007 e do primeiro trabalho discográfico em 2009. “É um grupo de música instrumental em que, ou não há voz ou, quando a há, não é o elemento dominante da música . S o f r e I n f l u e n c i a s d e j a z z e j á t e ve t a mb é m d a m ú s i c a t ra d i c i o n a l p o r t u g u e s a . Começamos muito jovens e como a nossa personalidade vai mudando, o estilo e a estética do grupo também se foi adaptando e evoluindo”, narra o, também compositor, Tiago Machado.

“Joane já teve muita actividade ao nível artístico, muit o ce ntrada no Centro Cultural. Falta algo constante e que envolva as pessoas. O pólo é a ATC porque é lá que está o nosso C e n t ro C u l t u ra l e t e m q u e vo l t a r a g a n h a r dinâmica que atraia . Há 15 anos conseguíamos criar e reinventar coisas. Agora não vejo tanto isso e acho que também tem a ver com uma q u e s t ã o g e ra c i o n a l q u e e s t a rá h o j e m e n o s disponível para se envolver e criar. Há muito pouca gente curiosa , porque tem a vida complicada mas também por muito comodismo. Tu d o o q u e é d i f e r e n t e n ã o i n t e r e s s a e e u sempre gostei mais do que não era comum. Tenho vontade de voltar a fazer parte da vida cultural desta zona porque as minhas raízes são estas e não outras”.

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TIAGO MACHADO

GNOMON: O COMEÇO A SÉRIO QUE AINDA DURA


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10 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

BASQUETEBOL | ATC COM ATLETA NA SELECÇÃO NACIONAL Miguel Pinto, atleta da Academia de Basquetebol da ATC, integra o grupo de quinze atletas do norte do país que prepara a participação de Portugal nos Jogos da CPLP e faz parte da lista de 23 jogadores préconvocados para o Campeonato da Europa que se realiza na Macedónia de 20 a 30 de Agosto. Por estes dias, o jovem participa nos treinos da Selecção Nacional de Sub 16 Masculinos

Ronfe • Iniciativas

Contar a história da vila recriando casamento de 1183 A chuva intensa da passada sexta-feira, dia 18, fez temer o fracasso da iniciativa mas, ao longo do fim-de-semana, o S. Pedro foi ajudando e o certame da recriação do casamento da Dona Continha Peres com Pedro Soares de Belmir e da Feira Medieval, em Ronfe, acabou por coroar-se de êxito. A Quinta do Ermízio serviu de palco ao evento, organizado pela “Associação Projecto Ronfe há 50 anos”. Aliar a história da vila a um evento cultural multifacetado, foram os objectivos dos organizadores. “Segundo os dados históricos existentes, a Dona Continha Peres foi a primeira governanta oficial do Couto de Ronfe, que englobava Vermil, uma parte de Mogege, Brito e Delães. Depois de casar com o Conde Pedro Soares de Belmir, em 1183, foi viver para Belmir, daí que o Couto, mais tarde, passasse a ser administrado a partir de Vermil, assumindo a designação de Couto de Belmir”, conta António Machado, dinamizador do certame e presidente da instituição ronfense. Segundo os escritos, o casamento terá sido

um marco importante para a região, recriá-lo foi um desafio tornado realidade, no passado fim-de-semana, na vila ronfense. “Consta que o pai da Governanta era um grande amigo do rei D. Afonso Henriques que só não terá estado presente no acto solene, face à doença que já padecia (viria a morrer dois anos mais tarde). Mesmo assim, mandou um grande representante dele ao casamento”. Não há dados que levem a crer que o casamento terá sido realizado na Quinta do Ermizio, embora também esta esteja revestida de história já que foi, outrora, local onde o rei ordenou que fosse guardado todo o gado tresmalhado da região. Hoje, a Quinta é privada e dedica-se à produção de vinho. Quando abordados pela organização, disponibilizaram o amplo espaço para a concretização do certame e durante três dias, quem entrou na Quinta, só via materiais e utensílios medievais. Até no vinho, encomendado a preceito, oferta do dono da Quinta do Ermízio. “O ponto central da ideia passo pela recriação do casamento com tudo o que lhe está inerente, desde o bai-

le, ao cortejo e à boda”, explica Machado Metade dos trajes utilizados na encenação foi confeccionada pela associação. Ao todo, estiveram envolvidas 25 pessoas que contaram com o apoio e a colaboração do Teatro de Campelos, que tratou do texto e da parte cénica e teatral da iniciativa, embora os actores fossem “prata da casa”. Mas nem só de casamento viveu o certame. Quem o visitou pôde participar numa feira medieval, com direito, entre outros, à compra de animais vivos. Trinta expositores estiveram presentes na feira medieval ronfense. Entre chãs, sabonetes e doces conventuais, de tudo um pouco foi comercializado e exposto por expositores habituados a percorrer este tipo de feiras, oriundos de várias localidades como Fão, Esposende e Felgueiras. “A iniciativa agradou a todos e é para repetir. A chuva não ajudou na sexta e no sábado mas hoje (domingo), a população aderiu em massa e encheu por completo a Quinta do Ermizío”, diz, satisfeito, António Machado. Luis Pereira


REPÓRTER LOCAL • JUNHO DE 2014 • 11

,Joane | Festa de S. Bento volta a ter brilho de outros tempos Houve festa rija em Joane! A edição da festa de S. Bento deste ano reuniu aplausos e voltou a ter o brilho de tempos passados. Na ausência de disponíveis e falhadas as tentativas de modelos para não deixar “morrer” a festa, como o recente da organização “por famílias”, a Rusga de Joane tomou a “rédea” à organização e mostrou como se faz . “A Rusga tem, na sua génese, a vertente de preservação dos usos e costumes. Nesta lógica, e como não havia ninguém que assegurasse a organização da festa, aceitamos o desafio de a fazer. É a terceira festa popular que a Rusga organiza”, diz Ricardo Carneiro, director artístico do rancho joanense. Com os tradicionais peditórios, cantinas, arraiais e patrocínios vários, lá se amealhou os dezoito mil euros para fazer a romaria. Além de Zé Amaro, que encheu a noitada do dia 12, a festa de S. Bento teve um atractivo extra: o tapete de flores que preencheu o meio quilómetro de estrada para a procissão do santo, deu nas vistas e pode iniciar uma tradição. Venha a próxima!

ZÉ AMARO

Ele vai a todas!

Luís Pereira

D

eu “show” e tornou mi núsculo o recinto junto à capela de S. Bento, tal a multidão que quis dançar ao som de “Zé Amaro”, no dia 12, em Joane. Na passada sexta-feira, 18, nem a chuva conseguiu evitar que receita igual fosse repetida na freguesia vizinha de Mogege, na abertura das festas da padroeira Santa Marinha. A 28 de Setembro, o artista-fenómeno, volta à região, actuando no monte de S. Miguel-O-Anjo, onde torna a ser, dois anos depois, a aposta da Comissão da festa de Vermil. Só o S. Tiago de Ronfe do último fim-de-semana de Julho, escapa à “euforia” de Amaro. “É o Tony Carreira de há quinze anos atrás. A Norte do país, é difícil encontrar um fenómeno igual. Zé Amaro é muito mais que as músicas que canta. Tem um carinho especial pelos fãs e trata-os bem. Não se limita a cantar e ir embora. Com ele, é enchente garantida”, diz Henrique Pinheiro, agente do cantor. Encher o recinto da festa na noitada da romaria é uma das ambições de quem trabalha um ano inteiro para a tornar realidade. Apostar em fenómenos musicais que dêem essa garantia, é o “seguro de vida” de uma Comissão de Festas. “É o artista em voga e o nome mais consensual na hora de decidir. Contratamo-lo em Janeiro. Acho que assinamos primeiro que

S. Bento, Joane

Mogege mas nem sabíamos que ele também lá ia. Tivemos a sorte da festa de S. Bento realizar-se antes”, elucida Ricardo Carneiro, director da Rusga de Joane que este ano tomou conta da festa. Quando celebraram o contrato com

“é o tony carreira de há quinze anos atrás. a norte do país, é difícil encontrar fenómeno igual. com zé amaro, é enchente garantida” o artista, a Comissão das festas de Santa Marinha e do Santíssimo Sacramento, de Mogege, também desconhecia que o cantor, menos de uma semana antes, actuava na freguesia vizinha. A par de Ricardo Carneiro, David Roque, festeiro da romaria de Mogege, garante contrataram o artista em Janeiro e, quando o cartaz de S. Bento de Joane saiu, não trouxe preocupação à Comissão. “A festa de Mogege nunca costuma a trazer muita gente de fora. As pessoas da terra estão garantidas, o que, por causa de Zé Amaro, vier, será por acréscimo e bem-vindo. O cantor é popular e quisemos subir a fasquia desta festa”, diz David Roque, um dos oito elementos que trabalhou para a festa deste ano da padroeira de Mogege.

Santa Marinha, Mogege

Henrique Pinheiro foi o intermediário que trouxe a Joane Zé Amaro. Não tem responsabilidade sobre o agenciamento na festa de Mogege nem da de Setembro, em Vermil. Mas nem por isso rivaliza. “Joane até teve a perder. Tentei convencer a organização a mudar o espaço para outro sítio. Sabia que aquele local era demasiado pequeno para receber a multidão que vinha. A Comissão preferiu não alterar. Vai dar para os dois: em Joane está garantida a enchente, o espaço pequeno vai fazer com que muitos não o consigam ver, e na sexta desloquem-se a Mogege”, refere o produtor famalicense. A par da garantia de “casa cheia”, o cachet do artista fica em conta e facilmente convence os organizadores. Nenhuma das fontes contactadas quis revelar números, uma delas deixou escapar que “não é muito mais que cinco mil”. “É comprar camarão tigre pelo preço da sardinha”, garante Henrique Pinheiro. Opinião partilhada por Ricardo Carneiro e David Roque. As festas de Joane e Mogege já lá vão. Em Setembro, Zé Amaro volta a região. Depois de, em 2012, ter feito sucesso e entupir os acessos ao Monte de S. Miguel-O-Anjo, tal a enchente, a Comissão da festa de Vermil não quis arriscar noutra opção e jogou pela certeza. A 28 de Setembro volta a ser a estrela do cartaz da romaria vermilense.

S. Miguel-O-Anjo, Vermil (2012)

MINI-ENTREVISTA A ZÉ AMARO Porque é tão solicitado pelas Comissões de Festas? As pessoas gostam do meu trabalho e sabem que muitos vêm de longe para ver todos os meus concertos. Somos muito prof issionais e montamos um espectáculo de duas horas que dão cor à festa , com os cenários e a música . Actuamos com um esti lo diferente do que é habitual. Somos uma equipa de 25 pes soas e a parte cénica do espec táculo, é única em Portugal. Sente que é um cantor-fenó meno? As minhas raízes são muito hu mildes e eu não esqueço delas. As fãs sentem esse carinho. De pois do concerto, estou mais duas horas, se preciso, a dar autógrafos e a falar com todos os que se dirigem a mim. Tra balhamos para não defraudar quem nos contrata nem quem nos ouve. Quem o ouve pela primeira vez , com que tipo de espectá culo pode contar? Temos oito discos lançados, É uma mistura de canto sertanejo com música popular. Todos os concertos são diferentes. Já ninguém inventa nada na música , o que fazemos é dar o nosso cunho muito próprio e prof issional. Desde 2006 que somos conhecidos por esse prof issio nalismo e não é à toa que não há artista em Portugal, actualmente, que dê mais concertos que nós. Mesmo no estrangeiro. Este ano já temos 422 horas de voo. O sucesso a Norte do país está garantido. Quando “contaminará” o resto do país? No Norte é onde se fazem as romarias. Dizem que contratá-lo f ica acessível… Pensamos no estado em que está o país e fazemos a gestão. Compreendemos que as Comissões de Festas também têm dif iculdades. Há artistas com cachet quatro e cinco vezes maiores e o que fazem em palco não tem comparação com o que nós fazemos. E não têm metade dos concertos que temos. Vai voltar a Vermil. Recordase do concerto que lá deu? Claro que sim. No cimo de um monte, com uma multidão que caminhou debaixo de um calor abrasador para nos ver. Espero voltar a ver isso. Garanto que não será mais do mesmo por que mudamos constantemente os espectáculos.


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12 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL


REPÓRTER LOCAL • JUNHO DE 2014 • 13

FOTOREPORTAGEM

JOANE: 28 ANOS DE VILA EM IMAGENS


14 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

AT E L E T I S M O | M O I N H O D E V E R M O I M C O M AT L E TA C A M P E Ã O E U R O P E U J o s é A z e v e d o , a t l e t a d a A s s o c i a ç ã o M o i n h o d e Ve r m o i m , v e n c e u , n a H o l a n d a ( B e r gen Op Zoom) dois títulos Europeus de Pista ao ar livre. O atleta foi medalha de ouro nos dez mil e nos cinco metros em pista ao ar livre da competição europeia n a c a t e g o r i a A N D D I.

JOANE • aniversário

Joanenses envolveram-se nos 28 anos da vila

Joane engalanou-se em festa no fim-de-semana de 4 a 6 de Julho. No ano de estreia no cargo de presidente da Junta de Joane, António Oliveira viu no aniversário da vila, a oportunidade de marcar a diferença. Nos três dias de festa, envolveu o movimento associativo que assim fez a animação da I Feira do Associativismo e Mostra de saberes e sabores, no Parque da Ribeira. Paralelamente, a autarquia mobilizou noventa mulheres joanense que, tal como o RL já noticiara em Março, durante meio ano bordaram a crochet, temas vários que revestem, ainda hoje, as árvores do Largo 3 de Julho. Também no fim-de-semana de aniversário, as janelas e varandas de particulares e comerciantes do centro da vila, decoraram-se a rigor e entraram em competição saudável pela mais bonita. “No início de Junho, tínhamos dez inscrições, no dia era meia centena, os inscritos e foram muitos os que enfeitaram as varandas sem inscreverem-se”, revela Oliveira. Ao programa comemorativo, os joanenses disseram “presente” e esse terá sido a maior recompensa para a organização. “Estas comemorações deram para sentir o imenso orgulho dos joanense pela sua terra. De uma forma quase automática, o povo de Joane movimentou-se em massa e aderiu às comemorações”, comenta o autarca. O projecto das “Tradições da Nossa Terra”, que reveste as árvores do centro da vila a crochet, ambiciona crescer e tem já em mira o Parque da Devesa, em Famalicão, para expor o trabalho feito por noventa mulheres joanense.

Centro da Vila no centro das prioridades

Joane fez 28 anos de vila e os decisores políticos traçaram as prioridades para a freguesia. Câmara e Junta de mãos dadas na resolução dos problemas do centro joanense

Luís Pereira

Consenso, colaboração e sintonia. Pode assim resumir-se os discursos dos responsáveis políticos das autarquias de Joane e Famalicão na sessão solene evocativa dos 28 anos da elevação de Joane a vila, no passado dia 5. António Oliveira, presidente da Junta joanense, elencou a construção de uma sede de Junta, a ampliação do Parque da Ribeira e a aquisição da ex-estamparia para um efectivo alargamento do Largo 3 de Julho e do Parque, como prioridades para Joane. Na resposta, Ricardo Mendes, vice-presidente da Câmara de Famalicão, afirmou serem soluções “acertadas”. “São reivindicações antigas que fazem sentido para uma freguesia de relevo no panorama concelhio como é Joane. Haverá possibilidade, e de uma forma simples e a curto-prazo, de fazer algumas intervenções, na actual sede de Junta para torná-la mais funcional. A ambição é a construção de uma nova, iremos verificar essa possibilidade”, disse, à margem, aos jornalistas. O vereador confirmou estar em curso negociações para finalizar o processo dos terrenos do Largo 3 de Julho, após o conflito em tribunal que decidiu a favor das autarquias. “Nos terrenos que circundam o Parque existem duas situações. Uma já foi resolvida judicialmente e agora estamos a terminar a segunda situação, negociando a forma como será concluída (terrenos junto à estrada do Parque). Estou convicto que terminará numa solução agradável para os joanense e, sobretudo, mais eficaz do ponto de vista do planeamento do território. A Câmara está disponível para encontrar com a JF as melhores soluções, dentro das suas limitações. Temos uma ideia do que queremos. Com boa vontade de todas as partes, vai-se encontrar a melhor solução para Joane”, assegurou Mendes. Em simultâneo, o vice-presidente do Município, revelou que as autarquias têm-se sentado à mesa das negociações com os proprietários dos terrenos

da ex-estamparia. “Para a estamparia, está a ser estudada uma solução, quer no Departamento Urbanístico, quer no dos Assuntos Jurídicos da Câmara. Sabemos que a solução abarca muitos recursos financeiros e teremos de ter muita paciência para os resolver”, disse Ricardo Mendes. Já o presidente da Junta mostrou-se optimista na concretização dos anseios. “A curto-prazo, temos a ambição de concretizar a ampliação do Largo 3 de Julho e a do Parque da Ribeira. Este último tem de crescer para ter maior dinâmica. Estamos, simultaneamente, a lutar pela construção de raiz de uma sede de Junta. A que temos já é pequena para as respostas que diariamente damos a centenas de pessoas”, afirma António Oliveira. Sigilo e contenção nas declarações públicas sobre as negociações com os proprietários, quer dos terrenos em frente ao Parque da Ribeira (no seguimento do prédio inacabado), quer com os donos da antiga estamparia. “Estamos em negociações para desbloquear ambas as situações. A breve trecho teremos novidades sobre os terrenos do Largo 3 de Julho porque as negociações têm sido cordeais. Os terrenos da estamparia também estão a decorrer”, refere o autarca. António Oliveira recusou confirmar o valor de um milhão de euros, falados no passado pelo seu antecessor, como o custo em causa para adquirir a ex-estamparia, sob pena de “comprometer as negociações”. Quanto às relações e a abertura da Câmara de Famalicão, o presidente da Junta diz viver-se um clima de “colaboração” mutua. “Apreciei a abertura da Câmara. A nossa disponibilidade para com o Município é a de total colaboração e temos sentidos que ambas as autarquias têm criados criar sinergias para encontrar soluções. Temos sido bem atendidos”, assegura Oliveira.


REPÓRTER LOCAL • JUNHO DE 2014 • 15

ENTREVISTA

ANTÓNIO OLIVEIRA : O SUCESSOR Depois de ter sido o “braço direito” nos últimos anos do “reinado” de Sá Machado, na condução dos destinos da vila , António Oliveira foi eleito, nas últimas eleições autárquicas, Presidente da Junta de Joane, com uma votação superior à do seu antecessor e que permitiu tirar um eleito à oposição, a col i g a ç ã o P S D / P P.

“Espero resolver o problema da ex-estamparia neste mandato”

ANTÓNIO OLIVEIRA

“A DINÂMICA DESTA JUNTA É DIFERENTE PORQUE DIFERENTES SÃO AS PESSOAS QUE A ENCABEÇAM”

ANTÓNIO OLIVEIRA Presidente da Junta de Freguesia de Joane (PS) Luís Pereira

Há quase um ano no poder, que obra tem para mostrar? A mais visível é a redefinição da circulação automóvel no cruzamento de ruas junto ao cemitério, com a rotunda que permitiu simplificar e ordenar a circulação automóvel e dignificar toda aquela zona, também com a requalificação do espaço adjacente ao cemitério, com a criação de zonas para estacionamento, passeios e ajardinamento. Fizemos pavimentações e reformulamos muitas condutas de águas pluviais. Criamos o Fundo de Emergência Social e, todos os dias, damos apoio à população na resolução dos problemas do dia-a-dia. Realizamos a Feira do Associativismo e mostra de sabores e saberes. Temos envolvido todo o tecido associativo e a população na concretização de muitos projectos, como os das árvores de Natal em material reciclado, o concurso de varandas e janelas floridas e a exposição tradições da nossa terra. A sede de Junta é possível concretizar neste mandato já que tem a abertura da Câmara e o terreno “desimpedido”? Que prioridades tem? A sede da Junta actual funciona como uma verdadeira loja do cidadão. Lá, diariamente, tratam-se dos mais variados assuntos a centenas de pessoas e o edifício não responde às necessidades porque é exíguo e precisa de alterações. É legítima a pretensão da sede de raiz nos terrenos adjacentes ao largo 3 de Julho com um espaço

com múltiplas funções. A curto prazo, queremos resolver o problema do centro da vila e a ampliação do Parque da Ribeira, assim como a construção da sede e fazer a requalificação de várias vias. Estas obras podem estender-se no médio prazo. Queremos lançar as bases para a construção de um Pavilhão Gimnodesportivo. Embora esteja dependente da vontade do governo central, a construção de raiz de uma Unidade de Saúde, continuará a ser reclamada. A longo prazo, lutaremos pela via circular externa que permita um descongestionamento efectivo do trânsito da EN 206 e a criação de um parque industrial. O terreno adjacente ao Largo 3 de Julho que está em negociações é importante para o alargamento do Parque da Ribeira? O terreno é importante se queremos ter um todo harmonioso entre o Largo, Parque e a futura sede de Junta. A aquisição da ex-estamparia fica para “segundo plano”, para um pós-sede? As negociações continuam em curso. Espero resolver o problema da antiga estamparia ainda neste mandato. Incluo tal projecto nos denominados “curto prazo”.Não gostava que a próxima campanha eleitoral em Joane se centrasse somente na discussão do centro da vila. Joane é muito mais que o seu centro e toda a vila carece de investimento. Além de alargar o Parque da Ribeira, o que nascerá dos escombros da estamparia?

A sua função base será o alargamento do Parque, dotando o espaço de zonas relvadas, amplas e arborizadas, que permitam, ao longo dos tempos, a construção de equipamentos como uma pista para jogging matinal, treinos de atletas, reforçando os elementos urbanos para a prática de exercício físico para todas as idades. Queremos assegurar um conjunto de terrenos no centro da vila, disponíveis, se necessário, para a construção de equipamentos públicos. O Fundo Social de Emergência tem sido muito procurado? O Fundo serve para acudir a necessidades básicas imediatas, sejam elas de alimentação, de preservação de serviços essenciais ou medicamentos. Tem sido procurado mas não vou quantificar. A verba não está esgotada e cremos que não precisa de reforço. Quando é que os joanenses vão perceber o sentido da aquisição do terreno do cor redor pedonal? A maior parte já o percebeu.O corredor pretende ligar o Parque da Ribeira, pelas traseiras do Edifício Fonte, junto à linha de água, passando pelo traçado já existente e sair na Rua Egas Moniz. Está em estudo a possibilidade de ligar o Parque seguindo pelo curso de água, em corredor pedonal, até à EN 206, junto à rotunda. O tempo mostrará que o corredor é uma boa solução para circular livremente, sem o incómodo dos carros, numa vasta área arborizada e aprazível.

Venceu as eleições e a coligação perdeu um eleito. Foi mérito da sua candidatura ou demérito da candidatura de Xavier Oliveira? Os joanenses manifestaram de forma clara, a adesão ao nosso programa e equipa. Um programa realista e exequível, sem loucuras e promessas de mundos e fundos, como outros fizeram. O contacto com a população, o conhecimento dos seus anseios e expectativas, a obra feita e a equipa multifacetada fez com que tenhamos vencido. Teve um resultado mais expressivo que os de Sá Machado... Aprendi muito com Sá Machado. Nunca medi a vitória por ser mais ou menos expressiva que as anteriores. O povo entendeu que esta equipa, que Sá Machado também apoiou no terreno, merecia o resultado que obteve. Pouco mexeu na equipa. Significa continuidade ou vai “virar a página”? Filipa Pereira é um rosto novo no executivo e na Assembleia, também há caras novas. Não esqueço o meu trajecto, as origens, a equipa que integrei e que agora acompanha-me. Mudando uma equipa e quem a preside, há sempre coisas que mudam. Procurámos imprimir ainda mais dinâmica e interacção na autarquia. Queremos uma Junta ainda mais virada para as pessoas e para a resolução dos problemas. A dinâmica é diferente porque diferentes são as pessoas que a encabeçam e isto não é romper com o passado, é pretender melhorar o que pode funcionar menos bem. O que o distingue de Sá Machado? Não gosto de me comparar a outras pessoas porque posso ser injusto e nunca o faria com um bom amigo, como é o caso. Somos diferentes, com virtudes e defeitos. Partilhamos visões semelhantes em muitos aspectos e diferentes em outros.


16 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL

FUTSAL | EQUIPA FEMININA DO FC VERMOIM É VICE CAMPEÃ NACIONAL A e q u i p a d e f u t s a l f e m i n i n o d o F C Ve r m o i m é v i c e - c a m p e ã n a c i o n a l 2 0 1 3 / 2 0 1 4 , d a m o d a l i dade. O feito foi alcançado ao fim de catorze jornadas na época de estreia da competição o r g a n i z a d a p e l a F e d e r a ç ã o Po r t u g u e s a d e F u t e b o l . O c a m p e o n a t o d i s p u t a d o e n t r e o i t o e q u i p a s foi ganho pela formação da Golpilheira sendo que o segundo lugar da equipa vermoinense é resultado da soma de 27 pontos alcançados com oito vitórias, três empates e outras tantas d e r r o t a s . J á a e q u i p a d a R e d e J o v e m , d e M o g e g e n ã o f o i a l é m d o p e n ú l t i m o l u g a r. O aniversário da vila deste ano foi diferente. Era número dois dos executivos anteriores, porque só foi possível fazer estas comemorações agora? Sentiu-se mais “livre” e com total poder para o fazer? As comemorações dos anos anteriores receberam actuações de orquestras, torneios de xadrez e festival de folclore. Não se trata de sentir-me mais ou menos livre. Aprendemos com o passado e achamos que devíamos tentar envolver toda a população nas festas da vila, fazendo todos os eventos com a prata da casa, o que conseguimos. Exemplo disse é a adesão em massa ao concurso varandas floridas que, no futuro, pretendemos alargar a toda a freguesia. A ideia antes nunca nos surgiu, nestes moldes e este ano surgiu e foi possível convergir um conjunto de iniciativas. Os objectivos foram alcançados? Eu diria que foram largamente superados, não contávamos com tamanha adesão da população. É para repetir/reforçar? Eventos deste género divulgam o melhor que temos e fazemos e eleva a “marca” Joane. Nada disto seria possível sem a prestimosa colaboração das associações. Se depender da Junta, a iniciativa continua, e evoluirá para que não caia na monotonia.

ENTREVISTA | ANTÓNIO OLIVEIRA

“Paulo Cunha tem a cordealidade de informar sobre todos os assuntos” Será um presidente capaz de estabelecer mais pontes que o antecessor? A via do diálogo deve ser levada até à exaustão. É nela que se estabelecem pontes, entendimentos e consensos. Se ela se esgotar e se tornar-se impossível, devemos partir para outro tipo de actuação. Quero manter esta postura. Se serei capaz de estabelecer mais pontes do que o meu antecessor, só o tempo e as circunstâncias o poderão confirmar. A “guerra” do passado com a Câmara vai ter tréguas? É descabido dizer que existia uma guerra com a Câmara. Entre Juntas e Câmara existirá sempre discussão porque as Juntas reclamam o melhor para a sua terra e a Câmara argumenta com a necessidade de responder às necessidades de todo o Município. É normal e legítimo que uma Freguesia que entenda não ter o mesmo tratamento que outras que consigo são comparáveis, levante a voz e reclame igual tratamento. É sadio e corresponde aquilo para que os eleitores nos elegem. Disse e continuo a repetir que com a Câmara manterei um diálogo constante, aberto e permanente, nunca deixando de reivindicar o que Joane

necessita e merece. Tenho optado pela via do diálogo constante, quer com o presidente da Câmara, quer com os vereadores. Desse diálogo resulta a resolução dos problemas de Joane que, necessariamente ca recem do apoio da Câmara. Temos estabelecido pontes para a resolu ção de vários assuntos. Existe uma óptima relação com o Município e com quem o representa. O que pensa de Paulo Cunha? Tem sido uma pessoa que tem man tido uma relação muito cordata, um diálogo constante, ora promovido por nós, ora promovido por ele. Tem sempre a cordialidade de me informar sobre todos os assuntos que dizem respeito á freguesia e de que toma conhecimento por força das suas funções, mesmo nas situações em que nada o obrigaria a essa deferência. Tenho sido atendido pelo presidente sempre que o solicito, e mantemos uma estreita colaboração, na defesa dos interesses de Joane. Acredito, sinceramente, que, no futuro, esta boa relação institucional se traduza quer na resolução de problemas que carecem do apoio da Câmara, quer em investimentos em Joane. A coligação PSD/PP acusa a Junta de sonegar informação.

PUBLIREPORTAGEM • EMPRESAS

“Joanetrónica” citada em revista de referência Ao fim de cinco anos de presença no mercado da informática e da electrónica, a empresa joanense “Joanetrónica” acaba de ser citada como empresa de sucesso pela revista “Portugal Inovador”, ligada e distribuída pelo prestigiado Jornal Público. Ao RL, Tiago Vieira, administrador da empresa, explica que o sucesso da empresa está associado a uma “constante adaptação” às exigências do mercado e á “eficácia na resposta” às exigências dos clientes.

Em cinco anos, a empresa inverteu a tendência do clientealvo, sendo detentora de uma carteira de clientes em que 70% é composta por empresas e 30% dos que recorrem aos serviços são particulares. Fundada com o objectivo focado em serviços de venda e reparação de componentes de informática, cinco anos volvidos, o jovem empreendedor alargou o leque de serviços para a área electrónica e a comercialização de serviços de telecomunicações, com respostas

novo site: www.joanetronica.com

para produtos relacionados com telemóveis, televisão e internet bem como software de gestão Sage. Situada na Avenida Cristo Rei, para comemorar os cinco anos de existência, a Joanetrónica apresentou o novo site (www. joanetronica.com) e o canal 327407 da MEO Kanal. Até final de Julho, a empresa conta com várias promoções como os 10% de desconto em material informático.

Há motivos para que se desconfie de negócios difusos sore os processos para os quais fazem constantes requerimentos? Saí das últimas Assembleias com a nítida sensação que a oposição não encontra qualquer problema ou assunto que careça de resolução em Joane e que possa apontar. Preocu pa-se antes em discutir um ou outro aspecto de uma acta e em acusar o executivo de não lhe ter entregue documentos que efectivamente já lhe haviam sido entregues e de que até tinham assinado a declaração a s s i m c o m o o s re c e b e ra m, c o m o é o caso do documento do protocolo relativo ao Centro Escolar. Isso deixa-me perplexo, pois, apesar de sermos Junta, reconheço que Joane tem problemas e assuntos para resolver e a minha preocupação diária é tentar encontrar solução para esses problemas, se possível, no mais curto espaço de tempo. A oposição tem de ser concreta e clara naquilo que solicita, não colocando informações ou datas que não correspondem à verdade. Muito mal ia a nossa política local se a oposição apresentasse requerimentos por desconfiar de algum acto ou contrato, porque efectivamente não existe razão.


REPÓRTER LOCAL • JUNHO DE 2014 • 17

OPINIÃO

António Carvalho

os artigos de opinião são da inteira responsabilidade de quem os assina

Presidente da Junta da União de Freguesias de Airões e Vermil

Resposta a Marçal Mendes 1. Sabe, quem me conhece, que considero e utilizo o cargo de Presidente da Junta como um cargo social, para servir as pessoas e não um cargo político e, sendo assim, não é usual responder a devaneios, quer nas redes sociais, quer em jornais. Por esse motivo, após as eleições, todos os eleitos devem remar para o mesmo lado, em prol dos fregueses e, quando assim não acontece, quem perde são as pessoas. Abro esta excepção pois não aceito que uma mentira dita várias vezes e sem resposta se transforme numa verdade. Sabemos que há muita gente por aí que ambiciona estes cargos apenas para projecção pessoal, como trampolim político ou profissional, não olhando a meios para aparecer, prejudicando as freguesias, incendiando as pessoas com mentiras, escondendo as verdades e, quando atingem os seus objectivos, desaparecem. 2. A Junta da União de Freguesias de Airão Sta. Maria, Airão S. João e Vermil irá receber do Estado, do Fundo de Financiamento de Freguesias, a quantia de 85.868 euros. Depois das freguesias da cidade, é a freguesia do concelho de Guimarães que mais recebe e sabem porquê? Porque tirando estas e as vilas, a nossa freguesia é

a maior do concelho, em população. Será esta uma verba assim tão gorda como dizem? Quem o diz, de duas uma, ou não sabe somar, ou é politicamente ignorante. A freguesia de Airão Sta. Maria recebeu, em 2013, do Estado, 28.444 euros. Se dividirmos a verba a receber este ano pelas três freguesias dá 28.622 euros. Ora, afinal, em Airão Sta. Maria, teremos mais uns gordos 178 euros para gastar, relativamente ao ano anterior, um verdadeiro Euromilhões!!! 3. Até Setembro do ano passado, cada uma das Juntas da União tinha três “comparsas” que asseguravam o funcionamento e o atendimento da Junta, o que perfazia o total de nove “comparsas”, nas três freguesias. A partir de Setembro, esse número ficou reduzido a três (presidente, secretário e tesoureiro). Como nas nossas três freguesias não existe nenhum funcionário administrativo, colocavam-se as seguintes hipóteses: 1ª: (a hipótese do candidato derrotado e ainda hoje defendida por ele), ter um presidente a tempo inteiro, com o salário gordo de 1111 euros mensais, mais subsídio de férias e décimo terceiro mês, mais despesas com a Segurança Social (SS). Tudo pago pelos cofres da Junta. A 2ª hipótese seria

aos seus conterrâneos, que o Sr. Domingos Barros não recebe qualquer tipo de gratificação ou salário da Junta, dedicando-se de corpo e alma à freguesia, facto este que é e tem de ser reconhecido pelos vermilenses. 4. Está escrito no orçamento de receitas previsionais para o ano de 2014 uma transferência de verbas da Câmara destinada à educação (vigilância de refeitórios, prolongamentos de horários, etc), na ordem dos 70.000 euros. Dizem as boas práticas da gestão pública, que uma gestão é tanto melhor, quando mais receita corrente se conseguir transferir para despesa de capital (investimento), sem prejuízo das pessoas. Antes de mais, um orçamento não é mais d o qu e is s o, u m conju nt o de compromissos e intenções e, se a despesa previsional para as associações de pais, para garantir os serviços referidos, é de 48.000 euros, significa que temos a preocupação de gastar apenas o necessário, poupando aqui cerca de 20.000 para investimento em obras nas freguesias. Os 48.000 euros de previsão de despesas com as associações de pais é para as três freguesias e não, como mais uma vez, e de forma provocatória e mentirosa é dito por quem tem em seu poder tudo o que

aqui é dito, e que facilmente pode ser comprovado. 5. Sobre as piscinas de Airão S. João, existe um diferendo entre a Junta e o empreiteiro relativamente ao valor em dívida. Segundo o orçamento apresentado, o valor em dívida é de 179.000 euros e, segundo o empreiteiro, é de 222.000 euros. Este assunto está a ser analisado por pessoas competentes, entre as partes envolvidas e quando houver um entendimento, esse desfecho será tornado público. Por último, esta Junta recebeu um mandato para 4 anos e as prioridades são para os quatro anos e não para 9 meses. Reconhecemos que herdamos alguns “filhos” cuja gestação foi muito para além dos 9 meses, como é o caso da capela mortuária de Vermil, mas cá estaremos para responder pelo que foi feito. Reconheço a lucidez do anterior presidente da junta, Armando Vidal, que não embandeirou em vaidades ou em sonhos desmedidos e não avançou para a conclusão da obra, sem antes estar garantido o seu financiamento. É também assim que a Junta da União trabalha e só avança para a conclusão, quando tiver garantido o financiamento. Não comprometemos o futuro das 3 freguesias, e o que prometemos é para cumprir.

Professor | Joane

Eleições no PS: uma questão de legitimação

“amigos” que controlam os aparelhos partidários nacionais ou locais. E é pena que António José Seguro apenas tenha valorizado as eleições primárias quando sentiu o poder a fugir-lhe dos pés, dentro do partido.Em terceiro lugar o avanço de Costa é revolucionário porque recupera um dos alicerces da democracia: a legitimação ou o consentimento do “Povo”. Democracia é uma palavra de origem grega constituída pelas palavras “demos” que significa “povo” e “kratos” que significa “poder”. Na origem de todas as definições e conceções da democracia está a ideia de poder popular, de que, originariamente o poder, a autoridade pertencem o povo, ou seja, o povo é a autoridade política básica. Sendo assim, qualquer líder político quando exerce o poder, exerce-o, mediante “Contrato Social”

(tácito), em representação dos desejos e interesses do povo (pelo menos de uma maioria). Quando assim não acontece (se o “contrato” não for cumprido) perde a legitimação para o exercício desse poder. É o que na minha opinião sucede, por exemplo, com o atual Governo: porque não exerce o poder a favor mas contra o povo, perdeu a legitimação democrática. Por isso, há muito que o povo deveria ter sido chamado para declarar se consente, ou não, a continuidade de Passos Coelho, Portas e outros salafrários que nos governam, em sua representação. António José Seguro (AJS) também poderá ter perdido a legitimação democrática depois da tímida vitória do PS nas últimas eleições europeias, mas sobretudo porque não soube ser um líder forte na defesa dos fracos. AJS foi o

Sérgio Cortinhas

O avanço de António Costa para a liderança do PS é muito mais importante do que aparenta. Em primeiro lugar, faz aparecer uma alternativa socialista forte ao fraco governo que dilacera o país cada dia que passa. Em segundo lugar, mas não menos importante, revolucionará, pelo menos a médio/longo prazo, o sistema partidário/democrático português. Permitirá que não só militantes mas também simpatizantes possam escolher o primeiro-ministro de Portugal, ficando esta escolha democraticamente melhor suportada, desde que o ato eleitoral não seja administrativa ou mediaticamente manipulado. Há muito que defendo que a escolha de candidatos nos partidos seja aberta (para o Parlamento, para o Governo ou para as autarquias) e não seja uma escolha de meia dúzia de

contratar um funcionário administrativo com salário a rondar os 600 euros mensais, mais subsídios e SS, ficando por um valor médio mensal de 900 euros, andando a saltitar de freguesia em freguesia, sem conhecer a realidade de cada uma delas. A 3ª hipótese seria reduzir às horas de atendimento ao público e aos serviços oferecidos, ou fechar sedes de Junta, de forma a ser humanamente possível fazer o atendimento apenas pelos membros da junta. A última hipótese (a nossa escolha) passaria por contratar legalmente um colaborador para cada freguesia, conhecedor da realidade das pessoas e da sua freguesia, garantindo assim o atendimento e todos os serviços prestados à população.Prova que a nossa opção é a mais acertada, é, ao contrário do que alguém diz por aí, a adopção do modelo por parte de outras Uniões, nomeadamente a vizinha de Leitões, Figueiredo e Oleiros. Com esta opção, conseguimos não só manter os serviços e horários de atendimento, mas também poupar dinheiro aos cofres da Junta. A medida custa 500 euros mensais, e nem mais um cêntimo. Também sobre este assunto, quem o levantou não teve a honestidade e a coragem de dizer

líder da esquerda que deixou passar abstenciosamente o código do trabalho; que se demarcou assertivamente do primeiro pedido de fiscalização sucessiva do orçamento de Estado (2012), com o corte de dois subsídios e duas pensões; que, perante as injustiças sociais impostas pelo governo no IRS, no IVA, nos apoios sociais na saúde, na educação, nos subsídios sociais aos mais desfavorecidos, se colocou ao lado do governo para fazer baixar um único imposto, a favor dos mais ricos – o IRC. Não foi capaz de aprovar a lei das incompatibilidades que tornaria mais transparente o exercício de cargos políticos impedindo a vergonhosa promiscuidade entre deputados/governantes e grandes escritórios de advogados ou empresas. Não foi capaz de denunciar vigorosamente o pântano bancário portu-

guês, principal responsável pela crise económica, nem soube reformar o partido. Por tudo isto e muito mais, na minha opinião, chegou o momento de questionar a legitimidade de AJS à frente do PS. Assim seja no futuro a democracia portuguesa, dando regularmente (e não apenas de 4 em 4 anos) a voz ao povo para ser avaliado o consentimento e legitimação dos nossos políticos.

P.S. As comemorações do 28º aniversário da Vila de Joane mostraram a verdadeira dinâmica cultural desta terra. Com a participação ativa do movimento associativo e da população em geral foi possível apresentar um excelente programa cultural sem (julgo eu) elevados custos monetários. A Junta de Freguesia está de parabéns!


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18 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL


FAMALICÃO

O Município de Famalicão está a elaborar um novo plano estratégico para o concelho, que irá traçar as linhas mestras de desenvolvimento até 2025. A novidade foi avançada pelo presidente da Câmara, Paulo Cunha, nas comemorações do Dia da Cidade, no passado dia 9. “ Tudo vai girar à volta das pessoas”, disse o autarca. Em Setembro e Outubro está a ser preparado um vasto programa de participação com mais de 25 eventos temáticos organizados pelos diversos serviços municipais e entidades parceiras, sendo que cada evento irá proporcionar contributos para o plano estratégico.

famalicão• cultura

Cidade rendeu-se ao “Vaudeville Rendez-Vous” O festival internacional organizado pela companhia joanense do “Teatro Didascália”, invadiu Famalicão com artistas de teatro físico, circo e cabaret.

D

ezenas de artistas de teatro físico, circo e cabaret invadiram as ruas e praças de Vila Nova de Famalicão e conquistaram o público com as suas habilidades artísticas no “Vaudeville Rendez-Vous”, o primeiro festival internacional de artes performativas que a cidade acolheu entre 4 e 11 de Julho, sob a organização da companhia joanense do “Teatro Didascália”. O festival transformou o centro da cidade num enorme palco a céu aberto, com espectáculos envolventes e participados em que o público foi convidado a

interagir com os artistas. A programação foi desenhada para chegar a públicos de todas as idades. O arranque do festival contou com um conceituado espectáculo de circo e cabaret com quatro artistas de circo da companhia espanhola Elegants. A iniciativa teve cinema, com “Belleville Rendez-vous” e “Chaplin vs Keaton”. “Ibéria - A Louca História de uma Península”, pela Peripécia Teatro, a companhia portuguesa “Radar 360” com “Histórias Suspensas” e o teatro do Externato Delfim Ferreira de Riba de Ave, interpretando o “Sermão de Santo António

aos Peixes”, fizeram parte da programação do certame. A conceituada companhia nacional do Chapitô apresentou “Édipo” na Praça Álvaro Marques, em frente edifício da Câmara Municipal. O festival “Vaudeville RendezVous” contou com a parceria com a Câmara Municipal de Famalicão e pretende afirmarse no panorama nacional pela sua especificidade programática e pela qualidade dos seus espectáculos protagonizados por artistas locais, nacionais e internacionais de companhias de renome. O RL foi media partner do projecto.

FAMALICÃO | PROTECÇÃO CIVIL

FAMALICÃO | CULTURA

DESEMPREGADOS PARA VIGIAR FLORESTA

CINEMA GRÁTIS NO PARQUE DA DEVESA

Vinte e oito desempregados, inscritos no Instituto de Emprego e Formação Profissional, vão vigiar as matas do concelho durante o período crítico de incêndios.A autarquia contratou estes elementos para a vigilância da floresta, através de uma candidatura à Medida Contrato Emprego e Inserção. Onze pessoas ficam responsáveis pela vigilância fixa e dezasseis pela vigilância móvel. A medida insere-se no âmbito do programa de prevenção a Câmara de Famalicão que conta ainda com o apoio das Corporações de Bombeiros, da Polícia Municipal e da Guarda Nacional Republicana A Câmara tem no terreno seis equipas de vigilantes que percorrem as matas do concelho em motorizadas. A vigilância fixa é feita através das Torres de vigia no monte de Santa Catarina, em Calendário, no Monte do Xisto, em Jesufrei e em Santa Cristina, em Requião.

O ciclo de cinema ao ar livre arrancou, na passada quarta-feira, no Parque da Devesa, em Vila Nova de Famalicão, e não podia ter começado de melhor forma. Centenas de pessoas preencheram o anfiteatro e assistiram à película “Golpada Americana”. As noites quentes de Verão são o melhor convite para este “Cinema Paraíso”, que vai trazer até ao público os últimos êxitos da sétima arte. O cenário vai repetir-se todas as quartas feiras, pelas 22h00, com sessões gratuitas no anfiteatro ao ar livre da Devesa, numa iniciativa co-produzida pelo Município de Famalicão e pelo Cineclube de Joane. A próxima sessão é “O Fantástico HomemAranha 2” (23 de Julho), seguindo-se “Gravidade” (30 de Julho), “A Gaiola Dourada” (6 de Agosto), “Marretas Procuram-se” (13 de Agosto), “Noé” (20 de Agosto) e “Blue Jasmine” (27 de Agosto).

FAMALICÃO

Câmara delega competências nas freguesias A s F r e g u e s i a s d e Fa m a l i c ã o passam a ter responsabilidades na limpeza das vias e espaços públicos e na realização de pequenas reparações nas escolas do primeiro ciclo. A delegação de competências foi atribuída pela C â m a ra d e Fa m a l i c ã o , a t ravé s de protocolos assinados com os 34 presidentes de Junta . A medida representa um investimento de 272 mil euros e visa a gestão “mais eficiente” e a optimização da utilização dos recursos disponíveis nas Juntas. “Estamos a dar mais autonomia aos executivos autárquicos locais, manifestando total confiança na capacidade de gestão dos autarcas das freguesias”, salienta Paulo C u n h a , p r e s i d e n t e d a C â m a ra famalicense. As verbas são distribuídas por todas as autarquias locais de acordo com a extensão das vias públicas e o número de equipamentos escolares.

FAMALICÃO

Câmara oferece livros escolares pelo 13.º ano consecutivo O executivo municipal famalicense votou unanimemente a o f e r t a d e m a n u a i s e s co l a r e s para os alunos do concelho que frequentem o primeiro ciclo de ensino básico. To d a a v e r e a ç ã o , i n c l u i n d o os vereadores socialistas, votou favoravelmente, na última reunião de Câmara , a abertura do concurso público para a aquisição dos manuais e das fichas de apoio e respectiva autorização da despesa, num investimento que pode ir até ao montante de 265 mil euros e que vai beneficiar um universo de cerca de 5 mil alunos. Este é o 13.º ano consecutivo que a medida está em vigor no concelho.

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REPÓRTER LOCAL • JUNHO DE 2014 • 19


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20 JUNHO DE 2014 • REPÓRTER LOCAL


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