Circular Provincial 3 |2018

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Circular

PROVINCIAL Ano 17 | Edição nº 3/2018 | Província Marista Brasil Sul-Amazônia

CESMAR

DUAS DÉCADAS DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL PG. 16

Preparativos para o Capítulo Provincial se intensificam PG. 8

Projeto do Centro de Patrimônio e Espiritualidade Marista prevê um espaço diferenciado PG. 10

Irmãos relatam sua experiência de imersão em Roraima 1 PG. 27


Entre os dias 12 e 19 de agosto, ocorreu a Semana Vocacional Marista, como forma de celebrar o mês das vocações. Neste ano, o tema Juventudes foi trabalhado a partir da inspiração no trecho bíblico “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-o" (Rm 12, 2). A data celebrativa proporcionou diversas atividades que abordaram o projeto de vida e as possibilidades de novos caminhos e percursos a adolescentes, jovens e adultos. Foi um momento de reflexão que convidou todos a (re)pensarem seu propósito de vida e o compromisso que têm em construir um mundo mais justo e fraterno. Expediente CIRCULAR PROVINCIAL Província Marista Brasil SulAmazônia | Rede Marista

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PROVINCIAL: Ir. Inacio Nestor Etges CONSELHO PROVINCIAL: Ir. Deivis Alexandre Fischer, Ir. Evilázio Francisco Borges Teixeira, Ir. Lauro Francisco Hochscheidt, Ir. Manuir

José Mentges, Ir. Odilmar José Civa Fachi SECRETÁRIA PROVINCIAL: Elaine Strapasson Faccin JORNALISTA RESPONSÁVEL: Guilherme Felice Endler (MTB 17493)

CONTEÚDO: Guilherme Felice Endler e Júlia Córdova de Souza REVISÃO: Irany Dias COLABORAÇÃO: Secretaria e Arquivo Provincial PRODUÇÃO: Assessoria de Comunicação e Representação Institucional

ENDEREÇO: Rua Irmão José Otão, 11 – 90035-060 – Porto Alegre/RS – Brasil – Fone: (51) 3341 0300 secprov@maristas.org.br www.redemarista.org.br PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Design de Maria www.designdemaria.com.br


ARTIGO DO PROVINCIAL

Dissonâncias, perspectivas, OPORTUNIDADES, CAMINHOS IR. INACIO ETGES | Provincial / Presidente

Estimados Irmãos e Formandos Maristas! Estamos caminhando celeremente para o término do primeiro Triênio da Província Marista Brasil Sul Amazônia (2016-2018). É tempo de olhar com gratidão para o passado, com responsabilidade para o presente e com esperança para o futuro. Para olhar o passado, enquanto Província, utilizamos vários instrumentos de avaliação do caminho percorrido nos espaços de missão e nos níveis pessoal, comunitário e institucional. Confrontamo-nos, obviamente, com avanços significativos e desafios formidáveis. Somente podemos projetar o futuro a partir do passado, como bem enuncia a antropologia filosófica: “A vida só pode ser compreendida olhando para trás, embora só possa ser vivida olhando para frente” (S. Kierkegaard). Muitas coisas, creio, devamos deixar ir, e outras tantas, deixar entrar para existir. No trecho de caminho percorrido encontramos dissonâncias, desafios e perguntas existenciais sobre o significado de nossa vida pessoal e institucional. Nessa trajetória que se abre, cabe-nos deixar que venham à tona as perguntas que nos inquietam. Há que se considerar ainda, a atitude imperativa de responder a perguntas que vêm do misterioso futuro. Inútil responder a perguntas que ninguém mais faz. Para quem e para que orientamos nossas melhores energias? Precisamos sair do óbvio ou do senso comum e ressignificar o simbólico de nossa opção de vida. Há aspectos organizacionais em que precisamos ser pragmáticos, mas, em

termos existenciais, a “onda” é outra. Espelhemo-nos em Santo Agostinho na questão existencial: “Meu coração está inquieto enquanto não repousar em Deus”. Observemos o que ocorre ao nosso redor. Esse mundo nos toca – e como! Mas quanto nós tocamos o mundo? Que indicadores mostram que nossa presença e incidência são promotoras de transformação e de profetismo? E se esses indicadores mostrarem resultados pouco significativos, qual a nossa postura? Onde está a nossa profecia? Que motivos nos levam ao mínimo profético e simbólico? Essas perguntas, se as levarmos na radicalidade, nos deixarão em situação incômoda diante do legado do XXII Capítulo Geral, não acham? Se for essa a realidade constatada, precisamos “sacudir o pó das sandálias” e andar. Não há como ficar em cima do muro! O Papa Francisco, analisando a situação da vida religiosa e cristã da atualidade, afirma que “entre os maiores males que nos assolam estão o indiferentismo e a autorreferencialidade”. Olhemos, simultaneamente, para fora e para dentro da nossa instituição. Há um paralelismo útil para fazermos esse exercício, que exigirá uma postura de discernimento radical. Nem tudo o que observamos fora é parâmetro para nós!

PRECISAMOS SAIR DO ÓBVIO OU DO SENSO COMUM E RESSIGNIFICAR O SIMBÓLICO DE NOSSA OPÇÃO DE VIDA."

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ARTIGO DO PROVINCIAL

Contudo, há aspectos que precisamos discernir, adotar e sobre os quais devemos nos debruçar. O que estamos aprendendo e observando no movimento dinâmico e acelerado que ocorre ao nosso lado? Temos a coragem de parar e escutar o que o Espírito do Senhor está nos dizendo, quem sabe gritando aos nossos ouvidos, mentes e corações? Ou somos ouvintes desatentos? Ou fazemos “ouvidos moucos” para não ser tirados de nossos posicionamentos de inércia? Ou, ainda, continuamos defendendo nossos pontos de conforto, com poderosas resistências e defesas bem armadas para não deixar ir o que já deveríamos ter deixado? Na postura de resistência, deixamos entrar o que nos apraz em vez de dar espaço ao que o Espírito do Senhor nos cutuca. Aqui entra o problema das dissonâncias: podemos afirmar coisas muito bonitas em nossos discursos, mas o nosso comportamento pode ser incoerente com o que proclamamos! Seguem algumas reflexões dessa natureza, sem a pretensão de ser exaustivo e completo. São provocações para nossa meditação e contemplação, para deixarmos que o Espírito do Senhor comece a ser mais ouvido e obedecido. 1. Olhando para as organizações que se preocupam meramente com os predicados do mercado, que exigências fazem ao contratar seus profissionais? Elas se preocupam em buscar pessoas com excelência técnica, imprescindíveis para o desempenho funcional com qualidade. Mas não é só isso! Essas organizações também têm um conjunto de valores institucionais que lhe conferem identidade e idoneidade. Ou seja, elas exigem de seus colaboradores, além da competência técnica, o comprometimento e as competências comportamentais. Há aspectos inegociáveis que são, se quisermos assim chamar, uma questão pétrea. Os colaboradores, além de assimilar os

A CONSONÂNCIA OU COERÊNCIA INTERNA DE NOSSA INSTITUIÇÃO MARISTA DEPENDE BASICAMENTE DA MATURIDADE DE SEUS MEMBROS.

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valores institucionais, precisam viver de modo coerente com os mesmos. Se a instituição cuidar somente do aspecto técnico, corre sérios riscos de dissonância interna provocadora de clima organizacional desconfortável, de desconfiança, desarmonia e fofoca. A dissonância se dá quando a competência técnica exigida de um colaborador e a competência comportamental não dialogam, não têm interface, quando não há coerência entre o que se proclama como valores institucionais e o que se faz. A saúde de uma organização está na coerência entre essas duas excelências. O mínimo que se espera de um associado ou de um colaborador é que conheça em profundidade os valores institucionais, atue de acordo com eles, respeite-os e, no exercício de sua liderança, faça com que todos adiram a eles. 2. Da mesma forma, em nossa instituição, precisamos que os membros associados sejam pessoas de alta competência técnica no âmbito profissional, mas, sobretudo, que tenham uma performance testemunhal encantadora, alegre, serviçal, contagiante, encharcada vivencialmente dos valores originários no âmbito espiritual e carismático, que promova a cultura do encontro (Papa Francisco). É imprescindível para nós, Religiosos Maristas e associados de uma organização que se chama Província, que estejamos constantemente a caminho, como eternos aprendizes que buscam, pessoal e comunitariamente, a competência na consagração que constitui o fundamento da nossa escolha, homens de Deus, peritos em comunhão e fraternidade. A busca dessa competência é institucional, sim, mas, sobretudo, pessoal. Os meios que temos à disposição são múltiplos. Depende exclusivamente de cada um a adesão ou não, o desejo de crescer ou não... Mas lembremos que nossas escolhas têm repercussões institucionais. Se escolhermos o caminho do eterno aprendiz e tomarmos nas mãos todas as possibilidades de desenvolvimento como pessoa e como consagrado, ajudamos a instituição a tornar-se viçosa e atraente, tornamo-nos modelos de identificação para crianças, adolescentes, jovens e adultos e somos testemunhos de que esse jeito de viver faz sentido, tem um significado profundo e vale a pena ser assim.


Se, em vez disso, a escolha for pelo conforto e passividade, pela atitude de não adesão a um projeto e de não aprimorar nossa competência-fim – a consagração e o jeito marista –, auxiliamos decisivamente no descrédito, na ineficácia apostólica, no desencantamento dos que estão dentro e, mais ainda, dos de fora, que poderiam ter algum desejo de fazer parte de nossa família carismática global. Existem entre nós pessoas com a sabedoria exemplar do testemunho encantador, da escolha realizada de pertencimento a esta família, feita de modo livre, verdadeiro, honesto, apaixonante, proativo, santo, sábio e maduro. Nesses casos, a formação continuada pessoal e comunitária está intrínseca no compromisso de desenvolvimento proativo de tornar o carisma marista e o Evangelho de Jesus Cristo cada vez mais conhecidos, amados e atraentes, de modo que outros desejem fazer parte deles. Isso, meus caros, é absolutamente inegociável. Merece atenção especial a nossa saúde espiritual, carismática e comportamental.

O encantamento depende da coerência entre conhecimento e comportamento, duas excelências que assumimos de modo intrínseco quando escolhemos pertencer a esta família. No entanto, preciso ser honesto em dizer que essa realidade bonita não está presente em todos os membros da nossa instituição. Há situações que envergonham os de dentro e escandalizam os de fora. A consonância ou coerência interna de nossa instituição marista depende basicamente da maturidade de seus membros. A dissonância pessoal repercute decisivamente e de forma negativa no conjunto da instituição. Muitos membros dissonantes fazem da instituição um “ninho quente regado com gratificações” (Luigi Rulla, Franco Imoda). São pessoas sem crédito e sem capacidade de animação e encantamento! Sabemos que somos humanos e sujeitos ao erro e que a dissonância pode ser episódica ou estrutural. À episódica todos nós estamos sujeitos, por sermos pessoas humanas e divididas, conforme nos alerta o documento

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ARTIGO DO PROVINCIAL

Gaudium et Spes nº 10 e seguintes. Porém, tomamos consciência dessa condição humana e tomamos as forças com que Deus nos dotou para corrigir a rota. Quando a dissonância é estrutural, no entanto, é preciso tomar providências urgentes ou de emenda, ou tomar outro rumo. Imaginem uma comunidade de quatro pessoas, em que duas estão no caminho da coerência (consonância) e duas no caminho da dissonância. Como imaginamos que seja a vivência fraterna? Como será a eficácia apostólica? Essas duas forças se anulam! E porque ainda insistir em manter tal situação? 3. Todos nós, em algum momento, podemos ter vivido ocasiões de dissonância entre o objetivo de vida e o comportamento esperado diante de nossa escolha. Feedback é um instrumento indispensável para tomarmos consciência de nossa situação pessoal. Bem diferente é quando essas dissonâncias se tornam estruturais na dinâmica da vida de alguém. Irmãos, desejo aqui ser muito claro, objetivo e direto. Ao constatarmos, pessoalmente ou por meio de um feedback, que existem disso-

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nâncias entre essas duas excelências de vida, temos a obrigação e a responsabilidade moral de buscar meios eficazes de unificar nossa interioridade, sob pena de falta grave e de nos tornarmos “consumidores de comunidade” em vez de construtores de comunidade e de encantamento, para os de dentro e os de fora. Falo de comportamentos escandalosos e inadmissíveis, que colocam em crise a instituição, e de situações constrangedoras que transformam ineptos todos os esforços construtivos dos que estão a caminho. Sinceramente, não precisamos desse tipo de pessoa! Melhor seria que não estivessem mais entre nós ou que tomassem a coragem de decidir-se em nos deixar! Como instituição religiosa, não temos nenhuma obrigação de abrigar sujeitos desagregadores, falsários, falaciosos e “cronicamente difíceis e escandalosos” (Ir. Sean Sammon – Maravilhosos Companheiros). É duro dizer isso, sem dúvida, mas é preciso tomar atitudes sanadoras. Uma vez que alguém tenha escolhido fazer parte desta instituição, perde o direito de ser medíocre,


de ser estorvo, de ser escandaloso, de ser passivo, de continuar cultivando as dissonâncias. Outrossim, adquire o dever de ajudar a construir comunidades fraternas, que encantam os de dentro e os de fora. É mais digno, admirável e desejável, quando alguém percebe que não consegue ser coerente, fazer uma mudança fundamental da primeira escolha do que permanecer, ficar e ser pedra de tropeço. Estou me referindo a todos, em qualquer idade. Essa mudança é mais honrosa do que ser eternamente um “consumidor de comunidades” (Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica – A vida fraterna em Comunidade). Ou somos ou não somos! Não há a menor possibilidade do meio termo. A escolha de Ser é pessoal e intransferível. E nós não temos o dever de abrigar e dar cobertura a quem quer que, consciente ou não, tenha escolhido viver na dissonância. Este, Irmãos, é o divisor de águas: viver na dinâmica da generatividade ou da estagnação, conforme bem definido e descrito por Erik Erikson, no sétimo estágio de desenvolvimento humano. Imaginem todo esse cenário no campo da animação vocacional. Não é preciso fazer grandes esforços para perceber as consequências. Este é um dos apelos mais fortes e urgentes do XXII Capítulo Geral: o grito pela coerência, o grito do profetismo, o grito da significatividade de nossa vida, o grito de nossa presença significativa nos espaços de missão, o grito da simplicidade de vida... Isso é tema de casa para o nosso 2º Capítulo Provincial, que está sendo preparado com todo o carinho. Coragem, Irmãos! Sempre é tempo de recomeçar, decisão que está nas mãos de cada um. Provavelmente o caminho exigirá nova mentalidade, mudança de hábitos, amadurecimento na fé, crescimento no amor ao carisma. Deus não se deixa vencer em misericórdia. Ele nos dá a graça de que necessitamos, mas nada faz em nosso lugar. Na história da salvação, Ele sempre contou com a colaboração das pessoas, como expresso no convite permanente: “Se queres...”. Einstein, se referindo às leis que regem a natureza, afirma que “Deus não é caprichoso”. Com isso, diz que Deus pode interferir numa lei da natureza para resgatar o ser humano de

uma atitude irresponsável, mas quase nunca o faz, pois nos criou livres para fazermos as escolhas e sermos cocriadores com Ele. É o exemplo clássico de uma mãe que, durante o período de gestação, continua tomando seu “trago” ou insiste no hábito de fumar e, quando seu filho nasce com problemas sérios de saúde, reclama que Deus não a ama e não a atendeu em suas preces. Saibamos que Deus não interfere para nos safar de nossas irresponsabilidades. Ele colocou as leis no coração humano e na natureza, as respeita e lhes dá livre curso. Irmãos, acordemos enquanto é tempo! Chegará o momento em que não haverá mais tempo. Por que esperar, se temos agora a oportunidade de começar e/ou recomeçar? Esta é uma perspectiva, uma oportunidade, um caminho. Na minha hermenêutica, parece-me que este é um legado muito claro do XXII Capítulo Geral. Empenhemo-nos, pois, no amor ao chamado que recebemos, para sermos dignos diante do Senhor! Que a bênção de Maria, nossa Boa Mãe, acompanhe este momento de profundo discernimento sobre nós mesmos, nossa missão e nossa instituição!

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VIDA EM COMUNIDADE

PREPARATIVOS PARA O Capítulo Provincial se intensificam Encontro definirá as prioridades para o Triênio 2019-2021 Estamos em uma importante fase preparatória para o nosso 2º Capítulo Provincial. Entre 3 e 7 de dezembro, mais de 60 Irmãos, Leigos, Leigas e jovens se reunirão em Veranópolis para definir os horizontes da Província Marista Brasil Sul-Amazônia pelos próximos três anos. Serão momentos de partilha, reflexão e decisões-chave, como a eleição dos Conselheiros Provinciais. A partir do tema Juntos, sejamos pontes e farol de esperança, o Capítulo se inspira nos principais apelos do Instituto Marista para conclamar todos a responder com audácia às necessidades emergentes. Segundo o Ir. Deivis Fischer, Vice-Provincial e Coordenador da Comissão Preparatória do encontro, o objetivo é traduzir para a rea-

lidade local o que foi indicado pelo XXII Capítulo Geral, que reuniu representantes de todo o mundo marista em setembro de 2017. “Já iniciamos os preparativos por meio do tríduo, celebrado em cada comunidade de Irmãos nos três meses que antecedem o Capítulo”, explica. “Esse conjunto de ações que serão realizadas até dezembro visa ao discernimento do que Deus quer de nós, enquanto instituição, neste momento”. Além do início do tríduo, em setembro também foram divulgados os nomes dos 41 Irmãos Capitulares e dos 16 Leigos, Leigas e jovens que estarão presentes. Ambas as listas estão disponíveis no portal Em Comunidade (www. emcomunidade.com.br).

CONHEÇA O TEMA E A LINHA VISUAL DO 2º CAPÍTULO PROVINCIAL

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​​A frase que norteia a assembleia inicia lembrando que a atuação marista é essencialmente coletiva. A palavra juntos remete à importância de cada pessoa que dá continuidade à missão em todos os nossos espaços.

Na mesma perspectiva, pontes traz o sentido de sermos agentes de mudança, mensageiros da paz e comprometidos na transformação da vida de crianças, adolescentes, jovens e adultos.

Por último, o termo farol de esperança afirma que devemos ser sinal de luz neste mundo turbulento. Reforça a necessidade de caminharmos como família global e de nos abrirmos a fim de estar disponíveis para além das fronteiras religiosas.


Saiba mais sobre os assessores O 2º Capítulo Provincial contará com importantes assessores. O Recanto Marista Medianeira receberá o Superior-Geral do Instituto Marista, Ir. Ernesto Sánchez Barba, e os Irmãos Conselheiros-Gerais, Óscar Martín Vicario e Sylvain Romuald Ramandimbiarisoa. O Padre Carlos Gustavo Haas, Capelão da PUCRS, será o assessor litúrgico.

IR. ERNESTO SÁNCHEZ BARBA Natural de Guadalajara (México), o Superior-Geral também já atuou como Conselheiro-Geral do Instituto. Estudante marista do pré-primário ao pré-vestibular, entrou no postulado aos 17 anos. Cursou as licenciaturas em Ciências Religiosas e Matemática. Em Roma, completou a licenciatura em Pastoral Vocacional e está concluindo o mestrado nessa área.

IR. ÓSCAR MARTÍN VICARIO Natural de Burgos (Espanha), é diplomado em magistério

e licenciado em Filosofia Hispânica e em Teologia. Atuou como Coordenador da equipe de animação dos 20 centros educativos da Província de Compostela, pela

qual foi Vice-Provincial e Provincial. Também foi Presidente da Conferência Europeia de Provinciais. Antes de ser Conselheiro-Geral, vivia em Moçambique, como membro da equipe de formação do Noviciado Marista de Matola.

IR. SYLVAIN ROMUALD RAMANDIMBIARISOA Nascido em Mahajanga (Madagascar), estudou Psicologia Religiosa em Roma e foi formador do Marist International Center (MIC), em Nairobi (Quênia), por sete anos. Também atuou como diretor de colégio, e como responsável pela Pastoral Vocacional. Foi Provincial da Província de Madagascar entre 2002 e 2008 e nomeado novamente em 2014.

PE. CARLOS GUSTAVO HAAS Presbítero da Arquidiocese de Porto Alegre, foi ordenado em 1990. Licenciado em Teologia e Filosofia e com Mestrado em Liturgia, é doutorando em Teologia. Atualmente, é Pároco da Paróquia N. Sra. do Perpétuo Socorro, na Capital Gaúcha, e Professor de Liturgia e Humanismo e Cultura Religiosa da PUCRS.

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VIDA EM COMUNIDADE

UMA HISTÓRIA PARA ser compartilhada Projeto do Centro de Patrimônio e Espiritualidade Marista prevê um espaço diferenciado em Bom Princípio A preservação dos bens históricos, tanto materiais quanto imateriais, tem enorme importância para a nossa Província. Guardar, gerir e compartilhar o que nos foi legado em mais de um século de presença no Sul do Brasil é uma forma de celebrar o passado visando ao futuro e às próximas gerações. É com esse viés que o projeto do Centro de Patrimônio e Espiritualidade Marista vem avançando nos últimos meses. O principal objetivo é proporcionar um espaço para valorizar o legado e as narrativas construídas ao longo dos 118 anos de atuação. As discussões começaram em 2015, quando a ideia inicial era revitalizar o, então chamado, Memorial Champagnat, em Viamão. Hoje, a proposta prevê a adequação das instalações do Centro Educacional Marista de Bom Princípio, cidade que recebeu os primeiros Irmãos, em 1900. Além do ambiente para o memorial, com documentos e objetos históricos, o projeto arquitetônico abrange as demais áreas internas e externas, conforme explica o Ir. Genuino Benini, coordenador do Comitê do Centro de Patrimônio e Espiritualidade Marista. “Haverá reformas nos dormitórios e no estacionamento. Também será instalado um elevador, por questões de acessibilidade, e haverá novidades no paisagismo”, conta. Com a reformulação, o espaço servirá ao propósito de fomentar a pesquisa e o aprofundamento do patrimônio marista, recebendo formações e vivências. Também estará aberto à comunidade de Bom Princípio e turistas que passam pela região, sempre com o objetivo de partilhar a trajetória construída nos nossos espaços de missão. “Toda a história deve ser preservada e estar à disposição para ser consultada, recordada e para enriquecer a cultura”, declara o Ir. Genuino.

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Imagens do projeto arquitetônico, com uma visão aproximada de como serão os espaços.

UMA PONTE ENTRE PASSADO E FUTURO As mudanças na arquitetura da casa em Bom Princípio estão sendo pensadas de forma a ressaltar a importância da edificação, construída no início do Século XX. Segundo o Irmão Provincial, Inacio Etges, a própria escolha do município foi uma parte essencial da iniciativa. “Por ser o marco do nosso começo em solo sul-brasileiro, a cidade é uma fonte de inspiração vital. Será sempre um referencial para a continuidade da missão”, reflete. O projeto está em sua fase final, e nos próximos meses será apresentado de forma mais detalhada para todos os Irmãos. A previsão é que as obras iniciem no começo de 2019. Para o Ir. Inacio, será um espaço de pertencimento e interiorização, essencial para a construção de um projeto de vida inspirado nos valores da congregação. “Acredito que o principal legado será fazer o passado deixar de ser saudosismo para se tornar farol de esperança para todos que dão continuidade ao legado de Champagnat”, pontua.


EM FAMÍLIA

MAIS DE 1,6 MIL JOVENS se reúnem no EJM 2018 Encontro propôs reflexões para fazer a diferença no mundo No sábado, 25 de agosto, mais de 1600 estudantes e educandos se reuniram na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) para o Encontro de Jovens Maristas (EJM). O evento teve como tema a expressão Atitude, uma forma de refletir sobre a situação atual do país e de motivar as pessoas a fazer a diferença no mundo. Organizado pela Coordenação de Pastoral da Instância Corporativa da Rede Marista e pelos próprios integrantes da Pastoral Juvenil Marista (PJM) da Universidade, o encontro contou com oficinas, momentos celebrativos e de confraternização. Lucas Gerhard, Animador da PJM e integrante da equipe que planejou os momentos de mística e orantes, acredita que o evento precisa ir além da celebração. “Para este ano, buscamos como um dos aspectos principais fomentar a reflexão e a discussão quanto a questões de injustiças, preconceitos e intolerâncias que presenciamos na sociedade”, explica. No total, cerca de 70 pessoas estiveram envolvidas na concepção do EJM, e foram responsáveis por planejar desde a acolhida, passando pelas mais de 100 oficinas, até as falas da cerimônia de abertura. Falas essas que foram um dos pontos altos do evento. Após o momento solene com o Vice-Provincial, Ir. Deivis Fischer, e com o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, o palco do Centro de Eventos da Universidade recebeu cinco jovens da equipe organizadora, que recitaram uma poesia de sua própria autoria. Inspirada nos slams – espécie de “batalha” de versos surgida nos Estados Unidos – a apresentação refletiu sobre temas como racismo, machismo e homofobia. “Não consegui conter a emoção quando ouvi o slam”, afirma Carolina Oliveira, estudante do Colégio Marista Champagnat. “Abordar esses assuntos é muito importante, pois a PJM é um espaço de aceitação às diferenças”.

DOS JOVENS PARA OS JOVENS Para o Coordenador de Pastoral da Rede Marista, José Jair Ribeiro, essa participação é uma das características mais importantes do EJM. “É visível como os jovens se engajam durante o encontro”, declara. “Mais do que ajudar na organização, eles têm lugar de fala, e podem debater sobre causas muito próprias deles”. O processo participativo se refletiu em todos os aspectos do evento. O cuidado ao meio ambiente, por exemplo, esteve presente desde o início da organização. A ambientação foi feita com materiais recicláveis confeccionados pelos próprios integrantes da PJM. Também não foram utilizadas lonas ou banners, e o uso de plástico foi restrito. Nas refeições, foram priorizados alimentos mais saudáveis, buscando diminuir os impactos na natureza.

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EM FAMÍLIA

VIDAS MARISTAS Olga Chelkanoff Thier, a certeza da mudança social por meio do educar Olga Chelkanoff Thier é um exemplo personificado da missão marista. Com formação em Pedagogia e pós-graduação em Educações Infantil, Psicomotora e Especial, ela iniciou sua trajetória na instituição aos 25 anos, em Santa Cruz do Sul, como educadora no Colégio Marista São Luís. “Meu contato com os maristas começou cedo e, desde então, seguiu sempre”, ressalta. Depois, atuou em Vacaria, no antigo Colégio Marista São Francisco, ministrando aulas de Ensino Religioso e Ética. Mãe de dois filhos, Fabian e Vladimir, sempre incentivou os meninos ao estudo. Quando se mudaram para a capital gaúcha, para começar a trajetória de graduação, ela resolveu acompanhá-los. Em Porto Alegre, Olga continuou seu percurso no Colégio Marista Assunção. Passados alguns anos, a educadora aceitou o desafio de viver uma experiência de voluntariado em Angola, que, segundo ela, foi a vivên-

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cia mais bonita que já teve, fortalecendo sua certeza nos princípios da instituição. “Aceitei o convite do Ir. Odilmar Fachi e fui a Angola para trabalhar por oito meses. Acabei ficando três anos”, recorda. Durante o período em que esteve por lá, desempenhou atividades de ensino, o que lhe proporcionou maior contato com as comunidades da região. A educadora relembra entusiasmada que, quando voltou, precisava mostrar para o mundo o que viu, e as diferentes realidades e contextos que experimentou. Assim, reuniu todos os registros fotográficos feitos durante o período em que esteve fora e preparou uma exposição itinerante chamada Angola – Missão Marista pela Reconstrução, com o objetivo de aproximar os Colégios da Rede Marista à cultura angolana e ao trabalho realizado pelos Irmãos no país, além de estimular toda a comunidade escolar para o voluntariado.


NOVOS DESAFIOS Após um período afastada, em novembro de 2011 recebeu um novo convite. Apaixonada pela educação e pela missão de Champagnat, aceitou abandonar um negócio próprio e voltar para um espaço marista. Dessa vez, o desafio envolvia um trabalho desde o início, atuando como orientadora educacional do futuro Colégio Marista Irmão Jaime Biazus, que seria inaugurado no ano seguinte, junto ao Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar). “Começamos o Colégio com 150 estudantes e quatro turmas de primeiro ano. Levamos três anos para consolidar todo o Ensino Médio”, explica. A experiência de exercer o papel de orientação em um Colégio Social proporcionou a ela olhares diferenciados e a necessidade de compreender e lutar pela superação de desafios em um contexto de vulnerabilidade social. Durante o Ensino Médio, o número de alunos diminuía e isso era um dado preocupante. “E o que faltava? Era a conscientização da importância do estudo, pois eles não viam o Colégio como uma forma de pensar no futuro”, reflete Olga. “Hoje é diferente. No final do ano, quando pedimos para que os jovens falem sobre a sua trajetória na escola, ouvimos que eles querem ser o orgulho dos pais por chegar à universidade, quando antes era por serem os únicos de suas famílias a terminar o Ensino Médio.”

MINHA FAMÍLIA TODA É MARISTA, A GENTE ACREDITA NO QUE VIVE, NO QUE FAZ

UMA FILOSOFIA DE VIDA Ao recordar toda a trajetória na Rede Marista, a educadora afirma que vai além de uma profissão. “É uma história de vida, não só carregar a letra ‘m’ na camiseta”, declara. “Eu sempre digo que ser marista é uma filosofia.” Atualmente Olga segue como Orientadora Educacional do Colégio Marista Irmão Jaime Biazus, e seus dois filhos atuam na instituição – Fabian é o Coordenador do Curso de Jornalismo da PUCRS, e Vladimir é professor de Educação Física no Colégio Marista Rosário. Ela fala, emocionada, da presença do carisma marista em seu cotidiano. “Mesmo saindo do ambiente de trabalho, vivemos isso no dia a dia, e o nosso jeito de ser muda. Minha família toda é marista, a gente acredita no que vive, no que faz”.

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MISSÃO E GESTÃO

Duas décadas de

TRANSFORMA Centro Social Marista de Porto Alegre completa 20 anos de atuação na capital gaúcha

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AÇÃO SOCIAL Em 2018, o Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar) celebra 20 anos de fundação. Localizado no Bairro Mario Quintana, em Porto Alegre (RS), o Centro Social está inserido em um espaço que também é composto pelo Colégio Marista Irmão Jaime Biazus e o Polo Marista de Formação Tecnológica. Atualmente, realiza cerca de 1,5 mil atendimentos diários na área socioeducativa, possui três turmas de cada ano do Ensino Médio no Colégio e possibilita a inserção dos jovens no mercado de trabalho a partir das atividades oferecidas no Polo. Inspirados em Champagnat, agindo de forma solidária e protagonizando a missão marista diariamente ao longo desses 20 anos, Irmãos, Leigos/as e colaboradores/as construíram juntos a vida da Unidade, que hoje faz parte da história de muitos moradores da região. A luta por mudanças sociais por meio de uma educação transformadora faz parte da rotina do Cesmar e vai além do ensino e assistência para jovens, atingindo as famílias, proporcionando uma vida com mais esperança e oportunidades.

urbanizar uma área na cidade com características rurais e com poucos moradores. Naquele período, a localidade abrigou grupos que habitavam o centro da capital – herdeiros de riscos e vulnerabilidade social. Antes mesmo de possuir um espaço físico, os Irmãos Maristas, em colaboração com as Irmãs Escolares, que também atuavam na região, constituíram junto à comunidade um Clube de Mães e angariaram fundos para construir uma creche. Era necessário um espaço que acolhesse os filhos das pessoas que trabalhavam na Associação de Triagem Rubem Berta, para que pudessem seguir suas atividades e gerar algum tipo de renda para a família. Desse modo, o projeto de construção de um ambiente de educação proporcionaria formação e integração para as crianças. A luta por esse espaço funcionou e hoje, mesmo não fazendo parte do Complexo Cesmar,

CONSTRUÇÃO JUNTO À COMUNIDADE A história do Cesmar teve suas primeiras páginas escritas quando o Ir. Jaime Biazus, primeiro Diretor da Unidade, teve a missão de dialogar com as lideranças locais, ainda em um contexto de formação de uma comunidade com infraestrutura mínima de vida e moradia. Assim, a trajetória iniciou em conjunto com o nascimento do bairro, que foi construído para

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MISSÃO E GESTÃO

compreende uma das Unidades Sociais da Rede Marista, a Escola de Educação Infantil Marista Renascer. Após esse período, foi construída a casa dos Irmãos, estrutura que existe até os dias atuais. Foi na garagem desse primeiro ambiente marista do recém-nascido bairro Mario Quintana que a missão de São Marcelino Champagnat começou a ser desenvolvida. Eram oferecidas oficinas com atividades culturais e cursos profissionalizantes, as quais tinham o objetivo de qualificar os moradores para se inserirem no mercado de trabalho. Sueli Gomes de Campos, colaboradora da Higienização do Cesmar e que atua desde essas primeiras atividades, recorda com alegria as histórias que já vivenciou nos ambientes do Centro Social. “Minha vida mudou quando eu vim trabalhar aqui, muita gente já passou pelo Cesmar”, declara. “Em 20 anos, muita coisa aconteceu, e eu vou levar para toda a

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vida essas histórias”. Emocionada, conta que fez parte da trajetória de famílias com condições mínimas para sobreviver e que hoje tem a alegria de conviver com quem recebeu novas oportunidades graças ao Cesmar. “Um dos alunos daquela época é nosso colega e trabalha aqui”, relata. A atuação marista na comunidade foi ganhando força, e o projeto para a criação de um espaço mais amplo e adequado para esse atendimento foi implementado. Em 2002, ocorreu a inauguração do primeiro prédio do Cesmar. Nele, foram disponibilizados cursos profissionalizantes à noite. Com o tempo, e percebendo a necessidade de ser uma presença cada vez mais transformadora na vida de crianças, adolescentes e jovens, o Centro Social compreendeu a necessidade de dar continuidade ao projeto, viabilizando a criação do Polo Marista de Formação Tecnológica e, posteriormente, o Colégio Marista Irmão Jaime Biazus.


Um Complexo que muda trajetórias CENTRO SOCIAL MARISTA DE PORTO ALEGRE Na área social, famílias das crianças e jovens e da comunidade recebem atendimento com psicóloga, assistentes sociais e nutricionista, através de oficinas de formação e agendamento de consultas. Já no atendimento socioeducativo, crianças e jovens de 6 a 16 anos são atendidos e desenvolvem oficinas culturais, esportivas e de aprendizagem, no turno inverso ao escolar, que incentivam a formação integral e o respeito às diferenças por meio de um processo educativo compartilhado entre educadores e educandos.

COLÉGIO MARISTA IRMÃO JAIME BIAZUS Fundado em 2012, proporciona ensino gratuito e de qualidade a mais de 300 estudantes. O nome do Colégio foi escolhido em homenagem ao saudoso Irmão Jaime Biazus, um dos pioneiros do trabalho de assistência social da atuação marista no Rio Grande do Sul. Atualmente, a escola acolhe três turmas de cada série do Ensino Médio, com uma média de 40 estudantes por sala de aula.

POLO MARISTA DE FORMAÇÃO TECNOLÓGICA O Polo foi implementado em 2006 e consiste em uma outra Unidade Social instalada no Complexo. Exerce atividades em conjunto ao Programa Jovem Aprendiz, e também por meio de um trabalho educativo em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, a Fundação de Assistência Social e Cidadania e a Secretaria Municipal da Educação, atendendo pessoas de 14 a 24 anos. Nesses projetos, empresas parceiras são apoiadoras e viabilizam a realização dos cursos profissionalizantes. Essa é uma iniciativa que oportuniza outros caminhos no mercado de trabalho, além de incentivá-los a trabalhar em grupos e seguir em um ambiente de aprendizagem.

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MISSÃO E GESTÃO

CONTRIBUIÇÃO PARA A SOCIEDADE Em um espaço arborizado e amplo, com mais de 78 mil metros quadrados, o Centro Social possui salas equipadas e ambientes que proporcionam educação e a promoção da vida. O atual Diretor, Ir. Odilmar Fachi, compara os desafios vencidos nos 20 anos do Cesmar com os do próprio Instituto Marista. “Quando Champagnat começou esse sonho que hoje se espalha pelo mundo inteiro, ele também precisou desbravar caminhos e vencer obstáculos, mas não desistiu”, declarou em discurso durante a celebração do aniversário da institui-

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ção, em julho. “Nosso trabalho, desde o início, foi desenvolvido com o objetivo de realizar uma transformação social significativa e ser presença marista. Temos diversos indícios ao longo dessas duas décadas que me levam a crer que traçamos um caminho certeiro”. Ir. Fachi ainda ressalta que a missão exercida só é possível porque existem pessoas que acreditam na transformação social e trabalham por isso diariamente. “Nós acreditamos que é possível mudar o mundo promovendo a igualdade de oportunidades, a solidariedade, a garantia de direitos e o protagonismo social”, completa.


PARA CELEBRAR OS 20 ANOS, UMA HOMENAGEM ESPECIAL Em agosto de 2018, conhecendo o trabalho desenvolvido no Cesmar, a Deputada Regina Becker Fortunati, em nome dos 53 Deputados Estaduais do Rio Grande do Sul, entregou a medalha da 54ª Legislatura como homenagem à Unidade Social da Rede Marista. “O Cesmar desenvolve a pedagogia que resgata os melhores valores humanitários por meio da educação integral, o que dá sentido ao viver e ao trabalhar”, afirmou na época. “Na área socioeducativa, atua no serviço de fortalecimento de vínculos atendendo crianças, jovens e famílias”. ​ A Medalha da Legislatura é uma honraria concedida a todo cidadão ou instituição que se destaca na promoção do bem comum aos gaúchos. A cada legislatura, os deputados têm o direito de fazer indicações para receber a medalha, com autorização da presidência do Parlamento.

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MISSÃO E GESTÃO

REDE MARISTA LANÇA novo portal institucional A plataforma destaca nossa atuação em rede e qualifica a presença marista na internet No mês de agosto, inauguramos um novo portal, alinhado com os avanços da comunicação digital. Entre os destaques está a responsividade da plataforma – termo técnico que indica a capacidade do site de se adaptar ao tamanho da tela de cada usuário, facilitando o contato com os conteúdos a partir de qualquer equipamento. Os canais específicos dos Colégios e Unidades Sociais também foram reorganizados. A plataforma abrange princípios importantes, como acesso ágil às principais funcionalidades e opções e a possibilidade de customização do tamanho das fontes, para atender a diferentes perfis de leitores. Também é possível encontrar todos os espaços de missão de um modo claro, assim como notícias que retratam o conjunto dos nossos empreendimentos.

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CONHEÇA NOSSO NOVO PORTAL. ACESSE REDEMARISTA.ORG.BR


Confira quais áreas e funcionalidades compõem o novo canal de comunicação Aqui é possível acessar diretamente as principais notícias, tanto dos empreendimentos quanto do que envolve o conjunto da nossa atuação.

Logo na barra superior, é possível encontrar os sites dos empreendimentos e unidades. Assim, o portal institucional é uma porta de entrada para navegar em qualquer espaço que integra a Rede Marista.

O campo de busca é uma alternativa para facilitar o acesso aos conteúdos. Basta incluir a menção desejada para que ele evidencie links relacionados. O menu principal congrega as principais necessidades e curiosidades de quem busca nos conhecer. Evidencia quem somos e nossas áreas de atuação. Destacamos a presença na Região Amazônica e os Centros de Eventos de que dispomos.

O espaço reforça nossa organização em rede, as cidades nas quais estamos presentes, bem como a atuação marista no Brasil e no mundo.

Neste espaço damos ênfase às áreas de atuação (Saúde, Educação, Social e Amazônia)

As notícias estão divididas entre aquelas que são institucionais e as que falam dos Empreendimentos e Unidades. Essa nova funcionalidade permite acompanhar atualizações de toda a Rede.

No rodapé, evidenciamos como o portal está organizado, e funcionalidades como o trabalhe conosco, o atendimento à imprensa e o Programa Nossos Valores.

Destacamos iniciativas que contemplam toda a Província. O propósito é que os internautas reconheçam o que temos em comum, independente do empreendimento ou unidade, e com isso percebam a força da nossa missão.

Aqui, reforçamos o acesso direto aos Empreendimentos, caso essa seja a busca dos usuários.

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MISSÃO E GESTÃO

CENTRO MARISTA DE PROMOÇÃO DOS Direitos da Criança e do Adolescente é lançado Equipe multidisciplinar promoverá capacitação e pesquisa sobre o tema No dia 22 de agosto, o auditório do Prédio 11 da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) recebeu o evento de lançamento do Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente. O encontro reuniu Irmãos, representantes do poder público, gestores, educadores e estudantes. Também estiveram presentes o Irmão Provincial, Inacio Etges, e o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira. Alinhada à missão de promover a vida, a iniciativa tem o objetivo de elaborar novas metodologias e ferramentas para proporcionar subsídios à formação de acadêmicos, profissionais e comunidade em geral. O Centro atuará em duas frentes: capacitação e pesquisa. A partir de uma atuação multidisciplinar, pretende contribuir para uma sociedade mais engajada e dedicada ao cuidado integral de crianças e adolescentes. Serão abordados temas como

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violência sexual, inclusão escolar, indisciplina e saúde mental. Em seu discurso, o coordenador da Assessoria de Proteção à Criança e ao Adolescente da Rede Marista, Ir. Sandro Bobrzyk, ressaltou que o Centro segue o propósito que motivou São Marcelino Champagnat a iniciar a atuação marista, há 200 anos. “A defesa de direitos deve ser uma pauta de todos”, declarou. “Inspirados em nosso fundador, esperamos promover iniciativas para que pensemos o tema de forma coletiva”.

REALIDADES QUE PRECISAM SER MUDADAS Após a abertura, os doutores Gibsi Rocha e Lucas Spanemberg subiram ao palco para duas falas que abordam a violação de direitos do ponto de vista da saúde. Coordenadora da equipe de Psiquiatria Infantil do Núcleo de


Neurociências do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), Gibsi deu enfoque ao bem-estar na infância e adolescência. A especialista explicou sobre a importância de fortalecer a autoestima nos primeiros anos de vida, e como o processo de desenvolvimento dos pequenos pode ser prejudicado por uma série de fatores. Da mesma forma, trouxe uma análise de como a pós-modernidade abrevia a infância, não só a partir de uma exposição excessiva à sexualidade e à violência, mas por eleger a adolescência como ideal da cultura contemporânea. Já Spanemberg, Doutor em Psiquiatria e Ciências do Comportamento, preceptor de residentes do HSL e professor do curso de Especialização em Psicoterapia da PUCRS, mostrou dados alarmantes sobre violência e seus impactos. Segundo ele, mais da metade dos transtornos mentais começa antes dos 14 anos de idade, muitos deles causados por traumas e abusos – fatores de risco universais para todos os distúrbios. Com mais de 84 mil denúncias de violações contra crianças e adolescentes recebidas pelo Disque Direitos Humanos em 2017, o palestrante evidenciou a

importância de criar iniciativas para combater esses números. Para encerrar o evento, o grupo teatral Unidos Pela Arte, do Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar), apresentou a esquete Até Quando? e conclamou os presentes a tomar iniciativa para mudar as diferenças sociais que assolam milhões de crianças e adolescentes brasileiros.

COMPROMETIMENTO COM A PROMOÇÃO DA VIDA A Rede Marista possui políticas institucionais de proteção integral às crianças, aos adolescentes e aos jovens, que embasam a atuação das pessoas que trabalham nos empreendimentos e unidades. Além de promover campanhas educativas e contar com o Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, possuímos o canal Nossos Valores, espaço que apresenta o Código de Conduta e os parâmetros éticos que guiam a missão marista. Nessa plataforma online, todos podem comunicar, de modo seguro e anônimo, preocupações, dúvidas e sugestões.

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MISSÃO E GESTÃO

MAPEAMENTO REVELA quem são os representantes da Rede Marista Iniciativa busca identificar os espaços em que exercemos incidência institucional O Mapeamento dos Representantes Institucionais da Província Marista Brasil Sul-Amazônia é um movimento que busca compreender quem são os Irmãos, Leigos/as e colaboradores que atuam como representantes maristas em fóruns, movimentos, conselhos, órgãos eclesiais, entre outros, tanto nas esferas municipal, estadual e federal, quanto internacional. Desse modo, é possível compreender os espaços que ocupamos e dar nossa contribuição para discussões importantes à sociedade. Esse movimento é realizado com as demais Províncias do Brasil Marista, em parceria com a União Marista do Brasil (Umbrasil). Ao somar a nossa lista de representantes institucionais a das demais Províncias, é possível visualizar a representação e incidência para

NÚMERO DE ESPAÇOS NOS QUAIS REALIZAMOS REPRESENTAÇÃO INSTITUCIONAL

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Educação Superior e Saúde

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Social

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Canônicos (espaços ocupados exclusivamente por Irmãos Maristas)

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Educação Básica

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além dos limites geográficos de cada uma. A perspectiva é que essa clareza potencialize articulações e esforços conjuntos e alinhados, para fortalecer aquilo em que acreditamos, enquanto maristas.

PASSOS INICIAIS Após o recebimento dos dados de cada empreendimento, foi possível reconhecer o nome dos representantes, espaços em que atuam e período de mandato. Também foram organizadas outras informações, como o vínculo de participação de cada representante (consultivo, deliberativo, de articulação etc). Segundo Luciana Buksztejn Gomes, Assessora de Representação Institucional da Rede Marista, “o mapeamento já havia sido realizado no ano passado, mas neste ano a intenção foi qualificar a base de dados, o que contribuirá para os projetos a serem desenvolvidos”, explica.

PRIMEIROS RESULTADOS A partir dos levantamentos iniciais, verificamos que a Província Marista Brasil Sul-Amazônia está presente em 290 espaços de articulação e incidência. A imagem ao lado apresenta a representatividade das ênfases desses fóruns. O mapeamento é um passo importante para o desenvolvimento de uma representação institucional estratégica e que se fortalece pelo conjunto de espaços ocupados. Além disso, consiste em um levantamento que deve ser atualizado anualmente, para que seja possível uma imagem cada vez mais precisa da representatividade marista junto à sociedade.


PALAVRA ABERTA

MENSAGEM PARA O DIA DA Vida Religiosa Consagrada IR. PAULA FRANCINETTE DA SILVA E DIRETORIA DA CRB - NACIONAL Queridos consagrados! Queremos saudar cada um e cada uma na alegria de nos sentirmos irmãos e irmãs no mesmo caminho – o caminho do seguimento de Jesus Cristo como discípulos e discípulas na itinerância, partilhando a alegria da vocação e a riqueza de nossos carismas! Celebremos, pois, com júbilo, a nossa vocação e reafirmemos o nosso Sim como resposta livre e generosa a Deus, que continuamente nos chama e nos interpela na diversidade de rostos e situações! Retomemos o nosso itinerário vocacional como um caminho mistagógico, celebrando cada passo como um marco significativo que faz ir adiante com ouvidos atentos, corações ardentes e pés de peregrinos! Ressignifiquemos o que em nossa história pessoal e comunitária precisa adquirir um sen-

“NÃO FOSTES VÓS QUE ME ESCOLHESTES; FUI EU QUE VOS ESCOLHI E VOS DESIGNEI, PARA QUE VADES E PRODUZAIS FRUTO E VOSSO FRUTO PERMANEÇA” (JO 15, 16).

tido novo, valorizando a fraternidade e cuidando das relações tecidas no ventre da comunidade. Elas precisam ser nutridas com gestos concretos! Festejemos a nossa consagração com os destinatários da nossa missão, aqueles e aquelas para quem dirigimos os ouvidos, o olhar e o coração. Eles dão sentido à nossa vida, alimentam a nossa esperança e fortalecem o nosso carisma! Busquemos revigorar as forças no Deus da vida porque Ele é a certeza de que não estamos sós. A centralidade da Palavra é a luz a indicar o novo que Deus está realizando em nossas “noites escuras”, fazendo-nos experimentar a alegria da madrugada (ls 43, 19)! Alegremo-nos por ser quem somos: homens e mulheres, consagrados e consagradas felizes! Que o amor trinitário e a ternura da Mãe Aparecida nos envolvam e mantenham acesa em nós a chama do encantamento pelo Reino, impulsionando-nos a sair às pressas para onde a vida clama (Lc 1, 39)! Que Nossa Senhora Aparecida e o Divino Espírito Santo sigam encorajando nossa VRC. Feliz dia do Consagrado! Feliz dia da Consagrada!

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PALAVRA ABERTA

IMERSÃO EM RORAIMA OS IRMÃOS LUCIANO BARRACHINI E MIGUEL ORLANDI RELATAM A SUA VISITA A BOA VISTA E PACARAIMA, EM RORAIMA, ONDE CONHECERAM DE PERTO A REALIDADE DOS REFUGIADOS VENEZUELANOS QUE CHEGAM AO NOSSO PAÍS. A convite da Umbrasil e também buscando responder com ações da nossa Província em Roraima, território onde está ocorrendo o maior ingresso de venezuelanos no Brasil, de 10 a 13 de agosto, estivemos, junto com Francine Junqueira, em Boa Vista e também em Pacaraima, que é divisa com Santa Helena, primeira cidade venezuelana depois da fronteira. Em Boa Vista, reunimo-nos com diversas organizações sociais, organizações de Igreja, Paróquias e também em contato com os migrantes, incluindo os indígenas Warao, que já somam mais de 2,5 mil no lado brasileiro. Só em Boa Vista, há um abrigo com mais de 800 indígenas, sendo 380 crianças e adolescentes. Atualmente, são 11 abrigos com migrantes em Roraima, administrados por organizações sociais, Igrejas e Forças Armadas, e mais dois abrigos estão sendo construídos em Boa Vista. Os venezuelanos que estão abrigados não preocupam tanto quanto os que estão nas ruas, uma vez que vivem em situação caótica e constrangedora, pois falta inclusive comida para eles – e muitos vivem embaixo de marquises de lojas, rodoviária, praças e barracos de lona, lembrando os acampamentos de sem-teto, onde tudo falta (comida, água, banheiro etc.).

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É uma situação desumana e desesperadora, tanto que, mesmo solicitando que os encarregados pelas pastorais e ações nos dissessem do que precisavam, eles não sabiam o que nos dizer, atrapalhavam-se, ficavam no vazio e acabavam na comida. Esse grito só foi diferente ao ouvirmos o Padre Jesus de Bobadilla, da Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Pacaraima, que pedia: “Preciso de pão, só pão, o cacetinho. Preciso dar mais 400 pães por dia, está faltando, pois é a única refeição do dia para eles”. A média de entrada no Brasil são de mil venezuelanos por dia, sendo que há registros de dias com uma entrada superior a 1,5 mil. Segundo relatos, a cidade de Pacaraima, que tinha 6 mil habitantes, agora tem mais de 10 mil. Um caos está se aproximando, agravado pelo posicionamento xenofóbico dos poderes públicos da cidade. Tal situação se concretizou no último confronto, que ocorreu nos dias 17 e 18 de agosto, entre brasileiros e venezuelanos que buscavam refúgio. O impacto foi tal que o número de travessias diárias baixou para 400. Sabemos que alguns poucos acabam retornando, quando conseguem dinheiro ou alimento para levar a quem ficou da família na Venezuela. Presenciamos também uma grande preocupação em palavras, ditas pelas pessoas, porém pouca ação acontece. As próprias instituições religiosas, devido à falta de recursos, avançam pouco em ações concretas, as respostas são lentas. Mesmo que a Igreja Católica seja uma das poucas instituições a se engajar nas ações, pelo menos faz alguma coisa. Nesse sentido, uma sensação de “protagonismo” em fazer, em estar fazendo, transparece no momento de buscar soluções coletivas. Ao nosso ver, parece que existe um medo de que alguém que chegou depois possa fazer algo de maior vulto ou mesmo apresentar soluções mais adequadas. Então, as parcerias são muito na base do: “Vocês podem doar isso, pagar aquilo, contri-


buir com isso”, mas se escuta pouca sugestão em desenvolver ações de mobilização ou projetos de interiorização a médio e longo prazo para os venezuelanos. O fato é que Roraima não existirá mais sem os venezuelanos, pelo menos nos próximos cinco ou dez anos, pois o país terá grande dificuldade para se reorganizar social, política e financeiramente. Sem dúvida, a causa é humanitária e assombra pela falta de atenção dos governos nas três esferas, e pelo desprezo dos moradores que se sentem ameaçados nas questões de trabalho, saúde e educação. Em Pacaraima, por atender os migrantes, a Igreja Católica não é mais vista com bons olhos por uma grande parte da população local, mas salientamos a importância da fala do Bispo de Boa Vista, Dom Mário A. da Silva, que nos alerta: “As entidades internacionais precisam ajudar o Brasil a não virar as costas para Roraima”. Precisamos agir juntos e dar as mãos para ajudar nossos irmãos venezuelanos. Nossa ida, além de ser para reconhecimento da realidade, serviu para estabelecer contatos diversos, especialmente com os organismos de Igrejas e ONGs, que estão fazendo o trabalho de atendimento junto aos migrantes, com voluntariado e ação de educação e organização dos abrigos. Um exemplo é a ONG Fraternidade, que trabalha em parceria com a ACNUR na gestão de cinco abrigos. Nosso foco foi perceber a situação das crianças, dos adolescentes e jovens,

buscando entender o que estava acontecendo e o porquê da migração, bem como perceber os sentimentos das pessoas em relação à situação social desses, que engrossam as periferias, especialmente de Boa Vista. Saímos de Roraima com a certeza de que é preciso agir rápido, agir para que a presença de Deus não seja subtraída nesse momento tão forte, em que a intolerância, o egoísmo e a violência parecem ser mais fortes que a bondade, a solidariedade, a tolerância, entre outros tantos valores que aprendemos a respeitar e a vivenciar em nossa sociedade. Aproveitamos este espaço para lançar alguns questionamentos: que resposta daremos, enquanto Brasil Marista, a esses apelos emergentes? Que ações concretas podemos desenvolver nesses municípios? Como faremos para fortalecer os laços e criar pontes entre as nossas regiões? Como vamos responder ao chamado para sermos construtores de pontes, agentes de mudança e comprometidos na transformação da vida dos migrantes venezuelanos? Com certeza, não nos omitiremos em ser solidários, cristãos com nossos irmãos e irmãs migrantes, independentemente de suas nacionalidades. É preciso partilhar, dar um pouco do que temos aos nossos irmãos e irmãs mais sofridos. Nós todos somos migrantes, precisamos também saber dividir parte daquilo que um dia recebemos.

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BOA NOVA

RETROSPECTIVA

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1. Julho | A 3ª Assembleia Geral da Região América Sul reuniu cerca de 50 representantes das cinco Províncias que compõem a iniciativa, na Casa Marista da Juventude (Caju). Durante uma semana, eles tiveram a oportunidade de dialogar sobre o andamento dos projetos estratégicos, novos horizontes e desafios.

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2. Julho | A Missão Jovem Marista oportunizou que Animadores, Assessores e integrantes da PJM vivenciassem a rotina de cooperativas de economia solidária de Porto Alegre e região. Por meio de atividades de formação, vivência da espiritualidade cristã, partilha e envolvimento direto com a realidade, os participantes foram convidados a refletir sobre o seu papel na transformação da sociedade. 3. Julho | Cerca de 160 pessoas, entre líderes dos empreendimentos e das Instâncias Corporativa e Canônica, estiveram presentes no Seminário de Gestão e Governança da Rede Marista. A partir deste ano, o encontro ganhou um novo formato, de modo a fortalecer nossa estrutura de governança.


BOA NOVA

4. Julho | Irmãos, Leigos, lideranças pastorais e jovens das comunidades do Acre celebraram os 50 anos de presença marista no estado. Durante os dez dias de vivência, as realidades amazônicas foram trabalhadas a partir de um enfoque vocacional e socioambiental, com objetivo de valorizar a história e fortalecer o carisma na região.

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5. Julho | A UTI Pediátrica do Hospital São Lucas completou 40 anos no dia 27. Atualmente o mais antigo em funcionamento do país, o espaço alia experiência com estrutura de ponta, e conta com indicadores de qualidade compatíveis com os melhores centros universitários da América Latina. 6. Julho | A 11ª edição do Congresso Marista de Educadores Sociais reuniu cerca de 500 pessoas na PUCRS para refletir sobre as possibilidades de luta em defesa da vida. 7. Agosto | Para celebrar o Dia do Marista, Irmãos, Leigos e colaboradores foram convidados a responder à pergunta como podemos ser farol de esperança no mundo?. Foram recebidas centenas de respostas de pessoas que acreditam na educação, proporcionam a transformação social, zelam pela saúde e cuidam das pessoas em todos os nossos espaços de missão. As cerca de 500 frases podem ser acessas em www.diadomarista.com.br. 8. Agosto | Colaboradores das Instâncias Corporativa e Canônica e da Estrutura Executiva dos Colégios e Unidades Sociais se reuniram para um retiro no Recanto Marista Medianeira, em Veranópolis. O encontro proporcionou momentos de oração e integração a partir de reflexões relacionadas à casa de La Valla.

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BOA NOVA

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9. Setembro | Estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio dos Colégios da Rede Marista apresentaram trabalhos na terceira edição da Mostra Marista de Iniciação Científica, realizada na PUCRS. 10. Setembro | Jovens futuros universitários vivenciaram uma imersão na vida acadêmica da PUCRS durante o Open Campus 360o - Experiência que transforma. Com inscrições gratuitas, o evento contou com centenas de atividades, como workshops e painéis dos cursos de Graduação. 11. Setembro | O Retiro de Irmãos e Leigos/as – Experiência de Aprofundamento reuniu 32 pessoas no Recanto Marista Medianeira. A partir de quatro itinerários, os participantes foram convidados a buscar e contemplar Deus em diferentes aspectos da vida. 12. Setembro | O Ir. Jader Henz professou votos perpétuos em sua cidade natal, Campina das Missões (RS), no dia 22. Para antecipar a celebração, Irmãos e Leigos/as, em conjunto com o Serviço de Animação Vocacional da Diocese de Santo Ângelo, visitaram escolas do município para dialogar com os estudantes sobre projetos de vida e vocações.

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FESTIVAL MARISTA de Robótica Em setembro, durante os dias 18 e 19, ocorreu o Festival Marista de Robótica, no Prédio 41 da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre. O evento reuniu mais de 1,5 mil estudantes dos Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista, da PUCRS e de instituições de Educação Básica e de Ensino Superior do Rio Grande do Sul, de Brasília, de Santa Catarina, Pernambuco e Chile. Durante os dois dias de festival, estudantes e educadores foram protagonistas de pesquisas e participaram de quatro desafios sobre o tema Tabela Periódica dos Elementos Químicos: Desafio de Robôs, Desafio de Drones, Cidade-Laboratório e Incubando Ideias. 31


2º Capítulo Provincial Entre 3 e 7 de dezembro de 2018 Veranópolis/RS

Província Marista Brasil Sul-Amazônia


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