Pinheirinho 23_24_1 sem.

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O Pinheirinho |ano trinta | número 1 | janeiro 2024 | agrup. de escolas carlos gargaté|


Sumário 2. O espírito de Natal 3. Não gosto da escola 4. Atividade na BE Visita da autora Mafalda Moutinho

Editorial O espírito do Natal… Talvez a maior parte das pessoas não saiba, mas o verdadeiro significado de Natal é a celebração do nascimento de Jesus Cristo, o que acontece há mais de 1600 anos, no dia 25 de dezembro, conforme estipulou, no ano de 350, o Papa Júlio I.

A esta quadra associamos símbolos, como o Pai Natal, que surgiu em 1931, pela mão do cartoonista Haddon Sundblom, a pedido da D’ Arcy, agência de publicidade da CocaCola, a 5. Mafalda Moutinho na EB Carlos Gargaté árvore de Natal, cuja origem remonta a Riga, na Letónia, em Lenda da sopa da pedra - CAA 1510, a troca de prendas, oficialmente criada no ano de 354, pelo Papa Libério, o azevinho, que é um símbolo de paz, saú6. Dia internacional dos Direitos Humanos de, proteção e felicidade, as decorações plenas de luzes… Enfim! Tantos e de diferentes matizes por todo o mundo! É bom ser ativo Hora do conto - Pré-Escolar

7. Direitos humanos Encontro com ... Marta Neto 8. Leitura e literacia digital ... Sessões sobre Booktrailers ... 9. Educação Pré-Escolar - dia nacional... 10. Promover a inclusão Viagens / conhecimento ... 11. Encontro com Filipa com Coutinho ... A vida no campo

Mas…o Natal, a verdadeira essência do Natal, reside em algo de mais profundo e que vai muito além de símbolos estereotipados de maior ou menor riqueza, do consumismo desenfreado, de obrigações sociais que se partilham com todo o sentimento…just because… it’s beginning to look a lot like Christmas… Just because! O Natal não pode ser só isto! O Natal não pode ser só no Natal, confinado a uma época, a uns dias de solidariedade, alegria e amor pelo próximo em gestos que se multiplicam de entrega e amor, just because!... O Natal deve ser todos os dias, num sorriso, num gesto sincero, numa entrega de si para o Outro… sem máscaras, artifícios ou falsas intenções! Mais do que nunca, precisa-se da genuinidade do Natal porque

12. Diz não ao Bullying ...

“É urgente destruir certas palavras, Poderão as viagens e o conhecimento... ódio, solidão e crueldade, alguns lamentos, muitas espadas. Viver no campo ou na cidade?

13. Viagens e conhecimento Campo ou cidade? O campo e a cidade: relação com ...

É urgente inventar alegria, multiplicar os beijos, as searas, é urgente descobrir rosas e rios e manhãs claras. É urgente o amor, é urgente permanecer…” E acreditar que The prettiest sight to see is the holly that will be On your own front door, pois é Natal uma vez mais… Prof.ª Manuela de Fátima

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|Não gosto da escola! O mesmo acontece para as possíveis ameaças percecionadas pela criança no contexto escolar. A escola está muito presente na vida de uma crianPrimeiro, dever-se-á perceber se a ameaça é real ou ça. Cinco dias por semana, muitas horas por dia… é não e, com a criança, elaborar estratégias ou planos onde passam, muitas vezes, a maior parte do seu de ação, que devem estar ao alcance da mesma e dia. Se esta constitui uma boa oportunidade para que sejam adequadas ao seu nível de desenvolviaprender coisas novas, para se divertirem com os mento. Elabore os passos necessários para a resocolegas e desenvolverem as suas competências solução do problema e encoraje-a a adotá-los, de forcioemocionais, verifica-se que nem sempre as coisas ma gradual. Falar com o professor sobre os receios correm bem e que alguns alunos não veem qualquer ou desmotivação da criança poderá ser útil para se utilidade na frequência deste contexto, ou se sentem perceber o que se passa e como poderão ultrapassar pouco integrados. o problema juntos. A maior parte dos alunos já pensou, verbalizou, ou somatizou a sua aversão pela escola, colocando um desafio a pais e escola na compreensão e na forma de lidar com este sentimento, pois a escolaridade obrigatória vai até aos 18 anos ou até à conclusão do ensino secundário. Muitos poderão ser os motivos que levam a que um aluno não se sinta bem na escola, tais como serem vítimas de bullying, não conseguirem fazer amigos, serem marginalizados ou excluídos por serem diferentes, sentirem que as disciplinas são muito fáceis e aborrecidas ou, pelo contrário, muito difíceis e desinteressantes, ou terem outros problemas ou preocupações que não lhes permitem estar concentrados nas tarefas académicas. Perceber o estilo de aprendizagem da criança e adequar o ensino às suas reais capacidades é sempre uma boa estratégia.

Ultrapassar este tipo de desafio requer tempo. Se as estratégias utilizadas não tiverem sucesso, é fundamental que se fale com a criança sobre a possibilidade de os pais recorrerem a um psicólogo, no sentido de encontrarem soluções para a situação. Psicóloga Ana Borges

Seja qual for o motivo pelo qual uma criança não gosta de ir à escola é importante que esta converse com alguém da sua confiança sobre o seu sentimento e do que poderá estar na sua base, sem qualquer juízo de valores. Desta forma, poderão ser abordadas estratégias para se ultrapassarem as dificuldades sentidas pela criança. A criança deverá falar dos seus medos e preocupações e pensar, com ela, em estratégias para se diminuir ou ultrapassar este sentimento. A perceção de que podemos fazer alguma coisa para lidar com a situação dá-nos uma sensação de controlo que permite diminuir a ansiedade. É a falta de recursos que tende a alimentar estas emoções mais desagradáveis.

supervisão, edição e revisão de texto | céu mantas | helena martins | manuela de fátima | colaboradores | profs. manuela de fátima | teresa pombo | educadoras | psicóloga ana borges | 6.ºC eduardo amaro | 7.ºA gabriel neves | 7.ºB madalena correia | madalena fernandes | melissa quintã | 7.ºD pedro mota | 8.ºA andré fonseca | catarina agulhas | david magalhães | lúcia vicente | tiago vaz | 9.ºC diogo joaquim | duarte monginho | eduardo águas | ivan martins | marta boucinha | marta pinheiro | rodrigo novo | raphael clause | rita silvério | vitória sousa | layout josé Mendes | paginação helena martins | propriedade agrupamento de escolas carlos gargaté | praceta frederico de freitas 2819-504 charneca de caparica | tel212979660 | fax 212973079 | cexecutivo.ebi123cc@gmail.com | janeiro de 2024

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|Atividade na BE No dia 17 de outubro, os alunos do 7.º ano vieram à BE para participar num Jogo de Fuga - Biblioteca Misteriosa, um jogo interativo que lhes permitiu relembrar alguns conceitos ligados à BE e explorar o seu espaço e recursos.

A atividade correu muito bem e os alunos gostaram bastante! Manuela de Fátima (professora bibliotecária coordenadora)

|Visita da autora Mafalda Moutinho

dente subaquático e o acidente no deserto que são referidos no livro O segredo do mapa egípcio.

|Hora do Conto – Pré-Escolar

em busca de novos significados. Daí a relevância em ser cultivada desde a mais tenra idade.

A autora também nos mostrou um vídeo sobre um As apresentações de autores e autoras são livro chamado A mensagem secreta de Lisboa, onde muito importantes para os alunos os conhecerem “Os primos” procuram por uma cápsula do tempo pessoalmente e ficarem inspirados, além de que escondida no ano do terramoto de 1755. aprendem mais vocabulário e sobre como se escrevem livros. A sessão terminou com a autora a falar do seu novo livro O caso da grande mentira e com uma sessão de No dia 11 de Outubro, tivemos a presença da autora autógrafos que agradou a todos. Mafalda Moutinho na biblioteca escolar. Muitos alunos tiveram oportunidade de a conhecer. ForamA coleção “Os Primos” é muito divertida para quem lhe colocadas muitas perguntas e descobrimos que a gosta de mistérios e aventuras em diversos sítios. autora já viajou para todos os locais onde se passam os livros da coleção “Os Primos”. Ficámos a saber, Pedro Mota, 7.ºD também, que até muitas das histórias relatadas aconteceram com ela, como, por exemplo, o aci-

No dia 17, a professora Manuela de Fátima contou a história d´Os três Porquinhos, com fantoches, às crianças da educação pré-escolar, que foram interagindo, à medida que ia sendo contada. Este conto para crianças ensina que é importante não ser preguiçoso e que se deve trabalhar, como fez o porquinho que construiu a casa com tijolos e que não devemos “meter a foice em seara alheia”. A hora do conto é um momento de criar afetos com as crianças e destas com a leitura e com as histórias que ouvem. Pelos momentos de diálogo que proporciona, a animação da leitura cria nos mais pequeninos sementes de prazer no ouvir e no sentir as palavras, sempre pág. 4

Manuela de Fátima (professora bibliotecária coordenadora)


|Mafalda Moutinho na EB Carlos Gargaté No dia 18 de outubro, a escritora Mafalda Moutinho veio à Escola Básica Carlos Gargaté. Ficámos a saber que a autora tem, atualmente, 50 anos e, antes de ser autora, era consultora. Foi isso que lhe deu oportunidade de realizar todas as viagens que descreve nos seus livros. Mafalda Moutinho escreveu 20 livros da coleção ’’Os primos”. Tem um site onde podemos comprar, ler a sinopse e o primeiro capítulo, o que é bastante útil para sabermos se gostamos ou não da coleção, e tem uma aba que diz “Descobre os segredos”, onde podemos “descobrir os segredos” por detrás dos tópicos que a autora mencionou. A autora utiliza cenários pelos quais passou na vida real, como, por exemplo, uma vez, quando foi à Grécia, ela e uma amiga estavam no lago com um amigo da autora, até que ele começou a afogar-se e elas pensaram que ele estava a acenar, pois estava a abanar a mão e, entretanto, descobriram que ele tinha ficado com a barbatana (do fato de mergulho)

presa numa rocha. Ela retratou esta cena num dos seus livros. Finalmente, gostaríamos de dizer que gostámos muito da atividade e que foi bastante interessante. Madalena Correia, Madalena Fernandes, Melissa Quintã, 7.ºB

|“Lenda da sopa da pedra” CAA No dia 25 de outubro, os meninos do CAA da escola-sede e da EB Louro Artur apresentaram uma dramatização adaptada a partir da “Lenda da sopa da pedra”, história popular oriunda de Almeirim. O trabalho com o texto foi feito pela professora Paula Torrado, em articulação com a professora Manuela de Fátima, em representação da BE, e a expressão musical esteve a cargo da professora Silvie Ornelas. A apresentação destes alunos foi feita perante um público específico, neste caso, perante os alunos das turmas que eles integram. Os “atores” representaram muito bem e os espetadores apreciaram a dramatização. Um exemplo de inclusão e de promoção da leitura/ escrita, sem dúvida! Manuela de Fátima (professora bibliotecária coordenadora)

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|Dia Internacional dos Direitos Humanos No âmbito do Dia Internacional dos Direitos Humanos, que se celebra no dia 10 de dezembro, a Dra. Cátia Nunes, em representação do Centro Europe Direct da Área Metropolitana de Lisboa, dinamizou três sessões de sensibilização para a temática, destinadas às crianças do pré-escolar e aos delegados de cada turma, do 5.º ao 10.º ano. As sessões com as crianças partiram de um exercício de expressão plástica, em que lhes foi pedido que desenhassem um gato e uma criança para se falar em direitos das crianças por analogia com os de qualquer ser vivo. Com os alunos mais velhinhos (estiveram representadas 17 turmas das 25 da escola-sede), a Dra. Cátia Nunes abordou a temática, remetendo para o contexto atual de violação dos direitos humanos. Propôs-lhes um jogo de mímica sobre os direitos humanos, ao que os alunos aderiram bem e de forma entusiástica. A biblioteca escolar ao serviço da formação cívica dos alunos. Manuela de Fátima (professora bibliotecária coordenadora)

|É bom ser ativo! Todos os anos, em setembro, é comemorado o “Dia Europeu do Desporto” aqui na Escola Carlos Gargaté, Portugal e em muitas outras escolas europeias. Alunos de todos os anos podem participar em vários desportos. No âmbito do desafio “Sê repórter por um dia”, tivemos de entrevistar alguns alunos, recolher informação e, no final, elaborar uma reportagem. O Dia Europeu do Desporto nas escolas tem como objetivo sensibilizar a comunidade escolar relativamente aos benefícios do desporto para a saúde, bem como para o bem-estar mental. Para além disso, também ensina os alunos a cooperarem uns com os outros, a tolerar e a desenvolver o espírito de equipa e de entreajuda. Durante o dia 29 de setembro, na nossa escola, foram praticados: basquetebol, badminton, voleibol e atletismo, que mobilizaram cerca de 300 alunos. O ambiente do evento foi envolvido por muita alegria, animação e diversão. No entanto, segundo Diogo, do sexto ano, seria ainda melhor se houvesse mais modalidades, como por exemplo o futebol. Na opinião da Mafalda, do mesmo ano, o Dia do Desporto é importante porque permite aos alunos experimentar novas atividades. Já o Diogo diz que “O Dia do Desporto podia ser mais importante se os alunos o levassem a sério”. Concluindo, pode-se afirmar que o evento foi bemsucedido, pois houve uma boa organização, foram pág. 6

cumpridos todos os objetivos e os alunos gostaram de participar.

André Fonseca, Catarina Agulhas, David Magalhães, Lúcia Vicente, Tiago Vaz, 8.ºA


|Direitos Humanos No dia 6 de dezembro, a propósito do Dia Internacional dos Direitos Humanos, que se celebra no dia 10 de dezembro, a BE recebeu a Dra. Cátia Nunes, que veio falar sobre o assunto. Os direitos humanos, sobretudo no atual contexto, são um tema muito importante. Há muito tempo, os homens é que tinham direito a tudo e as mulheres não tinham direito a nada. Normalmente, os homens é que iam trabalhar e as mulheres faziam os trabalhos domésticos, como arrumar a casa e a cozinha. Isto aconteceu até 1911. Depois dessa data, as mulheres começaram a ter os mesmos direitos ( votar, poder trabalhar…). No dia 25 de março de 1911, houve uma revolução feita por mulheres, a maior até agora. Às 5h da manhã, começaram a gritar, a fazer protesto. No início, ninguém deu importância e as pessoas achavam que elas iam desistir, mas pensaram errado porque, passada uma semana, elas continuavam a protestar e houve intervenção policial. Passado algum tempo, a ONU (Organização das Nações Unidas) decidiu que as mulheres podiam ter os mesmos direitos que os homens, um marco para a história da Humanidade. O dia 8 de março foi consagrado o Dia Internacional da Mulher. Este dia não é defendido em todo o Mundo, porém. Alguns países não respeitam os direitos humanos, como, por exemplo, a Arábia, onde as mulheres não

têm sequer o direito de ir à rua sozinha. Em Gaza, não estão a deixar entrar nem sair. Os homens também sofrem porque há direitos que são violados. Por exemplo, os negros são vítimas de racismo, algo que, a meu ver, é simplesmente estúpido. A Humanidade precisa de restaurar a paz no Mundo, acabando com tudo o que seja violação dos direitos humanos. Esta sessão foi muito interessante. Gostei bastante e penso que a BE deve fazer mais atividades do género. Gabriel Neves. 7.ºA

|Encontro com… Marta Neto Nos dias 4 e 5 de dezembro, as crianças do pré -escolar, 1.º e 2.º ano puderam conhecer e interagir com Marta Neto, a ilustradora dos livros O Peixinho Guloso e o Caracol que queria ser polícia, escritos por Vera Campeão. As histórias foram contadas de forma divertida e as mensagens de partilha e de valorização dos sonhos causaram impacto nas crianças, que ouviram deliciadas. A promoção de encontros de autor e ilustradores é muito relevante enquanto contributo para fomentar o gosto pelos livros e pela leitura. Manuela de Fátima (professora bibliotecária coordenadora)

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|Leitura e literacia digital: uma aliança a reforçar Durante os meses de novembro e dezembro, todas as turmas de 6.º ano da escola foram envolvidas em sessões de produção de booktrailers. Aliando o prazer da leitura à promoção de competências de escrita e literacia digital, os alunos aprenderam a usar ferramentas digitais, a escrever de forma clara, concreta e incisiva, mas sempre clara e apelativa e, sobretudo, alguns conhecimentos fundamentais para o aluno do século XXI: pesquisar, utilizar e citar fontes disponíveis em formato digital. Os produtos destas sessões, depois de aperfeiçoados, integrarão o novo canal Youtube da Biblioteca Escolar e, no caso das obras já disponíveis no acervo Sessão Booktrailers MIBE da BE, serão partilhados através de códigos QR.

Sessão Booktrailers - contruindo um storyboard

A equipa da Biblioteca Escolar agradece a generosa colaboração das docentes de Português que lecionam o 6.º ano (Cristina Augusto, Lucinda Dias e Rute Fernandes) e o labor de todos os seus alunos. Teresa Pombo (professora bibliotecária) Sessão Booktrailers produção vídeo

|Sessões sobre Booktrailers têm lugar na Biblioteca Escolar da escola-sede estratégica e, até mesmo, escolher as faixas sonoNo dia 20 de outubro de 2023, quatro alunos ras mais adequadas. Porém, não é necessário criar da turma 6.ºC (diretora de turma Cláudia Corado) algo do zero. Com os livros, o cenário é um pouco e a professora Céu Oliveira, que leciona História e diferente. É necessário adaptar o conteúdo escrito Cidadania e Desenvolvimento, participaram numa a uma linguagem mais visual e direta e, caso isso sessão de formação intitulada “ Workshop BookTrai- não seja feito com muito cuidado, toda a narrativa lers”. Book Trailers são vídeos curtos com, no máxi- poderá ser prejudicada. mo, dois minutos, que contam um pouco da históQuem quiser aprender a fazer Book Trailers pode ria de um livro, aguçando a curiosidade dos leitores, consultar https://bit.ly/tutorialbooktrailer. apresentando personagens e divulgando a obra de forma subtil. O formato é muito semelhante ao utiliEduardo Amaro, 6.º C, Clube da Biblioteca zado no lançamento de filmes, daí a associação feita. Escolar Vale lembrar que os filmes já são produtos audiovisuais e, para criar um vídeo curto, basta cortar o conteúdo que já foi criado. É claro que é necessário organizar as cenas, apresentar o texto de forma pág. 8


Booktrailers

|Educação Pré-Escolar - Dia Nacional do pijama Mais uma vez, as salas da Educação Pré-escolar do Agrupamento de Escolas Carlos Gargaté associaram-se à iniciativa dos Mundos de Vida, Dia Nacional do Pijama. Este é um dia educativo e solidário feito por crianças que ajudam outras crianças. A data coincide com o Dia da Convenção Internacional dos Direitos da Criança, dia 20 de novembro, e, neste dia, as crianças vieram vestidas em pijama para a escola, passando, assim, o dia em atividades educativas e divertidas até regressarem a casa. Nas semanas anteriores, as educadoras organizaram, na sala, com as crianças, um conjunto de atividades lúdicas e educativas inspiradas pela Missão Pijama e lançaram aos pais o desafio de construírem um Robot, com materiais reciclados e de desperdício. A participação dos pais caracterizou-se pela criatividade e pela dedicação, proporcionando a realização de uma exposição que representou o culminar desta iniciativa. Foi um dia especial em que as nossas crianças lembraram a todos que “Uma criança tem direito a crescer numa família”. As Educadoras

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|Promover a inclusão No âmbito do MIBE, o CAA, na pessoa da coordenadora Paula Torrado, sugeriu que a BE trouxesse à escola a encarregada de educação do André, D. Sara Carvalho, para falar com alunos do 5.º ano sobre trissomia 21. Assim, no dia 18 de outubro, os alunos do 5.º ano encontraram-se com a escritora e também encarregada de educação, que lhes apresentou o seu livro O irmão de Sofia, uma história que aborda o tema da inclusão e da Síndrome de Down. A autora “acredita, sinceramente, que cada um de nós pode contribuir para uma sociedade futura mais consciente, tolerante e pronta a ajudar aqueles que têm mais necessidades/dificuldades.”

Neste contexto, a BE surge como uma intermediária que age em prol da diferença e da inclusão e como promotora de ações que são veículo de formação cívica, valores e cidadania. Manuela de Fátima (professora bibliotecária coordenadora)

|”Viagens / conhecimento poderemos proteger o nosso planeta?”

Em síntese, eu acredito que é possível alguém querer proteger o nosso planeta com base em viaSe uma pessoa viajar pelo mundo e o conhecer, gens feitas ao redor do mundo e que existem divertanto os sítios mais bonitos, como os mais feios, que já foram belos, pode, sim, querer mudar as suas ati- sas formas de alguém o fazer, como ações ou pela sensibilização do próximo. Tudo é possível! tudes para melhor, visando protegê-lo. Basta fazermos juntos e acreditarmos, pois as próUma vez que muda as atitudes para melhor, pode ximas gerações vão querer o planeta em condições. tentar fazer a reciclagem se ainda não o fizer; pode comprar um carro elétrico se puder, pois este não Eduardo Águas, 9.°C consome gasóleo nem gasolina que provêm do petróleo, que, por si, não vai expelir CO2 (dióxido de carbono) para o exterior. As atitudes não precisam de ser materiais ou físicas; também podem ser verbais. A pessoa que viajou pelo planeta promove a mudança das outras pessoas, através de discursos, palestras ou com amigos, pelo telefone ou pessoalmente. pág. 10


|Encontro com Filipa Coutinho, ex-aluna - de Portugal para o Mundo Um testemunho de vida No dia 21 de dezembro, veio à nossa escola a ex-aluna Filipa Coutinho falar sobre a sua carreira e a sua vida, que tomou um rumo diferente. Foi uma atividade dinamizada por três alunos do 9.ºB, Mariana Gouveia, Benjamim Clara e Vasco Santana.

o conflito israelo-palestiniano, acabou por despertar em si uma curiosidade enorme de conhecer a Palestina. No mesmo dia, decidiu que iria fazer um segundo gap year e congelou a sua matrícula na faculdade. Trabalhou durante vários meses num bar de praia para ganhar dinheiro e pagar a sua viagem à Palestina e, em outubro, foi recebida por uma organização, no Médio Oriente. Depois da sua viagem, voltou para Portugal, terminou a faculdade e fez o seu terceiro gap year, mas, desta vez, à Ásia. Neste último gap year, esteve um mês na Indonésia, viajou pela Tailândia, Cambodja, entre outros. Após todas as viagens e a faculdade terminada, a Filipa, finalmente, pensou que estava pronta para trabalhar e teve o seu primeiro trabalho numa ONG portuguesa de trabalho em Moçambique, Girl Move, onde trabalhou por quase três anos, Desde essa altura, percebeu que gostava de trabalhar na área da ajuda humanitária e o seu objetivo era poder chegar a trabalhar em emergências. Voltou para Portugal para concluir o seu mestrado e con tinuou sempre a trabalhar na área de que tanto gosta e a ascender de cargo, ao longo da carreira.

A atividade iniciou-se com um conjunto de perguntas feitas pelos alunos do 9.ºB e, a partir daí, a conversa foi-se desenvolvendo e ficámos a conhecer um pouco mais, não só da carreira da Filipa, mas também do que a levou a escolher este caminho. Falou-nos da importância que a nossa escola teve para ela, uma vez que foi aqui que descobriu o seu gosto pela escrita e foi a impulsionadora do jornal da nossa escola. Contou-nos que, desde então, decidiu que queria seguir o caminho de jornalista e poder intervir no mundo a partir da sua escrita. Ficámos a saber que a parte mais difícil deste No final do 12.º ano, já tinha idealizado que quetrabalho é a pressão de querer ajudar toda a gente ria fazer um gap year, ou seja, um ano sem estue de não o conseguir, facto aliado às saudades de dar, para poder viajar e só depois fazer a faculdade. casa, da família. Porém, confessa, no fim, compensa porque é gratificante saber que está a dedicar a sua Nesse primeiro gap year, fez pequenas viagens vida a várias vidas que estão em risco. pelo Norte de Itália, Marrocos… Até que conseguiu encontrar uma organização para fazer voluntariaA história da Filipa é realmente inspiradora e não do em África, em países, como o Quénia, Tanzâdevemos dar nada por garantido. A escola e a casa, nia… até ter de voltar a Portugal para se inscrever que hoje são uma realidade, uma obrigação, amana faculdade. Matriculou-se em jornalismo, no ennhã, podem não ser. Aliás, para milhares de crianças tanto, acabou por optar por relações internacionais. não são. No segundo ano de faculdade, uma das cadeiras que Marta Pinheiro, 9.ºC tinha era política contemporânea e, quando estudava

|A vida no campo

difícil acesso à Internet e à rede móvel, a distância da cidade ou vila mais próxima para irmos ao médico Na minha opinião, a vida no campo é mais bené- ou ao supermercado e a abundância de bichos pefica para o ser humano do que a vida na cidade, por çonhentos dentro das habitações. Porém, creio que consegue compensar com outro tipo de fatores. inúmeras razões.

Em suma, reforço que a vida no campo é mais A meu ver, existem vantagens e desvantagens, como em todo o lado, mas as vantagens são muito benéfica para o ser humano em diferentes tipos de importantes para o nosso nível de vida. Começando detalhes. pelas vantagens, a vida no campo pode proporcioDuarte Monginho, 9.ºC nar-nos um ar menos poluído e mais agradável devido à abundância de natureza e reduzida taxa de tráfego. Também podemos falar da tranquilidade de vida que nos é transmitida, o que, por vezes, pode reduzir o nosso nível de stress e ansiedade. Penso, ainda, que a vida no campo não impede certas oportunidades de trabalho, por exemplo, para quem lá mora, mas existem algumas desvantagens, como o pág. 11


|Diz não ao bullying / cyber bullying!

cialmente ou até com a câmara (o agressor usa a sua câmara para invadir a da vítima).

Infelizmente, o bullying não tem hora nem local O 9.ºC teve uma sessão sobre o bullying com dois para acontecer, embora haja locais onde ocorre mais agentes da Escola Segura, no dia 11 de outubro, durante a aula de APT. frequentemente, como nas escolas, por exemplo. Os alunos que são vítimas deste tipo de ação ficam Os dois agentes, muito simpáticos, educativos e com receio de expor que estão a sofrer. Assim, o interessantes, realizaram esta sessão porque houve papel de quem sabe das situações de bullying é imvários casos de bullying na nossa turma. O objetivo portante. Devemos avisar as autoridades e a Escola era a nossa turma ouvir e aprender mais sobre este Segura e aguardarmos que façam o seu trabalho. assunto. Quer o bullying quer o cyberbullying são crimes O bullying pode ser físico ou verbal. Não é só pan- que são punidos por Lei. cadaria! Também existe o cyberbullying. Em várias escolas, tem havido cada vez mais casos e não só em Portugal. Quem sofre bullying sente-se inseguro, nervoso e passa por várias dores físicas e psicológicas. A vítima sente-se abalada, sozinha, triste e psicologicamente afetada; já o agressor, para cometer esses atos, deve sentir-se superior. Metade das vítimas, passados uns anos, ficam com vontade de agredir os agressores. No cyberbullying, os agressores escondem-se atrás do ecrã. Espalham imagens íntimas, tiradas presen-

|”Poderão as viagens e o conhecimento do mundo levar-nos a querer proteger o nosso planeta?” Esta questão representa um assuno muito atual. Na minha opinião, quando viajamos pelo mundo, podemos observar que temos de proteger o nosso planeta, o planeta Terra. O planeta está cada vez pior! A poluição está em todo o lado. Podemos observá-lo quando viajamos, nas praias, rios, oceanos e muito mais lugares, que

Ser vítima de bullying é muito difícil, pois fica-se marcado para o resto da vida. Não deve dar prazer nenhum humilhar colegas e perturbá-los psicologicamente! DIZ NÃO AO BULLYING! Raphael Clause, Rodrigo Novo, 9.ºC estão cobertos de cotonetes, papéis, plásticos e objetos que nem fazem sentido estar lá, como pensos higiénicos, tampões e roupas. Quando viajamos, vemos como o mundo é lindo e como as pessoas o tratam. Ver um mundo tão bonito a ser destruído é horrível! Um planeta cheio de natureza e animais magníficos não podem ser tratados assim. É importante cuidar do nosso planeta! Não podemos polui-lo mais. Protejam o nosso planeta. Rita Silvério, 9.ºC

|Viver no campo ou na cidade? A vida no campo e a vida na cidade são comple- como lojas. tamente diferentes. Numa, vivemos em paz, perto Para mim, viver na cidade é a melhor opção, pois da natureza, mas longe do mundo, na outra, temos não há nada igual a poder sair de casa, ir ter com os tudo à volta, mas quase tudo é um caos. amigos e ir passear ou ao cinema. A vida no campo é algo bem calmo; as pessoas Concluindo, acredito que não haja uma opção menão se preocupam com ninguém, vivem longe da polhor ou pior, depende só do gosto ou tipo de pessoas, luição e podem passear pelo meio da natureza. umas gostam mais de estar sozinhas, outras, de esViver na cidade tem as suas vantagens. Pode-se tar rodeadas de amigos. ter tudo sem sair de casa, através da Internet, nunca nos sentimos sozinhos e estamos perto de tudo,

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Ivan Martins, 9.°C


|Viagens e conhecimento

As viagens servem para termos uma perspetiva da situação das pessoas, até da localidade em que O conhecimento do mundo e as viagens que fa- se encontram. Estes passeios podem ter um impacto zemos levam-nos a querer defender o nosso planeta. nas nossas vidas de forma positiva, por exemplo, se adotarmos como atitude ajudar. No meu ponto de vista, ter conhecimento sobre o Em suma, as viagens e o conhecimento são impornosso planeta ajuda -nos a ter noção de que podemos melhorar e alterar a nossa rotina para contribuir tantes para percebermos a nossa situação atual, no para a preservação do planeta Terra e passar a men- que concerne à proteção do nosso planeta. sagem e partilhar os gestos que fazemos, como, por Diogo Joaquim, 9.ºC exemplo, quando estamos a comunicar com amigos.

|Campo ou cidade?

Seria ótimo!

Adoro passar férias com a minha família na “terrinha”, mas poder sair de casa e ir jantar fora facilmente porque tenho inúmeros restaurantes e mais escolas/ faculdades, não me digam que é mau! Com certeza, existem desvantagens que nunca vão mudar, como o trânsito, ar mais poluído ou qualquer tipo de Na minha opinião e tendo em conta a geração em poluição, sobrelotação, rendimentos e preços de caque vivemos, seria difícil, para mim, viver no campo. sas cada vez mais altos e mais impostos, por exemplo. Pensar que poderia não ter Internet, para falar com Em suma, cada um tem a sua opinião e os seus amigos, ver páginas de moda, não ir nem ter acesargumentos, mas, neste momento, não trocava a ciso a certas lojas locais poderia ser um desafio. Não dade pelo campo. digo que viver no campo não pudesse ser bom, por-

Há quem considere que a vida no campo é mais benéfica do que a vida na cidade. Eu cá já não sei! Para além de pensar que a vida no campo seria mais tranquila, ou seja, de “paz”, também creio que viver na cidade tem as suas vantagens.

que até podia ser. Teria mais praias naturais, poderia cuidar de animais e ter comida fresca e sem tantos pesticidas.

|O campo e a cidade: relação com as pessoas Sabe-se que o campo e a cidade apresentam diferenças significativas no que toca ao estilo de vida de quem vive num dos dois. Ambos têm vantagens e desvantagens e acredito que cada um deve escolher de acordo com as suas expectativas e gostos. No entanto, para mim, a vida na cidade vai sempre sobrepor-se à vida no campo, por várias razões.

Victoria Sousa, 9°C.

até estudantes que queiram começar a ganhar o seu próprio dinheiro. No entanto, a razão, talvez, mais forte que me faz escolher a cidade e não o campo é o querer ter uma vida mais agitada, ver a pressa da cidade e fazer mil e uma coisas na minha vida, algo que no campo não se vê.

Posso começar por falar da facilidade de enconEm suma, considero a vida na cidade melhor e, se trar necessidades e chegar a qualquer sítio de forma puder escolher, vou sempre escolhê-la. mais rápida, uma vez que existem mais transportes públicos disponíveis, mais estradas, mais serviços, Marta Boucinha, 9.ºC empresas, etc. Este ponto é algo que considero importante para várias situações, como, por exemplo, para o acesso mais rápido a hospitais, em caso de necessidade, a supermercados, o facto de haver mais escolas ou até mais empresas de serviços, como cabeleireiros e restaurantes… Na cidade, é mais fácil arranjar emprego, uma vez que há mais oportunidades no mercado e isso, para mim, é algo de útil, principalmente para os jovens e pág. 13


A redação d’ O Pinheirinho agradece a colaboração dos patrocinadores que tornaram possível esta edição. Agradece, também, o empenho e espírito de iniciativa dos seus colaboradores, desejando a todos um Excelente 2024 e boas leituras!


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