Comunica PET Março 2013

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Boletim do Grupo PET Rádio e TV e do Departamento de Comunicação Social da FAAC Março de 2013

nº 07 Arquivo Pessoal

Calouros se integram no “trote” promovido pelos veteranos

Trote além da tinta

Calouros acreditam que o trote faz parte da vida universitária Por Keytyane Medeiros

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epois da tensão dos resultados de vestibulares, é hora dos calouros se matricularem na faculdade. Em muitas universidades, este momento é marcado pelo chamado “trote”, no qual sempre rola muita farinha, tinta, ovos e diversão. Diversão? Depende do ponto de vista. Desde 2009 o Ministério Público Federal recomenda que os tradicionais trotes universitários sejam suspensos, sob a justificativa de que as instituições de ensino devem zelar pela dignidade humana e pela “construção de uma sociedade livre, justa e solidária”. Segundo o Prof. Marcelo Carbone, vice-diretor da FAAC e coordenador do Programa de Recepção aos Calouros, “a Unesp é contra o trote constrangedor. É estranho que a Universidade aprove o que há de pior em regimes totalitários, como essa prática militar de constrangimento dos iniciantes, por exemplo. Poderia ser um rito de passagem diferente, com atividades mais culturais e não com palavrões ou tintas”. Herculano Foz, 18 anos e novato no curso de jornalismo, diz, após o trote: “não fui forçado a nada, e nem desrespeitado em nenhum momento”. Ainda segundo o aluno, “quem entrou na brincadeira se deu bem, até porque o legal do trote é justamente a integração com o pessoal da sala e com os próprios veteranos”. Recentemente foi publicada uma nota no Jornal da Cidade, onde constava a proibição do

trote e do pedágio nas ruas de Bauru. Apesar de a notícia ter sido publicada num sábado, vários estudantes, se manifestaram de forma contrária à nota. “Na medida em que há uma decisão do MP responsabilizando a universidade pelas coisas que acontecem aos alunos também fora do campus, fomos encaminhados a procurar os responsáveis pela segurança pública para tomar tais medidas, no caso, a Policia Militar”, afirma Carbone. Dessa maneira, a solução não é simplesmente fazer uma “lei” para impedir a brincadeira, mas investir em trotes e campanhas mais humanitários. Laís Queiroz, estudante do 2º ano de Relações Públicas da Unesp e coordenadora do Trote Solidário, organizado pela Empresa Jr do curso diz que a ação consiste em levar os bixos e os veteranos até hemonúcleos da cidade para estimular a doação de sangue entre os estudantes. Essa é a sexta edição do evento e deve ocorrer no dia 19 de março deste ano. Segundo a Laís, “o Trote Solidário mostra que é possível ir além da tinta e da farinha de trigo. Esta é uma forma de fazer com que nós possamos retribuir para a cidade todo o acolhimento que encontramos aqui”. Além de apoiar a iniciativa, a Faac também incentiva diversas programações de recepção, como a gincana da atlética, o Baticum e o Caccofonia.


Comunica PET - Março 2013

Francisco Rolfsen Belda inicia as aulas de Planejamento Gráfico

Professor atua nas áreas de jornalismo científico, gestão de informação, tecnologia educacional e mídias digitais Por Caroline Lima

titulares. Antes ainda, meu avô chegou a ser vice-reitor. Meu primeiro contato profissional na Faac, onde atuo hoje, foi através do Lecotec, grupo de pesquisa do qual faço parte desde seu início. Ingressei como professor no programa de mestrado em TV Digital em 2011 e prestei concurso para professor efetivo do Departamento de Comunicação Social em 2012, ingressando em dezembro desse ano.

Francisco Belda, novo professor da Unesp

o ensino nessa etapa procura focar-se em atualizações teóricas e fornecimento de subsídios para pesquisas. Na pós, o aluno também dispõe de mais autonomia em sua rotina de estudos e assume um protagonismo maior com programas de tutoria didática e apresentação de seminários avançados, por exemplo. As bibliografias também passam a ir além dos livros-texto e obras de referência para incluir, com muita ênfase, papers recentes publicados em periódicos indexados. A leitura em língua estrangeira, sobretudo inglesa, também faz parte desse universo de pós-graduação. Essas são algumas das diferenças, que podem, no entanto, variar entre as diversas áreas de conhecimento.

As melhores possíveis. A universidade dá ótimas condições para nossa atuação em pesquisa, ensino e extensão. Tenho projetos que considero interessante nas áreas de modelagem de conteúdos e de novos negócios em comunicação por mídias digitais convergentes. Creio que a universidade terá um papel central na busca por inovação nessa área. Nosso desafio é produzir conhecimento relevante e formar novos talentos para enfrentar as transformações que já se fazem sentir no universo da comunicação social em geral e, especialmente, no jornalismo, integrando plataformas impressas, eletrônicas e digitais, com fluxos cada vez mais dinâmicos de produção e difusão de conteúdo multimídia. Quando e como foi o primeiro contato com a Unesp?

Qual é a principal diferença em dar aulas para os Minha família é muito ligada à alunos de pós-graduação Unesp. Quando criança, eu cose para os da graduação? tumava frequentar os departamentos da Faculdade de Ciências Alunos de pós-graduação, ge- Farmacêuticas de Araraquara, ralmente, já estão inseridos no onde meu pai e minha mãe fimercado e dominam os funda- zeram carreira, aposentandomentos da profissão. Por isso, -se, ambos, como professores

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Foto: Divulgação

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rancisco Rolfsen Belda, que já compunha o quadro de docentes do Programa de pós-graduação em TV Digital da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac), assumiu como professor do Departamento de Comunicação Social da Faac-Unesp, no dia 10 de dezembro de 2012. Belda é formado em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, é mestre em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, onde também fez seu doutorado em Engenharia de Produção. O interesse pela engenharia surgiu através da vontade de entender os mecanismos tecnológicos da disseminação das informações pelas redes. O professor Belda já está dando aulas de Planejamento Gráfico I, II e III para alunos de jornalismo.

Foto: Divulgação

Quais são as expectativas em relação às aulas agora como professor do Departamento de Comunicação Social?


Comunica PET - Março 201

O espaço da interdisciplinaridade Grupo PET-RTV abre espaço para convergência das áreas da comunicação Por Wagner Alves

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os últimos anos, muitos foram os projetos criados pela Unesp de Bauru para expandir o espaço de conhecimento do aluno para fora da sala de aula. Muitos são os projetos de extensão para os estudantes de jornalismo, mas nenhum tem uma preocupação tão interdisciplinar como o PET-RTV. O Programa de Educação Tutorial Radio e TV, apesar do nome centralizado em apenas um curso, tem como grande diferencial a interdisciplinaridade entre os cursos de Jornalismo, Relações Pública, Design e Rádio e TV. “Temos um projeto de qualidade por ser um grupo interdisciplinar, isso permite de fato atender as principais questões do áudio visual dentro da comunicação”, explica o tutor do projeto, Antônio Franscisco Magnoni. Ao total são 18 bolsistas que trabalham diariamente em produções audiovisuais, impressas, digitais, assessorias e gestão interna. A proposta é que o aluno entre em contato com áreas diferentes das que

aprende em sala de aula, além de desenvolver os conceitos já adquiridos e colaborar na gestão coletiva do próprio projeto. “A diferença do PET em relação a outros projetos de extensão é que temos a possibilidade de trabalharmos a convergência de plataformas e linguagens. Por exemplo, eu comecei na assessoria de imprensa. Pude desenvolver habilidades nessa área da comunicação. Hoje, faço parte do PET Radiofônico, no qual tenho a possibilidade de realizar estágio na Rádio Unesp FM e ainda participar da Rádio Unesp Virtual”, conta a aluna do quarto ano de Jornalismo, Kelly de Conti. Os alunos são divididos em cinco núcleos – entre audiovisual, radiofônico, assessoria entre outros - que não são exclusivos, a fim de fazer o aluno aparar todas as arestas de seu aprendizado. “seguimos a tendência do mercado, que é a construção de um profissional dinâmico, capaz de trabalhar com a produção de conteúdo para qualquer plataforma”, lembra Kelly.

Além dos bolsistas, voluntários podem colaborar nas produções e participar dos projetos. Magnoni pontua que essa é uma oportunidade de alunos e pesquisadores fugirem das limitações que a especialização impõe. “O principal retorno é poder participar de um projeto que tem essa interface entre os vários cursos. Se você fica restrito a um só espaço de graduação você se limita. Eu mesmo sou um professor de jornalismo, aqui eu tenho a oportunidade de me trabalhar com alunos de relações pública, rádio e TV e design. Então o grupo pet proporciona esse convívio”. Com apenas dois anos de existência o grupo já tem 52 trabalhos apresentados em congressos além do Prêmio de Melhor Projeto de Assessoria de Comunicação no Expocom Sudeste 2012. Além disso, os bolsistas ainda colaboram com a organização de eventos como a Semana da Comunicação e Sudeste PET, ambos em 2013. Mais informações em w w w . p e t r t v. c o m . b r.

Grupo PET em reunião com outros petianos

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Comunica PET - Março 2013

Ilha Solteira é destino do Sudeste PET Realizado pela décima terceira vez, o evento já conta com a presença de mais de 700 pessoas Por Giovanna Diniz

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Sudeste PET ocorre nos dias 28 a 30 de março e este ano será sediado em Ilha Solteira. A escolha do local segue a proposta de sediar o evento em cidades que possuam pontos turísticos, como a do ano passado, realizada em Vitória, no Espírito Santo. A organização está sendo feita pelos grupos PET dos diversos campus da Unesp espalhados pelo estado. O PET-RTV de Bauru ficou responsável pelo Plano de Comunicação e Identidade Visual do evento e também fará a cobertura jornalística pré, durante e pós o evento. Além das diversas discussões e dos trabalhos apresentados pelos grupos PET, o objetivo do evento é unir e gerar diálogo entre os grupos da região sudeste. Com mais de 700 pessoas inscritas no evento, entre elas participantes de grupos PET de faculdades públicas e particulares, a organização dividiu a programação em Grupos de Trabalho, Grupos de Discussão e encontros por eixo temático. Desta forma, no primeiro dia estão previstas as palestras “Portal PET” e “Conjuntura Econômica do Brasil”. Já no segundo dia, serão realizados os grupos de discussão de manhã e à tarde serão realizados os grupos de trabalho.

No terceiro dia, por fim, haverá o encontro de PETs divididos por eixos temáticos como Meio Ambiente, Economia, Educação, Saúde, entre outros. Também estão previstas atividades culturais e festas à noite para integração dos participantes. Segundo o aluno do PET Biologia de Rio Preto, Felipe Dorigão, o evento “também visa encontrar os “talentos escondidos” dos grupos da região Sudeste, já que os petianos poderão realizar apresentações

artísticas de dança e música”. A estudante de Jornalismo da Unesp de Bauru, Mariana Caires, ainda em seu primeiro ano no grupo PET-RTV, espera “conhecer ao máximo a dinâmica dos outros PETs do Sudeste e repassar a quem não pode ir ao evento.” Além disso, acredita que terá, assim, uma oportunidade de representar o grupo e seu trabalho científico fora da Universidade, além de ajudar na parte da cobertura do evento.

EXPEDIENTE: O COMUNICA PET é uma publicação do Sistema de Comunicação do PET/RTV (SICOM - PET) com o apoio do Departamento de Comunicação Social da Facudade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp. Redação: Keytyane Medeiros, Giovanna Diniz, Caroline Lima e Wagner Alves Edição: Luana Rodriguez Projeto Gráfico: Débora Elisa Costa Diagramação: Luana Rodriguez Jornalista Responsável: Angelo Sottovia Aranha Responsáveis SICOM - PET: Antônio Francisco Magnoni, Angelo Sottovia Aranha e Francisco Machado Filho.

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