Comunica PE - Abril 2013

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Boletim do Grupo PET Rádio e TV e do Departamento de Comunicação Social da FAAC nº 08

Calouros se integram no “trote” promovido pelos veteranos

A arte do “movimento parado”

Foto: Pet- RTV

Abril de 2013

Técnica stop motion hoje é popular mesmo entre iniciantes na produção áudio-visual

Por Nathalia Rocha

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esde grandes animações da Disney até simples vídeos caseiros, desde a gigante saga Star Wars até um vídeo no YouTube de uma moeda andando, eis a abrangência do Stop Motion, técnica bastante utilizada no meio cinematográfico. A técnica se baseia na animação quadro a quadro, ou seja utiliza-se de uma sequência de fotografias diferentes de um mesmo objeto inanimado de modo a simular seu movimento. A ideia de movimento é causada por um fenômeno científico chamado Persistência Retiniana, que provoca a ilusão de que algo se move sucessivamente quando existem mais de doze quadros por segundo. O movimento percebido, portanto, não passa de uma ilusão de ótica. Como surgiu? Foi na sétima arte que George Mélies, grande mágico ilusionista e cineasta francês, encontrou uma forma de aperfeiçoar seus truques. Além de aprimorar seus números, o Stop Motion rendeu a Mélies o ápice de sua carreira: o filme Viagem à Lua, de 1902, curta em que, a partir da técnica, o cineasta retrata a chegada de uma tripulação humana à lua. Embora Mélies seja considerado o precursor do Stop Motion, o primeiro filme genuinamente feito a partir da técnica, The Humpty Dumpty, foi criado em 1988 por Albert Smith e Stuart Blackton – criadores da Vitagraph Studio, posterior-

mente comprada pela Warner Bros. Na época foram utilizados brinquedos para a confecção desse e de seus filmes posteriores. Outro francês que contribuiu para o aprimoramento da técnica fora o cartunista e marionetista Émile Cohl que, em 1908, lança Fantasmagorie, o primeiro cartoon completamente animado. Além disso, Cohl também contribui para a criação do pixilation, processo em que humanos são utilizados para fazer o stop motion. Embora vários outros profissionais do cinema tenham colaborado para o desenvolvimento do método, em suas primeiras décadas seu uso fora mais comum para efeitos especiais do que para animações em si, devido ao trabalho exigido em uma filmagem inteiramente em stop motion. Mesmo assim, o interesse de muitos especialistas resultou não só na evolução da técnica, mas também em sua ramificação em vários tipos. Dentre os mais conhecidos, estão a animação tradicional, a animação por célula (muito utilizada nos desenhos animados do século XX), e a animação com massinha (clay animation), popularizado a partir dos anos 70 com as animações de Will Vinton. Embora se possam citar grandes exemplos de animações feitas a partir da técnica, como King Kong e O Estranho Mundo de Jack, o stop motion é muito popular entre os amantes de cinema e de animações e é relativamente fácil de aprender.


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Professores discutem mudança na grade de Relações Públicas Lucilene Gonzáles fala sobre a mudança na grade curricular do curso da FAAC Por Millena Grigoleti

Desde 2004. Quem iniciou o debate? Alunos, professores, coordenação ou foi uma reivindicação de todos? Acredito que é um movimento da comunidade acadêmica em geral. - Qual a importância disso? Atualizar a matriz curricular para inserir conteúdos não abordados no curso atual e formar profissionais mais bem preparados. Foto: Arquivo Pessoal

A grade curricular do curso de Relações Públicas da FAAC está em debate. O COMUNICA conversou com a professora Lucilene Gonzáles, do Departamento de Ciências Humanas, para saber mais sobre esse processo de mudança. - Quando começou a discussão sobre a mudança da grade?

No início de 2012.

- Quais seriam as principais mudanças a serem realizadas? O atual projeto politico pedagógico contempla três eixos de formação: formação geral (em média 700 horas no curso), em comunicação (em média 700 horas no curso) e profissional (em média 1400 horas no curso), articulados por um eixo mais amplo que é a Pesquisa e Prática em Relações Públicas. Ou seja, no Projeto Político Pedagógico proposto para iniciar-se em 2014 há

um maior número de disciplinas profissionalizantes, mas todas as disciplinas do curso estão articuladas para a pesquisa e a prática da área de Relações Públicas. Além disso, haverá as Atividades Complementares (200 horas) que serão realizadas pelos alunos extraclasse, como participação em congressos, oficinas, projetos...E também entra nesta matriz o estágio (200 horas). - Quais são as etapas para que elas sejam implementadas? Aprovação pelo Conselho de Curso de Relações Públicas, Comissão Permanente de Ensino,Comissão Central de Graduação (CCG); Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão Universitária (CEPE); Conselho Universitário (CO). - Será possível fazer todos os ajustes necessários? Estamos baseando-nos no atual documento das Diretrizes Curriculares Nacionais de 2010 e pretendemos inserir os conteúdos sugeridos nessa proposta.

Porque a última reforma no curso já tem nove anos e a Comunicação Social, no caso as Relações Públicas, reconfigura-se diante das transformações sociais e tecnológicas. E, sobretudo, há uma proposta de novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Relações Públicas (2010), elaborada por especialistas da área para ser aprovada pelo MEC - Ministério da Educação. - Desde quando o curso está com a grade atual?

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Mudança na grade afetará cerca de 200 alunos

Foto: Arquivo Pessoal

- Por que essa mudança é necessária?


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PAU A PIXEL chega à TV UNESP! Conteúdo produzido por alunos do curso de Rádio e TV da FAAC agora passa em horário nobre, toda quinta, na TV Unesp

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Programa Pau a Pixel chegou esse semestre à grade de programação da TV Unesp. Produzido desde 2002, como iniciativa da professora da FAAC, Letícia Passos Affini, o Pau a Pixel nasceu da vontade de tornar pública a produção audiovisual dos alunos da FAAC antes mesmo de a TV Unesp existir. Até o ano passado, o programa era exibido na TV Câmara, mas o novo conteúdo, produzido em 2012 já começou a ir ao ar pela TV Pública da Unesp e está fazendo um grande sucesso. De pau a pique ou a pixel? No caso do programa, a técnica de produção a ser utilizada é a união de cada pontinho minúsculo de imagem, de pixel em pixel, a fim de ter como resultado um conteúdo de qualidade feito pelos alunos de Rádio e TV que fale justamente de seus estudos e produções. A cada ano, uma temporada é produzida por uma equipe de bolsistas e colaboradores, com auxílio da professora Letícia. A produção atual teve participação de três bolsistas e nove colaboradores, cada um desempenhando uma função desde a produção do roteiro até a edição das imagens. A responsável pela direção na equipe de 2012 foi Maria Lui-

za Leopassi, estudante do quarto ano de Rádio e TV. A transição para a TV Unesp foi muito bem aceita pela equipe de produção do Pau a Pixel. “Nossa credibilidade aumentou e a expectativa é de que mais colaboradores e bolsistas se interessem e se envolvam com o projeto nas próximas temporadas”, comenta Malu. Ao ser exibido na TV Unesp, o Programa ganhou uma identidade visual e uma estrutura nova, além de conteúdo mais diversificado. Segundo Malu, “O Pau a Pixel passa a abordar as etapas de uma produção audiovisual, influências e referências dessas produções”. E para não perder sua essência e seus valores, o programa continua a exi-

bir protudos audiovisuais feitos pelos alunos de RTV da Unesp. Apesar de ser um produto audiovisual para a televisão, o Pau a Pixel sempre teve uma ampla visualização online. Até 2011, eram produzidos conteúdos exclusivamentes para a internet: Pau a Pixel Critica e Pau a Pixel Investiga. Eram vídeos curtos com entrevistas de alunos, professores e profissionais da área da comunicação. Em 2012, o programa passou por uma reestruturação que incorporou esses dois quadros ao roteiro do Pau a Pixel. Para que os internautas não perdessem o hábito de acompanhar o programa, a TV Unesp disponibiliza todo o conteúdo através do seu canal no Youtube. Com essa nova ferramenta transmitindo para qualquer um a produção dos alunos de RTV, o programa ganha força e atinge pessoas de fora da área de alcance da TV Unesp. O Pau a Pixel vai ao ar toda quinta-feria às 22h, para mais informações acesse www. tv.unesp.br. Se você estuda RTV e se interessou pelo programa fique atento a novas seletivas de vagas e procure pela equipe do Pau a Pixel na página do www.facebook.com/pauapixel

Foto: equipe Pau a Pixel

Foto: equipe Pau a Pixel

Por Mariana Caires

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Site disponibiliza vídeos de aulas da Unesp Universidades oferecem suas vídeo-aulas na plataforma colaborativa, que tem conteúdos de universidades do mundo todo Por Kelly De Conti

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onhecido por reunir aulas de diversas áreas do conhecimento, o site Classroom TV (www.classroom. tv) traz conteúdos de universidades prestigiadas no mundo todo, como a Stanford, MIT, Harvard e Berkley. Agora, o site resolveu se aproximar dos brasileiros. Isso porque já estão disponíveis materiais de três universidades paulistas: a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Entre os temas das aulas produzidas pela Unesp estão a história do capitalismo no Brasil, pensamento de autores clássicos (como o sociólogo Emile Durkheim e Paulo Freire) e história da música. Entre os vídeos da USP, há conteúdos sobre Sérgio Buarque de Holanda, um dos mais prestigiados historiadores brasileiros. Quem ministra esta aula é o escritor e crítico literário Antônio Cândido. Já a Unicamp possui quatro vídeos no ClassroomTV, que abordam estudos de física e cálculo. Além de encontrar os cursos de cada universidade, o usuário ainda pode fazer buscas por área do conhecimento e escolher entre as opções com ou sem legendas. O site, aliás, oferece aulas com legendas em português. Já a respeito das categorias,

há divisão em arte, astronomia, biologia, química, ciência da computação, economia, engenharia, empreendedorismo, histórico, relações internacionais, lei, literatura, matemática, medicina, filosofia, física, programação e psicologia. A plataforma foi criada por um ex-aluno de Stanford e reúne mais de 10 mil vídeo-aulas. O acesso é gratuito para qualquer interessado (não precisa ser estudante universitário). O site também permite que os estudantes interajam em um espaço destinado a comentários, que fica abaixo de cada vídeo. Ainda é possível realizar exercícios e acompanhar a evolução do desempenho.

Não é necessário estar matriculado na Unesp para ter acesso a parte dos materiais didáticos da universidade. Lançado em meados do ano passado, o site Unesp Aberta disponibiliza vídeo-aulas, e-books, textos, mapas, imagens, animações e outros materiais. O site também oferece a opção de realizar cursos gratuitos. Esse projeto é uma parceria da Reitoria da faculdade com o Núcleo de Educação à Distância (NEaD/Unesp). Para ter acesso a esses materiais, os internautas devem acessar o site www.unesp. br/unespaberta e realizar um cadastro, no qual é necessário informar o nome e o e-mail.

Foto: Divulgação

EXPEDIENTE: O COMUNICA PET é uma publicação do Sistema de Comunicação do PET/RTV (SICOM - PET) com o apoio do Departamento de Comunicação Social da Facudade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp. Redação: Nathália Rocha, Millena Grigoleti, Mariana Caires e Kelly De Conti Edição: Luana Rodriguez Projeto Gráfico: Débora Elisa Costa Diagramação: Luana Rodriguez Jornalista Responsável: Angelo Sottovia Aranha Responsáveis SICOM - PET: Antônio Francisco Magnoni, Angelo Sottovia Aranha e Francisco Machado Filho.

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