PCGuia 325 - Fevereiro 2023

PEDRO TRÓIA / Director

O QUE SE PODE APRENDER

COM O PASSADO

Talvez seja da idade, mas, há tempos, comecei a consumir conteúdos de ‘retro computing’ no YouTube. Comecei pelo The Cave e, depois, passei para o mais técnico Adrian’s Digital Basement, entre outros. Os vídeos publicados nestes canais mostram, principalmente, o diagnóstico e a resolução de problemas em computadores e consolas antigos. Ocasionalmente, aparecem vídeos ‘trash to treasure’ em que se salva um qualquer dispositivo de ir parar ao aterro sanitário: é restaurado para recuperar a sua glória passada, até onde for possível fazê-lo. Aprendi coisas como ‘retro brighting’ (a arte de restaurar a cor branca original do plástico que ficou amarelado, com o tempo), que se pode dar banho a uma motherboard e que as fugas em condensadores e baterias antigas são as responsáveis pela maioria dos danos. Acima de tudo, estes computadores são muito mais fáceis de reparar que os actuais. Já vi máquinas que estiveram anos à mercê dos elementos e que, depois de levarem condensadores, voltaram a funcionar como novos. Um outro aspecto curioso que aprendi com estes vídeos é que, hoje, ainda se edita software para Commodore 64, ZX Spectrum e Amiga. Mas uma das coisas mais interessantes que percebi é que, além das diferenças na integração dos componentes e no desempenho dos computadores antigos em relação aos novos, máquinas como o Mac II, Commodore 64, IBM PC, Amiga ou Atari ST foram construídas para durarem muito mais. Há computadores que são autênticos “tanques de guerra” e que continuam a funcionar como no primeiro dia. Têm menos velocidade e menos comodidade que os actuais, mas funcionam. Fruto da necessidade de diferenciação, num mercado informático saturado de oferta, os fabricantes tentam incluir funcionalidades interessantes, mas introduzem um nível alto de complexidade nos produtos: não acredito que um portátil actual, deixado numa cave húmida durante vinte anos, volte funcionar, mesmo depois de receber muito amor e carinho.

36 / Saiba o que é uma VPN e como é que esta solução pode contribuir para melhorar a velocidade e a segurança da sua ligação à Internet, bem como activar funcionalidades de serviços que estão bloqueados regionalmente.

LINUX

INFOGRAFIA

MACGUIA

Quando o Mac bloqueia, temos de recorrer a um conjunto de teclas para que o computador faça reset ou reboot.

08

DESCOMPLICÓMETRO

Tudo sobre uma das tecnologias que deve começar a chegar a vários smartphones, em 2023: a comunicação bi-direccional por satélite.

CLASSIFICAÇÕES

A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. O valor final da nota será obtida através de uma média aritmética que dará um valor de 0 a 5. Os produtos com nota 4,5 ou superior recebem o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos.

09 TEMA DE CAPA

PARTILHE FICHEIROS GRANDES SEM USAR A CLOUD

1 05 BOOT MAFALDA FREIRE

1 2 3 4 5 5

Vamos usar o qBittorrent para enviar ficheiros com várias gigas que não conseguimos partilhar de outra forma, nem mesmo através de serviços de nuvem, que normalmente têm limites de armazenamento.

Partilhar ficheiros através de serviços cloud é muito fácil. Porém, quando são particularmente grandes, e ocupam várias dezenas de gigas, podem exceder a quota gratuita do fornecedor de armazenamento online. Em vez de actualizar o serviço e pagar mais, pode partilhá-los directamente através do seu computador usando o programa qBittorrent. Desde que o PC fique ligado, qualquer pessoa que tenha o link de partilha pode fazer o download, quando quiser. Neste tutorial, ensinamos-lhe a usar este programa gratuito para enviar ficheiros para amigos, familiares e colegas de trabalho.

Em primeiro lugar terá de ver o IP do seu router. Visite o site myexternalip.com e verifique este dado no topo da página 1 É através deste endereço que a pessoa com quem quer partilhar os ficheiros vai encontrar os mesmos, desde que também adicione a porta necessária - neste caso, vamos usar a porta 9000, pelo que a temos de abrir, no router. O endereço IP é como o código postal, que indica o bairro e rua, enquanto a porta equivale ao seu número da sua casa.

1

Muitas vezes associados a downloads ilegais, os torrents podem ser uma óptima forma de partilhar ficheiros entre duas ou mais pessoas; os programas deste género são gratuitos e simples de usar, como se pode ver neste guia.

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Agora vamos instalar o programa de torrents: aceda ao site qbittorrent.org, clique em ‘Download’ 1 e escolha ‘Download qBittorrent v4.5.0’ 2 (a versão pode ser actualizada, entretanto]. Quando tiver descarregado o ficheiro, faça a instalação e abra o software. Use a combinação de teclas ‘Ctrl+N’, clique em ‘Seleccionar ficheiro’ 3 , navegue até ao ficheiro que deseja partilhar e clique em ‘Abrir’. Certifique-se de que as caixas ‘Torrent privado’ e ‘Começar a semear imediatamente’ 4 estão assinaladas. Na caixa ‘URLs do tracker’ e escreva http://, seguido do seu endereço IP e da porta - no fim, escreva /announce. No nosso caso será http://150.143.158.119:9000/ announce 5 . Finalmente, carregue em ‘Criar torrent’ 6

4 Agora, navegue até à pasta onde quer guardar o ficheiro de torrent - é isto que vai dizer ao software, no computador da pessoa com quem vai partilhar o conteúdo, onde está o que quer partilhar, no seu PC. Dê um nome ao ficheiro que lhe permita identificá-lo no futuro e clique em ‘Guardar’ 1 . Aguarde que o ficheiro seja criado e feche o programa.

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O ficheiro torrent criado é bastante “leve” (no nosso caso cerca de 23 KB) 1 . Este será sempre muito mais pequeno que o ficheiro original, que será efectivamente partilhado. Pode pode anexá-lo a um e-mail ou enviá-lo a quem quiser através de uma aplicação de mensagens. Para fazer o download, o destinatário terá de instalar o qBittorrent ou qualquer outro cliente de torrents.

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A outra pessoa deve abrir o ficheiro de torrent que acabou de partilhar. Se utilizar o qBittorrent, use a combinação de teclas ‘Ctrl+O’ (para abrir) e navegue até ao ficheiro partilhado. Depois de aberto, qBittorrent utiliza a informação que o torrent tem para descarregar o ficheiro partilhado a partir do seu PC. A pessoa irá ver a evolução do download 1 no topo da janela, além de conseguir consultar outros dados como o ‘Estado’, as ‘Sementes’ (o número de pessoas a partilhar um ficheiro) ou a velocidade de download.

O SEU MAC ESTÁ COM PROBLEMAS?

USE ESTES 5 COMANDOS DE ARRANQUE

Quando o Mac bloqueia, ou dá um erro que não podemos resolver com as várias apps dos ‘Utilitários’, temos de recorrer a um conjunto de teclas para conseguirmos que o computador faça reset ou reboot.

Tal como acontece no Windows, é possível resolver alguns problemas do macOS a partir de aplicações específicas do sistema, como o ‘Terminal’ (linha de comandos), o ‘Utilitário de Discos’ ou o ‘Monitor de Actividade’ (o correspondente ao ‘Gestor de Tarefas’ do Windows). Contudo, quando o computador bloqueia ou dá um erro que faz “crashar” o sistema, temos de usar métodos mais drásticos. O macOS tem várias combinações de teclas que podemos usar para recuperar o sistema, iniciá-lo em modo seguro, executar diagnósticos e muito mais. É isso que vamos aprender a fazer neste guia, com instruções para Mac com processadores Intel.

1 ESCOLHER OUTRO DISCO DE ARRANQUE

Esta é a solução a usar quando há um problema no disco do Mac, sendo necessário escolher outro - este método é o ideal para fazer arrancar o computador a partir de uma pen de boot, preparada com uma versão do sistema operativo que possa ser usada desta forma.

Para seleccionar o disco de arranque de um Mac com este tipo de processador, mantenha a tecla ‘Option’ pressionada enquanto liga o computador. Passados uns segundos, aparece um ecrã com os discos disponíveis: primeiro as unidades internas e depois as externas, se estiver alguma ligada (USB, Thunderbolt ou FireWire). Para usar um disco ligado em rede, tem de escolher uma Wi-Fi no menu dropdown ‘Choose network’.

2 CORRER O DIAGNÓSTICO

DA APPLE

Antes de tudo, um aviso: só vai poder usar este comando se o seu Mac for posterior a Junho de 2013. À semelhança da “fórmula” usada no método de selecção do disco de arranque, vamos manter a tecla ‘D’ pressionada enquanto ligamos o Mac (se não funcionar, faça ‘Option + D’).

Solte apenas esta tecla (ou combinação de teclas) quando vir uma barra de progresso ou lhe for pedido para escolher um idioma. Quando os testes acabarem, são mostrados os resultados da análise ao sistema - se houver problemas, iremos ver um ou mais códigos de referência (pode aceder à lista com isto tudo em shorturl.at/GHRS2). Para repetir este teste, use a combinação de teclas ‘cmd + R’. Se quiser desligar o computador, carregue em ‘S’; para apenas reiniciar, use ‘R’.

3 MODO DE RECUPERAÇÃO DE FIRMWARE

Se, por alguma razão, o Mac se tornar inutilizável, há um modo de recuperação de firmware incorporado que podemos usar: as ‘macOS Utilities’. Para entrar neste menu, mantenha pressionada a combinação de teclas ‘cmd + R’ ao arrancar e até ver o logótipo da Apple. Aqui, pode restaurar o sistema a partir de uma cópia de segurança que tenha guardada num disco Time Machine; reinstalar o macOS; procurar ajuda online; ou recorrer à ferramenta ‘Disk Utility’, onde pode formatar uma unidade de disco.

4 MODO DE RECUPERAÇÃO PELA INTERNET

Caso possa usar uma rede Wi-Fi ou LAN, é possível iniciar o Mac, como alternativa, no modo de ‘Recuperação de Internet’ (Internet Recovery). O resultado é semelhante ao da recuperação de firmware, mas com esta a ser carregada a partir dos servidores da Apple - o processo leva um pouco mais de tempo, por isso mesmo. Para usar este modo, use a combinação de teclas ‘cmd + option + R’.

5 ARRANQUE EM SEGURANÇA

Para arrancar em ‘Safe Mode’ (‘Modo Seguro’), basta usar o método para seleccionar o disco de arranque e, ao clicar num disco, manter pressionada a tecla ‘Shift’. O ‘Modo Seguro’ permite entrar no sistema operativo com a maioria das aplicações desligadas, incluindo as de terceiros - apenas estarão disponíveis as funções básicas do Mac. Esta funcionalidade deve ser usada quando temos um software que está a provocar problemas de estabilidade - desta forma, podemos entrar no sistema operativo e desinstalá-lo.

Apesar de estas instruções serem destinadas a Mac com processadores Intel, algumas podem funcionar com os novos chips M da Apple.

TUDO SOBRE VPN

Saiba o que é uma VPN e como é que esta solução pode contribuir para melhorar a velocidade e a segurança da sua ligação à Internet, bem como activar funcionalidades de serviços que estão bloqueados regionalmente.

GUSTAVO DIAS

Atecnologia VPN (o acrónimo em inglês de ‘rede privada virtual’) foi criada originalmente para o mundo empresarial, mas passou a ser utilizada por qualquer pessoa que queira ter um acesso mais seguro e privado à Internet. Desta forma, deixamos de estar tão expostos a ciberataques ou ao controlo por parte das operadoras. Apesar das inúmeras vantagens, a utilização deste tipo de serviço é expressamente proibida em alguns países, como China, Irão, Iraque, Rússia, Uganda, Venezuela e Bielorrússia. Em certos casos, se for detectada, o utilizador poderá ter de pagar multas avultadas ou até mesmo cumprir pena de prisão. Porém, mesmo nos países considerados seguros e livres, existem restrições impostas por agências governamentais dos mesmos, o que obriga os fornecedores dos serviços de VPN, quando requisitados, a dar os dados de navegação dos seus utilizadores. Muitas vezes o pretexto usado pelas autoridades para fazer uma vigilância apertada dos seus cidadãos, e do respectivos visitantes, é o do combate ao terrorismo.

O QUE É UMA VPN?

Desenvolvidas inicialmente para que colaboradores de grandes empresas pudessem aceder aos seus servidores sem interferências de terceiros, mesmo quando utilizadas ligações públicas inseguras, as VPN continuam a ser uma ferramenta de

segurança essencial no mundo empresarial. Aqui, é criado um “túnel virtual”, em que os dados transmitidos são devidamente encriptados, tornando-se praticamente impossível (dependendo do nível de encriptação utilizado) aceder ao conteúdo dos mesmos, bem como identificar o seu destino. Isto tem permitido a muitos utilizadores empresariais enviar os seus relatórios, ou actualizar bases de dados nos servidores da empresa, a partir de vários pontos do Mundo. Com uma VPN, isto pode ser feito a partir de uma tradicionalmente insegura ligação à Internet ou de uma rede Wi-Fi pública, num aeroporto, por exemplo. Nestas situações, é a própria VPN que nos protege de possíveis ataques à ligação de dados e faz com que a nossa actividade online aconteça de forma anónima.

6 VANTAGEM DAS VPN

l Esconder a localização; l Proteger a privacidade; l Aumentar a segurança; l Melhorar a velocidade de acesso à Internet; l Ultrapassar restrições regionais; l Fazer melhores negócios.

A Aliança dos 14 Olhos

Esta organização foi criada por catorze países (Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, EUA, França, Itália, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Reino Unido e Suécia), com o objectivo de partilhar dados de vigilância dos seus cidadãos. A sua existência foi revelada por Edward Snowden, quando tornou públicos documentos da NSA (a agência de segurança dos EUA). Portugal não faz parte (directamente) da Aliança dos 14 Olhos, mas por ser um membro da NATO, mas participa como país contribuinte. Desta forma, está autorizado a monitorizar e a partilhar dados dos seus cidadãos através da informação fornecida por operadores de telecomunicações e serviços de VPN.

O mais recente modelo da linha Spectre da HP é, talvez, o melhor de sempre.

Na minha opinião, esta série de portáteis da HP é a mais bem conseguida de todas e, francamente, a minha preferida. Este novo modelo é feito numa liga metálica baça, cinzento-escura e tem uns pormenores no mesmo material, mas polido. Isto dá-lhe um aspecto discreto e sofisticado, como é tradição na linha Spectre. Estes laptops são, há algum tempo, máquinas 2-em-1: portáteis “normais” em que o ecrã pode ser rodado para a parte inferior do computador, transformando-os num tablet com Windows - daí a designação X360. Este Spectre até inclui uma caneta para escrever directamente no ecrã.

ENTRADAS ESSENCIAIS

O Spectre X360 tem apenas quatro entradas físicas: duas USB-C com Thunderbolt, uma DisplayPort, a de energia e uma USB-A, “escondida” por uma pequena porta que serve para manter a espessura da parte inferior do chassis. O teclado é retroiluminado e tem teclas suficientemente grandes para evitar premir duas ao mesmo tempo; na mesma zona, o trackpad é grande, mas não é muito preciso. Já o ecrã de catorze polegadas oferece uma resolução máxima de 1920 x 1280 e é sensível ao toque em dez pontos, simultaneamente. A imagem é muito brilhante e fluída - como estamos perante a tecnologia LCD, não temos aquela saturação algo excessiva que é típica dos ecrãs OLED, que estão a chegar ao mercado dos portáteis, em todas as linhas.

Lá dentro, está um Intel Core i7-1255U a 4,7 GHz com dez núcleos e um aspecto interessante: a HP optou por usar memória RAM DDR4X em vez de DDR5, bastante mais rápida que a DDR4

da bateria. A gráfica está integrada no processador e o disco é um SSD M.2 com 1 TB; além disto, temos Bluetooth 5.3 e compatibilidade com Wi-Fi 6E - tudo isto, num objecto que pesa 1,3 kg.

CONTRUÇÃO DE QUALIDADE

O Spectre X360 é um portátil que transpira qualidade de construção e uma máquina muito confortável de usar. O teclado é bastante silencioso e, como já mencionei, as teclas grandes são um factor positivo no conforto de utilização. Já o trackpad podia ser um pouco mais preciso.

Nas medições de desempenho que fizemos com recurso ao PCMark e ao 3DMark, os valores estão em linha com os conseguidos noutros computadores que usam processadores da mesma geração. Ainda assim, há um aspecto em que o Spectre sobressaiu: a autonomia. Este computador conseguiu funcionar durante cerca

a HP optou por usar memória RAM DDR4X em vez de DDR5, bastante mais rápida que a DDR4 convencional, mas que não chega à velocidade das DDR5

Na edição passada já tínhamos testado uma Asus GeForce RTX 4080 - na altura, ficámos surpreendidos com os resultados. É, efectivamente, uma placa gráfica excepcional, mas ficámos igualmente curiosos para saber como se comportariam os restantes modelos desta nova geração de gráficas da Nvidia. Pedimos ajuda à Asus e à Globaldata, que nos deram acesso às duas placas que nos faltavam conhecer.

MSI GEFORCE RTX 4090 VENTUS 3X OC

A representar a GeForce RTX 4090, temos um modelo da MSI com overclock de fábrica. Este, recorre à GPU AD102-300 com 76,3 mil milhões de transístores que, através da arquitectura Ada Lovelace, reúne 16 384 núcleos CUDA, 128 RT e 512 Tensor (frequência Boost de 2550 MHz). A GPU comunica com os 24 GB de memória GDDR6X a 21 Gbps através de um barramento de 384-bit, o que garante uma impressionante largura de banda de 1008 GB/s, fundamental para jogar a 1440p 4K com todas as definições no máximo.

ASUS ROG STRIX GEFORCE RTX 4070 TI

No caso da RTX 4070 Ti, a Asus enviou-nos uma ROG Strix, equipada com um dissipador

que garante um funcionamento da GPU, em Boost, mais prolongado. A GPU em questão é uma AD104 com apenas 35,8 mil milhões de transístores, razão pela qual o número de núcleos CUDA desceu para 7680, ao qual se juntam os 60 núcleos RT e os 240 Tensor. Em contrapartida, a simplicidade da GPU permite elevar a frequência Boost até aos 2610 MHz. Quanto às memórias GDDR6X, são apenas de 12 GB, também elas a 21 Gbps, embora comuniquem com a GPU através de um barramento de apenas 192-bit, o que por sua vez reduz a largura de banda para metade da RTX 4090, ou seja, 504 GB/s.

DESEMPENHO “CURIOSO”

Todos os modelos da Nvidia exigem alguns cuidados adicionais, como a utilização de uma caixa ATX mais comprida e larga, e de uma fonte de alimentação mais potente, de preferência já ATX 3.0 e com a ficha CM5, também conhecida como 12VHPWR de doze contactos. As placas trouxeram um adaptador para usar as já existentes ligações PCIe de oito contactos, mas o ideal será sempre recorrer a um cabo específico, directamente a partir da fonte de alimentação. Quanto ao desempenho, é curioso verificar como, em

testes sintéticos, estas gráficas escalaram tão bem entre si, mas ver que, em situações reais (nos jogos), a situação é bastante diferente, especialmente se usarmos resoluções mais baixas. Foi preciso chegar aos 4K para observarmos realmente diferenças significativas entre as placas, com a RTX 4090 a destacar-se por se manter quase inalterada entre 1080p, 1440p e 4K. O mesmo não podemos dizo das restantes, que registaram um pior desempenho que a rival Radeon RX 7900 XTX da AMD, igualmente analisada nesta edição. GUSTAVO DIAS

Distribuidor: Globaldata Site: msi.com Preço: €2039 s Desempenho 4K t Preço t Exigência energética

PONTO FINAL

O desempenho desta GeForce RTX 4090 é simplesmente alucinante, mas existem demasiadas limitações a ter em conta: o preço absurdo, os requisitos energéticos e o espaço disponível na caixa do PC.

O planeta Terra está prestes a deixar de ser adequado para a vida humana. Por isso, foi criada a Tiqqun, a primeira nave a conseguir viajar mais rápido que a luz e que vai levar a humanidade para um planeta distante, onde pode começar do zero. Esta é a premissa de Ixion e não posso dizer mais, porque iria estar a fazer spoilers.

EM BUSCA DE FERRO E CARBONO

O segredo dos jogos de city building está na gestão dos recursos, sejam eles naturais ou humanos. Em Ixion, há outra coisa que tem de ser gerida: o espaço disponível. Há outros títulos que também introduzem este aspecto, como Frost Punk, onde a cidade que temos

de construir e gerir está dentro de uma cratera e não se pode ir além disso. Em Ixion, os recursos naturais são descobertos através de sondas, nos sistemas solares por onde passamos: silício, ferro, carbono, gelo e hidrogénio. Estes elementos são convertidos noutros, que podem ser usados para vários fins, desde construção à reparação da Tiqqun.

O outro recurso importante é a comida - sem isto, não há população. Por isso, há que manter toda a gente alimentada e fazer com que os níveis de aprovação não desçam ao ponto de haver uma revolta - se isso acontece, o jogo também acaba. Embora um pouco menos importante, é o estado mental dos habitantes da Tiqqun, que também contribui para o nível

de aprovação das nossas acções. Se as condições de habitação forem insuficientes, as pessoas trabalharem demais ou não houver tratamento médico adequado, o estado mental da tripulação deteriora-se e a aprovação cai.

RECRUTAR E DESCONGELAR

A conversão de recursos é feita através de fábricas que têm de ser construídas e, para que funcionem, é necessário haver pessoas. Se não houver operários suficientes para trabalhar, os níveis de infelicidade aumentam e os acidentes também. É muito fácil entrar numa espiral em que a única solução é carregar um save para não acabarmos a flutuar no espaço sideral, sem fato espacial. E como é que se podem arranjar mais pessoas?

Em algumas zonas do Espaço são encontrados sarcófagos, onde outros seres humanos estão em animação suspensa - se os recolhermos e “descongelarmos”, temos logo mais gente.

Uma das coisas de que mais gostei em Ixion foi o facto de ter uma história com principio, meio e fim - não é daqueles city builders sem propósito, há um objectivo claro, com várias formas de o atingir. PEDRO

TRÓIA

Ixion é um jogo estranho e complicado, mas que também nos “pica” para fazermos melhor. E mesmo quando condenamos várias vezes o que resta da humanidade, queremos sempre começar de novo e tentar fazer as coisas de forma diferente. É aqui que está o apelo.

4 DE FEVEREIRO DE 1997

APPLE COMPRA A NEXT E STEVE JOBS REGRESSA À EMPRESA

A Apple conclui a compra da empresa de Steve Jobs por cerca de quatrocentos milhões de euros e o fundador regressa à marca da maçã. A Apple vai, posteriormente, usar o sistema operativo OpenStep da NeXT como base para o OS X.

8 DE FEVEREIRO DE 2005

LANÇAMENTO DO GOOGLE MAPS

Uma das aplicações mais bem-sucedidas da Google chegava ao público, nos EUA. O Maps revolucionou a forma como as pessoas se deslocam: hoje, é quase imprescindível nos trajectos que fazemos de carro, a pé ou de transportes públicos.

14 DE FEVEREIRO DE 1946

O ENIAC GANHA VIDA

O Electronic Numerical Integrator and Computer (ENIAC) é apresentado na Universidade da Pennsylvania (EUA). Considerado o primeiro computador totalmente electrónico do mundo, era capaz de realizar cinco mil operações de cálculo por segundo, mil vezes mais rápido que outros computadores da altura. O ENIAC ocupava mais de 1400 m2 e pesava trinta toneladas.

26 DE FEVEREIRO DE 1991

O PRIMEIRO BROWSER PARA SURFAR NA WEB

Tim Berners-Lee apresentava o WorldWideWeb, que mais tarde viria a ser chamado Nexus, para evitar confusões. Além de ser um navegador, funcionava também como um editor de HTML.

28 DE FEVEREIRO DE 1954

O MUNDO GANHA COR

Nesta data, começavam a ser vendidas as primeiras televisões a cores. Estas TV tinham o sistema NTSC, que continua hoje a ser usado na América do Norte, Japão e em alguns países da América Latina e do sudeste asiático.

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