PCGuia 326 - Março 2023

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GAMING LOW-COST OU TOPO DE GAMA?

DOMINE O CHATGPT SAIBA O QUE É E COMO SE USA A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MAIS POPULAR DA ACTUALIDADE BURLAS POR E-MAIL APRENDA A RECONHECER AS MENSAGENS QUE O QUEREM ENGANAR GALAXY S23 ULTRA O SMARTPHONE TOPO DE GAMA DA SAMSUNG É O MELHOR ANDROID DO MOMENTO?
7 5 607727 072218 00326 Março 2O23 n Mensal n Ano 28 n N.º 326 PVP (Cont.) € 3 , 8 O PVP (Cont.) € 4 , 5 O PVP (Cont.) € 4 , 5 O
Placas gráficas, motherboards, memórias, discos e caixas: tudo aquilo de que precisa para montar um PC para jogos. OPÇÕES DOS €500 AOS €3000

ÍNDICE

PEDRO TRÓIA / Director

CORRE, GOOGLE, CORRE!

Com todo este hype à volta da inteligência artificial, chatbots e as implicações que, de certeza, vão ter na forma como passaremos a usar a tecnologia num futuro mais ou menos próximo, não consigo deixar de ver na Google de hoje, os primeiros sinais do que aconteceu à Nokia quando a Apple começou a vender o iPhone. Nessa altura, a Nokia era a maior fabricante de telemóveis do mundo, dominava todos os segmentos de mercado e até já tinha começado a vender verdadeiros smartphones com a gama Communicator. Mas encostou-se e perdeu muita da sua dinâmica - simplesmente, havia dinheiro a mais a entrar. A Google, é, actualmente, a rainha incontestada das buscas na Internet e está presente na nossas vidas em muitos aspectos - até é pioneira em aplicações de inteligência artificial, com o seu Google Assistant. Apesar de tudo, é um facto que, na IA, a Google acabou, na prática, por ser ultrapassada pela OpenAI, uma pequena empresa que desenvolveu um modelo de conversação natural. Essencialmente, é um Google Assistant com mais algumas funcionalidades e sem acesso directo à Internet (coisa que o Assistant consegue fazer, mas que não consegue contextualizar).

A juntar a isto, a Microsoft viu na OpenAI uma forma de dar vida ao seu motor de busca Bing, que, para ser simpático, está ligado às máquinas de apoio de vida desde que foi lançado, mesmo com a integração no browser Edge e a inclusão no Windows, o sistema operativo mais usado em todo o mundo. A integração do ChatGPT, ou Prometheus como lhe chama a Microsoft, no Bing foi uma jogada de génio, mas ainda estamos para ver se é suficiente para dar um sopro de vida ao Bing. Independentemente disso, o facto é que a Microsoft e a OpenAI chegaram primeiro. E só por culpa da Google… Do lado da Google, falou-se num serviço semelhante, a que a empresa chamou Bard, mas que ainda vai demorar um pouco a estar integrado com o motor de busca e outros produtos. Por isso, a Google tem de correr para que o seu “Bardo” não seja como o Assurancetourix, o bardo das aventuras de Asterix, que fica sempre fora das festas, calado e amarrado a um canto.

02 ON

04 / Notícias de tecnologia, coluna Made in Portugal, Hashtags e Green.

03 INFOGRAFIA

16 / Saiba quais são os países mais seguros para trabalhar remotamente e como se posiciona Portugal nesse ranking.

04 START UP

18 / A Fashable desenvolveu uma solução de IA generativa que permite à indústria da moda criar modelos de roupa de forma mais rápida e ser mais sustentável.

05 BOOT

20 / DEFEITOS ESPECIAIS

O Ricardo Durand fala de um dos assuntos do momento: o fim da partilha de contas da Netflix.

GUIAS

22 / Guia completo para aprender a usar o ChatGPT

26 / Limpar o PC com a aplicação portátil Hibit Uninstaller

28 / Detectar e-mails fraudulentos em cinco passos

CLASSIFICAÇÕES

36 / Agora que a disponibilidade dos componentes voltou ao normal, bem como os preços, está na altura de montar o seu novo computador de gaming. Criámos quatro tipos de configurações para diferentes níveis de exigência e orçamentos, para que tenha muito por onde escolher.

06 LINUX

30 / O André Paula ensina a fazer partilhas de rede de forma segura e mostra-lhe as configurações iniciais para usar o TrueNAS.

07 MACGUIA

32 / Este mês, trazemos-lhe cinco dicas de produtividade para o macOS.

08 DESCOMPLICÓMETRO

34 / Além do Ray Tracing, outra das tecnologias que as Nvidia GeForce RTX trouxeram para o mercado foi o DLSS: saiba tudo sobre o Deep Learling Super Sampling.

10 APPS

48 / Nesta edição, temos as melhores aplicações para controlar as suas despesas e aprender a poupar.

11 PLUG

50 / O Luis Alves guia-nos pela a terceira parte do seu projecto, cujo objectivo é criar um “laboratório tecnológico” caseiro.

12 LAB

52 / TECNOLOGIA EM MOVIMENTO

O Gustavo Dias acusa a União Europeia de “assassinar” uma das maiores indústrias europeias.

54 / GADGETS

Bang & Olufsen Beoplay EX Huawei FreeBuds 5i Sonos Sub Mini

56 / TESTES

Microsoft Surface Pro 9

Asus ROG Zephyrus M16 2023

Samsung Galaxy S23 Ultra

Asus ROG Swift PG27AQN

LG OLED Flex

Hyte Y40

Oppo Find N2 Flip

Noctua NH-D12L Xiaomi 12T

13 PLAY

62 / HARDWARE

Evnia 27M2C5500W

SteelSeries Rival 3 Wireless PlayStation VR2

14 SLEEP

66 / Em Março, assinalamos o nascimento da Apple, lembramos o primeiro tweet do mundo, o lançamento do IBM PC-XT e a entrada da Microsoft na bolsa.

A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. O valor final da nota será obtida através de uma média aritmética que dará um valor de 0 a 5. Os produtos com nota 4,5 ou superior recebem o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos.

Distribuidor: PCGuia Site: pcguia.pt Preço: €42 Facto positivo Facto negativo

09 TEMA DE CAPA
4 3 5 4
MEDIÇÕES EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO QUALIDADE
3 01

OS PAÍSES MAIS SEGUROS

PARA TRABALHAR REMOTAMENTE

Um estudo da Proxyrack mostra quais os países mais seguros para quem gosta de trabalhar à distância. Portugal fica apenas no 36.º lugar, mas é um dos que tem melhor segurança cibernética. Saiba quais são os vários factores que contribuem para o ranking, conheça o top 10 e fique por dentro do o panorama nacional.

Índice de cibersegurança

1 Grécia: 96,10

2 Lituânia: 93,51

2 Bélgica: 93,51

2 Estónia: 93,51

5 República Checa: 92,21

6 Alemanha: 90,91

7 Portugal: 89,61

7 Roménia: 89,61

9 Espanha: 88,31

10 Polónia: 87,01

Percentagem

Percentagem

Países mais seguros para o trabalho remoto

1 Emirados Árabes Unidos: 84,38%

7,62 7,62 7,55 7,38 7,38 7,18 7,14 7,11 7,07 6,94 3,94 Suíça Países Baixos Reino Unido Singapura Luxemburgo Dinamarca EUA Alemanha Finlândia Canadá Portugal 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
da população com acesso à Internet (2020) 1 Singapura:
2 Arábia Saudita:
3 Luxemburgo: 97,48% 4 Coreia do Sul: 96,69% 5 Noruega: 96,49% 6 Canadá: 96,06% 7 Dinamarca: 96,04% 8 Reino Unido: 94,44% 9 Suécia: 94,11% 10 Suíça: 93,56% 42 Portugal: 78,25%
99,70%
99,68%
da população com acesso a VPN (2021-2022)
2
3 Arábia Saudita:
4 Cazaquistão: 36,74% 5 Turquia: 31,04% 6 Malásia:27,90% 7 Luxemburgo: 26,70% 8 Países Baixos: 26,54% 9 Reino Unido: 23,86% 10 EUA: 23,12% 20 Portugal: 15,66% Salário médio mensal (euros) 3252 Nova Zelândia 7 3205 Dinamarca 8 3050 Países Baixos 10 965 Portugal 32 5466 Suiça 1 4362 Singapura 2 4058 Luxemburgo 3 3864 EUA 4 3821 Austrália 5 3396 Emirados Árabes Unidos 6 3151 Noruega 9 Quantidade de hotspots 5G por 100 mil habitantes 2 95,80 Lituânia 34,53 França 4 13,80 Áustria 10 16,17 Austrália 8 17,63 República Checa 7 23,68 Letónia 6 15,06 Reino Unido 9 27,86 Finlândia 5 70,43 Suiça 3 200,38 Eslovénia 1 0,06 11 Portugal 16 03 INFOGRAFIA MAFALDA FREIRE
Singapura: 74,50%
51,04%

GUIA COMPLETO PARA APRENDER A USAR O CHATGPT

Há muito que se diz que a inteligência artificial (IA) vai revolucionar a forma como nos relacionamos com a tecnologia, mas, até agora, tem funcionado maioritariamente na sombra. Mas isso pode mudar, com o ChatGPT, que promete ser uma das melhores ferramentas do género.

No final de 2022, a OpenAI, uma empresa dedicada ao desenvolvimento de tecnologias de IA, lançou a fase de testes de dois serviços online: o DALL-E, que permite a criação de imagens a partir de pequenas descrições em linguagem natural; e o ChatGPT, um “robô de conversação” (ou chatbot) que pode ser usado para os mais variados propósitos. Por exemplo, podemos pedir ao ChatGPT para nos resumir um conceito, dar ideias para textos (ou escrever o texto em si) e até escrever o código de programas ou HTML para um site: basta saber descrever o que queremos com o máximo de clareza possível. Actualmente, podemos usar o ChatGPT em português, embora não seja português europeu - contudo, isto facilita bastante a utilização por quem tiver dificuldades com o inglês.

COMO FUNCIONA O CHATGPT?

A IA que está na base do ChatGPT foi “treinada” através de uma mistura de machine learning e intervenção humana, usando um método chamado ‘reinforcement learning from human feedback’ (RLHF). Na primeira parte do “treino” foram usados seres humanos nos papéis de ‘utilizador’ e de ‘IA’, durante uma conversa. Isto permitiu demonstrar as respostas que são preferidas pelos utilizadores humanos e também criar uma grande quantidade de dados para conseguir alimentar o modelo do ChatGPT. De seguida, foi criado um sistema de recompensas para reforçar a aprendizagem: para o conseguir, os “treinadores” humanos voltaram a trabalhar com a IA. Aqui, foi-lhes pedido para classificar as respostas por qualidade, o que, por sua vez, ajudou a IA a escolher as melhores. O resultado foram respostas o mais factualmente correctas possível (apesar de os responsáveis pelo ChatGPT avisarem que, por vezes as respostas podem estar erradas ou enviesadas) e escritas em linguagem natural, quase humana. Vamos, então, perceber como podemos usar este recurso online.

1 CRIAR UMA CONTA NO SITE DA OPENAI

A primeira coisa a fazer para usar o ChatGPT é aceder ao site openai.com/blog/chatgpt e clicar em ‘Try ChatGPT’. Aqui, tem de criar uma conta: além da tradicional combinação de login e password, o site da OpenAI permite usar as credenciais da Google ou da Microsoft. A conta que criar também pode ser usada no DALL-E, para criar imagens através de descrições por texto.

22 05 BOOT PEDRO TRÓIA

No início de Janeiro, a OpenAI anunciou estar a trabalhar numa versão

paga para manter o serviço a funcionar e obter lucro: o plano pago vai ter uma mensalidade de 42 dólares (cerca de 38 euros).

2 COMEÇAR A USAR O CHATGPT

Graças à interface minimalista, semelhante à de uma qualquer aplicação de mensagens, a utilização do ChatGPT é simples. Basta escrever o que quiser no campo superior e o sistema dá a resposta no inferior. Por vezes, dependendo da quantidade de utilizadores, a resposta pode demorar alguns segundos - a plataforma ainda está em fase de testes e em processo de aumento dos recursos disponíveis; pode também acontecer que esteja no limite das suas capacidades, devido à quantidade de pessoas a experimentar o chat: se isto acontecer, vai ler este aviso e pode clicar em ‘Get notified when we’re back’, para deixar o seu e-mail e ser avisado quando voltar a estar disponível.

A IA está optimizada para escrita natural e tem memória da conversa, por isso não é necessário voltar a explicar o que quer, sempre que continuamos a conversa depois de uma resposta do sistema. Aqui, é preciso perceber uma coisa: as respostas podem ser diferentes com a alteração de uma única palavra numa pergunta, por isso, se as respostas não forem satisfatórias, tente alterar a pergunta que está a fazer.

3 O QUE PODEMOS PERGUNTAR AO CHATGPT?

Esta plataforma pode ser usada da mesma forma que o motor de busca do Google: basta fazer uma pergunta simples e esperar pela resposta, embora com texto e não com resultados de sites.

n

CAFÉ E IA

Começámos por perguntar como é que se fazia café instantâneo e o ChatGPT explicou o processo passo-a-passo. Depois, pedimos um resumo do conceito de ‘inteligência artificial’: esperávamos um texto mais extenso, mas o ChatGPT respondeu da forma mais resumida possível. Quando isto acontece, podemos pedir-lhe para clarificar e aprofundar alguns dos conceitos mencionados.

n POESIA E POLÍTICA

Como queríamos testar o lado mais criativo desta IA, desafiámo-la a escrever um poema sobre Lisboa e chuva - depois de vermos o resultado, percebemos que o ChatGPT não é lá grande poeta. A seguir, tentámos complicar-lhe a vida, com um pedido mais sério: pedimos que agisse como um director de campanha para umas eleições presidenciais e que nos dissesse como é que conseguiria os melhores resultados possíveis. Ao utilizar este termo - director de campanha - a IA vai tentar transformar-se num especialista no assunto em questão e dar sugestões para se chegar aos resultados pretendidos. Pode experimentar com outras actividades como comediante, cozinheiro ou físico nuclear.

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LIMPAR O PC COM A PORTÁTILAPLICAÇÃO HIBIT UNINSTALLER

dada há muito tempo. O computador é como uma casa: vai acumulando lixo à medida que lá vamos “vivendo’. Como não podemos usar um aspirador e um pano do pó para limpar o disco rígido, a alternativa é usar apps que fazem o serviço e deixam o disco mais leve.

Quando queremos ter mais espaço livre em disco, a solução é simples: apagar documentos e desinstalar software. O que muita gente não sabe é que isto deixa ficar “lixo” no disco, sejam pequenos ficheiros de sistema, pastas vazias ou mesmo dados pessoais. É aqui que entram em acção as aplicações para limpar o disco a fundo e apagar estes pedaços de software que ficam esquecidos; uma das principais é o CCleaner, mas desta vez vamos fugir ao cliché e usar outro software (igualmente grátis). O HiBit Uninstaller pode ser usado de forma portátil, numa pen, para limpar qualquer PC sem ser preciso instalar no Windows. A app foi criada pela mesma empresa da app que usámos na PCGuia 316 para acelerar o arranque do Windows, o HiBit Startup Manager (pode encontrar o guia no site da revista: bit.ly/3wwfr8W).

1

Faça o download do HiBit Uninstaller no site hibitsoft.ir/uninstaller. html: carregue em ‘Portable version’ e, quando descarregar o ZIP, extraia o EXE e transfira-o para uma pen. Assim que abrir o programa, aparece uma lista do software instalado no computador; à medida que for marcando as apps, na pequena caixa que está à esquerda, vai aparecendo, em baixo 1 , o valor total do espaço que vai recuperar, se as desinstalar - para fazer isto, clique em ‘Uninstall selected’ 2

2

O HiBit Uninstaller também pode remover programas que o Windows não permite. Se vir que há uma app que não pode apagar através do menu ‘Aplicações e funcionalidades’ do sistema operativo (um dos exemplos é a Cortana, cujo botão ‘Desinstalar’ aparece a cinzento), carregue em ‘Tools’ (canto superior direito da janela deste software) > ‘Windows Store Apps Manager’ e faça scroll até ao separador ‘Windows Apps’ - aqui, estão listadas todas as app nativas do Windows, incluindo a Cortana. Tudo o que vê pode ser desinstalado: marque o que quiser e clique em ‘Uninstall Selected’ 1 ; na caixa que aparece, marque ‘Create a system restore point’ 2 , para que seja criado um ponto de restauro do sistema a que pode recorrer, se algo correr mal com a desinstalação das apps que seleccionou. Para avançar, clique em ‘Start’ 3

‘Lixo’ e ‘sistema operativo’ são dois conceitos que andam de mão
1 2 1 2 3 26 05 BOOT RICARDO DURAND

3

Depois de criar o ponto de restauro do seu sistema, o HiBit Uninstaller apaga do Windows, de forma definitiva, as aplicações que marcou. Assim que este processo termina, aparece uma nova opção na caixa que mostra os programas desinstalados - ‘Automatically Clean Up’ - além do botão ‘Scan’. Marque-a 1 e depois clique aqui, para que o HiBit Uninstaller faça uma pesquisa no PC por quaisquer ficheiros (leia-se, ‘lixo’) relacionados com estas apps, que tenham ficado no disco.

4

Esta aplicação não desinstala apenas software: também serve para encontrar e apagar lixo que ocupa espaço desnecessário no disco. Clique em ‘Tools’ > ‘Junk Files Cleaner’ e, no painel do lado esquerdo 1 , marque cada uma das categorias de “lixo” onde quer que o HiBit Uninstaller faça uma pesquisa, inclusive na cache dos browsers. Clique em ‘Scan’ 1 para que o programa comece a fazer uma busca no disco e, quando aparecer uma lista no painel da direita, seleccione, manualmente, o que quer apagar ou então, limpe tudo. Se apagássemos tudo o que o HiBit Uninstaller identificou (mais de 55 mil ficheiros), conseguíamos recuperar 3,76 GB 3 de espaço no PC.

5 Também podemos querer apagar ficheiros do PC, não tanto porque estão a ocupar espaço, mas porque se tornaram inúteis. As pastas vazias de software que desinstalamos são um destes exemplos. Nestes casos, para limpar o disco, clique em ‘Tools’ > ‘Empty Folder Cleaner’ - assim que entramos neste menu, aparecem de imediato as pastas vazias que temos no disco, já seleccionadas. Para apagar tudo, carregue em ‘Delete’ 1

6 Se, alguma vez, aparecer um aviso no PC para actualizar um programa que raramente usa, ou para fazer algo que não quer (como o download de um software afiliado de outro que tenha), pode prevenir que isto volte a acontecer. Entre em ‘Tools’ > ‘Scheduler Task Manager’ para ver que acções estão programadas, em intervalos regulares de tempo. Para retirar da lista as apps da Microsoft, marque a caixa ‘Hide Microsoft Entries’ 1 , em cima. Como todos os processos estão já seleccionados por defeito, desmarque aqueles cujos avisos quer continuar a ver e clique em ‘Close’ 2

7 Finalmente, como provavelmente sabe, quando elimina um ficheiro, este não é totalmente removido do seu disco - é por isso que há programas que servem para recuperar documentos apagados. Para fazer isto, em definitivo, carregue em ‘Tools’ > ‘File Shredder’ e, depois, clique em ‘Add File’ 1 (em baixo) para procurar os ficheiros no PC e adicioná-los a este “destruidor de documentos”. Quando reunir tudo aquilo que quer apagar em definitivo, clique em ‘Shred’ 2 - tenha em atenção que esta eliminação é definitiva.

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5 DICAS DE PRODUTIVIDADE PARA O MACOS

Sempre que é lançado um novo macOS, há características que acabam por ficar um pouco à margem das consideradas ‘chamativas’ - mas é precisamente nos ‘bastidores’ do sistema operativo da maçã que encontramos algumas das mais úteis para aumentar a produtividade.

Quer seja com o mais recente Ventura, ou com versões mais antigas do macOS, há uma série de dicas de produtividade que nos vai ajudar a pesquisar na Web de forma mais rápida e intuitiva, ver o calendário numa lista ou converter imagens sem abrir um programa dedicado. Este conjunto de dicas obriga a dar poucos passos e é aplicável a várias apps do macOS.

Como acontece no Windows, o chamado ‘copy/paste’ pode ser facilmente concretizado com recurso a uma combinação de teclas, no macOS. Mas, enquanto no sistema operativo da Microsoft isto é feito com ‘ctrl+c’ / ‘ctrl+v’, no macOS usamos ‘command+c / ‘command+v’. Se fizermos um copy/paste desta forma, e se o texto que estamos a copiar tiver formatação, quando o colamos num e-mail ou numa folha do Pages, por exemplo, a formatação não se perde 1 Para colar texto sem formatação (sem bolds, itálicos ou tipos de letra que estejam no original), faça à mesma ‘command+c’, mas cole com a combinação de teclas ‘command+option+shift+v’ 2

Algumas apps de calendário permitem ver todos os eventos num formato de lista, na vertical: para muitas pessoas, esta é uma forma mais simples de verem o que têm marcado, uma vez que lhes dá um resumo rápido de toda a agenda ao longo dos próximos dias e/ ou meses. À primeira vista, o Calendário do macOS parece não ter este recurso, mas há uma forma de “forçar” a app a mostrar uma lista dos eventos. Para fazer isto, clique no campo ‘Pesquisa’, no canto superior direito da janela do Calendário, e escreva duas aspas duplas (“”) 1 ; isto vai gerar uma lista de todas as marcações que temos, do lado direito da janela desta app.

CALENDÁRIO NUMA LISTA 1 2 1 32 MACGUIA 07 RICARDO DURAND
1 COPIAR E COLAR SEM FORMATAÇÃO
2 VER OS EVENTOS DO

O Safari é uma das apps do macOS mais reforçadas pela Apple, em termos de capacidades, sempre que sai uma nova versão do sistema operativo. Uma das mais úteis que o browser recebeu, nos últimos anos, foi a ‘Pesquisa Rápida em Sites’ - a primeira coisa a fazer, é garantir que tem esta opção ligada: clique em ‘Safari’, na barra de menu, e entre em ‘Preferências’ > ‘Pesquisa’ 1 Esta ferramenta foi criada para trabalhar com sites que têm um campo de pesquisa incorporado, como aquele que se pode encontrar

no topo da homepage da PCGuia. O que isto permite é que o Safari, ao escrever o nome de um site no campo de endereços juntamente com aquilo que se quer procurar, mostre apenas os resultados desse site, em vez de usar um motor de busca. Por exemplo, experimentámos escrever pcguia iphone no campo de endereços do Safari - como o browser ‘sabe’ que o nosso site tem uma barra de pesquisa, dá-nos a possibilidade de mostrar apenas resultados do termo ‘iphone’ que estão em pcguia.pt 2 . Assim, deixa de ser preciso

ir a um site de propósito para fazer uma busca, bastando usar o campo de endereços do Safari. Esta funcionalidade tem, contudo, uma desvantagem: não vamos poder adicionar os sites que queremos que tirem partido deste recurso, teremos de esperar que o Safari os “reconheça”. Contudo, é possível remover sites onde não queremos usar a Pesquisa Rápida. No separador ‘Pesquisa’, onde ligámos esta opção, basta clicar em ‘Gerir sites’, depois seleccioná-los e carregar em ‘Remover’ (ou em ‘Remover todos’) 3

Quando temos uma imagem em JPG e a queremos transformar num PNG, por exemplo, o método óbvio é abrir um programa de edição de imagem complexo (como

o Photoshop); ainda assim, podemos fazê-lo na Pré-visualização’ do macOS. Contudo, é possível fazer isto de forma mais rápida com o Finder, apenas tirando partido das opções do menu de contexto, neste caso das imagens. Assim, clique com o botão do lado direito do rato em cima de uma foto, leve o cursor até ‘Acções rápidas’ e depois escolha ‘Converter imagem’ 1 . Abre-se uma pequena janela onde pode escolher o ‘Formato’ (JPEG, PNG ou HEIC) e o Tamanho da imagem (Pequeno, Médio, Grande e Tamanho real) 2 Para concluir, basta clicar em ‘Converter em’.

Esta é uma acção muito mais simples de fazer no Windows: aqui, basta seleccionar todos os ficheiros que queremos renomear e mudar o nome a um, para que os restantes fiquem iguais, mas com as indicações (1), (2), (3), consoante a quantidade que tivermos. No macOS isto não funciona assim: temos

de escolher os ficheiros, clicar com o botão do lado direito do rato e escolher a opção ‘Alterar o nome’ 1 . Logo a seguir, aparece uma pequena janela onde podemos ‘Adicionar texto’, ‘Substituir texto’ ou ‘Formatar’ 2 , que nos dá ainda mais opções de edição do nome dos ficheiros 3 Para concluir, carregue em ‘Alterar nome’.

3 FAZER UMA PESQUISA RÁPIDA NO SAFARI 4 CONVERTER IMAGENS NO FINDER SEM USAR OUTRAS APPS
1 2 3 1 2 1 2 3 33
5 MUDAR O NOME A VÁRIOS FICHEIROS DE UMA SÓ VEZ

O SEU NOVO PC DE GAMING ESTÁ AQUI!

Agora que a disponibilidade dos componentes voltou ao normal, bem como os preços, está na altura de montar o seu novo computador de gaming. Criámos quatro tipos de configurações destinadas a diferentes níveis de exigência e orçamentos, para que tenha muito por onde escolher.

Apandemia, além das consequências ao nível da saúde pública, trouxe novos desafios: um dos principais foi o do trabalho remoto e híbrido, o que, por sua vez, levou a um forte aumento da procura de componentes e novos computadores. Os fabricantes não estavam à espera desta realidade e o mercado não soube reagir da melhor maneira. Como seria de prever, esta situação levou a aumentos significativos nos preços dos componentes. As placas gráficas foram os que mais sofreram durante este período, impulsionadas igualmente pela extrema facilidade com que podiam ser utilizadas para minerar

criptomoedas (como a Ethereum, entre outras) com lucros significativos.

DE VOLTA À NORMALIDADE

Para fazer frente a estes desafios, os fabricantes aumentaram o volume de produção. Contudo, com o fim da pandemia e o regresso à normalidade, a procura caiu vertiginosamente. Esta situação levou a que as empresas tivessem de voltar a aplicar os preços praticados no período pré-pandemia. Em conjunto com todas as novidades de processadores, motherboards, placas gráficas e memórias que apareceram no final do ano passado, isto representa uma oportunidade perfeita para começarmos a pensar, finalmente, em montar um excelente computador com componentes a preços anteriormente impensáveis. Nesta edição da PCGuia sugerimos quatro tipos de configurações com orçamentos distintos, tendo cada uma delas uma finalidade: correr todo o tipo de jogos dentro de um determinado segmento.

Os componentes que indicamos neste artigo têm preços que podem sofrer oscilações. Estes valores foram apurados nos sites das principais lojas de informática do País, bem como nos de alguns fabricantes.

Temos um computador com gráficos integrados, um PC para jogar a 1080p, outro para 1440p e, finalmente, uma configuração para quem quiser 4K. Nestas últimas três configurações, criámos uma principal e uma alternativa, para lhe dar mais opções de escolha.

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09 TEMA DE CAPA
POR: GUSTAVO DIAS

REQUISITOS MÍNIMOS

Se é um jogador ocasional, e apenas quer dar uns tiros de vez em quando, esqueça as outras configurações: esta será a ideal, com gráficos integrados da AMD.

No que toca a sistemas com gráficos integrados, a Intel sempre foi uma boa opção, nem que seja pelo simples facto de quase todos os seus processadores incluírem uma controlada gráfica. O problema está no desempenho, que normalmente é muito fraco: por muito bons que sejam os processadores mais actuais, a vertente gráfica dos novos Intel continua a ser bastante limitada. A AMD soube explorar esta lacuna e criou as APU (accelerated processing units), que, no fundo, são um CPU e uma GPU num só. Curiosamente, é este o tipo de solução que as mais recentes Xbox e PlayStation usam.

AMD RYZEN

A solução que escolhemos tem como base um AMD Ryzen 7 5700G, que reúne oito núcleos (dezasseis threads) de arquitectura Zen3, com 32 MB de cache L3 e capacidade de trabalhar a frequências entre os 3,8 e os 4,6 GHz. Já a controladora gráfica integrada, uma Radeon RX Vega com oito unidades computacionais a 2 GHz, oferece o desempenho necessário para correr a maioria dos jogos a 1080p, ainda que tenha de ajustar as definições gráficas para garantir uma experiência fluída.

RESTANTE CONFIGURAÇÃO

Com o limite psicológico dos 499 euros, escolhemos uma configuração de formato Micro-ATX , mais compacta, mas ainda assim

visualmente apelativa, com uma elegante caixa da Kolink a servir na perfeição para a motherboard Asus Prime B450M-K II.

Nas memórias, temos dois módulos DDR4 a 3200 MHz com baixas latências (CL16), num total de 16 GB, a que se junta um SSD NVMe de 500 GB da Kingston (3500 MB/s de velocidade de leitura e 2100 MB/s de escrita). Para “alimentar” todos estes componentes escolhemos a Aerocool Aero Bronze 500, uma fonte de alimentação de 500 W que tem

a particularidade de ter certificação 80Plus Bronze, ou seja, oferece até 90% de eficiência energética a 50% da carga total do sistema.

Componente Modelo Preço Processador AMD Ryzen 7 5700G €209,90 Motherboard Asus Prime B450M-K II €79,90 Dissipador Incluído no processadorMemória 2 x 8 GB Corsair Vengeance LPX Pro 3200 CL16 €54,90 Armazenamento Kingston NV2 500GB €39,90 Caixa Kolink Citadel Mesh RGB €69,90 Fonte de alimentação Aerocool Aero Bronze 500W €39,90 Total €494,40 €500 Até
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MICROSOFT SURFACE PRO 9

O primeiro tablet Surface tinha um Arm e, francamente, servia para pouco. Mas, com a nova geração de processadores, o caso mudou de figura e parece que Microsoft acha que esta tecnologia já está suficientemente madura para ser colocada no seu tablet topo de gama. O Surface Pro 9 é, tal como os outros modelos, um tablet que se consegue transformar num computador através da ligação de um teclado. Neste caso, há um espaço para guardar uma caneta digital. Tal como nos outros modelos, temos um apoio na parte de trás que o permite ficar quase na vertical, quando está em cima de uma mesa. Este apoio pode ser dobrado um pouco mais para trás, para que o ecrã fique quase paralelo à superfície, o que facilita o desenho ou a escrita com a caneta. Como nos primeiros modelos Surface, a experiência de utilização com caneta é excelente: a resposta do ecrã (LCD de treze polegadas, 2880 x 1920) é quase imediata e consegue emular muito bem a escrita em cima de uma folha de papel.

ARM: NEM TUDO SÃO ROSAS

Este Surface vem com um processador Microsoft SQ3, que não é mais que um Snapdragon 8cx Gen 3 da Qualcomm de 5 nm, fabricado de propósito para a marca - mas é claro que a empresa de Redmond introduziu algumas alterações ao SoC, que não foram mencionadas. Estes Arm oferecem duas grandes vantagens: maior integração (o chip trata de tudo, desde a reprodução de som, aos gráficos - através da GPU integrado - e às comunicações com/sem fios) e menor consumo de energia em relação aos x86. Mas nem tudo são rosas: como se trata de

uma arquitectura diferente desta, no campo do software só há duas hipóteses - ou se faz a adaptação do existente para Arm ou se aplica uma camada de emulação/tradução das instruções x86 para Arm. Este último caso é o menos ideal, visto que o desempenho nunca será o mesmo do que temos numa app nativa. Mesmo com esta funcionalidade, há software x86 que não funciona em Arm, como por exemplo os antivírus e outros programas que dependam da execução de código a um nível mais baixo. Efectivamente, além do Office, ainda há muito pouco software que interessa para Windows com esta tecnologia, apesar dos esforços da Microsoft, que até lançou um computador feito especialmente para o desenvolvimento de aplicações para Arm.

BENCHMARKS MAIS EMPÍRICOS

Esta realidade acabou por dificultar bastante as nossas medições, uma vez que o PCMark para PC não oferece os mesmos testes que na versão X86. Assim, fomos forçados a usar um método ligeiramente diferente, um pouco mais empírico, para dar uma nota a este Surface Pro 9; usámos ainda o Geekbench e o Cinebench para verificar o desempenho do processador.

A conclusão a que chegámos é que, realmente, há uma evolução muito grande no desempenho destes CPU quando estão a executar aplicações que não foram criadas especificamente para este “ambiente” - no entanto, ainda há muito caminho a percorrer. Se compararmos o desempenho deste processador com o de um x86 equivalente,

percebe-se que o resultado obtido é sensivelmente metade. Uma nota final para o preço do tablet: o base é de 1679 euros (o que é alto para um dispositivo com 8 GB de RAM e um SSD de 256 GB), mas, se quisermos o teclado e a caneta, temos de desembolsar mais 299 euros, o que dá um total de quase dois mil euros. PEDRO TRÓIA

Distribuidor: Microsoft

Site: microsoft.com Preço: €1679

s Ecrã s Resposta a trabalhar com a caneta

t Preço t Falta de apps para Windows com Arm

FICHA TÉCNICA

n Processador: Microsoft SQ3, 8 núcleos, 3 GHz

n Memória: 8 GB LPDDR4

n Armazenamento: SSD M.2 256 GB

n Placa Gráfica: Adreno

n Ecrã: LCD de 13 polegadas (2880 x 1920)

n Ligações: 2 x USB-C, Wi-Fi 802.11 ax, Bluetooth 5.1

n Dimensões: 287 x 209 x 2,3 mm

n Peso: 878 gr

BENCHMARKS

n Cinebench Single: 584

n Cinbench Multi: 2735

n Geekbench 5 Single CPU: 1018

n Geekbench 5 Multi CPU: 5654

n Autonomia: 660 minutos

PONTO FINAL

Este Surface 9 Pro pode ser uma boa opção se usar apenas o browser e o Office, que estão disponíveis em versão nativa Arm. Se quiser usar algo mais substancial, como por exemplo o Photoshop, talvez seja melhor optar por um Surface Pro 9 com Intel.

A Microsoft acha que a tecnologia Arm está pronta para entrar nos dispositivos Windows topos de gama. Vejamos se não estão a largar os foguetes antes da festa…
3
EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO P REÇO QUALIDADE 3 4 2 56 12 LAB
MEDIÇÕES

ASUS ROG ZEPHYRUS M16

Terminado o embargo da Nvidia, podemos finalmente revelar a nossa experiência com a nova versão do popular Asus ROG Zephyrus M16, que conta com a mais recente geração de processadores Intel e gráficas GeForce RTX 40.

O ROG Zephyrus M16 é um popular modelo da família de portáteis de gaming de topo da Asus, estando esta nova versão equipada com a última geração de processadores da Intel e gráficas da Nvidia. Na máquina que recebemos para teste, a Asus decidiu aplicar tudo o que era possível: encontramos um novíssimo Core i9-13900H de catorze núcleos (seis P e oito E) e uma GeForce RTX 4090 com 16 GB de memória dedicada. Como seria de prever, com um processador capaz de atingir os 115 W e uma GPU que chega aos 145 W (com Dynamic Boost), a Asus teve de recorrer ao sistema de arrefecimento mais avançado de sempre: uma câmara de vapor e uma zona de dissipação de grandes dimensões sete heatpipes e uma pasta térmica líquida (Thermal Grizzly Conductonaut). Curiosamente, nunca sentimos um calor excessivo, mas as ventoinhas são bastante ruidosas em modo Turbo.

DESEMPENHO DE TOPO

Como seria de esperar, esta configuração de topo só poderia resultar num desempenho de topo, algo que facilmente confirmámos com os benchmarks. No teste do Cinebench R23, onde obtivemos 19 620 pontos no teste Multi-CPU, verificámos que este Core i9-13900H consegue igualar o desempenho de um Ryzen 7 7700 para computadores desktop, e superar um Core i9-12900HX com dezasseis núcleos. Contudo, é nos jogos que este Zephyrus revela todo o seu potencial, ao conseguir resultados impressionantes a 1080 ou 1440p: decidimos, até, usar um monitor 4K externo e investigar o potencial desta GeForce RTX 4090. Em FarCry 6 e Shadow of Tomb Raider, registámos valores médios de 60 e 77 fotogramas por segundo, respectivamente, com as definições

Embora mantenha uma bateria de 90 Wh (a mesma capacidade do modelo do ano passado), este novo Zephyrus chegou quase às seis horas de autonomia, um resultado impressionante, tendo em conta a sua configuração de topo.

gráficas no máximo. Assim, este é mesmo o primeiro portátil a conseguir correr jogos 4K sem problemas, ainda que, para isso, tenhamos de usar um monitor externo, uma vez que o ecrã está limitado a uma resolução inferior.

VISUAL PERSONALIZADO

Juntamente com a configuração de topo (32 GB de memória DDR5 a 4800 MHz e um SSD de 2 TB PCIe 4.0 NVMe), o Zephyrus M16 destaca-se também pelo ecrã de dezasseis polegadas Mini LED, com as suas 1024 zonas de iluminação individual e 1100 nits de brilho máximo. Além de ter uma excelente qualidade de imagem, confirmada pela norma Dolby Vision e pela validação Pantone, chega aos 240 Hz e aos 3 ms de tempo de resposta. Igualmente de assinalar, embora não seja novidade, é o sistema AniMe Matrix, um conjunto de quase dezanove mil furos que permitem vislumbrar um painel retroiluminado, com a possibilidade de ser personalizado com animações, textos ou informações do sistema. Não é uma solução essencial, mas combina bem com tudo o que este portátil da Asus oferece. GUSTAVO DIAS

Distribuidor: Asus Site: asus.com/pt

Preço: €4999

s Desempenho

s Qualidade de construção

s Autonomia

t Ruído das ventoinhas (em modo Turbo)

t Preço

FICHA TÉCNICA

n Processador: Intel Core i9-13900H (até 5,4 GHz)

n Memória: 2 x 16 GB DDR5 a 4800 MHz

n Armazenamento: 2 TB SSD NVMe PCIe 4.0

n Placa Gráfica: Nvidia GeForce RTX 4090 16 GB

n Ecrã: 16” 240 Hz (2560 x 1600)

n Ligações: 2 x USB 3.2 Gen2, USB-C 3.2 Gen2 (c/DisplayPort e Power Delivery), USB-C 4 ( c/Thunderbolt 4), HDMI 2.1, leitor de cartões

MicroSD, jack 3,5 mm

n Dimensões: 355 x 246 x 21,1 mm

n Peso: 2,30 kg

BENCHMARKS

n PCMark 10: 8581

n PCMark 10 Bateria (Modern Office): 352 minutos

n 3DMark Fire Strike: 33 086

n 3DMark Time Spy: 7 744

n Shadow of Tomb Raider 1080p Highest DX12: 181 fps

n FarCry 6 1080p Ultra: 125 fps

PONTO FINAL

O novo ROG Zephyrus M16 é o computador portátil mais impressionante que alguma vez testámos: tem um desempenho de topo e um hardware que permite correr jogos 4K, ainda que para isso tenhamos de usar um monitor externo.

4,6 MEDIÇÕES EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO QUALIDADE 4,7 5 4 57

PLAYSTATION VR2

A segunda geração do PlayStation VR já chegou e parece que, tirando o conceito de óculos de realidade virtual, a Sony começou a desenhá-lo numa folha em branco.

Embora fosse um dispositivo revolucionário, principalmente por se poder ligar a uma consola, o PlayStation VR original era muito limitado. O ecrã 1080p precisava de uma câmara para melhorar o seguimento dos movimentos da cabeça e as ligações eram tudo menos práticas. Os comandos para este dispositivo eram os Move, que tinham sido lançados para PS3. Mas o VR2 é um “animal” completamente diferente. Ainda que a Sony tenha aproveitado algumas características da geração anterior, este modelo traz muitas novidades e está mais perto do melhor que se faz neste campo.

METER O CAPACETE (E OS AUSCULTADORES)

O PlayStation VR2 tem um aspecto bastante mais futurista que o original. A parte da frente já não é plana e, em vez dos quatro LED, há dois pares de câmaras que servem para mapear o ambiente à nossa volta. As câmaras frontais também permitem ver aquilo que nos rodeia, para verificar se há obstáculos ou quando é necessário falar com alguém, sem ter de tirar o headset. Quando se usa esta funcionalidade, parece que se está a usar um daqueles óculos de visão nocturna que vêem em alguns filmes. O capacete passa ainda a ter uma funcionalidade engraçada: o feedback háptico, que dá uma nova dimensão à acção. Outra mudança está na ligação à consola, que agora é feita com um único cabo USB-C. O que melhorou muito foi o ecrã: é OLED, tem uma resolução de 2000 x 2040 por cada olho e uma taxa de actualização máxima de 120 Hz. Aqui, está ainda um sensor

que faz o rastreamento da direcção dos olhos para, por exemplo, navegar pelos menus dos jogos só com o olhar, sem ter de mexer a cabeça. Além de tudo isto, o VR2 tem todos os sensores que se conseguem encontrar em dispositivos deste tipo, como um acelerómetro e um giroscópio, que servem para monitorizar a orientação e movimentos do utilizador. Na parte de baixo da zona do ecrã do headset estão dois botões: um liga/desliga o sistema; o outro liga a funcionalidade de vista exterior e dá acesso a algumas acções. No capacete vêm ainda uns uns auscultadores que se ligam por baixo da peça traseira que segura o headset à cabeça. À primeira vista, parecem algo que se compra numa loja de produtos de baixo custo, mas o som não é mau e até é posicional.

SENTIR OS COMANDOS

Outra grande mudança está nos controlos deste headset de realidade virtual. Os novos comandos chamam-se PlayStation VR2 Sense e são, essencialmente, um comando de PS5 dividido ao meio. Os quatro botões do comando “normal” estão divididos pelas duas mãos; há ainda dois gatilhos com as mesmas funcionalidades hápticas do DualSense convencional, dois manípulos analógicos e dois botões PlayStation. O D-Pad desaparece e o sensor de toque do comando da PS5 está também dividido entre os dois VR2 Sense, o que lhes permite detectar que o utilizador está a segurar nos comandos e com quantos dedos o está a fazer. Estes comandos têm um aspecto muito melhor que outros que temos visto e são mais compactos, o que é uma vantagem quando se tem pouco espaço. Embora estejam cheios de tecnologia, é aqui que começam as dificuldades: a bateria tem pouca capacidade e como a Sony só inclui um cabo de carregamento, têm de se carregar à vez. Por outro lado, a precisão da detecção

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PLAY HARDWARE 13

Começar a jogar

Por uma questão de espaço, falamos apenas de dois dos títulos que disponíveis no lançamento do PS VR2 - não vamos fazer uma review dos jogos, são apenas as primeiras impressões sobre o seu potencial.

HORIZON

Este é o jogo flagship do PS VR2. Call of the Mountain é um jogo de escalada, onde temos muito para trepar, mas também se pode disparar o arco e tem mesmo de se fazer os movimentos todos, o que é interessante. Contudo, as setas não parecem ser afectadas pela gravidade. Os gráficos são simplesmente magníficos e os sons 3D, as cores, a resolução de tudo e a atenção aos detalhes, faz com que pareça mesmo que se está numa selva ou no cimo de uma montanha. Este é o jogo a ter quando comprar um PS VR2.

KAYAK

VR: MIRAGE

É mais uma experiência que um jogo e já estava disponível para VR em PC. Como o nome indica, vamos andar de kayak, neste caso por vários cenários diferentes: Costa Rica, Antárctida e Austrália. Kayak VR: Mirage oferece vários modos - passeio e corridas de vários tipos. Aqui, como a física de remar funciona exactamente como na realidade, acabamos mesmo por nos cansar e fazer exercício físico.

Distribuidor: Sony Site: playstation.com

Preço: €599

Resolução Funcionalidades

Comandos Preço Faltam jogos apelativos

FICHA TÉCNICA

Headset

n Ecrã: OLED, 2000 x 2040 por olho, até 120 Hz

n Campo de visão: 110 graus

n Sensores: Giroscópio de três eixos, acelerómetro de três eixos, sensor de fixação, sensor de proximidade IR

n Câmaras: 4 externas, câmara IR para seguimento ocular por cada olho

n Ligação: USB Type-C

n Áudio: microfone incorporado, jack 3,5 mm

Comandos

dos movimentos e dos dedos é impressionante - os comandos são muito confortáveis e, depois de nos habituarmos a ter os botões distribuídos pelas duas mãos, é fácil.

CONFIGURAÇÃO E UTILIZAÇÃO

A configuração inicial é fácil e relativamente rápida: basta ligar o PS VR2 à entrada USB-C frontal e iniciar o processo. A rotina de configuração, passa pelo ajuste do headset, calibração do sistema de seguimento dos olhos e termina no mais importante: a definição da área de jogo.

O software permite definir se quer jogar sentado ou em pé: se escolher a segunda opção e se quiser movimentar, precisa de mais espaço, no mínimo 2 x 2 metros. Caso queira utilizar o VR2 sentado, ou em pé sem sair do sítio, basta uma zona com 1 x 1 metros. O headset, em si, não é pesado, mas tem uma peça de borracha que está em contacto com a cara do utilizador e que, ao fim de algum tempo, começa a fazer algum calor e torna-se desconfortável. Talvez isto seja intencional, para que o utilizador faça umas pausas de vez em quando.

Os novos comandos chamam-se PlayStation VR2 Sense e são, essencialmente, um comando de PS5 dividido ao meio.

n Direito: Botão PS, opções, botões de ação (Círculo / Xis), R1, R2, R3, manípulo direito

n Esquerdo: Botão PS, criação, botões de ação (Triângulo / Quadrado), L1, L2, L3 e manípulo esquerdo

n Sensores: Giroscópio de três eixos, acelerómetro de três eixos, sensor capacitivo para detecção de toque e LED IR para rastreamento da posição

n Ligações: USB Type-C, Bluetooth 5.1

PONTO FINAL

O PlayStation VR2 é um passo de gigante em relação à geração anterior. É mais fácil de configurar, operar e os comandos são de primeira categoria. Mas falta-lhe uma coisa, que aliás, falta a todos os sistemas deste tipo para que sejam apelativos: uma killer app. Há jogos para vários nichos, como simuladores de vôo ou de corridas de carros, mas falta uma coisa que seja mais consensual, algo que motive mais pessoas a comprá-lo. Horizon Call of The Mountain podia ser essa aplicação, mas acho que ainda não deve ser desta…

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FUNCIONALIDADES ESPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO QUALIDADE 5 3,5 5 4,5
CALL OF THE MOUNTAIN

1 DE MARÇO DE 1976 O “NASCIMENTO” DA APPLE

Steve Wozniak finaliza o design de uma placa de circuitos de uma espécie de computador pessoal e, no dia seguinte, mostra-o no Homebrew Computer Club. Aqui, estava Steve Jobs, que depressa se apercebe do potencial do produto e convence Wozniak a produzirem a placa. Esta acaba por se tornar a base do Apple I e marcar o início da empresa.

8

DE MARÇO DE 1983

IBM APRESENTA O PC-XT

A empresa anuncia o IBM Personal Computer XT (eXtended Technology) para substituir o IBM PC. Com um processador Intel 8088, disco rígido de 10 MB, 128 kB de memória RAM e oito slots de expansão, entre outras melhorias, o computador custava 4995 dólares (cerca de 4630 euros).

2 3

REDACÇÃO

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PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO

13 DE MARÇO DE 1986 MICROSOFT ENTRA NA BOLSA

Dez anos após a fundação da tecnológica, as acções da Microsoft começam a ser negociadas em bolsa por um valor de 21 dólares. A IPO é um sucesso e Bill Gates ganha 1,6 milhões de euros, o que lhe pertmite conservar a maior parte da sua participação na empresa.

21 DE MARÇO DE 2006

O PRIMEIRO TWEET DO MUNDO

Jack Dorsey, co-fundador do Twitter, escreve o primeiro post de sempre desta rede social. O tweet dizia: «inviting co-workers». Desde essa altura, a plataforma evoluiu muito e é hoje liderada pelo controverso Elon Musk.

31 DE MARÇO DE 1939

UMA PARCERIA DÁ INÍCIO AO HARVARD MARK I

A universidade americana de Harvard e a IBM chegam a acordo para construir o Mark I, também conhecido como IBM Automatic Sequence Controlled Calculator (ASCC). O projecto, liderado por Howard Aiken, consistia num computador de cerca de cinco toneladas com uma série de interruptores e eixos rotativos que liam cartões perfurados, que tinham dados.

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