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CLIMA ORGANIZACIoNAL

CLAREZA COMPROMISSO DE EQUIPA FLEXIBILIDADE FORMAÇÃO RECOMPENSA RESPONSABILIDADE NÍVEIS DE EXIGÊNCIA

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JUL • AGO 2012


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MANUEL FERREIRA DE OLIVEIRA

O clima organizacional da Galp Energia Na Galp Energia desenvolvemos, de forma consistente e desde 2009, um questionário de clima baseado em sete grandes fatores, alinhados com os nossos valores e com os desafios da presente década: clareza, compromisso de equipa, flexibilidade, formação, recompensa, responsabilidade e níveis de exigência.

0 2 NOS BASTIDORES

2 José Motta

editorial RITA MACEDO

25 responsabilidade corporativa Liderar a unidade de Lubrificantes Grande Prémio APCE 2012

DESTA EDIÇÃO

03 opinião Maria da CONCEIçÃO ZAGALO Será que a reforma tem idade?

NOVOS DESAFIOS

1932 – Contadores de Gás

2012 – Contadores de Gás

26 fundação Fundação apoia atletas paralímpicos

Instrumentos especiais animam Dia da Criança Gestão de efluentes líquidos e resíduos em unidades industriais 27 clube Requalificação da área social 04 destaques 14 entrevista e da sede factos mais relevantes PAULO LOPES HENRIQUES 28 viagem 5 Unidade de recuperação Valores organizacionais – de enxofre 10800 Pedro Novo Os pilares de toda a gestão ÍNDIA – de uma empresa Novo programa Fast UM PAÍS DE CONTRASTES 16 capa Campanha “Faça mais por menos” 30 sugestão Clima organizacional 6 Refinaria de Sines – sabores 19 negócios Galp Energia inaugura Monte da Ravasqueira Motivação na Internacional Oil centro de investigação ENTRETENIMENTO Lojas de atendimento Gas & Power II Convenção Comercial Aprender a Crescer Galp Energia 07 responsabilidade social seleção livro, filme, música Grupo Montalva aposta Missão UP – Segunda edição 32 raio-x nos produtos Galp Energia termina em festa Eduardo Guedes de Oliveira Descarga número 200 0 8 história Cumprimentar no Terminal Oceânico Galp Leça mANUELA MENESES ou não cumprimentar? A grande revolução Sísmica 3D na bacia do Alentejo nos Lubrificantes SISTEMA G+

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1940 Os primeiros

passos…

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Diretora Rita Macedo Gestão de conteúdos Rita Sousa Editor de fotografia Manuel Aguiar Fotografias Manuel Aguiar Colaboram nesta revista Ana Antunes, António Sousa, Cátia Henriques, Conceição Zagalo, Cristina Pinto, Diogo Martins, Eduardo Guedes de Oliveira, Fernando Naves, Filipa Ferreira, Francisco Lima Aires, Graça Barreto, Hugo Faria, Inês Filipe, Isabel Oliveira, Joana Rodrigues, João Albuquerque, João Carlos Ferreira de Lima, José Martins Henriques Castro, José Motta, Luís Santos, Manuel Andrade, Manuela Magalhães, Margareth Platzgummer, Margarida Boavida Ferreira, Margarida Campos, Marta Figueiredo, Marta Rodrigues, Nicole Ribeiro, Olga Basílio, Paulo Lopes Henriques, Paulo Rua Pedro Leite, Pedro Novo, Rita Simas, Rui Costa, Sandra Aparício, Sérgio Romão, Sofia Carvalho, Suzana Barreto, Teresa Fonseca, Vasco Ferreira, Vera Gaspar. Também colaboram nesta edição Conceição Candeias e Teresa Resende (edição e revisão), Henrique Cayatte Design, com a colaboração de Mónica Lameiro, Manuel Cluny (design) e Ana Machado (produção), Anyforms (infografia) Ilustrações suplemento: Graça Pereira da Cruz para o livro Aprender a Crescer – Voluntariado Contado às

Em Portugal refina-se já o petróleo e os seus derivados. Uma organização modelar, visitada pela Imprensa. O Conselho de Administração da Sociedade Anónima Concessionária da Refinação de Petróleos em Portugal, vulgo SACOR, teve a gentileza de convidar a Imprensa a visitar as suas instalações em Cabo Ruivo, junto ao Tejo. Para tal, colocou à disposição dos jornalistas automóveis particulares, nos quais seguiam discretamente engenheiros e técnicos, que tinham a missão de elucidar os convidados sobre o que iriam ver. Decididamente o nosso Portugal é riquíssimo, tanto pelo seu solo, como pelas faculdades de trabalho que existem no nosso operário. Foi esta a impressão que colhemos da visita às importantes dependências da SACOR. Após a pequena viagem que fizemos [...] chegamos a Cabo Ruivo. [...] Segue-se um pequeno alto, para que todos se espojem dos seus isqueiros e fósforos, evitando assim alguma distração de fumador. Fraciona-se em pequenos grupos a comitiva e principia a visita às instalações, onde em todos os pequenos pormenores, os jornalistas são informados por solícitos engenheiros da Empresa. No seu discurso, Martin Sain refere que “não há mérito algum, para nós, neste resultado. Desde a direção até aos mais simples operários, não fizemos mais do que cumprir o nosso dever. Mas se algum título queremos reivindicar, é o de termos posto toda a nossa alma na realização desta obra que enriquece o património económico português com uma nova e importantíssima indústria”. Deixámos a futura “Cidade Industrial” de Cabo Ruivo, gratos por tantas gentilezas do seu pessoal diretivo, plenos de satisfação e certos de que obras como a da SACOR elevarão Portugal ao nível daquilo que merece e é capaz.

Crianças Tiragem 9000 exemplares Periodicidade Bimestral Depósito legal 286693/08 Galp Energia Rua Tomás da Fonseca, Torre A, 1600-209 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 21 724 25 00 Fax: (+351) 21 724 29 76 e-mail: comunicacao.interna@galpenergia.com Fotografia de capa Manuel Aguiar

Excerto do artigo “Os primeiros passos...” publicado na Gazeta dos Caminhos de Ferro, n.º 1252, de 16 de fevereiro de 1940.


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O clima organizacional da Galp Energia

v

manuel ferreira de oliveira Presidente Executivo da Galp Energia

mygalp visão

O conceito de clima organizacional vem adquirindo uma crescente relevância para as empresas que apostam, genuinamente, no desenvolvimento do seu capital humano e na consolidação de uma forte cultura organizacional, nomeadamente pela constatação das suas consequências na motivação, na inovação, na retenção do talento e, consequentemente, na produtividade. Certo é que todos somos influídos pelo clima organizacional, mas é igualmente verdade que todos influímos no mesmo, com maior ou menor grau de eficácia. Na Galp Energia desenvolvemos, de forma consistente e desde 2009, um questionário de clima baseado em sete grandes fatores, alinhados com os nossos valores e com os desafios da presente década: clareza, compromisso de equipa, flexibilidade, formação, recompensa, responsabilidade e níveis de exigência. Se bem que, de forma isolada, os diagnósticos de clima traduzem tão-somente a avaliação de um momento concreto da empresa, na sua continuidade viabilizam uma perceção de evolução e uma análise das variáveis que afetam, positiva ou negativamente, os resultados alcançados ano após ano. Contudo, atuar no clima de uma organização não é tarefa simples, até porque os contornos não estão bem definidos. Todos nós fazemos o que sentimos e sentimos o que pensamos. Alterar o estado da arte exige o empenho de todos, mormente de uma liderança inspiradora, agente da mudança, catalisadora do exemplo e de uma comunicação efetiva. Sustentar um desenvolvimento positivo, tal como demonstrado no gráfico, apesar de contextos adversos e da assunção de que existem sempre fatores externos e circunstanciais que influenciam as avaliações individuais, demonstra inequivocamente o esforço da Galp Energia, uma empresa que hoje opera à escala intercontinental, na melhoria contínua do seu ambiente de trabalho.

Evolução do Clima Galp Energia Média dos 7 fatores 2011

4,20 2010

4,13 2009

4,00


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Nos bastidores desta edição RITA MACEDO Diretora mygalp magazine

Em busca de uma melhoria contínua do ambiente de trabalho

Dedicamos este número a um tema que nos toca a todos de muito perto: o “clima organizacional” da nossa empresa. Desde há três anos que os colaboradores da Galp Energia são convidados a pronunciar-se, por meio de um inquérito anual, sobre os seus níveis de satisfação e de motivação. Através deste inquérito – ao qual, aliás, se tem registado uma adesão cada vez maior – a empresa tem procurado saber a opinião da sua população no que diz respeito aos fatores-chave que constroem o nosso ambiente interno, ou clima organizacional, com vista a percecionar melhor o grau de satisfação dos colaboradores relativamente aos fatores analisados e à empresa em geral. Entende-se, por isso, que a participação de todos os colaboradores é essencial, constituindo, em simultâneo, um direito e um dever. Com efeito, ao lançar este “inquérito de clima”, a empresa está a dar um claro sinal de que a opinião de cada um dos seus colaboradores é relevante, pelo que, até numa perspetiva de evolução e melhoria contínua da organização, não devemos eximir-nos a dar o nosso contributo. Convido-o, caro leitor, a ler o artigo que neste número publicamos a respeito desta matéria, e permito-me incentivá-lo a nunca deixar de dar a sua opinião, pois esse é um direito que lhe assiste... e também um dever! E dado que os valores pelos quais uma organização se rege também influenciam o clima que nela se vive, a entrevista desta edição é precisamente sobre os valores organizacionais como pilares da gestão de uma empresa. Paulo Lopes Henriques, professor do ISEG, atualmente a desenvolver um trabalho de revisão dos valores da Galp Energia, partilha connosco o diagnóstico que efetuou e as implicações que um projeto desta natureza tem numa organização como a nossa. Nos dias que correm, um dos temas em discussão pública é o da eterna questão da idade da reforma. Porque é importante partilhar experiências e porque a reforma cada vez menos tem idade, pedimos a Conceição Zagalo, membro fundador e presidente do GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, que nos falasse acerca do trabalho após a idade da reforma. Vale bem a pena ler este texto de opinião, não só pela perspetiva que nos Desig

traz, mas também por nos incitar a refletir sobre aquilo que a comunidade pode perder, em n Atel

com M ónica La

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e Ana

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do

matéria de competências, conhecimentos e experiência acumulada, se abdicar do contributo te

das pessoas reformadas. Esperamos que goste desta mygalp magazine e desejamos-lhe, conforme o caso, umas ótimas férias ou um ótimo regresso ao trabalho!


mygalp opinião 3

Maria da Conceição Zagalo É membro fundador do GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, em representação da IBM Portugal. Desde 1973 até janeiro de 2011, o seu percurso profissional foi todo ele desenvolvido na IBM, onde assumia a direção da Divisão de Marketing, Comunicações e Cidadania. Na IBM foi ainda membro do Conselho Executivo, durante os últimos onze anos. Atualmente, é presidente da Direção do GRACE, cargo que ocupa desde 2008.

Maria da CONCEIçÃO ZAGALO Presidente do GRACE

Será que a reforma tem idade? Ora bem, caro leitor, há uma realidade a que já não podemos fugir. A sustentabilidade da Segurança Social é um tema sensível, e continuar no mercado de trabalho depois da idade da reforma pode mesmo deixar de ser uma opção para passar a ser uma obrigação. Ainda há algumas semanas, a Comissão Europeia pedia aos Estados-Membros o prolongamento da vida ativa para assegurar a sustentabilidade das reformas dos cidadãos. Caso contrário, a garantia de pensões dignas poderá estar em risco para milhões de pessoas, no presente e no futuro. E se juntarmos a esta realidade a crise económica e financeira que a Europa atravessa, é certo que a necessidade de mais rendimentos nos levará a procurar alternativas depois dos 65 anos. O ditado diz que contra factos não há argumentos. Mas será que nos devemos deixar contagiar por esta visão tão cinzenta? Será que parar de trabalhar aos 65 anos é um luxo? Será que a reforma tem idade? Afinal, a esperança média de vida não para de aumentar. Não nos deixemos enganar pelas

rugas; não passam de um sinal do tempo, que esconde energia, força e mentes sãs e cheias de motivação para continuar com aquilo que durante tantos anos nos foi tão gratificante: o nosso contributo para a sociedade que nos viu crescer. Não duvidemos, o envelhecimento deve ser entendido como mais uma etapa de desenvolvimento, e não como o fim da linha. Porque o que se ganha com a idade é bem superior ao que se perde. E se a vida vai cada vez mais longe, porque não tornar esta longevidade ainda mais ativa? Não, não estou a falar de fazer exercício físico. Falo de continuar a partilhar competências, conhecimento, sabedoria. Já pensou que o saber por si detido é demasiado rico e importante para ser partilhado apenas com os netos? Porque não continuar a partilhá-lo com toda a sociedade? Os jovens, as empresas, o mundo precisam dele para prosperar, não duvide. Só uma simbiose geracional produz o equilíbrio necessário à obtenção do êxito e, porque não, à construção de um mundo melhor.

Ainda há algumas semanas, a Comissão Europeia pedia aos Estados-Membros o prolongamento da vida ativa para assegurar a sustentabilidade das reformas dos cidadãos.

É verdade que ainda há muito trabalho a fazer também por parte das empresas. Melhores oportunidades para os trabalhadores mais velhos têm de ser criadas. Posto isto, cabe aos gestores perceber que jovens idosos estão aí para a luta. Com a sabedoria, a força e a vontade necessárias para continuar de mãos dadas com o Futuro.


mygalp destaques 4

1 de Junho a 31 de Julho

Grande Prémio

APCE 2012

Programa Dealers+ “energía para tu negocio” de estações de serviço: Status de 5 meses de exercício em 2012. Campanha de Ambiente e Eficiência Energética: Vamos fazer mais por menos! Vamos dar o exemplo! Já foram publicados os data books de Segurança, Saúde e Ambiente das refinarias Campanha de Ambiente e Eficiência Energética: Filhos dos colabo-

Sabia que… A Pluma é produzida com gás natural da Galp Energia? A Galp Gás Natural é fornecedora da Amtrol-Alfa, localizada em Guimarães. É nesta unidade fabril que é feita a Pluma, a inovadora garrafa de gás desenvolvida em 2005 pela Galp Energia, em conjunto com instituições universitárias e outras empresas.

radores passaram uma tarde muito diferente... Grande Prémio APCE 2012: Academia Galp Energia, livro O Nosso Tempo e Missão UP foram distinguidos entre os melhores Laboratório da refinaria de Matosinhos participa, por convite, no 3rd Portuguese Young Chemists Meeting Secretário de Estado da Energia visita as instalações da RIA Blades, em Vagos O poço 4-GALP36-SE (Brahma-1) está a produzir há cem dias, totalizando já 19 mil barris de petróleo


mygalp destaques 5

Unidade de recuperação de enxofre 10800 A unidade U10800, que inclui um sistema de tratamento de tail gas (TGT), constitui só por si um sistema de proteção ambiental. Com uma eficiência de recuperação de enxofre de 99,5%, a nova unidade, em paralelo com a unidade Claus já existente, permite uma redução de 4,6 t/dia de dióxido de enxofre no efluente gasoso da chaminé. Quanto a emissões de SO2 para a atmosfera, espera-se uma redução de cerca de 1700 t/ano. Construída no espaço do projeto de reconfiguração da refinaria de Matosinhos, a U10800 integra as tecnologias recomendadas no Reference Document on Best Available Techniques for Mineral Oil and Gas Refineries.

Campanha

“Faça mais por menos”

Novo programa Fast As divisões de Oil e Gas & Power, em Espanha, decidiram juntar as vantagens dos seus programas de promoções e criar um novo programa Fast. Desta forma, os clientes domésticos das duas áreas de negócio poderão usufruir de todas as vantagens de ser cliente da Galp Energia, bastando-lhes ter um só cartão. Os pontos obtidos através de faturas e abastecimentos podem ser trocados por descontos em gás, eletricidade e combustível, bem como por uma grande variedade de artigos. O cartão também concede privilégios em relação a algumas das melhores marcas.

Como se obtêm pontos positivos? Com as faturas Gás e eletricidade: 1 ponto por cada 25 kWh de consumo. Serviços Galp Comfort: 25 pontos por mês por cada serviço.

Com os abastecimentos Combustíveis: 1 ponto por litro abastecido.

A mais recente campanha interna da Galp Energia foi levada a cabo pela Direção de Assuntos Institucionais entre os dias 5 de junho (Dia Mundial do Ambiente) e 6 de julho, sob o lema “Faça mais por menos”. No âmbito da campanha, foram abordadas temáticas ligadas ao ambiente e à eficiência energética e desenvolvidas diversas iniciativas, como a visualização de um vídeo, a oferta de sumos, águas e iogurtes nas escadas das Torres, a entrega do “Verdão” aos colaboradores que o solicitaram, e a oferta de copos de vidro a todos os colaboradores das Torres de Lisboa. No dia 21 de junho, a Direção de Assuntos Institucionais e a Direção de Marketing convidaram os colaboradores da Galp Energia a trazer os seus filhos para participarem na aula de energia da Missão UP. Cerca de 40 crianças passaram uma tarde divertida no auditório da Torre A, assistindo à aula “lecionada” pelo colega Manuel Andrade, à qual se seguiu a formação de equipas para o jogo “Cabemos Todos?”. No final, foi oferecido um lanche aos pais e filhos e à equipa de colegas voluntários das direções que durante toda a tarde animaram as crianças.


mygalp destaques 6

Refinaria de Sines Galp Energia inaugura centro de investigação A Galp Energia inaugurou, no dia 26 de junho, o Centro de Investigação Professor Ramôa Ribeiro, na refinaria de Sines. Uma das unidades-piloto existentes na nova infraestrutura de I&D permitirá mimetizar o funcionamento da unidade de hidrocraqueamento de gasóleo pesado, atualmente em fase final de construção no complexo da refinaria de Sines. A peça central do projeto de conversão do aparelho refinador da Galp Energia, que representa um investimento superior a 1,4 mil milhões de euros, é um reator com 42 metros de altura e 5 metros de diâmetro, no qual, em condições extremas, as partículas de petróleo mais pesadas são fracionadas através da injeção de hidrogénio e por ação de catalisadores. Esta divisão permite converter frações petrolíferas com elevado ponto de ebulição e pouco valorizadas em frações leves, mais valorizadas. São as reações que se processam no interior desta peça gigantesca que serão repetidas a uma escala infinitamente mais reduzida na unidade laboratorial inaugurada. Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp, em Publicações/Magazine em português – Desenvolvimento de artigos.

Lojas de atendimento Gas & Power

Com mais de 45 mil contactos estabelecidos todos os meses, as lojas de atendimento são uma das formas de os clientes domésticos contactarem com a Galp Energia e de encontrarem respostas para as suas questões relacionadas com gás natural e eletri-

cidade. Neste momento, existem mais de 40 lojas de tipologia variada espalhadas por todo o país – lojas próprias, revendedores Galp Energia, lojas do cidadão e lojas de agentes.


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Missão UP Segunda edição termina em festa

s mygalp social

No dia 12 de junho teve lugar a cerimónia de encerramento da segunda edição da Missão UP. A adesão a este projeto educativo, que tem como objetivo a consciencialização das crianças dos 1.º e 2.º ciclos para os temas da eficiência energética e da mobilidade sustentável, foi ainda maior do que no ano letivo passado. A iniciativa envolveu mais de 2300 escolas nacionais – o que representou um aumento de 35% relativamente à edição anterior –, 196 mil alunos e 15 mil professores. Quanto ao número de aulas dedicadas à energia, foram mais de 200 as que os colaboradores da Galp Energia deram, e as sessões de esclarecimento ascenderam à dezena. Desta vez a novidade foi o campeonato GalpShare. Mais de 500 escolas se inscreveram na competição, permitindo que crianças de diversos pontos do continente e das regiões autónomas jogassem umas com as outras em tempo real, através da Internet. A entrega dos prémios aos vencedores do concurso Brigadas Positivas e do campeonato GalpShare, o momento mais solene da tarde, realizou-se sob a pala do Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, em Lisboa. Tal como no ano passado, as escolas vencedoras das Brigadas Positivas receberam como prémio auditorias energéticas às suas instalações, realizadas pela Galp Soluções de Energia, e auditorias de segurança às instalações de gás, realizadas pelo serviço Galp Comfort. Os pequenos vencedores receberam bicicletas, uma visita à Kidzania e uma viagem à refinaria de Sines. Os professores e pais também foram premiados, recebendo respetivamente aquecedores Hotspot e detetores de monóxido de carbono. A cerimónia acabou em clima de festa, com as crianças da EB de Miratejo, no Seixal, vencedora do 1.º prémio, em palco, dançando e cantando, acompanhadas pelo presidente executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira De Oliveira.

Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp, em Publicações/Magazine em português – Desenvolvimento de artigos.

CAMPEONATO GALPSHARE 1.º Prémio Sara Cardoso Teixeira EB de Benedita, Leiria 2.º Prémio Clara Alves EB1 de Rocha Nova, Coimbra 3.º Prémio Inês Costa de Vasconcelos EB General Serpa Pinto, Cinfães BRIGADAS POSITIVAS 1.º Prémio EB de Miratejo, Seixal 2.º Prémio Colégio Catarina de Bragança, Sintra 3.º Prémio EB de São Domingos de Carmões, Torres Vedras Menção Honrosa EB de Escalos de Cima, Castelo Branco Menção Honrosa EB Professor Agostinho da Silva, Casal de Cambra, Sintra


mygalp história 8

UMA VIDA NA GALP Energia

h mygalp história

Do ponto de vista humano foi muito interessante. Consegui juntar as pessoas em prol de um objetivo comum. Elas sentiam que estavam integradas, pois os Lubrificantes eram o “parente pobre” da refinação.

A grande revolução nos Lubrificantes

mANUELA MENESES A dada altura, fez-se uma reavaliação das áreas comerciais e convidam-me para ser diretora da área de Lubrificantes. Nesse tempo, era difícil impor em Portugal uma marca portuguesa, mas com uma equipa interessante, aumentámos consideravelmente a nossa quota de mercado e apresentámos bons resultados no fim do ano. A equipa era muito empenhada. Juntos fizemos uma grande revolução, à qual chamei “máquina de vendas”. Um dos motivos do êxito residiu na abordagem do mercado. A equipa fez algo que nunca tinha sido realizado. Pela primeira vez, a fábrica pertencia à unidade de negócios de Lubrificantes. Tornámo-nos responsáveis por toda a fileira dos lubrificantes, da compra da matéria-prima, passando pelo atendimento, até à entrega ao cliente final.

Do ponto de vista humano foi muito interessante. Consegui juntar as pessoas em prol de um objetivo comum. Elas sentiam que estavam integradas, pois os Lubrificantes eram o “parente pobre” da refinação. Para motivar mais a equipa fizemos encontros na nossa unidade, onde se juntavam as pessoas da fábrica e os agentes comerciais. Penso que os Lubrificantes foram os primeiros a promover esses encontros. Hoje, é uma prática comum. Todos colaboraram e, apesar de não termos tido intervenção externa, fizemos o melhor que sabíamos. No final entregámos “Óscares” aos melhores trabalhadores, nas diversas áreas. E houve um senhor que trabalhava na fábrica que me disse: “Tenho de lhe dizer uma coisa: este foi o dia mais feliz da minha vida.” Foi há muito tempo, mas nunca mais me esqueci desse momento. Depoimento adaptado dos testemunhos “Vidas Galp” – Fundação Galp Energia


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HISTÓRIA DE VIDA

Liderar a unidade de Lubrificantes

mudança na empresa

NOVOS DESAFIOS Isabel Oliveira DAI – Galp Voluntária

José Motta

Em 2008 fui convidado a integrar a equipa das Especialidades e a liderar a unidade de Lubrificantes. Vinha de uma área muito diferente da Galp Energia, onde o produto a comercializar – o gás natural – envolvia desafios de mercado, e no dia a dia, em tudo distintos. Vim liderar uma equipa sénior, pelo que o desafio não seria organizar e reestruturar, mas aferir o rumo que estava a ser tomado, tentar acrescentar valor através da minha experiência profissional, promover internamente o negócio de lubrificantes como um todo e cimentar o relacionamento do negócio com todos os negócios da Galp Energia. A unidade de Lubrificantes envolve uma responsabilidade que excede as fronteiras naturais da estrutura, e esse aspeto pôs-me perante o enorme desafio de conseguir que todas as áreas comerciais que não reportassem a mim pudessem, ainda assim, ter a mesma visão, a mesma competitividade no mercado e as condições técnicas e comerciais necessárias para singrarem nos mercados em que operam. Além disso, com o mercado já em quebra natural, a estratégia a seguir seria sempre na ótica da exportação. Espanha aparecia como o segundo mercado para a Galp Energia, mas a nossa experiência indicava que os mercados africanos teriam muito maior potencial. As nossas filiais eram também uma mais-valia importantíssima para o negócio global de lubrificantes, sendo que neste campo a

aposta tem vindo a ser a diferenciação e a capacidade de adequação às culturas e necessidades locais. Assim, o desafio de gerar uma mentalidade internacional, de levar a organização a sair do mercado regional, de promover uma postura de cross selling e de inovação, cumprindo as expectativas dos clientes, sempre demonstrando o que o negócio de lubrificantes no seu todo podia valer para a Galp Energia como empresa internacional, foram e continuam a ser os principais desafios, os quais, à medida que vão sendo ultrapassados e consolidados, promovem a crescente importância do negócio de lubrificantes para a Galp Energia, contrariando a quebra violenta de mercado nacional a que temos assistido nestes últimos anos.

Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp, em Publicações/Magazine em português – Desenvolvimento de artigos.

Foi com grande satisfação e otimismo que aceitei este desafio profissional, pois considero que a mobilidade interna é por si só um fator motivacional. Tem sido um privilégio exercer funções na Galp Voluntária – é uma grande experiência pessoal e profissional. Tendo em conta o contexto social atual, é muito motivador sentir que a empresa onde trabalho tem uma atitude de aproximação à comunidade e que procura ser solidária. Nesse sentido, além de me dar entusiasmo, esta função ajuda-me a confiar num mundo socialmente melhor.

Olga Basílio Responsável Financeiro – PTL Trading & Shipping

Como sempre trabalhei na Contabilidade, este cargo proporcionou-me novas vivências. Deixei de relatar o passado e passei a intervir no dia a dia da unidade de negócio. Como costumo dizer em tom de brincadeira, “deixei de confecionar as omeletes e passei a controlar a produção dos ovos”. O programa de mobilidade promove a troca de conhecimentos, alarga horizontes e aumenta a motivação. E como me encontro a trabalhar no estrangeiro, permite-me ainda conhecer uma nova cultura e um novo país.

Sérgio Romão Técnico de Apoio Gas & Power – Eletricidade

Após mais de 10 anos de trabalho na Galpgeste, surgiu a oportunidade de iniciar uma nova função na Galp Power. Esta etapa está a ser bastante aliciante, uma vez que me possibilita adquirir novos conhecimentos e, com as minhas valências, contribuir para o crescimento da empresa – assim o espero. A mobilidade interna é fundamental também por permitir conhecer as diversas realidades da Galp Energia.


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19 32

Contador de gás para uso doméstico com capacidade de leitura de 1400 litros por hora, do tipo Sigma A com câmaras curvas, funcionando em banho de óleo de antracite. Estes contadores foram fabricados na Bélgica entre 1932 e 1952, sendo então substituídos pelos de membranas deformáveis atualmente em uso. O seu mecanismo era totalmente metálico, dispondo de pouca capacidade de contagem para as suas dimensões e peso. Além disso, requeriam uma manutenção constante para manter o nível de óleo interno.


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Contador atual de gás de paredes deformáveis para uso doméstico, com capacidade de leitura de 6 m3 de gás por hora. Trata-se de um contador leve, compacto, económico e com grande capacidade de contagem. O seu mecanismo interior é totalmente construído em matéria plástica, mas conserva a caixa e as ligações em metal por razões de segurança.


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Gestão de efluentes líquidos e resíduos em unidades industriais Privilegiar a eficiência e a minimização dos consumos de água. Reduzir, reutilizar, reciclar os resíduos produzidos. A Galp Energia tem assumido compromissos visíveis no sentido de garantir uma gestão sustentável da água e dos resíduos produzidos.

Rede de drenagem Uma rede de drenagem separativa permite conduzir os diferentes tipos de efluentes gerados para os devidos destinos. As águas contaminadas ou potencialmente contaminadas são encaminhadas para uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR).

Gestão de resíduos Os resíduos produzidos são armazenados temporariamente num local coberto ou semicoberto, impermeabilizado e dotado de uma rede de drenagem ligada à ETAR. O local é organizado de forma a permitir uma adequada segregação de resíduos e materiais.

Os resíduos têm de ser acondicionados em contentores/recipientes adequados à sua natureza. Todos os resíduos têm de ser rotulados e devidamente identificados.

Política dos 3”R”: redução, reutilização e reciclagem O plano de gestão de resíduos de um complexo industrial atua no sentido da prevenção e da redução, promovendo a segregação, a reutilização e a reciclagem.


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ETAR A ETAR está dimensionada de acordo com a quantidade e o tipo de efluentes produzidos no complexo industrial, de modo a garantir um tratamento eficiente.

Descarga de água tratada Após tratamento, o efluente é monitorizado através de um rigoroso controlo analítico, para garantir a preservação da qualidade do meio envolvente. São cumpridos Planos de Monitorização e Valores-Limite de Emissão (VLE) de descarga.

Sistema de tratamento O sistema de tratamento contempla um pré-tratamento para remoção de sólidos e componente oleosa, seguido de um tratamento secundário (físico-químico) e terciário (biológico).

Reutilização de água O sistema de tratamento no conjunto permite a reutilização de água (quer parte da água pluvial limpa que é recolhida, quer parte da água tratada). Assim, diminui-se marcadamente o recurso a água fresca para o processo e reduz-se o volume de água tratada enviada para o meio hídrico recetor.


mygalp entrevista 14

PAULO LOPES HENRIQUES

e mygalp entrevista

Afinal, o que são valores?

PAULO LOPES HENRIQUES [PLH] Valores

são o que permite a cada um tomar decisões sobre o que é certo ou errado, o que deve ou não fazer, o que é bom ou mau. Permitem também distinguir o mais importante do menos importante, e dessa forma identificar a sua utilidade na gestão corrente da organização. Como se definem os valores numa organização?

[PLH] Em ambiente organizacional, os

valores são os pilares sobre os quais assenta a gestão de uma organização. São os princípios que orientam o dia a dia de todos os que ali trabalham. É muito importante que os valores cumpram duas regras fundamentais: que estejam de acordo com o que a organização quer ser no futuro, para permitir realizar a sua “visão”; e que sejam partilhados por todos, para facilitar o cumprimento da “missão” da organização. Os valores são diferentes para cada organização, mas têm um traço comum:

Valores organizacionais

Os pilares de toda a gestão de uma empresa PAULO LOPES HENRIQUES

Paulo Lopes Henriques, 45 anos, é doutorado em Gestão pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa. Atualmente é professor associado com agregação e investigador no Departamento de Gestão do ISEG. A sua experiência como professor levou-o a passar por diferentes universidades internacionais, e enquanto investigador conta já com obra publicada na área de recursos humanos e comportamento organizacional. É ainda coordenador de mestrado em Gestão de Recursos Humanos e de pós-graduação em Gestão. Orienta anualmente várias teses de cursos pós-graduados.

o facto de serem um conjunto restrito, não indo além de cinco para cada organização. Idealmente, são simbolizados por uma palavra, induzindo comportamentos e refletindo o significado da organização para todos os colaboradores e os que com ela contactam. Qual a importância de uma correta definição dos valores organizacionais?

[PLH] As organizações mais bem su-

cedidas acreditam que os seus valores são como um farol na escuridão, que


mygalp entrevista 15

envolve o processo de desenvolvimento e crescimento organizacional. Desta maneira, são definidos os comportamentos que não são negociáveis e que devem ser assumidos até à exaustão. Na prática, ao assumir um particular conjunto de valores, uma organização está a revelar a sua visão do mundo onde se insere e o seu papel nesse mundo. Qual é a melhor forma de definir os valores numa empresa?

[PLH] É estabelecê-los à nascença. Habi-

tualmente devem ficar inscritos no seu ADN, e daí para a frente são transmitidos às sucessivas gerações de colaboradores. Contudo, este cenário nem sempre é possível. Há organizações que mudam de orientação estratégica, de abrangência, que mudam a natureza das suas operações e mesmo a razão da sua existência. Sempre que se verifique a necessidade de ajustar o conjunto de valores da empresa, o primeiro passo é medir e diagnosticar os valores partilhados pelos diferentes colaboradores da empresa, determinando desta forma os valores e qual o seu significado. Numa fase seguinte e com base nos resultados anteriores, a empresa terá de decidir quais os valores que assume como seus e que passam a orientar as atividades de todos os que nela colaboram. Nesta decisão é fundamental a existência de uma visão e de uma missão claras e bem definidas. Escolhido o conjunto de valores para a empresa, é chegado o momento mais importante: aquele em que estes valores passam a ser os valores da empresa, os valores partilhados por todos e alinhados com as diferentes práticas da empresa. O processo de alinhamento deve ter em conta os diferentes módulos da prática diária da organização: nos processos de recrutamento e seleção – de modo a

atrair as pessoas certas; nos programas de treino e formação para os recém-chegados – de modo a garantir que estes compreendem claramente quais os valores da empresa; nos critérios de retenção, promoção e despedimento; nos planos de incentivos e prémios; nos sistemas de penalização; e sobretudo nos padrões de comportamento dos gestores, especialmente os de topo.

recompensa. O futuro é apenas uma construção feita de passos confiantes todos os dias, e quando os colaboradores partilham um conjunto único de valores, as suas capacidades individuais tornam-se poderosas ferramentas para alcançar o êxito, e isso faz toda a diferença. Que implicações tem uma mudança de valores numa organização?

[PLH] Vai exigir pensar sobre a forma de Como podem os valores ajudar a empresa a superar os desafios futuros?

[PLH] Pergunta difícil... Imagine-se uma

empresa num mundo de negócios ideal, onde tudo decorre como é suposto, onde os clientes são leais e nos procuram sempre, onde os fornecedores se comportam sempre da mesma forma, e por aí adiante. Perante este cenário, qualquer colaborador desta empresa imaginária saberá sempre o que fazer. É bonito, não é? Mas é pura imaginação! A realidade é muito diferente. Nada é igual dia após dia. A diferença entre o êxito e o fracasso reside no conjunto de colaboradores motivado para alcançar uma visão e orientado por uma missão. A sua atuação vai ter de estar em consonância com estes dois valiosos guias: missão e visão. A necessidade de rapidez e solidez nas decisões e na consequente ação exige uma força positiva de colaboradores, a qual só é alcançável se todos partilharem os mesmos valores, tornando-se uma só voz, uma só ação avassaladora e distintiva no mercado. No trabalho de revisão dos valores que desenvolveu na Galp Energia, que recomendações faria perante o diagnóstico?

[PLH] A principal recomendação é olhar

para o futuro. Pode ser assustador, mas

atuar de cada um, em todos os níveis. Sobretudo vai exigir que todos compreendam a necessidade de mudar, de fazer mais e melhor, de compreender que a diferença entre o sucesso e o menor sucesso reside em cada um, com os seus diferentes conhecimentos, capacidades e responsabilidades. Todos unidos formam a pedra angular sobre a qual o sucesso da organização e o sucesso individual se alicerçam. Como conseguimos o compromisso de todos os colaboradores, quando falamos de uma empresa com uma dispersão geográfica tão grande?

[PLH] O compromisso alcança-se pelo exemplo ao longo da cadeia hierárquica. A gestão de topo deve ser a principal ilustração desse exemplo. Com a dispersão geográfica, dois sistemas de gestão de pessoas assumem primordial importância: o sistema de formação, pela sua capacidade de distribuir (in)formação de forma uniformizada; o sistema de comunicação interno, para divulgar eficazmente e de forma sistemática os melhores exemplos que ocorrem naturalmente no dia a dia da organização – preciosos testemunhos formativos que se entranham em cada um quase sem se dar por isso. Leia o texto integral desta entrevista no portal mygalp, em Publicações/Magazine em português – Desenvolvimento de artigos.


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c mygalp capa

Clima organizacional

Quer em relação às suas unidades de gestão, quer globalmente, a perceção dos colaboradores é positiva.


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Em 2009, a Galp Energia retomou a prática de lançar anualmente um Inquérito de Diagnóstico do Clima Organizacional com o objetivo de identificar quer as fragilidades, quer os pontos fortes da organização, e de avaliar a forma como estes se distribuem pelas diversas unidades de gestão. A partir dos resultados desta auscultação, são definidos planos de ação orientados para as diversas situações caracterizadas, através dos quais se procura a contínua melhoria do “clima” de cada unidade e, consequentemente, de toda a organização. A participação dos colaboradores neste inquérito tem vindo a aumentar de ano para ano, tendo atingido em 2011 uma adesão de 58,8% (50,2% em 2010 e 55,7% em 2010). O inquérito é constituído por 48 afirmações, qualificadas numa escala de 1 a 6 (1 = discordo totalmente; 6 = concordo totalmente). Estas afirmações, orientadas para a área em que o colaborador se integra, são replicadas, desta feita orientadas para a Galp Energia como um todo. Pretende-se assim comparar a perceção que cada colaborador tem da realidade concreta da sua unidade de gestão com a que tem globalmente da empresa. Em cada questão esperam-se duas respostas, uma em relação à situação atual, outra em relação ao que se pretende atingir no futuro, para se poder comparar a perceção atual da realidade com as expectativas futuras. Dimensões avaliadas As questões são agrupadas em subfatores, que por sua vez são agregados em sete categorias: clareza, compromisso de equipa, flexibilidade, formação, recompensa, responsabilidade e standards. A clareza diz respeito ao conhecimento dos objetivos da área e do Grupo, à compreensão do seu relacionamento e ainda ao conhecimento relativo a procedimentos e políticas, a mudanças com impacto na área e aos desafios colocados a cada um. O compromisso de equipa tem que ver com o orgulho em fazer parte da organização, e a confiança de que todos trabalham com vista a um objetivo comum dá aos colaboradores a predisposição e o entusiasmo para fazer um esforço adicional, quando necessário. A flexibilidade engloba a forma de encarar as restrições existentes na organização, a perceção da existência de regras, procedimentos, políticas e práticas desnecessárias que interferem com a realização do trabalho,

e a abertura demonstrada pela organização relativamente a ideias inovadoras. Quanto à formação, pretende-se avaliar se os colaboradores sentem que a chefia e a empresa põem muita ênfase na qualidade da formação e no planeamento e desenvolvimento da carreira. No que diz respeito à recompensa, os colaboradores sentem que os bons desempenhos são reconhecidos e recompensados, existindo uma relação direta entre diferentes níveis de desempenho e recompensa. Neste passo está implícito o reconhecimento de que a remuneração recebida é adequada quando comparada com os valores praticados no mercado. A responsabilidade, abarca a perceção dos colaboradores relativamente à confiança que a chefia tem neles, o reconhecimento da concessão de autonomia no desempenho da função, e a consequente dispensa de consulta frequente ao superior hierárquico, e a noção de uma quota-parte de responsabilidade nos resultados. Finalmente, os standards, ou níveis de exigência, avaliam o que os colaboradores sentem. Os colaboradores sentem que existem padrões de excelência por parte das chefias, determinados níveis de exigência relativamente aos objetivos a atingir e elevados padrões de qualidade no serviço ao cliente e relativamente aos concorrentes.

Pontuações obtidas Dos resultados obtidos no inquérito ao clima organizacional relativo a 2011, verifica-se o seguinte: em termos médios, e em relação ao clima organizacional na sua totalidade, o grupo Galp Energia regista uma pontuação de 4,20, enquanto relativamente às unidades de gestão a média é de 4,31 pontos.


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Conclui-se, assim, que nas sete dimensões avaliadas a perceção global dos colaboradores é positiva quer na sua unidade de gestão, quer globalmente na Galp Energia. Tal como em anos anteriores, as pontuações obtidas na unidade de gestão são superiores às que resultam da avaliação global da Galp Energia. Relativamente ao clima desejado, os resultados globais na Galp Energia (5,42) são praticamente iguais ao resultado médio por unidade de gestão (5,41), verificando-se uma distância de 1,2 pontos na Galp Energia e de 1,1 pontos na unidade de gestão entre o clima atual e o clima desejado.

O crescimento da taxa de participação e a evolução positiva nas qualificações da maioria dos fatores será, em grande parte, consequência das ações desenvolvidas, nomeadamente através dos grupos de trabalho que analisaram os resultados e estabeleceram planos de ação para a contínua melhoria do clima organizacional, pelo que será fundamental dar continuidade ao projeto destas equipas.

Evolução positiva Quer nas unidades de gestão, quer globalmente na Galp Energia, as melhores avaliações encontram-se nos fatores “níveis de exigência” e “compromisso de equipa”, que em 2011 são também, em termos médios, percecionados mais positivamente do que em 2010, verificando-se o mesmo com a avaliação do fator “responsabilidade” nas unidades de gestão. As dimensões “formação” e “recompensa”, embora sejam avaliadas positivamente, obtêm nas unidades de gestão menor pontuação do que em 2010. Já no fator “formação” a pontuação é mais baixa nas questões relacionadas com o desenvolvimento de carreira do que nas relacionadas com a qualidade das ações de formação.

UN

TOTAL ENVIADO

2010

2011

respostas válidas

2010

2011

%

2010

(pontos percentuais)

2011

2011/2010

arl 1144 1179 516 549 45,1% 46,6% 1,5 corporativos 469 463 284 286 60,6% 61,8% 1,2 gas & power

510

518 318 355 62,4% 68,5% 6,1

distribuição oil

499

585 341 431 68,3% 73,7% 5,4

galp E&P

29

33 17 27 58,6% 81,8% 23,2

outros (*)

84

93 48 39 57,1% 41,9% -15,2

total

2735

2871

nulos

1524 1687 55

(*) Internacional, Biocombustíveis, Galp Energia SGPS, Gab. Projetos, Sacor Marítima/Tripul

72

55,7% 58,8% 2% 2,5%

3,1 0,5


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Motivação na Internacional Oil

As reuniões anuais são uma ocasião para todos os colaboradores se aproximarem. A unidade de negócio Internacional Oil, constituída por mais de 850 colaboradores, tem a seu cargo operações dispersas por oito países do continente africano. A direção decidiu por isso promover iniciativas para manter a equipa motivada e orientada no sentido das metas traçadas. É neste contexto que desde 2005 se realiza, com periodicidade anual, o Encontro da Internacional Oil. Estes encontros, cuja importância tem sido crescente ano após ano, abarcam vários objetivos. Dois deles, muito importantes, são a transmissão da visão, dos valores e da missão da Galp Energia aos colaboradores das participadas africanas e a divulgação dos segmentos de negócio em que a empresa opera. No decorrer do evento são também alinhadas metas e divulgadas informações sobre o negócio e sobre a Galp Energia. São ainda promovidas visitas às refinarias, e organizadas outras atividades, sempre com o propósito de aumentar o conhecimento dos colaboradores estrangeiros sobre os negócios e as diferentes áreas da empresa. Adicionalmente, é destacada a integração das equipas e promovido o relacionamento interpessoal, no sentido de alinhar as práticas quotidianas com a ética da Galp Energia. Todos os encontros têm uma importante componente formativa, para que os colaboradores sediados em Lisboa tenham oportunidade de adquirir mais conhecimentos sobre as participadas africanas, e vice-versa, proporcionando-se um melhor trabalho de equipa. Com o objetivo de conhecer a classificação atribuída pelos colaboradores sobre a organização destes eventos, bem como a qualidade da informação apresentada, foi realizado um

n mygalp negócios

inquérito a todos os participantes no final do último encontro, realizado no passado mês de abril. A amostra organizada para esta observação totalizou 48 inquéritos, preenchidos por colaboradores das 16 empresas representadas. No que respeita à organização do encontro, houve 42% de excelentes, 46% de bons e 12% de satisfatórios. Sobre a qualidade das apresentações, 46% dos inquiridos classificaram-na como “excelente” e 48% consideraram-na “boa”. Relativamente à qualidade e à profundidade das apresentações, destacam-se a presença da direção da Galp Energia ao mais alto nível e o apoio entusiástico com que esta agraciou a Internacional Oil. Sublinhe-se ainda a participação de convidados nacionais e estrangeiros, que, juntamente com os elementos provenientes das equipas dos países presentes, fomentaram a ideia de que na diversidade se trabalha as a team. Vantagens da integração com êxito de colaboradores de outros países e culturas • Melhor conhecimento dos mercados onde a empresa opera; • Novas oportunidades de evolução na carreira, nomeadamente no âmbito da entrada em novos mercados, numa perspetiva de crescimento dos clusters; • Melhor compreensão das equipas das empresas participadas, com as quais se poderão desenvolver novos programas de expansão; • Maior facilidade de compreender e integrar as expectativas das equipas, tendo em vista cativar novos clientes e apresentar novos produtos e serviços. Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp, em Publicações/Magazine em português – Desenvolvimento de artigos.


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II Convenção Comercial Galp Energia

Madrileña de Gas reúne representantes da força de vendas

O operador energético de gás e eletricidade Galp Energia Madrileña Suministro de Gas reuniu representantes dos 19 centros de gás e colaboradores da companhia ligados à comercialização para celebrar a II Convenção Comercial Galp Energia. O encontro decorreu no Karting Club de Los Santos de la Humosa. Tratou-se do segundo encontro comercial da Galp Energia desde que a empresa iniciou a comercialização de gás e eletricidade em Espanha. Dada a solenidade da ocasião, Fabrizio Dassogno, administrador executivo da Galp Energia à data, e Carlos Machado, administrador-delegado da Madrileña Suministro de Gas, estiveram presentes, ao lado da equipa comercial e de marketing e dos responsáveis pelos 19 centros de gás da comunidade de Madrid, tendo a oportunidade de avaliar mais de perto o bom percurso feito

pela companhia durante o seu primeiro ano de vida. Os resultados obtidos no primeiro semestre, as perspetivas para o segundo semestre e a avaliação da qualidade dos serviços foram alguns dos temas abordados nesta convenção, que terminou com a apresentação das próximas campanhas publicitárias. Uma vez concluída a agenda da manhã, as quase 50 pessoas presentes no evento dividiram-se em grupos e competiram na pista de kart, uma autêntica descarga de adrenalina que bem justificou o churrasco que se seguiu. O encontro terminou com a entrega de prémios aos vencedores. Com esta iniciativa, a Galp Energia consolida as boas relações entre as suas equipas comerciais, criando raízes mais fortes e assumindo o papel de uma das principais empresas do mercado energético de Madrid.


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Grupo Montalva aposta nos produtos Galp Energia A parceria entre a Galp Energia e o Grupo Montalva data de há um ano e pressupõe o fornecimento de fuelóleo, gasóleo, lubrificantes, gás natural GPL e Galp Frota. O contrato envolveu a construção, a remodelação e o licenciamento de quatro posições de gasóleo nas fábricas do Grupo. Para o cliente, a Galp Energia “é um excelente parceiro nas várias vertentes do seu negócio”, estando inclusivamente em negociação com a Galp Power para o fornecimento de energia elétrica. O Grupo Montalva tem uma frota de ligeiros de mais de 100 viaturas e uma frota de pesados de mais de 30 camiões, além de várias máquinas e equipamentos industriais que necessitam de combustíveis e lubrificação. “Verificámos que a qualidade dos produtos Galp afeta muito a qualidade dos nossos serviços, assim como a fiabilidade e a manutenção dos nossos equipamentos, daí que a tenhamos escolhido para parceira”, adianta Márcio Lança, assessor da Administração, Supply Chain e Operações. Além de parceira no fornecimento de combustíveis, a Galp Energia é também parceira da Montalva no campo da inovação. Ao abrigo do programa Galp 20-20-20, um bolseiro do Instituto Superior Técnico está a realizar um estudo sobre eficiência energética na sede do Grupo, no Montijo. Na sequência da aquisição da Montebravo, o Grupo Montalva tornou-se o maior produtor nacional do setor das carnes. Depois desta compra, o até aqui conhecido como Grupo MIF passou a reunir marcas emblemáticas do setor agroalimentar, como Izidoro, Damatta, Montalva, DIN, Intergados e Progado. Neste momento, a empresa tem uma operação integrada que contempla desde a criação e nutrição animal até à produção e comercialização de carnes e derivados, e atua quer em Portugal, quer no mercado internacional. Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp, em Publicações/Magazine em português – Desenvolvimento de artigos.

Carlos Mota Presidente do Conselho de Administração/CEO do Grupo Montalva

Marcas e produtos Área de negócio Produção Animal Intergados Área de negócio Nutrição Animal Progado e DIN Área de negócio Carnes Montalva Área de negócio Charcutaria Damatta e Izidoro Unidades industriais Produção animal 35 explorações (todo o país, em especial Alentejo e Centro) Nutrição animal 3 unidades (Santa Comba Dão, Rio Maior e Arcozelo) Carnes e charcutaria 7 unidades (Milharado, Venda do Pinheiro, Montijo, Sardoal, Envendos, Torres Novas e Santarém) Vendas agregadas 240 milhões de euros Vendas consolidadas 168 milhões de euros Número de colaboradores Mais de 1000


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Descarga número 200 no Terminal Oceânico Galp Leça A efeméride foi assinalada com a colocação de uma placa comemorativa à entrada do terminal de petroleiros.

monoboia

LEIXÕES descarga

200

Nos dias 14 e 15 de maio de 2012, efetuou-se a descarga número 200 na monoboia de Leixões, no Terminal Oceânico Galp Leça (TOGL). O navio-tanque Olib foi o “contemplado”, recebendo, na pessoa do seu comandante, um póster alusivo a esta comemoração. A efeméride foi também assinalada com a colocação de uma placa comemorativa à entrada do terminal de petroleiros. O patamar atingido com o número 200 traduz bem a importância desta unidade para a Galp Energia. O número de descargas efetuadas até ao momento e a relevante redução dos tempos de espera dos navios são as provas evidentes de que o TOGL está vivo e é parte ativa e significativa dos objetivos da Galp Energia. Decerto ninguém poderá ignorar as dificuldades encontradas para manter este terminal operacional e que resultam da

sua exposição ao “mar aberto”, mas são essas adversidades e os caminhos encontrados para as ultrapassar que servem de estímulo a todos os que, direta ou indiretamente, estão envolvidos neste projeto. Há ainda a realçar o facto de, no período que mediou o arranque da monoboia até à presente data, não se terem registado quaisquer acidentes, assinalando-se apenas algumas pequenas avarias causadas pelas condições violentas do mar, reparadas em tempo útil. Resta desejar que o TOGL continue a trabalhar em pleno, que Neptuno seja benevolente com o nosso “Atlântico Norte”, mormente nesta área de Leixões, que muitos outros navios continuem a demandar este terminal e que o navio número 1000 venha a ser uma realidade no futuro, com continuidade no tempo.


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Sísmica 3D na bacia do Alentejo

A Galp Energia termina a maior radiografia que alguma vez se realizou ao subsolo aquático da bacia do Alentejo. A área abrangida totaliza 986 quilómetros quadrados. Terminou no dia 3 de maio a campanha de aquisição sísmica a três dimensões (sísmica 3D) na bacia do Alentejo. Os dados adquiridos irão agora ser processados pelo consórcio de exploração, constituído pela Petrobras e pela Galp Energia, um processo crucial para a passagem à fase seguinte de exploração, que implica a realização de um poço. A aquisição sísmica no bloco Santola começou ainda em 2011, mas teve de ser interrompida em novembro devido ao estado do mar, não tendo sido possível realizar o levantamento de toda a área inicialmente prevista. Retomada no início de abril, a campanha terminou agora, com uma abrangência de 792 quilómetros quadrados, como originalmente planeado. A sísmica 3D na bacia do Alentejo começou no bloco Gamba em agosto de 2011, tendo abrangido uma área total de 986 quilómetros quadrados. Os resultados da interpretação e a integração de todos os dados existentes permitirão ao consórcio fazer a maturação dos prospetos identificados e decidir, no final do ano, sobre a passagem à fase seguinte de exploração. Esta fase tem início em 2013 e implica a realização de um poço de exploração. Aquisição sísmica 2D e 3d na bacia do Alentejo

Bacia alentejana Consórcio Galp Energia (50%) Petrobras (operador, 50%) Área 9099 km2 Tipo Águas ultraprofundas

986 2 KM

Profundidade da água 200 a 3000 metros

Exploração petrolífera em Portugal A Galp Energia reiniciou as suas atividades de exploração e produção em Portugal no ano de 2007 com a assinatura de dois contratos de concessão com o Estado português para explorar sete blocos, divididos em duas bacias: a bacia de Peniche e a bacia alentejana. As concessões para a bacia do Alentejo foram atribuídas por um período de oito anos para a fase inicial e por um período de 30 anos para a fase de produção, com possibilidade de prolongamento por 15 anos adicionais. Durante os primeiros oito anos nos blocos concessionados, o consórcio obriga-se a efetuar trabalhos de aquisição de linhas sísmicas e a fazer a sua respetiva interpretação, bem como a realizar poços de exploração. Se estes trabalhos produzirem resultados positivos, ou seja, se se descobrirem acumulações de hidrocarbonetos com valor comercial, o consórcio passará à fase de produção. Em 2010, na sequência da saída da Tullow Oil, anterior operadora do consórcio, a Petrobras passou a deter uma participação de 50% naquela bacia, assumindo a operação do consórcio. A Galp Energia aumentou igualmente a sua participação de 10% para 50%, reforçando a sua aposta na exploração petrolífera em Portugal.


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Sistema

mygalp empresa

A biodiversidade expressa-se em vários níveis: o da variabilidade genética dentro de uma mesma espécie (o mais fino e pequeno), o da diversidade de espécies, e o da variedade de ecossistemas (o maior e mais inclusivo). Todos estes níveis permitem diversificar e enriquecer um conjunto de serviços naturais fundamentais à vida humana e ao equilíbrio do planeta, desde a produção de alimentos, matérias-primas e ativos farmacêuticos à regulação do clima, do ar e das doenças, passando pelo benefício da fruição estética e recreativa do meio ambiente. O domínio antropogénico sobre a natureza tem desde há muito provocado a degradação dos ecossistemas e a perda de diversidade biológica. Os modelos económicos atuais dependem fundamentalmente do capital natural, e a sua perda gradual levará, inevitável e fatalmente, ao colapso das economias tal como as conhecemos, obrigando a uma reconstrução paradigmática da nossa forma de estar e de interagir com o planeta. Reconhecendo a urgência de travar perdas que tantas vezes nem sabemos quantificar, o mundo despertou para a necessidade de atuar, e são já uma realidade os instrumentos de conservação da biodiversidade. De entre todos os argumentos para o reconhecimento da importância da conservação da biodiversidade no quadro das atividades das organizações, o primeiro e primário será o moral. Por outras palavras, conservar a biodiversidade é a atitude correta. Mas na verdade não é só a consciência que se tranquiliza. Conservar a biodiversidade é minimizar os

Um instrumento fundamental para a conservação da biodiversidade riscos e maximizar as oportunidades. O Sistema G+, constituindo a ferramenta primordial de gestão do desempenho nos campos da segurança, da saúde e do ambiente na Galp Energia, oferece os instrumentos de gestão, os procedimentos e as práticas a adotar ao longo do ciclo de vida das atividades, garantindo a conservação da biodiversidade. Efetivamente, muitos dos 22 elementos do referencial do Sistema G+ consagram explicitamente – e, nos outros casos, implicitamente – a biodiversidade, os recursos naturais e os respetivos serviços. Sempre que falamos em ambiente estamos também a falar de biodiversidade. Quando falamos de segurança estamos também, tantas vezes, a falar de ambiente. Porque a conservação do ambiente depende da segurança com que desenvolvemos as nossas atividades. Estamos confiantes de que temos instituídas as ferramentas necessárias para não lamentarmos amanhã o crescimento de hoje. Cresçamos, portanto, com respeito pelos valores do nosso planeta, que são tanto nossos como dos nossos filhos e dos filhos deles. Porque, como diz Miguel de Unamuno, “somos mais pais do nosso futuro do que filhos do nosso passado”. Para sistematizar a aplicação do Sistema G+ na gestão da biodiversidade e instituir um referencial de atuação na gestão da biodiversidade na Galp Energia, o AQS Corporativo publicou recentemente o Guia de Boas Práticas para a Gestão da Biodiversidade, que se faz acompanhar de um folhetosíntese da relação do Sistema G+ com a biodiversidade.


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Grande Prémio APCE 2012

Galp Energia distinguida entre os melhores

A Galp Energia ganhou três prémios Excelência em Comunicação, atribuídos pela Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa (APCE). Distinguida com o prémio Ação de Formação, concedido à Academia Galp Energia, com o prémio Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial, atribuído ao livro O Nosso Tempo – Uma História da Galp Energia, e com o prémio Campanha de Comunicação de Responsabilidade Social, concedido à Missão UP – Unidos Pelo Planeta, a Galp Energia vê assim reconhecido o seu esforço para promover uma comunicação de excelência. O Grande Prémio APCE 2012 – Excelência em Comunicação tem por missão distinguir a excelência nas estratégias de comunicação organizacional, estimulando, reconhecendo e divulgando as iniciativas dos profissionais desta área. Nesta edição, o concurso envolveu 141 trabalhos e 58 organizações, tendo a cerimónia de entrega de prémios sido realizada em Lisboa, na sede da Lusitânia Seguros. Com o prémio Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial, foi destacada a importância que a empresa atribui à valorização e preservação das suas memórias e à recuperação do seu património histórico. Com a distinção atribuída à Academia Galp Energia, pelo segundo ano consecutivo, foi uma vez mais reconhecido o esforço que tem sido feito para proporcionar uma formação avançada aos quadros da empresa. Com a atribuição do prémio da Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa à Missão UP, foi publicamente confirmado o valor deste projeto. Graças ao empenho de colaboradores voluntários, que desde 2011 lecionam sobre energia nas escolas dos filhos, foi possível disseminar o projeto Missão UP por todas as escolas do país.

A Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa premeia a excelência nas estratégias de comunicação organizacional. a Galp Energia no Grande prémio APCE 2007 Venceu na categoria Intranet e obteve a distinção de Mérito no Blogue de Comunicação. 2009 Venceu na categoria Identidade Corporativa e obteve a distinção de Mérito na Campanha de Comunicação de Responsabilidade Social e na categoria Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial 2010 Obteve a distinção de Mérito na Campanha de Comunicação Institucional e no Relatório de Gestão. 2011 Venceu na categoria Ação de Formação e obteve a distinção de Mérito nas categorias Campanha de Comunicação de Responsabilidade Social, Relatório de Gestão, Publicação Interna, Boletim e Newsletter, Webletter, Website e Hotsite. 2012 Venceu nas categorias Responsabilidade Histórica e Memória Empresarial, Ação de Formação e Campanha de Comunicação de Responsabilidade Social. Obteve a distinção de Mérito nas categorias Boletim e Newsletter, Webletter (2), Relatório de Gestão, Publicação Interna, Intranet, Campanha de Comunicação de Responsabilidade Social, Capa e Evento Especial.


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Comité Paralímpico de Portugal

f

mygalp fundação

Fundação apoia atletas paralímpicos Em ano de Jogos Paralímpicos, a Fundação Galp Energia, patrocinador principal do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), reforça o seu apoio aos atletas paralímpicos. Em Londres, Portugal está presente em cinco modalidades: atletismo, boccia, equitação, remo e natação. Numa iniciativa promovida pelo CPP, a 30 de junho celebrou-se o Dia Paralímpico, no Parque da Cidade, em Loures. O evento contou com a presença de vários atletas, que conviveram com o público e dinamizaram atividades de divulgação

das modalidades paralímpicas. O Dia Paralímpico vem reforçar uma vez mais os princípios de promoção e difusão do Movimento Paralímpico em Portugal, em plena sintonia com os valores de integração e igualdade que movem o Comité. Com início marcado para 29 de agosto, os Jogos Paralímpicos 2012 prometem ser os mais competitivos de sempre. É esperado que a cidade de Londres receba mais de quatro mil atletas paralímpicos, oriundos de cerca de 160 países, naquela que será a maior edição desta competição.

Património fundação Galp Energia Túlio Vitorino Rossio à Noite Óleo sobre madeira 99 x 72 cm

Serviço Educativo da Casa da MúsicA

Instrumentos especiais animam Dia da Criança O Serviço Educativo da Casa da Música, do qual a Fundação Galp Energia é mecenas, celebrou o Dia Mundial da Criança com muita criatividade. O espetáculo Verne – 20 Mil Músicas Submarinas, inspirado na obra Vinte Mil Léguas Submarinas, de Júlio Verne, maravilhou as duas mil crianças presentes neste concerto muito especial. Com o apoio da Fundação e da refinaria de Matosinhos, a sala Suggia da Casa da Música transformou-se

num oceano improvisado quando os instrumentos feitos a partir de diversos materiais e resíduos fabris recolhidos na refinaria começaram a produzir sons. A Fundação agradece a todos os colaboradores da refinaria de Matosinhos por terem participado nesta iniciativa do Serviço Educativo, apoiando a Casa da Música no seu objetivo de lançar um olhar inovador sobre a Cultura.


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Clube Galp Energia Núcleo NORTE

Requalificação da área social e da sede O ginásio, cuja inauguração se prevê para o final de 2012, terá todas as condições para albergar eventos desportivos, exposições e outros acontecimentos lúdicos. Hoje, tal como no passado, a prioridade da atuação do Clube Galp Energia Norte é a requalificação calendarizada e estruturada dos seus equipamentos, qualquer que seja o fim a que se destinem. Nesta linha de ação, a requalificação da área social e da sede do Clube constituiu uma grande aposta do núcleo Norte. Queremos que todos quantos nos procurem beneficiem de boas condições. Uma das referências deste nosso trabalho será também o ginásio – um equipamento social e desportivo de invulgar qualidade e excelência, projetado para ser inaugurado no final do segundo semestre do corrente ano. É nosso desejo que este espaço contribua para a promoção da prática da atividade física, pois terá todas as condições para albergar eventos festivos e desportivos, exposições e outros acontecimentos lúdicos. O Clube Galp Energia Norte conquistou por direito próprio um

espaço importante dentro da empresa, em grande medida devido ao dinamismo evidenciado nos planos externo (parcerias) e interno (atividades) e à confiança em nós depositada por aqueles que utilizam as nossas infraestruturas. Temos de pensar e de atuar como um clube que abrange diversos domínios, uma vez que começamos a ter competências que nos diferenciam positivamente. Sabemos que o presente e o futuro das nossas atividades passam pelo trabalho de estimular a nossa cultura. Como a comunicação é hoje fundamental para o crescimento de qualquer organização, aderimos à rede social Facebook. Agora um novo passo será dado rumo ao futuro. Visite-nos em www.clubegalpenergianorte.com e siga-nos no Facebook.

Saiba mais sobre as atividades do Clube Galp Energia no seguinte endereço: http://www.clubegalpenergia.com


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ESPECIAL

UM PAÍS DE CONTRASTES texto | fotografia PEDRO NOVO


As praias paradisíacas de Goa enchem os olhos de quem as percorre.

ÍNDIA

Pedro Novo Técnico de Projetos e Análise de Redes Lusitaniagás

Com um espírito de aventura e descoberta, parti com um amigo rumo a Bombaim. Mais do que somente visitar um país e tomar contacto com a sua cultura, o nosso objetivo era sentir a verdadeira Índia, invisível ao turista ocidental, por isso fomos sem reservas de hotéis e sem bilhetes pré-comprados. A única coisa que tínhamos era o bilhete de ida e volta de avião, que nos garantia a partida e o eventual regresso. O choque cultural em Bombaim foi inevitável. Mesmo assim percorremos a cidade de todas as formas possíveis. A pé, de comboio como sardinhas em lata, em loucas viagens de táxi ou de tuk-tuk (minitáxi), andámos pela parte antiga, pelos subúrbios e até pela selva, interagindo com os habitantes que alegremente nos recebiam e interpelavam. Após quatro dias intensos na quarta cidade mais populosa do mundo, decidimos arriscar a viagem até Varanasi. A arquitetura da Cidade dos Mortos, como é conhecida, é constituída por centenas de templos budistas, hinduístas e de outras religiões. Numa placa lia-se: “Se vens para morrer, és bem-vindo, senão podes voltar para trás.”

No início sentimo-nos perdidos e desconfortáveis, mas depois tudo se transformou. Graças aos anfitriões indianos, percorremos ruas com pouco mais de um metro e meio de passagem. Vacas sagradas, cães vadios e secos, e humanos moribundos caminhavam em direção ao Ganges, o rio sagrado para onde são levados os mortos depois de cremados, e onde as preces, as danças, os uivos e as festas religiosas diárias fazem parte do ritual que faz mexer esta cidade. Depois fizemos uma pausa em Goa, onde percebemos porque se diz que a Índia é um país de contrastes. As praias paradisíacas de Goa enchem os olhos de quem as percorre. A água cristalina e quente a passar por entre palmeiras e casas de madeira é um quadro perfeito – e para nós era merecido. O regresso parecia irreal, provocando-me uma certa tristeza por ter de deixar um país tão puro e genuíno. A pobreza, essa pobreza que não estamos habituados a entender, é um modo de vida, que os indianos vivem sem amargura, partilhando o pouco que possuem. São um exemplo para nós ocidentais, habituados a ter tudo aos nossos pés. Um país que ficará para sempre na minha memória.

Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp, em Publicações/Magazine em português – Desenvolvimento de artigos.

Área total 3 287 590 km² População 1 210 193 422 hab PIB US$ 4,469 TRILIÕES PC US$ 3703 Língua oficial Hindi, inglês (e mais 21 línguas nacionais) Zona Horária IST (UTC+5:30) Principais exportações derivados de petróleo alguns produtos têxteis pedras preciosas, Software engenharia de bens produtos químicos peles e couros Sistema Político república Moeda rúpia indiana Capital nova deli Cidade com mais população bombaim Fronteiras Paquistão, China, Nepal, Butão, Bangladesh, Mianmar, Golfo de Bengala e Mar da Arábia A NÃO PERDER Praias de Goa Taj Mahal, Agra Forte Vermelho, Agra Forte Amber, Jaipur Templos de Khajuraho


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sugestão mygalp ENOTURISMO

Monte da Ravasqueira António Rede Sousa Gestor de Cliente Meios de Pagamento Monte da Ravasqueira 7040-121 Arraiolos Telefone 266 490 200 www.ravasqueira.com N 38° 44’ 47’’ W 8° 00’ 28’’ Marcações Tiago Correia Tel.: 266 490 200 Fax: 266 490 219 Telem.: 91 304 101 17 tmcorreia@ravasqueira.com

Apresentando esta página no Monte da Ravasqueira, tem direito à prova de dois vinhos e a uma visita ao Museu da Atrelagem. Sugere-se marcação prévia.

A pouco mais de uma hora de distância de Lisboa, nas imediações de Arraiolos, encontramos um dos mais interessantes projetos de enoturismo do Alentejo, o Monte da Ravasqueira, o qual, integrado na vasta e típica paisagem alentejana, testemunha o compromisso, assumido há dez anos, de produzir vinhos de elevada qualidade que espelhem a riqueza da região, a sua história e o seu ambiente natural único. Ligado à família José de Mello há várias gerações, o Monte da Ravasqueira possui muitos e bons argumentos para uma deslocação, que se sugere programada e previamente marcada. Só assim é possível tirar o melhor partido dos vários programas disponíveis, cuja duração pode ir de uma hora a um dia inteiro. Visitas às vinhas e adega, provas e cursos de vinhos, almoços e jantares de gastronomia típica regional, de comer e chorar por mais, são alguns exemplos. Além dos programas disponíveis relativos ao vinho e à gastronomia, há também a possibilidade de organizar passeios de bicicleta ou de balão, piqueniques e ações de team bulding, sem esquecer um dos segredos mais bem guardados, e que justifica só por si a viagem: a imponente coleção particular de atrelagens. Uma visita a este museu privado, distribuído por duas grandes salas, único em Portugal, é uma boa forma de relembrar a conquista, em 1996, do Campeonato do Mundo de Atrelagem por quatro cavalos puro-sangue lusitanos da coudelaria do Monte da Ravasqueira. Para que a memória da visita perdure no tempo, sugere-se uma passagem pela loja, para comprar alguns dos vinhos tintos, brancos e rosés que são comercializados em Portugal e nos mercados de exportação sob as marcas MR flavours, Monte da Ravasqueira, Fonte da Serrana, Calantica e Prova. Os preços são convidativos.


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sugestão mygalp LIVROS

Lançamento do livro Aprender a Crescer Sensibilizar as crianças para o voluntariado é apostar na construção de uma sociedade mais equitativa.

seleção

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LIVRO DIOGO MARTINS Planeamento Estratégico

Anatomia dos Mártires JOÃO TORDO Anatomia dos Mártires, de João Tordo, conta-nos a história de um jornalista jovem e ambicioso que, num artigo sobre mártires religiosos, estabelece analogias com a história de Catarina Eufémia – ícone revolucionário do PCP, mas de quem, na verdade, pouco sabe. Surpreendido pelas reações de indignação por parte dos leitores, e perante vários acontecimentos daí decorrentes, decide investigar a vida de Catarina. Um romance fascinante, que recria o ambiente político e social de Portugal durante o salazarismo, traçando paralelismos com a atual crise e discorrendo sobre mitos versus factos e sobre a apropriação de mártires para fins políticos.

filme inês fILIPE DAI – Comunicação Interna

Intouchables – Amigos Improváveis ERIC TOLEDANO, OLIVIER NAKACHE Arrisco-me a dizer que é o melhor filme de comédia de sempre, porque não cai no exagero e simultaneamente nos emociona. Neste filme, assistimos ao cruzar de dois universos totalmente díspares. Mas é essa disparidade que vai unir duas pessoas e fazer nascer uma amizade louca, divertida e improvável. Podemos aprender que por vezes quanto mais importância damos às diferenças, maiores elas são. Todos somos diferentes, mas há que ter a capacidade de ver para além das diferenças.

Foi lançado no passado mês de junho o livro Aprender a Crescer – Voluntariado Contado às Crianças. A iniciativa, que fechou o ciclo do projeto “Somos Solidários”, contou com a participação da Galp Voluntária, que viu duas histórias dos seus voluntários publicadas nesta edição. Criado em 2011 pelo GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial, o desafio foi lançado aos colaboradores das empresas suas associadas no âmbito do Ano Europeu do Voluntariado. A Galp Energia agarrou a oportunidade e, através da Galp Voluntária, dirigiu-o aos seus colaboradores. O livro agora publicado é dirigido a crianças dos 6 aos 10 anos e visa sensibilizar os mais novos para a temática do voluntariado e para valores importantes como a solidariedade, a partilha, o voluntariado, entre outros. Tem duas capas invertidas. De um lado, as histórias de colaboradores de empresas que contam o voluntariado às crianças, com prefácio da escritora Alice Vieira. Do outro lado, as histórias das crianças de instituições sociais com que o GRACE trabalha e que contam a sua própria visão do voluntariado, com prefácio da presidente do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado, Elza Chambel.

MÚSICA FERNANDO NAVES Refinaria de Sines – Performance e Planeamento de Produção

The Best of Nick Cave & The Bad Seeds NICK CAVE O australiano Nick Cave é muito mais que um cantor e compositor de exceção. Tendo sabido sempre rodear-se de músicos e de vozes extraordinárias, Nick Cave tem o dom de transmitir sensações através dos seus poemas. Embora correndo o risco de deixar de fora bons álbuns, não tive dúvidas em escolher The Best of Nick Cave & The Bad Seeds, de 1998, não só pela riqueza das músicas, mas também por ser uma coletânea de trabalhos escolhidos pelos músicos da banda. Ouvir The Best of Nick Cave & The Bad Seeds é como percorrer a história relevante deste extraordinário músico-compositor e da sua banda.


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Cumprimentar ou não cumprimentar? Eduardo Guedes de Oliveira DAI – Representação Institucional

O cumprimento em ambiente profissional continua a ser o aperto de mão. Contudo, o protocolo do cumprimento deve respeitar os princípios religiosos e culturais dos distintos povos com que nos relacionamos. Ao longo da minha vida profissional, as muitas iniciativas em que tenho estado envolvido têm-me levado a lidar com as mais diversas situações e realidades culturais. Este pequeno texto descreve um episódio vivido nesse contexto. Numa receção da Embaixada do Irão, um representante de uma importante empresa nacional, apesar de ter sido sucessivamente avisado para não o fazer, depois de cumprimentar e saudar o embaixador, dirigiu-se à embaixatriz e deu-lhe “um grande bacalhau”. Este comportamento levou a senhora a ficar extremamente constrangida e o diplomata iraniano a demonstrar o seu profundo desagrado (se os olhos deitassem fogo, o interlocutor da embaixatriz teria saído verdadeiramente queimado da receção). Aparentemente, o indivíduo desconhecia que não se cumprimenta uma mulher muçulmana se não for ela a tomar a iniciativa. Na maior parte dos casos e em situações em que as mulheres se apresentam vestidas com trajes tipicamente muçulmanos e cobertas com hijab, um leve inclinar de cabeça é suficiente como cumprimento. Esta situação poderá ter acarretado alguns problemas para a empresa em causa, já que, ao comportar-se de forma “atrevida” e despropositada, este representante poderá ter demonstrado desrespeito para com o mais alto dignitário daquele país em Portugal. Estabelecer relações pessoais e de confiança com vista a negociações posteriores exige da parte dos portugueses disponibilidade de tempo e abertura de espírito para respeitar outras culturas e formas de estar e de pensar. Ao protocolo empresarial cabe este papel essencial de instituir um código de conduta que reja o comportamento das pessoas, quer em contexto formal, quer em situações do dia a dia.


mygalp magazine 17 jul • AGO 2012

1 visão

MANUEL FERREIRA DE OLIVEIRA

O clima organizacional da Galp Energia Na Galp Energia desenvolvemos, de forma consistente e desde 2009, um questionário de clima baseado em sete grandes fatores, alinhados com os nossos valores e com os desafios da presente década: clareza, compromisso de equipa, flexibilidade, formação, recompensa, responsabilidade e níveis de exigência.

0 2 NOS BASTIDORES

2 José Motta

editorial RITA MACEDO

25 responsabilidade corporativa Liderar a unidade de Lubrificantes Grande Prémio APCE 2012

DESTA EDIÇÃO

03 opinião Maria da CONCEIçÃO ZAGALO Será que a reforma tem idade? 04 destaques

factos mais relevantes

5 Unidade de recuperação de enxofre 10800

Novo programa Fast

Campanha “Faça mais por menos” 6 Refinaria de Sines – Galp Energia inaugura centro de investigação

NOVOS DESAFIOS

1932 – Contadores de Gás

2012 – Contadores de Gás

12 inside

Instrumentos especiais animam Dia da Criança

14 entrevista

27 clube Requalificação da área social e da sede

a poupança vista de casa PAULO LOPES HENRIQUES Valores organizacionais – Os pilares de toda a gestão de uma empresa

16 capa Clima organizacional 19 negócios

Lojas de atendimento Gas & Power

Motivação na Internacional Oil

II Convenção Comercial Galp Energia

07 responsabilidade social Grupo Montalva aposta Missão UP – Segunda edição nos produtos Galp Energia termina em festa Descarga número 200

0 8 história mANUELA MENESES A grande revolução nos Lubrificantes

26 fundação Fundação apoia atletas paralímpicos

no Terminal Oceânico Galp Leça

Sísmica 3D na bacia do Alentejo

SISTEMA G+

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28 viagem Pedro Novo ÍNDIA – UM PAÍS DE CONTRASTES 30 sugestão sabores Monte da Ravasqueira ENTRETENIMENTO Aprender a Crescer seleção livro, filme, música 32 raio-x Eduardo Guedes de Oliveira Cumprimentar ou não cumprimentar?

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1940 Os primeiros

passos…

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Diretora Rita Macedo Gestão de conteúdos Rita Sousa Editor de fotografia Manuel Aguiar Fotografias Manuel Aguiar Colaboram nesta revista Ana Antunes, António Sousa, Cátia Henriques, Conceição Zagalo, Cristina Pinto, Diogo Martins, Eduardo Guedes de Oliveira, Fernando Naves, Filipa Ferreira, Francisco Lima Aires, Graça Barreto, Hugo Faria, Inês Filipe, Isabel Oliveira, Joana Rodrigues, João Albuquerque, João Carlos Ferreira de Lima, José Martins Henriques Castro, José Motta, Luís Santos, Manuel Andrade, Manuela Magalhães, Margareth Platzgummer, Margarida Boavida Ferreira, Margarida Campos, Marta Figueiredo, Marta Rodrigues, Nicole Ribeiro, Olga Basílio, Paulo Lopes Henriques, Paulo Rua Pedro Leite, Pedro Novo, Rita Simas, Rui Costa, Sandra Aparício, Sérgio Romão, Sofia Carvalho, Suzana Barreto, Teresa Fonseca, Vasco Ferreira, Vera Gaspar. Também colaboram nesta edição Conceição Candeias e Teresa Resende (edição e revisão), Henrique Cayatte Design, com a colaboração de Mónica Lameiro, Manuel Cluny (design) e Ana Machado (produção), Anyforms (infografia) Ilustrações suplemento: Graça Pereira da Cruz para o livro Aprender a Crescer – Voluntariado Contado às

Em Portugal refina-se já o petróleo e os seus derivados. Uma organização modelar, visitada pela Imprensa. O Conselho de Administração da Sociedade Anónima Concessionária da Refinação de Petróleos em Portugal, vulgo SACOR, teve a gentileza de convidar a Imprensa a visitar as suas instalações em Cabo Ruivo, junto ao Tejo. Para tal, colocou à disposição dos jornalistas automóveis particulares, nos quais seguiam discretamente engenheiros e técnicos, que tinham a missão de elucidar os convidados sobre o que iriam ver. Decididamente o nosso Portugal é riquíssimo, tanto pelo seu solo, como pelas faculdades de trabalho que existem no nosso operário. Foi esta a impressão que colhemos da visita às importantes dependências da SACOR. Após a pequena viagem que fizemos [...] chegamos a Cabo Ruivo. [...] Segue-se um pequeno alto, para que todos se espojem dos seus isqueiros e fósforos, evitando assim alguma distração de fumador. Fraciona-se em pequenos grupos a comitiva e principia a visita às instalações, onde em todos os pequenos pormenores, os jornalistas são informados por solícitos engenheiros da Empresa. No seu discurso, Martin Sain refere que “não há mérito algum, para nós, neste resultado. Desde a direção até aos mais simples operários, não fizemos mais do que cumprir o nosso dever. Mas se algum título queremos reivindicar, é o de termos posto toda a nossa alma na realização desta obra que enriquece o património económico português com uma nova e importantíssima indústria”. Deixámos a futura “Cidade Industrial” de Cabo Ruivo, gratos por tantas gentilezas do seu pessoal diretivo, plenos de satisfação e certos de que obras como a da SACOR elevarão Portugal ao nível daquilo que merece e é capaz.

Crianças Tiragem 9000 exemplares Periodicidade Bimestral Depósito legal 286693/08 Galp Energia Rua Tomás da Fonseca, Torre A, 1600-209 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 21 724 25 00 Fax: (+351) 21 724 29 76 e-mail: comunicacao.interna@galpenergia.com Capa Torres Galp Energia Fotografia Manuel Aguiar

Excerto do artigo “Os primeiros passos...” publicado na Gazeta dos Caminhos de Ferro, n.º 1252, de 16 de fevereiro de 1940.


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CLIMA ORGANIZACIoNAL

CLAREZA COMPROMISSO DE EQUIPA FLEXIBILIDADE FORMAÇÃO RECOMPENSA RESPONSABILIDADE NÍVEIS DE EXIGÊNCIA

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JUL • AGO 2012


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