mygalp magazine 16 portugues

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MAI • JUN 2012

GALP ENERGIA LIDERA EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

PARCERIAS COM COMUNIDADE CIENTÍFICA POSICIONAM EMPRESA NA LIDERANÇA DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

ELETRICIDADE

GALP ENERGIA INICIA COMERCIALIZAÇÃO DE ELETRICIDADE

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mygalp magazine 16 MAI • JUN 2012

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visão MANUEL FERREIRA DE OLIVEIRA

INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO NA GALP ENERGIA A Inovação foi sempre a primeira das causas do progresso da qualidade de vida verificada ao longo da história humana. Sem inovar em processos e/ou produtos, a sociedade em que vivemos seria extremamente monótona: tudo continuaria sempre igual. Uma empresa que não inove fica paralisada no tempo e o seu destino óbvio é desaparecer. 02

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O QUE É PARA MIM COMUNICAÇÃO INTERNA

1960 NAVIO-TANQUE SACOR

editorial RITA MACEDO

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2012 NAVIO-TANQUE SACOR II

opinião SEBASTIÃO FEYO DE AZEVEDO A INOVAÇÃO E AS RELAÇÕES ENTRE O MEIO EMPRESARIAL E AS UNIVERSIDADES destaques FACTOS MAIS RELEVANTES GALP

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inside A POUPANÇA VISTA DE CASA

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entrevista VANDA GONÇALVES LOGICA — UM PARCEIRO PARA A ÁREA TECNOLÓGICA

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capa GALP ENERGIA APOSTA EM I&D PARCERIAS COM A COMUNIDADE CIENTÍFICA

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negócios GALP 20-20-20 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM REDE

PETROGAL MOÇAMBIQUE CONGRESSO GEOCIÊNCIAS NA CPLP

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INÍCIO DO COMEX XXV JORNADAS DE ENGENHARIA QUÍMICA

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NOVOS DESAFIOS

ENERGIA POSITIVA PARA A SELEÇÃO responsabilidade social ÁREA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL REFORÇA PARCERIA história MARIA JOSÉ ESTEVES A CHEGADA DA INFORMÁTICA TERESA FORMIGA UMA VIDA FEITA DE DESAFIOS

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responsabilidade corporativa GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA

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fundação UM ANO A DIVULGAR BOAS PRÁTICAS

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clube CLUBE GALP ENERGIA NÚCLEO CENTRO

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viagem MANUEL AGUIAR MARROCOS E O DESERTO AQUI TÃO PERTO

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sugestão SABORES ADEGA DE SÃO NICOLAU

CONCURSO “MAIS ENERGIA”

ACREDITAÇÃO DO NIDIN AS A TEAM ENCONTRO INTERNACIONAL OIL GALP ENERGIA INICIA COMERCIALIZAÇÃO DE ELETRICIDADE VALOURO REAFIRMA CONFIANÇA NA GALP ENERGIA

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© Stock.XCHNG

ENTRETENIMENTO OS LUSÍADAS PARA GENTE NOVA

MODELAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS FRATURADOS

SELEÇÃO LIVRO, FILME, MÚSICA

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raio-x BAYAN FERREIRA OS MEUS AGRADECIMENTOS AO KGB BERNARDO FERREIRA LIMA AS ABELHAS “QUASE” AFRICANAS BERNARDO FERREIRA LIMA

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AS ABELHAS

“QUASE” AFRICANAS 14 25

Diretora Rita Macedo Gestão de conteúdos Ana Margarida Pereira Editor de fotografia Manuel Aguiar Fotografias Manuel Aguiar Colaboram nesta revista Alexandre Teixeira, Ana Antunes, Carlos Bayan Ferreira, Filomena Dantas Vilela, Inês Feyo, Joana Rodrigues, João Albuquerque, João Nuno Mendes, João Paulo Horta, José Castro, Lúcia Rebelo, Luís Sousa Fernandes, Maria Clara Parada, Maria João Trindade, Marisa Alves, Marta Figueiredo, Miguel Batista, Nicolle Fernandes, Nuno Moreira da Cruz, Paulo Rua, Rita de Sousa, Rita Martins, Rita Santos, Ruben Eiras, Rute Gonçalves, Sandra Pacheco, Sandra Paes, Sara Montenegro, Sebastião Feyo de Azevedo, Sérgio Esperancinha, Sérgio Machado, Sérgio Pinheiro, Sofia Carvalho, Susana Maricato, Teresa Formiga, Vanda Gonçalves Também colaboram nesta edição Conceição Candeias e Teresa Resende (edição e revisão), Henrique Cayatte Design com a colaboração de Mónica Lameiro, Manuel Cluny (design) e Ana Machado (produção), Anyforms (infografia) Tiragem 9000 exemplares Periodicidade Bimestral Depósito legal 286693/08 Galp Energia Rua Tomás da Fonseca, Torre A, 1600-209 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 21 724 25 00 Fax: (+351) 21 724 29 76 e-mail: comunicacao.interna@galpenergia.com

ERRATA Por um erro de impressão junto encontra as respostas certas ao QUIZ da página 4 do suplemento da revista maygalp magazine n.º15 / 1-V; 2-F;3-V;4-F; 5-V;6-V;7-F;8-V; 9-F;10-F;11-V;12-F;13-V;14-V;15-F;16-F

AVENTURAS E PERIPÉCIAS DE BERNARDO FERREIRA LIMA EM BELÉM DO PARÁ, AQUANDO DO PROJETO DE PLANTAÇÃO DE PALMARES DE DENDÉM

Na sua maior parte, as áreas a implantar no Projeto Belém estão “antropizadas”, ou seja, já foram desmatadas há muito tempo, e geralmente são, ou foram posteriormente, exploradas com pastagens. Muitas delas estão cobertas por vegetação arbustiva de 1,5 a 2 metros de altura, e exigem que máquinas pesadas, tipo tratores de esteiras, façam a chamada “limpeza do terreno”. É importante que o trabalho dessas máquinas seja fiscalizado pelas nossas visitas constantes, que visam analisar rendimentos e a qualidade nos trabalhos executados, bem como evitar passivos ambientais. Pelas características da vegetação, as abelhas – “primas” bravas da Apis mellifera, mas mais preguiçosas, pois pouco mel produzem – encontram ali o seu habitat temporário, deslocando-se com frequência. É assim vulgar que os tratores encontrem colmeias naturais e que as ditas habitantes façam explodir a sua raiva em cima do trator e, pior ainda, em cima do tratorista, que, protegido por uma rede, procura tirar dali o veículo e deixá-las descansadas até mudarem de poiso. Numa das minhas visitas a esse trabalho, e acompanhado pelos fiscais de turno, aproximei-me incautamente de um trator. Por infeliz coincidência, o trator tinha acabado de “varrer” um arbusto onde estava instalada uma dessas colmeias. Imediatamente as abelhas nos atacaram com toda a ferocidade das suas primas africanas, ou quase, picando braços, cabeça, pescoço... enfim, parece que sabem os nossos pontos fracos. Pernas para que te quero! Corri esbaforido na direção para que estava voltado. Senti que mais ninguém me acompanhava, mas não me preocupei na altura com esse pormenor, ocupado com as contínuas palmadas que tinha de desferir em mim próprio, na tentativa de afastar aqueles insetos tão pequenos mas tão ferozes. Depois de correr mais de 200 metros, cansei-me e parei. Pelos vistos, as ditas abelhas também tinham, felizmente, desistido! Olhei para trás e vi que todo o pessoal que me acompanhava inicialmente correra exatamente na direção oposta, e ria-se de mim. Meio chateado, pois, além da dor das picadas e do cansaço, sentia que ainda era motivo de chacota geral, ouvi então: “Então dotô, quando a gente foge das abelhas tem de sair a favor do vento e não contra o vento, senão elas não desistem!” Enfim, as minhas visitas aos trabalhos de campo repetem-se com muita frequência, mas a minha aproximação aos tratores passou a ser mais estratégica. Agora tenho sempre o cuidado de perceber de que lado o vento sopra...

Capa Central fotovoltaica do parque de estacionamento do Chão do Loureiro Fotografia Manuel Aguiar

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mygalp visão 1

Inovação e desenvolvImento na Galp enerGIa manuel ferreira de oliveira Presidente Executivo da Galp Energia

v mygalp visão

A Inovação foi sempre a primeira das causas do progresso da qualidade de vida verificada ao longo da história humana. Sem inovar em processos e/ou produtos, a sociedade em que vivemos seria extremamente monótona: tudo continuaria sempre igual. Uma empresa que não inove fica paralisada no tempo e o seu destino óbvio é desaparecer. Na Galp Energia consideramos que a cultura e prática de inovação e melhoria contínua constitui um dos nossos Valores. Todos devemos estar comprometidos a tudo fazer para apoiar o progresso e o desenvolvimento da nossa Empresa, inovando e promovendo a inovação no cumprimento das nossas responsabilidades profissionais, quaisquer que elas sejam no universo das atividades da Galp Energia. A inovação constitui uma das âncoras mais relevantes para a sustentabilidade de qualquer empresa. O nosso Relatório de Sustentabilidade 2011 dedica o seu capítulo 13 ao tema Inovação e Tecnologia. São oito páginas densas em informação que resumem o muito que na nossa Empresa se fez em Inovação e Tecnologia ao longo do ano 2011. Sugiro-lhes vivamente que leiam este capítulo e que obtenham informação complementar sobre os temas ali descritos que mais interesse lhes despertem. De tudo o que fizemos no passado recente sobre o tema desta mygalp ressalta o nosso compromisso com os programas de formação integrados na Academia Galp Energia: refiro-me concretamente aos programas FormAG (formação avançada em Gestão), EngiQ (formação avançada em engenharia Química, Petroquímica e Refinação), GeoER (formação avançada em Geo-engenharia de reservatórios) e CompeC (formação avançada em Competências Comerciais). Ainda neste contexto não posso deixar de referir as dezassete (17) teses de doutoramento a decorrer com o envolvimento ativo da Galp Energia. Os projetos de Desenvolvimento Tecnológico, muitas vezes sob a forma de projetos-piloto, são um complemento da inovação tecnológica imprescindível para a sua aplicação às escalas industrial ou comercial; no nosso Relatório de Sustentabilidade descrevem-se vários projetos desta natureza a decorrer na Galp Energia, um indicador indiscutível do nosso compromisso com o desenvolvimento de novas tecnologias aplicadas às nossas operações. Termino com o estímulo a todos os nossos colaboradores para que assumam a Inovação e Desenvolvimento Tecnológico como um dos desígnios que devemos acentuar na construção do futuro que desejamos para a nossa Empresa.

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mygalp editorial 2

o que é para mim comunicação interna

trazer a InvestIGação para a prátIca riTa maCedo Diretora mygalp magazine

Neste número da mygalp, voltamos ao tema da inovação, não apenas porque ele é relevante para a nossa empresa, mas também porque não podemos deixar de partilhar com os nossos leitores os importantes desenvolvimentos que se verificaram neste domínio ao longo dos últimos 12 meses. Na verdade, muito tem sido feito em matéria de inovação, em estreita colaboração com várias universidades do nosso país, o que reflete bem a aposta da Galp Energia no incentivo à conceção e à introdução de soluções que, além de inovadoras e sustentáveis em matéria de utilização de energia, se revelam capazes de acarretar benefícios para o negócio, bem como para os nossos clientes e para a comunidade em geral. “Inovação corresponde a trazer a investigação para a prática” – esta é uma das ideias que poderá encontrar no artigo de opinião de Sebastião Feyo de Azevedo, professor catedrático da Universidade do Porto, que realça ainda a cooperação exemplar da Galp Energia com a Universidade e o contributo destas duas entidades para o desenvolvimento do país. Para conhecer mais a fundo os projetos desenvolvidos com esta e outras universidades, leia o artigo de capa, bem como o ponto de situação que fazemos sobre o projeto Galp 20-20-20, programa que permitiu colocar bolseiros em mais de 100 empresas portuguesas, e o projeto de modelação e caracterização de reservatórios fraturados, desenvolvido no âmbito do Fórum Científico e Tecnológico de E&P. Não deixe também de ler a entrevista a Vanda Gonçalves, managing diretor da Logica, empresa de serviços de tecnologia e gestão, que apoiou a Galp Energia no desenvolvimento do portal Smart Galp. Esta solução pode ser vista em pormenor na infografia que lhe trazemos, na qual poderá observar um dos exemplos de soluções inovadoras desenvolvidas para os nossos clientes, que lhes permitirá conhecer, controlar e reduzir os consumos de eletricidade, gás e combustíveis, em tempo real e de forma muito simples. Finalmente, e porque a mygalp é uma revista feita por todos nós, lembramos-lhe que para partilhar connosco uma história de vida, ou para sugerir um restaurante, um livro que valha a pena ler ou um filme que o tenha marcado, basta enviar um mail para comunicacao.interna@ galpenergia.com. Ficamos a aguardar notícias suas! Até lá desfrute de mais este número da nossa mygalp de cima para baixo Maria Clara Parada, Paulo Rua, Miguel Batista e Sandra Paes

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magazine!

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mygalp opinião 3

SebaSTião feyo de azevedo

SebaSTião feyo de azevedo Professor catedrático da Universidade do Porto e diretor da FEUP

a Inovação e as relações entre o meIo empresarIal e as UnIversIdades Inovação é trabalho e atitude com o objetivo de desenvolver algo com valor acrescentado, seja um novo produto, uma nova tecnologia, novos modelos, ou simplesmente uma melhoria do existente. São pois diversas as atividades que podemos classificar como sendo de inovação. A inovação mais robusta assenta porém quase sempre em investigação sólida associada à perceção do real, isto é, incluindo uma perceção clara das exigências e da procura da sociedade e de um valor económico. No essencial, inovação corresponde a “trazer a investigação para a prática”. Do lado da universidade, para inovar precisamos de recursos humanos, de conhecimento e experiência, de recursos materiais, de estratégia e, definitivamente, de parcerias industriais. Do lado das empresas, importa ter visão de futuro – que passa por responder à questão “O que acontecerá se não investirmos em inovação?” – e ter, em consonância, uma política de promoção de uma cultura coletiva e

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de competências individuais em inovação. Galp enerGIa e UnIversIdade – Um modelo de cooperação A Galp Energia e a Universidade do Porto são seguramente exemplos de instituições de grande relevância para o desenvolvimento nacional que não têm dúvidas sobre o caminho a trilhar para assegurar o futuro competitivo de Portugal, a nível global – desígnio que “todos temos de desejar”. Relativamente à Galp Energia, só falo obviamente daquilo que observo, em especial da cooperação exemplar que, a vários níveis, vem mantendo com a Universidade – como exemplos que me tocam mais de perto, em virtude da minha atividade profissional, menciono a cooperação na AIPQR – Associação das Indústrias da Petroquímica, Química e da Refinação, e em particular a política de formação dos seus quadros, no âmbito do programa doutoral em Engenharia da Refinação, Petroquímica e Química, o qual entendo paradigmático no es-

Professor catedrático do departamento de engenharia Química da faculdade de engenharia da universidade do Porto (feuP). atualmente, é diretor da feuP; diretor do Programa de doutoramento em engenharia da refinação, Petroquímica e Química, em colaboração com a aiPQr – associação das indústrias da Petroquímica, Química e da refinação; membro do Conselho nacional para a Ciência e a Tecnologia; membro do Conselho Geral da eGP – university of Porto business School; membro do board of diretors da associação CeSaer – Conference of european Schools for advanced engineering. no passado recente desempenhou vários cargos académicos e de gestão a nível nacional e europeu. Tem mais de vinte e cinco anos de contratos e de diversas formas de cooperação com a indústria em projetos de i&d. Para mais informação: www.fe.up.pt/~sfeyo.

forço de colaboração entre empresas e universidades. Quanto à Universidade do Porto, e em particular a FEUP, a política que temos mantido de I&D, em cooperação estreita com as empresas, é visível através de factos – nunca na nossa história tivemos tanta capacidade instalada em inovação e desenvolvimento, e nunca tivemos tanta apetência e interesse coletivo e individual (este protagonizado por quadros jovens muito competentes) em trilhar com a indústria estes caminhos de parceria: em 2011 assinámos 140 protocolos de cooperação com empresas para formação pós-graduada, e estiveram em curso 79 projetos de I&D, sem contar com os importantes projetos desenvolvidos por investigadores da FEUP no quadro de institutos de interface, como o INESC e o INEGI. É portanto claro que entendemos que It takes two to tango. É evidente que a Galp Energia e a Universidade do Porto têm dado o seu contributo, de forma inequívoca, no quadro de estratégias assumidas, para o desenvolvimento de Portugal.

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PETROGAL MOÇAMBIQUE

Simulacro de incêndio e evacuação

1 abril a 31 maio

Na sequência de uma simulação de incêndio, os 24 colaboradores que se encontravam nos escritórios da sede da filial da Galp Energia em Moçambique foram retirados do edifício durante um exercício de evacuação. O objetivo era testar o plano de emergência recentemente implementado na empresa, verificar as condições de segurança e treinar as rotinas e os procedimentos que os colaboradores devem seguir numa situação real. O simulacro foi produzido com fumo, de maneira a testar o combate a incêndios e a verificar a capacidade de evacuação de grupo. O exercício terminou cerca de 30 minutos depois de ter soado o alarme.

Flare iii

REFINARIA

SINES FOI ACESA

Parque de Perafita certificado no SGSPaG – Sistema de Gestão de Segurança para a Prevenção de acidentes Graves visita institucional a lisboa: Galp energia recebeu secretário de estado dos recursos naturais de Timor-leste Galp energia espanha incorpora pela primeira vez biodiesel de 2.ª geração hvo no gasóleo rodoviário vi encontro internacional oil decorreu sob o tema “as a team” flare iii da refinaria de Sines foi acesa, o que permitiu o início do comissionamento das unidades da fábrica iii aliança para a Prevenção rodoviária: Galp energia promove maior consciencialização para o problema da sinistralidade rodoviária implementação do Projeto Q2C, sistema da qualidade dos gasóleos e gasolinas best leader awards: manuel ferreira de oliveira distinguido com o galardão de líder na Gestão de empresa Prémio “aPPC best awards 2012”: CrCs da Galp energia distinguidos como os melhores em 2012 na área das “utilities”

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Congresso geoCiênCias na CPLP

PetrolíFeras disCutem em Coimbra novos desaFios

As principais empresas petrolíferas a operar na CPLP estiveram reunidas em Coimbra para participar num fórum integrado no I Congresso Internacional de Geociências na CPLP. O encontro decorreu no auditório da Reitoria da Universidade entre os dias 14 e 16 de maio. Para assinalar os 240 anos de ensino e investigação em Geociências na CPLP, cuja génese esteve ligada à Universidade de Coimbra, foram apresentadas cerca de 300 comunicações sobre diversos domínios, desde a geoconservação aos recursos hídricos, passando pela geologia e pela engenharia. Manuel Ferreira De Oliveira, presidente executivo da Galp Energia, juntou-se aos representantes da Petrobras, da Sonangol, da Mohave e da Total Angola. Em discussão estiveram as novas fronteiras da exploração de petróleo no quadro da CPLP e as expectativas relativamente às atuais atividades de exploração em território português. O congresso contou com a participação de mais de 200 pessoas oriundas de todos os estados-membros da CPLP, organização que integra importantes países produtores de hidrocarbonetos, como Angola e Brasil. A Galp Energia, patrocinadora oficial do evento, esteve presente com um stand e com informação própria.

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Formação

InícIo do comeX

Programa de Formação Para ComerCiais de exCelênCia

Realizou-se em maio o COMEX – Programa de Formação para Comerciais de Excelência, que visa dotar os colaboradores das áreas comerciais das ferramentas adequadas ao contexto atual do mercado. O programa foi dividido em duas fases de dois dias cada, separadas por um intervalo de uma semana. As primeiras três turmas foram constituídas pelos responsáveis de vendas que coordenam as equipas de gestores de clientes, os quais também integraram o programa. Ao longo dos quatro dias foi abordado todo o ciclo de venda.

A DTR participou nas XXV Jornadas de Engenharia Química, realizadas no IST entre os dias 19 e 21 de março, com uma comunicação intitulada “Aspetos Complementares do Projeto de Biocombustíveis de 2.ª Geração da Galp Energia”, da autoria de Ana Margarida Caeiro, Marta Smith e José Manuel Roque. A comunicação foi integrada no painel “O Renascer da Indústria Química”, moderado pelo engenheiro Henrique Matos. Foi incluída ainda neste painel uma comunicação da Artlant dedicada aos aspetos técnicos do pré-tratamento (refinação) e da logística dos óleos vegetais destinados ao processo de hidrogenação catalítica. As intervenções foram acompanhadas da divulgação de fotografias de projetos agrícolas em que a Galp Energia participa em Moçambique.

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enerGIa posItIva para a seleção E PARA OS PORTUGUESES NO EURO 2012

Em todas as campanhas de apoio à Seleção Nacional, a Galp Energia tem dado oportunidade aos portugueses de expressarem as suas emoções, aproximando-os afetivamente dos jogadores. Em 2012, um ano economicamente desafiante, a empresa quer ir mais longe e apoiar não só a Seleção Nacional, mas também toda a população portuguesa, por isso lançou a ação “11 por Todos, Todos por 11”. A campanha começou com a criação de uma página no Facebook, “a página onde os portugueses apoiam a Seleção e a Seleção apoia os portugueses”. Como se trata de um espaço aberto destinado a “ouvir” toda a gente, entre muitos outros seguidores, a Galp Energia encontrou o Guilherme, um rapaz de 14 anos que ainda não sabe se vai ser médico ou biólogo, mas sabe que quer trabalhar em Portugal. Os seus desejos são muito claros: quer que a Seleção portuguesa utilize o seu talento para mudar a ideia errada que o mundo tem do nosso país. Dada a força da sua mensagem, o Guilherme foi convidado a ir ao estágio da Seleção para transmitir o seu desejo ao “onze nacional”. Esse momento foi gravado ao vivo, sem qualquer encenação e sem repetições. “Quisemos retirar os momentos mais genuínos deste encontro. Com o material

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gravado, montámos o nosso filme para o Euro 2012”, explica Isabel Calado. os nossos joGadores são os portUGUeses Outra das ações da Galp Energia no âmbito da campanha “11 por Todos, Todos por 11” passou pela publicação de um póster com os jogadores da Seleção vestidos com roupas de diversas profissões, representando o país. Foram ainda produzidos filmes no formato de apanhados, em que a equipa aparece de surpresa a animar portugueses de carne e osso em momentos importantes das suas vidas, como estudantes a prepararem-se para os exames ou pais nervosos pelo facto de os filhos estarem prestes a nascer. Pelo seu poder simbólico, porque é uma das músicas mais portuguesas e porque é uma melodia conhecida, a Canção do Mar foi a escolhida para ser a banda sonora de toda a campanha. Com o objetivo de fazer deste um movimento verdadeiramente nacional, a Galp Energia criou um kit de apoio à Seleção e a Portugal e uma tatuagem “11 por Todos, Todos por 11”, ambos disponibilizados nos postos de abastecimento. Porque todos fazemos parte do mesmo país, vamos gritar a uma só voz: “11 por Todos, Todos por 11!”

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s mygalp social

enTreaJUDa

área de responsabIlIdade socIal reforça parcerIa Desde a sua origem, a área de Responsabilidade Social manifestou por várias vezes o desejo de colaborar estreitamente com a Entrajuda em ações de formação e voluntariado. Esse passo está prestes a ser dado com o desenvolvimento conjunto de dois projetos. O primeiro, lançado no início de maio, está associado ao programa de gestão e qualidade promovido por esta associação particular de solidariedade social. O projeto conta com a colaboração de cinco voluntários da Galp Energia. O objetivo é reforçar a capacidade de gestão e organização das instituições de solidariedade social, permitindo-lhes adquirir as competências necessárias à implementação do nível C do Sistema de Qualificação das Respostas Sociais, definido pelo Instituto de Segurança Social. Na sequência das ações de formação promovidas pela Entrajuda, foi identificada a necessidade de esclarecer as

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entidades apoiadas sobre aspetos técnicos relacionados com o fornecimento e a utilização de eletricidade e gás natural e de explicar a influência que certos comportamentos têm no custo das faturas energéticas e na qualidade do ambiente. A satisfação dessa necessidade será assegurada pela área de Gas & Power – Comercialização Portugal, que disponibilizará alguns colaboradores voluntários para que cooperem com a Entrajuda na organização de um programa-piloto para Lisboa e Porto. Este segundo projeto arrancará no mês de junho e promete ser um êxito. A área de Responsabilidade Social da Galp Energia tem procurado trilhar um caminho coerente no que toca ao voluntariado de competências. A parceria com a Entrajuda vem ajudar a concretizar essa intenção.

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Uma ViDa na gaLP energia

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A CHEGADA DA INFORMáTICA

uma nova fase na vida da empresa maria josé esteves A informatização foi determinante na evolução dos processos de trabalho, e contribuiu em muito para ajudar no dia a dia de todos. A partir do momento em que o sistema informático ficou testado e se iniciou a sua plena exploração, esta atividade tornou-se muito criativa, fazendo-nos sentir que construíamos alguma coisa. Assisti à introdução das novas tecnologias desde o primeiro momento, que é chamado a época dos mainframes. Nesta fase mais crítica, tínhamos no setor do pessoal um CPU enorme – os discos

eram parecidos com um pneu. Depois, rapidamente se foi avançando, até que os computadores pessoais se disseminaram e foi implementado o ambiente Windows. A empresa foi pioneira na introdução do SAP e na informatização da logística e das vendas, o que contribuiu para a consolidação dos dados na organização. Embora se dissesse que esta empresa não era muito permeável à inovação e às novas tecnologias, nunca tive essa sensação.

Depoimento adaptado dos testemunhos “Vidas Galp” – Fundação Galp Energia

A empresa foi pioneira na introdução do SAP e na informatização da logística e das vendas.

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HisTÓria De ViDa

UMA VIDA FEITA DE DESAFIOS teresa Formiga

Nasci numa pequena aldeia encastrada no rijo e frio granito da Beira Baixa. Foi lá que moldei a minha estrutura moral e cívica, tendo recebido como legado de família o gosto pelo trabalho. Sou do tempo em que se dizia “casa de pais, escola de filhos”. Concluído o ISCTE, ingressei na Petrogal em outubro de 1988. A minha primeira função na Petrogal foi desempenhada na Direção de Contabilidade, uma área de grande rigor e competência, onde alicercei não só muitos dos conhecimentos técnicos que possuo atualmente, como também o meu posicionamento comportamental no seio da empresa onde tive diversas responsabilidades. Em maio de 1992, fui nomeada responsável pela área de Stocks, o meu primeiro grande desafio na Petrogal, pois sendo nova na empresa iria chefiar pessoas com mais anos de casa e mais experientes. Depois, fui responsável pela área de Participadas e Consolidação do grupo Petrogal, e mais tarde grupo Galp Energia. Punha à prova todas as minhas capacidades técnicas. Foi um marco muito positivo da minha atividade. Ainda fui técnico oficial de contas da holding Galp Energia, e presidente do Conselho Fiscal do grupo Petrogal Angola. Estive nesta direção até maio de 2001, data em que começa a minha mobilidade. Em junho de 2001, na então formada Unidade de Aprovisionamento, Refinação e Logística, integrei a Direção de Planeamento, até maio de 2006, onde genericamente fui responsável pelo controlo de ativos

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da ARL. Foram atividades de um largo alcance de execução e dedicação, tendo constituído um dos pilares importantes da minha formação. Em junho de 2006, nova aventura na Direção de Sistemas de Informação. E por cá me mantenho, sendo responsável pela área de Planeamento Operacional dos Sistemas de Informação, onde me sinto integrada numa equipa de forte empenho e de grande profissionalismo. Ao longo destes 24 anos, toda a minha vida na empresa tem sido feita de desafios, sempre encarados como missão, em prol dos melhores resultados da minha Direção e da empresa no seu todo. Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp em Publicações/Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

Toda a minha vida na empresa tem sido feita de desafios, sempre encarados como missão.

mudança na empresa

NOVOS DESAFIOS floreano danTaS vilela diretor da enacol Gest Internacional Oil

Acredito que esta é uma mudança em que ganham a empresa e o colaborador. Para mim, é mais um desafio interessante e motivante. Conto vencê-lo usando a experiência enquanto diretor comercial da Petromar, na Guiné-Bissau, um mercado extremamente complicado mas que me proporcionou muita prática. Complementando as funções que desenvolvo, procurarei fazer a ponte entre a Enacol e a Petromar, tendo em vista gerar sinergias.

lÚCia maria ferreira SoareS rebelo serviços corporativos Contabilidade e Tesouraria

Sempre considerei a mudança como uma oportunidade de quebrar rotinas e de promover o meu desenvolvimento. Após 20 anos na Lusitaniagás, surgiu esta chance, que se tornou o meu maior desafio pessoal e profissional. Encaro-o por isso como uma mudança radical. Vejo a mobilidade interna como um estímulo relacionado com recompensa salarial, com motivação psicológica e com desempenhos individuais. Mas ela também tem que ver com uma gestão mais eficiente e eficaz dos recursos humanos da empresa.

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“O mundo detesta mudanças, e, no entanto, elas são a única coisa que traz progresso”, disse Charles F. Kettering. A mudança para o T&S-ARL tem-se revelado um desafio estimulante e compensador, permitindo-me expandir os meus horizontes e evoluir pessoal e profissionalmente. É motivante trabalhar numa empresa que fomenta a mobilidade interna dos seus colaboradores, promovendo uma cultura de gestão transversal do Grupo e criando assim novas oportunidades de carreira.

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1960 navio-tanque Sacor no dia do seu lançamento à água. aconteceu nos estaleiros da cUf, em lisboa, no ano de 1960. este navio operou na frota da sacor marítima até ao dia 7 de junho de 1982.

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2012 cerca de 50 anos depois é lançado às águas dos estaleiros navais de peniche o Sacor II, cujo nome recorda e ao mesmo tempo homenageia o primeiro navio construído para a sacor marítima. o Sacor II entrou ao serviço no dia 1 de maio de 2012.

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Pegada Pegadade deCO CO2 2 Com Como oSmart SmartGalp Galpé épossível possível conhecer conhecerem emdetalhe detalheasasemissões emissões dedeCOCO2 2dadacasa casae edodocarro carroe e compará-las compará-lascom comoutras outrasfamílias. famílias.

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Equipamentos Equipamentosmedia media Saber Saberquanto quantocustam custamososstand-by stand-byououdesligar desligar todos todosososequipamentos equipamentosmedia, media,mesmo mesmo quando quandonão nãoestá estáem emcasa, casa,passa passaa aser serpossível, possível, com como oSmart SmartGalp. Galp.

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Servidor online

Portal Smart Galp

Aquecimento ambiente Utilizando um termómetro é possível regular a temperatura da casa através do Smart Galp.

Águas quentes

Visão detalhada por energia

Cada forma de energia tem uma página de datelhe onde é possível consultar consumos, gastos, recomendações, faturas e muito mais.

O Smart Galp permite conhecer os consumos de eletricidade ou gás associados ao aquecimento de águas sanitárias.

Cozinha É possível verificar que equipamentos são responsáveis por facturas mais elevadas ou programá-los para funcionarem nos horários mais económicos.

Funções avançadas O Smart Galp faz recomendações por medida para reduzir os custos com energia, permite programar a hora de ligar e desligar eletrodomésticos e tem um simulador de tarifário, que permite escolher a tarifa ideal.

Gerador de objetivos

Existe uma página que ajuda a criar objetivos de redução de consumos e a verificar se estes estão a ser atingidos.

Controlo de equipamentos

É possível programar a ligação dos principais equipamentos com base em horas, calendário, temperatura, tarifário em vigor, ou a conjugação de vários. Tudo fácil e intuitivo para ajudar a poupar ainda mais.

Carro Controlar os consumos do carro passa a ser possível utilizando um smart meter para o carro (car check) ou o Galp Frota.

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Que tipo de empresa é a logica?

vanda GonÇalveS [vG] A Logica é uma

e mygalp entrevista

empresa de serviços de tecnologia e gestão com mais de 40 anos de existência, que cria valor através da integração de pessoas, negócios e tecnologias. Tem 41 mil colaboradores em mais de 41 países e presta serviços de consultoria de gestão, integração de sistemas e outsourcing em todo o mundo. Em Portugal está presente desde 1991 e é uma das maiores empresas de serviços de tecnologia e gestão em território nacional: emprega mais de 2400 colaboradores e tem mais de 400 clientes. O negócio ibérico e latino-americano é gerido a partir de Lisboa, mas

a empresa também tem escritórios no Porto e em Madrid, Buenos Aires, Bogotá, Santiago, Lima e Caracas. a Galp energia e a logica têm desenvolvido várias parcerias. em que áreas?

[vG] Destaco as mais recentes na área da

inovação como é o caso EMO e Smart Galp, muito centrados na problemática da eficiência energética. O Smart Galp é um portal web e mobile para monitorização de consumos trifuel (gás, eletricidade e combustível) baseado num novo conceito de gestão energética e de relação com o cliente final. O paradigma

VANDA GONçALVES

LOGICA um ParCeiro Para

a área TeCnolóGiCa

O setor de energia e utilities é um dos mercados de atuação por excelência da Logica Iberia. vanda GonÇalveS É managing director de energia & utilities na logica desde janeiro de 2011. anteriormente foi responsável pelo mercado água e municípios, e assumiu, entre outros, o cargo de service director da área de business Processes outsourcing. vanda Gonçalves é licenciada em Psicologia Social e das organizações pelo instituto Superior de Psicologia aplicada, tem um mestrado em Comportamento organizacional e fez uma pós-graduação em Sistemas de informação no instituto Superior Técnico.

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de cliente passivo muda e dá lugar ao de cliente ativo, uma vez que lhe são disponibilizados mecanismos de controlo dos seus custos e da sua pegada ecológica. O EMO é um projeto pioneiro em Portugal, para a monitorização remota e em tempo real das emissões de carbono dos veículos, oferecendo aos condutores a possibilidade de melhorarem os seus padrões de condução e, consequentemente, de reduzirem as emissões de CO2 e os custos associados. Com o EMO é possível a transmissão de dados em tempo real sobre as condições de condução e a localização do veículo, caso o dispositivo tenha GPS integrado. Outra parceria entretanto iniciada na área do gás, no âmbito da sistematização de processos e do incremento da fiabilidade e da rapidez no acesso à informação, está relacionada com a implementação da Solução Móvel, uma solução de gestão de serviços de campo e de fluxos de equipamentos e materiais destinados aos trabalhos efetuados em casa dos clientes. Com este projeto, a Galp Energia pode fazer a gestão centralizada do trabalho e dos recursos, concentrando-se na mobilidade das equipas no terreno, e simultaneamente gerir o ciclo de vida dos ativos. O objetivo é minimizar falhas, aumentar a qualidade do serviço prestado, aumentar a capacidade de resposta aos clientes, reduzir ou mesmo eliminar a execução das ordens de serviço em papel, e elevar os padrões de fiabilidade da informação disponibilizada. Qual é importância destas parcerias para a vossa empresa?

[vG] Estas parcerias são fundamentais.

Mais do que um fornecedor, a Logica procura posicionar-se como um parcei-

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ro de negócio que põe à disposição da Galp Energia o conhecimento e a experiência adquiridos ao longo de mais de vinte anos a implementar, gerir e suportar soluções para o setor da energia. O mercado de energia e utilities envolve em Portugal aproximadamente cinco a seis milhões de clientes finais e representa uma quota superior a 50% do volume global de negócios da Logica Iberia. É um dos seus principais mercados de atuação, pelo que a relevância e a dimensão da Galp Energia são indiscutíveis. Este fator, aliado à vontade e à capacidade de inovação da Galp Energia e aos desafios que tem e terá de enfrentar no futuro, torna a Logica um parceiro natural nesta cruzada. Que competências da logica representam uma mais-valia para a Galp energia?

[vG] O setor de energia e utilities é um

dos mercados de atuação por excelência da Logica Iberia, no qual somos líderes. O investimento feito neste setor ao longo dos anos levou-nos a desenvolver soluções inovadoras para responder a alguns dos reptos lançados, como a liberalização, a conformidade com as novas regulamentações, as energias renováveis, as pressões ambientais, a sustentabilidade e a existência de consumidores cada vez mais informados e exigentes. A Logica implementou em Lisboa o Centro Internacional de Competência em Utilities (IUCC). É o único deste tipo no país e nos vários países onde a Logica opera, colocando Portugal na rota do desenvolvimento e da exportação de soluções integradas para o setor de utilities em todo o mundo. As soluções disponíveis no IUCC envolvem

competências nas áreas de contagem inteligente (advanced metering infrastructure) e sistemas de redes inteligentes (intelligent grids), gestão de parques eólicos, sistemas de informação geográfica, gestão de ativos, mobilidade, gestão de ocorrências e sistemas de medição e faturação. Temos igualmente vindo a apostar na investigação e na ligação à Academia. Em parceria com o Lab:USE (Laboratory for Usage-centered Software Engineering), do Departamento de Matemáticas e Engenharia da Universidade da Madeira, e com o Madeira Tecnopolo, a Logica Iberia criou o Logica Lab Service Design, com o propósito de desenvolver competências no desenho e na implementação de serviços inovadores assentes nas melhores práticas de “usabilidade”. Quais são as ambições da logica para o futuro?

[vG] A ambição da Logica é ser um par-

ceiro de referência da Galp Energia, tendo em conta que a inovação, a eficiência e a sustentabilidade são cada vez mais valorizadas, potenciadas e suportadas por tecnologias de informação. Acreditamos que a mudança de paradigma decorrente da introdução das redes inteligentes, da integração de novas fontes de energia renovável, da liberalização do mercado, da regulação e da conjuntura macroeconómica proporcionará novas oportunidades. Ambicionamos ser um parceiro da Galp Energia na procura de soluções mais adequadas para a promoção de novas formas de pensar e gerir o negócio com vista à redução de custos, ao aumento da eficiência e à melhoria do desempenho e da qualidade de serviço ao cliente final.

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c mygalp capa

GALP EnERGIA APOsTA EM I&D ParCeriaS Com Comunidade CienTífiCa PoSiCionam emPreSa na lideranÇa da inovaÇão TeCnolóGiCa

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a UnIversIdade é Uma Importante pool de recUrsos QUalIfIcados As iniciativas da Galp Energia nos campos da investigação e da inovação são, em grande parte, fruto da sua aproximação ao mundo académico. É nestas ações que se alicerça o futuro da Empresa, um futuro de crescimento sustentado, mas também de liderança tecnológica. Face aos cada vez mais complexos cenários de negócio, a Galp Energia considera fundamental seguir uma estratégia de investigação e desenvolvimento (I&D) assente na cooperação com instituições ligadas ao sistema científico e tecnológico (SCT). A Galp Energia encara a Universidade como uma importante pool de recursos qualificados, pelo que é do seu interesse aceder a este reservatório numa lógica de integração, estimulando a cooperação entre o meio universitário e o meio empresarial. Também os êxitos dos avanços na tecnologia e os desafios impostos pelas alterações climáticas e pelas exigências do mercado que afetam o negócio da Galp Energia e as suas atividades ligadas à inovação dependem cada vez mais dos parceiros tecnológicos. Este envolvimento com as universidades é comprovado, em primeira instância, junto dos colaboradores, com o desenvolvimento dos cursos de Formação Avançada em Gestão, do EngIQ e de Geoengenharia de Reservatórios, ministrados na Academia Galp Energia. formação e InvestIGação na eXploração & prodUção Um dos setores que mais têm beneficiado da aposta da Galp Energia nos campos da formação e da investigação é o da Exploração & Produção. Nos próximos cinco anos estão previstos investimentos de cerca de 30 milhões de euros em investigação nesta área. A Exploração & Produção é uma das maiores fontes de criação de valor para a Galp Energia, mas é também a área que envolve mais esforço do ponto de vista tecnológico. A empresa estabeleceu por isso uma aliança estratégica com a Petrobras, para o lançamento de um programa de formação avançada e de investigação conjunta. O primeiro passo do programa consistiu na aprovação do curso de Estudos Avançados em Geoengenharia de Reservatórios Carbonatados, em colaboração com cinco univer-

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sidades de referência, três em Portugal (IST, FCT-UNL e UA) e duas no Brasil (UNICAMP e UNESP). O curso contemplará as áreas de Geofísica, Geologia e Engenharia de Reservatórios, procurando formar profissionais capazes de trabalhar de forma integrada em todo o processo de E&P de petróleo, com especial foco nas rochas carbonatadas do pré-sal brasileiro. I&d na refInação No que respeita à área de refinação, foram reforçadas as infraestruturas laboratoriais e aumentou-se o número de formandos e de investigadores do programa EngIQ – Engenharia da Refinação, Petroquímica e Química (formação avançada e doutoramento). O programa EngIQ, realizado em estreita parceria com cinco universidades das áreas de Química, Petroquímica e Refinação, é uma ferramenta estruturante para a Galp Energia e é também o reflexo da sua capacidade para inovar e para criar capital humano neste segmento de negócio. Prova da centralidade estratégica desta iniciativa é que, com apenas três anos de existência, já formou 40 quadros técnicos e deu origem a 10 projetos de I&D em curso na área da refinação, que visam aumentar a competitividade do nosso sistema refinador.

OS 10 PrOjeTOS dO engIQ 1

Catalisador de desmetalização para purificação de frações muito pesadas dos crudes – petrodesmetalização. 2 Catalisador e processo de oligomerização de destilados leves para a produção de destilados médios (gasóleo). 3 Catalisador sólido para alquilação de isobutano e mistura de butilenos. 4 Otimização da unidade Parex. 5 Extração de mercaptanos no jet por líquidos iónicos. 6 Tecnologia NMR (ressonância magnética nuclear) para caracterização de petróleos brutos e algumas correntes processuais. 7 Qualidade dos efluentes industriais. 8 Caracterização de componentes e modificações tecnológicas para a produção de betumes. 9 Otimização da rede de tratamento de gás ácido da refinaria de Sines. 10. Desenvolvimento de preditores inferenciais e meios de controlo avançado de processo.

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Com o objetivo de aumentar a capacidade de I&D na refinação, também foi constituído recentemente um centro de investigação e de desenvolvimento que integrará unidades--piloto à escala laboratorial. A unidade de destilação e a de hidrocracking e hidrotratamento mimetizam o funcionamento das unidades principais do processo de refinação. Atualmente um dos projetos de investigação do EngIQ está a decorrer nesta nova unidade, que tem como objetivo principal desenvolver um catalisador de desmetalização para purificação de frações muito pesadas dos crudes. … e na estrada Está também em fase de teste-piloto a solução Frota Energeticamente Eficiente, baseada na tecnologia EMO, da empresa Logica. Instalada na porta OBD2 dos veículos, esta tecnologia permite monitorizar, em tempo real e em condições reais de condução, um conjunto de indicadores, entre eles o consumo de combustível e as emissões de CO2 de uma frota automóvel. A Galp Energia já testou esta solução na Brisa e tem em curso um teste-piloto interno que envolve 140 colaboradores. Além da Logica, esta iniciativa conta com a cooperação da ISA e do MIT-Portugal.

efIcIêncIa enerGétIca O aumento dos custos da energia e o consenso relativamente ao impacto que o consumo de energia tem no clima fizeram da eficiência uma das prioridades da empresa no que toca às políticas energéticas. A introdução do princípio da eficiência energética na oferta de serviços é por isso outra das vertentes da estratégia de investigação, desenvolvimento e inovação da Galp Energia. Neste plano, destacam-se as iniciativas Galp Soluções de Energia (GSE), Smart Galp, PT Galp Innovation Challenge e Programa Galp 20-20-20 que poderá conhecer em mais detalhe no portal mygalp em Publicações/Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

· 17 bolsas de doUtoramento empresarIal desde 2009 · parcerIas Galp enerGIa com stc aCademia GalP enerGia inovaÇão e&P refinaÇão diSTribuiÇão

efiCiênCia enerGÉTiCa e enerGiaS renováveiS mobilidade bioCombuSTíveiS

Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp em Publicações/Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

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Galp 20-20-20 Eficiência energética em rede O programa já colocou bolseiros em mais de 100 empresas portuguesas.

O programa Galp 20-20-20 é uma iniciativa exemplar a nível nacional, de transferência de conhecimento e de inovação entre o mundo empresarial e o mundo académico. Lançado em 2007, o programa já colocou bolseiros em mais de 100 empresas portuguesas, que assim beneficiaram de inovadoras soluções de eficiência energética desenvolvidas por estudantes das principais universidades nacionais. O programa atribui anualmente 30 bolsas de investigação de 3000 euros. Os alunos a quem são atribuídas as bolsas têm de desenvolver projetos em 30 entidades selecionadas pela Galp Energia. Os três melhores trabalhos de cada uma das três universidades recebem prémios monetários no valor de 6000 euros, 3000 euros e 1000 euros, respetivamente. Os estudos têm como base auditorias às empresas, com o intuito de racionalizar os seus sistemas energéticos, identificar e recomendar oportunidades de melhoria e, sempre que possível, conceber ferramentas de apoio à gestão energética. Os trabalhos são coordenados por uma tripla tutoria: um professor da universidade-membro do Galp 20-20-20 (UA, IST e FEUP), um tutor da entidade participante e um tutor da Galp Energia. A edição de 2011 contou com trabalhos desenvolvidos por estudantes da Universidade de Aveiro (UA), do Instituto Superior Técnico (IST) e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Os projetos premiados envolvem, nomeadamente, o desenvolvimento de um simulador de diagnóstico energético e da qualidade do ar de edifícios, a otimização de um sistema de frio, e um trabalho sobre o potencial energético de uma unidade de trigeração. As empresas e instituições beneficiárias dos projetos vencedores foram a Universidade de Aveiro, a Ersuc, a Indasa, a Avibom Avícola, a Renova, a Margon, a TMG Automotive, a Navarra e a Valpi Bus. Atualmente, já está em curso a edição Galp 20-20-20 de 2012.

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LISTA DE PREMIADOS 2011

n mygalp negócios

Universidade de Aveiro 1.º LugaR MaRCO PaSSaRELLi Projeto na Universidade de Aveiro: Simulação dinâmica de edifícios Instituto Superior Técnico 1.º LugaR SaMuEL JaCiNTO Projeto na Avibom: Monitorização e otimização de um sistema de frio Faculdade de engenharia da Universidade do Porto 1.º LugaR JORgE aSCENSãO Projeto na TMG Automotive: Avaliação do potencial energético e económico da unidade de trigeração do setor automóvel

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moDeLação e CaraCTerização De reserVaTÓrios FraTUraDos

Projeto desenvolvido no âmbito do Fórum Científico e Tecnológico de E&P Na bacia onshore de Sergipe-Alagoas, no Brasil, onde a Galp Energia detém dois blocos, foram efetivados sete poços exploratórios entre 2007 e 2010. Nestes poços foi observado que o embasamento (terminologia brasileira para soco, geralmente a unidade geológica mais profunda de uma bacia sedimentar) correspondia a um dos intervalos com melhores resultados. Sendo uma rocha usualmente considerada como não-reservatório, pois não possui porosidade primária, verificou-se através de dados recolhidos nos poços (fornecidos pela ferramenta formation micro imager, ou FMI, e por testes a poço aberto) que a presença de fraturas naturais permitia o armazenamento de hidrocarbonetos. Nesse sentido, e no âmbito do Fórum Científico e Tecnológico de Exploração e Produção, a Galp Energia pôs em marcha um projeto intitulado “Modelação e Caracterização de Reservatórios Fraturados”, no qual participaram a Universidade de Aveiro, a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade do Algarve e o Instituto Superior Técnico. As equipas envolvidas no projeto utilizaram dados sísmicos, dados de FMI (planos de fraturas medidos nos poços) e princípios de geomecânica, juntamente com modelação DFN (density frature network), com o objetivo de simular a porosidade e a permeabilidade das fraturas presentes na rocha.

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Associando os dados obtidos no âmbito do projeto a uma análise extensiva da estratégia exploratória, desde a aquisição sísmica até aos resultados e procedimentos dos poços, o geólogo Sérgio Esperancinha, da Galp Exploração e Produção, criou um workflow de exploração, no qual apresenta soluções para a melhoria dos resultados em todas as fases do processo exploratório. Este trabalho, que constituiu a sua tese de mestrado, defendida na Universidade de Aveiro, permitiu ainda realizar cálculos de volumes de hidrocarbonetos e propor um poço direcional, que, caso seja realizado, se espera poder vir a melhorar as taxas de produção.

Imagem recolhida através da ferramenta de FMI. As fraturas detetadas na secção de embasamento estão assinaladas a lilás.

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acredItação do nIdIn

UM PASSO DECISIVO PARA A VALIDAçãO DOS TRABALHOS REALIzADOS NO LABORATóRIO DA PROBIGALP

Realizou-se em abril a auditoria de concessão para acreditação dos métodos de ensaio levados a cabo no laboratório da Probigalp, inserido na unidade técnica NIDIn – Núcleo de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Probigalp. A equipa, constituída por Augusto Almeida, Ulisses Teixeira, Nuno Pires e Inês Marques, sob a orientação de Cátia Duarte, viu reconhecida a sua metodologia de trabalho pelo Instituto Português de Acreditação, que confirmou que o sistema de gestão existente corresponde aos requisitos definidos na norma NP EN ISO/IEC 17025. Esta acreditação é determinante para a validação dos trabalhos de controlo de qualidade, conceção e desenvolvimento de novos produtos e de prestação de serviços realizados no laboratório a pedido de clientes externos. A adequação do sistema de gestão de acordo com este referencial normativo representa o reconhecimento das boas práticas de gestão e a correta realização dos ensaios. Exemplos do papel determinante do laboratório do NIDIn para o suporte de vendas da Galp Energia foram as obras de betume modificado efetuadas na Guiné Equatorial (2010) e na autoestrada A3, em Águas Santas (2011 e em curso), e as obras com betume-borracha efetuadas em León, Espanha (2010 e 2011), na autoestrada do Estoril (2009, 2010),

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na CREL e na A25, em Celorico da Beira (2010). O núcleo tem vindo também a aumentar a venda de serviços a terceiros através da prestação de serviços de controlo de ligantes e misturas, bem como por intermédio de atividades de investigação e desenvolvimento realizadas em parceria com universidades nacionais, como a Universidade Nova de Lisboa, o Instituto Superior Técnico e a Universidade de Aveiro.

O sistema de gestão corresponde aos requisitos definidos na norma nP en ISO/IeC 17025. Os resultados das recentes investigações desenvolvidas no laboratório da Probigalp foram aliás objeto de publicação em congressos internacionais de renome, como o CILA – Congresso Ibero-Latino-Americano do Asfalto ou como o Congresso Eurosphalt & Eurobitume. Paralelamente, o NIDIn está envolvido em ensaios interlaboratoriais com os laboratórios das refinarias de Sines e de Matosinhos e com outros empreiteiros e donos de obra ligados ao setor. O objetivo é aumentar o número de métodos de ensaio e consolidar o estatuto de referência técnica que o núcleo já detém.

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As a team

Internacional Oil reúne colaboradores no Algarve

Mais de 60 colaboradores provenientes de países onde a Galp Energia realiza operações de oil downstream reuniram-se no Algarve no âmbito do VI Encontro Internacional Oil. Subordinado ao tema “As a team”, este encontro serviu para promover a troca de experiências e o trabalho de equipa, apresentar resultados e projetos de crescimento e divulgar os objetivos da unidade de negócio a médio e longo prazo. Alex-Handrah Aimé foi a oradora convidada. A administradora da ECP – Emerging Capital Partners, uma empresa que gere sete fundos de investimento em África, partilhou com a audiência a sua visão sobre o continente africano, levando os presentes a repensar os drivers de investimento nesta região. Aimé lembrou que os níveis de crescimento em África são já superiores aos da Índia e que existe uma classe média em franca ascensão, com tudo o que isso implica em termos de consumo de bens e serviços. Carlos Bayan Ferreira, responsável da unidade de negócio, juntou-se aos trabalhos vindo da Guiné-Bissau. Na sua in-

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tervenção falou da cada vez maior importância estratégica que a unidade de Internacional Oil tem para a empresa e dos projetos futuros relacionados com esta área. Seguiu-se a sessão de encerramento, durante a qual foi visionado um vídeo do administrador executivo, Fernando Gomes. Nos três dias que antecederam o encontro, realizaram-se 19 ações de formação, em que participaram 34 colaboradores das várias associadas africanas. A formação durou 340 horas e abrangeu diferentes temas, de acordo com os backgrounds e funções dos elementos de cada grupo. Os participantes fizeram ainda uma visita guiada à refinaria de Sines. A reunião da Internacional Oil realiza-se anualmente e é uma oportunidade única de intercâmbio de conhecimentos e experiências, além de ser uma ocasião para divulgar informações relativas à evolução dos mercados regionais e para falar de objetivos recentemente alcançados e de planos de crescimento. É ainda um momento de integração dos colegas de outros países na cultura, nos valores e na realidade da Galp Energia.

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Galp energia inicia comercialização de eletricidade O ano de 2012 ficará marcado na história da Galp Energia como aquele em que a empresa iniciou a atividade de comercialização de eletricidade junto de clientes residenciais, passando a ser o primeiro operador ibérico a oferecer as três formas de energia: gás, eletricidade e combustíveis líquidos. A primeira oferta combinada de gás natural e eletricidade da Galp Energia, designada Galp On, integra um conjunto de planos desenhados para o mercado livre de energia. Estes planos oferecem vários níveis de desconto aplicados diretamente nas faturas dos clientes residenciais e garantem preços inferiores aos do mercado regulado. O desconto de 5% no valor da eletricidade, acrescido de 5% de redução no valor do gás natural, para os clientes que contratem simultaneamente as duas formas de energia, é a

oferta-referência da Galp On. Esta promoção incide sobre a energia consumida, o valor do termo fixo (do gás natural) e o valor da potência contratada (da eletricidade). A Galp On contempla ainda outros planos promocionais, com serviços de assistência e descontos que podem ir até 10% na eletricidade e 10% no gás natural. Por ser a primeira empresa a disponibilizar uma oferta combinada de gás natural e eletricidade, a Galp Energia proporciona aos consumidores uma nova opção de consumo, dando mais um importante contributo para a competitividade do setor energético do país. A oferta Galp On foi divulgada através de uma campanha de marketing multimeios, que incluiu televisão, rádio, outdoors e Internet. Saiba mais em www.galpon.com.

com a lIberalIzação do mercado enerGétIco, nasce a Galp on.

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valoUro reafIrma confIança na Galp enerGIa

a Qualidade doS ProduToS da marCa GalP Tem ConTribuído Para o bom deSemPenho do GruPo “O dinamismo e o crescimento da Valouro estão diretamente ligados à tipologia e à qualidade dos produtos energéticos de que a empresa carece, aos quais não tem sido alheia a qualidade dos produtos e dos serviços prestados pela Galp Energia, justificando os sucessivos acordos celebrados entre ambas as partes”, afirmou José António dos Santos, um dos responsáveis máximos do Grupo, reconhecendo “que a qualidade dos combustíveis e lubrificantes da marca Galp Energia tem contribuído para o bom desempenho” da Valouro. A relação entre a Galp Energia e a Valouro passa também por uma aposta conjunta na eficiência energética. No ano passado, através do programa Galp 20-20-20, o Grupo Valouro beneficiou da presença na empresa de um bolseiro do Instituto Superior Técnico, de cuja investigação resultou um projeto intitulado “Monitorização e Otimização de um Sistema de Frio”, que ganhou o 1.º prémio deste programa, considerado uma iniciativa exemplar a nível nacional, pela transferência de conhecimento e inovação do mundo académico para o mundo empresarial. Cliente de excelência da Galp Energia desde há sete anos, o Grupo Valouro desenvolve atividades nas áreas de produção, abate, transformação e comercialização de aves e seus derivados. A empresa opera ainda no setor dos alimentos compostos para animais. Os negócios da família iniciaram-se em 1875, em Lisboa, na antiga Casa Larguie, mais tarde Casa Manuel dos Santos. Os principais estrategas do Grupo são António José e José António dos Santos, os gémeos que desde os 15 anos acompanham os negócios da Valouro, aos quais se juntou mais recentemente um sobrinho, Dinis. Em Portugal, a família lidera o setor das aves (frangos, perus, patos, galinhas e codornizes), desde a multiplicação ao abate e transformação de carnes. Com sete centros de multiplicação e 10 matadouros espalhados de norte a sul do país, o Grupo tem capacidade produtiva para criar 160

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JoSÉ anTónio doS SanToS administrador do Grupo valouro

o trabalho desenvolvido na valouro no âmbito do programa Galp 20-20-20 destinou-se a: • C aracterizar a instalação de produção de frio e a identificar os maiores consumidores de energia elétrica; • Avaliar melhoramentos possíveis e o seu custo-benefício; • Elaborar um plano de poupança energética e de conservação do equipamento, na ótica do utilizador das instalações.

milhões de pintos por ano e para abater 100 milhões de frangos. As suas empresas são também as que mais faturam no negócio das rações. À custa de fortes investimentos, o Grupo Valouro mais do que duplicou a produção em 20 anos. Neste momento, além de estar a estudar a possibilidade de entrar nos mercados angolano e polaco, a Valouro exporta já cerca de 30% dos seus produtos para países da Europa, de África e do Médio Oriente.

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mygalp responsabilidade corporativa 25

Gestão sustentável da água

e mygalp empresa

A Galp Energia tem desenvolvido um conjunto de ações corporativas relacionadas com a gestão sustentável da água Neste ano, a Comissão Europeia está a preparar um plano, intitulado “Blueprint to Safeguard Europe’s Water”, para rever e avaliar a eficácia das políticas atuais relativas aos recursos hídricos, identificar lacunas e apresentar novas medidas e instrumentos capazes de dar resposta às necessidades emergentes no âmbito da proteção e da gestão sustentável da água.

A galp reconhece a importância da sua atuação na preservação dos recursos hídricos. A par destes desenvolvimentos, a Galp Energia, reconhecendo a importância da sua atuação na preservação dos recursos hídricos existentes nos locais onde opera, e de modo a acomodar na sua estratégia as várias dimensões do risco associadas à gestão da água, tem desenvolvido um conjunto de ações corporativas, assentes nos seguintes eixos: a avaliação e monitorização do desempenho, avaliação de riscos e de compliance, inovação e melhoria do desempenho, e envolvimento com fornecedores e stakeholders. Neste sentido, a estratégia de atuação desenvolvida pela área de ambiente do AQS Corporativo é suportada num estudo interno que envolveu um conjunto de análises e reflexões: enquadramento da temática da gestão da água a nível mundial e europeu; overview da evolução da divulgação sobre ambiente na Galp Energia; benchmarking sobre a comunicação

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desta temática nas empresas e em especial no setor de Oil & Gas; identificação de boas práticas de gestão dos recursos hídricos no setor e referência às práticas da Galp Energia; definição da estratégia de atuação corporativa. Os referidos eixos estruturam e articulam os vários vetores – técnicos, comportamentais, regulatórios e reputacionais – que determinam o êxito das ações propostas. Estas ações serão desenvolvidas como elementos complementares às ferramentas e aos instrumentos de gestão das atividades na perspetiva da segurança, da saúde e do ambiente, designadamente associadas ao Sistema G+ e a todas as ações e boas práticas implementadas pela Galp Energia e identificadas no estudo. O AQS Corporativo compromete-se assim a debruçar-se sobre esta matéria nos vários fóruns, sensibilizando colaboradores e fornecedores para a necessidade de incorporar nas suas práticas a preocupação com a gestão sustentável da água, quer no exercício das suas funções dentro da empresa, quer como cidadãos, influenciando positivamente todos os que os rodeiam.

eixos de atuação corporativa 1 AvAliAção e monitorizAção do desempenho 2 AvAliAção de riscos e de compliAnce 3 inovAção e melhoriA do desempenho 4 envolvimento com fornecedores e stAkeholders Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp em Publicações/Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

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enTiDaDe Do mês

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mygalp fundação

PaTrimÓnio FUnDação gaLP energia eduardo viana (1914-1988) Natureza-morta (1961) Óleo sobre tela 113 x 85 cm

Um ano a divulgar boas práticas De forma a desenvolver e alargar a sua proximidade com as instituições da sociedade civil, a Fundação Galp Energia lançou a iniciativa Entidade do Mês, que ajudou a divulgar o trabalho de 12 associações. Esta ação começou há um ano, com o intuito de divulgar as atividades de associações de solidariedade social, desde as que prestam apoio a crianças desfavorecidas, às que se dedicam à doação de bens alimentares e de vestuário ou que lutam contra a pobreza, a exclusão social e o abandono de idosos. No sentido de continuar a divulgar boas práticas neste campo, convidamos todos os colaboradores que conheçam uma associação meritória do nosso apoio a enviar-nos um e-mail para fundacao.galpenergia@galpenergia.com, dando-nos conhecimento do nome e do trabalho dessa instituição. Para conhecer as associações envolvidas na iniciativa Entidade do Mês, basta ir ao site da Fundação Galp Energia (http://www.fundacaogalpenergia.com) ou à página da Fundação no portal mygalp (http://mygalp/fundacaogalpenergia/Paginas/Entidade%20 do%20M%c3%aas%20Geral.aspx).

concUrso maIs enerGIa PRÉMIOS ATRIBUíDOS A PROFESSORES E A JOVENS INVESTIGADORES No passado mês de março foram apurados os vencedores do concurso Mais Energia nas categorias “Conversão e Gestão de Energia”, para jovens investigadores e alunos do ensino superior, e “Mais Ener-

gia nas Aulas”, para professores dos ensinos básico e secundário. A Fundação Galp Energia e a Sociedade Portuguesa de Física atribuíram aos vencedores prémios de 1000 e de 2000 euros, respetivamente.

em maIo e jUnho

recolha de roUpa profIssIonal femInIna (SuIt drIve) com a colaboração da dress for sUccess. sessão de esclarecImento sobre a dIabetes (no âmbIto das “terças temátIcas”) com a colaboração da fUndação ernesto roma e do InstItUto de medIcIna do trabalho. lançamento do movImento paralímpIco londres 2012 em assocIação com o comIté paralímpIco de portUGal. nova edIção da campanha “enerGIa solIdárIa” – através dos servIços Galp comfort. Consulte a página da Fundação no portal mygalp (http://mygalp/fundacaogalpenergia) e esteja atento à agenda de concertos e espetáculos na Casa da Música.

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CLUbe gaLP energia núCLeo CenTro

Dançar para crescer saudável duas dezenas de crianças e jovens aprenderam a exercitar todos os músculos do corpo através da dança. Mais de duas dezenas de crianças e jovens participaram nas últimas duas colónias de férias escolares promovidas pelo Clube Galp Energia – Centro. Diariamente, deslocaram-se às instalações da escola Dance Factory Studios, em Campolide, para participar no My Factory, um programa de ocupação dos tempos livres monitorizado por bailarinos profissionais e direcionado para a dança. Nestes encontros, realizados nas férias do Natal e da Páscoa, os jovens foram convidados a exercitar todos os músculos do corpo através da dança. Assim, de uma forma divertida, foi despertada a atenção dos participantes para questões como a coordenação motora e a expressividade natural do corpo. Como é sabido, a dança ajuda as crianças e os jovens a crescerem de forma saudável. Através da dança, desenvolvem-se

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capacidades psicológicas e motoras que beneficiam a postura e o conhecimento do corpo, que ajudam a adquirir noções de ritmo, tempo e espaço e que concorrem para uma boa integração social, estimulando a criatividade e reforçando a autoconfiança. Os participantes da segunda colónia comprovaram-no ao preparar um pequeno número de hip-hop e um outro número adaptado do espetáculo Cats, que apresentaram às famílias no final do último dia. Foi uma representação exemplar, pois, além de muito bem caracterizados, participaram ativamente no espetáculo, seguindo à risca todos os ensinamentos e coreografias. Foi um momento de orgulho para os pais, mas também para a direção do Clube Galp Energia – Centro, que continuará a desenvolver atividades que permitam o envolvimento saudável dos filhos dos seus associados.

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especiaL

marrocos E O DESERTO AQUI T達O PERTO TEXTO | FOTOgRaFia manuel aGuiar

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Marraquexe foi o verdadeiro ponto de partida desta aventura.

reino De marroCos

manuel aGuiar DAI – Banco Digital

Algarve. Manhã cedo. Um grupo de amigos. Dezanove jipes. Destino: Marrocos, um país tão próximo e ao mesmo tempo tão distante. Saímos com as viaturas repletas de alimentos e medicamentos e com a roupa necessária para suportar amplitudes térmicas extremas. Em 12 dias de viagem, durante as férias da Páscoa, passámos de temperaturas negativas a sufocantes 40°C; de chuvas torrenciais a tempestades de areia! Chegados a Essaouira, e depois da volta que se impunha pelos mercados tradicionais – uma eterna descoberta –, rumámos a Marraquexe, cidade imperial. Após uma volta pelas ruas estreitas da medina, desaguámos no imenso mercado ao ar livre, a praça Jemaa el-Fna, onde jantámos e passámos duas horas a regatear o preço das 40 refeições daquela noite. Marraquexe foi o verdadeiro ponto de partida desta aventura, que se iniciou com a subida do Atlas, montanha de neves eternas. Destino? O deserto. Ouarzazate, Foum Zguid e Sara. Só um terço desta viagem foi feito por estradas convencionais. Tudo o resto foram trilhos de montanha e areia. O GPS e o telefone-satélite

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são por isso objetos indispensáveis neste tipo de aventura. Entre o lago salgado de Iriki e Mhamid tivemos de resolver vários “atascansos” nas areias lodosas da região, a mais de 40°C. Regressámos por estrada, rumo ao norte. Enfrentámos uma tempestade de areia ao abandonar a região de Merzouga, na direção das Gargantas do Todra, uma passagem estreitíssima escavada nas montanhas, local de eleição de alpinistas. Cruzámos de novo o Atlas, agora com temperaturas negativas. Passámos Meknès e Moulay Idriss, até pararmos, por fim, em Chefchaouen, uma cidade branca, em cascata, que nos lembra a velha Europa. Seguiram--se Tetuão e depois Ceuta. Foi preciso muita paciência para ultrapassar as horas intermináveis e todas as formalidades antes de entrar de novo no ferry que nos levaria de regresso a Algeciras. Voltávamos realizados: distribuíramos vários quilos de medicamentos, centenas de quilos de material escolar e roupa variada. E eu regressava com cerca de cinco mil fotografias e seis horas de filme que, um dia, serão a base para um documentário sobre o povo berbere. Um dia. Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp em Publicações/Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

área total 446 550 KM” popUlação 33 757 175 HAB. pIb US$ 152 200 MILHÕES pc US$ 4600 línGUa ofIcIal áRABE (VARIANTE MARROQUINA) zona horárIa (UTC+0) VERãO (DST) EST (UTC+1) prIncIpaIs eXportações TURISMO, TRIGO, MILHO, CEVADA, CITRINOS, CANA-DE-AçÚCAR, ALGODãO E FOSFATOS sIstema polítIco MONARQUIA CONSTITUCIONAL moeda DIRHAM capItal RABAT cIdade com maIs popUlação CASABLANCA fronteIras ARGÉLIA SARA OCIDENTAL GIBRALTAR ESPANHA a não perder ATLAS, RIFE, FEz AS PRAIAS MEDITERRÂNICAS E ATLÂNTICAS, PASSEIOS NO DESERTO

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ADEGA DE sãO nICOLAu

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O Porto no seu melhor.

Come-se bem aqui, neste número 1 da Rua de São Nicolau, junto à Ribeira, no Porto. Espaço dedicado à cozinha tradicional, reinventou-se vezes sem conta ao longo dos tempos. Assim o testemunham os alvarás na parede. Um, de 1930, averba a adega de vinhos e petiscos; outro, de 1956, promove-a a casa de pasto, permitindo-lhe servir refeições quentes, de faca e garfo. “Já na altura não era fácil”, comenta António Coelho, que transformou a casa numa referência gastronómica da cidade. Natural de Resende, terra de cerejas e porta de entrada do Douro vinhateiro, está na Ribeira há 25 anos. À frente dos destinos da casa que adquiriu em 1997, granjeou respeito e notoriedade. A receita? Peixe fresquíssimo, carne mirandesa, maronesa e barrosã, legumes do dia e fruta da época, tudo da maior qualidade, tratado com simplicidade e honradez, segundo a velha tradição da cozinha portuguesa. Da cozedura lenta ao estrugido forte e ao grelhado mais simples, tudo se prepara na cozinha de aço inox aberta sobre a sala. Há tripas sete dias por semana; feijoada à transmontana; bacalhau à Gomes de Sá como manda a tradição (com a batata pelada e partida à mão, depois de cozida com casca); filetes de polvo com arroz do mesmo; salmonete regado com citrinos; linguado e robalo na grelha; e amêijoas a abrir. Há bifes e nacos de carne, tenra e apaladada; costela de porco avinhada e costela de sardinha. E não faltam sequer as favadas ou as migas de grelos estalados em azeite e alho com broa e ovos escalfados, os queijos e os enchidos, as perdizes e as lebres em tempo de caça, e a lampreia na altura dela. Tudo funciona de acordo com a estação. Uma boa carta de vinhos acompanha a refeição. Abrangente e equilibrada, parte do mais modesto e segue em crescendo até ao Pera Manca ou ao Barca Velha. A copo serve-se o vinho da casa, branco ou tinto, mas sempre honesto. Remata-se a refeição com toucinho do céu, leite-creme, rabanadas e aletria. Estamos no Norte, afinal. Mas há também profiteroles, especialidade da casa que vale a pena provar. O interior, agora forrado a madeira clara e acolhedora, segundo projeto de Pedro Gervell, lembra um barco rabelo e convida à conversa e à degustação lenta da boa cozinha que aqui se pratica. Lá fora, tal como à mesa, o Douro, sempre o Douro, que se espreita da pequeníssima esplanada. O Porto no seu melhor.

manuel aGuiar DAI – Banco Digital

adeGa de são nIcolaU Adega de São Nicolau Rua de São Nicolau, 1 4050-561 Ribeira (Porto) Telefone: 222 008 232 preço médio da refeição 25 euros dia de fecho Domingo

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sugestão mygalp

seleção

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LIVrO

mudAm-Se OS tempOS, RenASCem AS muSAS Para as pessoas que hoje na escola não têm os instrumentos para compreender o texto camoniano.

LIVRO riTa SanToS Refinaria de Matosinhos FAR – ETAR

ensaio sobre a cegueira jOSé SArAmAgO “Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem.” Este livro de Saramago é um livro que nos faz ver. Num mundo onde todos cegam, a sociedade estruturada desaparece, e dá origem ao caos, ao medo, à intolerância e à ganância. É um livro duro, que nos põe frente a frente com um dos instintos mais básicos do ser humano, a sobrevivência e o que conseguimos fazer para a manter. Mesmo quem não aprecia a escrita corrida do autor deve tentar ler esta obra(-prima). Saramago questiona: “É preciso ficarmos cegos para vermos realmente o que somos?”

fILme inêS feyo Refinaria de Matosinhos – Performance e Processamento de Dados

boardwalk empire Recentemente lançado na Casa Fernando Pessoa, Os Lusíadas para gente nova é literalmente um feito épico. Não só porque o seu autor, Vasco Graça Moura, se propõe reescrever, explicando, o venerável poema épico de Camões, mas sobretudo porque consegue cumprir admiravelmente essa colossal tarefa num tempo em que a voz das musas já não se entende como soía. Nas palavras do autor, o livro é destinado “às pessoas que hoje na escola não têm os instrumentos necessários para compreender o mínimo do texto camoniano”. Foi por isso que Vasco Graça Moura procurou simplificá-lo e reduzi-lo, organizando “uma antologia das passagens fundamentais”, mas “de maneira que elas se encadeassem como nos próprios Lusíadas”. E a tanto o ajudou o engenho e a arte, uma vez que, neste encadear de escritas que têm a separá-las mais de 400 anos, explica em oitavas o maior poema construído em língua portuguesa:

Para o fazer, Camões usou a oitava Que é feita de oito versos a rimar. Até ao sexto as rimas alternava, Nos dois finais a rima vai a par. Com oitavas assim, organizava Essa história que tinha de contar Em cantos que são dez e a nós, ao lê-los, Espanta como pôde ele escrevê-los.

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Quando damos por nós a torcer pelos “maus” e... todos são os maus, sabemos que estamos a ver uma série especial. Uma série não tanto sobre a disputa entre a bondade e a crueldade, quanto sobre o grau de determinação que empenhamos na nossa vida. E, estranhamente, no meio da escuridão do mundo a única luz que sobra é defendermos quem amamos.

mÚSICA david baTiSTa Desenvolvimento de Mercados

ok computer rADIOhEAD Lançado em 1997, o terceiro álbum da banda britânica Radiohead é para mim o melhor álbum rock de sempre, contendo o melhor single rock alguma vez feito – Paranoid Android. O álbum é considerado pela crítica como um dos melhores discos rock da década de 1990 e consagrou definitivamente os Radiohead como uma das mais importantes bandas da sua geração. As letras são voltadas para críticas pós-modernas sobre tecnologia, política, alienação e hipocrisia social. Uma obra-prima em que as capacidades de cada músico são exploradas a um nível excecional. Os Radiohead estarão em Portugal no Festival Optimus Alive, no dia 15 de julho.

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os meUs aGradecImentos ao KGb bayan ferreira Responsável pela Internacional Oil

Leia o texto integral deste artigo no portal mygalp em Publicações /Magazine em Português – Desenvolvimento de artigos.

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Embarquei pela primeira vez para a Guiné-Bissau no final de 1986. Tinha 31 anos, um filho com pouco mais de um ano, o Frederico, e sentia uma enorme motivação profissional e pessoal para, em ambiente amplamente adverso, construir a excelência. Em março de 1987 nasceu a minha filha, a Ariana. Em junho desse ano, a família, a Ana Maria e os dois filhos, juntou-se a mim em Bissau. O país era dominado por um partido único e tinha um regime muito musculado, com total ausência de iniciativa privada. Era tudo estatal, não havia nada disponível à mão. O hospital central Simão Mendes tinha falta de tudo; até se desinfetavam feridas com água quente. No entanto, o ambiente entre as pessoas, nacionais e estrangeiros, era excecional. Tudo era motivo para convívio, e os desafios profissionais eram enormes. Com cerca de seis meses, a minha filha foi acometida por febres altíssimas. Seria uma infeção? Seria gripe? Seria malária (paludismo)? A medicação errada poderia ser fatal. O hospital central não tinha laboratório. Não havia sequer um laboratório disponível para o público. O que fazer? A evacuação estava fora de causa, dado que o único avião semanal da TAP acabara de sair do país. Uns dias antes tinha sido convidado para jantar com a Ana em casa do Alexander, da embaixada da ex-União Soviética. O Alexander era coronel e responsável do KGB para a Guiné-Bissau. Eu sabia que a embaixada tinha todo o tipo de serviços para os funcionários e militares, por isso fui a correr a casa dele – telefones era coisa quase inexistente – e contei-lhe o que se passava. Contrariando a prática normal, enviou um médico soviético a minha casa, que retirou uma amostra de sangue à minha filha para ser analisada no laboratório da embaixada. Regressou passado algum tempo com os resultados, indicando que se tratava de um determinado tipo de paludismo. Depois de medicada, as febres altas ainda persistiram algum tempo, mas o médico acompanhou-a noite e dia até ela se restabelecer. Agradecemos ao médico e ao Alexander. Note-se que nunca trabalhei para o KGB, nem antes nem depois disto. A Ariana, que ainda permaneceu connosco alguns anos na Guiné-Bissau, nunca mais teve paludismo. Fez em março passado 25 anos de idade e é uma filha lindíssima. Um borracho.

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mygalp magazine 16 MAI • JUN 2012

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visão MANUEL FERREIRA DE OLIVEIRA

INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO NA GALP ENERGIA A Inovação foi sempre a primeira das causas do progresso da qualidade de vida verificada ao longo da história humana. Sem inovar em processos e/ou produtos, a sociedade em que vivemos seria extremamente monótona: tudo continuaria sempre igual. Uma empresa que não inove fica paralisada no tempo e o seu destino óbvio é desaparecer. 02

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O QUE É PARA MIM COMUNICAÇÃO INTERNA

1960 NAVIO-TANQUE SACOR

editorial RITA MACEDO

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2012 NAVIO-TANQUE SACOR II

opinião SEBASTIÃO FEYO DE AZEVEDO A INOVAÇÃO E AS RELAÇÕES ENTRE O MEIO EMPRESARIAL E AS UNIVERSIDADES destaques FACTOS MAIS RELEVANTES GALP

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inside A POUPANÇA VISTA DE CASA

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entrevista VANDA GONÇALVES LOGICA — UM PARCEIRO PARA A ÁREA TECNOLÓGICA

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capa GALP ENERGIA APOSTA EM I&D PARCERIAS COM A COMUNIDADE CIENTÍFICA

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negócios GALP 20-20-20 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM REDE

PETROGAL MOÇAMBIQUE CONGRESSO GEOCIÊNCIAS NA CPLP

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INÍCIO DO COMEX XXV JORNADAS DE ENGENHARIA QUÍMICA

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NOVOS DESAFIOS

ENERGIA POSITIVA PARA A SELEÇÃO responsabilidade social ÁREA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL REFORÇA PARCERIA história MARIA JOSÉ ESTEVES A CHEGADA DA INFORMÁTICA TERESA FORMIGA UMA VIDA FEITA DE DESAFIOS

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responsabilidade corporativa GESTÃO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA

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fundação UM ANO A DIVULGAR BOAS PRÁTICAS

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clube CLUBE GALP ENERGIA NÚCLEO CENTRO

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viagem MANUEL AGUIAR MARROCOS E O DESERTO AQUI TÃO PERTO

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sugestão SABORES ADEGA DE SÃO NICOLAU

CONCURSO “MAIS ENERGIA”

ACREDITAÇÃO DO NIDIN AS A TEAM ENCONTRO INTERNACIONAL OIL GALP ENERGIA INICIA COMERCIALIZAÇÃO DE ELETRICIDADE VALOURO REAFIRMA CONFIANÇA NA GALP ENERGIA

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© Stock.XCHNG

ENTRETENIMENTO OS LUSÍADAS PARA GENTE NOVA

MODELAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS FRATURADOS

SELEÇÃO LIVRO, FILME, MÚSICA

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raio-x BAYAN FERREIRA OS MEUS AGRADECIMENTOS AO KGB BERNARDO FERREIRA LIMA AS ABELHAS “QUASE” AFRICANAS BERNARDO FERREIRA LIMA

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AS ABELHAS

“QUASE” AFRICANAS 14 25

Diretora Rita Macedo Gestão de conteúdos Ana Margarida Pereira Editor de fotografia Manuel Aguiar Fotografias Manuel Aguiar Colaboram nesta revista Alexandre Teixeira, Ana Antunes, Carlos Bayan Ferreira, Filomena Dantas Vilela, Inês Feyo, Joana Rodrigues, João Albuquerque, João Nuno Mendes, João Paulo Horta, José Castro, Lúcia Rebelo, Luís Sousa Fernandes, Maria Clara Parada, Maria João Trindade, Marisa Alves, Marta Figueiredo, Miguel Batista, Nicolle Fernandes, Nuno Moreira da Cruz, Paulo Rua, Rita de Sousa, Rita Martins, Rita Santos, Ruben Eiras, Rute Gonçalves, Sandra Pacheco, Sandra Paes, Sara Montenegro, Sebastião Feyo de Azevedo, Sérgio Esperancinha, Sérgio Machado, Sérgio Pinheiro, Sofia Carvalho, Susana Maricato, Teresa Formiga, Vanda Gonçalves Também colaboram nesta edição Conceição Candeias e Teresa Resende (edição e revisão), Henrique Cayatte Design com a colaboração de Mónica Lameiro, Manuel Cluny (design) e Ana Machado (produção), Anyforms (infografia) Tiragem 9000 exemplares Periodicidade Bimestral Depósito legal 286693/08 Galp Energia Rua Tomás da Fonseca, Torre A, 1600-209 Lisboa – Portugal Tel.: (+351) 21 724 25 00 Fax: (+351) 21 724 29 76 e-mail: comunicacao.interna@galpenergia.com

ERRATA Por um erro de impressão junto encontra as respostas certas ao QUIZ da página 4 do suplemento da revista maygalp magazine n.º15 / 1-V; 2-F;3-V;4-F; 5-V;6-V;7-F;8-V; 9-F;10-F;11-V;12-F;13-V;14-V;15-F;16-F

AVENTURAS E PERIPÉCIAS DE BERNARDO FERREIRA LIMA EM BELÉM DO PARÁ, AQUANDO DO PROJETO DE PLANTAÇÃO DE PALMARES DE DENDÉM

Na sua maior parte, as áreas a implantar no Projeto Belém estão “antropizadas”, ou seja, já foram desmatadas há muito tempo, e geralmente são, ou foram posteriormente, exploradas com pastagens. Muitas delas estão cobertas por vegetação arbustiva de 1,5 a 2 metros de altura, e exigem que máquinas pesadas, tipo tratores de esteiras, façam a chamada “limpeza do terreno”. É importante que o trabalho dessas máquinas seja fiscalizado pelas nossas visitas constantes, que visam analisar rendimentos e a qualidade nos trabalhos executados, bem como evitar passivos ambientais. Pelas características da vegetação, as abelhas – “primas” bravas da Apis mellifera, mas mais preguiçosas, pois pouco mel produzem – encontram ali o seu habitat temporário, deslocando-se com frequência. É assim vulgar que os tratores encontrem colmeias naturais e que as ditas habitantes façam explodir a sua raiva em cima do trator e, pior ainda, em cima do tratorista, que, protegido por uma rede, procura tirar dali o veículo e deixá-las descansadas até mudarem de poiso. Numa das minhas visitas a esse trabalho, e acompanhado pelos fiscais de turno, aproximei-me incautamente de um trator. Por infeliz coincidência, o trator tinha acabado de “varrer” um arbusto onde estava instalada uma dessas colmeias. Imediatamente as abelhas nos atacaram com toda a ferocidade das suas primas africanas, ou quase, picando braços, cabeça, pescoço... enfim, parece que sabem os nossos pontos fracos. Pernas para que te quero! Corri esbaforido na direção para que estava voltado. Senti que mais ninguém me acompanhava, mas não me preocupei na altura com esse pormenor, ocupado com as contínuas palmadas que tinha de desferir em mim próprio, na tentativa de afastar aqueles insetos tão pequenos mas tão ferozes. Depois de correr mais de 200 metros, cansei-me e parei. Pelos vistos, as ditas abelhas também tinham, felizmente, desistido! Olhei para trás e vi que todo o pessoal que me acompanhava inicialmente correra exatamente na direção oposta, e ria-se de mim. Meio chateado, pois, além da dor das picadas e do cansaço, sentia que ainda era motivo de chacota geral, ouvi então: “Então dotô, quando a gente foge das abelhas tem de sair a favor do vento e não contra o vento, senão elas não desistem!” Enfim, as minhas visitas aos trabalhos de campo repetem-se com muita frequência, mas a minha aproximação aos tratores passou a ser mais estratégica. Agora tenho sempre o cuidado de perceber de que lado o vento sopra...

Capa Central fotovoltaica do parque de estacionamento do Chão do Loureiro Fotografia Manuel Aguiar

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GALP ENERGIA LIDERA EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

PARCERIAS COM COMUNIDADE CIENTÍFICA POSICIONAM EMPRESA NA LIDERANÇA DA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

ELETRICIDADE

GALP ENERGIA INICIA COMERCIALIZAÇÃO DE ELETRICIDADE

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