MURAL 80

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CACAU MENEZES ENTREVISTA RENATO SÁ O LEGADO DE HERCÍLIO LUZ O MELHOR MEL DO MUNDO É DE ARARANGUÁ






MAIS UM ANO COM A MURAL

foto LAURA SACCHETTI

EDITORIAL

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hegamos à edição de n.o 80, e com ela fechamos o ano de 2019. Estamos felizes com a marca, e mais do que isso, satisfeitos por encerrar o ano com a sensação de dever cumprido, levando informação de qualidade e entretenimento para você, que é nosso leitor, amigo, parceiro! E nesta edição, o fotógrafo conhecido internacionalmente e amante do mundo submarino, Antônio Husadel foi entrevistado pelo repórter Olavo Moraes, que trouxe um show de imagens subaquáticas das Ilhas Cayman, mostrando em detalhes que o local é muito mais do que um paraíso fiscal. A arquiteta Eduarda Tonietto literalmente “passeia” por duas reportagens. Na primeira, um perfil, ela fala um pouco sobre a carreira, suas motivações, o trabalho na empresa dirigida pelo pai e a paixão pelo fazer diferente. E na sequência, Eduarda apresenta, também, a conclusão do projeto de restauro da última residência do ex-governador Hercílio Luz, que está inserida no empreendimento Cidade Milano, construído pela Milano Incorporadora. O restauro do casarão integra uma matéria especial sobre o ano iluminado para monumentos aos quais o ex-governador empresta seu nome. Além dele, a matéria mostra o bom momento da Ponte Hercílio Luz, da Avenida Hercílio Luz e do novo aeroporto, entregue à cidade em 1.o de novembro. Continuando um pouco mais sobre a história de Florianópolis, Carlos Damião bate-papo com o engenheiro mecânico e artista plástico Átila Ramos sobre as bem preservadas – mas desativadas – estações de esgoto que fazem parte da paisagem urbana da Ilha, conhecidas como castelinhos, e sobre a tentativa de recuperação ambiental em andamento na Beira-Mar Norte. Em uma conversa com Rose Campos, Lu Zuê conheceu o projeto “Rose Campos Mídia”. A proposta segue uma tendência vivenciada pelos profissionais de diferentes segmentos, que se adaptam às novas tecnologias e passam a ser produtores de conteúdo em redes sociais. Ela e o marido, o cirurgião plástico Egídio Martorano, navegam tranquilos nessa onda. Cacau Menezes aparece na Mural para contar a história de um grande amigo, o boa praça Renato Sá, que começou como jogador de futebol e vive – muito bem, obrigado! – como um eterno e feliz playboy. Renato iniciou a carreira no Avaí e teve como segundo time o Botafogo, do Rio de Janeiro. E deu certo em tudo o que fez e faz! A repórter Daniele Maia repassa aos nossos leitores o encantamento experimentado pelos hóspedes do Hotel Baccarat New York, que reúne detalhes da nobre elegância da lendária marca de cristal francês. Lá, entre detalhes de luxo e requinte, os hóspedes podem experimentar, por exemplo, um drinque sofisticado que chega a custar US$ 5 mil. E também a experiência de admirar a “Big Apple” de um helicóptero sem portas com os pés balançando para fora. Visitamos o Costão do Santinho e ficamos animados com a programação preparada para as festas de final de ano e para o verão. Agora, inclusive, o resort passou a tratar o roteiro como “Entretenimento Costão do Santinho”, e nesse contexto, especialmente o público infantojuvenil vai ter boas surpresas. E que tal pegar uma carona com o multiesportista Luiz Roberto Formiga, e curtir a aventura de decolar de um barco com uma hidro asa-delta, subir a 450 metros de altura e, após desconectar o cabo de reboque, planar ao sabor dos ventos, aproveitar a paisagem e pousar suavemente na Lagoa da Conceição? Juliana Pamplona nos traz a trajetória do piloto catarinense André Gaidzinski, que vem se destacando no mercado automobilístico e sempre leva a bandeira do Estado nas corridas que participa. E o repórter Urbano Salles mostra a nova aposta da empresária Daniela Gerber Koerich, a “Dani”, que abriu em parceria com as filhas, Yasmin e Sophia, uma franquia do Café Cultura no Beiramar Shopping. “Estou aqui querendo ensinar a pescar, e não dar o peixe”, contou Dani ao Urbano.

É de Araranguá o mel escolhido pela quinta vez como o melhor mel do mundo. E tudo começou há mais de 30 anos, com um enxame que se instalou na casa de Célio Silva, proprietário da Prodapys, que tem como meta exportar seis mil toneladas/ano para os mercados europeu, norte-americano e canadense. Doce é o sucesso. Por meio da reportagem de Ana Carolina Abreu você pode conhecer um pouco mais sobre as “blue zones”, que são regiões no planeta que registram um alto índice de longevidade e saúde. Além da matéria sobre o poder do fruto que dá origem ao chocolate, o cacau. Nos espaços de nossas colunistas, saúde, beleza e bem estar. E quem não quer? Laura Sacchetti fala sobre a harmonização facial, Mariana Barbato revela o uso do colágeno em diversas áreas do corpo para combater a flacidez, e Roberta Ruiz esclarece sobre os benefícios da fisioterapia no pós-parto. Marcos Heise acompanhou de perto o show que marcou os 50 anos de ativismo cultural de Valdir Agostinho, que festejou a data com um espetáculo à altura. “A vida é uma Festa” lotou o teatro do CIC, e o público apaludiu de pé a trajetória do manezinho da Barra da Lagoa. Leo Comin nos apresenta a nova fase de Rael da Rima, que vem conquistando o público com sua mistura bem feita de pop e hip-hop. Antes ainda de nos mostrar quem fez sucesso nos eventos em Floripa, Juliana Wosgraus assina matérias que vai encantar quem curte as histórias do Batman. O homem morcego completa 80 anos e ganha as páginas da Revista Mural, em sua 80.a edição. Chuva de gente bonita na festa de lançamento da Mural n.o 79, nas casas do Grupo Novo Brasil – P12, Acqua Plage, Donna, Milk Club e Art´s Gastronomia e Música –, Noma Sushi e Pargus Seaside. Acompanhamos também a celebração do aniversário do médico Luciano Saporiti, que recebeu amigos e muita gente descolada no Porão Delfino 146, fomos visitar o novo endereço da Toca da Garoupa e demos um rasante no curso e teste de proficiência em suhi ministrado no Koniko Sushibar pelo sensei Hirotoshi Ogawa, diretor-executivo da Associação de Sushi no Japão. E fechamos a edição com imagens da IV Festa Beneficente em prol do Hospital Joana de Gusmão, que teve como anfitriões o médico Alexandre Buffon e a nutricionista Gismari Bertoncello. Fazer o bem fez sucesso! Fizemos tudo isso para você ter informação em mãos, com a qualidade da nossa assinatura. Boa leitura, um beijo e um abraço.



EXPEDIENTE

8 DIREÇÃO MARCO CEZAR EDITOR-CHEFE

FOTOGRAFIA TESOUROS DO FUNDO DO MAR

10

LEGADO CATARINENSE UM HOMEM LUMINOSO

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MURAL MILANO RENASCIMENTO

28

MEMÓRIA O CHARME DOS CASTELINHOS

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PERSONALIDADE ENTRE A VIDA SOCIAL E AS REDES SOCIAIS

36

PERSONALIDADE RENATO SÁ: UMA VIDA DE SONHOS

42

PELO MUNDO BACCARAT NEW YORK NEW YORK A MEUS PÉS

46

COSTÃO DO SANTINHO PRONTO PARA O VERÃO E PARA AS FESTAS

54

ESPORTE O SONHO DE VOAR

62

AUTOMOBILISMO O SONHO DE VOAR

68

PERSONALIDADE CAFÉ PARA TRÊS

72

APICULTURA DOCE SUCESSO

78

NUTRIÇÃO BLUE ZONES SAGRADO CACAU

82

MARCO CEZAR JORNALISTA RESPONSÁVEL MARCOS HEISE (MTb-SC 0932 JP) PLANEJAMENTO GRÁFICO AYRTON CRUZ LU ZUÊ COLABORARAM NESTA EDIÇÃO ADRIEL DOUGLAS ANA CAROLINA ABREU ANA MARMO ANDRÉ COELHO ANGELO SANTOS ANTÔNIO HUSADEL CAIO CEZAR CARLOS BORTOLOTTI CARLOS DAMIÃO CARLOS JUNIOR CLE OLIVEIRA DANIEL SILVA DANIELA PASSOLD DANIELE MAIA DAVID COLLAÇO JEAN-MARC RAGON JULIANA PAMPLONA JULIANA WOSGRAUS LAURA SACCHETTI LEO COMIN LILIAN MENDONÇA LIO SIMAS LU ZUÊ LUCA BASSANI LUIZ ROBERTO FORMIGA MARCOS HEISE MARIANA BORO MARIANA TREMEL BARBATO MAYCON MEDEIROS MICHEL TÉO SIN OLAVO MORAES ROBERTA RUIZ RUDI RAZADOR SÉRGIO SONA STEPHEN WOLBORSKY THIAGO ALVIM IMPRESSÃO Maxigráfica | Curitiba/PR 0 marcocezar.foto@gmail.com 1 48 3025-1551


86

SAÚDE BUCAL HARMONIZAÇÃO OROFACIAL

88

SAÚDE ALÉM DA FACE

90

FISIOTERAPIA PÓS-PARTO

94

BATMATÉRIA BATMAN, INVENCÍVEL

98

MÚSICA O PANDORGUEIRO DA BARRA DA LAGOA

102

OCULTO RAEL SEGUE NA RIMA

104

JULIANA WOSGRAUS COLUNA

110

MURAL DA MURAL A MURAL É UMA FESTA

112

MURAL NOVO BRASIL FESTA PARA TODOS

116

MURAL NOMA E PARGUS NOMA SUSHI PARGUS SEASIDE

118

COMEMORAÇÃO UM BRINDE À VIDA!

122

EMPREENDIMENTO TOCA PRA TOCA

124

CURSO MESTRE

126

LEILÃO BENEFICENTE FESTA DO BEM

ÍNDICE

9

16 CAPA EDUARDA TONIETTO FOTOS MARCO CEZAR LOCAÇÃO CASA HERCÍLIO LUZ


FOTOGRAFIA

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TESOUROS DO FUNDO DO MAR Fotógrafo Antônio Husadel registra o universo marinho com maestria, e nutre especial apreço pelos naufrágios


FOTOGRAFIA

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Cayman Brac

texto OLAVO MORAES fotos ANTÔNIO HUSADEL

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imagem submarina encanta e surpreende. A aura de magia da fotografia subaquática exige talento, técnica e dedicação extrema. Engenheiro mecânico e advogado de formação, Antônio Husadel, 53 anos, tem intimidade com o mar. Natural de Blumenau, é fotógrafo e instrutor de mergulho. Uniu a paixão pelo universo marinho ao olhar apurado através das lentes da câmera. Fotógrafo internacional, tem registros por todo o globo. Amante do mundo submarino, nutre especial apreço por naufrágios. Dentre inúmeros trabalhos e ensaios, a Revista Mural selecionou imagens das Ilhas Cayman, de tirar o fôlego. O trabalho de curadoria foi meticuloso, e o resultado final está nas páginas que se seguem. “Meu primeiro mergulho para fotografar foi atrás do Hotel Plaza Itapema, na ilhazinha. Lá fiz as primeiras fotos”, relembra com carinho Husadel.

A Cayman Brac, uma das ilhas irmãs que formam o trio das Caymans, oferece suas próprias experiências de mergulho. Nela, os visitantes encontrarão ambiente isolado e mais de 65 pontos de mergulho. Cayman Brac tem a famosa fragata russa Capitão Keith Tibbetts, com estrutura imponente de 330 pés. Esse navio de guerra, que nunca chegou a participar de batalhas, foi construído em 1984 em Nadhodka, na antiga União Soviética. Agora, no fundo do mar, permite que os mergulhadores visitem vários de seus compartimentos originais em um ambiente seguro, incluindo o lançador de mísseis, as torres de metralhadoras e os canhões, além de permitir que os visitantes nadem pelo acesso à ponte e pelas plataformas superiores. Cayman Brac também abriga a Oceanic Voyageurs, uma estátua submersa em águas rasas que fornecem uma experiência única de mergulho e snorkel. Para os que desejam apenas explorar a região existem jardins de corais e cavernas que podem ser visitadas.

As ilhas

foto DANIELA PASSOLD

As Cayman são território britânico ultramarino, formado por três ilhas. Grand Cayman é a principal, com aproximadamente 50 mil habitantes, e onde praticamente tudo se concentra. Ainda há a Little Cayman e a Cayman Brac, ambas com pequena população, acessíveis por voos regulares realizados em pequenos aviões.


FOTOGRAFIA

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A fragata russa

O paraíso não é só fiscal

Em setembro de 1996, uma antiga fragata da classe Koni II da marinha cubana, designada 356, foi afundada propositalmente em águas rasas em Cayman Brac. O navio foi construído em 1984 como uma das três fragatas da classe Koni II vendidas a Cuba, para apoiar sua frota da Guerra Fria. Em 1996, o navio foi comprado de Cuba pelo governo das Ilhas Cayman para ser afundado em Cayman Brac como atração de mergulho. A fragata estava afundada na vertical e, inicialmente, o convés repousava 90 pés (27 metros) abaixo da superfície. Uma grave tempestade, em 2004, partiu o navio em dois, e seu arco agora está em um ângulo de 45 graus, enquanto suas naves espaciais se tornaram campo de destroços. Antes de ser afundado, o navio foi renomeado Capitão Keith Tibbetts, em homenagem a um político e mergulhador local. É um dos poucos barcos naval soviéticos afundados no Hemisfério Ocidental, e o único, de dois, que tem fácil mergulho, incluindo o navio irmão SKR-451.

Quem observa as largas avenidas, as torres com escritórios dos conglomerados financeiros internacionais, as lojas de grifes e os carros de luxo, dificilmente imagina que o maior tesouro das Ilhas Cayman está no fundo do mar. Somadas, as três ilhas de Cayman reúnem mais de 365 pontos de mergulho, cada um mais surpreendente que o outro. Em Grand Cayman, a maior delas, é possível optar por mais de 130 pontos, muitos localizados a menos de 800 metros da praia. Pode-se admirar corais, peixes de vários tamanhos e cores, arraias e tartarugas, uma abundância de espécies marinhas. Há também os paredões que cercam as ilhas (96 km deles só em Grand Cayman), além de cavernas, cânions e naufrágios. Umas das opções mais famosas em Grand Cayman é Stingray City, ou Cidade das Arraias, um viveiro desses animais que fica em um banco de areia do lado ocidental. Com apenas 3,5 metros de profundidade é possível nadar com mais de 20 arraias-prego “domadas”, que circulam pelas águas banhadas ao sol.


FOTOGRAFIA

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Centro de mergulho em 1957 O arquipélago ficou famoso por aparecer no noticiário relacionado a remessas de quantias para contas secretas. Mas as ilhas Cayman guardam mais que segredos bancários. Em 1953 foi aberto lá o primeiro banco comercial, o Barclays Bank. Na ocasião, alguns hotéis começaram a funcionar, e, em 1957, o pioneiro Bob Soto inaugurou o primeiro centro de mergulho. Alguns anos mais tarde, o governo promulgou leis para tirar proveito da ausência de tributação e estimular o crescimento do setor bancário. De repente, as ilhas Cayman – hoje um dos principais centros de investimento offshore do mundo – estavam no mapa, tanto como centro financeiro internacional quanto como destino de turismo e mergulho.


14 FOTOGRAFIA

foto ANTÔNIO HUSADEL

FOTOGRAFIA SUBAQUÁTICA

O que pensa o artista “GOSTO DOS NAUFRÁGIOS PORQUE ELES SEMPRE CONTAM UMA HISTÓRIA.” “FOTO LEGAL É QUANDO VOCÊ COLOCA O LEITOR DENTRO DA IMAGEM. AQUELA QUE A PESSOA SE IMAGINE FAZENDO PARTE DO CONTEXTO. NA FOTOGRAFIA SUBMARINA, GOSTO DE FOTOS QUE TENHAM PESSOAS.” “EM 1992 COMPREI A PRIMEIRA CÂMERA SUBMARINA, UMA NIKONOS 5, COM LENTE DE 15MM. ANFÍBIA, SEM CAIXA ESTANQUE, E AJUSTES MANUAL.” “ATÉ 2004 VIVEMOS A FASE ANALÓGICA. HOJE, NAS CÂMERAS DSLR, FAZEM ADAPTAÇÃO PARA USAR AQUELA LENTE (NIKONOS DE 15MM).”

“FOTOGRAFO DIGITAL E RAW, FAÇO PEQUENOS AJUSTES. OS CAMPEONATOS DE FOTOGRAFIA SUBMARINA NÃO PERMITEM MANIPULAÇÃO EXAGERADA.” “PARA FOTOGRAFIA SUBMARINA, O QUE ESTIVER ALÉM DE UM BRAÇO ESTICADO ESTÁ LONGE DEMAIS. PODE SER TUBARÃO, NAUFRÁGIO...” “USO UMA SUPER GRANDE ANGULAR. OU VOCÊ USA MACRO OU SUPER GRANDE ANGULAR, A MINHA É UMA 10MM.” “SE AS TUAS FOTOS NÃO ESTÃO BOAS O SUFICIENTE, É PORQUE VOCÊ NÃO ESTÁ PERTO O SUFICIENTE.” “UMA FOTO BACANA TEM QUE CONTAR UMA HISTÓRIA SEM PALAVRAS.” “A GRANDE QUESTÃO É FAZER O BALANÇO DA LUZ AMBIENTE COM O FLASH.”

SAIBA MAIS

Onde encontrar as obras

foto STEPHEN WOLBORSKY

• O acervo de imagens do autor, desta reportagem e do banco de dados, pode ser disponibilizado para decoração de ambientes. E husadel@antoniohusadel.com.br www.antoniohusadel.com.br N (48) 99600-7017 (com Daniela Passold)



CAPA

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A uniĂŁo entre arquitetura e business foi algo natural na vida profissional da arquiteta e diretora de produtos da Milano Incorporadora


CAPA

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texto LU ZUÊ fotos MARCO CEZAR

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om apenas 30 anos, Eduarda já acumula uma variedade de experiências que se refletem diretamente no seu trabalho. Nascida em Caxias (Rio Grande do Sul), veio em 2005 para Florianópolis, onde terminou o ensino médio. “Desde os meus 15 anos, todas as vezes que a família se mudava, eu adorava sentar com o arquiteto e desenhar algumas partes do projeto. Já era algo que me atraía e que mais tarde virou profissão. Ser muito detalhista e ter uma grande sensibilidade visual e criativa são traços que me acompanham ao longo da vida”, revela. Na sequência, mais uma mudança: partiu para estudar arquitetura em Curitiba, aprendendo com profissionais de renome na área como Marcos Bertoldi e Jaime Lerner, ex-prefeito da capital e ex-governador do Paraná. “Escolhi este caminho porque sempre gostei muito de arte, de arquitetura, ver referências, viajar e imaginar projetos diferentes. Em Curitiba, o nível cultural da cidade me atraiu muito”, avalia. Ainda durante a faculdade, foi ampliar seus conhecimentos na École Nationale Supérieure D’architecture et de Paysage de Bordeaux, na França. Foi lá que desenvolveu ainda mais o lado artístico e poético da arquitetura. Segundo Eduarda, “na Europa as faculdades estimulam muito esse lado dos alunos, fazem uma imersão profunda na busca de referências, desenvolvimento de conceito e criação muito antes de começar a rabiscar no papel qualquer projeto. Algo que em uma faculdade no Brasil duraria algumas semanas, lá dura um semestre inteiro de dedicação. Foi realmente uma experiência transformadora, tanto na vida pessoal quanto na profissional. Com certeza esse desejo por criar conceitos diferentes e ousados nasceu lá, e junto com a minha personalidade e todos os meus giros pelo mundo em busca de referências e experiências, é algo que me diferencia na profissão”.

Idas e vindas entre Florianópolis, Curitiba e São Paulo Ao voltar para o Brasil, permaneceu morando em Curitiba até 2015, quando voltou para Florianópolis para assumir a direção de produtos da Milano Incorporadora. A empresa é presidida pelo pai, Paulo Tonietto, empresário do ramo esportivo e também fascinado por arquitetura. “Meu pai é um visionário, que confiou no meu trabalho para que juntos criássemos empreendimentos com conceitos inovadores para a cidade. Nosso propósito hoje é impactar, superar as expectativas, mostrando o poder que a arquitetura tem de transformar a vida das pessoas.” Mesmo com residência fixa na capital catarinense, a rotina de viagens continua. Eduarda é extremamente urbana e apaixonada pela vida cultural de São Paulo e Curitiba. Assim fica em Florianópolis durante a semana, para trabalhar, mas Curitiba e São Paulo são seus destinos quase certos nos finais de semana.


CAPA

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Trabalho e dedicação exclusiva

Cidade Milano: um marco para Florianópolis A vinda para Florianópolis foi motivada principalmente por um dos mais comentados projetos arquitetônicos dos últimos anos: o Cidade Milano, um projeto que nasceu com o propósito de conectar as pessoas e facilitar o dia a dia delas. Um empreendimento que se relaciona com a cidade de maneira única e que compartilha em um mesmo espaço, diversos usos, criando um ambiente dinâmico e inteligente. Morar perto do trabalho, ter a poucos passos os serviços dos quais se precisa no dia a dia, opções de lazer e gastronomia, além da localização em um ponto estratégico da cidade, são pontos considerados fundamentais para se garantir qualidade de vida nos dias atuais. Dentro do complexo está o casarão onde morou o ex-governador Hercílio Luz, que foi totalmente restaurado pela Incorporadora. Eduarda foi responsável pela criação e pelo desenvolvimento do conceito do empreendimento localizado na Avenida Mauro Ramos, no centro da Ilha. Dentro do empreendimento, o antigo casarão foi totalmente recuperado e restaurado para resgatar um pedaço da história do Estado que estava desaparecendo. Abrirá suas portas em 2020 como novo espaço de eventos de Florianópolis, para dar espaço a novos encontros e mostrar a importância da valorização do nosso patrimônio histórico.

Dedicada exclusivamente ao trabalho dentro da Milano Incorporadora, Eduarda se vê longe do trabalho tradicional na arquitetura. O que a atrai na profissão é a possibilidade de transformar o dia a dia das pessoas: “Esse trabalho de forma integrada, onde eu tenho a liberdade de criar o conceito do empreendimento e nós mesmos o construirmos, é o que faz a diferença: o projeto sai exatamente como imaginado, não está sendo entregue para execução de um cliente, que pode transformá-lo em algo completamente diferente do que foi pensado. Meu envolvimento está desde o início da ideia, desenvolvimento, entrega e até operação, em alguns casos. A Milano é uma empresa com uma visão muito à frente de seu tempo. Com o propósito de transformar. Fazer mais do mesmo não é o que nos move. Essa troca com a nossa equipe ao longo desses últimos anos foi muito importante, pois eles me ensinaram o que é estar em um canteiro de obras com toda a experiência de muitos anos profissão – onde eu aprendi muito –, e eu passei para eles a minha visão de criar produtos fora do comum, que tenham esse poder de transformar e que vão muito além de entregar metro quadrado”. “O Cidade Milano foi um marco para Florianópolis, mas não será um fato isolado.” A arquiteta, junto com a Milano, tem planos para trazer mais projetos inovadores, como o hotel boutique de luxo que está em construção na praia do Forte. “Queremos trazer para Floripa o que é referência fora daqui, entregando inovação e um estilo de vida mais moderno. Vamos modificar o conceito que as pessoas conhecem de morar, trabalhar e aproveitar a vida”, finaliza. A ideia de Eduarda é ir cada vez mais longe.



fotomontagem AYRTON CRUZ

LEGADO CATARINENSE

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Ponte, avenida, palacete e aeroporto reforçam legado de Hercílio Luz textos LU ZUÊ fotos ANDRÉ COELHO, CARLOS BORTOLOTTI, LILIAN MENDONÇA, MARCO CEZAR, MARIANA BORO e SÉRGIO SONA

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m 20 de outubro de 1924, Santa Catarina perdeu um de seus mais expressivos políticos. Vencido por um câncer, Hercílio Pedro da Luz – ou simplesmente Hercílio Luz – morreu na mesma cidade em que nasceu, antes Desterro, e que por meio de lei por ele próprio aprovada, passou a ser Florianópolis. Reconhecido pelo espírito empreendedor, pelos projetos ousados e pelas inúmeras obras e realizações, Hercílio Luz foi presidente do Estado (como eram conhecidos os governadores até 1930) por três mandatos (1894-1898, 1918-1922 e 1922-1924), e em cada um deles foi muito além de simplesmente ocupar um cargo: incentivou o povoamento do Estado, promoveu várias intervenções no sistema viário, investiu na melhoria dos portos, adotou cuidados extras em relação à educação, à pecuária e à agricultura, trabalhou muito para melhorar o transporte marítimo e fluvial e graças a seus esforços foi instalada a linha telegráfica entre Joinville e São Bento, em 1826.

Engenheiro por formação e visionário na sua essência, o filho de Joaquina Ananias Neves da Luz e Jacinto José da Luz trabalhou muito para promover o desenvolvimento do Estado. Por tudo isso, há monumentos em sua homenagem e empresta seu nome a empreendimentos, ruas e avenidas, ginásios, estádios e até times de futebol espalhados por todas as regiões de Santa Catarina. Especificamente na Capital, Hercílio Luz é nome, por exemplo, do Aeroporto Internacional, da primeira ponte que fez a ligação entre a Ilha e o Continente, de uma avenida com traçado sinuoso, e denomina, também, a última e imponente casa onde o governador viveu até seus últimos dias. Fato é que todos esses lugares passaram por maus bocados, ou ficaram ultrapassados nos últimos anos, e justamente em 2019, quando se completa 95 anos da morte de Hercílio Luz, todos fecham o ano transformados, reformados ou revitalizados, corrigindo situações que mais do que deixar monumentos no esquecimento, constituem-se como faltas de consideração e respeito à história do Estado. O ano parece ser dele, e Hercílio Luz deve, sim, estar satisfeito!


foto MARIANA BORO

LEGADO CATARINENSE

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Durante quase 20 anos ela esteve abandonada, sucumbindo, aos poucos, aos efeitos da passagem do tempo e da falta de cuidado. Última residência do ex-governador, o casarão localizado na região central de Florianópolis, a cerca de 500 metros da Avenida Beira-Mar Norte, foi recebido em doação pelo político em 1895, e na ocasião contava com apenas um andar. Engenheiro, Hercílio Luz comandou a construção de um segundo pavimento com dois cômodos e um terraço, que lhe permitia acompanhar, à distância, a construção da ponte, mais tarde batizada com seu nome. Tombada como Patrimônio Histórico pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em 2002, a casa estava em estado deplorável, quando a Milano Incorporadora deu início ao processo de restauro: árvores cresciam dentro da casa, cupins comprometeram o madeiramento da estrutura e de portas e janelas, e o reboco das paredes se soltava com a simples vibração dos passos dentro dela. Acompanhado de perto pela arquiteta Eduarda Tonietto, o projeto de restauro demandou recursos de mais de R$ 5 milhões apenas para a obra, e três anos de dedicação de uma equipe de mais de 30 profissionais altamente especializados que se viram desafiados diariamente, comprometidos em promover o resgate dos detalhes que adornam o palacete, marcante pelos elementos art nouveau e art déco. O projeto de restauro foi assinado pela arquiteta Lílian Mendonça (referência na área), executado pelo engenheiro Ângelo Buratto e supervisionado pela FCC. Responsável pela criação e desenvolvimento do conceito do empreendimento Cidade Milano (no qual a Casa Hercílio Luz está inserida), Eduarda conta que o antigo casarão foi transformado num espaço de eventos, com novos elementos contemporâneos, como o projeto Luminotécnico feito pela Allume, paisagismo do profissional paulistano Beneditto Abbud, além das duas construções anexas à casa com jardins suspensos.

“A conexão do antigo e desses novos elementos que entram no projeto, valorizam ainda mais esse patrimônio, que volta a fazer parte da nossa cultura. Como novo espaço de eventos da cidade e estando inserida dentro de um complexo multiuso como o Cidade Milano, a casa voltará ao esplendor que viveu no século XIX em uma versão moderna e que irá se perpetuar para as novas gerações”, complementa a arquiteta. Eduarda já havia morado em Florianópolis (onde concluiu o ensino médio), mas depois de passagens pela Europa, fixou residência em Curitiba até 2015, quando voltou à capital catarinense para assumir a direção de produtos da Milano Incorporadora. A empresa é presidida pelo pai, Paulo Tonietto, empresário do ramo esportivo e também fascinado por arquitetura. “Meu pai é um visionário, que confiou no meu trabalho para trazer projetos e criar conceitos inovadores para seus empreendimentos. O resgate dessa casa foi uma satisfação pessoal e profissional para todos nós. Foi um grande aprendizado poder trabalhar ao lado de uma equipe experiente, que se viu desafiada diariamente pela complexidade do empreendimento”, explica. Apresentada ao público em setembro, durante a abertura da CasaCor Florianópolis 2019 (sediada no Cidade Milano), a Casa Hercílio Luz abre sua agenda para eventos a partir de 2020. foto LILIAN MENDONÇA

Um ponto estratégico para acompanhar a construção da ponte


o antes e o depois, no minucioso restauro da Casa Hercílio Luz, feito pela Milano Incorporadora

fotos LILIAN MENDONÇA

LEGADO CATARINENSE

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fotos MARIANA BORO

LEGADO CATARINENSE

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foto RUDI RAZADOR

foto MARIANA BORO

foto MARIANA BORO

TUDO NUM SÓ LUGAR

Segundo Eduarda Tonietto, um dos ativos mais valiosos do ser humano hoje é o seu próprio tempo, e isso vem influenciando cada vez mais a organização das rotinas, para que no final do dia sobre mais tempo para investir no bem estar próprio. “Imaginar que o lugar onde moramos e o que esse espaço oferece influencia diretamente nesse fator, já nos indica que estamos entrando em uma fase de transformação”, avalia a arquiteta. No desenvolvimento do projeto do Cidade Milano (empreendimento onde a Casa Hercílio Luz está inserida), a Milano Incorporadora usou como referência uma tendência verificada em grandes metrópoles mundiais, propondo soluções residenciais, corporativas, de lazer, serviços, compras e eventos, todas concentradas em um único local. “O Cidade Milano é um empreendimento que nasceu com o propósito de conectar as pessoas e facilitar o dia a dia dos indivíduos. Um projeto que, além de unir o morar e trabalhar no mesmo lugar, compartilha uma estrutura de gastronomia, serviços, bem estar e lazer com os usuários do empreendimento e toda a população da região”, conta Eduarda. O Pátio Milano, por exemplo, deve se transformar no novo ponto de encontro na região central da Capital, disponibilizando opções de gastronomia e serviços dentro de um ambiente com uma cara industrial inspirado nos food halls de Nova Iorque.

No Jardim Milano (torre residencial do Cidade Milano, a aposta foi nos apartamentos compactos e valorizados pela qualidade dos materiais de acabamento. Mas a proposta é ir muito além do simples morar, avançando no conceito da plena convivência ao idealizar áreas comuns inovadoras. Além dos tradicionais espaços gourmet, de eventos e fitness, o Jardim Milano criou o Sports Bar – um ambiente projetado para reunir os amigos em torno dos principais eventos esportivos da atualidade. É um espaço para os amantes dos esportes, onde estarão expostos objetos autografados por grandes craques, formando uma coleção particular dos moradores. “As áreas comuns foram pensadas para serem a extensão do apartamento. Cada espaço foi projetado para estimular a conexão entre os moradores, de forma que as pessoas convivam mais, façam novas amizades e curtam o seu tempo com muito mais qualidade. Acreditamos na importância que a convivência traz para a vida, por isso estamos apostando no resgate da vida compartilhada em comunidade”, reflete Eduarda Tonietto. E a torre corporativa, a Estação Milano, foi idealizada com propostas de escritórios que vão de salas a partir de 30 m² a 132 m², ou laje completa com 370 m², acessíveis a partir de uma moderna recepção. Superar as expectativas e colaborar para criar cidades mais inteligentes. Segundo Eduarda Tonietto, esse é o propósito.

foto MARIANA BORO

foto CARLOS BORTOLOTTI

Cidade Milano contribui para tornar a cidade mais inteligente foto MARIANA BORO

LEGADO CATARINENSE

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25 foto MARCO CEZAR

LEGADO CATARINENSE

O charme de um traçado diferenciado

O interessante é que a história da avenida passou por ciclos, alternando momentos de infortúnio e de glória, ora sendo a queridinha, ora a desprezada, e para entender isso basta conhecer um pouco da história. No século XIX, o Rio da Bulha era um córrego que recebia esgotos diretamente das casas, e a região era ocupada pela camada mais pobre da população. A canalização do rio era uma obra de grande porte – e cara –, e por isso foi sendo postergada ano após ano. Foi a partir de 1920, no governo de Hercílio Luz, que a realidade começou a mudar, com as obras de ordenamento urbano e a construção do canal. A Avenida do Saneamento não apenas reuniu canalizações de drenagem e as conduziu até o mar, mas também provocou grande modificação no traçado da cidade, valorizando as margens do rio e firmando a região como uma das áreas preferidas pela classe média. Tudo ficou muito melhor, mas o canal a céu aberto deixava à mostra a água dos córregos, exalava mau cheiro e havia constantes alagamentos, situação que persistiu até que o vão foi totalmente coberto, a partir de 2009. Em 2019, os trabalhos de revitalização da avenida – que integram um projeto de transformação do Centro de Florianópolis – fizeram da Hercílio Luz um destino agradável, que caiu no gosto de

foto AYRTON CRUZ

foto CARLOS BORTOLOTTI

Inicialmente chamada de Avenida do Saneamento, a avenida Hercílio Luz “serpenteia” pela região do centro antigo da Capital, ligando as avenidas Mauro Ramos e Gustavo Richard. O traçado diferenciado, que segue o caminho percorrido pelo Rio da Bulha, desde sempre foi uma característica marcante, e com o passar do tempo e as mudanças implementadas na avenida, conferiu um charme a mais para a via, que é velha conhecida dos florianopolitanos. Qual manezinho não sabe onde fica o Paredão do Ceisa, o cachorro quente do Afonso ou o Clube 12 de Agosto?

artistas, pessoas descoladas e turistas. A administração municipal investiu na recuperação de bancos, acrescentou outros novos de concreto e mesas de jogos, substituiu piso tátil, recuperou o gradil e repintou aproximadamente três quilômetros de ciclovia. A Hercílio Luz nunca esteve tão charmosa quanto agora. A população realmente se apoderou do espaço, que ganhou vida tanto de dia quanto à noite, quando os bares ocupam o canteiro central com mesas, cadeiras e muita luz. A Hercílio Luz ferve!


Uma obra de engenharia com coração Apesar de todas as realizações das administrações de Hercílio Luz, ele ficou mesmo marcado por uma obra, que é considerada o cartão postal de Florianópolis: a ponte pênsil que mandou construir e não chegou a ver pronta. Em 1924, doze dias antes de morrer, ele inaugurou uma réplica de madeira, especialmente construída na Praça XV de Novembro. A ponte só foi entregue à população quase dois anos depois, em 13 de maio de 1926. A decisão do então governador pela construção foi como uma resposta a um movimento para mudar a capital para Lages, uma vez que a Ilha era considerada muito distante e isolada para ser o centro administrativo e político do Estado. Com a ponte, que deveria ser chamada Ponte da Independência, criou-se a primeira ligação terrestre entre Ilha e Continente, Florianópolis consolidou-se como a Capital e os 40 mil habitantes da cidade passaram a ter uma opção a mais de travessia, que até então dependia unicamente de balsas. David Steinman, engenheiro norte-americano, foi o responsável pela obra, e todo o material foi importado dos Estados Unidos, demandando a contratação de um empréstimo que correspondia, à época, a dois orçamentos anuais do Estado. Só em 1978, mais de 50 anos depois, portanto, a dívida foi quitada. Em janeiro de 1982, após relatório de inspeção realizada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), a ponte foi interditada pela primeira vez, sendo que seis anos depois foi liberada para tráfego de pedestres, bicicletas, motocicletas e veículos de tração animal. Em julho de 1991, nova interdição total. Entre idas e vindas, reformas, interrupções de trabalhos, prazos perdidos e contestações relacionadas a recursos e projetos, lá se vão 28 anos com permissão apenas para admirar, à distância, o mais famoso monumento de engenharia catarinense, que ocupa um lugar especial no coração dos florianopolitanos. Agora, a novela chega ao fim. Em agosto deste ano, a estrutura voltou a ser sustentada inteiramente pelas barras de olhal e cabos pendurais, conforme o projeto original. E em outubro, teve início a colocação do piso da pista do vão central e a conclusão das passarelas de ciclistas e pedestres. A data marcada para a “devolução” da ponte Hercílio Luz aos catarinenses é 30 de dezembro, quando a “velha senhora”, totalmente recuperada, volta a cumprir a missão idealizada por Hercílio Luz, e promover a ligação entre a Ilha e o Continente.

fotos CARLOS BORTOLOTTI

LEGADO CATARINENSE

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27 foto SÉRGIO SONA

LEGADO CATARINENSE

De Floripa para o mundo e do mundo para Floripa

Em 1974, a Infraero recebeu a jurisdição do aeroporto, e dois anos depois, em 1976, inaugurou um novo terminal, com quase três mil m². De lá para cá, a cidade cresceu – e muito –, e apesar das reformas e ampliações pelas quais passou, o velho Hercílio Luz já operava no limite, recebendo cerca de quatro milhões de embarques e desembarques por ano. Em nada o aeroporto combinava com a posição de Florianópolis, apontada como um dos principais destinos turísticos do Brasil. Concedido à iniciativa privada a partir de um leilão realizado em março de 2017, o Aeroporto Hercílio Luz – elevado à categoria Internacional em 1995 –, passou a ser administrado pela concessionária Zurich International Airport AG, que em Florianópolis passou a se chamar Floripa Airport. A concessão é de 30 anos de uso, e a administração foi totalmente assumida pela concessionária em janeiro de 2018, que na época anunciou investimentos de R$ 500 milhões na construção do novo terminal e agendou a entrega da estrutura para outubro de 2019, prazo cumprido com pontualidade: inaugurado em 28 de setembro deste ano, o novo terminal passou a operar regularmente em 1.o de outubro. A moderna estrutura – com detalhes arquitetônicos que segundo a concessionário remetem às paisagens de Florianópolis – amplia a capacidade de três para oito milhões de passageiros/ano e conta com um terminal de 49 mil m², com áreas de embarque e desembarque em pisos distintos e recursos de sustentabilidade.

foto ANDRÉ COELHO

foto SÉRGIO SONA

A história do Aeroporto Hercílio Luz começou há quase 100 anos, em 1922, quando Florianópolis passou a abrigar as instalações do Sistema de Defesa Aérea do litoral do Brasil. Só 33 anos depois, o Ministério da Aeronáutica inaugurou um acanhado terminal de passageiros com 500 m², que contava com uma torre de controle, um pátio para aeronaves e uma pista compartilhada com a Base Aérea.

A ideia, segundo a administradora, é firmar o local como um local para passeios, e a proposta tem dado certo: desde a inauguração, aos finais de semana o terraço panorâmico – único em aeroportos no Brasil – vem recebendo um grande número de visitantes. O novo aeroporto, que mantém o nome Hercílio Luz, conta com 10 fingers para conectar passageiros e aeronaves, cinco mil m² de área comercial, incluindo uma praça de alimentação, e 13 portões de embarque (dois deles, internacionais). Agora sim, em 2019, Florianópolis conta com um aeroporto ousado e inovador como Hercílio Luz, e com a cara de Florianópolis.


MURAL MILANO

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PAULO TONIETTO, EDUARDA E GEAN LOUREIRO

RENASCIMENTO FREDERICO, EDUARDA, MARISSOL E PAULO TONIETTO

A restauração da Casa do Governador Hercílio Luz fotos MARCO CEZAR e LAURA SACCHETTI

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om uma festa de cinema, Paulo Tonietto, presidente da Milano Incorporadora, responsável pela restauração da Casa do Governador Hercílio Luz, um palacete do século XIX, recebeu a nata de Florianópolis para apresentar o novo endereço vip para eventos.

LICA PALUDO E EDUARDA TONIETTO

VALÉRIO GOMES E MIRINHA

TADEU BONGIOLO E MARIA EDUARDA BONGIOLO

JORGE FREITAS E ANINHA CARVALHO

CYNTHIA GAROFALLIS E MYRIAM FETT

ÉDIO FUCHETER E SIMONE KELLER

ELVIRA E CACAU MENEZES

GUIDO BOABAID E PAULA

ROBERTO COSTA E LENA

FERNANDA BORNHAUSEN E RENATO SÁ

MARCELO DIAS E RITA CRUZ LIMA

WALMORE SIQUEIRA E MIRELLA MENEZES

FLÁVIA E MARCELO SCHERERR



MEMÓRIA

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O CHARME DOS CASTELINHOS Bem preservadas, antigas estações elevatórias mecânicas de esgoto fazem parte da paisagem urbana de Florianópolis


MEMÓRIA

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texto CARLOS DAMIÃO fotos MARCO CEZAR

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governo do Estado colocou em operação em 2019 o sistema de coleta e tratamento de esgotos na região da Avenida Beira-Mar Norte, abrangendo as antigas praias do Müller e de Fora. Depois do período de testes, ainda não concluído, a estimativa é de que as condições de balneabilidade voltem a ser positivas, como foram até a década de 1960. A questão do saneamento na Capital é um problema antigo, que remonta à intensa ocupação urbana registrada do século 19 até o fim do século 20. Não foi por outro motivo que, entre 1913 e 1916, o governo do Estado implantou o primeiro sistema de esgotos de Florianópolis, com a estação de tratamento localizada na área hoje ocupada pelo Corpo de Bombeiros, próxima à ponte Hercílio Luz. O engenheiro mecânico e artista plástico Átila Ramos, pesquisador e autor de três publicações sobre o assunto – no momento, debruçado sobre mais um livro – observa que a estação pioneira está “enterrada” no local desde que foi desativada, há mais de 70 anos. “Houve essa preocupação, no governo de Vidal Ramos (1910 a 1914), foi um sistema pioneiro que deixou suas marcas na cidade”, diz. Pelo menos três dessas marcas são bem visíveis: os castelinhos construídos para instalar as estações elevatórias mecânicas. “Essas estações recolhiam o esgoto, que era enviado para a estação de tratamento ao lado do forte Sant’Ana. Quando essa estação central foi desativada, os equipamentos dos castelinhos perderam a função”, afirma Átila. “Com o sistema superado (inativo), os esgotos passaram a ser lançados diretamente na Baía Norte, daí a poluição das praias da Beira-mar”, acrescenta.


MEMÓRIA

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As três estações elevatórias mecânicas de esgoto estão preservadas no cenário urbano e tombadas como patrimônio histórico. Uma das mais conhecidas fica no centro da cidade, bem na entrada do antigo Terminal Cidade de Florianópolis. Além de integrar o sistema de esgotos foi, durante muito tempo, mictório público da área central. Na década de 1980 passou a abrigar o Museu do Saneamento, de responsabilidade da Casan, a Companhia de Água e Saneamento de Santa Catarina, que não funcionou durante muito tempo. “Ali estavam preservadas muitas peças originais, para que os visitantes conhecessem um pouco da tecnologia empregada à época”, lembra Átila Ramos. O museu foi desativado por questões financeiras: estima-se que o custo de manutenção era muito elevado. Depois de bastante tempo abandonada e constantemente invadida por vândalos, a edificação foi restaurada pela Casan em 2018. Os outros castelinhos construídos no mesmo período (19131916) ficam na Praça dos Namorados, Rua Bocaiúva, proximidades da Igreja de São Sebastião, e na Praça Celso Ramos, Rua Frei Caneca. Ambos estão em excelente estado de conservação, depois que a Casan reformou os prédios. Os castelinhos dão um toque “retrô” à paisagem urbana, contribuindo para que Florianópolis preserve parte de sua memória e de sua identidade histórica.


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fotos CARLOS BORTOLOTTI

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Recuperação ambiental em andamento Em 2018, a Casan e a prefeitura de Florianópolis se uniram para resolver o caso pelo menos de maneira parcial, num trecho de 3,6 quilômetros, abrangendo as antigas praias do Müller (onde hoje é o Corpo de Bombeiros), de Fora (até a altura do Beiramar Shopping) e de São Luiz (Ponta do Coral). O projeto foi concluído em março de 2019, com o custo de R$ 18 milhões. O secretário de Infraestrutura da Capital, Valter Gallina, ex-presidente da Casan, estimou que no segundo semestre de 2019 as águas da Baía Norte, no trecho em que foi implantado o

novo sistema de esgotos, voltariam a ser próprias para o banho. O prefeito Gean Loureiro (sem partido) anunciou em março, quando o sistema foi inaugurado, que a prefeitura pretende executar o alargamento da faixa de areia de todo o trecho, recuperando as praias que existiram até a metade da década de 1960 – aterradas para a abertura da Avenida Beira-Mar Norte. Até o mês de novembro de 2019, no entanto, os testes realizados ainda não tinham apresentado resultados definitivos para o banho de mar e a Casan anunciou a revisão técnica do sistema.


Perfil do artista Átila Ramos atuou profissionalmente na Casan durante mais de 30 anos. Escreveu três livros sobre sua especialidade: “O Saneamento em Dois Tempos – Desterro e Florianópolis”, 1983. “Memória do Saneamento Desterrense”, 1986, e “Saneamento Básico Catarinense – Resgate da História do Saneamento Básico em Santa Catarina”, 1991. Atualmente, trabalha na atualização desse material, devendo lançar até 2020 um novo livro sobre o tema, com documentos inéditos. O engenheiro é também artista plástico, com suas obras (aquarelas e pinturas) focadas especialmente na memória de Florianópolis. Nos últimos anos tem se dedicado a resgatar visualmente os bares antigos e os cinemas da cidade, neste caso, desde o cinema mudo até o esplendor das salas de rua como os cines São José, Roxy, Ritz, Coral e Cecomtur, fechados na década de 1990, quando o público começou a migrar para as salas de exibição dos shoppings. CARLOS DAMIÃO Jornalista – SC 00788 JP

Histórico Átila Alcides Ramos nasceu em Florianópolis no dia 1.o de abril de 1944. Completou os primeiros estudos no Grupo Escolar Getúlio Vargas e Instituto Estadual de Educação. Formou-se em Engenharia Mecânica em 1969 pela UFSC. Durante este período trabalhou em desenho técnico, artístico, publicitário, arquitetônico e cartográfico. Ingressou como professor na UFSC, lecionando durante 25 anos. Também por esta época iniciou como engenheiro na Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN), onde pode restaurar as principais obras do saneamento da Ilha com publicações das pesquisas realizadas.

DESTAQUES NO CURRÍCULO

MEMÓRIA

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• Decoração de Carnaval (1960). • Prêmios em desenhos de cartum. • Dezenas de exposições coletivas e individuais. • Criação de dezenas de logotipos. • Troféus e placas sobre artes plásticas, saneamento e Carnaval. • Restauração e resgate das principais obras do saneamento básico de Florianópolis. • Publicação de livro sobre o Carnaval de Florianópolis (1998). • Criação do Espaço Arte e Produtos situado na Rua Vitor Meireles, com exposição permanente. • Pintura de murais. • Lançamento da revista Casan Informativo (1977). • Desenho de cartuns e charges para diversos jornais. • Ilustração de capas de livros. • Projeto e instalação de cruz açoriana (Lagoa do Peri). • Instalação do Museu do Saneamento (1986).



PERSONALIDADE

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Rose Campos Martorano une projetos exclusivos e a atividade como influenciadora digital


PERSONALIDADE

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texto LU ZUÊ fotos LIO SIMAS

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comunicação no século XXI trouxe uma mudança de paradigma sem precedentes no mercado de trabalho. Para além de jornalistas ou publicitários, as mais diversas profissões se adaptaram às novas tecnologias, transformando consumidores de informações em produtores de conteúdos. Este cenário que cada vez mais se consolida chamou a atenção da arquiteta Rose Campos Martorano, natural de Criciúma e radicada em Florianópolis. Partir para o mundo virtual, porém, não significa abandonar os projetos no papel ou deixar de acompanhar novas obras. Pelo contrário, esta dinâmica entre suas diferentes atividades permite uma liberdade maior e um planejamento bem específico. A vida social agitada ao lado do marido, o renomado cirurgião plástico Egidio Martorano Filho (capa da Revista Mural n.o 70), lhe permite desenvolver dois ou três projetos por ano, que recebem dedicação exclusiva. “Conciliei o meu estilo de vida pessoal com o profissional. Assim, fico sempre em movimento e me atualizando, sem deixar de estar comprometida com meu trabalho e com o do Egidio. Aliás, uma das primeiras pessoas que realmente influenciei foi o meu marido, que também passou a ter a vida profissional ativa no Instagram. Comecei trabalhando como influenciadora digital dentro da minha área, com foco em arquitetura e design de interiores, e depois acrescentei outras demandas que surgem com o uso das redes sociais. Por exemplo, as pessoas querem saber sobre as roupas que eu uso, os lugares que frequento. E a arquitetura tem muito a ver com isso, com moda, com arte, com estilo”, explica. A principal ferramenta do trabalho online é o Instagram. Na conta da rede social (@rosecampos.martorano) são aproximadamente 13 mil seguidores e mais de 1.300 publicações, num ritmo de postagem frenético. O conteúdo une imagens espontâneas com vídeos e ensaios fotográficos produzidos por uma equipe especializada. Arquitetura, home, decor, arte, moda, lifestyle, travels são os principais temas de suas publicações, e integram o Projeto Rose Campos Mídia, lançado em setembro deste ano junto com a

inauguração de seu living office. “A opção de fazer um escritório em casa é uma tendência atual. Eu e o Egidio queríamos um espaço business dentro de um ambiente mais aconchegante. Já realizamos jantares voltados para os negócios com 40, 45 pessoas. Além disso, procurei meus fornecedores e eles se tornaram parceiros da ideia, trazendo grande parte dos materiais.”


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Segundo Rose, a experiência de montar o living office foi muito parecida com o trabalho que ela realizou nas quatro edições da CasaCor Santa Catarina, entre 2015 e 2018. Foram quatro meses entre o projeto e a finalização do ambiente, tudo devidamente registrado no Instagram, com dicas e orientações para os seguidores sobre os produtos utilizados. “Lançar este novo projeto com a inauguração do escritório trouxe uma resposta muito positiva dos fornecedores que acabaram se tornando patrocinadores das minhas redes. Também sempre busco trazer meus fornecedores para os meus clientes porque eu conheço o produto dentro da minha própria casa”, ressalta.


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As influências da influenciadora Antes de se dedicar à empreitada de influenciadora digital, foram os amigos que a influenciaram a divulgar seu trabalho nas redes sociais. Rose circula em vários nichos de Florianópolis, o que também chamou a atenção de algumas marcas de alto padrão que vieram em busca de divulgação. Até mesmo as emissoras de televisão mostraram interesse em ter uma voz na área de arquitetura. Assim, parecia um caminho inevitável. Porém, era preciso entender como funcionava o ambiente virtual. Em suas pesquisas, descobriu que era um segmento muito maior do que aparentava, com uma dinâmica própria e em permanente transformação. “Passei dois anos estudando este trabalho na internet, tanto para compreender o público como para criar conteúdo de qualidade. Percebi que daqui em diante vai ser muito difícil um produto andar sozinho, sem ter um influenciador como referência. Este mercado não tem fim, vive modificando as

ferramentas. E isto também me cativa porque a arquitetura vive se moldando. Nem vejo mais a adaptação às novidades como um desafio, mas sim como algo que vivo no dia a dia, que já faz parte de mim”, comenta. Outra influência mútua foi a do marido. A própria Rose revela que foi ela quem criou um perfil para Egidio no Instagram (@egidiomartorano). O cirurgião plástico logo tomou gosto pela ferramenta e chamou a atenção de artistas e outras personalidades nacionais, e muitas delas, aliás, confirmaram a Egidio que conferiram as suas redes sociais antes de procurá-lo para fazer uma cirurgia. “Temos de ter bastante atenção e cuidado ao postar os conteúdos, porque eles repercutem em como as pessoas e os clientes nos veem. As redes sociais foram positivas com o Egidio, levando ele para trabalhar em São Paulo, o que abriu um leque muito grande para os nossos negócios”, destaca.


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Vida entre capitais O casal, que está junto há cinco anos, divide-se entre as capitais de Santa Catarina e de São Paulo, onde desenvolve uma nova rede amizades e clientes. Os amigos de Florianópolis e as famílias (tanto Egidio quanto Rose têm dois filhos de relacionamentos anteriores) estão sempre por perto, mesmo com a agitada vida social do casal nas duas capitais. Sobre o trabalho em São Paulo, a arquiteta e influenciadora explica que está buscando conexões com algumas marcas com as quais já se relaciona em Florianópolis. “Felizmente, meu Instagram é bem conceituado na área em que atuo. Algumas marcas já querem que eu esteja presente em lançamentos de produtos e serviços.

E, especialmente nessa área de arquitetura, ainda não existem muitos nomes estabelecidos como influenciadores digitais”, avalia. Rose se diz tímida e acredita que a exposição do casal nas redes sociais se deu de maneira natural. “Apesar da timidez, fica muito mais natural apresentar um produto quando você conhece bem o assunto. Nosso lifestyle é ligado ao marketing que fazemos, seja individualmente ou como casal. A gente não vai deixar de estar nas redes sociais porque já faz parte das nossas vidas”, explica. E completa: “Eu me reinventei para poder ter tudo: dar atenção para a família, minha vida social, minhas amizades e meu trabalho. Me reinventei inclusive para poder estar feliz”.



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RENATO SÁ: UMA VIDA DE SONHOS Cacau Menezes escreve sobre seu amigo, o jogador que fez fama no Botafogo

FIGURINHA DO EXTINTO CHICLETE PING PONG


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COMEMORAÇÃO DO GOL DE RENATO SÁ, QUE QUEBROU A INVENCIBILIDADE DO FLAMENGO ASSUMINDO A LIDERANÇA DO ESTADUAL CARIOCA, AOS 10 MINUTOS DO PRIMEIRO TEMPO, NO MARACANÃ

texto CACAU MENEZES fotos MARCO CEZAR E DIVULGAÇÃO

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fotógrafo Marco Cezar é daqueles que não deve ter inimigos. Nunca fez mal a ninguém, nunca falou de ninguém, nunca disse não pra ninguém. Isso é o que eu e os que o conhecem pensam. Mas levando-se em conta a margem de erro, digamos que acertamos em pensar que 95% dos que conhecem o Marco Cezar o acham um cara leal e legal demais. Se nunca me disse não para as muitas coisas que já pedi para ele fazer, comportando-se sempre como um garoto de 20 anos e não os 70 que tem, mas não aparenta, não importando o dia e nem a hora, lá está sempre atendendo aos meus pedidos, então ao me intimar a escrever algo sobre o nosso amigo e ex-craque Renato Sá para a sua Revista Mural de final de ano, aqui estou numa tarde ensolarada de domingo ouvindo sozinho no quarto de casa Chet Baker para atender à pauta do Marco. Renato Sá, Avaí, Botafogo, dezembro, fim de ano, festas, férias dos boleiros... Let’s go, crazy people: a hora é agora!

COM ESSA CAMISA RENATO SÁ FEZ O GOL CONTRA O FLAMENGO. E FOI DADA DE PRESENTE PARA O CACAU E DEVOLVIDA NO DIA QUE O RENATO FEZ 60 ANOS

Se não fosse jogador, Renato Sá seria um playboy do jet set que ele conseguiu ser agora. O menino sempre tímido de Tubarão que veio jogar futsal em Floripa, acompanhando sua família que se mudou para cá, nasceu com o bumbum pra lua: antes de assinar seu primeiro contrato como jogador de futebol já ganhou do então presidente do Conselho Deliberativo do Avaí, José Matusalém Comelli, um dos donos do clube e da cidade, seu primeiro carro, um Chevette preto zero quilômetro. Não era comum. E se não desse certo? Então lá se foi o “De Sá” gurizão, boa pinta, saindo na capa do jornal O Estado, da família do patrono do clube e sogro do Comelli, Aderbal Ramos da Silva, quase todos os dias. Notícia era diferente, rendia badalação. Seu primeiro treino no campo do BAC, em Biguaçu, pelo Avaí, como profissional, trocando o tênis do futsal pela chuteira, foi um grande acontecimento em Floripa antes que chegasse o Carnaval. Comelli estava certo. Renato Sá deu mais do que certo, jogou o suficiente no Avaí para pagar com juros e correções monetárias o Chevette que ganhou para treinar, como começou a melhorar a presença de público – feminino, jovens e beautiful people – nos jogos do clube, não só no Campo da Liga e Orlando Scarpelli, como no

TONINHO, MARCOS, ZÉ CARLOS, ALMIR, ORIVALDO E VENEZA; ADEMIR, BALDUÍNO, RENATO SÁ, PARANHOS E LICO


PERSONALIDADE

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RENATO COM FERNANDA BORNHAUSEN

Estado todo. Virou estrela rapidamente. Qualificou o time do Avaí, que já tinha Veneza, Lico, Balduíno, Ademir, Toninho, Juti, Zenon, uma geração de craques que jogaram nos maiores times do Brasil. Renato virou ídolo do Figueirense também, no Grêmio de Porto Alegre, onde foi campeão brasileiro e onde teve o prazer de jogar com Paulo Cézar Caju, além do Atlético Paranaense, Botafogo e Vasco da Gama. No Botafogo foi o auge. Quebrou com um golaço uma invencibilidade de 52 jogos do Flamengo, com mais de 120 mil torcedores no Maracanã. E eu estava lá. Fui ao Rio entrevistar Renato, que era muito meu amigo, para o meu jornalzinho Rock, Surfe e Brotos, e fiquei cinco dias no apartamento que o Renato morava em Copacabana com o Marcelo Oliveira, hoje treinador. Os dois titulares do Botafogo. Renato tinha um Puma vermelho, o sonho de consumo de dez entre dez boleiros que jogavam no Rio, o melhor lugar pra se jogar futebol no Brasil. Cidade do Maracanã, de lindas praias, da Rádio Mundial, do Cristo Redentor, de Jairzinho, Zico, Paulo Cézar, Gerson, Didi, Garrincha, dos brotinhos do Posto 9 em Ipanema. Renato Sá estava no céu. Famoso, fazendo gols e grandes partidas. E a fama atrai mulheres, negócios, dinheiro. Tudo que Renato Sá teve. E quando conseguia uma folga, corria era pra cá. Pra sua Floripa, onde estavam a família, seus melhores amigos, a Chandon e Lee 88 e ela, a futura e única mulher. Entre os melhores amigos, acho que eu e o Boneco estamos no páreo. Talvez eu tenha sido o que melhor soube explorar a imagem do Renato, tanto que, escondido dos cartolas cariocas, o jogador famoso e bem pago do glorioso Botafogo de Futebol e

Regatas quando vinha pra cá tirava a chuteira, o tênis, o sapato caro e ia jogar pelada na chuva e em campo de barro com o time do Beijo, como fazia o Garrincha da seleção com seus amigos de Pau Grande, subúrbio do Rio. E foi aqui, nessas idas e vindas, que Renato conheceu Fernanda Bornhausen, única filha mulher do então governador, o poderoso Jorge Konder Bornhausen e de dona Deia. Claro que na província houve comentários: como pode uma filha de governador, ainda mais um Bornhausen, namorar um jogador de futebol? Sim, Fernanda quebrou esse preconceito bobo e até hoje vivem juntos, felizes, com dois filhos altas cabeças, numa bela casa na beira da Lagoa da Conceição, viajando pelo mundo, curtindo as melhores festas, os melhores champãs e restaurantes, as melhores grifes, com os amigos que eles escolheram, que não só os milionários e poderosos, como também pessoas simples, pobres, dos morros. Pessoas que tanto Fernanda, por ser filha de político, como Renato Sá, por ser jogador de futebol, conheceram e aprenderam a gostar. E a fazê-los melhores. Hoje, não tenho dúvidas, conhecendo a classe: Renato Sá do futebol é, disparado, o que se tornou o mais interessante. As festas o salvaram da mesmice; samba, cerveja, pelada, pagode, sinuca, churrasco, barriga grande. Renato deve gostar disso tudo também, como todo brasileiro e futebolista: mas prefere nessas ocasiões levar de casa na sua bolsa térmica o vinho ou a Veuve Clicquot. Não podia ser diferente mesmo para quem começou a carreira no Avaí e teve como segundo time o Botafogo do Rio ainda no auge. Quem começa por cima dificilmente vai mudar seus gostos.



PELO MUNDO

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Entre outros luxos, hotel oferece drinque de 5 mil dรณlares


texto DANIELE MAIA fotos DIVULGAÇÃO

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raticamente em frente ao MoMA e a poucos metros da Quinta Avenida, uma torre de vidro e cristal projetada pela famosa empresa francesa Gilles & Boissier evoca uma glamurosa Nova Iorque dos anos 40, com um french touch. A torre abriga o suntuoso Baccarat Hotel New York, membro da exclusiva Coleção Legend da Preferred Hotels & Resorts, o maior grupo de hotéis independentes de luxo do mundo. É através da combinação do tradicional com o moderno que as pessoas em Nova Iorque são seduzidas, e um dos endereços mais chiques de Midtown foi escolhido para acolher este majestoso hotel com o charme e história do Cristal Baccarat. Luxo e brilho, tons de marfim, champanhe e platina: a moldura tem a assinatura da dupla Gilles & Bossier, que desenhou este hot spot de 42 andares. São vários ambientes, como um refúgio luminoso e acolhedor com a graça do ambiente antigo num grande salão acolhedor, além de um exclusivo spa da reputada marca La Mer, um bar inspirado em Versalhes e o estonteante hall de entrada com uma parede composta por taças Harcourt, um dos símbolos da Maison Baccarat. Na gastronomia, o Baccarat Hotel New York tem o brilho do chef Gabriel Kreuther, do Gabriel Kreuther Restaurant de Nova Iorque, com duas estrelas Michelin. Com sua cozinha inspirada na região da Alsácia (França), o chef Kreuther supervisiona atualmente toda a programação culinária do hotel, incluindo o café da manhã do Grand Salon, menus de almoço, jantar no quarto e do badaladíssimo The Bar.

O Hotel Baccarat New York encanta os hóspedes combinando a herança nobre da elegância e o perfeito savoir-faire da lendária empresa de cristal francês. Os 114 luxuosos quartos de hóspedes do hotel e as 60 elegantes residências desenhadas pelo mestre de interiores Tony Ingrao integram um novo conceito no setor de hotelaria de elite. Os interiores prestam homenagem à estética refinada da França do século XVIII, aliada à sensação de uma casa privada e acolhedora do século XXI. Em todo o hotel, os hóspedes experimentam uma fusão de experiências e decoração exclusivamente francesas misturadas com o dinamismo da Nova Iorque contemporânea, uma cidade repleta de ousadia e vitalidade. Ao apresentar a alquimia misteriosa do cristal e suas qualidades cintilantes através de produtos, tecidos, iluminação e arte, os designers do hotel são capazes de contar uma história notável sobre a evolução da marca lendária de 250 anos. Na entrada do piso térreo, uma lareira de quatro pés de altura recebe os hóspedes, prestando homenagem aos fornos de Baccarat, que são alimentados 24 horas por dia para produzir o cristal mais cobiçado do mundo. Atrás da entrada, uma parede é formada com cerca de 2 mil taças Harcourt, a peça de cristal mais icônica da marca. Colocada horizontalmente e iluminada com luzes LED, a instalação cintila sutilmente e pisca durante todo o dia. Dezessete magníficos lustres produzidos sob medida enfeitam as áreas comuns do hotel. Peças clássicas e reinterpretadas selecionadas dos arquivos e coleções contemporâneas da marca também são exibidas em vitrines imponentes no segundo andar. O teto de 35 pés do Grand Salon e a paleta colorida de platina e champanhe criam um cenário incrivelmente glamoroso para o lounge durante todo o dia. No Petit Salon, paredes de carvalho e sofás de veludo verde esmeralda chamam a atenção dos hóspedes e oferecem um ambiente mais privado e tranquilo. Os quartos e as suítes de alto luxo apresentam mesas personalizadas e vários objetos Baccarat. Os banheiros em mármore oferecem produtos criados exclusivamente para o hotel pelo perfumista parisiense da Maison Francis Kurkdjian. Um luxuoso e personalizado minibar de esmalte vermelho Baccarat oferece várias delícias da casa gourmet francesa Ladurée.

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Spa de La Mer O exclusivo Spa de La Mer se localiza abaixo da entrada do hotel e foi projetado para recordar momentos de luxo à beira-mar. O design do Spa de La Mer dá vida à luxuosa marca La Mer, com texturas exclusivas e uma paleta de cores suave. Os ricos materiais personalizados em tons de champanhe quente e bronze são inspirados pelo ingrediente assinatura encontrado em todos os produtos La Mer, The Miracle Broth.

A área de recepção é acentuada por um visual suave e dourado do oceano, enquanto os pisos de mármore italiano e tábuas brancas revestem os corredores. Cada sala de tratamento é decorada com um belo mural de algas do mar pintado à mão pelos artistas de Nova Iorque, Lynda White e Jeff Wood. Na parte da piscina, Gilles & Boissier instalaram luxuosas camas e forraram o fundo da piscina de 50 pés com azulejos pretos e brancos, dando a impressão de um salão de baile afundado. Uma beleza requintada e bastante clean.


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The Bar Um dos mais badalados e bem frequentados bares de Manhattan, este bar foi inspirado em Versalhes e conta com um menu bem diversificado e coquetéis inusitados. O L’Imperial é uma das estrelas do The Bar no valor de US$ 5 mil! Mas por que este valor? Quanto aos coquetéis sofisticados, o The Bar do Baccarat Hotel New York tem a última palavra em ingredientes raros e de altíssima qualidade. Este emblemático coquetel L’Imperial consiste em partes iguais de gin, chartreuse verde, licor de maraschino e suco de limão. Criado pela primeira vez na década de 1920 pelo artista de Vaudeville, Frank Fogarty, no Athletic Club Bar em Detroit, o coquetel custava US$ 0,35 – a bebida mais cara do clube na época. Hoje, a versão moderna do Baccarat Hotel, chamada L’Imperial, custa US$ 5 mil. O seu preço é bastante elevado porque são usadas bebidas excepcionais: uma rara chartreuse verde dos anos 19211926, com um preço de US$ 1.150 por porção, dá ao coquetel a sua vantagem, enquanto que o licor de gin Nolet’s Reserve e o licor maraschino envelhecido em carvalho cereja também são usados na mistura. Em seguida, é complementado com uma cereja amarena envolta em folha de ouro, pérolas de caviar Beluga, vodka e açafrão – que é apenas a especiaria mais cara do mundo. Mas o que torna o L’Imperial único é o requintado vidro Baccarat Tsar em que é servido (e que você pode levar para casa depois). Simplificando, L’Imperial é uma experiência de beber como nenhuma outra. Enquanto todos esses ingredientes raros já fazem o coquetel caro (US$ 1.400 para a bebida ser servida em um copo

normal), o que faz o valor de US$ 5 mil é a taça em que é servido: Tsar. É preciso muito trabalho e habilidade para fazer e é feito em casco duplo com cristal colorido cobrindo o cristal transparente, que é então cortado para revelar o esplendor interior. Somente os melhores artesãos da França – Meilleurs Ouvriers de France – podem realizar essa maravilha. “Grandes coisas na vida são criadas para serem apreciadas na vida”, disse Hodge. “Minha visão para ele foi focada em sua história e simplicidade com o desejo de elevá-lo através do uso de ingredientes premier, espíritos raros e numa taça de tirar o fôlego.”

DMHLUXURY – Daniele Maia 0 dmaia@dmhluxury.com C @dmhluxury

RECEBER CHIC – Melissa Moutinho 0 melissafmoutinho@gmail.com C @melissamoutinho


PELO MUNDO

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A experiência de admirar a “Big Apple” de um helicóptero sem portas

NEW YORK A MEUS PÉS


PELO MUNDO

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texto DANIELE MAIA

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empre achei que a melhor maneira de ver Nova Iorque seria a pé, até me ver pendurada em um helicóptero sem portas. Meus pés balançando para fora e eu ali sentada admirando das alturas aquela cidade deslumbrante com seus arranha-céus. Apesar friozinho na barriga e do medo que bate, às vezes, mantive a mente sob controle para curtir na plenitude os 30 minutos de voo. Longe das multidões e proporcionando uma vista que só vemos em cartões postais, os voos fotográficos são a nova moda no turismo. No espírito de aventura, eu e meu marido embarcamos na FlyNyOn, uma empresa de helicópteros que vende experiências de fotos aéreas para ver a cidade em vários ângulos. É intimidante, mas também é de tirar o fôlego ver o horizonte de Manhattan na sua frente e o rio Hudson a seus pés. O shooting mais famoso da empresa é conhecido como “selfie de sapatos” e tornou-se um grande sucesso, um must have, com o Empire State Building, Central Park, Times Square e Freedom Tower. Graças à ajuda das redes sociais, a FlyNyOn, que está sediada em Nova Jersey, viu o interesse nessa experiência crescer e os seguidores de FlyNyOn começaram a perguntar se seria possível organizar seus próprios voos fotográficos para terem, principalmente, essas “selfies de sapatos”. A empresa passou a oferecer mais voos, variando as rotas de acordo com as necessidades dos clientes. Paul GaNun, que supervisiona as galerias de fotos do FlyNyOn, disse: “A experiência é incrível, nós voamos sem portas fechadas para que você realmente tenha uma perspectiva única da cidade e tire fotos sem restrições. Olhar para baixo de um helicóptero através de uma lente, tirando fotos de uma grande cidade como Nova Iorque com o vento no seu rosto é simplesmente fantástico!”.

A rota pode ser de 15 ou 30 minutos, e cada voo envolve uma volta em torno de Manhattan em qualquer direção, permitindo que os clientes obtenham as melhores fotos de ambos os lados, além de tirar algumas “selfies de sapatos” ao longo do caminho. É muito divertido e totalmente “instagramável” você calçar seu tênis predileto e tirar a selfie nas alturas com NYC aos seus pés. Por mais emocionante que a experiência possa ser, a FlyNyOn valoriza muito a segurança. Antes do voo assistimos a um vídeo de explicação e monitores nos preparam devidamente para a nossa segurança e dos nossos objetos. Os pacotes de voos custam a partir de 299 dólares por pessoa. A FlyNyOn também oferece voos em Miami, Los Angeles e São Francisco. C @flynyon 5 https://www.flynyon.com/




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PRONTO PARA O VERÃO E PARA AS FESTAS O verão, as festas de final de ano e as férias estão aí... e já são o foco da programação do Costão do Santinho texto LU ZUÊ fotos COSTÃO DO SANTINHO

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exemplo do que acontece todos os anos, nos períodos de festas e férias, as já tradicionais programações artísticas e esportivas disponibilizadas pelo Costão do Santinho, somam-se uma série de atrações e novidades que reúnem, divertem e encantam moradores, hóspedes e visitantes. Já no início da primavera, o Costão do Santinho intensificou a programação de shows e acrescentou ao roteiro de esportes uma série de novas opções. A ideia é unir, sempre, novidades, variedade e qualidade como forma de garantir bons momentos e alternativas diferenciadas ao público, proporcionando experiências que complementam a felicidade característica deste período. E característica, também, tem sido a resposta dos clientes, que sempre buscam o Costão como destino alternativo para as festas e as férias. Fato é que o pacote elaborado para o período do réveillon

(entre 26 de dezembro e 2 de janeiro) já estava praticamente esgotado na primeira quinzena de novembro, tal a tradição da qualidade da programação organizada para a festa que marca a chegada do Ano Novo. Para o período que compreende Natal e Ano Novo, e até a chegada do Carnaval, as equipes do Costão do Santinho prepararam uma série de “pacotes especiais”, com programações que para agradar públicos variados, sempre estimulando novas e felizes experiências. Na semana do Natal, a programação começa já no domingo (22), com a Casa do Papai Noel, workshops e oficinas de biscoitos e enfeites natalinos, e a exemplo do que já se tornou hábito no Costão do Santinho, a chegada do Papai Noel, vindo de helicóptero (programada para o dia 24), encanta não apenas os pequenos, mas também os adultos, que também são contagiados pela magia da festa, marcada também pela entrega de presentes, pela apresentação da banda do bom velhinho e pela tradicional ceia.


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Integram as atividades, também, espetáculos temáticos e o concerto de Natal com a Camerata Florianópolis. A chegada de 2020 começa a ser comemorada já no dia 28, quando um show da banda Jota Quest marca a abertura das comemorações de réveillon. Para entrar no clima de relaxamento que as comemorações pedem, um day spa, com cinco ilhas distribuídas no resort, com massagens relaxante, ramma, beauty face, andina e pontos energéticos. No dia 30, véspera da virada, novamente os hóspedes contam com cinco diferentes ilhas, mas desta vez dando lugar ao caráter místico das previsões para 2020. No sunset do dia 31, um show do cantor Toni Garrido começa a dar as boas vindas ao Ano Novo, antecedendo a ceia e a tradicional queima de fogos. Tudo isso emoldurado pela localização ímpar do Costão, que estimula a vida ao ar livre, o contato com a natureza e o compartilhamento de experiências. Se depender da programação do Costão do Santinho, as festas de final de ano prometem, e o verão será show!


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público infantojuvenil tem diversão garantida Novidades também no que diz respeito à recreação. Segundo Baltazar Batista, responsável pela programação, a ideia é ampliar e diversificar as atividades oferecidas, estreitando ainda mais a relação entre o público e a equipe. “Há programações para todas as idades, mas o foco principal é o público infantil, que terá uma serie de novidades e shows realizados pela equipe de recreação. Agora, inclusive, passamos a tratar como “Entretenimento Costão do Santinho”, de forma geral, e não mais “esporte” e “recreação” de forma isolada, explica o profissional. Nesse “pacote”, segundo Baltazar, o grupo responsável pelo entretenimento dos moradores, hóspedes e visitantes tem papel fundamental, especialmente com as crianças de quatro a 12 anos. Continuam fazendo parte da programação os já tradicionais roteiros orientados de sandboard, banana boat, vôlei na praia, slack-line, caiaque, escalada e mini-tirolesa e caminhadas (todas de acordo com a faixa etária), mas há também os shows e jantares temáticos, espetáculos de dança, cinema, luaus e até carnaval fora de época. A ideia é oferecer programação direcionada às diferentes idades e também estimular a diversão em família. A programação básica já está elaborada (e disponível no site do Costão), mas de acordo com Baltazar ainda está recebendo mais opções e novidades.


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para quem quer ser vizinho da natureza Além de inserir Florianópolis no pequeno e seleto grupo de cidades que possuem um condomínimo que agrega ao espaço residencial um campo de golfe e a infraestrutura de um resort, o Costão Residence apresenta um novo conceito de morar, em total sintonia com o estilo de vida dos moradores da Capital, que buscam o maior contato com a natureza, belas paisagens e a atmosfera de serenidade: são mais de 450 mil m², sendo que 80% deste total é ocupado por área verde.


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Os amplos terrenos, com média de 900 m² cada, garantem aos moradores tranquilidade, privacidade e segurança, e seguem um planejamento viário com ruas largas, arborizadas e iluminadas, e um projeto paisagístico elaborado com árvores nativas. Uma completa e moderna infraestrutura disponibiliza aos moradores tratamento de efluentes, sistema subterrâneo de instalação elétrica e telecomunicações, e um amplo estacionamento para visitantes. O condomínio conta com salão de festas com churrasqueira, e o setor esportivo possui playground, quadra de tênis e uma pista interna com percurso de 4,6 km, ótima para corridas, caminhadas e tranquilos passeios de bicicleta. Segundo o engenheiro Juraci Batista Martins, diretor de engenharia da Incorporadora Costão do Santinho, o grande destaque do empreendimento reside na união entre os setores social e esportivo, onde há um campo de golfe com nove buracos, uma escola de golfe, bar, restaurante, loja, vestiários e banheiros criam uma invejável estrutura em meio à natureza exuberante. E se o campo de golfe está entre os mais competitivos do Brasil, o complexo conta ainda com um “driving range” de 300 jardas, perfeitamente adequado para o completo aprendizado do esporte ou para que os golfistas possam praticar seu “swing”. Desde a idealização do projeto, a Incorporadora desenvolveu a proposta de integração do empreendimento ao Costão do Santinho (um dos melhores resorts do País) e ao Costão Golf Club, e assim garantiu agregar à estrutura do condomínio dois centros de lazer e serviço, ampliando o conforto para os moradores. “Trata-se de um projeto único, dotado de toda a estrutura, segurança e tranquilidade que as famílias buscam e merecem”, finaliza o diretor de engenharia da Incorporadora Costão do Santinho.





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Hidro asa-delta é opção segura e oferece uma paisagem deslumbrante

texto LUIZ ROBERTO FORMIGA fotos LUIZ ROBERTO FORMIGA E MARCO CEZAR

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m Florianópolis, realizar o sonho de voar ficou mais fácil. Planar silenciosamente de cabeça para frente, peito para baixo e braços abertos, como um pássaro, desfrutando de uma das mais imponentes paisagens do mundo agora é realidade. Projeto genuinamente de Florianópolis, o Voe Asa Floripa é a garantia de planar no céu da Ilha da Magia curtindo lagoas, dunas, praias, mar e florestas tudo no mesmo voo, com tranquilidade e segurança. No voo livre convencional, tem que esperar o dia certo, com o vento certo e correr em uma rampa para voar de asadelta, o que nem sempre é possível. Mas decolando de barco tudo fica mais fácil, prático e divertido. É muito mais seguro, pois a direção e a intensidade do vento é controlada pelo piloto do barco, além de não ter obstáculos na decolagem e no pouso. A asa de fabricação norte americana é especialmente desenvolvida para voos duplos: uma asa mãe, dócil, lenta e tranquila. Decolar de um barco, com uma hidro asa-delta equipada com flutuadores e subir até 450 metros de altura, depois desconectar o cabo de reboque e planar suavemente ao sabor dos ventos, pousando suavemente na Lagoa da Conceição é uma experiência inesquecível.

O equipamento “Não inventamos a roda, mas a aperfeiçoamos.” Com 40 anos de experiência em voos esportivos, decidi que seria interessante proporcionar a experiência de voar para outras pessoas, oportunidade acessível de sair da realidade virtual para o mundo outdoor. Foi aí que começou o envolvimento diário para desenvolver e realizar o projeto Voe Asa Floripa. Estudando diferentes sistemas pelo mundo, chegamos à conclusão que muitas adaptações funcionavam bem, mas alguém tinha que fazer esse projeto mais bem feito. O primeiro desafio foi arrumar sócios que quisessem ter esse comprometimento, afinal sozinho não se faz nada nessa atividade onde o trabalho em equipe é fundamental. Montamos um primeiro barco, mas sentimos que o sistema estava longe do que queríamos. Nosso comprometimento e investimento tinham que ser maiores. Meu sócio Bruno Negri, economista, velejador, piloto de planador e eu sabíamos que a tarefa seria dura e que tínhamos a necessidade encontrar mais bons parceiros. O piloto de carros de corridas e praticante de esportes de pranchas Gustavo Martins ao ver o primeiro barco fez ressalvas e quis ver o negócio acontecer. Eduardo Ruy Cortes e Ricardo Kothe, do Estaleiro Panga, na Palhoça, encararam o desafio de nos fornecer todo apoio técnico para o projeto acontecer, colocando à nossa disposição uma equipe de primeira.


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O guincho Esse equipamento, fundamental para levar a asa para cima com segurança, é feito no Brasil pela TopFly a partir de um projeto russo. Temos 1.300 metros de cabo especial que pode levar uma asa a mil metros de altura. Aqui voamos no máximo a 450 metros, pelas regras do voo livre local. Em nosso projeto o guincho fica todo embutido e protegido dentro do comando da embarcação.

O barco Nosso projeto é o primeiro que sai pronto de um estaleiro para funcionar como uma “usina de voo”. A Panga é um projeto japonês, robusto e muito bem construído para navegar em alta performance tanto em baixa velocidade, planando facilmente, como em altas velocidades, com muito controle e estabilidade. Muito usado no oriente para trabalhos, pesca e transporte de passageiro, é de fácil manutenção e ideal para nossa atividade. Com baixo calado, o casco não necessita de muita profundidade e pode navegar em lugares rasos como os baixios da Lagoa da Conceição.

Atenção minuciosa no projeto Nosso projeto foi concluído com sucesso ao ser colocado em teste pelo engenheiro naval Ricardo Rinaldi, que fez as provas de estabilidade, habilitando nossa embarcação para essa atividade perante à Marinha do Brasil. Mais do que um voo panorâmico, cada passageiro é um aluno em instrução, por isso a Voe Asa Floripa é uma escola de esportes. Essa é uma forma de deixar bem clara a nossa seriedade nessa atividade. Outro fato é que todos os tripulantes são aquaviários, ou seja, são habilitados para navegar profissionalmente. O piloto também, tem as carteiras de piloto de voo duplo e instrutor pela Confederação Brasileira de Voo Livre. Para quem quer aprender a voar e controlar a asa-delta, ou apenas voar uma vez na vida, o sistema já garante diversão e prazer no primeiro voo.


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Como funciona a operação

Momento de voar livre

Ao receber um aluno, ainda em terra, realizamos um briefing informando sobre como a atividade é procedida e diversas recomendações de segurança. Ter entendimento de conceitos básicos de aerodinâmica é importante para o passageiro ter confiança no voo. Trazemos o passageiro a bordo, onde deve vestir o colete salva-vidas e o capacete, itens de segurança obrigatórios. Durante a preparação, o instrutor vai lhe passando o conhecimento teórico sobre as lições daquela aula. Cabe ressaltar que o piloto do barco permanece 100% do tempo pilotando a embarcação, sem distrações com outras atividades. O segundo tripulante é que oferecerá apoio ao aluno junto com o piloto da asa. Após a preparação de ambos (aluno e instrutor) inicia-se o checklist de decolagem. Este checklist é composto, entre outras coisas, pela verificação do tráfego aéreo e náutico. Inicia-se então a corrida de decolagem. Ao atingir a velocidade ideal, a asa é liberada da plataforma da lancha, iniciando a subida. O processo de subida é controlado por um guincho hidráulico de última geração, que entrega uma pressão constante ao cabo de reboque. Isso faz com que a hidro asa-delta suba de forma segura e suave. No processo de subida a comunicação entre instrutor e operador de guincho ocorre com rádios acoplados aos capacetes de ambos. Nesse processo o piloto do barco permanece apenas atento ao tráfego náutico, enquanto o tripulante operador do guincho mantém contato com o instrutor visualmente e via rádio. Ao atingir o ponto combinado, o instrutor promove a desconexão do cabo de reboque. Essa desconexão libera uma pipa especialmente desenvolvida para isso, que estica o cabo de reboque para cima e longe da superfície da água. No mesmo instante, o operador do guincho inicia o recolhimento do cabo através de um simples botão em seu painel de controle. Subir voando e decolando de um barco já é sensacional.

Inicia-se a partir daí o voo livre do instrutor e aluno. Logo no primeiro voo já é possível o passageiro sentir como é pilotar a asa. A operação dura em média 20 minutos. E neste momento a embarcação de reboque já está de prontidão. A hidro asa-delta é um equipamento adaptado para o voo e para a água. Concebida com materiais de flutuação positiva – que boiam – e é capaz de flutuar com 300 kg a bordo. O instrutor então procede para o pouso tranquilo e emocionante. Ao tocar na água, um refrescante “splash”. A asa permanece flutuando enquanto a embarcação de resgate se aproxima em poucos segundos. Inicia-se então a manobra de reembarque, onde a hidro asa-delta, instrutor e aluno são içados por uma plataforma basculante para a posição de voo novamente.

Objetivos do projeto Voe Asa Nosso projeto vai além de Florianópolis. Nossa ideia e proporcionar esporte, qualidade de vida e uma experiência inesquecível para as pessoas. Esse projeto, com nosso método de ensino e prática está disponível para quem quiser comprar o barco já equipado e fazer o curso para operar esse sistema de voo. Voar em lugares onde nunca voaram de asa-delta e mostrar as belezas do Brasil, por exemplo, em rios, lagos e na costa também são objetivos para produção de conteúdo multimídia. O mais bacana é que nossa operação chama muito a atenção, isso torna o barco e a asa uma excelente forma de publicidade, como um outdoor em movimento que passa alegria, desafio, profissionalismo e segurança. Depois de voar em diversas modalidades, como asa-delta convencional, paraquedismo, sky surf, planador entre outros, sigo apaixonado por essa modalidade. É muito gratificante levar as pessoas para cima nesse visual de Floripa. Uma coisa é certa, nunca mais na vida, o passageiro vai esquecer dessa experiência. A hidro asa-delta veio para ficar.


Dj Jéssica Salty

Revista Mural | Quem é Jéssica Salty? Jéssica Salty | Uma Dj, risonha, divertida e que vive criando a todo momento. Ela é intensa em tudo que faz. Sua palavra chave é determinação. Revista Mural | Você mudou depois de voar? Jéssica | Sim. Abriu a minha mente e fez eu escrever uma música linda, resolvendo assim gravar um clipe aqui em Florianópolis. O nome da música é “Voando Alto” e será um feat com um grande artista. Não posso falar muito sobre isso, mas aguardem que vem novidade aí até o final do ano. Revista Mural | Como foi a aventura? Jéssica | Foi incrível! Amo esportes radicais. Fui atleta de ginástica artística da seleção carioca até os 16 anos, então o amor por esporte já vem desde criança. Estou apaixonada pela sensação de voar e de poder ver a beleza de Florianópolis lá de cima. Quando passamos bem pertinho da Igreja Nossa Senhora da Conceição me arrepiei toda. Foi emocionante. Revista Mural | Você chorou durante o voo. Foi por medo ou alegria? Jéssica | Alegria, claro! Revista Mural | Voaria de novo? Jéssica | Com certeza. Gostei tanto que voei duas vezes no mesmo dia, já me considero craque [risos]. Todos deveriam sentir essa emoção. Foi gostoso demais, me senti super segura e tranquila. O Formiga e eu arrasamos no nosso voo! Obrigada a toda equipe Voe Floripa! Vocês são demais! Revista Mural | E quais são seus planos? Jéssica | Estou trazendo para esse verão em Florianópolis um show totalmente performático e divertido. Tenho certeza que todos vão dançar muito comigo. Meus planos são de voar cada vez mais alto. Jamais desistir e sempre avançar! Só pode quem pensa que pode.

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ESPORTE

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DEPOIMENTOS

“É MEU PRIMEIRO VOO SOBREVOANDO A LAGOA DA CONCEIÇÃO, UM DOS LUGARES QUE TEM MEU CORAÇÃO. ABRIR OS BRAÇOS E VIVER ESSE MOMENTO COMO UM PÁSSARO FOI UMA DAS MELHORES SENSAÇÕES QUE JÁ VIVI. UM VOO E DOIS EXTREMOS: ADRENALINA E PAZ.” NAIMA GUIMARÃES

“O VOO É FANTÁSTICO, ALTO PROFISSIONALISMO DA EQUIPE E EQUIPAMENTOS DE PRIMEIRO MUNDO AQUI NA NOSSA CIDADE. NÓS PRECISAMOS INCENTIVAR ESPORTES COMO ESTE, QUE VALORIZAM NOSSAS BELEZAS NATURAIS.” ED PEREIRA (Secretário Municipal de Esporte, Cultura e Juventude)

“O VOE ASA FLORIPA É MARAVILHOSO. A DECOLAGEM É EMOCIONANTE, NA RESPONSA MESMO, TE PASSA MUITA SEGURANÇA, O FORMIGA É UM MAESTRO. DEU PRA VER A PRAIA MOLE, JOAQUINA, MOÇAMBIQUE, CAMPECHE, A ILHA TODA. MUITO BOA A AULA QUE EU TIVE, APRENDI MUITO.” GERRY COSTA (DAZARANHA)

“O VOE ASA PROPORCIONOU UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA DE EMOÇÃO E ADRENALINA QUE TEM QUE SER VIVIDO AO MENOS UMA VEZ NA VIDA. FIQUEI MARAVILHADA COM A EXPERIÊNCIA, FOI UM SONHO REALIZADO.” KYKA D’AVILA

“EQUIPE PROFISSIONAL, SENTI MUITA SEGURANÇA, O VOO FOI BEM TRANQUILO. LINDO DEMAIS.” PAULO CESAR TRINDADE D’AVILA

“UM VOO INCRÍVEL, SUBIR REBOCADA PELA LANCHA NOS DÁ MAIS CORAGEM E SEGURANÇA. O VISUAL LINDO DE FLORIPA E O POUSO NA ÁGUA FECHA COM CHAVE DE OURO. ADOREI E ATÉ SUPEREI MEU MEDO DE ALTURA.” CAROL ROSA



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VELOCIDADE E NEGÓCIOS Piloto André Gaidzinski leva bandeira de Santa Catarina para as corridas que participa

texto JULIANA PAMPLONA (ALVO CONTEÚDO RELEVANTE) fotos LUCA BASSANI

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uem vem se destacando no mercado automobilístico é o piloto catarinense André Gaidzinski. Desde o ano de 2018 ele vem conciliando a sua carreira de investidor com a de piloto profissional de corrida de turismo. André correu a Porsche Cup em 2018 terminando a temporada em sexto lugar da categoria GT3 Cup Challenger 3.8 e em 2019 participou da última corrida, de 15 a 17 de novembro, em Interlagos (SP), que aconteceu juntamente com a Fórmula 1. Mas nem terminou o ano e piloto catarinense já está de olho na temporada 2020. Ele faz planos para disputas internacionais, com grandes chances de atuar em outras categorias na Europa ou Estados Unidos. O primeiro desafio será em janeiro, com a corrida de neve na pista mais alta do mundo, em Andorra. Ela possui 2.360 metros de altitude, sete curvas e um circuito que fica inteiramente coberto de gelo na época da corrida.


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Gaidzinski é apaixonado por velocidade desde criança, quando começou a acompanhar as corridas de Fórmula Fiat e ter o primeiro contato com o mundo do grids. Aos 17 anos decidiu realizar o seu maior sonho, começando a sua trajetória profissional pelo kart, em 1991. Após um tempo afastado das pistas, envolvido apenas com os seus negócios em Santa Catarina, retornou no ano passado aos treinos e corridas profissionais. Em seu currículo, ele ainda traz do ano passado o 2.o lugar na etapa Fórmula 1, também no Porsche GT3 Cup Challenger 3.8, e ao longo de sua história passagens pela Fórmula Chevrolet; Campeonato Brasileiro de Fórmula Ford; 3.o lugar no Warm Up em Brasília e 3.o lugar na classificação em Goiânia. Para conhecer um pouco mais da trajetória e do que ainda vem pela frente, confira uma entrevista exclusiva com o piloto.

ANDRÉ GAIDZINSKI E CINTIA PIERI

Revista Mural | Como nasceu a sua história com o automobilismo, de onde veio o interesse? André Gaidzinski | Quando criança acompanhei meus primos Roberto Gaidzinski Bastos, Henrique Gaidzinski Perez e Renato Naspolini, que corriam no kart. Renato Naspolini foi campeão brasileiro de Formula Fiat, em 1982, e o Henrique é tricampeão brasileiro de kart. Foi os acompanhando que nasceu a paixão pelo automobilismo. Quando eu tinha 17 anos minha mãe me deu o primeiro kart e comecei a participar de corridas nas cidades catarinenses. Revista Mural | Sua carreira de empresário levou alguma lição para as pistas de automobilismo? Gaidzinski | Tive empresas de promoções e eventos, de pesquisa de mercado e atuei na incorporadora da minha família, bem como tive passagem pelo Conselho de Administração da Indústria Cerâmica que fomos sócios. Considero os resultados financeiros que alcançamos no período que me aventurei a ser empresário. O automobilismo é um mundo que exige muita dedicação, disciplina, organização e trabalho duro para se chegar ao pódio. Para que tenhamos bons resultados precisamos fazer sempre o melhor, a cada dia buscar a superação. Estamos sempre plantando para colher bons frutos e esta é uma boa analogia entre o automobilismo e o mundo empresarial. Revista Mural | De onde vem a sua inspiração quando está na pista? O que te motiva? Gaidzinski | Minha inspiração vem do espírito de competição, desafio constante e busca de resultados. O que me motiva é uma força que vem de dentro querendo ser sempre melhor.


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Revista Mural | Você leva a bandeira catarinense para todas as corridas, bem como para os pódios que já conquistou, quais os maiores desafios de cada corrida? Gaidzinski | Nosso desafio é andar cada vez mais rápido, entender o comportamento e o balanço do carro. Sempre buscando entender na telemetria o que fizemos na pista com o intuito de melhorar sempre. Quanto menos tempo fecharmos uma volta, mais rápidos seremos e na frente chegaremos. Sempre levo a bandeira do nosso querido estado, que represento, para o pódio, a minha homenagem à maravilhosa Santa Catarina. Revista Mural | O que significa para você fazer parte do time da Porsche Cup? Gaidzinski | A Porsche Cup foi uma das melhores opções em matéria de organização, competência e equipamentos para acelerar em uma categoria. A Dener Motorsport é um excelente exemplo de governança e entrega de serviços. Revista Mural | Quais são os preparativos entre uma corrida e outra? Gaidzinski | Me preparo com dois treinos, três vezes por semana, com o personal trainer na academia, simulador com os circuitos do campeonato, além do psicológico para estar bem e ter a tranquilidade quando sentar no carro. Além disso, concentração no traçado do circuito da próxima corrida e organização na estratégia de como tirar o melhor proveito da pista. Revista Mural | Quem é a tua equipe de apoio e quem investe na tua carreira? Gaidzinski | Montamos uma estrutura com um engenheiro, um mecânico e um ajudante. Temos também um trabalho de coaching com o piloto Giuliano Losacco, que dá cobertura fora da pista. Hoje temos como patrocinadores, apoiadores e parceiros o AndBank, a WTC, a Farben e a Ecogen. Sem essas empresas não teríamos condições de seguir com o nosso trabalho, por isso sempre temos que agradecer por estarem conosco. Também tenho total apoio da minha amada Cintia Pieri. Ela atua de forma profissional tanto nos bastidores, organizando o box lounge nas corridas para receber os nossos convidados, quanto organizando a minha agenda de compromissos.

Revista Mural | Quais as oportunidades empresariais nas corridas de turismo? Gaidzinski | A Porsche Cup é um campeonato que tem TV ao vivo pela SporTV e é uma excelente oportunidade para fazer negócios, a categoria tem pilotos empresários de todo o país e do exterior que trazem outras empresas para fazer ativação de marca, relacionamento e B2B no box lounge. Os convidados têm uma experiência única de viver o dia do piloto com infraestrutura confortável, com espaço kids para as crianças e salão de beleza para as mulheres. E também ter a possibilidade de dar uma volta rápida com o piloto a 260 Km/h, levando um capacete assinado para casa. O carro fica disponível para exposições e eventos dos patrocinadores. Revista Mural | Quais os seus planos para 2020? Gaidzinski | Estou com uma oportunidade de ser contratado para participação de testes e corridas de turismo na Europa e também de testes no autódromo nevado no Principado de Andorra. As negociações de renovação com a Porsche Cup Brasil também estão iniciando. Em janeiro vou correr na neve, no autódromo de Andorra, na Espanha, a pista mais alta do mundo, a 2.360 metros de altitude. Revista Mural | Como você avalia o automobilismo em Santa Catarina? Quais os principais desafios? Gaidzinski | Santa Catarina deveria valorizar mais o automobilismo e fazer parte do circuito nacional. Não temos um autódromo asfaltado e, normalmente, os campeonatos são em pista de terra, que poderia ser melhor. Temos vários pilotos excelentes e andando hoje pelo mundo, mas sempre com a dificuldade de iniciar porque é necessário correr em outros estados. Temos condições de melhorar muito e despertar o interesse de novos talentos. Revista Mural | Essa profissão de leva a muitos lugares. Quais as cidades ou países que mais te inspiram? Gaidzinski | Viajamos muito, não somente paras as corridas, mas também para eventos e, principalmente, para prospecção e visita à empresas, constantemente. Uma cidade onde acontece as coisas para nós no Brasil é São Paulo e no exterior Espanha e Andorra, que tem trazido bons contatos para a realização de testes no automobilismo europeu.



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Daniela Gerber Koerich investe em novo negรณcio no Beiramar Shopping junto com as filhas


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DANI COM AS FILHAS YASMIN (ESQ.) E SOPHIA (DIR.)

texto URBANO SALLES fotos MICHEL TÉO SIN

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os 50 anos, comemorados no início de outubro, Daniela Gerber Koerich, a “Dani”, vive uma nova fase com a abertura, poucos dias antes do seu aniversário, da franquia do Café Cultura no piso L2 Joaquina do Beiramar Shopping. Pela primeira vez, ela divide o comando de um empreendimento com as filhas Yasmin, de 24 anos, e Sophia, de 17. “Sempre vivi com muita intensidade. Estou aqui querendo ensinar a pescar, e não dar o peixe. É isso que eu quero passar para elas”, afirma a empresária, cujo sobrenome forte nunca foi pretexto para se abrigar numa zona de conforto. Seu pai, Paulo Olavo Koerich, falecido há três anos, seguia essa linha de educação, adotada por outras famílias que nasceram humildes e com o tempo foram enriquecendo. “Foi com muito suor que os Koerich começaram. Então, as novas gerações precisam continuar trabalhando, sim, porque temos que aprender a dar valor ao dinheiro.”

Dani tinha 20 anos quando pegou a mochila e foi para a Europa e Nova Zelândia. Depois, morou 10 anos em Israel, terra natal do pai das suas duas filhas, Yuval Zoran. O casal se conheceu na Guarda do Embaú, na Grande Florianópolis. Durante os anos no Oriente Médio, além das responsabilidades de mãe, Dani atuou como babá, faxineira, garçonete de cafés e restaurantes, e vendedora de diamantes lapidados, um filão muito rico na região. Formada em Turismo, passou também a ser guia profissional, conduzindo grupos de fiéis em visita à Terra Santa. “Trabalhava com aqueles ônibus com 50 peregrinos, era bem legal. Até água santa do Rio Jordão eu vendi.” Em 2004, separada, concluiu que era hora de voltar às raízes no Brasil. Caçula de uma família com sete filhas e quatro filhos, sentiu que queria estar mais perto da mãe, Laura Gerber Koerich – ela morreu em 2014. Foi nessa época que, aproveitando a experiência em Israel, Dani estreou como empreendedora lançando a marca de joias Dani K. As coleções foram um sucesso instantâneo e foram parar em espaços disputados como a loja Tida. “Design e decoração também são universos que me atraem”, observa.


PERSONALIDADE

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Há 12 anos, Dani teve Joaquim, filho de seu relacionamento com o advogado João Batista Bez Fernandez. Atualmente, Yasmin e Sophia moram com a mãe. Joaquim segue escala de guarda compartilhada. “Ele está lindo, não está? Já está mais alto que a mãe, e calça 42”, elogia, orgulhosa, enquanto exibe no celular fotos do garoto praticando tênis. Nas temporadas que Yasmin e Sophia passam em Israel, sempre procuram trabalho, seguindo o exemplo de independência dado pela mãe. Ambas têm dupla cidadania e falam hebraico. A mais nova empregou-se num estúdio de tattoo e agora planeja cursar design e ao mesmo tempo virar tatuadora. Dani, aliás, só fez sua primeira tatuagem aos 45 anos, na panturrilha. Yasmin, já supertatuada, é roqueira, vocalista da banda Nouvella. “Eduquei meus filhos para a música, a arte e o esporte, e eles não estão decepcionando”, comemora Dani. “Minhas filhas têm personalidades muito fortes, e eu sou o pai e a mãe delas.”

YASMIN

A família mora no Campeche, no Sul da Ilha. “Na minha vida particular, sou bem zen, bem bicho-grilo. Tenho muitos budas em casa. Adoro andar descalço. Planto banana, cuido do meu jardim. Eu tenho TV, mas não ligo, só Netflix. Leio bastante sobre tudo. No dia do meu aniversário eu estava no Matadeiro usando uma roupa que era da minha mãe”, conta Dani. Ela tem sob seus cuidados sete gatos e dois cães, todos resgatados da rua por amigos ou por ela própria. “Da minha casa tenho uma vista bem linda da Ilha do Campeche. Tem macaquinho, papagaio... Até um tempo atrás alugava pelo Airbnb, recebi gente da Suíça, do mundo inteiro, mas quando a Yasmin voltou a morar comigo, parei. Futuramente, quem sabe, vou voltar a fazer isso depois de uma reforma.”

No shopping

SOPHIA

O namoro com o Café Cultura começou cedo, quando ela era cliente-fã da primeira unidade da rede, no Centrinho da Lagoa da Conceição. Ano passado, Dani estava buscando algo para investir e o Café Cultura já havia iniciado seu vigoroso crescimento. Ela acabou fisgada por um panfleto anunciando que a marca estava aberta para franquias. Após alguns meses de negociação, a investidora fechou com o Beiramar Shopping. O Café abriu dia 23 de setembro ocupando o centro do corredor do novo espaço de expansão do empreendimento, que mixa moda com gastronomia (um dos vizinhos é o festejado Jazzinn Gastrobar). Nessas semanas de celebrações de final de ano, a casa tem oferecido o conceito do coffee break como opção de primeira escolha para empresas ou grupos de amigos. Junto com as filhas, Dani lidera uma equipe de onze colaboradores. “No último dia de treinamento, conversei com eles, falei da minha experiência de vida, dos lugares onde trabalhei, e perguntei se estavam se sentindo acolhidos. As pessoas gostam de ser acolhidas. É isso que eu quero que eles tragam aos clientes do Café: acolhimento.”





APICULTURA

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DOCE SUCESSO É catarinense a produtora do melhor mel do mundo


foto DIVULGAÇÃO

APICULTURA

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A

foto DIVULGAÇÃO

premiação foi concedida em setembro, no Canadá, durante o 46.o Congresso da Associação Internacional de Apicultores, e coroa a dedicação de um empreendedor que apostou na qualidade de um produto como forma de conquistar espaço no agronegócio, colocando de lado, inclusive, a profissão que até então exercia. Bioquímico por formação, Célio Silva levava uma vida tranquila, trabalhando com análises clínicas no laboratório próprio, até que, há mais de 30 trinta anos, um enxame de abelhas pousou em sua casa. Apesar de inúmeras tentativas, não conseguiu transferi-lo para uma caixa, e foi tomado por uma

sensação de frustração. “Não me conformava com isso e fui buscar respostas. Comecei a estudar as técnicas de apicultura e a participar de congressos internacionais”, lembra Silva. Não havia mais jeito: ele foi “picado” pelas abelhinhas, e nunca mais conseguiu se separar delas. “Depois de algum tempo, vendi meu laboratório e passei a concentrar minha atenção na criação de abelhas. No início, além de apiários, criei uma empresa com a finalidade de fabricar cosméticos e alimentos, tendo como matéria-prima os produtos da colmeia”, conta. Situada em Araranguá, na região Sul de Santa Catarina, a Prodapys, empresa criada por Silva, começou bem pequena, reunindo apenas três pessoas. Passados 30 anos, a maior exportadora de mel do país conta com uma equipe de mais de 120 colaboradores nas duas unidades na cidade catarinense e nas filiais do Piauí e do Maranhão, e tem como meta exportar seis mil toneladas/ano para os mercados europeu, norte-americano e canadense. “Começamos a exportar no início do ano 2000, e só exportamos mel orgânico”, explica Célio Silva. Segundo ele, o Brasil só é competitivo exportando mel orgânico, uma vez que, em termos de produção, a apicultura brasileira é pouco desenvolvida se comparada a de outros países. “Enquanto no Canadá, por exemplo, a média de produção alcança 150 kg/ colmeia/ano, aqui não conseguimos ultrapassar 20 kg. Mas não podemos desanimar”, avalia. Para ele, a conquista da medalha de ouro é uma forma de mostrar ao mundo que apesar das limitações e do uso de defensivos agrícolas em determinadas regiões, o Brasil tem grandes áreas livres de agrotóxicos, nas quais se produz os melhores méis. “E orgânicos, o que é fantástico”, complementa. foto DIVULGAÇÃO

texto LU ZUÊ fotos MARCO CEZAR


foto DIVULGAÇÃO

APICULTURA

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Embora a Prodapys processe uma grande variedade de méis monoflorais – e este seja o carro-chefe das vendas da empresa – nos dois showrooms das unidades em Araranguá podem ser encontrados mais de 40 produtos desenvolvidos à base de mel e dos diferentes produtos da colmeia (própolis, pólen, cera, apitoxina – o veneno da abelha – e geleia real). Segundo Silva, o sucesso da empresa é resultado da união de uma série de fatores, alguns deles ligados ao estilo de gestão e visão empreendedora da equipe à frente das decisões. Além dele próprio dirigir a empresa, Célio destaca a importante presença dos quatro filhos – Jamilton, Tarciano, Lissando e Cyntia – em cargos estratégicos da Prodapys. Formados em áreas distintas, decidiram espontaneamente trabalhar com o pai no agronegócio apícola. “Cada um deles exerce uma função específica, trabalhando da área financeira e tecnologia da informação à exportação e gerência de compras. E é muito bom trabalhar com eles por perto”, garante. Além da parceria dos filhos, o empresário destaca a grande variedade de biomas existentes no Brasil (que permite a produção de méis com diferentes características), o uso de modernos equipamentos e tecnologia de ponta, e a capacitação de seus colaboradores como razões para que os produtos sejam processados sem perder as características naturais. “E há também aquele nosso ‘olho clínico’ de quem conhece muito – e bem – o que produz e consegue pensar adiante. Olhando sempre para a frente, conseguimos selecionar méis especiais no imenso universo de variedades produzidas nos diferentes biomas. O próximo Congresso da Apimondia e o Concurso dos Melhores Méis do Mundo acontecerão em 2021, na Rússia, mas já estamos selecionando agora as variedades que levaremos para a competição, com condições de conquistar novos títulos”, explica o Célio. foto DIVULGAÇÃO

Mel orgânico Além de conquistar o título de produtora do melhor mel do mundo, a Prodapys mantém, também, o maior projeto de produção de mel orgânico do mundo, fruto de uma parceria com 990 famílias produtoras distribuídas desde o Rio Grande do Sul até o Maranhão, todas avaliadas por certificadoras internacionais. Esse grupo de produtores aumenta de forma continuada, uma vez que a empresa está constantemente pesquisando prováveis produtores com condições de se juntar ao projeto. “Todos as famílias participantes têm sua produção auditada por funcionários da empresa e auditores internacionais, e devem atender a uma série de condições. Os apiários, por exemplo, têm sua localização monitorada por GPS, e toda a flora num raio de 3 km ao seu redor é mapeada por meio de satélite. Os apicultores precisam seguir normas estabelecidas para a produção orgânica, e no final, temos um produto especial, isento de contaminações e livre de agrotóxicos”, explica Célio Silva, que deixa evidente a consciência acerca da grande responsabilidade que tem em relação a isso. “Nós representamos o mel brasileiro perante o mundo. Sabemos de nossa responsabilidade e nos esforçamos para sermos os melhores”, finaliza.



NUTRIÇÃO

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O que podemos aprender com elas?

BLUE ZONES textos ANA CAROLINA ABREU fotos DIVULGAÇÃO

V

ocê já deve ter lido vários artigos sobre longevidade e qualidade de vida, mas já ouviu falar sobre as zonas azuis? As blue zones são regiões no planeta que foram estudadas justamente por apresentarem um alto índice de longevidade e saúde. Todos nós buscamos as respostas sobre como viver mais e melhor: tentamos entender nossas relações, o sono, o trabalho, a alimentação e qualquer coisa que possa nos ajudar nesta jornada e influenciar neste processo. Sabemos que todos vamos morrer, mas quando e como vamos chegar lá é que faz toda a diferença. A primeira questão importante é saber que nossa genética só influencia 10% nesse processo e que o restante depende de como vivemos. Podemos aumentar nossa expectativa de vida apenas adotando pequenos novos hábitos. E o que este estudo tem a ver com isso tudo? E ainda com nutrição? Junto com a National Geographic, uma equipe de pesquisadores mapeou ao cinco regiões do planeta onde as pessoas tem os maiores índices de longevidade e qualidade de vida. Eles descobriram cinco grupos populacionais, na Itália, Grécia, Costa Rica, Japão e Califórnia. A partir da análise destes locais estabeleceram os principais fatores em comum no estilo de vida que contribuíram para que vivessem mais. Foram nove os fatores encontrados:

1. Ter um propósito Acordar todos os dias tendo uma razão para viver. Saber nosso senso de propósito é normalmente o que nos dá a sensação de pertencimento, nos traz ânimo e satisfação pela vida. Conseguimos viver melhor com as pessoas ao nosso redor. Este propósito não precisa ser fixo, pode mudar ao longo da vida, mas é importante que tenhamos um.

2. Movimentar-se naturalmente As pessoas avaliadas não frequentam academia ou aulas agendadas. O que nos faz viver mais é justamente manter um estilo de vida ativo, caminhar mais, alongar-se, cultivar hortas, fazer as atividades da casa, sentar no chão. Evitar nossa rotina moderna de carro, elevadores e controle remoto pode ajudar muito.

3. Administrar o estresse Sabemos que o estresse é inevitável, mas como lidamos com ele pode fazer toda diferença. Cada um dos grupos tem algum ritual, como orações ou cochilo ou um momento para meditar e lembrar os antepassados. Desenvolver maneiras de desacelerar, apreciar a vida e descarregar as tensões da rotina é o que pode podemos aprender com eles.

4. Ter uma crença A fé ou algo que nos inspire e oriente nos faz fortalecer os vínculos, pode aliviar a solidão e a depressão, nos dá um senso de pertencimento. Independente de qual a denominação, o importante é termos uma fé e praticarmos. Os estudos demonstraram que a expectativa de vida pode aumentar em 14 anos com esta prática.

5. Manter a família por perto O estudo demonstrou que conviver com pais e avós pode diminuir as taxas de doenças e aumentar o equilíbrio mental e emocional.


83 NUTRIÇÃO

as 5 regiões do planeta onde as pessoas tem os maiores índices de longevidade e qualidade de vida

SARDINIA, ITÁLIA

IKARIA,

LOMA LINDA, CALIFÓRNIA

GRÉCIA

OKINAWA, JAPÃO

NICOYA,

COSTA RICA

6. Ter a sua “tribo” Pertencer a um grupo e conviver com pessoas que confiamos e temos afinidades aumenta os comportamentos saudáveis e positivos. Claro que dependendo do grupo que escolhemos para conviver podemos obter o efeito contrário, por isso é importante observamos com quem mais convivemos.

7. Beber vinho O ritual de reunir-se e beber junto com a comida, especialmente uma ou duas taças de vinho ao dia pode contribuir para a longevidade. Claro que não vale acumular e beber tudo em um dia no final de semana.

9. Comer comida de verdade

8. Regra dos 80%

Comida local e sazonal também foi um dos fatores avaliados. É importante entendermos que não adianta comer o sal do Himalaia ou qualquer outro alimento que vem de longe e não priorizarmos o que cresce perto de nós, que não é embalado e que cresceu na estação que nosso corpo deveria consumir.

Pare de comer quando seu estômago estiver 80% cheio. O espaço de 20% entre não estar com fome e sentir-se estufado pode ser a diferença entre ganhar ou perder peso. As populações estudadas fazem pequenas refeições no final da tarde e geralmente não comem mais nada. Ou seja, a restrição calórica ou jejum intermitente, tão falados ultimamente, podem ser alternativas para garantir a longevidade.

Diante destas constatações fica fácil entender como a nutrição é um processo e faz parte da busca pelo equilíbrio e qualidade de vida. Não importa como você comece, o que importa é darmos o primeiro passo e entendermos que a vida tem que ser leve e equilibrada.


84 NUTRIÇÃO

SAGRADO CACAU O poder do fruto que dá origem ao chocolate textos ANA CAROLINA ABREU fotos BANCO DE IMAGENS/RM

O

chocolate, tão adorado, é produzido a partir da semente retirada do fruto do cacau. As sementes cruas passam por vários processos como fermentação, secagem, torra e alcalinização até chegarem à delícia que amamos. No século XV era considerado um presente dos deuses (acho que todo mundo concorda), utilizado pelos astecas em cerimônias religiosas, como pagamento e até como afrodisíaco. E apesar de antigo está cada vez mais em alta, especialmente na versão mais amarga e pura. A ciência cada vez mais confirma a enorme ação terapêutica que ele tem. Com mais de 150 nutrientes e princípios ativos, o cacau pode ser considerado um dos alimentos mais potentes. Vários são os mecanismos estudados entre o chocolate e humor. Dentre eles os fitoquímicos, ingredientes psicoativos e até as vias neurais (mecanismos de recompensa) que são ativadas. Traduzindo, ele pode atuar como inibidor natural de apetite e tem substâncias que trazem a sensação de bem estar, além de estimular a liberação de endorfinas e melhorar a disposição mental. Pelo seu teor de flavonoides, o cacau pode melhorar a função cognitiva e memória. Tem ação antioxidante e anti-inflamatória e controla a glicemia. Um artigo publicado este ano avaliou mais de 13 mil indivíduos e comprovou que o chocolate amargo, ou seja, o que tem maior teor de cacau, tem ação antidepressiva e ansiolítica. Por conter substâncias como teobromina, fenilalanina, feniletilamina e tirosina, pode aumentar a sensação de bem estar, combater a depressão, reduzir a ansiedade e a vontade de doces. Mas atenção, os benefícios valem para o consumo da polpa e da semente, sem a adição de açúcar, leite e gordura.

O cacau também pode ser uma fonte de vitamina D. Os grãos do cacau são muitos suscetíveis a fungos que possuem altas concentrações de ergosterol, precursor de vitamina D2. Como o cacau é fermentado e depois seco no sol, o ergosterol é transformado em vitamina D2. E segundo estudos, em níveis de vitamina D2 a manteiga de cacau fica em primeiro lugar, seguida do cacau em pó. Mas as concentrações vão depender da origem do cacau e do contato com os fungos. Só que nem todo mundo consegue curtir o cacau. Pessoas que sofrem de enxaqueca ou labirintite muitas vezes pioram quando consomem produtos a base de cacau. Para quem pode consumir, o cacau cru, hoje já encontrado em lojas de produtos naturais e supermercados, pode ser ainda melhor, pois os princípios ativos são mantidos em maior quantidade. Os estudos ainda são inconclusivos em relação a todos os benefícios e mecanismos envolvidos. Enquanto não temos todas as respostas, o ideal é buscarmos um cacau de qualidade, de preferência sem açúcar e testar na nossa rotina os efeitos, pois cada organismo reage de um jeito e o importante é entendermos como nosso corpo funciona. ANA CAROLINA ABREU, CRN 1453, é graduada em nutrição pela UFSC e pós-graduada em nutrição clínica funcional pela CVPE/Unisul. Pós-graduanda em Nutrição Funcional Esportiva, pós-graduanda em Fitoterapia e membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional. Koerich Beiramar Office. Av. Mauro Ramos, 1970 – Sala 201 – Centro – Florianópolis. 1 (48) 3371-0711/ 9155-0711 0 anacarolinaabreu@clinicanut.com.br C @anabreu11


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SAÚDE BUCAL

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HARMONIZAÇÃO OROFACIAL

De bem com seu rosto

texto LAURA SACCHETTI (CRO-SC 12391)

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ão é de hoje que os pacientes procuram os consultórios odontológicos para melhorarem a autoestima, seja para uma reabilitação ou apenas para um clareamento dental. Sendo assim, a palavra do momento é a harmonização, onde o paciente, além de tratar a dor ou estética dos dentes, pode associar técnicas para deixar o rosto com um aspecto mais harmônico, a chamada harmonização orofacial. Muitas vezes ao reabilitar um paciente com prótese total (dentadura) ou implantes fixos não conseguimos devolver o volume nos lábios, deixando o sorriso com aspecto “murcho”, não atendendo à expectativa do paciente em parecer mais jovem e saudável. É nesse momento que podemos associar as técnicas de harmonização, como por exemplo os preenchedores com ácido hialurônico, que poderão devolver o volume perdido e a sustentação labial.

Por ser uma associação de tratamentos visando funcionalidade e estética é preciso planejar cada caso de forma individual. Na harmonização orofacial podemos realizar bichectomia não apenas com intuito de “afinar” o rosto, mas também para evitar mordidas na região interna das bochechas. A toxina botulínica, em alguns casos, é usada com a intenção de deixar a pele “esticada”, também pode ser aplicada para deixar o sorriso mais harmônico, no caso de pacientes com sorriso gengival. Mesmo que alguns dos procedimentos associados à harmonização facial sejam reversíveis, é importante que seja feito um planejamento cauteloso por um profissional capacitado. LAURA SACCHETTI

Centro Executivo Maxim’s, Av. Rio Branco, 354, 6.o andar, sala 602 – Centro – Florianópolis/SC. 1 (48) 3225-1082 / 99130-2077 0 laurasacchetti.implante@gmail.com



SAÚDE

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Procedimentos que estimulam o colágeno para o tratamento da flacidez corporal

ALÉM DA FACE texto DR.A MARIANA TREMEL BARBATO (CRM/SC: 10877/RQE: 6741) fotos BANCO DE IMAGENS/RM

Ultrassom microfocado

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Essa tecnologia estimula colágeno sem agredir a epiderme (camada mais superficial). As ondas de ultrassom aquecem as camadas mais profundas da pele, produzindo pequenos pontos de coagulação em torno desses pontos o colágeno é estimulado. O paciente pode logo retomar suas atividades. O resultado máximo é atingido em três meses, mas logo após o procedimento já podemos notar melhora da flacidez pelo edema e contração muscular.

om o envelhecimento cronológico e ambiental o colágeno diminui e a pele fica fina e sem elasticidade. Os tratamentos que visam o estímulo de colágeno melhoram a flacidez e devolvem estrutura não somente da face, mas também do corpo. Braços, pernas, pescoço, colo, glúteos e abdômen podem ser tratados associando bioestimuladores e tecnologias. A busca pelo corpo perfeito, pode ser segura e pouco invasiva em casos de flacidez leve a moderada.

Bioestimuladores de colágeno Venus Legacy Existem produtos injetáveis, que quando aplicados na derme/ subcutãneo impulsionam a ação dos fibroblastos (células produtoras de colágeno). Sculptra (ácido polilático) e Radiesse (hidroxiapatita de cálcio) são exemplos de bioestimuladores. Esses produtos são injetados na região do corpo afetada com auxílio de agulha ou cânula. O resultado inicia um mês após a aplicação, são recomendadas de uma a três sessões dependendo de cada caso, essas sessões podem ser realizadas em intervalos de, no mínimo, 30 dias. Com essa técnica conseguimos dar um up no bumbum e melhorar a celulite, por exemplo. Pode-se associar com este procedimento o uso de tecnologias/aparelhos, aí os resultados ficam ainda melhores e são visualizados mais rapidamente.

Fotona 4D ponteira robótica Flacidez e gordura localizada podem ser tratadas com auxílio desse laser super moderno. Realizando o modo piano e frac 3 tratamos abdome, pernas, braços, colo e pescoço. A ação na redução da gordura ocorre pelo aumento da temperatura do tecido subcutâneo, melhorando, inclusive, o umbigo triste. O pósprocedimento é muito tranquilo, podendo retornar as atividades logo após a aplicação do laser.

A radiofrequência associada ao vácuo e infravermelho promove o aquecimento com consequente melhora da flacidez e gordura localizada. As sessões são quinzenais e são necessárias, em média, 6 sessões. Esse aparelho é fantástico na melhora do aspecto “casca de laranja”. Lembrando que todos esses tratamentos exigem um tempo para estímulo de colágeno, por isso o resultado melhora com o tempo. Logo a melhor época do ano para realizarmos esses procedimentos é justamente agora. A suplementação com silício e colágeno hidrolisado, quando bem indicado, podem contribuir para melhor resultado dos procedimentos (bioestimuladores e aparelhos). Sabemos que o resultado será melhor quanto maior a formação de colágeno pelo paciente e nos graus mais leves de flacidez, portanto, esses tratamentos devem ser iniciados precocemente para obtermos os melhores resultados. MARIANA TREMEL BARBATO Rua Ferreira Lima, 238, 6.o andar, Florianópolis 1 (48) 3223-6891 e 9933-7000 0 contato@marianabarbato.com.br


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90 FISIOTERAPIA

PÓSPARTO Como a fisioterapia pode ajudar

texto ROBERTA RUIZ foto DIVULGAÇÃO

U

ltimamente, tenho recebido no meu consultório muitas mulheres no pós-parto. De maneira geral, elas chegam muito fragilizadas, tentando se adaptar a esta nova realidade. Você deve estar se perguntando onde e como a fisioterapia pode ajudar neste momento. Essa dúvida é bem comum, pois este atendimento, como fazemos hoje em dia, é relativamente novo, mas as intervenções fisioterapêuticas irão ajudar e muito no puerpério. Qualquer mulher que passe pelo período gestacional, independente da via de parto, pode sentir algumas alterações em seu corpo, principalmente na região pélvica. Podemos citar as incontinências urinárias, os prolapsos de órgãos pélvicos, popularmente conhecidos como, bexiga ou útero caído, frouxidão vaginal, flatos vaginais, fibrose devido à cicatrização de uma laceração ou de um epsiotomia, dor na relação sexual, sem esquecer também das mamas, que podem apresentar fissuras ou candidíase (sapinho), dificultando muito a amamentação. O corpo como um todo está em um processo de retorno e pode também sofrer alterações musculoesqueléticas como síndrome do túnel do carpo e tendinite de Quervain, entre outros. A boa notícia é que hoje em dia temos várias técnicas e recursos para reabilitar este corpo e devolver a qualidade de vida em um momento tão intenso quanto a gestação. Lançamos mão da

boa e velha cinesioterapia, que são exercícios orientados focados nas disfunções encontradas na avaliação, e usamos o biofeedback para facilitar a execução, tornando a prática mais interativa e fácil, gameterapia e recursos eletrotermo fototerápicos, como laser, radiofrequência extra e intracavitária, fototerapia com luz LED (antibactericida e hidratante), âmbar (estimula o colágeno) e vermelha (anti-inflamatória), além de vibroterapia, cones vaginais, bola de Bem Wa e terapias manuais. Sentir dor e desconforto nunca é normal e com esta gama de recursos e técnicas conseguimos atender a puérpera de uma forma global, colaborando para o bem estar e felicidade da mamãe. ROBERTA RUIZ Fisioterapeuta – Crefito 38.482 Pós-graduada pela USP em Fisioterapia Respiratória Instrutora de Pilates pela Physio Pilates Polestar (USA) Pós-graduada em Fisioterapia Pélvica – Uroginecológica Funcional (Inspirar). Formação em RPG e Terapias Manuais-Maitland (AUS) Formação em podoposturologia (palmilhas posturais). Proprietária do Espaço Integrata – www.integratafisio.com.br Integrata Pilates e Fisioterapia pélvica F Rua Gravata, 75 – Campeche – Florianópolis/SC C @integratafisio 1 (48) 99140-1810 0 roruizfisio@gmail.com





BATMATÉRIA

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O Homem Morcego celebra 80 anos de combate ao crime e à injustiça texto JULIANA WOSGRAUS fotos DIVULGAÇÃO

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Revista Mural chega à edição de número 80. Impossível não associar o número à idade de um dos heróis mais amados da ficção, Batman, que está completando 80 anos também em 2019.

Nascimento O herói da ficção estreou em maio de 1939, na revista Detective Comics #27, edição histórica. E histórica também é esta 80.a edição da Revista Mural, que nasceu há 13 anos. Duas celebrações com uma união de números mágicos. Na numerologia o oito é poder, vitória e prosperidade. Já o zero, em infinitas combinações com o 1 domina o mundo digital em todas as programações dos eletrônicos que usamos nos dias de hoje. Chegar aos 80 não é para qualquer um, nem herói da ficção e muito menos para uma revista que atravessa momentos desafiadores do jornalismo impresso. Inegável o ato heroico do editor-chefe e dono da Mural, Marco Cezar, ao chegar à edição de número 80 da sua revista também disponível na web, mas que mantém força máxima no folhear das páginas impressas. Gigantes sucumbiram à internet. A Mural e o Batman só crescem com ela e suas possibilidades.

Inspiração em Leonardo Da Vinci

DESENHOS DE BOB KANE

Bruce Wayne, bilionário americano, playboy e filantropo, guarda a identidade secreta do herói de ações espetaculares sem super poderes. Seus feitos são resultado de grande preparo físico e engenhocas fantásticas dignas dos nossos dias, pensadas há 80 anos pelo desenhista Bob Kane e o escritor Bill Finger. Os créditos oficiais são de Kane, que se inspirou em esboço de Leonardo Da Vinci, nos heróis como Zorro e O Sombra, e ainda no filme The Bat (1926). Mas a coautoria é justa. Bill Finger criou pontos chaves que consagraram o mito.


foto MARCO CEZAR

BATMATÉRIA

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O ATOR ADAM WEST ENCARNOU O PERSONAGEM EM SERIADOS DE TV NOS ANOS 1960 E É CONSIDERADO O MELHOR BATMAN DE TODOS OS TEMPOS

Herói equipado A tecnologia a serviço do Batman é poderosa. O capacete possui sistema de comunicação conectado diretamente à Batcaverna em sinal criptografado, tal e qual as nossas mensagens de Whatsapp, entre outras; tudo transmitido a longas distâncias via antena. Microfones nas orelhas capturam conversas distantes. As luvas têm circuitos integrados, uma chama e controla o Batmóvel, outra regula as funções do traje de aço, este com duas camadas de fibras sintéticas que protegem contra radiação, fogo e materiais corrosivos. Seu cinto de utilidades possui 16 itens. Feito em titânio e muitos compartimentos, dali ele tira desde o Arpéu – que surgiu nos gibis depois do filme de 1989 – antes a corda era arremessada com as mãos –, aos Batarangues. Fã do Batman desde menino, se pudesse ser o herói por um dia o fotógrafo e músico Caio Cezar garante que “iria testar todos os brinquedos do morcegão: Batmóvel, Arpéu, e a capa que voa”. E como não desejar a capa que ajuda o Homem Morcego a voar ou as botas com solas de alta adesão para escalar paredes? Até o símbolo do morcego no peito, protegido com camada tripla de kevlar tem função: a de ser alvo para armas de fogo e render momentos de tirar o fôlego. Seu Batcomputador é mais avançado que os nossos atuais de qualquer tipo. O Batman é um oitentão pra lá de antenado e conectado. Atemporal.

RENATO BILBAO SOARES

Trazendo para realidade Floripa não é Gotham City, mas neste ano ganhou um Batman para chamar de seu. Renato Bilbao Soares circula pela cidade em seu Camaro adaptado, com roupa e adereços. Fantasiado de herói ele leva a brincadeira a sério divertindo pessoas em eventos beneficentes, creches, asilos e hospitais. Se na vida real Renato é aposentado da Celesc, como Batman sua agenda segue cheia. Em qualquer local aonde esteja tem fãs pedindo selfies. Será que as engenhocas do Batman poderiam ajudar o meio ambiente? Um Batmóvel elétrico, que não fizesse fumaça seria o começo, na opinião de Zeno Petry, que já foi dono de galeria de arte e comissário da Varig. Sua esposa Márcia, também trocaria o Batmóvel por um carro mais discreto e menos poluente. E mandaria o Alfred – mordomo e tutor do bilionário Bruce Wayne – fazer uma faxina em sua casa.

EXPOSIÇÃO INTERATIVA EM SÃO PAULO

Imortal

BATCAVERNA NO SERIADO DOS ANOS 60

Batman rendeu além dos icônicas HQs, seriados de TV, filmes, brinquedos e outros produtos. Muitos são os seus encantos. E para os fãs vale a dica: uma mega exposição interativa dedicada a ele, reunindo acervo de quadrinhos, a Batcaverna e tudo mais que o cerca segue aberta no Memorial América Latina, em São Paulo, até 15 de dezembro, em parceria com a Warner Brasil.


foto ANA MARMO

foto ANA MARMO

BATMATÉRIA

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Turma do Batman Luciano Guilherme Vissoto, empresário e fã do Batman, é mais um que veste a capa do Homem Morcego para fazer o bem. Tudo começou em 2008, na pré-estreia da trilogia do filme do Batman no Shopping Itaguaçu. Com apenas dois personagens (Batman e Mulher Gato), ele sentiu a necessidade de aumentar a turma, pois as pessoas perguntavam sobre o Coringa, Pinguim e outros personagens. Foi então que surge a “Turma do Batman em Florianópolis”. Inicialmente as roupas dos personagens eram mais simples, mas já causavam impacto nos projetos filantrópicos realizados pela turma em hospitais e comunidades carentes. Luciano, determinado a parecer o próprio Bruce Wayne, entrou em contato com a produtora que confecciona a réplica oficial da armadura do Batman no Reino Unido e encomendou uma para ele. Com 12 anos de existência, hoje a Turma do Batman é composta por 28 personagens, todos voluntários e responsáveis pela logística, maquiagem, roupas e transporte para os eventos. Há 6 anos eles criaram uma associação chamada “Amigos pelo Bem”, e escolhem um projeto por mês para fazer apresentações, Segundo Luciano, a missão deles é “utilizar o tempo disponível para levar alegria, amor, carinho, e acesso cultura em ações sociais com muita positividade, tocando o coração de varias gerações e fazendo com que as pessoas sintam prazer e satisfação com a presença e apoio da Turma do Batman.” foto ANA MARMO

Batman do Brasil Assim como Bruce Wayne, Cristiano Zanetta de Matos passou por um trauma na infância: sua casa pegou fogo e antes dos bombeiros chegarem para apagar o fogo e socorrer suas irmãs de 1 e 6 anos, viu conhecidos saquearem sua casa. Cristiano encontrou no Batman a inspiração para superar os problemas pessoais, e diferente do Homem Morcego que combate o crime em Gotham City, ele, luta contra a depressão em crianças em tratamento de câncer. Hoje com 40 anos e morando em Urussanga, e há mais de 10 como “Batman do Brasil”, Cristiano, desenvolveu a modalidade SuperHero, projetos filantrópicos visitando e ajudando os pacientes com câncer. Ele também realiza palestras motivacionais e ensina “como podemos nos tornar super-humanos e fazer a diferença na vida das pessoas usando o maior poder que temos, Nós Mesmos”. Ele diz que se tivesse o dinheiro do Bruce Wayne, montaria o maior e melhor centro de oncologia, onde o serviço seria gratuito.



MÚSICA

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O PANDORGUEIRO DA BARRA DA LAGOA Em show histórico, Valdir Agostinho celebra uma vida dedicada à arte

texto MARCOS HEISE fotos CLE OLIVEIRA

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om 50 anos de ativismo cultural – pandorga, artes plásticas, música, ecologia e tradições culturais da Ilha –, Valdir Agostinho ganhou um espetáculo à altura para celebrar esta marca. Com o nome “A Vida é uma Festa”, o show no teatro do CIC, lotado, foi o reconhecimento de sua trajetória. Um grupo de músicos, gente da cultura e amigos se uniu e trabalhou quase um ano para que essa reverência se tornasse uma realidade. Valdir se apresentou acompanhado de sua banda Bernunça Elétrica e de músicos convidados para apresentar um repertório de 26 composições, um resumo perfeito de sua carreira. Com um fôlego impressionante, Valdir cantou e dançou por mais de duas horas, brincou com a plateia – só seus parentes da Barra da Lagoa lotaram dois ônibus – e fez o que sabe melhor, celebrar a vida.


MÚSICA

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Valdir Agostinho Manezinho da Barra da Lagoa, Valdir Agostinho é um dos mais importantes representantes da cultura popular da Ilha de Santa Catarina. Artista plástico, músico, compositor, cantor, educador, ativista ambiental e até apresentador de TV, Agostinho celebra todas estas facetas com quem tem o privilégio de conviver com ele no seu cotidiano, onde ganham importância a simplicidade e a alegria. Filho de pescadores, Valdir nasceu e cresceu na Barra da Lagoa, um dos redutos mais preservados em relação às tradições culturais do açorianismo, tais como o folclore e a pesca. Aos 4 anos de idade ele incorporou à sua vida um objeto que o simboliza até hoje: a pandorga. A música entrou com força na vida do pandorgueiro aos 15 anos, quando comprou o primeiro violão. Foi um processo meio natural, já desde a infância o contexto musical na sua casa sempre foi muito forte, embalado por cantorias como o terno de reis, boi de mamão, a bernunça e demais temáticas do folclore ilhéu mais autêntico. Tímido no relacionamento com as pessoas, é no palco que Valdir se transforma, vira um turbilhão de cores, caretas, coreografias e ritmos. As suas composições ecológicas brincam com irreverência, as rimas construídas com alegria reinventam a psicodelia, o universo marinho, seres imaginários e o folclore da Ilha, tudo ao ritmo de muito reggae e rock and roll.

Agostinho liderou a banda Bernunça Elétrica para apresentar suas composições. Em 1998 lançou um CD, “A Hora do Mané”, produzido pelo guitarrista Guinha Ramirez, no qual mistura temas regionais com música popular. Um de seus desempenhos de maior sucesso é como intérprete do “Reggae da Tainha”, letra de Julio Cesar Cruz, música do Valdir e produção musical e arranjos de Gazu e Luiz Maia. São vinte trocadilhos com nomes de peixes e frutos do mar cantados pelo Agostinho, com certeza, o melhor intérprete para uma canção totalmente identificada com as coisas que ele preserva ao longo de sua carreira. Este hit se transformou em um clipe dirigido pelo cineasta Zeca Pires.


MÚSICA

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A repercussão do show A iniciativa do show de Valdir Agostinho repercutiu com força nos meios de comunicação e nas redes sociais. Os principais veículos impressos da cidade, Notícias do Dia e Diário Catarinense abriram páginas de destaque. O colunista Cacau Menezes fez vários registros em sua coluna e no espaço televisivo. Após assistir ao show, o colunista Ricardinho Machado soltou essa definição do artista: “Um alucinante Baiacu Atômico”. O colunista e escritor Moacir Pereira, um dos mais brilhantes e reconhecidos profissionais de mídia de Santa Catarina, elaborou um texto especial para a rede social Facebook: “Maior expressão da arte popular de Florianópolis, compositor e músico de grande talento, o cantor Valdir Agostinho foi aplaudido de pé ao final do show ‘A vida é uma festa’. Com uma energia impressionante para seus 63 anos, cantou, dançou e pulou durante duas horas e 20 minutos, com direito apenas a um curto intervalo de uma música, para colocar um figurino exclusivo de sua criação, elaborado com material reciclado colorido e coberto de luzes. Cantando e encantando, alterando o figurino pessoal a cada nova música, com letras que enaltecem as belezas naturais da Ilha de Santa Catarina, os pescadores, a Barra da Lagoa e a Lagoa, defendendo a natureza e combatendo a má destinação do lixo, Valdir Agostinho dominou o palco com comunicação e a costumeira criatividade.” O celebrado artista chegou ao final do show de mais de duas horas completamente extasiado. “Meu Deus, obrigado, mas pareceu que foram só uns 30 minutos, como passou rápido! Nem em meus melhores sonhos eu poderia imaginar algo tão maravilhoso como foi esse show. O público lotou o Teatro Ademir Rosa em um espetáculo único. A energia de todos me fez sentir realizado por completo! A alegria e o amor à Ilha prevaleceram, e reafirmaram junto comigo que A Vida é uma Festa”, proclamou Agostinho.



OCULTO

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RAEL SEGUE NA RIMA A trajetória de sucesso do rapper paulistano

fotos THIAGO ALVIM

N

ascido em 1983, em São Paulo, Rael da Rima é nome conhecido nas festas Like a Boss. A mistura de nova era, pop e hip-hop de seu trabalho atual tem conquistado cada vez mais fãs. Durante 15 anos Rael fez parte do grupo paulistano Pentágono, com quem gravou quatro discos. Antes disso, no ano 2000 teve seu primeiro grupo de rap, o Can KND, que se dissolveu rapidamente. Em 2005 cantou no documentário norte-americano Global Live, com a canção “Vejo Depois”. 2007 marcaria sua participação no Som Brasil, da Rede Globo, em homenagem a Vinícius de Moraes. Em 2012 anunciou sua saída do Pentágono para se dedicar à carreira solo. Seu primeiro single foi “Trabalhador”, que saiu um pouco antes do lançamento de seu primeiro disco, “MP3 – Música Popular do Terceiro Mundo”, mas em 2016 ele voltou ao grupo. Em 2013 tirou o “Da Rima” do nome e passou a assinar apenas Rael. O disco “Coisas do Meu Imaginário”, lançado em 2016, é um dos meus discos preferidos até hoje. Tem participação do Black Alien, de quem eu já era fã. O clipe da música “Minha Lei” teve participação de Mano Brown, Rashid, Criolo, Projota, KL Jay, Rappin Hood e Emicida, só lendas do rap nacional. Rael também participou da música “Chapa Quente”, do Emicida, indicada ao Grammy Latino de 2017 como melhor canção urbana. Na minha opinião, Rael é uma das vozes mais interessantes do hip-hop. Toda vez que a gente traz o cara para tocar aqui é sucesso. texto LEO COMIN Ele, que ama Floripa e as praias catarinenses – adora o Rosa! –, já tocou na Fields, no evento

Like a Boss; na Festa do Bosque 55; na festa dos Amigos, na Vila dos Araçás e na antiga Confraria das Artes – que aliás agora é administrada pelo Vini Damiani.

Casa Nova Em nova fase, a festa Like a Boss será acolhida na recém inaugurada Ocean. Na primeira festa da Label vamos receber a atração nacional Matuê, cearense que tá bombando no país todo. Para completar a festa Dj Leo Oculto, Tuca e Rafa Costa, mais o convidado especial Eltin, que está morando no Uruguai.



foto DIVULGAÇÃO

foto DAVID COLLAÇO

JULIANA WOSGRAUS

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RENATA ACÁCIA, dona da empresa Infusorina, marcou presença na feira mundial de chás que acontece anualmente na China, a Hong Kong Tea Fair! Há mais de 15 anos no comércio internacional, além de empresária Renata é influenciadora, especialista em chás, professora, e há quatro anos organiza a Rota do Chá, evento internacional que acontece em São Paulo, com apoio da Escola de Chá Embahú. E é colaboradora da Associação Nacional de Chás (abChá). Viva as mulheres!

NA ÁSIA JOÃO MARCELO CARLIN, mais os colegas daqui, os gêmeos FERNANDO e GUILHERME MENEZES, todos com 14 anos de idade e expoentes catarinenses da Vela, classe Optimist, participaram em outubro de dois campeonatos em Oman, na Jordânia, com outros adolescentes da delegação brasileira de velejadores. Agora vão encerrar o ano competindo no Sul Brasileiro em Porto Alegre e começar 2020 ali mesmo, no clube Veleiros do Sul. O treinador do trio de Floripa é o expert LÉO SANTOS. A turma vai longe!

foto DIVULGAÇÃO

foto DIVULGAÇÃO

LOURENA GENOVEZ comemorou seu aniversário no final de outubro, no Art’s, e junto os 40 anos de carreira como designer de interiores. Catarinense de Criciúma, há mais de duas décadas tem loja de memoráveis lançamentos em Floripa. Desde 2015 foca exclusivamente no design de móveis e já expôs um deles em Milão, em evento paralelo à célebre Design Week


GABRIELA CORAL DUTRA e VANESSA BUONOMO ganharam o Prêmio de Sustentabilidade na edição da Casa Cor em Floripa deste ano. O espaço delas foi a bilheteria, com homenagem à Praça XV e releitura da tradicional Figueira em bambu. Ele foi escolhido para mostrar que é com sustentabilidade que o mundo pode crescer e transformar conceitos. Prêmio super merecido. No ano passado a dupla levou o prêmio “Quero levar para casa”, concedido pelos próprios participantes, com sua lavanderia

SIMONE KELLER nossa eterna musa que também usa o cérebro e já ensinou muito de informática na UFSC

Não é novidade que o chef boa praça NARBAL CORRÊA tem estrela. Agora, ele é, também, um Chef Estrelado, honraria que recebeu no início de novembro, na China, quando se apresentou na Semana de Cultura e Gastronomia de Shunde, distrito da província de Guangdong. Narbal preparou tartar de peixe com caviar de tapioca, prato que encantou os chineses, e lhe rendeu a estrela como reconhecimento à divulgação da culinária de Florianópolis

ODILON TAYER, empresário de vários ramos, um deles o de entretenimento, e poderoso, com CACAU MENEZES, em momento alto astral em uma das casas do Grupo Novo Brasil

JULIANA WOSGRAUS

fotos LIO SIMAS

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JULIANA WOSGRAUS

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NEGÃO ARAÚJO e SANDRA STUART, ele dono da concorrida e irresistível costelaria

KÁTIA HOMEM e ANTÔNIO BOABAID, casal clássico e antenado, lindo de ver. A beleza dela já é marca registrada, assim como sua elegância. Ele é prata da casa, advogado que segue com maestria uma tradição de família

foto LAURA SACCHETTI

CINTIA e GEAN LOUREIRO, momento de lazer em point concorrido. O prefeito de Floripa precisa sim circular pela noite da cidade para viver na pele o que temos de entretenimento. E na boa companhia da esposa, melhor ainda, o olhar multiplica

Sócio do empresário Paulo Tonietto na Milano Incorporadora, o jogador THIAGO SILVA esteve em Florianópolis várias vezes para acompanhar a evolução do empreendimento Cidade Milano. Em setembro, acompanhado da mulher, ISABELLE, Thiago literalmente viu Floripa de cima, quando esteve no rooftop da torre corporativa. Devido à sua localização em região elevada, as torres do Cidade Milano são consideradas as mais altas da Capital. Um brinde para os olhos do capitão

HELOÍSA LUZ E SILVA, nas escadarias da entrada do casarão que pertenceu ao seu bisavô, o ex-governador Hercílio Luz, e que foi o cenário da edição da Casa Cor SC 2019





MURAL DA MURAL

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A MURAL É UMA FESTA

RAFA COSTA, LEO COMIN E JÉSSICA MUELLER

O lançamento da edição 79 lotou o Art’s Gastronomia fotos MARCO CEZAR

A

o som dos DJ’s Léo Oculto e Raphael Costa a Revista Mural lançou no Art’s Gastronomia sua edição 79, que trouxe na capa a digital influencer e ex-BBB Jéssica Mueller. Como de costume, a noite teve casa lotada e gente de várias tribos dançando até alta madrugada.

TURMA DA GIOVANA

ARIÍEO E BRUNA VANZUITA

FABÍOLA E ÁLVARO BERTOLLI

SARAH OLIVO E LAURA SACCHETTI

ANDRÉIA E EDSON SILVA

DOUGLAS E CINTHIA

TURMA DO ZAMBON

RODRIGO BECKER E CAROL

LUIZ TEDESCO E GISELA

DANIEL ARAÚJO E CAROL

ANDRESSA


MURAL DA MURAL

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TURMA DO MAROCA

JÉSSICA MUELLER

THAMI BITENCOURT

MARIA CLÁUDIA

TURMA DO DOUGLAS

PIETRO E MAYARA

CLARISSE E IKE GEAVAERD

DANIELA E FABIANO FELÍCIO

KADU ALMEIDA, GIBÃO E CACAU MENEZES

BRUNA, FLÁVIA E SÉRGIO

FERNANDA BORNHAUSEN E RENATO SÁ

MARCELO GOMES E MARINA

MAURO BEAL E PATRÍCIA SILVEIRA

ALEXANDRE NASCIMENTO E ALEXANDRA

JULIANA MARIANADIPIETRO VIVALDI

MARCELO HOFFMANN E GEORGIA

ESTEFANIA E PAULO ROBERT ROSA

TALITA E LETÍCIA MULLER


JOVENSNOVO PROMESSAS MURAL BRASIL

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FESTA PARA TODOS

ANA CAROLINE ZANTUT

CAUI TORRES E KEL PADILHA

JASMINE GUTERRES

HYANCA DEPIERI

ROBERTA ROJAS, MARCELA DAMM, ANTÔNIO LUCA E LUÍZA TEIXEIRA

Grupo Novo Brasil no verão 2020 fotos ADRIEL DOUGLAS, ANGELO SANTOS, DANIEL SILVA E MAYCON MEDEIROS

F

estas e shows de atrações nacionais e internacionais agitaram o inverno nas casas do Grupo Novo Brasil, que já se prepara para o próximo verão, como comprovou o coquetel de lançamento do Hot Summer 2020 – Live The Moment, promoção do P12 no Art’s. A maior agenda de verão do Brasil começa dia 27 de dezembro em Jurerê Internacional e encerra dia 14 de março. Confira quem curtiu as casas do grupo: P12, Acqua Plage, Donna, Milk Club e Art’s Gastronomia e Música. MARIA CECÍLIA BOABAID

LARISSA MACHADO

ALINE ANDRADE

JÉSSICA MADEIRA

MAIARA GUINTHER

MARTINA FERREIRA HAMES

NATHÁLIA AZEVEDO

NATÁLIA CASASSOLA

CINTHIA HEINZEN

MARIA LUISA CARIONI

MARIA CLÁUDIA ORLANDI

ACASSIA SZCZYGIEL



JOVENSNOVO PROMESSAS MURAL BRASIL

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SAMANTHA BROSE E ED PEREIRA

VITOR AVELINO E FRANCIELY LOPES

MÔNICA FERREIRA

RENATA RAMOS

JÉSSICA MUELLER

GABRIELA FONTANA

RAFAELA DAMASIO

IZADORA NUNES

STEFFI GRATSCH

HELENA SILVEIRA

NICOLLI COELHO

MIA ZEENANN

LUANNA LODI

DAIANE DA SILVA

RAISSA GRIMALDI

SUELEN JOHANN

EDUARDA ECKHARDT

AMANDA AMORIN

JHENNIFFER FANTONI SCHNEIDER

VITÓRIA JOAQUIM

THAIS LOPES

JÉSSICA MENDONÇA

FLORA CRUZ E LAURINHO LINHARES

LUIZA DE MODESTI



MURAL NOMA E PARGUS

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NOMA SUSHI

CECÍLIA BOABAID

GABRIELA HUMERES

TETE CONDE E MARIA EUGÊNIA LUZ

MONIQUE E JÚLIA ULYSSEA

ANA JÚLIA FEIBER

VICTORIA KOMOROWSKI

GIOVANA RAUPP E DEBORAH VIEGAS

JAMILE

LU JUPPA

NATI SELL

NATHÁLIA DAQUINO

DESIRÉE RUGANI

TABATA DURIEUX, LU COLOMBI E ISA RUPP

Oriental contemporâneo fotos ANGELO SANTOS

R

eferência em gastronomia japonesa, arte e música, o Noma Sushi, um dos mais descolados spots de Florianópolis e São Paulo, se divide em três unidades para oferecer uma experiência única que desperta os mais variados sentidos de quem passa pelo Centro, Jurerê ou nos Jardins em São Paulo. As casas são repletas de arte, com obras assinadas por artistas de renome. Além da alta gastronomia, com pratos e louças de criação exclusiva, o Noma também é point de esquentas agitados, que reúnem público de todas as regiões do país.

PARGUS SEASIDE

ALINE YASSIN, BERNARDO AMORIM E SOFIA COUTINHO

A Grécia em Santo Antônio de Lisboa fotos ANGELO SANTOS

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nspirada na Grécia, a casa oferece drinques e pratos mediterrâneos em espaço descontraído à beira do mar de Santo Antônio de Lisboa. O responsável pelo cardápio e pela cozinha da casa é o chef Nathan Oliveira. Pepa Anastasiadis Diamantaras, da comunidade grega em Florianópolis e expert na boa mesa do país do Mediterrâneo, acompanhou a cozinha e contribuiu com técnicas e consultoria sobre temperos únicos de tradição familiar.



COMEMORAÇÃO

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O aniversário do boa-praça Luciano Saporiti fotos MARCO CEZAR

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uerido por todos, o conceituado médico Luciano Saporiti, comemorou mais um ano de vida ao lado de amigos e família no Porão do Delfino 146. Além da excelente comida e bebida, o anfitrião presenteou os convidados com um som de primeira qualidade, a cargo de Cadu Duarte e Bruna Góes.


COMEMORAÇÃO

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GABRIEL NASCIMENTO PROFESSOR BRITÂNICO DE INGLÊS

4 INTENSIVE

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* Sabemos que se escreve com a letra “e”.

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foto MARCO CEZAR

EMPREENDIMENTO

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TOCA PRA TOCA

Em novo endereço, Toca da Garoupa segue com gastronomia de excelência fotos DIVULGAÇÃO

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eferência em frutos do mar, a Toca da Garoupa mudou de casa, mas continua igual no que mais importa: ingredientes frescos e sabor inesquecível. Entre moquecas, lagostas e mariscos, o lugar promove uma imersão deliciosa numa das características mais marcantes de Florianópolis: o contato inescapável com o Oceano Atlântico.

BRUNO E DÉCIO SARDÁ

TURMA DO FUTEBOL


EMPREENDIMENTO

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LUCIANO ZAFIR

FAMÍLIA MARQUINHOS SANTOS

GILMAR SANTOS E DANIEL ALVES

LOBÃO E CRIS GONZALES

GUGA

GRUPO SORRISO MAROTO

EDMUNDO

ARTUR E GUILHERME SIQUEIRA

MARGARETE SARDÁ E TIAGO MARTINS

PAULA MINEIRATO E RITA CADILAC

NATÁLIA CASSASSOLA

FRANCISCO BATTISTOTTI

MARIA LÚCIA

ARÍCIA SILVA

BRUNO CARDOSO, SARDÁ JR., MARCO AURÉLIO E MC KEKEL

ESPERIDIÃO AMIN

ÂNGELA AMIN

ANDRÉ SANTOS

JUDSON E RÔMULO

ANDRÉ MORITZ E DÉCIO SARDÁ


CURSO

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Koniko promove curso de excelência em sushi

MESTRE fotos MARCO CEZAR

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ócio do Koniko Temakeria e Sushibar, nos Ingleses, João Lisboa firmou parceria com a Escola Nagoya de Sushi e trouxe para Florianópolis pela segunda vez o sensei Hirotoshi Ogawa. Diretor executivo da Associação de Sushi no Japão e responsável pelo campeonato mundial de sushi que acontece em Tóquio, Hirotoshi aterrissou na Ilha para ministrar o curso e teste de proficiência em sushi. Com dois dias de aulas teóricas e práticas, o curso finaliza com uma prova com 50 perguntas, onde o aluno tem que acertar ao menos 40 para ser aprovado e receber o desejado Certificado de Proficiência do Sushi, com validade internacional e reconhecido pelo governo japonês. Para atender à demanda de profissionais brasileiros que não podem ir até o Japão para estudar as técnicas e conhecer a cultura milenar do sushi, André Nobuyuki Kawai, embaixador do Sushi no Brasil e Portugal vai inaugurar em março de 2020, no emblemático bairro da Liberdade, em São Paulo, a escola Nagoya de Sushi.

FAGNER TEIXEIRA, JOÃO LISBOA, HIROTOSHI OGAWA E ANDRÉ KAWAI


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LEILÃO BENEFICENTE

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FESTA DO BEM Apoiado por empresas locais, leilão ajuda Hospital Infantil fotos MARCO CEZAR

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médico dr. Alexandre Buffon e a nutricionista Gismari Bertoncello comemoram o sucesso da IV Festa Beneficente em prol do Hospital Infantil Joana de Gusmão de Florianópolis, da qual foram anfitriões e que aconteceu no dia 25 de outubro no Donna Dining Club, em Jurerê Internacional. A festa, que foi animada pelo Dj Henrique Fernandes e teve jantar para quase 300 convidados, foi apoiada por dez empresas locais. As mais de 29 peças e obras de arte doadas para o leilão por colecionadores particulares, galeristas e artistas somaram com os convites aproximadamente 120 mil reais, que serão destinados à compra de equipamentos para o centro cirúrgico do hospital. Entre os convidados, o secretário Estadual de Saúde, Helton Zeferino, o ex-ministro Manoel Dias, o secretário da Casa Militar João Neves Jr., empresários, médicos, funcionários do hospital e as madrinhas que contribuíram grandiosamente para realização da festa: Rose Campos Martorano, Chris Cruz Lima, Rita Dias, Eleonora Pinho, Tereza Prazeres, Carol Cavichiolli Buffon, Milena Rau, Zenaide Vanelli, Nana Gitti, Zita Carrer Schlickmann e Rosana Cunha.

ALEXANDRE BUFFON E GISMARI BERTONCELLO

AS MADRINHAS

AS MADRINHAS


LEILÃO BENEFICENTE

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ALEXANDRE BUFFON, LUIZA E JOÃO NEVES NETO

ALMIR GENTIL E DANIELA STUART GENTIL

CARLA, GIMAR MONARIM, EGÍDIO MARTORANO E ROSE MARTORANO

FLÁVIA, VANUSA VARELA PINTO E MARCELO SCHERER

CAROLINE E FERNANDO BUFFON

JAMILE E FÁBIO DAUX

TURMA DA INEZITA

EDUARDO CORDEIRO E NANA GITTI

REGINA NOBREZ E EMANUEL NUNES

MONIQUE GUITHARD, LUCIANO SAPORITI E ALEXANDRE BUFFON

REGINA E HELENA FRETA

AROLDO CRUZ LIMA E CHRIS

CLADINHO SABONETE E SHIRLEI ALBUQUERQUE

THAIZ E FABIAN LONDEIRO

DENISE, FRANCISCO, DENISE, RICARDO, BETO E DENISE

MARCELO DIAS E RITA CRUZ LIMA

DANIELA, PEDRO E ADRIANA

FERNANDA CARRE E ZULMAR ACCIOLI

FLARIS ALTHOFF E SÍLVIA

PATRÍCIA ÍRIS, CAMILA PAVAN E ELEONORA PINHO

VALÉRIA E MARCELO CECCON

VICTOR, JAQUELINE, ANINHA E WALTINHO KOERICH

LETÍCIA BURGO, CLÁUDIA DELCLARO E MARIA CRISTINA PORRO







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