MURAL 78

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NARBAL CORRÊA NA ANTÁRTIDA OS 28 ANOS DO COSTÃO DO SANTINHO

FOIL BOARD: VOANDO SOBRE A ÁGUA

DR. LUCIANO SAPORITI






O TOM DA ILHA

foto LAURA SACCHETTI

EDITORIAL

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C

hegando junto com o outono, a edição 78 da Revista Mural está cheia de informação sobre o que acontece de mais legal em entretenimento, cultura e diversão nesse pedacinho de terra perdido no mar. Ilustrando nossa capa, o médico Luciano Saporiti é exemplo de excelência nas várias atividades que concilia em sua extensa agenda, que inclui atender inúmeros pacientes em sua clínica, dar aulas na universidade, educar e brincar com os quatro filhos e – como ninguém é de ferro – comparecer a festas e eventos com os incontáveis amigos e amigas que cultiva com dedicação. A jornalista Lu Zuê traça um perfil detalhado do gastroenterologista, chamado carinhosamente de Dr. Sapo pelos mais íntimos. Lu Zuê também visitou o Costão do Santinho, sinônimo de hospedagem de alto nível, para mostrar como, 28 anos depois de sua inauguração, o resort continua sendo o lugar preferido de turistas e locais, atraindo gente como o pianista Artur Moreira Lima, que elegeu o Costão como residência, a advogada Simone de Bem, que adora o visual do Morro das Aranhas que as choupanas oferecem e a empresária Cristina de Vincenzi Homem de Mello, frequentadora desde a inauguração, quando o pai comprou um apartamento, e que agora compartilha com a filha Helena o conforto e sossego do luxuoso reduto. Lúcia Py Lüchmann narra a impressionante trajetória do boapraça Rafael Digueta, o mais distinto engraxate da cidade, que sempre atende seus clientes impecavelmente vestido com paletó e gravata. Rafael, que aos 12 anos saiu de sua casa em Araranguá e venceu a pé os 200 quilômetros até chegar à Capital, hoje tem aqui casa, família e clientes fiéis, e sonha com muito mais conquistas. Mestre das panelas e da pesca, Narbal Corrêa conta ao repórter Olavo Moraes a aventura que viveu embarcando na expedição Blue Dream, a bordo de um barco de 79 pés rumo à Antártida, o continente gelado. A extensa reportagem vai ser publicada em duas edições. O educador e empresário Ricardo Althoff lança a campanha “Quero Terminar Meus Estudos”, projeto de sua autoria que banca 80% do valor do curso para adultos de baixa renda que queiram completar o ensino médio. Falando de esporte, convidamos o multi atleta Luís Roberto Formiga a testar o foilboard, tipo de prancha que “voa sobre a água, atingindo velocidades impressionantes e que está conquistando cada vez mais adeptos em todo o litoral brasileiro. Daniele Maia, nossa correspondente na Europa, visitou o spa QC Terme Chamonix, na exuberante paisagem da lendária montanha Mont Blanc, nos Alpes franceses. De quebra, Daniele ainda mergulhou na noite de sonho da casa parisiense de espetáculos Lido, famosa por aliar alta gastronomia a espetáculos musicais de nível internacional, como “Paris Merveilles”, que está em cartaz sob a direção da companhia Dragone. Além de sua coluna mostrando quem é quem em Floripa, Juliana Wosgraus assina matéria sobre moda sustentável,

mostrando que é possível combinar alto estilo e consciência ecológica. Marcos Heise ressalta a importância de respeitar a integridade dos ingredientes na cozinha, enaltecendo suas qualidades naturais e fugindo do excesso de temperos, provando que muitas vezes comida boa é comida simples. Heise também mostra o crescimento do mercado de intercâmbios e a diversidade de opções para pessoas de todas as idades e perfis que queiram estudar no exterior. Entrevistamos a make-up artist Rafaela Gaidzinsky, que a partir da próxima edição estreia como colunista da Mural, dando dicas preciosas de beleza e maquiagem. Comparecemos à inauguração da Amauri Honda Dream, concessionária que é, como o nome sugere, um verdadeiro sonho para os amantes de motocicletas de alta cilindrada, paixão conhecida dos catarinenses. Aproveitamos para detalhar a parceria de 30 anos da Honda com o grupo Amauri, que está prestes há completar 60 anos. A empreendedora Fabrícia Lobo relembra o caminho que percorreu ao lado das filhas até consolidar o salão de beleza que leva seu nome como referência no sul do Brasil. Outra empresária de sucesso, Rafaela Tapaliba conta como a fusão das academias Twit e Proquality pretende inaugurar aqui um novo conceito em atividade física e saúde integral, com a inauguração da Beyond Fitness Club. Nossos colunistas mantém os leitores atualizados sobre diversos assuntos: Leo Oculto acompanha a ascendência do grupo de rap Haikkais, a nutricionista Ana Abreu fala sobre o poder das pimentas e sobre alimentação Ayurveda, a dentista Laura Sacchetti ensina a cuidar da gengiva, a fisioterapeuta Roberta Ruiz aborda os benefícios do fortalecimento pélvico no pós operatório de cirurgia da próstata e a dermatologista Mariana Barbato mostra como o raio laser pode auxiliar nos cuidados com a pele. E como a gente adora festa, o que de melhor aconteceu nas pistas, palcos e mesas de Florianópolis ilustra páginas e mais páginas dos nossos queridos murais, em lugares como Acqua, Pargus Seaside, Noma, P12, Le Barbaron, Posh e Kai, o novo reduto da Lagoa. Boa leitura, um beijo e um abraço.



EXPEDIENTE

8 DIREÇÃO MARCO CEZAR EDITOR CHEFE

ESPORTE VOANDO SOBRE AS ÁGUAS

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DESAFIO NO GELO UM MANEZINHO NA ANTÁRTIDA

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COSTÃO DO SANTINHO DE VERÃO A VERÃO

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DESCOBRINDO PARIS MAGIA PARISIENSE

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PERFIL CARA E CORAGEM

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JULIANA WOSGRAUS COLUNA MODA E MEIO AMBIENTE

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EMPREENDIMENTO UM SONHO DE LOJA

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ENTREVISTA EM FAMÍLIA

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ENSINO FORMANDO CIDADÃOS

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PERSONALIDADE LONGA ESTRADA

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INTERCÂMBIO MUNDO PEQUENO

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AUTOCONHECIMENTO EQUILIBRANDO OS ELEMENTOS

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NUTRIÇÃO ARDE MAS É BOM

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MARCO CEZAR EDITOR ASSISTENTE CAIO CEZAR JORNALISTA RESPONSÁVEL MARCOS HEISE (MTb-SC 0932 JP) PLANEJAMENTO GRÁFICO AYRTON CRUZ CATIA HERREIRO COLABORARAM NESTA EDIÇÃO ADRIEL DOUGLAS ANA CAROLINA ABREU ANGELO SANTOS ANTÔNIO HUSADEL BRASÍLIO WILLE CAIO GRAÇA CARLOS ALBERTO ALVES CAROLINE SPLINY CLÁUDIO BRANDÃO DANIELE MAIA DAVID COLLAÇO GREGORY MAIRET JAMES THISTED JULIANA WOSGRAUS JULIEN PANIE LARISSA TRENTINI LAURA SACCHETTI LEO COMIN LÚ ZUÊ LÚCIA PY LÜCHMANN LUIZ ROBERTO FORMIGA MARCO DUTRA MARCOS HEISE MARIANA TREMEL BARBATO MONIQUE VANDRESEN NARBAL CORRÊA OLAVO MORAES PASCALINE LABARRERE RAFAELA GAIDIZINSK RICARDO ALTHOFF ROBERTA RUIZ RODRIGO MARINI STEPHANE CARDINA IMPRESSÃO Maxigráfica | Curitiba/PR 0 marcocezar.foto@gmail.com 1 48 3025-1551


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COMER & BEBER MENOS É MAIS

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SAÚDE BUCAL BOCA SAUDÁVEL

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SAÚDE OUTONO, TEMPO DE CUIDAR DA PELE

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PUBLIEDITORIAL UNINDO FORÇAS

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FISIOTERAPIA PREVENÇÃO

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OCULTO SEM LIMITES

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MURAL DA MURAL MAIS UMA

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MURAL POSH CLUB PISTA ESTRELADA

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MURAL P12 VERÃO NO P12

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MURAL NOMA JURERÊ JAPONÊS DE LUXO

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MURAL PARGUS SEASIDE A GRÉCIA É AQUI

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MURAL ACQUA PLAGE MUNDO LÍQUIDO

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MURAL KAI O MAR TÁ PRA PEIXES

ÍNDICE

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CAPA LUCIANO SAPORITI FOTOS MARCO CEZAR ASSISTENTES CLAUDIO BRANDÃO CAIO CEZAR PRODUÇÃO E MAQUIAGEM RAFAELA GAIDIZINSK LOCAÇÃO ESTÚDIO BRANDÃO


CAPA

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Todos os papéis combinam com o médico gastroenterologista Luciano Saporiti

PAI, PROFISSIONAL E PARCEIRO


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CAPA

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texto LÚ ZUÊ fotos MARCO CEZAR

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eja cumprindo o papel de profissional, de pai ou de leal – e festeiro – parceiro, Luciano Saporiti faz muito sucesso, e mesmo que o empenho para que as coisas aconteçam desta forma seja sua marca registrada, tudo é tão natural que parece não ter custado esforço algum, e que a fórmula para conciliar os compromissos de médico na clínica de sua propriedade, de professor na Unisul, de pai dedicado aos quatro filhos e de amigo sempre presente nas festas e eventos sociais é, na verdade, bastante simples. Mas aqueles que o conhecem e convivem com ele sabem que acompanhar o ritmo e alcançar os mesmos resultados de Luciano não é nada fácil. Médico especialista em Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva, Saporiti é proprietário do Instituto Ilha, uma clínica que é referência na área. A paixão pela medicina não nasceu a partir de uma influência familiar, mas o acompanha desde que ele era ainda pequeno. “Quando pensava numa profissão, sempre surgiam em minha mente as figuras dos drs. Álvaro José de Oliveira, meu pediatra, e Murilo Capella, que semana sim e outra, também, me atendia no Hospital Infantil para dar ‘uns pontos’. Hoje o Dr. Álvaro é meu paciente, o que é ao mesmo tempo motivo de orgulho e uma grande responsabilidade”, conta, acrescentando que ambos são também seus colegas de docência no curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), em Palhoça. “É uma longa caminhada juntos”, diz. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 1995, Luciano conta que dois acontecimentos simultâneos marcaram decisivamente sua vida, influenciando decisões e escolhas e de certa forma ditando o rumo de seu futuro: a notícia de que o primeiro filho, Gustavo, estava a caminho coincidiu com uma demorada greve na instituição de ensino, o que o obrigou a ficar muito tempo em casa. Estimulado pelos pais, Ricardo e Denise Saporiti, o então aluno da terceira fase de Medicina buscou tornar esse período mais produtivo, e foi apresentado pelo pai ao

Dr. Almir Gentil, que acabara de chegar de uma especialização na Espanha e havia assumido a direção do Hospital Regional de São José. Saporiti passou a acompanhar diariamente a rotina do médico, que era especialista em Gastroenterologia, e viu nascer seu interesse pela especialidade. Além de uma grande experiência, a vivência nos corredores do Hospital Regional garantiu ao então estudante uma oportunidade ímpar. “Tive a chance de ter contato com pacientes antes mesmo das cadeiras obrigatórias da faculdade, o que me deu uma bagagem muito boa. E as aulas práticas na faculdade, que só aconteceriam a partir da sexta fase, reuniam 10 ou 12 alunos, mas eu pude ter essa experiência de forma muito mais individualizada”, revela. O contato com os pacientes também o levou à primeira matéria que ministrou na Unisul: a Semiologia, disciplina que tem como objetivo coletar a história do paciente antes de examiná-lo, e estabelecer uma relação com a pessoa. Atender de modo personalizado, aliás, é uma característica muito presente no Instituto Ilha. Uma das grandes inspirações veio do filme “Um Golpe do Destino”, produção de 1991 estrelada por William Hurt. Na história, Hurt interpreta um médico bem sucedido que é diagnosticado com uma grave doença; ao buscar tratamento, adquire a perspectiva de um paciente e reavalia sua maneira de lidar com as pessoas. “Aqui na clínica, a gente coloca as atenções voltadas ao paciente, e temos como objetivo prestar um atendimento mais personalizado, sem interrupções”, conta. A dedicação à clínica em todos os seus detalhes não é recente. Graduado em medicina, Luciano buscou a especialização em Gastroenterologia (concluída em Curitiba) e partiu para ampliar a experiência na Espanha, seguindo, de certa forma, os caminhos do Dr. Gentil. “Pensava sempre em voltar ao Brasil e trabalhar com ele novamente”, diz. E a ideia tornou-se realidade: em sociedade com os médicos Hildebrando Couto Scofano e Almir Gentil, Luciano criou em Florianópolis o Instituto Ilha – Medicina do Sistema Digestivo. A parceria durou até 2010. “Com o tempo fomos concentrando nossa atenção em interesses diferentes, e por isso acabei


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assumindo a parte dos outros sócios. Todos mantemos ainda uma relação de amizade e lealdade muito grande”, destaca. É claro que no momento em que assumiu a clínica o negócio já estava estruturado e consolidado, mas Saporiti não nega que manter o Instituto Ilha sendo o único médico em sua especialidade tem seus desafios, mas gera também bons diferenciais. “Tenho uma equipe muito coesa e integrada, e em se tratando de agenda temos uma logística muito bem organizada. Todos os anos, por exemplo, eu participo de três congressos e nesses períodos, não

há atendimentos”, explica. Além disso, conciliar a clínica com as aulas na Unisul também é um limitador de tempo. “No entanto, nos demais momentos nossos clientes sempre têm a certeza de que eu mesmo farei todos os procedimentos. Isso gera confiança e um diferencial no atendimento”, afirma, frisando que mesmo assim não pensa em deixar a docência. “Eu realmente gosto de dar aulas. É diferente de realizar a medicina prática, e mesmo assim é uma provação estimulante, porque temos que ficar atualizados constantemente”, justifica.


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Para além da medicina Mesmo com uma rotina bastante agitada profissionalmente, Luciano é extremamente ligado à família e aos amigos. Tem três irmãos (um administrador, um advogado e uma psicóloga) e quatro filhos: Gustavo (27 anos), Lucas (11 anos), Olívia (seis anos) e Antônio (três anos); e uma neta, Antonella (também com seis anos), não abre mão do convívio familiar, e nessas ocasiões reserva os finais de semana para descontrair ou apenas descansar, assistindo a um bom filme ou ouvindo música. Aos 46 anos, animado, boa pinta e atualmente solteiro, Saporiti é, também, uma figura conhecida nos principais eventos da cidade. Os amigos mais próximos afirmam que seu nome figura sempre entre os primeiros nas listas de convidados, e a presença é garantida. Vaidoso, tem mania por sapatos, a maioria coloridos e todos muito diferentes. Este item, aliás, é seu grande diferencial em um guarda-roupa elegante e praticamente concentrado em peças brancas e pretas, que garantem a formalidade com a qual se veste para trabalhar no consultório. “Acredito que uma roupa mais arrumada demonstra respeito tanto para os meus colaboradores no trabalho, quanto para os pacientes. Estar com uma aparência sadia e bem cuidada mostra que você se importa em atender bem.” Muito ligado em viagens, sempre que participa de Congressos o médico faz questão de aproveitar uma semana para passear e conhecer um pouco a história dos lugares visitados. Além disso, não abre mão de viajar também com os filhos mais novos nas férias escolares de inverno e de verão. Recentemente, levou os três mais novos para uma viagem à África do Sul – a primeira sem o acompanhamento de uma babá. Foi, segundo afirma, uma experiência incrível e que serviu para estreitar ainda mais a relação entre todos: as crianças curtiram muito as atrações infantis e prestaram atenção às informações da guia na Cidade

do Cabo, mas se encantaram mesmo com o safári que as colocou em contato com os animais típicos do continente. “Adoro ser pai e quero manter meus filhos cada vez mais perto de mim. Nesta última viagem, por exemplo, checava no meu celular as pendências mais urgentes de trabalho só no início e no final do dia e consegui ficar com atenção voltada essencialmente para a família”, lembra. O filho mais velho, Gustavo, seguiu os passos do pai na medicina. “Foi meu aluno na Unisul, e um momento bastante especial e emocionante foi quando entreguei o diploma para ele”, comenta o pai orgulhoso. O Dr. Gustavo Saporiti já atende no Instituto Ilha e está se especializando também em Gastroenterologia.


CAPA

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Novos desafios O Instituto Ilha é uma referência na área de Gastroenterologia clínica e Endoscopia digestiva. A clínica conta com 10 funcionários e está localizada num dos mais importantes centros médicos de Florianópolis, o Baía Sul Medical Center. “Investimos recentemente em novos aparelhos, porque a tecnologia avança muito rapidamente e nos proporciona outros desafios. Temos por exemplo o ultrassom por endoscopia, que é realmente uma novidade muito positiva. Os exames estão cada vez mais rápidos, mais precisos e com menos tempo de anestesia”, destaca. Projetos para o futuro não faltam. “Quero montar um grande centro para tratar doenças inflamatórias do intestino, que é minha subespecialidade. Este é o desafio que coloco a mim mesmo porque sei que posso contribuir ainda mais na minha profissão”, finaliza Luciano Saporiti. w Dr. Luciano Saporiti, CRM/SC 7152. Gastroenterologia, RQE 3892. Endoscopia Digestiva, RQE 4017.



ESPORTE

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VOANDO SOBRE AS ÁGUAS

Alta velocidade encanta praticantes do foilsurf

GUSTAVO MARTINS


ESPORTE

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LUÍS ROBERTO FORMIGA

texto LUÍS ROBERTO FORMIGA fotos MARCO CEZAR e JAMES THISTED

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m grupo de especialistas em esportes de prancha se reuniu em Florianópolis para realizar uma matéria especial para Revista Mural, sobre o foilboard, uma prancha que voa sobre a água. Esse equipamento é composto de uma prancha, uma longa quilha, asa, fuselagem e profundor, tudo para se divertir com performance na água. Everaldo “Pato” Teixeira, surfista de ondas grandes, Adrien Caradec, campeão de windsurfe e kitesurf e fabricante desse equipamento, Gustavo Martins, piloto de carros de corrida e eu, Luís Roberto Formiga, multi esportista profissional, fomos trocar informações e testar equipamentos. Tivemos o apoio do fotógrafo James Thisted, especializado em fotos aquáticas. Esse esporte está crescendo muito no mundo e tem aqui mesmo na Ilha de Santa Catarina, uma fábrica de equipamentos, a Okes, que já é a melhor da América do Sul. A prática desse esporte é cheia de “manhas”: como são muito sensíveis, os ajustes do equipamento, o tamanho das asas, quilhas, pranchas e os tipos de materiais mudam completamente o tipo de performance. O foilboard é customizado para cada tipo de utilização e também varia em função do peso e altura de cada praticante. A Okes está direcionando o equipamento para facilitar ao máximo a prática desse esporte, produzindo uma asa fácil de voar na água, produzindo asas maiores e com maior perfil de sustentação. Praticantes mais experientes como o Pato, um dos mais radicais do mundo e Gustavo, estão de olho nas ondas grandes, onde as asas são menores e as quilhas mais compridas para suportar mais velocidade.

EVERALDO PATO TEIXEIRA

ADRIEN CARADEC


ESPORTE

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GUSTAVO MARTINS

Pato está puxando os limites desse esporte. Ele foi o primeiro no mundo a desbravar com o foilboard a temível onda de Nazaré, em Portugal. A grande diferença na prática com esse equipamento, comparando com uma prancha convencional, é que se pode surfar ondas oceânicas, ondas de vento ou velejar com muito mais performance no contravento. Em dias de poucas ondas dá para aproveitar muito mais as pequenas ondulações em busca de diversão. À medida que as ondas crescem, pilotar essa prancha é o grande desafio.

EVERALDO PATO TEIXEIRA

A velocidade pode ultrapassar facilmente os 60 quilômetros por hora. Usando um jet ski para entrar na onda, remando deitado sobre a prancha, em pé com um remo em um SUP com o auxílio de um kite são variáveis desse esporte que conquista cada vez maior número de praticantes. Para entender como funciona o foilboard basta olhar como voa um avião: com a velocidade a asa gera sustentação. O hydrofoil, esse equipamento que conectado a uma prancha, torna-se um foilboard, também voa com a velocidade, usando o meio líquido.


ESPORTE

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A história do foilboard Nos anos 70, em plena crise do combustível, vários cientistas botaram a cabeça para pensar como fazer para reduzir o arrasto hidrodinâmico, a resistência da água no deslocamento dos barcos e navios, e consequentemente diminuir o consumo de combustível de embarcações. Aí surgiu o hydrofoil. No final dos anos 90 o surfista californiano de ondas grandes Laird Hamilton desenvolveu no Havaí uma nova forma de surfe. Ele adaptou o hydrofoil, parecido com um aeromodelo, ao fundo de uma prancha de wakeboard. Esse cientista das pranchas anteriormente já tinha inventado o tow-in, o surfe rebocado que permitiu explorar o surfe em ondas gigantes, originalmente usando um bote de borracha e depois rebocando com jet ski. No Brasil o hydrofoil foi trazido por Ayrton Senna, para praticar sentado, em Angra dos Reis, sendo puxado por um barco em um equipamento de ski aquático chamado air chair. Assim que vi as imagens do Laird Hamilton praticando o foilboard, fui atrás desse equipamento para montar o primeiro foilboard do Brasil, em 2001. Cheguei a um amigo que tinha o equipamento do Ayrton Senna, o air chair, e ele aceitou minha proposta de adaptarmos a asa e a quilha em uma prancha de wake com as pesadas botas rígidas de snowboard. Assim nasceu o primeiro foilboard no Brasil, que foi pra água em 2001, na Represa de Guarapiranga, em São Paulo.


ESPORTE

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JAMES THISTED

GUSTAVO MARTINS

Em nome da velocidade Nossos convidados foram unânimes na resposta: todos disseram que se apaixonaram pela alta velocidade que esse esporte proporciona. Gustavo Martins, 43, que coleciona títulos de campeão no automobilismo, hipismo e wakeboard, enfatiza que “a velocidade é o que me atraiu, como em uma corrida de automóvel, a regulagem do equipamento é o mais importante e muito sutil, produzindo resultados significativos”. No foilboard cada centímetro de regulagem da longa quilha ou no tamanho das asas ou pranchas tudo muda. O importante é regular uma coisa de cada vez para chegar a um acerto final para mais performance. Everaldo Pato Teixeira, 44, renomado surfista de ondas gigantes, protagonista de programas no Canal OFF como “Nalu pelo Mundo” e “PsicoPato”, ressalta que mesmo em pequenas ondas é possível chegar a velocidades altas e que a dificuldade, dependendo do equipamento, torna o esporte muito desafiador. Nas ondas gigantes então, o surfe com o foilboard atinge velocidades ainda mais altas, atingindo o nível “Faixa Preta”. Poucas pessoas no mundo tem o controle e conhecimento como ele para usar um foilboard nessas condições. Adrien Caradec, 56, multi campeão brasileiro de windsurf e kitesurf relembra que foi nas provas de vela que ele foi atraído para o hydrofoil, ao ver o veleiro Trimarã Hidropter bater o recorde de velocidade mundial e também quando viram as performances dos novos barcos da Américas Cup, umas das mais desafiadoras competições de vela do mundo. Em 2016, Adrien iniciou a fabricação do equipamento, visando alta performance e fino acabamento. Hoje a Okes é a maior e mais conceituada fábrica do Brasil. O objetivo da empresa é popularizar e facilitar o aprendizado, fazendo equipamentos mais fáceis e acessíveis que os importados. No meu caso, depois de dedicar mais de 40 anos da vida ao estudo, aprendizado e desenvolvimento de esportes inovadores e radicais, fui atraído ao foilboard pela sensação de voar na água, praticamente sem arrasto, e essa sensação me fez lembrar os pássaros que voam rasantes nas ondas do mar. A sensação de voar com o hydrofoil é simplesmente apaixonante. Bora pra água.

EVERALDO PATO TEIXEIRA

ADRIEN CARADEC

LUÍS ROBERTO FORMIGA


Vinhos Red Puro / Mendoza – Argentina Orgânicos desde 1998


DESAFIO NO GELO

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Expedição no Blue Dream atravessa Patagônia chilena e alcança o último continente descoberto pelo homem

UM MANEZINHO NA ANTÁRTIDA


DESAFIO NO GELO

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textos OLAVO MORAES fotos NARBAL CORRÊA e ANTÔNIO HUSADEL

Show da natureza selvagem

A

No remoto extremo sul do planeta, a natureza exibe a face selvagem, agreste, e, por vezes, impiedosa na luta pela sobrevivência. Um dos momentos que mais chamou a atenção de Narbal, foi registrado em imagens: a foca comendo o pássaro cormorão. Também houve momentos de encanto e contemplação, como a “marcha dos pinguins”, o “banquete das baleias”, e a observação de orcas e jubartes, além dos leões marinhos na Patagônia.

dica foi do navegador Amyr Klink. E, seis anos depois, a expedição do Blue Dream III à Antártida virou realidade. No barco de 79 pés, um manezinho a bordo. O chef e mergulhador Narbal Corrêa embarcou na aventura a convite do amigo empresário Luís Ermírio de Moraes, proprietário da embarcação. Foram 24 dias, divididos em duas fases: Patagônia chilena e o desafiador percurso até o último continente descoberto pelo homem, no início do século 19. Em 2013, na primeira viagem do Blue Dream III à Patagônia (chilena e argentina), Amyr Klink recebeu a tripulação no aeroporto de Ushuaia, na Argentina. Empreendedor de grandes expedições marítimas, o navegador foi o primeiro a atravessar o Atlântico Sul a remo e a navegar em volta da Antártica. Klink é amigo do guia Fábio Tozzi e do capitão Zé Fernandes, integrante de expedições com o velejador. “Quando conheceu o barco, Amyr Klink fez uma observação. Disse que o Blue Dream tinha que ir para a Antártida”, recorda Narbal. No início do ano, o projeto de navegar ao inóspito continente saiu do papel.

Santuário de espécies A expedição, de 24 dias, foi dividida em duas etapas: Patagônia chilena e Antártida. E nesse paraíso no gelo, destaque para montanhas, geleiras e lagos, com fauna própria. Santuário de muitas espécies, baleias, pinguins, leões marinhos, focas, lobos, caranguejos e diversidade de aves pontuam o serpentear dos caminhos entre canais e glaciares.


DESAFIO NO GELO

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500 anos da viagem de Magalhães Punta Arenas prepara a comemoração dos 500 anos da viagem de volta ao mundo. A primeira circum-navegação ao globo, realizada por Fernão de Magalhães, completa meio século no ano que vem. Em 21 de outubro de 1520, o navegador português descobriu o estreito, que leva ao pacífico. “Após enfrentar fortes tempestades no Estreito que hoje leva seu nome, avistaram mar aberto do outro lado do trajeto. E assim escreveu o narrador da expedição, Pigafetta: Avistamos um mar calmo e tranquilo, e demos o nome de Pacífico”, descreve o fotógrafo Antônio Husadel.

PUNTA ARENAS

Punta Arenas, cidade portuária mais ao sul do Chile. É a capital da região de Magalhães e Antártida Chilena. Antes da abertura do canal do Panamá, era pelo Estreito de Magalhães que os navios passavam quando queriam cruzar os Oceanos Pacífico e Atlântico. De Punta Arenas, parte a maioria dos navios rumo à Antártida, continente gélido, atrás de mais aventuras. O Estreito tem o nome em homenagem à Fernão de Magalhães, português que, em tentativa de contornar a América, descobriu esse canal.


CIRCUM-NAVEGAÇÃO

500 anos da primeira volta ao mundo Uma odisseia O mar e as marés transformaram a travessia deste trecho em uma odisseia. Já no oceano Pacífico, a expedição ainda teve que superar problemas como a fome e as doenças. Fernão de Magalhães, contudo, não viu seu sonho de cruzar o globo ser realizado. No dia 27 de abril de 1521, ele foi morto na batalha em Cebu, nas Filipinas, aos 41 anos. A expedição seguiu e, posteriormente, foi chefiada por Juan Sebastián Elcano até o regresso à Europa. Em 6 de setembro de 1522, chegou a Sevilha a embarcação Vitória, a única que restou da esquadra original. Estavam a bordo 18 tripulantes sob comando de Juan Sebastian Elcano. Eles foram os únicos que sobreviveram de uma expedição que, inicialmente, tinha 234 homens. O estreito de Magalhães é uma passagem navegável de aproximadamente 600 quilômetros. Ele está entre o continente ao norte e a Terra do Fogo e o Cabo Horn ao sul.

Florianópolis

A viagem, a bordo da nau Victoria, começou em 20 de setembro de 1519, em Sanlúcar de Barrameda (sul de Espanha), e terminou em 6 de setembro de 1522, no mesmo local. No dia 21 de outubro de 1520 o navegador português Fernão de Magalhães descobriu o caminho que liga os oceanos Atlântico e Pacífico no extremo sul da América do Sul. Financiado pela coroa espanhola, Magalhães partiu de Servilha, à frente de uma expedição de cinco navios, no dia 20 de setembro de 1519, para uma viagem que deveria se a primeira circum-navegação ao globo. Após três meses navegando no mar eles avistaram um tempestuoso canal que denominaram “De Todos os Santos”. Na realidade eles estavam diante do que seria mais tarde chamado “Estreito de Magalhães”, um perigoso trecho interoceânico que era procurado desde a chegada dos europeus à América em 1492.

A aventura, de 6 a 29 de janeiro PRIMEIRA ETAPA, A PATAGÔNIA CHILENA (Confira nesta edição, páginas 40 a 42) w 6 a 11 de janeiro – de Punta Arenas a Porto Willians, no Chile. SEGUNDA ETAPA, EXPEDIÇÃO À ANTÁRTICA (Confira na edição nº 79 da Revista Mural) w 12 de janeiro – Puerto Willians, no Chile, a espera da janela de tempo para cruzar o Drake e suas temíveis águas revoltas. w 13 a 28 de janeiro – de Puerto Willians a Ilha Rei George, na Antártica.

Punta Arenas Porto Willians

Ilha do Rei George

DESAFIO NO GELO

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DESAFIO NO GELO

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RELATO DO FOTÓGRAFO ANTÔNIO HUSADEL

A Patagônia Chilena Saída de Punta Arenas Partimos de Punta Arenas, cidade chilena e importante porto comercial, nas primeiras horas do dia 6 de janeiro. Punta Arenas está localizada em frente ao Estreito de Magalhães. Foi por aqui que, em 1520, o português Fernão de Magalhães, comandando esquadra de navios espanhóis, navegou em busca de uma passagem para as ilhas das especiarias.

Após enfrentar fortes tempestades no Estreito que hoje leva seu nome, avistaram mar aberto do outro lado do trajeto. E assim escreveu o narrador da expedição, Pigafetta: “Avistamos um mar calmo e tranquilo, e demos o nome de Pacífico”. O Estreito de Magalhães e os canais chilenos podem oferecer fortes ventos a navegação, mas nossa viagem transcorreu muito bem, até a chegada em Puerto Willians.


DESAFIO NO GELO

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Fiordes e lugares remotos

Dias longos

No caminho, com o conhecimento que poucos têm destes lugares remotos no extremo sul do Chile, Igor Belly, nosso guia nos conduziu a fiordes aonde poucos passam. Belly é referência em conhecimento da região, com mais de 30 expedições realizadas a Antártida. Alguns sem nome como o “Fiord Sin Nombre”, e nossa carta náutica seguia pontilhada de lugares espetaculares. Visitamos ainda, entre os dias 6 e 9, alguns fiordes com belas geleiras, como Seno Garibaldi e Fiord Aux Moines. Todos em pequenas entradas dos canais, aonde a navegação é extremamente cuidadosa. Sempre de olho na profundidade. Fizemos desembarque onde fotografamos uma geleira e tivemos encontro com pequeno felino da Patagônia – o Zorro Colorado.

No dia 7 de janeiro visitamos um dos locais mais bonitos de nossa viagem: Seno Garibaldi, uma enorme geleira. Retornamos para fundear na Ilha Gordon e passar a noite. Nesta época o sol se põe depois das 23 horas, então o dia é longo. No dia seguinte, deixamos a Ilha Gordon e seguimos ao sul em direção à Península Clove. A partir daí visitamos uma belíssima região destes canais patagônicas, sempre sob a experiente orientação de nosso guia Igor Belly. Estero Coloanie, Fiord Aux Moines (nomes dados por navegadores franceses que exploraram a região), e ainda uma área remota, batizada de Estero Sin Nombre. Após um dia de explorações, passamos a noite no Fiord Fuque. No dia 9 de janeiro deixamos o Fiord Fuque, e adentramos no Canal de Beagle. Navegamos no canal de Beagle, e avistamos as luzes de Ushuaia no fim do dia. Passamos nossa última noite antes do desembarque em Puerto Willians, na Caleta Letierre, em território argentino.


DESAFIO NO GELO

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Na divisa entre Argentina e Chile

Cidade mais austral do mundo

O canal de Beagle divide os dois países. Acima Ushuaia e a Ilha da Terra do Fogo, e abaixo, a Ilha Navarino, com suas famosas escarpas de montanhas chamadas de Los Dientes de Navarino, em território Chileno. No dia 11 de janeiro, próximo do meio-dia, o desembarque em Puerto Willians. Fim da minha participação neste expedição, que segue para o continente gelado.

Puerto Willians é a cidade mais austral do mundo. Lá existe uma base da armada do Chile e o simpático iate clube Micalvi recebe os barcos, maioria veleiros que vão atravessar para a Antártida. Aqui, aguardam a janela de tempo bom para cruzar o Drake e suas temíveis águas revoltas. Saindo de Puerto Willians, se navega ao sul, deixando à direita a Ilha do Cano Horn. Daí para diante, são de dois a três dias de mar aberto, cruzando o Estreito de Drake até a Antártida.


GABRIEL NASCIMENTO PROFESSOR BRITÂNICO DE INGLÊS

4 INTENSIVE

SEGUNDA A SÁBADO • HORÁRIOS FLEXÍVEIS. MATUTINO • VESPERTINO • NOTURNO.

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* Sabemos que se escreve com a letra “e”.

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COSTÃO DO SANTINHO

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DE VERÃO A VERÃO Costão do Santinho, um destino o ano todo texto LU ZUÊ fotos COSTÃO DO SANTINHO

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no após ano, Santa Catarina é eleito como o melhor estado para viajar e Florianópolis, a melhor cidade e melhor destino de praia do País, e desde que foi inaugurado (em 1991) o Costão do Santinho vem também frequentando as listas nacionais e internacionais dos resorts all-inclusive – ou vip-inclusive – mais procurados do Brasil, e por sete vezes foi considerado o melhor do Pais. Pelo menos três características contribuem para que essas conquistas continuem sendo constantes: a localização ímpar, a estrutura diferenciada e o imenso e variado “pacote” de atrações disponibilizado aos proprietários de apartamentos e hóspedes do resort. Com dois quilômetros de extensão a praia do Santinho, de mar aberto e agitado, é propícia para a prática de esportes marítimos como o surfe, a natureza é exuberante e os costões abrigam um acervo de arte rupestre com idade de cinco mil anos que atrai e encanta moradores e visitantes. Para aproveitar tudo isso, os hóspedes têm à disposição acomodações que tanto podem ficar em uma das 14 vilas (com apartamentos) ou no hotel internacional, que fica no canto esquerdo do resort. Os espaços gastronômicos compostos por bares e restaurantes oferecem cardápios adaptados às estações, com pratos da culinária açoriana à francesa.


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Para curtir e se divertir, piscinas, quadras de esporte, sala de ginástica, spa e espaço para crianças são apenas algumas das estruturas à disposição de quem lá se hospeda. E há sempre novidades. Ano passado, por exemplo, com a inauguração da piscina de borda infinita para o mar, surgiu um “novo lugar preferido” para muitos frequentadores.

Foi assim, dedicando atenção tanto aos pequenos detalhes quanto aos grandes eventos, que o resort atraiu os primeiros proprietários de apartamentos quando o Costão foi inaugurado, há 28 anos, e é dessa mesma forma que se mantém como um dos destinos preferidos de celebridades que visitam Florianópolis.


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Não há como negar que o Costão do Santinho conta com uma megaestrutura física e atendimento extremamente qualificado, mas o que garante sua permanência no primeiro time de resorts brasileiros é aliar isso tudo a uma ampla programação de shows, promoções e eventos ao longo do ano, definida e organizada com o maior cuidado, como as já tradicionais celebrações de Natal, Réveillon e o Domingo de Páscoa. Com isso, o Costão literalmente “ferve” o ano todo, e não apenas no verão. A programação recreativa sempre foi um dos grandes destaques do resort: alternativas diferenciadas – como o sandboard, slackline, paintball, arvorismo, escalada e mergulho – dividem espaço com esportes tradicionais, como futebol, tênis e caminhada, todos com a orientação de monitores. E conferindo a programação de shows musicais, é possível afirmar que o Costão do Santinho é um dos resorts mais culturais do Brasil, e que tem o ecletismo como proposta: só em 2018 aconteceram dezenas de shows de cantores e bandas nacionais e locais, com estilos diferentes para agradar públicos de gostos variados. O propósito vai além de somente atrair pessoas, e pretende também criar laços e estimular sensações de satisfação que ficam na memória e despertam a vontade de voltar uma, duas, três vezes... independente de gosto pessoal ou idade. Essa característica parece estar no DNA do Costão do Santinho, pois na opinião de quem frequenta o resort há muito tempo, trata-se de um ambiente democrático, com alternativas para quem curte esportes radicais ou programas mais tranquilos; para crianças e adolescentes com energia de sobra ou para pais que simplesmente precisam relaxar e recuperar energia; para pessoas solitárias ou alegres grupos de amigos e famílias... Desta forma, perto de chegar a três décadas de atuação, o Costão do Santinho ainda transforma estadias em boas experiências.


ARTHUR MOREIRA LIMA

SIMONE DE BEM

Pianista de projeção internacional, que elegeu o Costão do Santinho como residência

Advogada, estudante de Design Gráfico e Motion Graphics, sua mais recente paixão

Conheci o Costão do Santinho em 1992, e no final do ano seguinte adquiri um apartamento. A partir do ano 2000 comecei a ficar mais tempo aqui, já com um apartamento maior, e em 2003 estabeleci residência, embora mantenha ainda ARTHUR MOREIRA LIMA, A ESPOSA um apartamento no Rio de MARGARETE GARRETT E AS NETAS Janeiro. É aqui o centro da MARINA E CATARINA minha atividade, onde tenho meus pianos, e continuo com meus estudos de música e composições. Sou uma pessoa que gosta de tranquilidade, então meu período preferido aqui é no inverno, especialmente durante a semana, quando é possível aproveitar o Costão como um todo. Gosto muito do restaurante Rancho do Pescador e da área próxima das pedras, onde estão as inscrições rupestres. A vista é linda e o lugar, muito agradável. E um lugar muito bom aqui no Costão é o restaurante infantil, onde sempre vou quando minhas netas estão aqui. Aliás, às vezes vou mesmo sozinho!

Eu e minha família frequentamos o Costão do Santinho há muitos anos, desde que meu pai comprou um apartamento e passamos a ir sempre para lá. Na verdade, considero como uma segunda casa. Amo a integração com a natureza que a estrutura propicia, o encontro com amigos, as opções de lazer, que existem mesmo em caso de chuva. Tenho ótimas lembranças de ocasiões especiais que passamos lá em família, especialmente as festas de réveillon e o Domingo de Páscoa, quando a mesa fica linda! A decoração é sempre uma surpresa, e estimula qualquer pessoa a entrar no clima da celebração. Adoro o Costão do Santinho, mas meu lugar preferido são as choupanas, onde posso ficar olhando para o Morro das Aranhas e escutando o barulhinho suave do mar.

CRISTINA DE VINCENZI HOMEM DE MELLO Educadora física, empresária e ex-modelo

É um lugar muito bom para morar, e poderia dizer que aqui, um cantinho especial é a varanda do meu apartamento, que tem uma vista espetacular da praia.

OMAIA KASSEM NAJMEDDINE Empresária O que dizer? Adoro o Costão do Santinho por inúmeras razões: a proximidade com o mar aberto, as opções gastronômicas, o atendimento atencioso, os profissionais competentes e gentis. No Costão me sinto em casa, totalmente relaxada. Ir aos shows, caminhar na praia ou simplesmente meditar, ouvindo o barulho do mar, são coisas que me fazem muito bem. O Costão faz parte da história de minha família. Lá minha filha conheceu o namorado, e no momento de escolher o lugar para celebrar o casamento, não houve dúvidas. Foi uma festa inesquecível, com quase 600 convidados – muitos vindos do exterior – e todos amaram o local e a festa. O meu lugar preferido é a piscina de borda infinita, que tem uma vista indescritível do mar.

CRISTININHA DE VINCENZI E FAMÍLIA

Meu pai comprou um apartamento no Costão bem lá no início da história, e então passamos a frequentar sempre. Aproveitei muito naquela época e continuo aproveitando ainda hoje, vendo minha filha curtir muito todo o tempo que passamos lá. Gosto de tudo: das amizades que fiz, da tranquilidade fora da temporada, do agito durante a temporada, dos shows, eventos, das atividades de recreação, trilhas e esportes radicais... Mas também gosto muito da energia do lugar! Os funcionários são muito dedicados e felizes por trabalharem lá, a equipe de recreação é muito animada, sempre tem um som gostoso que transmite um astral muito legal! É um lugar divertido e ao mesmo tempo pode ser calmo e relaxante! A vista do mar é encantadora e a interação da natureza com o resort completa o cenário. Meu cantinho preferido são as mesas perto da área do spa.

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COSTÃO


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É SHOW Shows de primeira no resort mais musical do Brasil Para marcar datas especiais ou simplesmente para proporcionar uma atração a mais para o público, o Costão do Santinho continua trazendo artistas para Floripa. E são muitos: só em 2018 apresentaramse no Costão cantores como Preta Gil, Daniel Boaventura, Michel Teló, Lulu Santos, Luciana Mello, Almir e Gabriel Sater, e as bandas Paralamas do Sucesso, Raimundos, Barão Vermelho, Blitz, Malta, Carinha de Anjo e Papas na Língua. Ou seja, boa música para públicos de gostos variados.


DESCOBRINDO PARIS

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Fundada hรก mais de 70 anos, Lido surpreende com novo espetรกculo

MAGIA PARISIENSE


DESCOBRINDO PARIS

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textos DANIELE MAIA fotos JULIEN PANIE, STEPHANE CARDINALE, GREGORY MAIRET e PASCALINE LABARRERE

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uito mais que uma casa de espetáculos mundialmente conhecida, o Lido é um templo de imersão num universo único de sonho e magia. Fundada em 1946, a cada 10 anos a casa muda totalmente seu espetáculo. O mais recente está sob a direção da famosa companhia Dragone, que revisitou no show que agora está em cartaz a história do próprio Lido e de seus 26 espetáculos anteriores, criando assim uma joia rara, “Paris Merveilles”, um espetáculo extraordinário digno do glamour da avenida mais linda do mundo, a Champs-Elysée. Plumas, músicas fantásticas em ritmo trepidante, as famosas Bluebells (dançarinas do Lido) e uma sucessão de surpresas fazem parte deste ambiente encantador, tudo regado ao autêntico champagne, que acompanha um jantar delicioso. Misturando grandiosidade, nostalgia, modernidade, sensualidade e extravagância, o espetáculo “Paris Merveilles” cativa a alma e desperta em cada espectador uma enorme vontade de celebrar a vida.


DESCOBRINDO PARIS

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O novo velho Lido O Lido se instalou nos Champs Élysées há 73 anos e passou por uma grande reforma antes da première do novo espetáculo. Hoje o Lido oferece uma sala panorâmica de 2.000 metros quadrados e nova decoração do hall de entrada em tons azul e dourado. As sobremesas do jantar-espetáculo são assinadas pela renomada patisserie Lenôtre.


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Alta costura nos figurinos Os atores e bailarinos do espetáculo vestem 600 figurinos, 200 chapéus e calçam 250 pares de sapatos, tudo sob o comando do estilista Nicolas Vaudelet, antigo colaborador de Jean Paul Gaultier e Christian Lacroix.

A magia dos efeitos visuais Franco Dragone, o diretor do espetáculo, usa efeitos visuais de última geração, com imagens que se multiplicam e transformam o espaço em infinito. Cinco telões de led cobrem o fundo do palco e uma escadaria se prolonga suspensa, enquanto as ruas de Paris desabrocham como buquês de flores.

Curiosidades do Lido w 25 milhões de euros investidos na renovação do Lido e na criação artística do novo espetáculo. w Dois anos de preparação e quatro meses de ensaios antes da estreia. w Dois milhões de Strass Swarovski fixados um por um nos figurinos de tafetá. w 60 artistas em cena todas as noites, entre as quais as famosas “Bluebells”. w Cinco metros de altura para o extraordinário lustre de uma tonelada que surge das profundezas do Lido durante o espetáculo. w 22 camareiras e 11 costureiros nos bastidores para cuidar das 600 peças de vestuário utilizados no espetáculo. w 35 pessoas na cozinha para preparar o jantar, um sortimento de 21 pratos repartidos em três cardápios para o jantar-espetáculo. w 300 mil garrafas de champagne abertas por ano durante as apresentações diárias. w Meio milhão de expectadores recebidos no Lido a cada ano.


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Um spa no exuberante Mont Blanc

NO TOPO DA EUROPA textos DANIELE MAIA

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apital internacional do esqui, Chamonix é um lugar mágico, cidade típica dos alpes franceses, mas especial porque abriga Mont Blanc (Monte Branco, em tradução literal), a montanha mais alta da Europa. No ano passado o grupo italiano QC Terme instalou nesta região o QC Terme Chamonix, um dos maiores spas da companhia, especializada em hospedagem de bem-estar. Com aproximadamente 4.000 metros quadrados, o centro tem 30 espaços diferentes, piscina exterior aquecida e com borda infinita para um pequeno lago e uma fantástica vista para a natureza deslumbrante dos picos de neve do Mont Blanc. Recebi um convite especial para a inauguração e fiquei surpresa com tantas opções para o relaxamento da mente e do corpo: bio-saunas, cromoterapia, duchas de águas da região de Vichy, saunas a vapor, tratamento com sal para as vias respiratórias e massagens diversas. Outro ponto forte do QC Terme Chamonix é o Wellness Lunch, um bufê variado de saladas, legumes e produtos frescos da região, servidos num imenso terraço em frente a uma das vistas mais lindas dos alpes franceses. Para receber os praticantes de esqui durante o inverno, o centro prepara sempre o Aperiterme, deliciosas gourmandises da região. Com arquitetura refinada e cuidado com os detalhes, o QC Terme Chamonix harmoniza saúde, conforto e relaxamento em meio a uma das mais exuberantes paisagens europeias.


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foto MARCO CEZAR

PERFIL

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CARA E CORAGEM A make-up artist Rafaela Gaidzinski é a nova colunista da Revista Mural


foto CAROLINE SPLINY

PERFIL foto RODRIGO MARINI

foto BRASÍLIO WILLE

foto CAROLINE SPLINY

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texto MONIQUE VANDRESEN

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la investiu na profissão de maquiadora quando a área ainda não era a queridinha das redes sociais e já começou do zero em pelo menos três oportunidades. Fez carreira em Criciúma, Curitiba e São Paulo, agora é uma profissional disputada na produção publicitária da capital catarinense. Apesar de muito jovem, Rafaela Bitencourt Gaidzinski – que a partir da próxima edição passa a assinar uma coluna na Revista Mural com dicas sobre beleza e maquiagem – tem uma experiência de mais de uma década no mercado de maquiagem fotográfica e de vídeo e coleciona mais de cinco mil seguidores no Instagram. Diferentemente de outras blogueiras famosas, Rafaela não costuma postar nada sobre sua vida pessoal: todo o conteúdo de suas redes sociais envolve maquiagem, fotografia e moda. Com uma formação em maquiagem que inclui professores como Fernando Torquatto e Sadi Consati, a sócia proprietária da RG Makeup é apaixonada por tudo que envolva arte, moda e comportamento. Embora grande parte dos trabalhos em sua agenda seja na área de publicidade, é apaixonada por editoriais, onde às vezes até faz a produção de moda e styling. As referências são diversas, e vêm da paixão pela fotografia, cinema, teatro e literatura.


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fotos CAROLINE SPLINY

Equipada com o bom senso inerente aos millennials, Rafaela poderia escrever um livro de desenvolvimento pessoal: a moça emana maturidade. A trajetória desta catarinense é pouco comum, mas sempre pontuada por atitudes empreendedoras e uma fé sem tamanho na paixão pelo que quer. Quando começou, com uma paleta de sombras, alguns

batons e dois tons de base da Natura, investiu o primeiro cachê em maquiagem. Tinha apenas 16 anos, mas foi assim também nos trabalhos seguintes: “Fiz minha maleta com produtos de marcas mais baratas”, lembra. Três anos depois, mais um começo: Curitiba. Cavou o seu espaço e passou quatro anos na capital paranaense.


Com fome de aprender, resolveu começar tudo novamente em São Paulo, onde foi professora de um centro de maquiagem, o Instituto Embelleze. “Quem quer faz acontecer”, ensina Rafaela. Como a veia criativa não se esgota no make-up e na produção de moda, ela ainda é designer de produtos. Criou paletas, porta produtos e outros objetos que facilitam a vida de quem vive de maquiagem. Sempre muito próxima dos pais, não pensou duas vezes em deixar a cidade onde cresceu – Criciúma – e o conforto de quem já tinha um apartamento montado. Ela sabe que é uma das mais proeminentes referências catarinenses para a maquiagem, e não para de pavimentar o caminho até ao topo. Rafaela é brincalhona e seu estilo cotidiano é atraente e dramático. Se toda a aura de moda de Rafa parece uma segunda pele, é porque: a primeira cliente foi a mãe, quando ela ainda era uma adolescente. E se ser make-up artist agora é moda, Rafaela mostra em sua trajetória que de “modismo” esta profissão tem pouco. Para Rafa, é paixão. Porque só mesmo alguém com muito “amor à camisa” tem conteúdo suficiente para navegar no métier: as exigências de um trabalho alicerçado no conhecimento e a capacidade de conhecer um processo de produção do início ao final para que tudo saia perfeito. MINHAS REDES: I @rafagaidzinski/ @rgmaquiagem F /rgmakeup1 /rgmaquiagem

foto MARCO CEZAR

foto RODRIGO MARINI

PERFIL

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JULIANA WOSGRAUS

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A top model ALESSANDRA AMBRÓSIO, presença poderosa na festa da Revista MURAL 77, no Le BarBaron

RAFAEL WESTRUPP e JULIANA GARIBERI, ele presidente da Federação de Tênis de Santa Catarina, leitores assíduos da MURAL

Atriz e modelo portuguesa LILIANA SANTOS, que fez sucesso neste verão em Floripa. Ela tem mais de uma dezena de novelas no currículo, alguns filmes e inúmeros trabalhos publicitários. E veio enfeitar ainda mais a ilha das beldades na alta temporada

FRANCINE MENDES SOUZA, que brilhou na capa da MURAL 77, também prestigiou a festa da revista


JULIANA WOSGRAUS

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Família linda demais: STEFÂNIA e JOÃO NASCIMENTO com a mãe, CRISTINA SIQUEIRA, filhos do seu casamento com Marco Cezar. Cristina foi modelo de trajetória nacional, estampou muita capa de revista, e há alguns anos trabalha com restauração de pinturas e outras artes, arte sacra especialmente, junto com a também expert no ofício, Glorita Grisard Vilar

Homem com biografa que dá filme, livro e minissérie, JORGE BORNHAUSEN em tarde de bate-papo e boas risadas com o amigo CÉSAR ABREU

MARINA VON WANGENHEIM, filha de barão, e o médico RICARDO SIMAS formam o novo par da Ilha!

FABRÍCIA LOBO, a bela CEO e cartão de visita do salão de beleza que leva seu nome

CACAU MENEZES, o homem que fez a festa do Verão 2019 em Floripa


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DÉBORA e OSCAR BORGES, casal vip da Praia Brava

Em férias na Ilha com o marido JONJA, KITTY ASSIS curtiu como sempre os melhores points da cidade, aqui com a amiga Fernanda Bornhausen. Jonja e Kitty, ela uma das herdeiras do Hotel Maria do Mar, também herdou da mãe, Ivone, o talento para gastronomia. No Rio de Janeiro, onde vive há décadas com o marido e filhos, além de frequentar o jet set carioca, assina eventos, é professora da área e tem vários livros editados. Já Fernanda Bornhausen, recém curtindo a solteirice, continua a mil com seus trabalhos nas áreas de voluntariado da Social Good Brasil, além de ser cofundadora também da Clear Inovação, e integrar a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) e a Lide Mulher Santa Catarina

Se chegar num lugar bacana de Floripa e não tiver ninguém da família dele você não está no local certo. E especialmente a presença deste casal da diretoria da ilha, CAROL e RODRIGO BECKER, é garantia de selo de qualidade

JOÃO NETO é simplesmente um dos mais ricos da cidade no momento, sem deslumbre e muita discrição

RENATO SÁ, o mais novo solteiro da cidade continua o mesmo, leve, solto e sorridente


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Sempre impecável, a desembargadora MARIA DO ROCIO esbanjando classe à beira-mar

SANDRA STUART e RENATO NEGÃO, o negão da Costelaria, reduto gastronômico consagrado na ilha

Modelo catarinense das mais bem sucedidas, GISELE CÓRIA é também sem dúvida uma das belezas naturais de Floripa. Grande amiga de Alessandra Ambrósio, ela está perto de comemorar mais um aniversário, no final do mês de abril

Esse é para poucos: olha só o tênis que MARINHO MARCONDES, empresário de atletas de futebol, escolheu pra curtir a balada. Conseguiu ser ao mesmo tempo casual e nada básico

Ícone de beleza e elegância, GANGAN RICHTER sempre fazendo graça


JULIANA WOSGRAUS

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MODA E MEIO AMBIENTE Menos é mais nunca valeu tanto para definir elegância como agora! No vestir e na conscientização do quanto a fast fashion faz mal planeta texto JULIANA WOSGRAUS fotos BANCO DE IMAGEM E DIVULGAÇÃO

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e onde vêm e por quem são feitos os tecidos das roupas que você usa? Atualmente todos se preocupam com a procedência dos alimentos. Mas e o que vestimos? As roupas também podem fazer bem ou mal à saúde, e não apenas à nossa, mas a de todo o meio ambiente. A indústria da moda ocupa a terceira posição no ranking dos maiores vilões ambientais, só perdendo para a mineração e agropecuária. Felizmente cada vez mais as pessoas se preocupam com a procedência do que vestem. Um gesto simples de grandes resultados.

Conscientização Pensar na natureza, na saúde do planeta, no presente e futuro: moda sustentável é isso. O número de pessoas querendo saber sobre os materiais que colocam sobre a pele, e também sobre toda a cadeia produtiva do que vestem só aumenta. As marcas também estão adotando tal atitude. Especialmente as de luxo. Mas as mais baratas vão ter que se adaptar, e não só pela sua própria sobrevivência. Às vezes produzidas em condições precárias de trabalho, com trabalhadores ganhando uma miséria pelo serviço, roupa muito barata quase sempre é sinônimo de baixa qualidade e pouca durabilidade.

FIOS SINTÉTICOS: POLIÉSTER É DERIVADO DE PETRÓLEO

Fibras naturais x fibras sintéticas As fibras naturais mais sustentáveis são as de lã de carneiro, bichos da seda e algodão. Só precisam de água, luz do sol e tempo. As fibras sintéticas surgiram no século 20 com o nylon, rayon, poliéster e acrílico. Obtidos mais rapidamente e com menor custo, tecidos sintéticos são feitos a partir de plástico e petróleo. O primeiro leva séculos para se decompor no solo ou na água, o segundo é fonte de energia não renovável. Mas nem toda fibra sintética é vilã. Já existem algumas com tecnologia para criar benefícios também para quem a veste, como os fios que liberam remédios para a pele, ou para suar menos, regular a temperatura corporal e até se dissolver depois de um tempo.


As fibras naturais também deixam sequelas no meio ambiente. Plantações de algodão consomem muita água. O Mar de Aral, na Ásia, que já foi o quarto maior lago do mundo, hoje é um deserto devido à irrigação das plantações de algodão. Considerado o maior desastre ambiental do planeta, também desalojou e levou à miséria milhões de pessoas. Além disso, para confeccionar apenas um jeans são necessários 10 mil litros de água. As marcas Howies e Levi’s criaram jeans com garrafas pet recicladas associadas ao algodão. Fibras naturais como a lã são as mais indicadas, por serem biodegradáveis, e já são criados tecidos levinhos a partir delas. Fibras sustentáveis, como o Ioncell, que são ecológicas durante todo o processo produtivo são outra boa alternativa para a natureza e a saúde humana.

Moda sustentável na alta costura – Presença no Oscar A festa do Oscar tem seu movimento de moda sustentável. A iniciativa “Red Carpet Green Dress” da atriz e ambientalista Suzy Amis Cameron, casada com o diretor de cinema James Cameron, foi criada em 2009. A ação da RCGD é recrutar celebridades e empresas de moda para promover ações ecológicas no tapete vermelho. Neste ano a estrela “green” foi Laura Harrier, em vestido da Louis Vuitton que cumpriu todos os itens de sustentabilidade, incluindo o bordado feito à mão pela Vermont Paris, que respeitou o Standard 100 da Oeko-Tex, selo de qualidade internacional para tecidos inofensivos. “O vestido é feito de seda crepe azul desenvolvido com esforços para eliminar todo o uso de produtos químicos perigosos. O bordado feito à mão levou mais de 450 horas de trabalho: contas de vidro, cacos de cristal e lantejoulas foram especificamente escolhidos para atender às exigências ecológicas humanas”, declarou Laura Harrier, elegantérrima.

JULIANA WOSGRAUS

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PLANTAÇÃO DE ALGODÃO: ALTO CONSUMO DE ÁGUA

De volta ao começo Na verdadeira elegância menos é mais! E repetir a roupa é elegante. Exemplos não faltam na realeza britânica. Começando pela Rainha Elizabeth, sua nora Diana, e agora Kate Middleton. O príncipe Charles, grande defensor da lã, que chama de fibra dos deuses, usa até hoje um terno feito para ele em 1970. Enquanto isso tem gente pesquisando como nos empurrar coisas o tempo todo através da neurociência. Como se proteger? Pensando na natureza, no próprio bolso, e também, com carinho especial, no meio ambiente e no futuro do planeta.

Futuro fashion

A ATRIZ LAURA HARRIER NO OSCAR 2019 USANDO UM VESTIDO DE ALTA COSTURA DA LOUIS VUITTON, COM TECIDO SUSTENTÁVEL E BORDADO COM CACOS DE CRISTAL SWAROVSKI E CONTAS DE VIDRO QUE ATENDEM AOS PADRÕES DE DESIGN AMBIENTAL OEKO-TEX

Uma esperança para que a moda e meio ambiente caminhem em sintonia pelo bem comum já existe. Contraponto à fast fashion, o movimento Slow Fashion prioriza roupas de qualidade e longa duração. E também comprar de pequenas fábricas ou da localidade em que vivemos para diminuir o gasto com transporte e a poluição. Mandar fazer suas roupas na estilista ou costureira, então, é puro luxo. Nós consumidores precisamos ficar atentos ao que usamos. O futuro do planeta e das nossas crianças passa por mais esta mudança de hábitos. Seguir um ditado da Islândia ajuda: não se confia em um casaco até que esteja furado. Mas isso depois de muitos anos de uso, não depois da primeira ida à lavanderia.

Fast fashion e resíduo têxtil Cerca de 80% das roupas que usamos são feitas de diferentes tipos de plástico derivado de petróleo que talvez nunca se decomponham no solo. A demanda aumentou e a qualidade caiu, desvalorizando as roupas, que se tornaram descartáveis. O cultivo do algodão exige uso intensivo de água e tecidos sintéticos como o poliéster são derivados do petróleo. Em ambos os casos o descarte dos líquidos residuais não tratados usados no tingimento pode liberar substâncias tóxicas e metais pesados nas fontes de água locais. Dessa forma, a saúde dos animais e dos próprios seres humanos é prejudicada. Quando perdem a vida útil estas roupas tornam-se resíduos têxteis que podem acabar em aterros sanitários não regularizados.

RESÍDUOS TÊXTEIS QUE LEVARÃO SÉCULOS PARA SE DECOMPOR NO SOLO, ALGUNS FICARÃO PARA SEMPRE POLUINDO O PLANETA


EMPREENDIMENTO

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Amauri Honda Dream inaugurada na Capital

texto MARCOS HEISE fotos MARCO CEZAR

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ma loja exclusiva e com formato diferenciado, dedicada à comercialização de motos de alta cilindrada da marca Honda. Esta é a revenda Amauri Honda Dream, inaugurada em março em Florianópolis, uma das doze existentes em seu formato no Brasil. O mercado nacional de motocicletas tem demanda concentrada na baixa cilindrada, com uma fatia de mais de 90%. Só que nos últimos anos as vendas de motos mais potentes e voltadas para o lazer quadruplicaram. De olho neste mercado a Honda investe na rede de espaços e pontos de venda diferenciados no formato ‘Dream’, onde o motociclista encontra atendimento exclusivo para as chamadas supermáquinas. O “Espaço Dream” é uma área especial, que oferecerá atendimento especializado para comercialização deste tipo de motocicleta. Já o “Ponto Dream” é uma área exclusiva, com estrutura completa de atendimento de vendas e pós-venda, incluindo os boxes do Serviço Expresso e de lavagem. Além disso, boutique de acessórios e vestuários também entram neste conceito. São 74 unidades Dream no Brasil, 62 no formato espaço e doze exclusivas no formato ponto. A Amauri Honda Dream é uma dessas doze.

MARISTELA, LUANA, JAQUELINE, CAROLINA, RAÍSSA E NATÁLIA

CAROLINE MÜLLER

LUANA GUERRA


EMPREENDIMENTO

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AILTON MACIEL, AMAURI JÚNIOR, ALEXANDRE CURY E SOCA SILVA CAROLINA LOPES, LARISSA VASCONCELOS E GABRIELA SILVEIRA

AMAURI SILVA, ALEXANDRE CURY E AMAURI JÚNIOR

GEORGE SEGUROS, RODAMERES BUBNIAK E AMAURI SILVA

LURDINHA SILVA, ARTHUR SILVA E JÚLIA LOPES

A TURMA DO FRANK

MARCOS, SOCA, MILTON E ALEXANDRE CURY

AMAURI JÚNIOR E LARISSA VASCONCELOS

HENRIQUE FERNANDES

AMAURI JÚNIOR E ARTHUR PAULO SILVA

BERNARDO, CAROL, LÍVIA E JÚLIA

GABRIELA SILVEIRA RODAMERES BUBNIAK E LARISSA VASCONCELOS

RICA, SARA, RENATO E FERNANDO

PATRÍCIA, FRANK E MARCOS

NATAN, MARCELO, ELISETE E EMILI

MARCOS, FRANK, CARLOS, AMAURI JÚNIOR E ROGÉRIO

CAROLINA, LÍVIA E JÚLIA LOPES


EMPREENDIMENTO

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ALIANÇA EM DUAS RODAS

Executivo da Honda destaca parceria com a marca catarinense texto MARCOS HEISE fotos MARCO CEZAR

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lorianópolis estava merecendo uma loja com essas características”, disse na inauguração da Amauri Honda Dream o diretor comercial da Honda do Brasil, Alexandre Cury. O executivo observa que a Região Sul tem uma cultura muito forte de motos de alta cilindrada, o que fez a marca, em parceria com a revenda Amauri, decidir pela abertura do ponto de vendas Amauri Honda Dream na capital catarinense. A Região Sul conta agora com unidades Dream em Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre. Em relação a perspectivas pra 2019, Cury disse que “no momento vislumbramos um crescimento em torno de 5%, podendo chegar até 10% de alta caso o cenário econômico apresente estabilidade e mantenha crescente a confiança do consumidor.


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A SAGA DA FAMÍLIA AMAURI texto MARCOS HEISE fotos MARCO CEZAR

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nome Amauri tem uma trajetória de 40 anos no mercado de motocicletas, sendo 30 anos ao lado da marca Honda em Santa Catarina. Em 1989 foi nomeada concessionária Honda e em 1991 aconteceu a inauguração do seu primeiro ponto de vendas com a bandeira da Honda, o lendário Amauri Moto Center, que opera até hoje e atende às praças de Florianópolis, São José e Biguaçu. Já o Grupo Amauri está prestes a completar 60 anos de atividades em comércio e prestação de serviços em vários segmentos. Tudo começou com o Amauri Acessórios na década de 60, uma loja do “seu” Amauri que vendia peças e acessórios. Na década de 70 ganhou a bandeira de concessionária oficial Volkswagen e foi expandindo para diversos setores da economia local e regional; comércio de automóveis nacionais e importados, motocicletas, administradora de consórcios, hotelaria, construção civil, tv por assinatura, provedora de Internet e locação corporativa. A partir de setembro de 1998 a família passou a concentrar investimentos no setor automotivo do Rio Grande do Sul, com a inauguração da Via Porto Fiat. A expansão dos negócios no estado vizinho incorporou as bandeiras Honda motos e Honda automóveis e a empresa se estabeleceu também no Estado do Paraná. Hoje o grupo conta com concessionárias das marcas Fiat, Honda Automóveis e Honda Motocicletas nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. O grupo Via Porto completou 20 anos de atuação em 2018 e é atualmente um dos maiores do setor automotivo da região Sul do Brasil.

40 anos no mercado de motocicletas


ENTREVISTA

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EM FAMÍLIA A trajetória de sucesso de Fabrícia Lobo


ENTREVISTA

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fotos MARCO CEZAR Revista Mural | Como tudo começou sua carreira de cabeleireira? Fabrícia Lobo | Sou cabeleireira há nove anos, mas sempre gostei muito dessa área e de estar por dentro das tendências de moda e beleza. Antes de ser profissional na área até fazia cabelo e maquiagem em mim, nas minhas irmãs, filhas e amigas, mas nunca tinha me imaginado cabeleireira, mas as coisas foram acontecendo e eu amando cada dia mais viver nesse mundo. Sou formada em pedagogia, tenho pós-graduação e amava trabalhar com educação infantil. Mas trabalhava o dia inteiro como professora e nunca tinha dinheiro para dar as coisas para as minhas filhas. Até que um dia, uma amiga me apresentou uma marca de cosméticos, que na época estava entrando no mercado, e propôs que eu me tornasse revendedora. Ela disse que eu não ficaria rica, mas sempre teria um dinheirinho para dar as coisas para elas. Assim comecei a revender cosméticos para mães e professoras do colégio. Foi então que comecei a me especializar em diversas áreas, como design de sobrancelhas, maquiagem e cabelo. A cada curso que eu fazia mais eu amava e percebia que o meu lugar era esse. Revista Mural | Como o seu salão chegou no nível em que está hoje? Fabrícia | Comecei atendendo na minha casa há nove anos e sempre tive como objetivo que todas as clientes se sentissem em casa, com todo conforto e amor. Com o aumento do número de clientes, vi a necessidade de abrir um espaço meu, então aluguei uma sala comercial no sétimo andar de um prédio na Avenida Rio Branco, no centro de Florianópolis.

Até que o fluxo de clientes começou a aumentar e foi nesse momento que decidi empreender e investir em um espaço maior, com mais serviços, mais profissionais e mais visibilidade. Foi aí que vimos uma sala comercial para alugar na Avenida Rio Branco. Tinha ótima localização, espaço e luz, e vi que esse era o momento de dar mais um passo rumo ao meu sonho. Em setembro de 2016 inauguramos o novo espaço, depois de muito planejamento e dedicação para que ele ficasse exatamente como eu gostaria. Adicionamos mais serviços relacionados à estética, e hoje contamos com cerca de 20 profissionais especializados que amam o que fazem e que se comprometem a atender com qualidade, carinho e excelência. O amor pelo que se faz diferencia nossa equipe.


ENTREVISTA

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Revista Mural | O que mais gosta no dia a dia de trabalho? Fabrícia | Amo realizar todos os serviços de cabelo e maquiagem, mas o que mais gosto são as noivas. Nosso trabalho se torna leve ao ver uma cliente saindo satisfeita e se amando em sua melhor versão. E o dia da noiva é um momento único e tão especial que toda vez nos envolve e emociona. Revista Mural | Quais são os serviços oferecidos no seu salão? Fabrícia | Oferecemos tudo para beleza do cabelo: tratamentos, coloração, progressiva, mechas, penteados, spa das mãos e pés, estética corporal e facial, design e micro pigmentação de sobrancelhas, podologia e maquiagem. Revista Mural | Sua profissão exige muita dedicação e às vezes sobra pouco tempo para a família. Como você faz para otimizar seu tempo ao lado deles? Fabrícia | Essa é a pergunta mais difícil, já que tenho o salão como minha segunda casa. Tenho um marido parceiro que compreende meus horários e ajuda sempre que preciso, mas minha maior felicidade é que tenho minhas filhas trabalhando ao meu lado, então com certeza sou a mãe mais feliz do mundo. Revista Mural | Como é trabalhar com suas filhas, Amanda e Julia? Fabrícia | É minha maior felicidade, a possibilidade de tê-las empreendendo ao meu lado, e se dedicando para o crescimento da nossa empresa é meu maior presente.

Revista Mural | Você é especialista em cortes de cabelo. Como faz para se atualizar? Fabrícia | Amo corte penteado, maquiagem, noivas, coloração, luzes. Eu e minha equipe estamos sempre nos qualificando com cursos e treinamentos. Revista Mural | Quais seus planos para o futuro? Fabrícia | Meus planos são ampliar nosso espaço para um atendimento de noivas mais exclusivo, consolidar minha marca no mercado e com toda certeza fazer a diferença no ramo da beleza e estética.


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ENSINO

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Projeto auxilia adultos na conclusão do ensino médio

FORMANDO CIDADÃOS texto RICARDO ALTHOFF fotos MARCO CEZAR

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s próximos anos serão decisivos para o Brasil. Mudar o destino do país não depende somente do presidente, dos governadores, prefeitos, congressistas ou daqueles que governam, mas de todos nós. Somos todos responsáveis e precisamos fazer a nossa parte em prol de um Brasil melhor. Parece mentira, mas 52% dos brasileiros com idade entre 25 e 64 anos não têm o certificado do ensino médio. Para melhorar

esse triste índice, o terceiro setor e a iniciativa privada criaram o projeto “Quero Terminar Meus Estudos”, para auxiliar financeiramente essas pessoas que ainda não se formaram no ensino médio. O Projeto vai subsidiar 80% do valor do curso dos alunos selecionados. O grande objetivo é democratizar um ensino de qualidade para estas pessoas que em algum momento da vida perderam a oportunidade de estudar, ajudá-las a concluir o ensino médio e a evoluir na vida, melhorando a sociedade como um todo. Seja você também um divulgador desta causa.


ENSINO

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Leo Coelho Jornalista e apresentador do programa Bon Vivant

“ Através dos estudos é que adquirimos todo o nosso conhecimento e relação com o mercado profissional. Feliz daquele que pode estudar! Vida longa à educação!”

André Guelli Personal trainer, nutricionista e beach tennis coach

“ O estudo é a base para a vida e para o conhecimento pessoal.”

Nany Machado Manezinha da Ilha, mãe, atriz, líder-coach, empreendedora

“ Para quem deseja dar um salto ainda maior na carreira e no mundo acadêmico, a conclusão do ensino médio ainda viabiliza o ingresso em faculdades e cursos técnicos, oportunizando melhor colocação no mercado de trabalho, maior retorno salarial e grande satisfação pessoal. Aproveite essa oportunidade para terminar algo que está em aberto na sua vida. Pessoas de sucesso são pessoas que terminam o que começam. “Livre-se do hábito da procrastinação. Procrastinar os estudos é procrastinar a própria vida.”


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Urbano Salles J ornalista formado pela UFSC em 1986, ex-âncora de TV e exrepórter de jornais como O Estado e DC. Hoje escreve no Imagem da Ilha e na Revista Mural. Trabalha com assessoria de imprensa

“ Na impossibilidade de chegar ao nível superior, ter o diploma de ensino médio é essencial para garantir o mínimo de competitividade no mercado de trabalho. Bora pra escola!”

Meira Júnior dministrador formado pela ESAG em 1986. Funcionário público A estadual da SEF e blogueiro desde o ano 2000, quando criou o blog “Temperos & Apimentadas” uma coluna eletrônica que está no ar há quase 20 anos

“ O projeto é bem-vindo para quem perdeu a oportunidade de estudar em um determinado tempo da vida. Parabéns ao CEO do Colégio Energia, Ricardo Althoff, pela iniciativa.”

Juliana Wosgraus F ormada em engenharia elétrica pela UFSC, poeta com dois livros publicados e produtora cultural, atua no jornalismo desde 1987. Ex jornal A Notícia e Diário Catarinense, também apresentou e dirigiu programas na RBS TV e TV Educativa. Atualmente escreve na Revista Mural

“ Estudar é abrir portas para muitos universos e escolhas e vai além de ajudar a ter trabalho e profissão. O estudo básico é fundamental para a conquista da dignidade, formação de ideias e opiniões próprias. O Brasil precisa que todos tenham esta chance. Entre nesta história e contribua para o futuro.”


Henrique Fernandes omunicador na Jovem Pan FM, diretor comercial C do Grupo GNB e Dj

“ Estudar é ampliar os horizontes e adquirir conhecimentos que nos farão ir em frente em busca dos nossos sonhos e objetivos profissionais. Você pode perder tudo na vida, mas o conhecimento sempre se mantém contigo. Aprender é sentir-se vivo.”

Junior Durski Criador da rede Madero, hoje avaliada em R$ 3 bilhões

“ O sucesso vem com muito trabalho e dedicação, e na educação é a mesma coisa! O Projeto Quero Terminar Meus Estudos é uma oportunidade ímpar na vida de diversas pessoas que perderam a oportunidade de estudar.”

Professor Chiquinho mante da cultura A local, Hudson Pires, mais conhecido como Professor Chiquinho, formou-se em História pela UFSC em 1990 e desde então vem lecionando em escolas da rede pública e privada de ensino. Chiquinho já ocupou os cargos de superintendente da Fundação Municipal de Esportes e de secretário Municipal de Cultura

“Estudo concluído significa ampliar seu espaço e oportunidades na sociedade.”

Jota Pacheco presentador de TV e radialista, A com passagem pelo SBT, Rede Record e Band, além da Rádio Guararema, onde permaneceu por 15 anos. Atualmente apresenta o programa O Indignado, na Rádio Guarujá

“ Uma sociedade só será plena quando seus cidadãos tiverem acesso à educação na plenitude. O estudo básico é fundamental para o início de uma jornada, independente da escolha do setor profissional. Faça parte dessa história!”

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Tiago Silva V ereador que luta pela igualdade. Seu principal objetivo na Câmara de Vereadores é dar vez e voz ao povo da cidade. Sua luta diária é para dar mais dignidade para aqueles que mais precisam, até porque Tiago já sentiu tais necessidades na pele durante sua infância e juventude. Frente ao Procon, combateu os abusos de empresas e defendeu a população. Como vereador, elaborou projetos que viraram leis para trazer um pouco mais de humanidade e esperança aos menos favorecidos.

“ Educação é acesso ao conhecimento. É o que incentiva evolução, questionamentos que geram descobertas, ideias e mudanças. Com os estudos concluídos a pessoa está mais preparada e tem base para encarar o mercado de trabalho. Cito uma frase de Nelson Mandela: ‘a educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo’.”

Cris Rocha Formada em design de interiores, empresária do segmento de beleza e atualmente alçando voo no mercado da moda

“ O estudo é a porta de entrada do conhecimento que nos capacita para um futuro mais digno. É um leque infinito de possibilidades e oportunidades, que nos traz poder de argumentação, defesa, socialização e criação de hábitos saudáveis, deixando a vida mais prazerosa e feliz.”

Ricardo Althoff egundo o Canal Futura da Rede Globo, é um dos principais S especialistas educacionais digitais. Auxiliou milhares de pessoas a conquistarem o Ensino Médio, ex-reitor da Faculdade Catarinense Dom Bosco, diretor do Colégio Energia Barreiros, CEO da Seu Professor Empreendedor & Negócios e gestor do Projeto Quero Terminar Meus Estudos. Ricardo ama educação e tecnologia e acredita que estas duas bandeiras tem a força para mudar o Brasil

“ Nunca é tarde para retomar os estudos e conquistar a certificação do ensino médio, caso você conheça uma pessoa que em um determinado tempo da vida, por algum motivo abandonou os seus estudos, auxilie e ajude com a informação que ela tem esta possibilidade de recomeço. Faça a sua parte!”



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A impressionante trajetรณria do engraxate Rafael Ddigueta

LONGA ESTRADA


textos LÚCIA PY LÜCHMANN fotos MARCO CEZAR

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le tem a aparência de profissional liberal bem sucedido, a lábia de um bom vendedor, o sorriso de um modelo fotográfico, o carisma e a humildade de quem está de bem com a vida. Seu nome ‘artístico’ é Rafael Digueta, uma alusão ao produtor musical e dj francês David Guetta, de quem é fã. Artístico, porque Rafael transformou seu talento em arte, ao dar uma nova ‘cara’ para o ofício secular e quase extinto que exerce: o de engraxate. Vestindo terno e gravata e com a habilidade de quem desempenha a função desde criança, ele conquistou muitos clientes e fãs. Seu conta no Instagram tem mais de 6 mil seguidores e o Facebook mais de 4 mil, todos cativados pelo seu jeito de ser. Sua trajetória de trabalho e seu bom exemplo não passaram despercebidos. No dia 19 de março a Câmara de Vereadores de São José, por indicação da vereadora Cristina de Souza, ofereceu ao jovem Digueta o título de Cidadão Honorário do município que ele adotou para morar. E em Florianópolis, onde exerce a maioria das suas muitas atividades, receberá a medalha “Manezinho da Ilha/Aldírio Simões”, a ser outorgada pelo vereador Tiago Silva, no Dia do Manezinho, primeiro sábado de junho. A velha expressão “transformar limão em limonada”, se aplica bem ao jovem Rafael Silva, ou Digueta. Aos 12 anos de idade ele decidiu sair de casa porque não queria mais ver o seu pai bater na sua mãe. Como era menor, sem dinheiro e com pouca chance de conseguir carona, caminhou os cerca de 200 km que ligam sua cidade natal, Araranguá, até Florianópolis. Uma jornada que durou dois longos dias. Depois disso, foram cinco meses morando nas ruas da capital catarinense, passando fome, frio e medo, até que conseguiu dinheiro, trabalhando como engraxate, para pagar uma pousada no morro. Hoje, aos 29 anos, ele revela com orgulho que deu a volta por cima. Já tem casa própria, um automóvel e uma coleção de ternos. Casado há nove anos com Simone Ferreira, é pai do Pedro Henrique, de seis anos, e se considera uma pessoa feliz. Não ficou esperando que alguém fizesse algo por ele, correu atrás do seu sonho e driblou a fome, a miséria e a violência das ruas. Deu uma resposta completamente diferente para quem apostou que em pouco tempo ele seria mais um drogado, um prisioneiro, um vagabundo.

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Diferencial ”Quando cheguei aqui na cidade, tinha 35 engraxates em Florianópolis – hoje são seis –, eu era apenas mais um e precisava ter um diferencial. Eles trabalhavam mal vestidos e até sujos e eu também trabalhei assim por 12 dias, mas não deu certo”, conta. As pessoas o trataram com preconceito e indiferença. Foi quando conheceu um senhor que ele apenas sabia o primeiro nome, João, para quem confidenciou que desejava inovar. “Ele então me presenteou com o primeiro terno, que usei direto durante 25 dias. Logo notei a diferença na maneira de me verem e me tratarem”, recorda. Rafael estudou os lugares certos para encontrar os clientes mais abastados da cidade, que valorizavam o seu modo de agir e vestir. “Ao notar o meu estilo, os próprios clientes começaram a me presentear. Um trazia uma gravata que não usava mais, um terno, uma camisa, uma meia.” Atualmente Rafael mora no loteamento Dona Wanda, bairro Serraria, em São José. Sai todas as manhãs às 5h20min para trabalhar no Tribunal de Justiça, em Florianópolis, onde chega cerca de uma hora depois. Espera a padaria abrir, compra pão, leva para os vigilantes do TJ e permanece lá até 20h, engraxando o sapato de quem trabalha ou circula pelo local. Sempre impecavelmente arrumado e esbanjando simpatia. Transita com facilidade entre os poderes Legislativo e Judiciário e em lugares ‘nobres’ da cidade, onde todos o conhecem e respeitam. Rafael Digueta é ‘multimídia’. Além de engraxar sapatos masculinos e femininos, para reforçar sua renda familiar ele também trabalha com vendas de diversos produtos pelas ruas da cidade: roscas, panos de pratos e no verão também vende água mineral e refrigerante nas praias. À noite, eventualmente faz ‘bico’ de motoboy para o cachorro quente ‘Top Dog’. “Certo dia fui desafiado por um empresário de Florianópolis a vender tiras de sandálias de uma marca desconhecida. Era realmente um desafio, porque ele disse que um vendedor no Rio Grande do Sul topou e vendeu apenas 35 em um

dia. Eu consegui vender 180 tiras em apenas duas horas, a um real cada. Ganhei o desafio, duas cestas básicas e mais 300 reais”, conta sorrindo. As duas cestas ele doou para duas famílias carentes de Barreiros. “Fiz por eles o que eu gostaria que tivessem feito por mim. Eles ficaram felizes com o presente.” Ao filho ele ensina a importância de ser sempre humilde e tratar os outros com respeito, e explica que ganhar dinheiro não é fácil, que todos têm as mesmas 24 horas do dia para fazer a diferença na própria vida e na dos outros. Mas sobre profissão ele deixa para o garoto decidir que carreira pretende seguir no futuro, sem interferir nos sonhos e desejos do filho. “Vejo pais obrigando filhos a seguirem a profissão que eles escolheram, não a que os filhos desejam. Eu quero ver o Pedro Henrique feliz, oferecer a ele uma vida boa que eu não tive.” Na sua caixa de engraxate ele guarda alguns produtos importados, geralmente dos Estados Unidos ou da Argentina, que clientes mais sofisticados trazem para ele usar em seus calçados também importados. Há ainda quem traga determinados itens especialmente encomendados pelo Digueta. O interessante é que ele não cobra pelo trabalho. Deixa que o cliente avalie o resultado e pague o que considerar justo. “Eu acho que se eu estipular o valor posso acabar perdendo o cliente se numa outra ocasião ele precisar engraxar os sapatos, mas não tiver o dinheiro todo em mãos. Então ele paga o que tem e em outra oportunidade poderá dar mais”, explica. Rafael recorda que engraxou o sapato de uma pessoa que ele não conhecia. “Ele disse que não tinha dinheiro para pagar naquele dia. Eu respondi que o dinheiro não é tudo, que um dia nos encontraríamos novamente e acertaríamos. Seis meses depois eu recebi dele um terno e um calçado. Descobri que ele era um figurão da Fábrica de Calçados Di Polline, em São Paulo. Isso me marcou bastante, porque o atendi como faço com todos os meus clientes, mesmo sabendo que ele não iria me pagar.”


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Desafios e sonhos Ainda menino o pai o aconselhou a fazer a própria vida, sem depender de outros. “Trabalhar nunca foi difícil para mim, mas o maior desafio foi morar na rua. Eu dormia apenas quatro horas por noite, porque eu cheguei aqui no inverno e não conseguia dormir, preferia caminhar para espantar o frio e o medo. Até hoje não consigo prolongar o sono além das quatro horas por noite.” Digueta ficou 15 anos sem ver os pais. Só voltou quando estava bem. “Chorei bastante, emocionado, porque durante todo esse período não mantivemos contato. Os vizinhos falavam que eu havia morrido, ou estava na droga, ou preso. Mas eu tinha a motivação de mudar a minha vida. Só voltei depois disso.” Porém, o maior sonho do jovem Digueta ele ainda está buscando, que é o de poder sustentar sua mãe e dizer que ela não precisa mais trabalhar. Outro grande desejo do Rafael é voltar a estudar. Ele concluiu o ensino médio, mas pretende cursar faculdade de Direito. “Estou correndo atrás para fazer a diferença novamente, mas tenho consciência de que esses desafios são ainda maiores. Porém, eu acredito que todo mundo pode vencer e que ser feliz depende de cada um. É a gente que deixa a vida boa ou ruim. Eu sou feliz. Tenho saúde, uma esposa maravilhosa e um

filho que é a melhor parte de mim. Ele enche a minha vida de valor. Sou um pai presente, acompanho o seu crescimento, ajudo nos deveres da escola, batemos bola juntos, mas também cobro limites. O maior amigo dele tem que ser eu. E é por ele que pretendo seguir em busca dos meus sonhos”, revela. A esposa, Simone, é parceira de ‘batalha’, ao lado de Rafael. Trabalha com faxina e também tem uma vida corrida. Eles vivem bem, e quando não estão trabalhando gostam de passear em família. O destino preferido é o campo. E mesmo quando não é por lazer, Rafael viaja a convite de conhecidos que o chamam para contar sua história e motivar funcionários de uma determinada empresa, por exemplo. Foi assim que conheceu Brusque, Lages, Rancho Queimado e Torres, entre outras cidades. E quando tem uma folga, entre uma engraxada e outra, Rafael gosta de ler matérias motivacionais, como os livros do Paulo Vieira e Rick Chesther, seus preferidos. Ao analisar sua vida, Rafael revela que o que o inspira a sair de casa diariamente são o filho e a esposa, suas maiores motivações. “Tudo o que eu faço é com amor, porque somente assim eu farei a diferença”, ensina.


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Uma breve história Responsável pelo polimento e limpeza dos calçados, a figura do engraxate surgiu pela primeira vez em 1806, quando um operário poliu as botas de um general francês para demonstrar respeito, e como recompensa recebeu uma moeda de ouro. No Brasil a atividade teve início em São Paulo, em 1877, quando os filhos de imigrantes italianos, crianças de 10 a 14 anos, percorriam as ruas o dia inteiro carregando suas caixas de madeira contendo os apetrechos para polimento dos calçados. Durante a segunda Guerra Mundial a atividade ganhou novo impulso, mas foi apenas no século

19 que se popularizou na Europa, especialmente nas cidades do Reino Unido, e se espalhando pelo restante do mundo em seguida. Na capital catarinense a Praça XV de Novembro era o ponto principal desses profissionais, que tinham cadeiras específicas para exercer o trabalho.



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MUNDO PEQUENO Intercâmbios diversificam as opções de estudo e turismo no exterior


INTERCÂMBIO

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texto MARCOS HEISE fotos ARQUIVO PESSOAL

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rabalhar e estudar no exterior, fazer as duas coisas juntas ou só uma delas? As opções ficaram mais acessíveis com o crescimento do portfólio de empresas que operam no segmento de intercâmbio. Se antes essa possibilidade se restringia a estudantes, hoje existem programas personalizados para estudantes e profissionais de todas as áreas e idades. Existem dezenas de opções para quem quer fazer intercâmbio cultural, seja para estudar um segundo idioma ou para trabalhar e estudar, em qualquer fase da vida. Quem está terminando o ensino médio, por exemplo, pode fazer da viagem das férias um momento enriquecedor, combinando turismo e estudo de idiomas. Os universitários têm a oportunidade de fazer desde cursos profissionalizantes a estágios durante as férias. E mesmo para quem já tem uma profissão consolidada ou está na terceira idade, caminhando para a aposentadoria, há oportunidades disponíveis. O importante é observar o nível de inglês e se inscrever. “As opções são inúmeras e o importante é cada viajante encontrar o programa e o destino adequados, de acordo com seu perfil. Este é o nosso trabalho, assessorar na escolha para que esta experiência seja única e bem sucedida”, ressalta Marisa Naspolini, diretora da Experimento em Florianópolis.

A Paris de Maria Alice Petrelli Paris foi uma opção natural para a intercambista Maria Alice Petrelli, formada em Publicidade e Propaganda, que atua na área da moda, na Santa by Gangan Loyola, loja de roupas localizada no Beiramar Shopping, em Florianópolis. A escolha foi por um programa de idiomas oferecido pela Experimento Intercâmbio Cultural de Florianópolis.

Ela já conhecia a cidade, mas queria viver um período imersivo para aprofundar os conhecimentos da língua e ter uma experiência de autonomia, sem família e amigos por perto. Funcionou. Aprendeu a cozinhar, limpar a casa e lavar a roupa, fez várias amizades novas e buscou aproveitar ao máximo a convivência intensa consigo mesma para amadurecer, além de praticar inglês, espanhol e francês no dia a dia. Maria Alice escolheu um bairro super descolado para morar: alugou um apartamento no Marais, próximo à Place des Vosges, onde teve acesso fácil a galerias de arte, academia, cinema, lojas, supermercado, feira e aulas de yoga, que ela já praticava na ilha. Nos finais de semana, as ruas do entorno são fechadas e ela aproveitou pra caminhar sempre que desse e usou o metrô quando necessário. Uber só para sair à noite. O potencial artístico-cultural da cidade é ressaltado por ela: “aqui tem várias exposições incríveis. Visitei a instalação interativa do Gustav Klimt e amei”, conta. A exposição, que utiliza projeções em paredes, pisos e tetos de pedreiras da região, inaugurou o mais novo centro de arte digital de Paris. Alice deixa a recomendação de uma visita ao Palácio de Versailles para uma imersão na arquitetura, arte e história do país. “Sugiro assistir o filme Maria Antonieta, da Sofia Coppola, antes de ir. Você vai se sentir parte do filme.” A escola frequentada por ela, Eurocentres, fica no bairro Saint Germain, e oferece muitas atividades que a permitem avançar rápido no idioma. “As aulas são muito dinâmicas e em pequenos grupos, com pouquíssimos brasileiros. Também ouvi muita música e assisti a filmes em francês. Avancei quatro níveis. Além disso, os franceses são um pouco fechados e não gostam de que falem em inglês com eles. Por conta disso, arrisquei sempre no idioma local, mesmo com erros, e falava sempre em francês.” Maria Alice está focada em aprofundar ainda mais o conhecimento do idioma francês para poder voltar em outro momento e encarar uma nova formação na sua área de atuação.




AUTOCONHECIMENTO

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EQUILIBRANDO OS ELEMENTOS Os princípios do Ayurveda em busca do autoconhecimento textos ANA CAROLINA ABREU fotos ARQUIVO PESSOAL

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onforme prometido no artigo anterior, vou falar um pouco sobre os doshas e a forma como o Ayurveda estuda e trata do nosso organismo. No Ayurveda, os cinco elementos (éter, ar, fogo, água e terra) são considerados os fundamentos para todas as formas vivas. A forma como estes elementos se manifestam é o que dá origem às nossas diferenças e semelhanças, formando os doshas. Todo ser humano tem uma constituição (prakriti). Nosso corpo é formado por uma infinidade de formas, comportamentos, emoções e aparência. Na natureza acontece o mesmo, e para o Ayurveda, o homem, além de fazer parte, está conectado a ela. Parece complicado? Deixa eu tentar explicar: quando entendemos o que cada dosha significa e do que ele é formado

(ar + água ou fogo + terra etc.), conseguimos entender nossa constituição, nossas principais características e os pontos de desequilíbrio. A forma como os três doshas aparecem e sua proporção é o que nos torna únicos. Todos nós somos constituídos pelos três doshas, sendo um deles o predominante, que rege nossas características, tendências e padrões particulares. A combinação deste dosha principal com um secundário, que se manifesta em menores proporções, define nossa personalidade e funcionamento orgânico. O papel dos doshas está em constante mudança, pois responde às estações do ano, emoções, clima e até onde moramos. Seus hábitos também vão influenciar no equilíbrio dos doshas: a hora que você acorda, o tipo de comida que ingere e suas ações, toda a rotina pode levar ao desequilíbrio dos doshas e iniciar um processo de doença.


A quantidade de vata, pitta e kapha que temos no nosso corpo é o que determina nossa prakriti e, quanto mais conseguirmos equilibrar os três princípios melhor será nosso estado de bem estar físico, mental e social. Vou falar sobre cada um para tentar exemplificar.

Vata É a união dos elementos éter e ar, o princípio do movimento no corpo, na mente e na consciência. É responsável por todo o movimento físico, o que inclui os sistemas de circulação interna e excreção, nossos pensamentos e emoções e até mesmo as alterações de humor e consciência.

Pitta É a união dos elementos fogo e água, o princípio da digestão e da transformação. É responsável pela digestão dos alimentos no estômago e no trato gastrointestinal, das células e também pela “digestão” de nossos pensamentos e emoções. Pensamentos bem digeridos levam ao conhecimento intelectual, emoções bem digeridas levam à consciência intuitiva e ao autoconhecimento.

Kapha É a união dos elementos terra e água, o princípio da lubrificação e da estruturação. Para que haja movimento e digestão é preciso que o organismo esteja perfeitamente lubrificado. Kapha é responsável pela inteligência celular, por garantir que o corpo funcione diante da constante modificação, resultante tanto da percepção interna quanto de estímulos externos.

A presença de vata, pitta e kapha é que garante nossa existência física. Sem vata, por exemplo, não existiria o movimento, e não seria possível o sangue circular pelo corpo. Sem pitta não haveria digestão e temperatura no nosso corpo. E sem kapha não haveria lubrificação, não teríamos salivação, e nossos braços, pernas e corpos não se moveriam E o que isso tudo quer dizer? A base do Ayurveda é o autoconhecimento, entender nosso corpo e a forma como ele se relaciona com o local em que vivemos faz toda diferença na prevenção de doenças e na melhora da qualidade de vida. A maioria das doenças são um resultado de uma alimentação inadequada, sono ruim, exercício físico ineficaz e estilo de vida impróprio. Para o Ayurveda, a digestão é o fator principal para equilibrar nosso sistema, portanto os alimentos que consumimos, a forma como o preparamos e até as combinações entre eles são determinantes neste processo. Se houver qualquer desarmonia ou mudança no estado natural, a ponto do equilíbrio dos doshas se alterar, haverá um desequilíbrio, que pode ser físico como um simples resfriado até uma doença autoimune ou câncer. Também pode se manifestar como uma doença neurológica como transtornos de ansiedade ou depressão grave. Claro que não e tão simples descobrir qual o nosso dosha, existem médicos especializados na Índia e por aqui encontramos terapeutas ayurvedas. Na Índia uma das formas de se avaliar é através da leitura do pulso. Hoje encontramos vários testes online, mas nem todos são confiáveis e muitas vezes não nos observamos o suficiente para definir. No consultório aplico um questionário e também avalio através de sinais e sintomas. Mas você não precisa ficar frustrado quanto à isso, pois mais importante que tentar entender qual seu dosha (prakriti) é entender quais seus desequilíbrios (vikriti). No próximo artigo vou falar mais das características de cada dosha e dos alimentos e combinações que podem ajudar. ANA CAROLINA ABREU, CRN 1453, é graduada em nutrição pela UFSC e pós-graduada em nutrição clínica funcional pela CVPE/Unisul. Pós-graduanda em Nutrição Funcional Esportiva, pós-graduanda em Fitoterapia e membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional. Koerich Beiramar Office. Av. Mauro Ramos, 1970 – Sala 201 – Centro – Florianópolis. 1 (48) 3371-0711/ 9155-0711 0 anacarolinaabreu@clinicanut.com.br C @anabreu11

AUTOCONHECIMENTO

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NUTRIÇÃO

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ARDE MAS É BOM O uso terapêutico e “recreativo” das pimentas textos ANA CAROLINA ABREU fotos BANCO DE IMAGENS/RM

Pimentas vermelhas

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As pimentas vermelhas são os frutos de diversas espécies do gênero Capsicum. Se incluem neste gênero o pimentão, a pimenta vermelha, dedo de moça, malagueta, cayena, jalapeño e diversas outras usadas há séculos nas Américas e disseminadas desde o século 16 para o resto do mundo. A capsaicina, que é o ingrediente ativo, atua como estimulante do fluxo sanguíneo e como um tônico geral, sendo indutor da produção de serotonina e dopamina, atuando como analgésico e anti-inflamatório natural e com ação bactericida muito eficaz, além de antioxidante. Também tem ação direta no sistema nervoso, atuando na liberação das catecolaminas (noradrenalina e adrenalina), o que pode contribuir positivamente no ânimo. Pode auxiliar na redução do apetite e na necessidade de calorias, proteínas e gorduras nas refeições seguintes, efeito que pude comprovar na minha estada na Índia.

imenta é o nome genérico que damos a algumas plantas de uso culinário e terapêutico e que se destacam pelo aroma, sabor e principalmente picância. As pimentas são consumidas há séculos por muitas culturas e, apesar das razões científicas que justificam seu uso, como a conservação dos alimentos, melhor digestibilidade e função anti-inflamatória, não se sabe se o gosto por pratos com pimenta começou por causa dos seus benefícios ou vice-versa. Pimenta não é tudo igual e nem vem da mesma espécie. Sendo assim, os efeitos no organismo também são diferenciados. Sabe aquela história que pimenta faz mal pra gastrite? Depende. Pimenta preta é pró-inflamatória e a vermelha é anti-inflamatória. A ardência das pimentas diversas depende do seu conteúdo em piperina, presente na pimentas pretas, e capsaicina, presente nas pimentas vermelhas.


Pimentas pretas Piper nigrum é o nome da árvore que produz as pimentas pretas, verdes e brancas, originária do sul da Índia, onde é usada medicinalmente pelos adeptos da Ayurveda há 5 mil anos, para reduzir os doshas Vata e Kapha e aumentar o Pitta (aqui falando de forma bem genérica). A pimenteira é da família botânica das Piperaceae, planta de áreas tropicais cujas sementes são ricas em um alcaloide, chamado piperina. A piperina é estudada pela sua capacidade em aumentar a biodisponibilidade de alguns nutrientes e compostos fitoquímicos. Uma das associações mais comuns que vemos hoje em dia é da piperina com a cúrcuma, tanto em suplementos como receitas. Outros nutrientes como a vitamina A, C, B6, selênio e CoQ10 também são beneficiados nesta associação.

Graus de ardência As pimentas vermelhas têm ardência característica que predomina em suas sementes, local onde mais se concentra a capsicina, que vão do grau 1 (suave e saborosa) ao 10 (fogo puro). A pimenta-biquinho é a mais suave que nós temos. No mesmo nível de ardência se considera a cayena. A jalapeño, originária do México, é muito aromática e tem ardência média. A dedo-de-moça é considerada suave e aromática. A cambuci é doce e aromática e a pimentade-cheiro, pungente. Cada tipo de pimenta está adequado ao povo que a usa. Nós brasileiros, usamos pimentas suaves. Algumas variedades criadas têm ardência 10 como a tabasco e a malagueta.

PIMENTA PRETA Frutos maduros da pimenta têm cor vermelho escuro – colhidas e processadas (ebulição e secagem ao sol) os tornam pretos, com forte aroma e muito picantes. PIMENTA VERDE São os frutos verdes da pimenteira, a pimenta verde fresca é muito rara, tem um sabor especial, picante, fresco e frutado. Normalmente se encontra em salmoura, que suaviza sua ardência mantendo o aroma. PIMENTA-BRANCA É o fruto maduro da pimenteira descascado. O que resta é a semente que, depois de seca, é usada como condimento da mesma maneira que a pimenta-preta. Mantém o aroma e a ardência características da espécie. PIMENTA-ROSA Este é o fruto da aroeira, Schinus terebinthifolius, de origem brasileira, cujos frutos, bagas vermelhas, se usam como condimento, após serem secos e moídos. Tem sabor suave e é bastante aromática, trazendo frescura e certo dulçor aos pratos. É vastamente usada na culinária oriental tradicional. Esta semente é rica em resinas e taninos. Seu óleo essencial tem ação medicinal muito interessante.

NUTRIÇÃO

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COMER & BEBER

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MENOS É MAIS Simplicidade no preparo mantém sabor dos ingredientes textos MARCOS HEISE fotos MARCOS HEISE e BANCO DE IMAGEM/RM

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a cozinha temos uma série de regras para a preparação dos alimentos. A transformação em geral acontece através do calor, nas mais diversas formas. Pessoalmente, tenho buscado cada vez mais a simplicidade nas preparações, com o objetivo de extrair o melhor sabor de cada alimento, portanto nada de usar muitos temperos e muita mistura de ingredientes. Por exemplo: peguei uma receita centenária de panqueca da minha avó, que veio para Santa Catarina com meu avô, ambos fugidos da Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial. Essa panqueca levava batata, aipim, farinha, ovos e água. Ela preparava o prato e comia com peras cozidas em calda. Desconstruí a receita, que hoje se resume a um único ingrediente, o aipim. Sou frontalmente contra o uso do bouquet garni, técnica francesa de alcance mundial que junta num mesmo ramo

uma série de ervas, usadas para temperar e dar aroma a diversos pratos. Além de sal e pimenta utilizo apenas um tempero verde por cada preparação, variando entre salsinha, sálvia, tomilho, alecrim, louro, orégano, manjerona ou manjericão. Cada um tem seu protagonismo e misturá-los produz, na minha modesta opinião, uma grande confusão de sabores. Além disso, tenho restrição total ao que chamo de “4C´s”: cominho, coentro, cravo e canela. Para mim, são predominantes demais e jamais os utilizo. Dito isso, vamos falar sobre dois preparos simples de acompanhamentos versáteis e muito saborosos: a cebola caramelizada e a cenoura no formato de fetuccine. Na cebola ainda utilizo um pouco de sal, mas na cenoura nem isso. Fica o sabor autêntico do ingrediente. Vale lembrar que ambos têm teores de açúcar muito parecidos e é esse açúcar natural que formará o caramelo da cebola e dará sabor adocicado e rico à cenoura. A título de curiosidade: a cebola tem mais açúcar que a batata doce (4,24 contra 4,18 gramas de açúcar por 100 gramas. A cenoura tem ainda mais açúcar: 4,74 gramas de açúcar por 100 gramas do vegetal.


COMER & BEBER

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Cebola

Cenoura

Deve ser cortada em cubinhos ou em fatias. Nada de aditivos como açúcar ou molho shoyu. Uma panela de ferro é muito importante. Faça a cebola na quantidade desejada mexendo sempre. Após começar a mudar de cor, acrescente sal a gosto. A cebola irá se desidratar e o caramelo surgirá mais rápido. Não esqueça de mexer sempre. Se quiser, pode usar um pouco de azeite de oliva. A cebola pode ser usada no sanduíche, junto com hambúrguer, na torradinha, sobre uma massa, com arroz ou acompanhando carnes. Também fica excelente misturada à farofa no churrasco.

Para preparar esta cenoura só precisa de um fatiador de legumes. Escolha cenouras longas. Retire a casca e continue fatiando a cenoura no formato de um fio rústico de macarrão no sentido do comprimento. Vá fazendo esta operação ao redor até ela ficar um fiapo. Depois é só refogar em uma frigideira antiaderente com um pouco de azeite e pimenta moída na hora por cima. De leve. Ela encolhe bastante então faça uma quantidade que pode parecer exagerada, mas que depois será suficiente. Uma cenoura por pessoa dá e sobra. A cenoura vai ficar no formato de um fetuccine e al dente, ideal para acompanhamentos de carnes, peixes ou aves. Também fica muito boa misturada à farofa.

MARCOS HEISE é jornalista e cozinheiro. Nos finais de semana faz atendimentos gastronômicos em espaços gourmet de condomínios, salões de festas e residências. Sua comida segue a linha autoral e artesanal. 0 heise@unetvale.com.br


SAÚDE BUCAL

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Os cuidados para evitar problemas na gengiva

texto LAURA SACCHETTI (CRO-SC 12391) fotos DIVULGAÇÃO

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Brasil é o país com maior número de dentistas no mundo, mas nem de longe o país com menor índice de desdentados. Um problema muito comum encontrada no dia a dia do consultório é a doença periodontal, que se não for tratada pode levar à perda dos dentes. O sangramento gengival, a conhecida gengivite, acontece quando a placa bacteriana e o tártaro se acumulam ao redor do dente, podendo causar bolsas periodontais e afetando os ligamentos e o osso que suportam o dente. Porém a gengivite é mais simples de resolver, pois é uma inflamação na gengiva que se resolve com limpeza realizada pelo dentista e bons hábitos de higiene, como escovar os dentes, passar o fio dental e enxaguatórios bucais. Mas se não for tratada a gengivite pode ser o primeiro estágio de uma periodontite. A doença periodontal é caracterizada por uma infecção de bactérias atingindo a gengiva e posteriormente o osso ao redor do dente, causando alguns sintomas como sangramento gengival, mau hálito persistente, dentes amolecidos, pus envolvendo dentes e gengiva e dores ao mastigar. Apesar de ser um estágio mais avançado, ainda é possível tratar a doença, com controles periódicos, fazendo raspagens para remoção de tártaro e alisamento radicular, além de outras técnicas que o cirurgião dentista julgar melhor para cada caso, assim como uso de medicamentos orais e orientações de higiene bucal. A periodontite é uma doença silenciosa, por isso é importante consultar o dentista ao menos duas vezes ao ano.

LAURA SACCHETTI ( 4LIFE ODONTOLOGIA) Ed. Planel Towers, 2o andar, sala 204. Torre I. Av. Rio Branco, 404 – Centro – Florianópolis/SC 1 (48) 3030-1440 / 99130-2077 0 laurasacchetti.implante@gmail.com



SAÚDE

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Aberta a temporada de tratamentos com laser

OUTONO, TEMPO DE CUIDAR DA PELE texto DR.A MARIANA TREMEL BARBATO (CRM/SC: 10877 / RQE: 6741) fotos BANCO DE IMAGENS/RM

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uso das tecnologias é fundamental para muitos tratamentos dermatológicos, mas nem todas podem ser utilizadas no verão, já que a luz pode sensibilizar a pele e deixá-la vulnerável ao surgimento de manchas. Portanto, essa época do ano, após o verão, é a mais segura para realizar alguns procedimentos que têm o laser como aliado. O termo laser corresponde à sigla inglesa para Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation. Na dermatologia, esta forma de energia atinge determinado “alvo” na pele, promovendo modificações. Através da emissão de luz é possível tratar e melhorar a pele nos seguintes aspectos: • Manchas: Sardas em áreas expostas ao sol (mãos, antebraços, face e colo) que podem ser tratadas com luz, como o melasma, que são manchas escuras, geralmente relacionadas a fatores genéticos, hormonais e exposição solar, pode ser tratado com laser específico, mas se utilizado o aparelho incorreto pode até piorar o problema. Algumas sessões com o laser Nd Yag Q Swiched, clareiam a pele, reduzem os poros e melhoram a textura, sem deixar casquinhas. • Pelos: Embora os pelos escuros e grossos sejam os que melhor respondam ao tratamento, atualmente a grande variedade de tecnologias disponíveis permite o uso em todos os tipos de pelo (exceto os brancos), e em todos os tipos de pele (inclusive negra). Agora existe o laser robótico para pelo que é ainda mais preciso e eficiente e não deixa nenhum pelo de fora. • Lesões vasculares: “Vasinhos” na face, as telangectasias respondem muito bem à aplicação de laser. Lesões maiores como os hemangiomas também podem ser tratadas com estas tecnologias.

• Rejuvenescimento: Lasers ablativos (laser fracionado de Erbium e de CO2, por exemplo) e não ablativos, melhoram rugas e flacidez da pele da face, pescoço, colo, braços, mãos e pernas. Pacientes que fazem esse tratamento, devem evitar exposição solar por alguns dias, já que a pele fica sensível e pode pigmentar. O microagulhamento com radiofrequência também pode ser associado ou não a outros tipos de laser e tem um resultado fantástico na melhora de linhas finas (rugas). • Cicatrizes e estrias: Cicatrizes de acne, cicatrizes pós cirúrgicas e queloides podem ser amenizados com laser. Podese também associar a técnica de drug delivery, em que após o procedimento aplicam-se medicamentos para acelerar a melhora. Estrias vermelhas (recentes) e brancas (antigas) podem ser melhoradas com o uso dos lasers, principalmente os fracionados ablativos e não ablativos. • Rosácea: A luz intensa pulsada é a emissão de pulsos de luz de uma fonte comum (lâmpadas). Na área tratada ocorre um dano térmico controlado, que ao mesmo tempo trata vasos, manchas e estimula colágeno. Quando vamos nos submeter ao tratamento com determinado aparelho, é muito importante buscar técnicas cientificamente comprovadas, exigir aparelhos aprovados pela Anvisa e devidamente calibrados, além de checar a capacitação do profissional responsável e ter supervisão médica, inclusive para tratar possíveis complicações que porventura surgirem. Para se submeter aos tratamentos mencionados, o paciente deve passar por uma avaliação dermatológica, para diagnóstico do tipo de pele e indicação da melhor opção terapêutica. MARIANA TREMEL BARBATO Rua Ferreira Lima, 238, 6.o andar, Florianópolis 1 (48) 3223-6891 e 9933-7000 0 contato@marianabarbato.com.br


ABERTO DE TERÇA A SÁBADO.

Avenida dos Búzios . 1136 . Jurerê Internacional . Florianópolis . SC 48 3364.5997 . jaybistro@hotmail.com . www.jaybistro.com.br


PUBLIEDITORIAL

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PUBLIEDITORIAL

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Twit e Proquality se aliam na Beyond Fitness Club fotos MARCO CEZAR

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emos o prazer em anunciar que nós, Twit e a Proquality assinamos um acordo para unir nossas academias sob um novo nome e perspectiva: Beyond Fitness Club. Nas próximas semanas, compartilharemos com vocês tudo sobre como todos podem se beneficiar desta fusão. Continuamos totalmente comprometidos em trazer as melhores experiências de fitness e saúde integral para todos e também em responder às necessidades e anseios com o melhor serviço e inovação da categoria. A Beyond Fitness Club irá reunir duas das equipes de gerenciamento mais experientes do setor de saúde e bem-estar de Florianópolis, atendendo cerca de 2.000 clientes. Estamos virando a página e começando um excitante novo capítulo para a Proquality e Twit. Ao longo dos anos, ambas as marcas se estabeleceram como nomes pioneiros e confiáveis

no setor de academias, liderando seus mercados e oferecendo excelência e qualidade para seus membros. A força dessa união nos permitirá operar em maior escala, alcance e eficiência para ampliar a experiência de nossos clientes através de treinamentos e aprimoramentos contínuos de nossas equipes, serviços e produtos. Essa fusão cria uma oportunidade única para aproveitar o sucesso de ambas as marcas e estamos confiantes que iremos energizar ainda mais o mercado fitness de Florianópolis com a expertise e experiência coletiva que temos, agora com uma equipe unificada. Para quem nos ajudou a construir essa caminhada até aqui na Twit e na Proquality, nosso muito obrigado. Será um prazer compartilhar desse momento histórico com vocês. Para quem ainda não nos conhece, será um prazer recebê-lo em nosso novo espaço. Até lá! Rafaela Tabalipa e Rafael Brito


FISIOTERAPIA

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PREVENÇÃO Fisioterapia pélvica no pré-operatório de prostatectomia

textos ROBERTA RUIZ foto MARCO CEZAR

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rostatectomia é a cirurgia indicada para tratar o paciente com câncer de próstata localizado, ou seja, contido dentro da próstata. Nesta cirurgia toda a próstata e alguns tecidos em volta são retirados. Mais de 70% dos pacientes tratados exclusivamente pela cirurgia não sofrem mais com a doença. Com o avanço da medicina diagnóstica, cada vez mais pacientes estão recebendo este diagnóstico e realizando a cirurgia. Dependendo da lesão, da técnica cirúrgica escolhida, da condição de saúde e idade, pacientes submetidos a este procedimento podem ficar com uma incontinência urinária transitória ou permanente e ter alterações na ereção. Nesses casos, a fisioterapia no pré-operatório pode ajudar. Normalmente estes pacientes chegam para a fisioterapia após terem passado pela cirurgia, quando já estão há um tempo sofrendo com a incontinência. O ideal é começar o tratamento antes da cirurgia, quando ainda é possível preparar este paciente e seus músculos do assoalho pélvico (MAP), para o processo cirúrgico, tornando esta musculatura consciente, forte e resistente. Além do preparo físico propriamente dito, o paciente aprende o processo

envolvido no tratamento e quando chegar no pós-cirúrgico, quando as alterações estão instaladas, ele já vivenciou aquele tratamento e a adaptação e os resultados são significativamente maiores. Muitos estudos comprovam a importância de trabalhar a musculatura do assoalho pélvico nos pacientes prostatectomizados e a eficácia da fisioterapia pélvica na diminuição do período desta incontinência e disfunção erétil.

ROBERTA RUIZ Fisioterapeuta – Crefito 38.482 Pós-graduada pela USP em Fisioterapia Respiratória Instrutora de Pilates pela Physio Pilates Polestar (USA) Pós-graduada em Fisioterapia Pélvica – Uroginecológica Funcional (Inspirar) Formação em RPG e Terapias ManuaisMaitland (AUS) Formação em podoposturologia (palmilhas posturais). Proprietária do Espaço Integrata – www.integratafisio.com.br Integrata Pilates e Fisioterapia pélvica F Rua Gravata, 75 – Campeche – Florianópolis/SC C @integratafisio 1 (48) 99140-1810 0 roruizfisio@gmail.com





OCULTO

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SEM LIMITES Haikkais e o alto estrelato do rap

fotos CAIO GRAÇA

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lá, família Oculto! Três das melhores bandas do cenário do rap nacional, Cacife Clandestino, Haikkais e Costa Gold estiveram nesse verão no Festival Monopólio, produzido pelo grupo ALL, na Stage Music Park, em Jurerê Internacional. Convidado pelo Doreni Caramori, tive a honra de comandar os toca-discos durante parte dessa noite tão especial. Nessa matéria vou falar sobre a trajetória da Haikkais, porque Costa Gold e Cacife Clandestino já foram tema de artigos recentes aqui mesmo na Mural. Há 13 anos juntos, os integrantes Spvic, Spinardi, Qualy e DJ Sleep tem motivos de sobra para comemorar: com cinco álbuns lançados desde 2010, todos independentes, pela Esseponto. Records, os Haikaiss são um dos maiores coletivos de rap do país. Agora, preparam sua turnê europeia, que começa dia 5 de abril em Lisboa e tem shows marcados em Londres, Dublin e Barcelona. Com passagens por palcos como o Lollapalloza e Planeta Atlântida, os Haikaiss são um fenômeno gigante, com mais de 2 milhões de inscritos no Youtube e mais de 100 milhões de views no tema “Rap Lorde”, do último álbum, “Teto Baixo”. A canção também integra a trilha sonora do game “Need for Speed Payback”. Tudo isso fez com que o cachê da banda atingisse um nível estratosférico, muito acima da média de shows nacionais. O alto valor e as exigências absurdas de camarim, hospedagem, regalias e número de pessoas da equipe faz com que seja cada vez mais difícil para nós do Oculto trazer os músicos para nossas festas em texto LEO COMIN Florianópolis. Mas seguimos na luta.



MURAL DA MURAL

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MAIS UMA

TURMA DA ALESSANDRA AMBRÓSIO

Mural 77 é lançada com festa na Praia Brava fotos MARCO CEZAR

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festa de lançamento da edição 77 da Revista Mural abriu a temporada do verão de 2019 no Le BarBaron, num belo sunset na beira do mar da Praia Brava. Estampando a empresária Francine Mendes na capa, nossa publicação foi folheada pelo seleto time que lotou o reduto. A top model Alessandra Ambrósio estava entre a animada turma que se divertiu e dançou, embalada pelos dj’s Pinho Menezes, Du Oliveira e Fernanda Riffel.

MAIARA, CAROLINE E CLÁUDIA CESARI

ANA AGUIAR

JANINE FRANCALACCI

BERNARDO BAHIA E MARINA BLASI

CARLA BRASCHER E HENRIQUE BLASI

CRISTINA MEDEIROS E CARLA MEDEIROS

DAN E GABRIELA

CESAR ABREU E MARIA DO ROCIO

MARIA MENEZES E LOUIS GALANT

ANA LETÍCIA BLASI E EDUARDO

FERNANDA GONÇALVES

MARINA VON WANGENHEIM


DIEGO, RONALDO, APOLO, EVERTON, JOÃO PAULO E GABRIEL

STEFANIA NASCIMENTO E DIEGO ARAGÃO

MURAL DA MURAL

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MARIA EUGENIA, ORLANDO E PEDRO

JULIANA, MIGUEL, WILLIAN, RAFAEL, GUSTAVO E ANA LAURA

LAURA SACCHETTI

SARAH OLIVO

TCHELLO BRANDÃO

VINÍCIUS DELTROPIO E ROBERTA KUMM

FLÁVIO PINA E AMANDA SAIURI

TURMA DA FABRÍCIA LOBO

MARIA EUGENIA FERNANDES

LUCIANO FAUSTINO

LARISSA PERUCHI

DAVI, LEONARDO, MATEUS E VITOR

PEDRO HENRIQUE FERNADES E MARTINA RAMOS

EDGAR

VALENTINA BECKER

TURMA DA FRANCINE MENDES SOUZA

JULIANA ROBERTA DIPIETRO FERREIRA

FERNANDA RIFFEL E JU OLIVEIRA

ROSANA FERNANDES

RICARDO, GUILHERME, JOÃO E MATEUS


MURAL POSH CLUB

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PISTA ESTRELADA

DANIEL ALVES

CAMILA URRUTIA E GUSTAVO GUTIERREZ

Posh segue reunindo os ultravips DANIELE ARRUDA, ANDREA BICONDOA, SANDRA BRONZINA E LILI AMARAL

fotos ANGELO SANTOS

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m sua 12a temporada, a Posh Club já apresentou diversas atrações nacionais e internacionais. Além das já tradicionais festas de Carnaval, que contaram com a Umbrella Party e o Baile de Máscaras, os dj’s Fat Boy Slim, Sam Feldt, Jack-E e Cathy Guetta, animaram o seleto público. Conhecida por realizar festas itinerantes em clubs da Europa e Miami, nessa temporada a casa aterrissou pela primeira vez no Rio de Janeiro, onde assinou a Label Golden Forest, em uma festa exclusiva no Belmond Copacabana Palace, na semana do desfile das escolas campeãs do Carnaval carioca.

OS SÓCIOS

ATENA SCHIMAINSKI

EDUARDO SCHEER E ALINE AGOSTINELLI

AMANDA CARDOSO

HELOÍSA BERALDO

VICKY SCHAUFFERT E ANTÔNIO DE FREITAS

FAT BOY SLIM

CAMILLA PAVAN, MARCO ANTÔNIO MEDEIROS E MONIQUE KOERICH

LADA KRAV

GABRIELA SCHMITT LOSEKANN

REYNALDO GIANECCHINI

MARIA EUGÊNICA AMARAL E ANA FLÁVIA GLAVAN



MURAL P12

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VERÃO NO P12

ALICE MATOS

ARIELLA RIVA

JORGE, DANI SOUZA, MATEUS E BRUNO SOUZA

Parador de Jurerê é palco de grandes shows

MATHEUS MAZZAFERA E ALESSANDRA AMBROSIO

BIANCA OLIVO

fotos ADRIEL DOUGLAS

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randes festas e shows marcaram o Hot Summer 2019 no P12, em Jurerê Internacional. Foram mais de 30 eventos, onde 250 mil pessoas passaram pelo parador de praia mais famoso do Brasil. Nomes como Claudia Leitte, Jorge & Mateus, Wesley Safadão, Marília Mendonça, Jota Quest, Anitta, além dos dj’s Vintage Culture, Kolombo e Alok fizeram parte da programação do verão que encerrou no Carnaval, com quatro dias e uma noite de festas, com show dos cantores Thiaguinho, Livinho, Jorge Ben Jor – esse sendo apontado como o melhor do verão, além da festa Só Track Boa e do top dj internacional Snake.

RITA CRUZ LIMA E MARCELO DIAS

JOANA E JÚLIA FREIBERGER

GABRIEL MEDINA

MARYEVA OLIVEIRA

AMANDA CARDOSO

ARÍCIA SILVA

KÁTIA VOLKLAND

MALU CARIONI

LARISSA MACHADO

MARIANA BATHKE



JOVENS PROMESSAS MURAL NOMA JURERÊ

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JAPONÊS DE LUXO

BRUNA TISCOSKI

GABRIELLA VANTI E BÁRBARA HECK

ESTHER E BRUNA MARQUES

JAMILE CAROLINE

TURMA DA TABATA

Noma surpreende com muito mais que boa comida fotos LARISSA TRENTINI

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Noma Jurerê, na badalada praia de Jurerê Internacional, oferece alta gastronomia japonesa em um ambiente com clima descolado. A ideia é surpreender os paladares e olhares para que a experiência dos clientes seja muito mais do que apenas uma refeição. A casa, que ocupa uma privilegiada esquina na movimentada Avenida dos Búzios, possui um deck charmoso que oferece um cenário externo ímpar e é palco de esquentas agitados para as principais baladas do balneário. Além de jet setters, o Noma recebe frequentemente figuras famosas, como a atriz Isis Valverde, o jogador de futebol Daniel Alves e o apresentador Bruno de Luca.

THIAGO MANSUR E GABRIELA DELLAVEDOVA

GIO RAUPP

BIANCA AGUIAR E MARIA EDUARDA AMARAL

DANIEL ALVES

ANDRÉ RESENDE E ISIS VALVERDE

LUISA MARQUES E LAURA AZEVEDO

MARIA EUGENIA AMARAL

SCARLETT DREW

CARLA FERNANDA

ANA NOCETTI E CAROL ANDRADE

NATÁLIA E RODRIGO GREGO

VALENTINA GUGLIELMI



JOVENS PROMESSAS MURAL PARGUS SEASIDE

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A GRÉCIA É AQUI

ALEXIA VASCONCELLOS

CYNTHIA BOLZAN

ALINE MARQUEZ

MARIA ALICE PETRELLI E LUIGI CARDOSO

ALINE AGOSTINELLI, SOFIA SCHEER, CAMILA FRAGA E MARI PELEGRINI

Restaurante Pargus inaugura em Santo Antônio de Lisboa fotos ANGELO SANTOS

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Pargus Seaside, primeira casa de Florianópolis que traz um pedaço da Grécia à capital catarinense, abriu suas portas nesta temporada de verão. A decoração foge do conceito tradicional, apostando e ousando na contemporaneidade. Os tons neutros e terrosos e o bambu compõem o ambiente. O restaurante, localizado na beira-mar da charmosa Santo Antônio de Lisboa, oferece a tradição da gastronomia grega, carregada de frutos do mar e acompanhada do clássico azeite. Marcante, o Pargus oferece ingredientes frescos e alimentação saudável com baixo teor de gordura. Como pede o mágico ritual grego, a casa também conta com programação musical inusitada e ferve ao fim do dia.

JOÃO LUMMERTZ E BELA SONCINI

NATHALIA DAQUINO E LUIZA BUSATO

MANU GUGLIELMI

GIULIA LIBRIZZI

BETA PASSONI

BIANCA AGUIAR

CECÍLIA BOABAID

BERNARDO AMORIM, ADIBE MARQUES E IVO PIRES

BEL MOREIRA

NADINE MARQUES

LAURA AZEVEDO

SARA PHILIP E MAX MAZZAFERA

BÁRBARA HECK



JOVENS PROMESSAS MURAL ACQUA PLAGE

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MUNDO LÍQUIDO

LAIS YAMANAKA E ALEXIA NOVGORODCEV

JÚLIA PALMA E LUISA FISCHER

LILIA AMARAL

STEPHANY NAU

DAY HOFFMANN, CINTHIA HEINZEN E BRUNA REIS

Acqua Plage ferve com lives na beira do mar fotos LARISSA TRENTINI

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ocalizado no primeiro posto de praia, do lado direito de Jurerê Internacional, o Acqua Plage, um dos mais charmosos beach clubs de Florianópolis viveu sua terceira temporada em grande estilo. Com atrações nacionais e internacionais, e apresentações live aos finais de semana, recebeu o duo Elekfantz, a dinamarquesa Ashibah, os cantores Luccas Carlos e Vitão, a dupla Chemical Surf, o dj francês Tony Alones, o paulistano Diefentaler, Bruno Be, e outros mais.

VALENTINA GUGLIELMI LUMMERTZ E NATÁLIA GUGLIELMI LUMMERTZ

LUANA GAMBA

MONIQUE ALBUQUERQUE

VICTORIA KOMOROWSKI

DEISE CASTANHA

THAÍS COLECHA

THIAGO MATHIAS

FERNANDA HEIDERSCHEIDT

FRAN PUCHIVAILE

FRANCIELLY OURIQUES

ISABELA ROSA

NICOLLE MATTOS



MURAL KAI

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O MAR TÁ PRA PEIXES Aniversário sêxtuplo no Kai da Lagoa fotos CARLOS ALBERTO ALVES e DAVID COLAÇO

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ovo reduto da Lagoa da Conceição, o Kai abriu suas portas para comemorar o aniversário de seis piscianos: Mônica Gulin, Paula Beck, Cristina Bristot, Luana Campos, Fernando Rigobello, e Tchello Brandão. Em dia lindo com pôr do sol dourado, o dj Walmir Head e Di Moura e banda deram o ritmo da festa, tocando na prainha do Kai, ao bom e saudoso estilo MTV Acústico, embalando os convidados que lotaram a casa. Após o parabéns coletivo, quando os piscianos apagaram as velinhas no bolo em formato de sereia feito especialmente por Tia Marlene, o som subiu e festa pegou fogo.








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