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Arabella e Lorraine Medeiros

Peninha, discĂ­pulo de cascaes narbal, o chef pescador a magia do grafite por Olavo Moraes

AS MELHORES FESTAS DA ILHA

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editorial

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Que venha o verão Floripa é sempre linda, mas vive um momento especial quando chega a estação mais quente do ano. Dá aquela vontade de ficar mais tempo ao ar livre, curtindo com os amigos e aproveitando o que a cidade tem de melhor. A fauna humana também se diversifica, com a chegada de turistas do mundo inteiro, que vêm aproveitar por alguns dias as coisas boas que temos durante todo o ano. Nesse pique de calor e festa, a MURAL chega cheia de novidades, a começar pela capa com as belas galegas Lorraine e Arabella Medeiros, irmãs que se uniram, cada uma no seu quadrado, para concretizarem o sonho da loja própria. Fotografadas numa tarde de muito sol no P12, a dupla vestiu as roupas que estão na vitrine da multimarcas Lôme Store, que já virou mania entre as mais belas da ilha. Cheio de fôlego, nosso repórter Olavo Moraes foi atrás de três dos grafiteiros mais relevantes da cidade, Driin, Danka e Barnero, que nos fazem refletir e embelezam vários muros e edifícios de Floripa. Olavo também foi à Enseada de Brito para entrevistar o historiador, museólogo e folclorista Gelci Coelho, o Peninha, que se define como “animador cultural” e foi durante muitos anos discípulo de Franklin Cascaes. Espécie de embaixador da cultura açoriana, Peninha fala sobre a vida tranquila na Enseada de Brito e a convivência com o mestre Cascaes.

foto olavo moraes

O chef e pescador Narbal Corrêa é mais um personagem ilhéu que dá o ar da graça nesta edição. Feliz com a inauguração do Rita Maria, seu novo restaurante, Narbal levou a equipe da MURAL para a pescaria, entre apetitosos ouriços, garoupas e mexilhões que ele mesmo pesca para servir aos seus clientes. Conferimos o lançamento do livro “Guga, um brasileiro”, autobiografia que conta a trajetória de luta e sucesso de Gustavo Kuerten e entrou rapidinho para a lista dos mais vendidos no Brasil. Ele merece. A MURAL foi a São Paulo para conferir o vai e vem de famosos no evento de inauguração da Vento Haragano, requintada churrascaria que acaba de abrir uma filial no charmoso bairro do Morumbi. Além disso tudo, muita gente bonita nas dezenas de páginas com a cobertura das festas mais concorridas nos melhores lugares da cidade: Donna Dinning Club, Red, Cash, P12, Cafe de La Musique, Sete, Fields, Music Park e Costão Golf. Entre e fique à vontade, que o verão tá só começando. Um beijo e um abraço,


Aberto de terça a sábado.

Avenida dos Búzios . 1136 . Jurerê Internacional . Florianópolis . SC 48 3364.5997 . jaybistro@hotmail.com . www.jaybistro.com.br


índice

8 DIREÇÃO MARCO CEZAR marcocezar@marcocezar.com.br

arte urbana magia do grafite

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entrevista Animador cultural

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personagem SABOR DE MAR

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mural rita maria Rita maria

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radicais Hoverboard e Flyboard

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na cabeceira HISTÓRIA COMPARTILHADA

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beleza À FLOR DA PELE

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nutrição HORA DO CHÁ

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hora da feira A ESTRELA DO DETOX o aspargo, esse desconhecido

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comer & beber SUA MAJESTADE, O CAMARÃO

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oculto CULTO AO OCULTO

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EDITOR CHEFE MARCO CEZAR EDITOR assistente CAIO CEZAR JORNALISTA RESPONSÁVEL marcos heise (MTb-SC 0932 JP) PLANEJAMENTO GRÁFICO ayrton cruz COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Ana Carolina Abreu Andre Freyesleben Angelo Santos darline santos DaviD Collaço Eduardo Valente Elizandro Gonçalves Evandro RossI fátima damaceno Katlyn tezzari laura sacchetti Leo Comin MARCO DUTRA Marcos Heise MarcuS quint mariana Barbatto ricardo prates Olavo Moraes Tchello Brandão COMERCIAL 48 3025-1551 marcocezar@marcocezar.com.br www.marcocezar.com.br www.revistamural.com.br impressão Maxigráfica | Curitiba/PR


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floripa é show O melhor do verão 2014

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mural sete Night Club SETE NIGHT CLUB

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mural RED DINNING SABOR E REQUINTE

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mural p12 p12

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mural donna Dining Club o melhor esquenta

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mural cash DIVERSÃO DE LUXO

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mural Cafe de La Musique PRIMEIRO TIME

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mural vento haragano DE PRIMEIRA

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mural fields em casa

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mural music park Fim de Semana Sertanejo

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empreendimento Irmãos e parceiros VIVER NO PARAÍSO

índice

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44 capa Arabella e Lorraine medeiros Fotos caio cezar assistente laura sacchetti cabelos Evandro RossI Elizandro Gonçalves maquiagem Katlyn tezzari roupas lôme store


arte urbana

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Arte de rua alegra, sensibiliza, e faz a população refletir sobre o cotidiano, com pinturas espalhadas pela cidade

texto Olavo Moraes fotos marco cezar

I

ntervenção urbana. Do submundo da contravenção ao reconhecimento, o grafite conquistou respeito, aprovação. Foi parar nas galerias, com curador e negociação em alta. É a valorização da arte popular. Democrático, colore e alegra as ruas. Provoca reflexão. As pinturas estão por todos os cantos. Nos muros, paredes, prédios, casas e elevados. Com os mais variados motivos: ecologia, natureza, folclore, temas existenciais. Cultura em geral. Arte pela arte. É assim. Pop, convive com todas as classes e grupos sociais. Não distingue poder econômico. Está ao alcance do olhar, basta girar a cabeça — do ônibus, do carro, da bicicleta, da caminhada. Florianópolis vive o grafite. Desde os primórdios o homem se expressa com desenhos. Para uma forte corrente de historiadores e antropólogos, o grafite é o mais antigo registro de linguagem. Documentos históricos atestam a presença de gravuras e afrescos-murais em diferentes espaços e tempos. De Vilhonneur e Lascaux, na França, a Altamira, na Espanha, passando pela Grécia e Pompeia, as paredes das cavernas ou das arquiteturas serviram de suporte para registros de comunicação visual.


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História do grafite na Ilha As inscrições rupestres da Ilha de Santa Catarina são parte da história. Os sítios arqueológicos apresentam incisões gravadas em rochas, formando desenhos figurativos e abstratos. Podem ser considerados como os primeiros trabalhos artísticos do homem primitivo. A palavra grafite (ou graffiti, como preferem os artistas) é de origem italiana. Tem dois conceitos mais usuais. O primeiro leva em consideração a palavra sgraffito — rabisco, ranhura; e a segunda aponta para graffiti — escultura feita com carvão. Independente da denominação, essa arte de rua veio para ficar. Qual o seu grafite preferido?

O que pensam os artistas Floripa tem muitos grafiteiros de alta qualidade. Basta observar as ruas. Por isso, a tarefa da MURAL foi das mais difíceis. A revista selecionou três artistas, dentre tantos, para revelar um pouco do que pensam e qual o significado do trabalho que colore o cotidiano e provoca a reflexão sobre o estilo de vida. E um deles, Pedro Driin, abriu as portas de seu estúdio na Lagoa da Conceição. Regado a café e pão de queijo, com boa música ao fundo, a equipe da MURAL aprendeu sobre a arte do grafite, em um bate-papo informal, com mais duas feras: Marcelo Barnero e Danka Umbert.


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Grafite e democratização da arte DRIIN Acredito que a intenção é arte pela arte. Pintar, se expressar, e as consequências são diversas. Uma maior atenção aos espaços urbanos e um diálogo com o público em geral. Admiração e identidade com grupos sociais jovens e apreciadores de arte. Capacidade de fazer com que as paredes se tornem mídias para mensagens poéticas e simbólicas de grupos que não tinham acesso aos grupos hegemônicos de comunicação e organização social...

BARNERO É uma maneira de levar a arte pra rua, ao alcance das pessoas. A cidade vira um museu a céu aberto.

DANKA A cultura de arte de rua cumpre um papel de aproximar a expressão do artista com o público em geral. Muitas vezes o que o grafiteiro quer transmitir é beleza estética, outras, crítica à sociedade. Depende de quem faz, qual é o seu propósito. Mas o ponto aqui seria a liberdade de expressar e como vem afetando as pessoas, principalmente por sua popularização. danka

driin


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Das ruas à galeria DRIIN Acredito que são dois fatores mais interessantes. Primeiro o fato de o grafite ser um dos movimentos de juventude mais potentes da história da sociedade contemporânea — é possível ver letras, tags, pixos e os mais variados desenhos se apropriando das grandes metrópoles em todo mundo, com uma qualidade estética e poética muito potente. E, com isso, a possibilidade do mercado da arte capitalizar e criar eventos de grande audiência. Os artistas atingem uma grande rede de comunicação, por meio da própria cultura do grafite.

BARNERO Aconteceu a partir do momento em que as pessoas começaram a enxergar, que, por traz daqueles trabalhos, existem verdadeiros artistas.

DANKA Muitas das coisas que são “underground” acabam se tornando uma forma de identificação do mercado e pessoas — a moda. Esse é um dos fatos, outro é a aperfeiçoamento do trabalho, sendo ele os de expressões em letras como o figurativo. Existem aqueles artistas de rua que foram os pioneiros, os Banksy, em mostrar aos grandes colecionadores o valor dessa arte e sua cena no mercado. Parte disso se deve a atualidade da história, que começou a perceber a necessidade dessas artes estarem na rua, e não apenas marginalizando-as.

driin


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GRAFITE X PICHAÇÃO DRIIN Ambos surgiram da mesma essência, de se apropriar do espaço urbano e deixar sua marca. No mundo todo não existe distinção. Aqui no Brasil um é colocado como “bonito” e o outro “feio”. Porém, os dois requerem uma qualidade estética grande, apesar de não ser tão facilmente decifrado. No Brasil, possuem diferenciações culturais, mas, muitas vezes, são produzidos pelos mesmos agentes. A raiz do grafite é transgressão.

BARNERO A relação é cada um no seu lugar.

DANKA Eu nunca pichei, mas acho que muitos dos que fazem o grafite, já o fizeram. É uma forma de iniciação ao grafite, ou de se acostumar com o ambiente da rua. Vejo uma ligação próxima. Talvez porque a base do grafite se originou da pichação, a forma de expressão com mais revolta. Mas também existe uma distinção grande. A discussão existe, e cabe mais a valorização dessas duas formas de arte do que querer colocá-las em conflito, ou a separação.

Começo na arte DRIIN Desenho desde criança. Sempre fui mais quieto e me expressava por meio do desenho. Mudei para Florianópolis com 17 anos, e trouxe comigo uma mala de tinta. Desde então meu oficio é desenhar. Seja em paredes, telas e corpos, a tatuagem. Arte é a relação com a qual as pessoas interagem com aquilo que produzo. Algumas pessoas são tocadas, outras não.

BARNERO Nasci desenhando, faço hoje a mesma coisa que fazia quando tinha três anos. Rabisco as paredes.

DANKA Minha mãe sempre pintou, e eu via isso quando pequeno. Talvez essa influência tenha me aproximado mais. Mas a vontade despertou quando via os desenhos animados e queria muito ter as figurinhas ou as revistas. Não tinha dinheiro, então pegava as revistas dos amigos para copiar os desenhos e guardava como se fossem algo muito especial, até que, o passar dessa fase, comecei a criar meus próprios traços.


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Trabalho DRIIN Meu trabalho é definido por cores. Deleite, simplicidade. E também por um encanto e admiração pelos detalhes da vida. Deus é caprichoso.

BARNERO Meu trabalho e uma homenagem à natureza, minha influencia é a própria, isso junto a toda a experiência que tive como artista gráfico na vida, misturando tudo, sai um monte de bicho colorido.

DANKA

danka

Eu me considero um desenhista. Desenho em folha de papel, tela, parede. Mudam apenas as superfícies e as técnicas. Sempre tive influências. De artistas mais velhos, de amigos que já estavam na caminhada há um tempo. Mas tive algumas influências dos ambientes que frequento. Sempre surfei, então acho que o mar me influenciou de sua forma. Tive também algumas experiências com cerimônias indígenas, e isso também conta. Hoje uso muito a internet para ver trabalhos de artistas e consigo ver novas formas de técnicas e estilos. A internet nos dá essa “biblioteca”. Tudo isso conta.

danka, BARNEIRO, DRIIN, PAULO GOUVEA, DOGZ E TOY

Expressão da arte DRIIN

O desenho é minha maior expressão. Devido à compulsividade e à inquietude, desenho nos mais variados suportes. Dessa forma consigo transitar por diferentes espaços culturais. Assim é possível ver meu trabalho nas ruas, em galerias e museus, e nos corpos. Tenho um estúdio de tatuagem, Viida Fine Art & Tattoo, no centrinho da Lagoa (da Conceição), considero que é minha fábrica de desenhos. Todo dia sai uma pessoa mais colorida, ou uma estampa para alguma marca de roupa. Lá conversamos sobre arte, estudamos livros e revistas especializadas. Sempre acompanhado de café e música. Acredito que, viver do que se gosta, é nossa mais forte expressão. A “Viida” é nossa obra de arte.

BARNERO Pinto telas, faço arte em vários suportes.

DANKA Comecei desenhando, depois, partir para pinturas em camisetas, pranchas de surfe. Então fui para a tela (canvas). Alguns anos nessa caminhada e conheci dois amigos que faziam trabalhos na rua (Driin e PG). Eles me incentivaram a desenhar na rua. Mencionaram sobre visibilidade maior do trabalho.

driin


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Feedback das ruas DRIIN Sinto-me feliz e abraçado pela energia do ilhéu. Faço dela minha prosa, abençoado pelas cores puras da Conceição. É muito interessante receber a cada dia mais gente para conversar sobre meu trabalho, mesmo eu não pintando com tanta frequência quanto meus amigos.

BARNERO No meu caso, sempre tive uma boa recepção. Recebi vários agradecimentos pelo meu trabalho na rua.

DANKA

Não sei muito sobre o feed do meu trabalho. Mais são os amigos que me falam, e acham legal. Em uma visão geral, percebo que faz parte do cotidiano das pessoas. Se retirassem isso delas (as pessoas), elas sentiriam falta dessas cores nas ruas. Muita gente fala bem sobre esses grafiteiros, e 90% deles eu conheço e admiro. BARNERO

BARNERO

Viver do grafite DRIIN Grafite é uma intervenção no espaço urbano. Então ali está sua obra e seu contexto. Atualmente cada artista é sua própria empresa. A partir das oportunidades que aparecem, ou são criadas e desenvolvidas, busca-se um equilíbrio entre o trabalho comercial e a pintura livre. Mas, culturalmente, o artista ainda não é valorizado. Tem sempre um convite para trocar arte por “propaganda”. Atualmente o mercado da arte está bem melhor, mas ainda é comum as pessoas colecionarem sapatos, roupas, bolsas e não consumirem arte. Uma obra de arte é algo que muda nossa vida, nosso olhar nunca é o mesmo diante dela, seja uma pintura, foto ou outro suporte. Arte para mim é não comprar um objeto igual àquele que você viu no seu vizinho ou na revista, só para dizer que tem. Arte é uma relação inexplicável com uma obra ou com a poética de um determinado artista, que, mesmo se você não tiver como adquirir a obra, vai colocá-la no protetor de tela do seu computador. Você vai imprimir e colocar em uma moldura barata, para, então, ser tocado todo dia por aquele sentimento. Para isso não é preciso tanta educação ou entendimento, basta estar aberto a se envolver e a sentir...

BARNERO Hoje vivo da minha arte, envolvendo o grafite e as artes plásticas.

DANKA O reconhecimento é importante, e com ele vêm a possibilidade de viver do grafite, muitas vezes fizemos trabalhos bem comerciais, para tirar um dinheiro. Mas eu penso que como artista, a grande satisfação é poder fazer aquilo que realmente queremos, pois na nossa mente temos uma linha que queremos seguir e se fizemos o trabalho que desejamos vamos chegar mais rápido nesse aperfeiçoamento. Então a química perfeita é ter esses trabalhos comerciais com total liberdade de opinião. Mas são vários casos, quando se está começando acaba pegando qualquer job, já fiz arte até em lanchonete, que foi dez, comi lá por seis meses (risos)... A tal permuta.


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Fale com eles Pedro DRIIN

MARCELO BARNERO

DANKA UMBERT

Estúdio: Viida Fine Art & Tattoo, rua Manoel Severino Oliveira, 395, sala 5. Lagoa da Conceição, Florianópolis/SC Email: tattooearte@gmail.com www.flickr.com/photos/driin/ Telefone: (48) 9619-5769

Email: mbarnero@gmail.com www.flickr.com/photos/marcelobarnero/ www.myspace.com/marcelobarnero Telefone: (48) 9949-5787

Email: umbertdanka@gmail.com www.flickr.com/photos/altusbaita/ Website:www.dankaumbert.com Fone: (48) 9974-2946

homenagem póstuma a

Paulo Noia



entrevista

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Animador cultural

Discípulo de Franklin Cascaes, Peninha fala do momento de vida, da Cultura Açoriana e do destino do acervo do mestre texto olavo moraes fotos marco cezar


| Você, embaixador da Cultura Açoriana, como visualiza o tratamento dado a ela em Santa Catarina? Peninha | Depois da criação do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA) e a organização dos eventos que chamamos de AÇOR, a herança cultural ganhou expressão significativa. Muitos abnegados se envolvem com satisfação em desenvolver e demonstrar as diversas manifestações dos saberes e fazeres tradicionais. Ao longo do litoral catarinense, onde se encontram as marcas dessa identidade cultural, está latente na alma. É tão espontânea, indelével ou diferenciada das outras presenças etnológicas, que aquelas de origem açoriana são imediatamente percebidas. revista mural

Historiador, museólogo, folclorista... Nenhum rótulo seduz Peninha. “Sou um animador cultural”, define Gelci Coelho, nascido há 65 anos em São Pedro de Alcântara. Discípulo de Franklin Cascaes e embaixador da cultura açoriana, Peninha vive momento de plenitude. Mora no Centro Histórico da Enseada de Brito desde 2008, quando deixou a Universidade Federal de Santa Catarina. Trabalhou mais de 30 anos na UFSC, muitos deles dedicados à diretoria do museu da instituição. Peninha recebeu a Revista MURAL no Centro Histórico de Enseada de Brito, em uma tarde ensolarada de final de inverno. Com habitual simpatia, Gelci Coelho abriu as portas da casa construída no final do século 18, onde mora com dois gatos de estimação: Menina e Bebé. Ferrenho defensor da memória da Ilha de Santa Catarina e dos costumes açorianos, Peninha está inquieto com o destino do acervo de Franklin Cascaes, que repousa no Museu da UFSC. “As obras estão muito bem guardadas, em excelência de conservação. Mas estão longe do público.” A capacidade de reflexão de Peninha é prodigiosa. Quando se trata da cultura açoriana e do mestre Franklin Cascaes, situa fatos do passado e presente com desenvoltura. Projeta o futuro. Recria, interpreta e analisa a arte, os costumes e os hábitos culturais do povo litorâneo. É um “provocador”. “Minha universidade foi Cascaes”, garante Peninha, cujos olhos ganham brilho quando fala dos assuntos preferidos, como na entrevista que segue.

revista mural | Qual a importância do Núcleo de Estudos Açorianos (NEA)? Peninha | Até a criação do NEA, o povo, herdeiro dessas tradições açorianas, nem sabia que tinha tal origem. Depois do grande trabalho, envolvendo principalmente os artesões, artistas e as escolas, aconteceu uma descoberta. Logo, os modos e jeito de ser têm uma identidade, e, assim, com orgulho, assumem as marcas que chamamos de cultura. Nossa gente não achava que aqueles modos de manifestação fosse cultura — cultura seria algo inatingível, parece que se trata de coisa de elite. Antes do trabalho do NEA, as novas gerações, que entraram em contato com outras culturas, como a alemã e a italiana, sentiam uma espécie de vergonha por acreditarem que os seus modos são muito humildes. Hoje, tudo se reverteu e as novas gerações sentem até um ufanismo, e se sentem privilegiados em fazerem parte de uma cultura bastante diferenciada e espontânea, e que receberam tais modos através dos seus antepassados. O povo nativo da Ilha de Santa Catarina inteira, hoje, sabe quem é e se ufana da sua identidade cultural. revista mural

| Há movimentação para a difusão das informa-

ções? Peninha | Há um movimento, ainda tímido, por falta de mais conhe-

cimento por parte de todos, principalmente dos professores nas escolas básicas e outras. Não por falta de interesse, ao contrário. Parece que as informações mais seguras ainda precisam de uma produção mais intensa, e que possam chegar aos professores e outras instituições. Informações ainda são inacessíveis. São bem-vindas a produção, principalmente de vídeos-documentários. Muita produção de qualidade já foi realizada, mas infelizmente inacessível.

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entrevista

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“A criação de um Memorial — retirando as palavras museu e cultura, que espantam o povo e não atraem — seria a forma, talvez mais coerente, de difusão dos valores históricos da herança que temos e é de todos nós.” revista mural | Falta investimento? Peninha | Investimentos sempre foram

precários. A promoção de eventos como o AÇOR precisa de mais intensidade. Espertos serão aqueles que perceberem a originalidade e beleza singela das manifestações culturais de base açoriana, e delas se apropriarem — no sentido de a promoverem sempre e ainda mais intensamente.

| Como discípulo de Franklin Cascaes, como vê o tratamento dado ao seu vasto acervo? Peninha | Quando Franklin Joaquim Cascaes produziu sua grande obra, acreditava, e tinha razão, em que ela servisse como apoio à educação — ao lazer cultural e à transmissão dos inúmeros aspectos da herança açoriana na Ilha e em todo o litoral catarinense. O acervo de Cascaes é um grande alicerce e foi intensamente utilizado em outras épocas, nos anos setenta, oitenta e noventa. Hoje, infelizmente, embora muito bem conservado no Museu Universitário da UFSC, encontra-se guardado. Isso implica em sonegação das informações e impede o acesso daqueles que mais procuram o conhecimento: os professores, nossa própria gente, e o lazer cultural que tanto os turistas buscam. revista mural

revista mural | Por que motivo as obras de Franklin Cascaes são de difícil acesso? Peninha | Os professores têm boa vontade e procuram o saber, mas parece qualquer coisa de kafkiano (relativo ao poeta tcheco Franz Kafka, está atrelado à ideia do surreal, do absurdo), e não conseguem acesso. Artistas e pesquisadores sofrem do mesmo mal, querem, desejam, mas não conseguem chegar ao grande acervo que deveria estar acessível a todos, como no sonho de Cascaes de criar um Museu de Motivos Folclóricos. Seria de imensa utilidade para a educação e ao lazer cultural. Não se faz turismo sem organização cultural. revista mural | Quais as suas ideias para fazer o legado de Cas-

caes chegar à população e atingir o objetivo de levar a cultura popular ao povo? Peninha | Os órgãos públicos estão como birutas, não sabem por onde andar. Não desconhecem, mas não sabem como fazer. Creio que não há uma fórmula, mas acredito que a criação de um Memorial da Ilha de Santa Catarina ajudaria a preencher a lacuna dessa falta de informação. Não é só o acervo produzido por Cascaes que está guardado. Há coleções significativas na área da Arqueologia, a Etnologia Indígena e outros grandes acervos que estão inacessíveis. revista mural | Quais as vantagens da criação de um memorial? Peninha | A criação de um Memorial — retirando as palavras museu

e cultura, que espantam o povo e não atraem — seria a forma, talvez mais coerente, de difusão dos valores históricos da herança que temos e é de todos nós. Imagino como um Centro de Estudos da Cultura Popular, com ênfase na pesquisa, registro e produção de textos, vídeos, filmes, teatros e todas as possibilidades de difusão do conhecimento. Tudo é possível, com a formação de equipes que realizem o que não é sonho, mas uma necessidade.


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“A maior bruxaria é a fofoca. Pior são os bruxos — deles não se fala e temem. Parece que se instalam em pontos fundamentais e prejudicam a economia. Gostam muito de se disfarçar em políticos, parece.” revista mural | E as bruxas da Ilha? Peninha | As bruxas estão no imaginário

— na literatura oral e sempre serviram como modo de educar através do medo, ou até controlar o ímpeto dos mais jovens. Espécie de educação repressora, e funcionava. É a dúvida, e talvez ainda funcione. É um assunto difícil. Dizem, não acredito, mas existem. Bruxas não podem se revelar, caso se revelem perdem o poder. Enganam-se aqueles que pensam que são medonhas encarquilhadas — ao contrário são as mais belas — beiram mesmo a fadas e ajudam a todos que merecem. Só prejudicam quem não presta: mandriões, beberrões, fofoqueiros. A maior bruxaria é a fofoca. Pior são os bruxos — deles não se fala e temem. Parece que se instalam em pontos fundamentais e prejudicam a economia. Gostam muito de se disfarçar em políticos, parece. Confundem, enganam e escancaram em deboches diabólicos. Vade retro. | Quais suas atividades, de que forma você atua na divulgação da cultura açoriana e no trabalho de Cascaes? Peninha | Sempre fiz tudo com imenso prazer. Nunca achei que fosse trabalho, entusiasmo é a palavra. Continuo auxiliando o Núcleo de Estudos Açorianos (NEA), sob a liderança do competente e entusiasmado Joi Cletison Alvez. Faço o que chamam de palestra show, falando da Herança Cultural de Base Açoriana e Ilha da Magia — Terra dos Casos Raros, utilizando como suporte, em projeções, a obra do artista folclorista, professor e mestre Franklin Joaquim Cascaes. revista mural

revista mural | Como o público recebe as palestras? Peninha | A agenda vive lotada. As pessoas se deliciam

e eu também. Caso esqueça de algum ponto, fico frustrado, mas, de modo geral, trago a tona o Universo Açoriano, onde falo da herança indígena e africana também. Sempre digo que não é científico aquilo que falo, mas funciona como algo que acrescenta. Tão bom, quase orgásmico. Adoro literatura e cataloguei minha biblioteca. Sempre tive uma mania sem compromisso, o desenho. Desde menino sempre desenhei. Não posso ver o abismo do papel em branco — nele mergulho como um desafio e trago à tona imagens, figuras. Coisa boa, credo!

| Como foi seu trabalho no Museu Universitário da UFSC? Peninha | Exerci a atividade de museólogo, buscando a dinâmica do museu, espaço precioso, atendendo centenas de escolares, professores e pesquisadores. Também curiosos da nossa gente e turistas. Muitas oficinas do saber fazer funcionavam no local. Era um burburinho de entra e sai de gente — delícia de sentimento de dever cumprido. Um projeto de extensão em conjunto com a Fundação Catarinense de Cultura e a competente e abnegada Elizabete Neves Pires, criamos o Núcleo de Estudos Museológicos, realizando oficinas de orientação aos trabalhadores dos museus de todo o Estado de Santa Catarina. Uma iniciativa extremamente útil e prestigiada com apoio e participação dos melhores profissionais do Brasil. Muito trabalho e imensamente útil. O sucesso do projeto se deve a Elizabete Neves Pires, a quem devemos total consideração. Sinto falta dessa atividade. Santa Catarina — único Estado que homenageia a mulher com nome feminino, Amazonas não vale, é nome de tribo — com certeza também sente falta das atividades do Núcleo de Estudos Museológicos. revista mural


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| Como você se sente morando em Enseada de

Brito? Peninha | A Enseada de Brito é um luxo. Moro muito bem com gatos

de estimação, planto frozinhas e encanto-me com o passaredo — devo ser iluminado do Divino Espírito Santo. Sou tão feliz com tanto amor que nem me caibo. Aqui conquistei famílias. Tenho avós, pais, amigos. Pessoas que se preocupam comigo e me dão tanta atenção que fico até encabulado. Sou muito pop e agradecido a toda a gente. Jamais tive qualquer sentimento ruim. Nem sei se tenho religião, mas sempre digo: Sou iluminado pelo Divino Espírito Santo. Bençãos.

Peninha (E), Juarez Machado e Franklin Cascaes

Franklin Cascaes Franklin Joaquim Cascaes nasceu em São José, em 16 de outubro de 1908 e faleceu em Florianópolis em 15 de março de 1983. Desenhista, escultor, artesão, ceramista, escritor, folclorista e ex-professor da antiga Escola de Aprendizes Artífices, antes de falecer, doou todo o seu acervo, em 1981, ao Museu Universitário da UFSC, onde estão guardados 925 desenhos, 1.250 esculturas e acessórios cenográficos, além de 286 cadernos com anotações de campo, de onde saíram, por exemplo, as histórias do livro O fantástico da Ilha de Santa Catarina. Quando fez a doação, Cascaes agradeceu a dezenas de pessoas e instituições, mas fez uma deferência toda especial a Peninha: “O meu braço direito para a continuação desta obra que levamos a bom termo”. Fonte: Agecom UFSC



personagem

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SABOR DE MAR Uma viagem ao mundo da gastronomia com o chef Narbal CorrĂŞa

texto olavo moraes fotos marco cezar e Andre Freyesleben


personagem

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T

al qual um arqueólogo a encontrar relíquias marinhas, o mergulhador emerge do fundo do mar com um tesouro gastronômico. Em algumas horas, mexilhões e ouriços vão dar forma a pratos sofisticados, de paladar ímpar, nas mãos do chef de cozinha do Restaurante Rita Maria. Narbal Corrêa começou a fantástica viagem pelo mundo da gastronomia no final da década de 1960, quando viu, pela primeira vez, um homem cozinhar. — Era noite de sexta-feira, me deparei com aquele senhor enorme com um avental na cintura. Ali, soube que um dia seria cozinheiro. Ainda criança, iniciou sua formação com a avó Ida. Adorava frequentar a casa centenária da rua Bocaiúva, onde cumpriu sua primeira missão em uma cozinha: rodar a manivela de uma máquina vermelha de massas, para produzir lasanha ou talharim. O chef teve a certeza de sua profissão na infância. Ao observar um tio trazer das águas límpidas da Lagoa da Conceição dois badejos brancos para o almoço, capturados em vinte minutos, o menino vislumbrou o futuro. — Fiquei me imaginando com um arpão na mão e a respiração presa, em busca daqueles peixes. Meu destino estava traçado, seria um caçador submarino que sabia cozinhar. Desde aquele insight, Narbal ganhou o mundo. Tornouse exímio mergulhador e renomado chef de cozinha, com especialidade em frutos do mar. É reconhecido internacionalmente. Com determinação e humildade, estudou culinária no Brasil e no exterior. Aprendeu na teoria e na prática. A convite de Paulo Konder Bornhauser foi um dos 30 sóciosfundadores do Clube dos Gourmets de Florianópolis. Associação cujo estatuto determina novo ingresso somente com o desligamento de um dos fundadores e existe até hoje. — Foi meu primeiro contato com a alta gastronomia. Doutor Paulo trazia chefs de renome, apresentava produtos e elaborava verdadeiros banquetes. Foi mais do que uma escola. Narbal permaneceu por dois anos no clube, de onde saiu para alçar voos longínquos. Com espírito aventureiro e empreendedor, foi morar nos Estados Unidos, onde trabalhou no tradicional estaleiro Bradford Marine.


personagem

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Montecarlo e Riviera Francesa Aos finais de semana na América do Norte pescava badejos, pargos e lagostas. Foi convidado para ser tripulante do megaiate Southerly. A viagem teve início em abril de 2002, rumo a Saint Thomas, no Caribe, com destino ao Mediterrâneo. A chef de cozinha, formada em duas escolas internacionais, preparava lautas refeições diariamente. Narbal sempre esteve por perto, até um dia exibir suas virtudes na cozinha. Preparou uma deliciosa feijoada. Saboreada e elogiada. Nessa viagem, o chef conheceu Montecarlo, Riviera Francesa, costa italiana mediterrânea, Sardenha, Córsega, ilhas gregas e Turquia. Travou conhecimento com a culinária do Velho Continente. Após dois anos longe do Brasil, decidiu voltar. E não parou mais de trabalhar. Narbal foi chef de cozinha do tradicional Arataca, do KZ7, do Capitão e Narbal, Porto Conceição, Barracuda, Pousada Ilha do Papagaio, Restaurante Don Kiliano e Recanto dos Brunidores. Como consultor gastronômico, montou diversos estabelecimentos. Entre eles O Pescador, Atlantis, Ville d’Hossegor, Santo Graal e La Serenissima. Agora, no Restaurante Rita Maria — decorado por Luciana Filomeno e Ângela Cremonese, do Espaço Inteligente —, garante ter ancorado em um projeto único.

— Encontrei o que procurava há muito, um local promissor com senhorio visionário. Minhas sócias Ana Ferreira, que é nutricionista e completa o rigor com a qualidade da casa, e a minha filha, Victória, tocam a parte que tenho mais deficiência, administração e controle. E, dessa forma, o chef faz a parte que mais gosta: — Fiscalizo a qualidade da matéria prima, pesco e cozinho. Acho que o Rita Maria terá vida longa, e eu estarei a bordo desta “viagem”. Em outro rumo, quem fez viagem curta foram os ouriços e mexilhões da abertura do texto. Lembra deles? Saíram do Costão da Barra da Lagoa, no leste da Ilha de Santa Catarina, e chegaram ao centro de Floripa em poucos minutos. Horas mais tarde estavam à mesa, em forma de pratos variados: Patê de Ovas de Ouriço, Mexilhão ao Bafo acompanhado de molho vinagrete nativo, Moules Frites e Marisco Lambe-Lambe (com arroz, típico da culinária da Ilha). Destaque para o Patê de Ovas de Ouriço, criação do próprio chef. — Fui o primeiro a apresentar ao mundo. Não conheço outra referência, senão industrializado. Está aí uma boa descoberta. Encontre a sua preferência...


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A pesca submarina entrou cedo na vida de Narbal Corrêa. Aos oito anos de idade, sob influência de mais de duas dezenas de integrantes da família. Na infância, passava as férias de verão com a família em Ponta das Canas, norte da Ilha de Santa Catarina. De lá, saía com o pai (nome?) e o tio, Afonso, com a baleeira Flagamar rumo às ilhas da região — Arvoredo, Galés, Deserta, Moleques do Norte e Aranha. — Nunca regressávamos sem peixe —, orgulha-se o chef. Também era responsável por capturar lagostas nas pedras na Costeira de Ponta das Canas, para a elaboração de uma sopa tradicional na família. A Leão Veloso, receita do tio Júlio, recebia, como ingredientes, todos os frutos do mar e arroz. — Esta obrigação iniciou-se quando eu tinha 12 anos e permaneceu por muito tempo. Voltava muito orgulhoso com a encomenda nas mãos.

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Um prazer e uma paixão

Pesca esportiva Outro prazer do chef é a pesca esportiva. Participou e venceu mitos campeonatos. Foi recordista mundial de garoupa e brasileiro de outros peixes. Integrou a equipe brasileira no Campeonato Sul-Americano de 1999, e atuou como assistente técnico de dois mundiais de pesca no Brasil e um na Croácia. Narbal também teve oportunidade de mergulhar com os melhores pescadores submarinos em diversa oportunidades. Entre elas, destaque para a participação do treinamento da equipe italiana campeã no Mundial realizado em Florianópolis em 1981. Narbal também é pesquisador em Arqueologia Subaquátil — único autorizado a explorar os naufrágios da Ilha de Santa Catarina.


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Herança natural “Filha de peixe, peixinho é.” O ditado popular encaixa como uma luva. Seguindo a tradição da família, a filha Victória, de 19 anos, herdou o gosto pelo mergulho. Mais do que isso, trabalha com o pai desde os 15 anos. É o braço direito de Narbal. — Victória é sócia nas minhas duas empresas —, orgulha-se o pai. Para ganhar experiência e conhecer bem todas as atividades que envolvem gerir um restaurante, Victória foi trainee. — Passou pela pia de lavar louças, foi garçonete e caixa no meu antigo restaurante, que era o número 1 em Florianópolis segundo o maior site de viagens do mundo (www.tripadvisor. com). Vendi o Recanto dos Brunidores em janeiro de 2013 e nunca mais foi o mesmo, perdendo muitas posições nesse ranking. Victória fez cursos de administração de restaurante e de barista, e trabalha, em média, 10 horas por dia no Rita Maria. — Além de tudo ela (Victória) encontra tempo de cursar a faculdade de Produção Publicitária à noite. É velejadora, mergulhadora e muito guerreira, como todas as minhas filhas (Maria Esperanza e Sara).


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Em busca do pescado A MURAL teve o privilégio de acompanhar a ida de Narbal “ao supermercado”. A equipe conferiu a captura do pescado que iria se transformar em maravilhosa refeição algumas horas depois. A saída, da Marina da Conceição, por volta do meio-dia, aconteceu com o tempo nublado. Na lancha, a equipe formada pelo chef, a filha, os amigos Andre Freyesleben e Silvinho Pirajá, além da equipe da revista, eu e o fotógrafo Marco Cezar. O mar mexido e a água turva inviabilizaram o destino programado. A ideia inicial era a de acompanhar Narbal mergulhar na Ilha das Aranhas. Mesmo assim acompanhamos a fera em ação. Narbal escolheu o melhor local, no Costão da Barra da Lagoa. Acompanhado por Victória e Freyesleben, em alguns minutos a equipe emergiu com mexilhões (mariscos) e alguns ouriços. O suficiente para o banquete noturno.


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FALA, CHEF NARBAL! revista mural | Como você conjuga o trabalho no restaurante e a captura de frutos do mar? narbal | Considerando que, no café da manhã e almoço tenho uma equipe muito comprometida, trouxe minha tia Alba Lucia, Valdemir Bento (Costão Golf) e Clovis (ex-Costão do Santinho), para me ajudar nestes períodos — e outros chefs que já trabalhavam comigo — tenho tempo para uma fugida subaquática... No turno da noite eu piloto o fogão. revista mural |

Qual o conceito do Rita Maria, e como funcionam os pratos servidos com pescados capturados por você? narbal | O conceito do Rita Maria à noite é o de servir cozinha regional tradicional e contemporânea. Não pesco camarão, berbigão e ostra. Sempre há possibilidade dos peixes, lagostas, vieiras selvagens, ouriços, mexilhões e cavaquinhas terem sido capturados por mim. Quando não é possível, escolho o produto, que sempre vem de um amigo pescador ou de uma fonte confiável. No Rita Maria temos pescadores cativos, que só capturam para a casa. É o caso do Rochinha, que, além de “surf-repórter”, é nosso pescador exclusivo. revista mural | E nesses pratos exclusivos, se você não capturou

o pescado, como faz? | Se for de fonte confiável e de primeira qualidade não vejo problema em adquirir. Se não estiver 100%, prefiro não vender.

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| Sempre que você precisa de pescados, vai ao mar? Ou tem alguma regra? narbal | Ou pesco, ou compro o melhor. revista mural

revista mural | O que determina o sucesso de um restaurante? narbal | O principal é sempre manter a qualidade. O sucesso de

uma casa que serve refeições é sustentado por três pilares: ambiente, serviço e comida. Se você for bem em todos, sua casa vai durar... Mas o segredo é trabalho, trabalho e trabalho. Quando trabalho menos de 15 horas por dia, parece que não trabalhei. Costumo dizer que quanto mais trabalho, mais sorte tenho. revista mural | Qual a sensação ao observar o prazer do cliente

em saborear um prato o qual você capturou os produtos no mar? narbal | Servir ao próximo é o máximo. Se você pode capturar, limpar, cozinhar e vender o pescado é muito melhor. Gosto de trabalhar em eventos e ouvir todo o barulho que vem do salão. Depois de servir a comida, vou para a porta ouvir o que chamo de “a transformação”. Isto refere-se a mudança do barulho pelo silêncio, que ocorre quando todo mundo para de falar para comer. É um sinal de que a comida esta boa. “O aplauso do cozinheiro é o silêncio.” | Você considera o aspecto romântico da forma como faz os seus pratos, o amor pela cozinha? narbal | Sempre que faço um prato tento me superar. Estou sempre me desafiando. Não tenho interesse em ganhar prêmios. Tenho interesse em fazer pratos que permaneçam na memória dos comensais por longo tempo. revista mural

revista mural | Quais os destaques da sua cozinha no Rita Maria? narbal | Acho que o ponto alto em todos os restaurantes que tive, e

não será diferente no Rita Maria, é a qualidade da matéria prima. Desafio qualquer restaurante do sul do Brasil ter qualidade dos produtos superior às do Rita Maria. Não queremos lucros exorbitantes, queremos servir o melhor a preço justo.



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Rita maria

A cozinha tradicional e contemporânea assinada pelo chef Narbal Corrêa fotos marco cezar e fátima damaceno

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rimando pela qualidade da matéria prima o Restaurante Rita Maria — Centro Gastronômico — serve cozinha regional tradicional e contenporânea de frutos do mar. Localizado no Centro de Florianópolis, é comandado pelo chef Narbal Corrêa que escolhe a dedo os produtos do mar, quando o próprio não captura. O sucesso da casa é sustentado por três pilares: ambiente, serviço e comida. Vida longa aos pratos do chef!



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Hoverboard e Flyboard As novas estrelas das รกguas


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leandro toro, Arthur pulga e Tchello Brandão texto Tchello Brandão fotos marco Cezar

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Flyboard e o Hoverboard são invenções francesas do piloto de competição Frank Zapata, que levou anos para desenvolver o produto. Trata-se de uma prancha parecida com a de wakeboard, onde é acoplada uma mangueira especial resistente a alta pressão, e conectada à turbina do jet ski, que por sua vez passa a funcionar como uma bomba d’água. Ao invés de impulsionar o jet ski para frente, a água é conduzida através de dutos para debaixo da prancha. O jato de água dirigido para baixo impulsiona a prancha para onde o passageiro desejar, pois a direção a ser tomada é oposta a direção do jato que é controlado pelo passageiro com movimentos similares aos do skate. O alcance da mangueira é de dez metros, limitando a altura que se pode subir, até por uma questão de segurança, pois se depender da potência do jet ski poderia ir muito mais alto, uma vez que ele não utiliza nem um terço da potência para isso. Usando o mesmo princípio, Frank Zapata acaba de lançar o Hoverboard, que também se conecta à mesma mangueira e proporciona uma nova forma de voar. A diferença entre eles é que no Flyboard o voo é mais para cima, pode-se para atingir uma maior altura e realizar um número maior de manobras, como back-flip, mergulhos e outras. No Hoverboard o voo é mais para frente, atinge uma altura menor, mas voa mais rápido. A posição é a mesma de qualquer outra prancha. Em uma comparação mais prática, pode-se dizer que o Flyboard é como fosse um esqui, ou patins. Apesar dos pés ficarem em uma plataforma fixa e não se separarem, no voo o corpo se projeta de frente e também possibilita giros no próprio eixo. O Hoverboard é como os wakeboard, surfboard, skateboard e snowboard, onde o corpo fica posicionado de lado, com os pés presos em uma alça simples. É um verdadeiro surfe aéreo. Pilotar também é relativamente simples. Com a correta orientação, qualquer pessoa pode praticar e com pouco tempo já sai voando! Como não foi projetado para cobrir distâncias, sua utilização não requer uma grande área, bastando um pequeno espaço e uma profundidade mínima para se divertir com as manobras.


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HISTĂ“RIA COMPARTILHADA Gustavo Kuerten escreve autobiografa na primeira pessoa texto Olavo Moraes fotos ricardo prates


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ustavo Kuerten abriu o jogo. Narrou a sua história em 384 páginas. Escrito na primeira pessoa, a autobiografia do tricampeão de Roland Garros, Guga, um brasileiro, está nas livrarias. O manezinho da Ilha usa a sinceridade como meio para rever a trajetória que o colocou no topo do esporte da raquete e da bolinha. Em depoimento ao jornalista Luís Colombini, Guga descreve sua trajetória no tênis. O manezinho da Ilha pontua a sua história com situações corriqueiras e desafiadoras, além de narrar as conquistas. Guga dá detalhes de exemplos de superação, como a forma com que superou a perda do pai, Aldo Kuerten, que morreu durante um torneio de tênis, em Curitiba. Pouco antes, Aldo pedira a Larri Passos para que treinasse o filho do meio. O filho de dona Alice também destaca os detalhes das vitórias célebres contra os rivais Yevgeny Kafelnikov, Sergi Bruguera, Michaell Russell, Andre Agassi e Pete Sampras, entre outros grandes rivais. “Meu interesse com o livro não é passar uma mensagem pontual, mas sim transmitir os meus sentimentos, as minhas sensações durante o processo. Além do tênis mostrar todos os aspectos da minha vida”, explicou Guga durante a coletiva de lançamento do livro em Florianópolis. O livro lançado pela Editora Sextante revisita a história do menino nascido numa ilha do Sul do Brasil e que também se dedicou na infância ao futsal. A forte base familiar, a inspiração no pai, a admiração pelo irmão tenista, o apoio irrestrito da mãe, a paixão pelo irmão caçula e a confiança inabalável do treinador são peças fundamentais na sua história, a base que o levou a superar a falta de incentivo, a descrença em si mesmo e os adversários mais temidos de sua época. Com tiragem inicial de 100 mil exemplares, a obra está nas principais livrarias do país. Em Florianópolis, sua cidade natal, o livro foi lançado durante a Semana Guga Kuerten, em outubro.

“Os anos se passaram e coisas inacreditáveis aconteceram com ele e conosco. Às vezes subíamos a ladeira até o fim; outras, escorregávamos; de vez em quando caíamos; mas nunca desistimos...” Alice Kuerten, no prefácio do livro “Guga, um brasileiro”

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“Tá na hora da sobremesa, entra lá e se lambuza. Desde o juvenil, era desse jeito que Larri me

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incentivava quando eu passava das quartas. A sobremesa era a porção compreendida Guga, um Brasileiro w A utor | Gustavo Kuerten w Editora | Sextante w Preço médio | R$ 39,90

entre a semi e a final, que ficava mais saborosa conforme o bolo crescia e atingia a perfeição se fosse servida numa taça.” Gustavo Kuerten, no livro “Guga, um brasileiro”

Gratidão de manezinho Como bom manezinho, Gustavo Kuerten não esquece quem contribui de alguma forma para o seu sucesso. E é assim no jornalismo. Guga lembrou da importância dos profissionais catarinenses na construção de sua história no tênis. Citou Olavo Moraes (E), Roberto Alves e Maceió nos agradecimentos, ao final do livro.

foto GABRIEL HEUSI/ DIVULGAÇÃO





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IRMANDADE LOIRA União das irmãs Medeiros garante o sucesso da Lôme Store fotos caio cezar

revista mural | Como surgiu a Lôme Store? irmãs medeiros | A ideia inicial era abrir uma franquia

que fosse viável em Florianópolis, uma cidade em que grande parte dos negócios abrem e fecham muito rápido. Em busca de ideias para essa franquia, viajei por várias cidades e países, visitando feiras e procurando entender mais sobre franquias, mas não achei nada que me interessasse de verdade. revista mural | Foi aí que você percebeu que talvez fosse melhor inven-

tar sua própria loja de moda multimarcas? Sim, porque sempre fui muito envolvida com moda, fui modelo, participava de muitos desfiles e algumas campanhas. Então moda era meio que um caminho natural para mim. Também sempre tive o sonho de abrir meu próprio negócio, e me qualifiquei para isso me formando em administração com ênfase em marketing. Depois fiz pós-graduação em gestão comercial. irmãs medeiros |

revista mural | Teve alguma marca que te inspirou para criar a Lôme? irmãs medeiros | Admiro e acompanho desde o início o trabalho de desen-

volvimento da marca La Bella Mafia, que é de um casal de amigos, Giulliano Puga e Alice Matos. Os dois transformaram a marca em sucesso internacional. Cheguei a trabalhar na fábrica deles, e isso ajudou a despertar a minha vontade de abrir uma loja de roupa feminina. Depois de muitos estudos, plano de negócio, visitas no sebrae e feiras, consegui organizar todas as ideias e abrir a Lôme. revista mural | E de onde surgiu o nome? irmãs medeiros | Foi difícil de escolher. Eram várias sugestões, mas nenhu-

ma que eu me identificasse. Até que uma prima minha, Yasmim Muniz, sonhou com o nome, que são as iniciais do meu nome e sobrenome. revista mural | Nessa fase você já tinha o nome, mas faltava a loja. irmãs medeiros | Pois é. Daí surgiu uma oportunidade de abrir a loja num

ponto excelente, em frente ao Beiramar Shopping. Faltava três meses para o Natal, então imaginem a correria (risos). Minha irmã Arabella Medeiros tinha acabado de se formar em Design de Interiores, e aceitou o desafio de fazer o projeto e tocar a obra sozinha, mesmo com pouquíssima experiência. revista mural | E você ficou com medo que não desse certo? irmãs medeiros | Admito que fiquei muito nervosa, e acho que ela

também (risos). Mas fomos em frente. Passei a ideia inicial para ela. Eu queria uma loja funcional, aconchegante, com móveis de demolição e um toque retrô, um lugar que as pessoas sentissem curiosidade de entrar e se sentissem à vontade. Como eu estava na função de abrir a empresa, toda a papelada, deixei tudo nas mãos dela. Era muita coisa para resolver em pouquíssimo tempo, já que o plano era abrir a loja para as vendas de Natal. revista mural | E conseguiram, né? irmãs medeiros | Conseguimos, graças

ao esforço e dedicação da Arabella, que surpreendeu a mim e às nossas clientes. No final o projeto da Lôme acabou abrindo as portas do mercado para a Arabella, que já engatou outros trabalhos graças ao projeto de decoração da Lôme Store. A loja está sendo um sucesso e ela colaborou muito para isso.


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beleza

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À FLOR DA PELE

Dicas para cuidar da pele sensível

texto dra. mariana Barbatto (CRMSC: 10877 / RQE: 6741) foto banco de imagens/RM

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ocê não se adapta a cosméticos? Sua pele arde ou descama com facilidade? Provavelmente você possui uma pele sensível e deve tratá-la de forma adequada para evitar dermatites e aumento da sensibilidade. Geralmente, este tipo de pele é mais fina e seca e tem vasos dilatados, portanto sofre mais com as mudanças climáticas. Isso se deve à alteração da barreira cutânea que protege a pele. Nesse caso os cuidados devem ser constantes, já que o uso de um produto errado pode desencadear alergias e dermatites. A grande dúvida de quem possui pele sensível é como cuidar e o que usar. Aí vão algumas dicas: • Nunca use sabonete para o corpo no rosto, eles ressecam a pele e a fragrância também pode desencadear alergias. • Evite água quente, procure lavar o rosto com água gelada ou morna e com sabonete adequado (de preferência sem cheiro) para o rosto. • O filtro solar deve ser hipoalergênico e livre de parabenos. Os filtros minerais e físicos (com dióxido de titânio e óxido de zinco) são os mais recomendados. • Não use tônicos, eles vão remover ainda mais a barreira de proteção da pele. Cuidar, principalmente, de formulações com álcool, que são ainda mais irritantes. • A esfoliação também está contraindicada.

• As maquiagens devem ser evitadas, mas quando necessário usar maquiagens hipoalergênicas. Para remover a maquiagem utilizar água termal ou loções de limpeza cremosas, sem álcool e sem cheiro. • Hidratantes devem ser utilizados para restaurar a barreira de proteção da pele. Dar preferência aos sem ureia e não oleosos. • Fórmulas contendo aloe vera, alfa-bisabolol e camomila ajudam a acalmar a pele. Outra dúvida de quem tem a pele frágil é se pode ou não fazer procedimentos estéticos. A orientação é não fazer peelings e microdermoabrasão justamente por removerem a camada de defesa da pele, o que pode aumentar ainda mais a sensibilidade. Por outro lado, os tratamentos que utilizam luzes, como o laser, a luz intensa pulsada e os leds (diodos emissores de luzes), beneficiam a pele sensível por cuidar da vermelhidão e dos vasinhos no rosto. Se mesmo com todos os cuidados sua pele apresentar irritação procure o dermatologista, que irá recomendar os produtos mais adequados para sua pele. Saiba mais |

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nutrição

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Consumida há milênios, bebida alia prazer e saúde texto Ana Carolina Abreu foto banco de imagens/RM

HORA DO CHÁ

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tradição do chá vem de longa data. Os primeiros relatos do seu consumo existem há mais de dois mil anos antes de Cristo. Os chineses já apreciavam seus efeitos terapêuticos muito antes dos seus benefícios serem comprovados por estudos. Aos poucos, o hábito de consumir chá foi ganhando mais adeptos e conquistando outras culturas. A bebida que inicialmente era considerada luxo acessível apenas para a realeza, com o tempo passou a se popularizar, agradando e “tratando” os mais diferentes paladares. Para quem não sabe, podemos chamar de “chá” apenas as bebidas preparadas com a Camellia sinensis; suas variedades mais conhecidas são o chá preto, branco, verde e oolong, que são apreciados e consumidos das mais diversas formas. Qualquer outra planta ou erva utilizadas em uma preparação, deve ser chamada infusão. Mas deixando a nomenclatura de lado, vamos ao que realmente interessa: aliar o prazer à saúde. Os chás e infusões são ricos em substâncias conhecidas como fitoquímicos, compostos capazes de atuar no nosso corpo protegendo contra agentes agressores à saúde.

Ao incluirmos os chás no nosso dia a dia, tornamos o consumo de fitoquímicos parte da nossa rotina, auxiliando nosso organismo em um processo de detox regular, mantendo nosso corpo protegido constantemente. Minha intenção é mostrar que podemos aproveitar não só nossos momentos de lazer, mas também os de correria, para bombardear as nossas células com pequenos toques de funcionalidade. Toda vez que você quiser comer aquele bolo ou doce no meio da tarde, troque o café com leite ou refrigerante zero e aproveite para acompanhar com um chá branco ou até mesmo uma mistura com hibiscos, laranja e canela. Alimentos com açúcar e farinhas refinadas liberam citocinas que favorecem o processo inflamatório e os fitoquímicos presentes no chá ajudam a combater este processo.


nutrição

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E está enganado quem pensa que as ervas são todas iguais e fazem bem para todo mundo. A hortelã é excelente digestiva, mas para quem sofre de refluxo ou azia pode piorar os sintomas. A camomila é conhecida pela sua ação calmante e pode diminuir o desconforto dos gases, mas quem tem intestino preso deve evitar, pois ela acaba interferindo na motilidade do intestino. Uma infusão de gengibre pode ajudar a prevenir gripes e melhorar enjoos e acalmar uma garganta irritada. O hibisco é um ótimo diurético, rico em antioxidantes e ainda é levemente laxante. Rooibos é um anti-inflamatório natural e rico em polifenóis, excelente opção para quem não pode consumir cafeína. A canela tem ação termogênica e melhora a sensibilidade à insulina. E por fim, mas não menos importante, a Camellia sinensis. Os chás verde e branco são os mais conhecidos e utilizados atualmente em dietas de emagrecimento, pois atuam aumentando o gasto energético e a oxidação de gorduras. Inúmeros estudos científicos comprovam suas propriedades antioxidantes, anticarcinogênicas (protegem o DNA, ajudam na detoxificação das substâncias cancerígenas e aumentam a morte das células cancerígenas) e hipoglicemiantes (redução do “açúcar” no sangue). E para quem faz cara feia ao pensar no gosto de um chá verde pelo seu sabor amargo, opte por beber nos extremos de temperatura, bem quente ou bem gelado, isto ameniza a sensação. E nada de adoçar os chás. Para aproveitar todo o potencial da bebida ela deve ser consumida pura. Ana Carolina Abreu, CRN 1453, é graduada em nutrição pela UFSC e pós-graduada em nutrição clínica funcional pela CVPE/Unisul. Pós-graduanda em Nutrição Funcional Esportiva, pós-graduanda em Fitoterapia e membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional. Atendimento na Clínica Primordiale (48) 3223-4003 (www.clinicaprimordiale.com.br).


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A ESTRELA DO DETOX Antes consumida apenas na feijoada, a couve hoje é utilizada em inúmeras receitas textos Ana Carolina Abreu foto laura sacchetti

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cho que nenhum vegetal recebeu tantos créditos e rendeu tantas matérias e receitas nos últimos tempos como a couve. Difícil quem ainda não provou um suco verde, que aliás, ultimamente, já está até “batido”. Jogue a primeira pedra quem nunca torceu o nariz para esta verdinha e depois acabou se rendendo aos seus inúmeros benefícios. Vegetal que antes só era utilizado na feijoada acompanhado de bacon, a couve recebeu um upgrade graças aos diversos estudos comprovando sua eficácia antiinflamatória, antioxidante e anticancerígena. Os glicosinolatos, compostos fitoquímicos presentes na couve, são os mais estudados, principalmente pelo seu papel na prevenção de alguns tipos de câncer. Os isotiocianatos tem ação desintoxicante, ajudando nosso organismo a eliminar toxinas e melhorar a metabolização dos nutrientes, por isso a couve é tão utilizada em dietas e sucos “detox”. Já o Indol 3 carbinol tem ação moduladora de estrogênio e preventiva de câncer, pois estimula a apoptose (morte) das células cancerígenas e evita os danos causados ao DNA. Muitos já devem ter ouvido em substituir o leite pela couve (calma! O teor de proteína e gordura é completamente diferente) e isso se deve ao teor de cálcio e magnésio. Sua concentração é mais biodisponível, ou seja, absorvemos muito mais dos dois nutrientes pelo equilíbrio entre eles e isto facilita a fixação do cálcio nos ossos. Na prática clínica é muito comum encontrar pacientes com carências de magnésio. Se você percebe câimbras noturnas, zumbidos no ouvido, sente os olhos “tremendo” ou tende a tencionar os músculos da face dormindo, é bom investigar

seus níveis de magnésio ou começar a incluir a couve na sua alimentação, pois estes sintomas podem estar relacionados com a carência deste mineral. É importante salientar que o magnésio participa da produção de serotonina, ou seja, comer esta verdinha pode melhorar seu humor e diminuir a ansiedade. O colesterol e a glicemia também podem ser afetados beneficamente pelo seu teor de fibras. A couve também é rica em luteína, carotenoide importante para prevenção de degeneração macular, transtorno que leva à perda da visão, muito comum em idosos. Muitas pessoas ficam em dúvida sobre a perda de valor nutricional ao congelar a couve, mas estudos mostram que a perda é mínima e congelar pode ser um grande trunfo para se ter sempre um suco com folhas verdinhas e nutritivas. Panqueca low carb Ingredientes w 3 folhas de couve w 100g de couve flor (ou brócolis) w 2 ovos w 1½ colher de sopa de farinha de grão de bico w 1 colher de chá de fermento em pó Modo de preparo w Bata todos os ingredientes no liquidificador. Unte uma frigideira com poucas gotas de azeite e prepare as panquecas. Rende 5 unidades.



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aspargo ainda é um vegetal pouco popular, apesar de seu sabor delicioso e valor nutricional. Muito consumido na Europa e Estados Unidos, tem plantações no mundo todo, mas cresce melhor em solos mais secos. Na antiguidade era conhecido por egípcios e romanos para ajudar na cura de problemas renais e de bexiga. Atualmente existem muitas variedades de aspargos, mas a mais comum apresenta talos mais finos e as pontas em tons violeta. A versão em conserva, com aspargos brancos, é uma das mais consumidas por aqui. O ideal é encontrar os aspargos frescos e consumi-los em até 3 dias. Na hora do preparo lave em água corrente para remover bem a sujeira, retire a base do talo, que é excessivamente fibrosa. Cozinhe no vapor ou com pouca água e por pouco tempo, já que a textura deve ser “al dente”. Eles combinam com saladas, como acompanhamentos de carne e até base de risoto. Seu valor nutricional é de invejar. Rico em fibras contém mais de 3g por xícara. A inulina, uma fibra solúvel presente no aspargo, é um excelente prebiótico, ou seja, auxilia no funcionamento do intestino, pois alimenta as bactérias benéficas do nosso organismo. Fonte de vitamina A e K, além de ácido fólico e ferro, pode ser um potente aliado na prevenção de alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares e diabetes, graças ao baixo índice glicêmico e alto poder antioxidante. Não podemos esquecer dos fitoquímicos, como as saponinas, quercetina e rutina, poderosos anti-inflamatórios, decisivos na prevenção e tratamento de doenças autoimunes. Convencido a experimentar?

Aspargos com amêndoas Ingredientes w 2 colheres de sopa de amêndoas laminadas w 500g de aspargos lavados e aparados w ½ colher de chá de raspas de laranja w 1 colher de sopa de suco de laranja w 1 colher de chá de suco de limão w 2 colheres de sopa de azeite w sal e pimenta a gosto Modo de preparo w Pré aqueça o forno a 180ºC. Toste as amêndoas até ficarem douradas. Leve os aspargos para cozinhar no vapor por 4 minutos ou até ficarem crocantes. Em uma tigela, misture as raspas de laranja, o suco da laranja e do limão, o azeite e o sal. Jogue por cima dos aspargos e salpique as amêndoas. Saiba mais | Graduada em nutrição pela UFSC e pós graduada em Nutrição Clínica Funcional pela CVPE/Unisul. Pós graduanda em Nutrição Funcional Esportiva. Pós graduanda em Fitoterapia. Membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional. Atendimento em consultório: Clínica Primordiale (48) 3223-4003 (www.clinicaprimordiale.com.br).


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Cardápio da Semana segunda-feira . Grelhados terça-feira . ItAliana quarta-feira . Brasileira quinta-feira . Alemã sexta-feira . Açoriana Sábado . Carnes

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Avenida Almirante Tamandaré . 22 Coqueiros fone 8841.0862


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SUA MAJESTADE, O CAMARÃO Como preparar e harmonizar com maestria essa delícia do mar

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camarão é um dos principais símbolos da gastronomia da Ilha. Quando falamos em comida catarinense no litoral a primeira coisa que vêm à cabeça dos turistas é ele, o camarão. Quando a gente vai estudando cada vez mais as características de um ingrediente, principalmente um protagonista como o camarão, pelo menos pra mim, acentua-se a busca pela simplicidade, pela valorização do real sabor, sem enfeites e complementos exagerados. O camarão tem sabor suave e agora estamos em plena safra do tipo que mais gosto, o branco, que é pescado aqui na Baía Norte até os Ganchos. Saboroso, tamanho médio, o camarão branco é perfeito para várias preparações. Aí lembro de coisas que me deixam nervoso. Ver, por exemplo, um preparo de uma paella onde o camarão entra no começo na panela, logo depois da cebola e cozinha ali por preocupantes 30, 40 minutos. Isso é acabar com a qualidade do ingrediente. O camarão não aceita mais de 3 a 4 minutos de calor; mais que isso suas qualidades — e propriedades — vão indo para o beleléu. O sabor vai junto. Então, minha dica para o camarão é uma só: mexa o menos possível na hora do preparo. Só um salzinho e deu. Limão é over, o limão é forte, massacra a suavidade do sabor do camarão. E creme de leite, esquece. É gorduroso. Maionese de camarão? Passa, mas só ele, o camarão, a batata e a maionese de liga. Camarão à milanesa? Já fui fã, muito fã, mas o problema é que tem farinha de pão e ovo de galinha no processo. Segue.

texto e foto Marcos Heise


comer & beber

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Camarão sem erro em 5 passos 1. Compre camarão fresco e peça para limparem na hora. Se a peixaria for boa, irão fazer.

2. Leve as cascas e a cabeça. Faça um caldo com isso e mais

cascas de cenoura, talos verdes de couve-flor, couve manteiga de folha, cebola, o que tiver para dar sabor.

3. Coar esse caldo para fazer pirão. Ficará delicioso. Meu pirão:

molho a farinha com água fria e daí vou acrescentando o caldo quente, quase fervendo, mexendo a massa com a panela ligada. Farinha rende muito, então cuidado com a quantidade. Vá mexendo até dar a liga que você deseja e deixe um pouco de caldo para molhar no final, na hora de servir. Guarde também uns talos de alho poró (parte verde) ou salsinha e misture somente na hora de servir para dar um contraste de cores. Truque final: Misture uma colher de manteiga gelada ao pirão na hora de servir, para dar um brilho.

4. O camarão limpo é temperado só com (pouco) sal e passa um

por um na farinha de trigo, batendo delicadamente para retirar o excesso.

5. Grelhar os camarões numa frigideira antiaderente já aquecida

e com azeite de oliva. Não use manteiga, a não ser que tenha a clarificada. Um minuto e meio de cada lado. Eu usei uma frigideira de ferro. Na hora de servir, faça uma porção de pirão no centro do prato e coloque os camarões na lateral. Use a criatividade para ter uma decoração bacana.

Harmonização w Vinhos brancos, frutados, secos, mas leves. Espumantes também pode ser uma boa companhia, embora o pirão exija um pouco mais para ‘lavar’ a boca. Se for uma cerveja posso indicar uma witbier ou uma kolsch, ou mesmo a tradicional pilsen.




oculto

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CULTO AO OCULTO Like a Boss se despede da Confraria e planeja novas aterrissagens texto Leo Comin

Swagg Star


A

migos da MURAL, nesta edição um pouco do que rolou no nosso último evento na Confraria. A casa fechou para reforma e não estaremos mais entre as atrações da casa depois da reabertura. Mas estamos tranquilos. Encerramos mais um ciclo com as festas Like a Boss na Confraria e vamos seguir em frente ocupando outros espaços, até porque desde o surgimento do Oculto nossos eventos sempre foram itinerantes. É o público do Oculto, e não a casa, que faz a noite ser boa.

Naquele espaço fizemos bagunças memoráveis, com artistas nacionais e internacionais. Baby Boy da Prince, o canadense Swagg Star e Emicida — que levou 1.400 pessoas ao delírio. Agradeço ao Rico Grunfeld pela parceria de um ano, ao Cacau Menezes e sua filha Maria Claudia, que sempre nos apoiaram divulgando os eventos no programa De Tudo Um Pouco e aos meus sócios Tuca, Lelo, Túlio, Shao e Rafa Costa, pelas noites perfeitas na Lagoa.

Também quero deixar registrado um agradecimento mais que especial ao Swagg Star, pessoa humilde e educada que se tornou um amigo no pouco tempo em que convivemos. A história do cara é muito bonita. Prince Michael Brown nasceu em 5 de abril, em Montreal, Quebec, Canadá. Cresceu em um lar cristão rodeado pela família. Sua mãe era uma executiva da música, estava sempre na estrada e levava Prince pelo braço, então o garoto teve uma infância itinerante, vivendo em várias cidades norte-americanas. Ao viajar com sua mãe, Swagg Star conviveu com superstars reconhecidos, grandes amigos de sua mãe. Swagg era uma criança pequena correndo em hotéis de sala em sala com as mesmas celebridades que, anos mais tarde, reconheceram seu talento e quiseram apadrinhá-lo no show business.

Swagg Estrela criou uma canção exclusiva para British Columbia e começou a criar letras que chamaram a atenção dos executivos do hip-hop. O progresso da carreira foi freado por um diagnóstico médico que apontava uma doença grave. Ao invés de desanimar, Swagg usou seu talento empreendedor para disseminar sua música via redes sociais e começou a estabelecer as bases para a sua carreira solo. Em uma recente viagem ao Japão, o burburinho criado por sua série de shows lhe rendeu um contrato de patrocínio com a Double Disco Vestuário, uma famosa marca de moda urbana do Japão. Com a popularidade crescente nas mídias sociais, Swagg Star é uma joia que o mundo está prestes a descobrir. Beijos e abraços!

oculto

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floripa ĂŠ show

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floripa


floripa é show

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é show O melhor do verão 2014

fotos marco cezar e Angelo santos

S

empre que chega o verão, nossa Ilha da Magia adquire um colorido especial. Gente do mundo todo, celebridades, mulheres lindas, praias paradisíacas e baladas de alto nível marcam a passagem da estação mais alegre e festiva do ano. E a Revista MURAL está de prontidão para cobrir todas as festas que por aqui fazem história.


mural sete Night Club

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SETE NIGHT CLUB Balada à beira-mar fotos darline santos

N

ight club moderno com efeitos exclusivos de iluminação, a Sete traz na programação os melhores dj’s de house music e suas vertentes. Com a qualidade que é marca do Grupo Novo Brasil desde os tempos de Café Cancun, a Sete abre nas noites de quintas-feiras e sábados, e para eventos especiais em algumas sextas-feiras. Caila Solussoglia, Gabriela Batschauer, Gabriela Zapelini e Kalinca de Mello

Sarah Soares e Barbara Mir

Louyse Pedrozo e Analu Povoas

Giovana Donatti

Laura Iung

Suellen Guarezi e Adrielle Guimarães

Vanessa Lemos


mural sete Night Club

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renato sรก

Georgia Ghrke

Luiza Fornerolli e Luiza Reis

Isabelle Angeloni e Barbara Amir

GAbriela Althof e Eduardo Pereira

Carolina Noronha e Roka Goedert

Dj Lukas Ruiz e Filipe Gallotti

Junior Viana e Daniela Stier

Tatiana Dominoni

marcelo, flรกvia e xuxa

Eduardo Abraham e Sarah Soares

Fernanda Franklin, Flรกvia Tirloni e Kakรก Bilevicius Alice Harger

Angeloca Genovez

Joรฃo Pedro Martini de Castilho e Gustavo Paiva de Souza


mural RED DINNING

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SABOR E REQUINTE

Com cardápio fusion, Red Dinning une boa comida e descontração

fotos darline santos om o tempero exótico da culinária peruana, o Red Dinning tem um cardápio fusion, com área exclusiva para quem aprecia boa comida, com temperos, pimentas e condimentos vindos dos países andinos. O sushi peruano, inédito em Florianópolis, integra o cardápio minuciosamente desenvolvido pelos chefs Hugo Olaechea, Sara Sanchez e Anilson Pereira. Aberto ao público de quinta a sábado.

C

Alexia e Raissa Novgorodcev

MaurÍcio Machado e Vini Damiani

jorge freitas e aninha

Amanda Saiuri e Camila de Souza

Ellen Teodoro

alice matos

Eliza Joenck

maria cláudia menezes


mural RED DINNING

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Evelyn Rotolo Vasconcelos e Larissa Vasconcelos

Daniela Daotro

Betina Muniz

Raphaella Ramos, João Bossle, Daniela Stier e Giovanna Donatti

Bruna Sens e Bruna Becker

Roka Goedert e Bela Soncini

Mayte Sell e Rafael Beduschi

Flávia Tirloni

Rebeca Amim e Luiz Philipe Santos

VAnessa Lemos e CAmilla Solussoglia

Monica Hess e Eder Silva

Paty Koerich

Vanessa Viana e Nicole Librizzi

xuxa

Amanda e Wilfredo Gomes

CAmyla VitÓrio

Julia Ulyssea e Maria Soncini


mural p12

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P12 Anna Carolina De Paula e Isabela Teixeira Pinto

O beach club mais famoso do Brasil

Marcela Damm

Alexandra Cinschoten

fotos Angelo santos e david collaço

M

esmo na baixa temporada, o P12 não descuida da programação. Com presença da galera mais bonita de Floripa, o beach club mantém o ano todo a qualidade das festas, com atrações do quilate dos Paralamas do Sucesso, das musas do eletrônico Miriam e Oliva, que formam a NERVO e das bandas Jamz e Malta, reveladas no reality Superstar, da Rede Globo. Imagina no verão!

Rafael Pigozzi e Bruno Be

Midiã Cardoso

Rafaela Abreu

Cícero Ronchi

Beatriz Mallmann

Lovebirds XX Robert Babicz

Fernanda Duarte

Malu Ferreira

Renato Nomura

Caroline Forneroli



mural estação p12

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DÉbora Brasil

Guilherme Scheer

Camila Brito Grace Martins

Monique Sainz

Marina Hillesheim

Pinho Menezes

Rafael e Leticia Kuerten

Suzana VitÓrio

Rafaela Galiani

Mariana Althoff e Robson Deschamps

Tarcila Leite

Nicole May Coppi

Schirley Reinaldo e ClÁudioGianechini Sabonete

Sabrina Schoena



mural donna Dining Club

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o melhor esquenta

Jamil Nicolau, Marina Gonzaga, Syomara Besen e Carol Lobato

Donna Dinning Club une gastronomia e entretenimento em Jurerê Internacional

Mariana Pelegrini

Bernardo Amorim e Tabata Durieux

fotos darline santos e Angelo santos

Q

uem gosta de boa comida e diversão de qualidade tem destino certo em Floripa. O Donna Dinning Club reúne a nata da sociedade local e muitos turistas, que se alternam entre as mesas de jantar e a pista de dança. Excelente dica para o esquenta de sábado à noite — um clássico da casa — antes das festas da madrugada. Schirley Albuquerque e Claudinho Sabonete

Gabriela Losekan

Adriele GuimarÃes

Camila Cunha

Roka Goedert

Pascoli Taolo, Rafael Oechsler e Jamesson Mora

Camila Stofella

Nathalia D`aquino

Moyale Guardini

Ricardo Pereira e Camila Fraga



mural cash

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Arabella Muniz, Roberta Finger, Lorraine e Yasmim Muniz

DIVERSÃO DE LUXO

Gabriel Paixão e Luiza Giacomini

Cash Exlusive surpreende com sofisticação na noite da Ilha fotos darline santos

O

nome é assim mesmo: Cash Exclusive, mas para os íntimos frequentadores, apenas Cash. A elite florianopolitana disputa todas as sextas-feiras os 150 lugares disponíveis na casa localizada em um dos endereços mais nobres da Capital, na avenida Beira-mar Norte. O prédio, que é tombado pelo patrimônio histórico, tem um ambiente rico em detalhes decorativos. Papéis de parede que ostentam a logo do club compõem um cenário luxuoso com sofás de couro e mobiliário importado. Os camarotes são integrados à pista de dança, uma tendência no segmento premium.

Paula Martendal e Bruna Marquelez

Vinicius Martini e Paula Willemann

drielle Guimarães

Gabrielle Veras

Mariana Bathke

Leonardo Ávila e Alice Harger

Júlia e Monique Ulyssea

Paty Koerich

Diogo Pedro e Nathalia Souza



mural cash

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Aline e Lola Zumblick

Marina Machado

guilherme e augustin mica

aline lilian e lais soratto

Cynthia Bolzan e Bárbara Mir

Caio Schilikmann e Bruna Sens

Charlene Fernandes

Mariana Furlan e AndrÉ Bornhausen

Ariany Mattos

FlÁvia, Beatriz e Orlando Becker

Yasmim Muniz

Elisa TAvares

Gabriela Floriani

Paula Ramos

Roca Goederth



mural Cafe de La Musique

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Beatriz e Yasmim Muniz

PRIMEIRO TIME

Dj. Lipous e Eduarda Brandalise

Life is a Loop

DJ. Fernanda Riffel

Cafe de La Musique é o recanto dos ricos e famosos na Ilha fotos angelo santos

S

empre com muito luxo, cardápio e bebidas de primeira e animação garantida por grandes dj’s, o Cafe de La Musique é destino certo para quem quer se divertir em sunsets inesquecíveis lotados de gente bonita.

Mahara Medeiros

Dj Marcelo Carlesso e Juliana Barbosa

Lucas Nummer e Mac Ferry

Bia Veit

Camila Duarte

Fernanda Agnes e Letiere Borges

Pamela Martins e Tatiane Weber

Lorraine Muniz de Medeiros,Yasmim Muniz e Beatriz Muniz

Leãozinho e Tatiana Costa

Jeniffer Rozar

Cintia Barth da Costa

Agata Ribas



mural vento haragano

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DE PRIMEIRA

Premiada churrascaria paulistana Vento Haragano inaugura nova unidade no Morumbi fotos Marco cezar e laura sacchetti

amaury jr., FERNADA VORTOLINI e LUCAS ZANCHETTA

A

premiada Vento Haragano inaugurou uma nova unidade no Morumbi, zona sul de São Paulo. Com 20 anos de história, a Vento Haragano se transformou em uma referência em churrascaria no país, destacando-se pela qualidade das suas carnes, excelência no atendimento e por manter uma das mais completas adegas da América do Sul. A unidade Morumbi mantém todas as virtudes que fizeram a fama da matriz da Avenida Rebouças, nos Jardins. A abertura da Vento Haragano Morumbi faz parte do processo de expansão e consolidação do setor de churrascarias liderado pela Brazcarnes, holding que atua no segmento de churrascarias e fast food de carnes. “O crescimento da Brazcarnes, tanto no mercado brasileiro como internacional, terá como alicerces o respeito às origens culturais do churrasco e a qualidade singular dos nossos produtos e serviços”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Brazcarnes, Lucas Zanchetta. Em dois anos sob a gestão da Brazcarnes, a Vento Haragano conquistou três importantes prêmios da gastronomia paulistana e brasileira: melhor churrascaria rodízio na edição especial Comer & Beber da revista Veja; melhor churrascaria rodízio da Go Where Gastronomia; uma estrela no Guia Quatro Rodas. A Vento Haragano Morumbi tem capacidade para atender 600 pessoas e oferece 26 cortes de carne. Destacam-se a Picanha (que vem da Austrália), o Bife Ancho (da Argentina), o Carré de Cordeiro (da Nova Zelândia), a Costela Premium, o Pernil de Javali servido com geleia de jabuticaba e a Costela de Tambaqui. O bufê tem 60 tipos de salada e molhos. “Temos um cuidado extremo para garantir a qualidade da carne que servimos. Temos padrões rígidos para qualificação dos nossos fornecedores, internacionais e nacionais. Controlamos com o mesmo rigor o transporte, estocagem e manipulação dos cortes. Profissionais altamente qualificados acompanham todo o processo do preparo das carnes nas churrasqueiras até o momento em que elas são servidas nos pratos dos nossos clientes”, explica Giovani Laste, sócio-diretor da Brazcarnes e um dos fundadores da Vento Haragano. A adega também ocupa um lugar especial na unidade do Morumbi. A carta vinhos tem 300 rótulos e a adega climatizada tem capacidade para mais de 3 mil garrafas. Entre as opções da carta estão o argentino Callia Magna Shiraz, o chileno Niquém, o espanhol Vino Alberdi, o argentino Antologia XXVIII e até o lendário francês La Chapele Hermitage, que custa R$ 2.100,00 a garrafa.

CAROL SCAFF

laura sacchetti

FERNANDA BARBOSA

DANI KNIDEL


FERNADA VORTOLINI

GIOVANI LASTE

IVES KOLLING

HOMENAGEADOS

MARINA MENDONÇA e LUIZA PASINATTO

VALENTINA DRUMMOND

CRIS DINIZ

MARIANA, DéBORA, LUIZA e CAROL

JOHNNIE HERBERT JR. e MARINA GOMIDE

MARIO VELLOSO

DRIELY BENNETTONE

LEANDRO LIMA

JULIA PERUCI

MARCO ATÔNIO LACAVA e MARISA

DAVID BRAZIL e WALÉRIO ARAúJO

SALLY

mural vento haragano

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mural vento haragano

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ALESSANDRA CAMPIGLIA e LU DOMINGUEZ

RAFAEL PUTTI e DANIEL ANDREIS

RAFAEL KLABIN e MARIA EDUARDA VARGAS

HERACLES, GREICE, STEFANY e MARCELO

MAISA VASCONCELOS e RAFAEL VARGAS

RONNY KRIWAT

NORBERTO BUSTO e KARINA MAGALHÃES

ISABELA MYUKI, KAREN ASEVEDO e LORENA TREVELIN

LEONARDO MARQUES, DANTE TOZETTO e ÁLVARO

FERNANDA MARTINS

RICO MANSUR

CAMILA CAMARGO

GISELLE BATISTA

ANNIE SALOMON e NATACHA OLIVEIRA


família zanchetta ALTEMIR GREGOLIM e JANE MATTOS

Brazcarnes

LUIZA PASINATTO

A Brazcarnes Participações S/A foi criada em setembro de 2012 e tem operações na produção e comercialização de alimentos, além de ter participação em outras empresas do setor, como acionista ou quotista. Em 2013, a empresa passou a administrar a churrascaria Vento Haragano e, em agosto deste ano, assumiu a gestão da Brasil Foodservice Group (BFG), dona dos restaurantes Porcão, Porcão Gourmet e Garcia & Rodrigues do Rio de Janeiro. A Brazcarnes já alcançou faturamento de R$ 250 milhões, entre ativos próprios e negociados.

MAISA VASCONCELOS

KARINA SALOMONI

MARCELO QUINTINO

SARA, Bernardete, MIDORI, CLÁUDIA e RICARDO

OLíVIA, RAFAELA e LUIZ VITORINO

MIKA e RODRIGO

PAMELA e EDUARDO PIMENTA

GUALTIERO PICCOLI e ROBERTA RUIZ

GIULIANO, GABRIEL e JOãO VITOR

MANU GAVASSI

mural vento haragano

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mural vento haragano

90

BRUNA e NATHÁLIA

FÁBIO, GUALTIERO e LUIZA

LUCAS ZANCHETTA e david braZil

SAMUEL RODRIGUES

ALBERTO e VIVIAN

RAFAEL COSTA e BRUNO JACOMEL

BRUNA SILVA

LELE RODRIGUES

cibele mazzo

amaury jr. e raimundo zumblick

KAREN AZEVEDO e EDUARDO OKUBARU

LUIZA ROTTA e ISMAEL MARTINS

MATHEUS ANTUNES e JOSÉ NERES

DÉBORA CRUZ

RENATA ROSSI

FERNANDA e RAFAEL BELMONTE




há 27 anos no coração da cidade. As melhores marcas nacionais e importadas.

Rua Felipe Schmidt . 218 . Centro . Florianópolis/SC . 48. 3223-7550


mural fields

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Gabriel Rocha e Fabiano Steil, ladeados pela dupla Marcos e Belutti

em casa

Ana Gabriela Martins

Bruna Sens e Caio Schlickmann

Jessica Franzoni

Franciele Perão

Joana de Marco

Jéssica Weiss

Jeniffer Rozar

Luisa Macário

Letícia Pereira

Ana Paula de Lucca e Léo Brillinger

Marcos e Belutti agitaram mais um show na Fields fotos Angelo Santos e Darline santos o mês de outubro, a Fields recebeu uma das duplas mais queridas do Brasil: Marcos e Belutti. Eles estiveram na casa mais charmosa de Santa Catarina com o show do novo DVD/CD “Acústico”, que prioriza a musicalidade e mantém a essência poética que os consagrou. Entre as mais pedidas do público, a música “Domingo de manhã”, foi cantada em coro pela galera que lotou a casa noturna.

N

André Sada e Alexandre Schramm

Felipe Brillinger e Bruna Becker

Mauricio Machado e Marcel Fabre

Neto e Lucas Pedroso

Heloisa e Juliana Genovez

PC D’ávila e Kyka



mural fields

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Luiza Soares

Jessica Minatti

Latino e Gabriel Rocha

Ana Bastos e Aricia Silva

Camilla Ventura e Amanda Cristina

Bruna Burger

Ricardo Lopes, Jeane Moura, Tamires Casarini e Clテ「dio Acioli

Gabriele Gugelmin

Nati Casassola

Jeniffer Rozar e Fernanda Althoff

Maria Rita

Arabella e Lorraine Medeiros

Celso Martello e Monique Amin

Gabrielle Vanti


A cozinha do Yaah ganhou novos temperos, juntou outros ingredientes e criou o Yaahkisoba. Uma combinação de legumes, carnes, molhos, macarrão ou arroz que você mesmo pode montar, ou saborear os clássicos e tradicionais pratos da cozinha oriental.

Yaah (Centro) Rua Bocaúva, 2.300 (48) 3879.9693

www.yaah.com.br

Yaah (Kobrasol) Rua Koesa, 255 (48) 3034.7794

Yaahkisoba (Trindade) Rua Lauro Linhares, 1.015, loja 8 (48) 3879.9694

Yaahkisoba Delivery (48) 3879.9694

www.yaahkisoba.com.br


mural music park

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Fim de Semana Sertanejo Durante dois dias, festival reuniu mais de 15 mil em Jurerê Internacional fotos marco cezar e laura sacchetti

P

ela primeira vez em Floripa, os maiores nomes da música sertaneja estiveram reunidos em um mesmo evento. Realizado em maio na Costa do Sauípe, o Weekend Sertanejo trouxe a Jurerê Internacional nomes como Jorge & Mateus, Gusttavo Lima, Israel Novaes, Humberto e Ronaldo, Guilherme & Santiago e Matheus & Kauan. Com formato de weekend, que incluiu acesso às festas, transporte e hospedagem no Il Campanário, o evento atraiu turistas e fãs do estilo sertanejo de todo o país. As casas Devassa On Stage e Cafe de La Musique foram os palcos das três festas principais. Durante dois dias de muita música mais de 15 mil pessoas passaram pelo evento, que entrou para a história do Complexo Music Park. “Trabalhamos com muito afinco para que o evento fosse um sucesso. Conseguimos”, afirma Kaio Silvano, coordenador do evento.

WENDY, JULIANA, CAMILA e GABRIELA

KAUAN E MATHEUS

MONIQUE AMIM

fernanda rifel

LUCIANO, MARCELO e DORENI CARAMORI



mural music park

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AMANDA SASSO

LETÍCIA MAZIERO

GABRIELA BERTOLDI

ARABELLA E LORRAINE MEDEIROS

arícia silva

FLAVINHA TIRLONI

pedro freitas

NATALIA CASSASSOLA

GIZELE E DOUGLAS HILLESHEIM

JORGE CANELA e ROBERTA

JAICE DUARTE

GABRIELA WIGGERS

LETÍCIA E ALEXANDRE PADILHA

LELÊ JUNQUEIRA

KELY MARDER

LAURA LUBI


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empreendimento

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Irmãos e parceiros foto MARCO CEZAR

Alexandra e Flávio Candemil, nomes em alta na advocacia trabalhista, dividem escritório — e lembranças da infância


M

uito trabalho, estudo, foco e disciplina. Foi perseguindo essa receita de sucesso que os irmãos Alexandra e Flávio Candemil consolidaram o Candemil Advogados Associados na posição de destaque que ocupa hoje no mundo da advocacia trabalhista em Florianópolis. Eles são protagonistas de uma história de lealdade e companheirismo que começou bem cedo, ainda na infância. Maria da Graça e Mauro Candemil tinham se mudado de Laguna para Florianópolis, onde nasceram seus quatro filhos. Alexandra era a filha primogênita. Flávio, o caçula. Sempre muito ligados emocionalmente, os dois acabaram trilhando um caminho idêntico na vida adulta quando optaram pelo Direito e mais adiante por serem sócios. Em 10 anos de funcionamento, completados no último dia 27 de outubro, o Candemil Advogados Associados formou uma invejável carteira de clientes, atendendo atualmente grandes empresas do setor de telecomunicações, têxtil, construção civil e hotelaria, entre outros. A atuação do escritório inclui assessoria preventiva, advocacia processual e administrativa, negociação coletiva, consultoria em recursos humanos, processos criminais no âmbito empresarial, Direito Tributário e Direito Empresarial. Outro seis advogados completam a equipe jurídica. O endereço da sede é privilegiado: em frente ao Tribunal Regional do Trabalho da 12.a Região, na Rua Esteves Júnior. Recentemente, começou a funcionar a primeira filial, em Palhoça, na Grande Florianópolis. “Não herdamos o escritório, tudo aqui foi construído com muita perseverança. Somos a primeira geração de advogados da família, e isso nos orgulha muito”, salienta Alexandra. O irmão, segundo ela, é um “porto seguro”, além de um parceiro valioso no trabalho. “Nele, encontro tranquilidade.” Os amigos da advogada costumam brincar que ela faz mágica no relógio tamanha é a sua capacidade de administrar múltiplos compromissos. Além de estudar os processos, participar de audiências e atender clientes, um dia normal na vida de Alexandra começa com ela no computador checando alterações na legislação trabalhista e analisando tendências dos tribunais nos julgamentos. Depois, prepara as aulas de graduação e pós-graduação

“Muitas pessoas me perguntam como consigo fazer tanta coisa... Acho que é porque sou apaixonada pelo meu trabalho, seja na advocacia ou na docência.” (Alexandra Candemil)

“É importante que os empresários se conscientizem e cumpram a legislação para evitar dissabores. Para isso, na hora da dúvida, devem procurar um advogado, que é o profissional habilitado para promover esse trabalho preventivo.” (Flávio Candemil) que ministra no Cesusc. Ainda sobra tempo para fazer academia e pilates, comparecer a eventos sociais e escrever livros sobre o direito do trabalho. “Muitas pessoas me perguntam como consigo fazer tanta coisa... Acho que é porque sou apaixonada pelo meu trabalho, seja na advocacia ou na docência”, explica Alexandra. “Me sinto hoje uma mulher completa. Tenho dois filhos lindos, o carinho e a atenção do meu companheiro Marcelo, muitos amigos fiéis, uma carreira na advocacia reconhecida pelo Judiciário e pela sociedade, e uma trajetória enriquecedora em sala de aula”. Os alunos, aliás, não poupam elogios. “Professora linda e querida!”, comentou recentemente uma estudante numa rede social. No currículo da advogada estão duas obras: “A Arbitragem nos Conflitos Individuais de Trabalho no Brasil e demais países-membros do Mercosul” e “Curso de Direito Material e Processual do Trabalho. Visão Moderna dos Direitos Sociais”. O terceiro livro — descrito pela autora como um manual completo para o empregador sobre a demissão com justa causa — está em fase final de edição e deve ser lançado nos próximos meses. Flávio gerencia da mesma forma seus dias atribulados. Além de advogar, é ele quem cuida da administração do dia a dia do escritório-sede e da filial, onde, além do corpo jurídico, trabalham secretárias e estagiários. Nas horas vagas, gosta de jogar futebol com os amigos. O advogado tem viajado com frequência ao Rio de Janeiro desde que a namorada, a médica Thayná Mello Alegreti, mudou-se para lá para fazer residência em Dermatologia no Hospital Universitário da UFRJ. “A gestão do nosso escritório é baseada em seis valores fundamentais: ética, qualidade, agilidade, eficiência, segurança e credibilidade”, resume Flávio. “É importante que os empresários se conscientizem e cumpram a legislação para evitar dissabores. Para isso, na hora da dúvida, devem procurar um advogado, que é o profissional habilitado para promover esse trabalho preventivo.”

empreendimento

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VIVER NO PARAÍSO Cercado de tranquilidade e gente bonita, Costão Golf é opção sofisticada de lazer fotos MarcuS quint

U

m condomínio em meio a natureza, o Costão Golf Club é cercado de belas paisagens, com morros, dunas, lagoas e o maravilhoso mar de Florianópolis. Construído em 2006, é ótima opção de lazer para a família e amigos nos finais de semana. Pois o residencial requintado possui um dos melhores campos de golf do Brasil, com lotes e casas à venda. É a vida no campo sem sair da cidade.

Adriana Oliveira, Alice Aoto e Roberta Comoda

André Pessoa, Paulino Aoto e Sinval Jaeger

Cesar Gomes e Jaime de Paula

Alexandre Daquino, Raquel Barreiros e filhos

Adriana Oliveira (Campeã Aberto Feminino 2014)

Thiago Sagaz, Frederico Greenberg e Joaquin Fabeiro


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Eliane de Zorzi, Dayane Ribeiro, Maria Júlia e Eliza Coral

Vitoria e Valentina Caccioli Silva

Cristina e Helena De Vicenzi

LUCCA RESENDE E CLARA GONÇALVEZ

Iolanda Marcondes

comissão

Saiba mais | Conheça as condições especiais de negociação com Hernan Maran. Fones (48) 9909-1875 ou 9962-2921. www.costaoville.com.br







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