Crescer On-line - maio de 2020

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nº 129 Maio de 2020

MAIO – Mês de Maria, mês da Mãe À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas na hora da prova mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.


CARTA DO PAPA FRANCISCO A TODOS OS FIÉIS PARA O MÊS DE MAIO DE 2020

Queridos irmãos e irmãs! Já está próximo o Mês de Maio, no qual o povo de Deus manifesta de forma particularmente intensa o seu amor e devoção à Virgem Maria. Neste mês, é tradição rezar o Terço em casa, com a família; dimensão esta – a doméstica –, que as restrições da pandemia nos «forçaram» a valorizar, inclusive do ponto de vista espiritual. Por isso, pensei propor-vos a todos que volteis a descobrir a beleza de rezar o Terço em casa, no mês de maio. Podeis fazê-lo juntos ou individualmente: decidi vós de acordo com as situações, valorizando ambas as possibilidades. Seja como for, há um segredo para bem o fazer: a simplicidade; e é fácil encontrar, mesmo na internet, bons esquemas para seguir na sua recitação. Além disso, ofereço-vos os textos de duas orações a Nossa Senhora, que podereis rezar no fim do Terço; eu mesmo as rezarei no Mês de Maio, unido espiritualmente convosco. Junto-as a esta Carta, para que assim fiquem à disposição de todos. Queridos irmãos e irmãs, a contemplação do rosto de Cristo, juntamente com o coração de Maria, nossa Mãe, tornar-nos-á ainda mais unidos como família espiritual e ajudar-nos-á a superar esta prova. Eu rezarei por vós, especialmente pelos que mais sofrem, e vós, por favor, rezai por mim. Agradeço-vos e de coração vos abençoo. Roma, São João de Latrão, na Festa de São Marcos Evangelista, 25 de abril de 2020. Francisco

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PALAVRA DO FUNDADOR Para cada um de nós, para todos nós, houve um momento em que fomos justificados, feitos justos: isto é, santificados, feitos santos; participantes da vida de Deus, que é o Santo. Todos sabemos o dia em que nascemos para a vida de Deus. É o dia do nosso batismo. Naquele dia, recebemos – como dom - a Fé, nascemos para a Fé. Naquele dia - no momento em que o sacerdote, derramando água sobre a nossa cabeça, disse: "Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo " - aconteceu algo em nós, que não é apenas irrepetível, mas, de facto, incomparável com qualquer outro acontecimento da nossa vida. Vede: João Baptista Montini foi batizado, em Moncesio. O que aconteceu nele - com ele não é comparável a qualquer outra coisa. Ainda criança, fez a Primeira Comunhão; jovem, foi ordenado sacerdote; já adulto, foi consagrado bispo e nomeado Cardeal; no dia 21 de Junho de 1963, foi eleito Papa. Mas, estes "acontecimentos", todos juntos, representam muito menos do que o que aconteceu quando, com alguns dias de idade, foi justificado '', foi “santificado”, feito santo, divinizado: feito Deus. São Paulo diz que isto se realiza pela fé que d’Ele recebestes como dom: sem a ter, de alguma forma, merecido. Uma vez recebida, devemos conservá-la, aumentá-la, fazê-la crescer sempre mais até atingir a sua plenitude, a sua perfeição. (Cartas simples, vol. 7, Carta de dezembro de 1975)

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Movimento Oásis em Portugal (1958 – 2018) 60 ANOS - 60 TESTEMUNHOS Deus estava!... Deus estava e conduziu a minha história Eu conheci o movimento oásis pelo “Ancilla Domini”. Até então nunca tinha ouvido falar de Institutos Seculares. Sentia no coração uma sede de entregar a vida para que os outros fossem felizes. Participei num encontro de formação de catequistas que se realizou no centro de espiritualidade Oásis. Este encontro transformou a minha vida. Não sei como aconteceu, mas acredito que Deus estava lá. Encantou-me a forma alegre, simples e humilde das pessoas que viviam na casa. Ainda hoje pergunto porque tocaram o meu coração! Eu também queria ser assim! Fui ao encontro da Ana Maria, responsável do Centro para que me explicasse a alegria de uma vida entregue para o serviço dos outros. Ela falou-me com tanto entusiasmo e paixão do movimento oásis que eu fiquei maravilhada mesmo não percebendo muitas coisas. No final da conversa pensei: também quero viver desta maneira. Comecei então a conhecer mais em profundidade a espiritualidade do serviço por amor. Respondia, de facto, à sede que eu sentia de entrega da vida toda. Formei um grupo de jovens do movimento na minha paróquia, e a quantos encontrava falava da grandeza deste movimento. Muitos destes foram marcados pela espiritualidade. Estava então decidida a entregar a vida para que os jovens se encontrassem com Jesus. O sim era a resposta à ânsia de ser como Maria, para chegar a Jesus. Passaram-se muitos anos… Hoje sou este mistério de Luz e sombras com que me vou cruzando na vida de tantos e tantas. Agradeço a Deus e a todos os que marcaram a minha história. Sou feliz porque me sinto habitada pela grandeza do amor de Deus. Quero ser uma marca positiva na vida dos que se encontram no meu caminho e me fazem sentir acariciada pelas maravilhas do nosso Deus. Acredito que o movimento Oásis marcou e continuará a marcar, com um selo de verdade e compromisso, todos os que se deixaram tocar por este Jesus, que quer fazer de cada ser humano um sinal da Sua presença, num mundo à procura do mistério. Linda Crescer on-line - Maiol de 2020 - Página nº 3


CATEQUESES DO PAPA FRANCISCO SOBRE O BATISMO (IV) Considerando os gestos e as palavras da liturgia, podemos compreender a graça e o compromisso deste Sacramento, que deve ser sempre redescoberto. Fazemos memória dela na aspersão com a água benta, que se pode realizar no domingo, no início da Missa, assim como na renovação das promessas batismais, durante a Vigília pascal. Com efeito, quanto se verifica na celebração do Batismo suscita uma dinâmica espiritual que atravessa toda a vida dos batizados; é o início de um processo que nos permite viver unidos a Cristo na Igreja. Portanto, regressar à nascente da vida cristã leva-nos a compreender melhor o dom recebido no dia do nosso Batismo e a renovar o compromisso de lhe corresponder na condição em que estamos hoje. Renovar o compromisso, compreender melhor este dom, que é o Batismo, e recordar o dia do nosso Batismo. (…) Antes de tudo, no rito de acolhimento pergunta-se qual é o nome do candidato, porque o nome indica a identidade de uma pessoa. Quando nos apresentamos, dizemos imediatamente o nosso nome: “Chamo-me assim”, para sair do anonimato; anónimo é quem não tem um nome. Para sair do anonimato dizemos imediatamente o nosso nome. Sem um nome permanecemos desconhecidos, sem direitos nem deveres. Deus chama cada um pelo nome, amando-nos individualmente, na realidade da nossa história. O Batismo acende a vocação pessoal a viver como cristão, que se desenvolverá durante a vida inteira. E comporta uma resposta pessoal, não emprestada, com um “copia e cola”. Com efeito, a vida cristã é tecida com uma série de chamadas e respostas: Deus continua a pronunciar o nosso nome ao longo dos anos, fazendo ressoar de muitas maneiras a sua chamada a conformar-nos com o seu Filho Jesus. Portanto, o nome é importante! É muito importante! Os pais pensam no nome que darão ao filho já antes do nascimento: também isto faz parte da espera de um filho que, no próprio nome terá a sua identidade original, inclusive para a vida cristã ligada a Deus. Sem dúvida, tornar-se cristão é um dom que vem do alto (cf. Jo 3, 3-8). A fé não se pode comprar, mas sim pedir e receber como dom. “Senhor, concedei-me o dom da fé!”, é uma bonita oração! “Que eu tenha fé!” é uma bonita prece. Pedi-la como dom, mas não se pode comprá-la, pede-se. Com efeito, «o Batismo é o sacramento daquela fé, com a qual os homens, iluminados pela graça do Espírito Santo, respondem ao Evangelho de Cristo» (Rito do Batismo das Crianças, Introdução geral, n. 3). A formação dos catecúmenos e a preparação dos pais, assim como a escuta da Palavra de Deus na própria celebração do Batismo, tendem a suscitar e a despertar uma fé sincera, em resposta ao Evangelho. Se os catecúmenos adultos manifestam pessoalmente aquilo que desejam receber como dom da Igreja, as crianças são apresentadas pelos pais, com os padrinhos. O diálogo com eles permite que exprimam a vontade de que os pequenos recebam o Batismo e, à Igreja, a intenção de o celebrar. «Expressão de tudo isto é o sinal da cruz, que o celebrante e os pais traçam na testa das crianças» (Rito do Batismo das Crianças, Introdução, n. 16). Crescer on-line - Maiol de 2020 - Página nº 4


«O sinal da cruz... manifesta a marca de Cristo impressa naquele que vai passar a pertencer-lhe e significa a graça da redenção que Cristo nos adquiriu pela sua cruz» (Catecismo da Igreja Católica, n. 1.235). Na celebração fazemos o sinal da cruz nas crianças. Mas gostaria de retomar um tema do qual já vos falei. As nossas crianças sabem fazer bem o sinal da cruz? Muitas vezes vi crianças que não sabem fazer o sinal da cruz. E vós, pais, mães, avôs, avós, padrinhos e madrinhas, deveis ensinar a fazer bem o sinal da cruz, porque isto significa repetir o que se fez no Batismo. Entendestes bem? Ensinar as crianças a fazer bem o sinal da cruz. Se o aprenderem desde a infância, fá-lo-ão bem mais tarde, quando forem adultos. A cruz é o distintivo que manifesta quem somos: o nosso falar, pensar, olhar e agir estão sob o sinal da cruz, ou seja, sob o sinal do amor de Jesus até ao fim. As crianças são marcadas na testa. Os catecúmenos adultos são marcados também nos sentidos, com estas palavras: «Recebei o sinal da cruz nos ouvidos, para ouvir a voz do Senhor»; «nos olhos, para ver o esplendor da face de Deus»; «nos lábios, para responder à palavra de Deus»; «no peito, para que Cristo habite nos vossos corações mediante a fé»; «nos ombros, para sustentar o jugo suave de Cristo» (Rito da iniciação cristã dos adultos, n. 85). Tornamo-nos cristãos na medida em que a cruz se imprime em nós como uma marca “pascal” (cf. Ap 14, 1; 22, 4), tornando visível, inclusive exteriormente, o modo cristão de enfrentar a vida. Fazer o sinal da cruz quando acordamos, antes das refeições, diante de um perigo, em defesa contra o mal, à noite antes de dormir, significa dizer a nós mesmos e aos outros a quem pertencemos, quem desejamos ser. Por isso é muito importante ensinar as crianças a fazer bem o sinal da cruz. (Praça São Pedro Quarta-feira, 18 de abril de 2018)

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25 de Abril – Festa da Família Oásis Às 15h do dia 25 de Abril, estava Portugal nas janelas e varandas a cantar a música eternizada por Zeca Afonso – “Grândola Vila Morena”, para recordar o 25 de Abril de 1974, com o Cravo vermelho na mão, festejando a liberdade como nunca antes fez tanto sentido celebrar. Uma hora depois, a alegria era ainda maior, pela libertação do "confinamento obrigatório" das paredes de casa para a nossa festa anual da "Família Oásis", no ZOOM. Quando “chegamos”, era a mesma alegria do costume, aquele acolhimento que só encontramos em Ermesinde... afinal... era a mesma euforia, só que digital e sem o toque daquele abraço. Entre nós (família) só nos riamos, pois nada tinha mudado com o isolamento de mês e meio. Estávamos todos com sede de olhares e de conversa. Foi muito bom ver a nossa gente, dos mais pequenos aos mais sábios, todos com saúde, alguns bem longe e tão perto. Pensávamos que ia ser difícil celebrar nestas condições... mas não! Depois do alvoroço do reencontro, em segundos se mergulhou no silêncio da oração, uma dualidade coerente e tranquila que encontramos no Oásis, mesmo com quilómetros de distância, unidos pela internet. Parabéns, à organização! A celebração encheu-nos o coração em cada palavra e em cada nota musical. Eramos nós... dezenas de Oasistas, dizendo o mesmo SIM, com saudades uns dos outros e com fome de oração comunitária. Muito obrigado por este momento. Família Nova

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FESTA DA FAMÍLIA OÁSIS

Escutar a palavra do nosso fundador para os tempos novos que estamos a viver Celebramos a Festa da Família Oásis de um modo diferente. Mas, as novas tecnologias abrem-nos espaços de presença e de comunhão; e, por isso, a distância une-nos na partilha da oração e na afirmação da nossa fé; na disponibilidade interior para o serviço por amor e para o renovado testemunho de entrega à vontade de Deus, num SIM de amor total. Estamos a viver tempos difíceis e sentimo-nos próximo dos que estão sofredores, aflitos, isolados, de luto. Este nosso modo de celebrar, esta nossa Festa, tem a dimensão da solidariedade fraterna mas, ao mesmo tempo, é expressão da nossa unidade, da nossa alegria e da nossa esperança. Quando refletimos o 2º ponto da nossa espiritualidade, dizemos: interesse pelo mundo – olhar o mundo com o olhar de Jesus. P. Rotondi diz: “…Temos de abrir a janela e olhar o mundo…O mundo precisa muito de Jesus. O mundo precisa d’Ele na sua infelicidade assustadora; na tristeza dos momentos de perturbação e de dificuldade; nos momentos de alegria: precisa d’Ele como de ar para respirar… Quando sentires que a tua vida ameaça naufragar porque é demasiado a lama que te cerca; o tédio que te assalta; a dor que te despedaça; a desilusão que te empurra para o mal; as tentações que te cercam e que podem provocar a tua ruína para sempre… lembra-te da palavra de um homem – que tinha experimentado todos os prazeres e todas as asceses: “Fizeste-nos para Ti e inquieto está o nosso coração enquanto não repousa em Ti” (Santo Agostinho) Não cedas diante da tristeza apesar de saberes que os dias de hoje são tempos de insegurança e de tristeza. Tu, abre o teu coração à esperança e diz a todos uma palavra de amor e de alegria. O cristianismo é luz e alegria porque transporta em si a semente da luz e do amor verdadeiro…” (tradução livre, Pe Rotondi, Passa Parola, pág. 149-150)

Neste tempo de deserto, sentimos mais vivamente o apelo deixado pelo P. Rotondi: transformar as nossas realidades em autênticos Oásis, de tal modo que, em todos os corações, floresçam desejos de santidade; sentimentos de humildade e de serviço; sinais de vida, na graça e na fortaleza do Espírito. No trigésimo aniversário da morte de P. Rotondi, queremos agradecer a Deus a sua vida e a sua obra; o Movimento Oásis e o Ancilla Domini; o testemunho e a missão que nos legou, para que permaneça sempre vivo, em cada um de nós, o desejo de nos dedicarmos a fazer crescer o Amor a Deus e aos irmãos, através da Espiritualidade do SIM, na fidelidade a Jesus e acolhendo o exemplo de Maria, a Senhora do Sim. Queremos lembrar, também, a Virgínia que se dedicou, de alma e coração, ao Ancilla Domini e ao Movimento Oásis e fez da sua vida um serviço por amor. Não podemos deixar de ter presente todos aqueles que já partiram para a casa do Pai e que deixaram a sua pegada na formação, consolidação e vida do Movimento Oásis e do Ancilla Domini. Era nosso desejo celebrar, hoje, em Festa, os 25 anos de sacerdócio do P. Adélio. Neste contexto, rezamos a Jesus por ele, pelo seu ministério, pela sua entrega de serviço ao Movimento Oásis, à Diocese e à Igreja. Pedimos a Jesus, o Bom Pastor, que encha o seu coração de alegria, de paz e de felicidade. Pe Eleutério

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Ser família Oásis: a alegria de Servir por Amor

Somos família Oásis e partilhamos a alegria de servir por amor como caminho que conduz à santidade. Vivemos tempos novos e exigentes que nunca imaginaríamos atravessar mas aprendemos com Jesus a iluminar cada acontecimento da história com a força transformadora do amor e a fazer de cada dificuldade e obstáculo uma oportunidade de crescimento. No meio de tantas mudanças que afectaram as nossas vidas nas últimas semanas, contemplamos tantos sinais de esperança na força do serviço por amor: médicos, enfermeiros, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas, consagrados e tantos outros que se colocam ao serviço dos irmãos. Deste modo, em tempo de crise e incerteza tomamos consciência que o Serviço por Amor é sinal de esperança e garante de que um mundo novo é sempre possível quando as nossas vidas se fazem lugar de serviço e atenção aos outros. Por isso, hoje, queremos renovar o nosso desejo de crescer na santidade servindo por amor. Queremos renovar o nosso sentido de pertença e fazer ecoar no mundo a alegria de dizer SIM ao que Jesus diz, dá ou pede. (Padre Cláudio)

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Reunião do grupo “Chama” (I) Com este vírus que nos afeta a todos estar longe daqueles que gostamos não é fácil, de forma a aliviar as saudades e continuar com o seu crescimento oasista, o grupo chama reuniu-se, via online, no passado dia 5 de Abril, para entenderem um pouco mais sobre 10 pontos do animador. Numa reunião anterior alguns dos jovens apresentaram os dois primeiros pontos. Agora foi a vez de, em conjunto, entenderem melhor o que lhes diz o ponto 3 e 4. No terceiro ponto foi abordado o serviço por amor, o “sim” de maria. Num espaço mais concreto que esta a ser está quarentena, foi questionado aos jovens se estes procuram ajudar em casa, se estão atentos as necessidades da sua família, para assim viverem melhor o serviço que lhes é transmitido pelo movimento. O quarto ponto tem como base os 5 pontos da espiritualidade: desenvolver as capacidades ao máximo, olhos abertos ao mundo, humildade, sim aos outros e sim a cristo. O serviço é o ponto central desta mensagem, e tal como o Padre Rotondi diz o serviço por amor é o caminho para a santidade, e só conseguimos fazer este caminho tendo como base estes 5 pontos da espiritualidade. No âmbito destes pontos foi relembrado que o serviço não deve ser feito para que os outros exaltem as nossas ações, mas sim feito de coração para ajudar os que mais precisam. Por isso, não devemos tentar mostrar o que fazemos de bem mas servir sem esperar nada em troca. Por último foi pedido aos jovens para reflectirem sobre as seguintes palavras, proferidas por Padre Rotondi, para ajudar no caminho rumo à santidade “Estou onde devo estar? A fazer o que devo fazer? Como devo fazer?” para melhor poderem servir as suas famílias neste tempo difícil que todos nós atravessamos. Foi-lhes, ainda, pedido que rezassem pelas pessoas infetadas, pelos homens e mulheres que estão “na linha da frente desta guerra” e por toda a população para que fique a salvo deste vírus. Ana Rita Oliveira

(Nota: Por lapso, no último número do Crescer online, foi colocada esta foto como sendo do grupo “Nós por ti”. Aos dois grupos e à Antónia, o nosso pedido de desculpas.)

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Reunião do grupo “Chama” (II)

No dia 26 de abril de 2020 realizou-se a segunda reunião do grupo “Chama”, no mundo virtual. Alguns aspirantes a animadores estavam incumbidos de orientar este encontro. A nossa tarefa era abordar o quinto e o sexto pontos dos “10 Pontos do Animador” e partilhá-los com o grupo. Tentamos fazê-lo de uma forma interativa e sempre que possível falar também sobre as nossas experiências pessoais. No 5º ponto, a vontade do Padre Rotondi é que fossem os jovens a animar outros jovens. Esta realidade era de certeza uma virtude, visto que, animadores jovens conseguem compreender melhor a realidade juvenil, e ajudar a encontrar o caminho para Cristo. O Animador Oásis deve ser alguém que favorece o encontro dos jovens com Ele. Resumindo, o animador deve alimentar-se para poder distribuir aos outros o alimento de que precisam – Cristo. O 6º ponto, vai muito de encontro com o 5º e complementam-se um ao outro porque neste ponto o importante é como o grupo se interliga entre si, que comunique e aborde temas que o possam incomodar e encontrar soluções para tornar o grupo onde estão inseridos forte, unido e capaz de cumprir o compromisso da Igreja. Toda esta situação nos pôs a pensar sobre aquilo que tomávamos por garantido como as nossas reuniões, como os nossos Sins para ajudar e para viver o ambiente do Oásis. É um desafio que, de certeza, nos vai deixar mais fortes e acreditamos mesmo que Deus só nos dá aquilo que conseguimos suportar. Mariana e Margarida

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E agora, quem faz companhia ao Jesus escondido?

Se me dissessem que voltaria a viver no Porto com os meus pais apesar de estar em aulas, a ter aulas mas não ter de acordar às 6:00h, continuar a fazer catequese mas não ir à Paróquia e tantas outras coisas, diria que era impossível… Mas desse rol infindável de coisas que mudaram há uma que não consigo aceitar e que inquieta o meu coração a cada dia: e agora quem é que faz companhia ao Jesus escondido? Em fevereiro, na “Missão País”, refletia com os meus colegas sobre a vida da Beata Imelda Lambertini, uma jovem que aos 9 anos pediu para entrar nas imãs dominicanas e cujo grande anseio era receber Jesus na Santa Eucaristia. Costumava dizer “Poderá alguém receber Jesus, acolhê-Lo no seu coração e não morrer?” e, na verdade, ela acabou por falecer após a sua Primeira Comunhão. Deste exemplo de vida surgiram-nos muitas questões: que valor dou à Santíssima Eucaristia? Que valor dou aos sacramentos em geral? Acolho-os como Dom de Deus ou muitas vezes move-me o convívio e o preceito? Como quero vivê-lo daqui em diante? Eu saí desta Missão com o propósito de ir sempre à Eucaristia das 7:30h antes de começarem as aulas, ao invés de à quinta/sexta-feira sucumbir e ficar a dormir mais 30 minutos, como vinha acontecendo nos últimos meses. Necessitava desta constância, pois já tinha sentido que os 15 minutos de oração junto ao Santíssimo seguidos da Eucaristia me davam força, ânimo e sobretudo ajudavam-me a ser mais instrumento de Jesus no dia-a-dia. De repente, porém, tudo isso terminou… E agora quem faz companhia ao Jesus escondido? Os sacerdotes e consagrados(as) têm a bênção de poder continuar a oração… E nós leigos? O que podemos fazer? Não tenho a certeza, mas muito possivelmente a nossa missão passa por reconhecer Jesus na família que partilha o pão connosco em cada dia, tal como os discípulos de Emaús e ler estes tempos à luz das Escrituras para que a fé não esmoreça! Saliento o versículo 15 do salmo 145 que mais me tem acompanhado nestes dias: “Todos têm os olhos postos em ti, e, a seu tempo, Tu lhes dás o alimento.” Move-me esta certeza que o tempo de Deus é sempre o tempo certo! Por isso, no devido tempo Ele dar-se-á de novo como alimento de vida para todos os que neste momento Jejuam… Quando toda a tempestade passar, queres juntar-te ao São Francisco Marto (pastorinho de Fátima), a mim e a tantos outros para fazemos companhia ao Jesus escondido no Santíssimo Sacramento? Até lá desafio-te a rezares comigo esta pequena oração que escrevi na quinta-feira Santa deste ano: Ó meu bom Jesus, que saudades tenho de Te receber e adorar no Santíssimo Sacramento! Neste momento, estamos a comer, tal como o povo Judeu, as ervas amargas molhadas na água salgada das nossas lágrimas de saudade. Vem depressa Senhor Jesus! Não demores a dar-te a todos os que neste momento jejuam! Até lá, move-nos o pão da fé! Ritinha (Ana Rita Vieira) Movimento Oásis Centro de Espiritualidade Rua Mirante de Sonhos, 105 4445-511 Ermesinde - tel. 229712935 http://www.movimentooasis.com Contactos : padrearaujo@sapo.pt / oasis@movimentooasis.com Crescer on-line - Maiol de 2019 - Página nº 1


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