MELANCIA mag #17 janeiro

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MELANCIA mag

Cultura Visual & Lifestyle # 17 | Janeiro 2017 | melanciamag.com MELANCIA

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@willdflower_wildheart


MELANCIA cultura visual e livestyle mag #17 / janeiro 2017

idealizadoras Juliana Lima & Mafalda Jesus sp e

al ci nks tha :)

Teresa Freitas | fotografia Guilherme Kramer | ilustração El Pez | ilustração e street art Naked | fotografia Luis Martins | tatuagem Siga os Balões | escrita e criatividade Sofia Reis | blog Andy Calabozo | arte e ilustração Gustavo Ávila | literatura Renato Tizzi | empreendedor Suelen Mendonça Gabriel Campino Ricardo Quiroz Frederico Almeida Ana Henriques | revisão Família | Amigos

Capa e Contra Capa by: Guilherme Kramer

e-mail: melanciamag@gmail.com | www.melanciamag.com | facebook/melanciamag | instagram: @melanciamag


ANO NOVO, ROTINA NOVA! 365 dias, num calendário a estrear... Em 2017, a MELANCIA mag vai continuar contigo, esperando contar com a tua atenção e companhia fiel ao longo de mais 12 meses. Prometemos um ano cheio de ideias, cores, novidades, projetos, artistas (e pessoas) que vais querer conhecer! Até aqui, nada de novo, estás a pensar... É certo, pretendemos manter a qualidade e melhorar cada vez mais! Porém, nas nossas resoluções de ano novo, decidimos pôr em prática algumas mudanças, necessárias, nas nossas rotinas. A partir deste mês, as nossas edições serão bimestrais, ou seja, traremos novidades de dois em dois meses e não mensalmente, como sempre fizemos desde a primeira edição. Mas não pensem que é porque nos falta vontade ou entusiasmo! Nada disso! Continuamos a deliciar-nos com a preparação das páginas da nossa revista, mas o nosso dia-a-dia está a exigir muita dedicação e o tempo escasseia. A MELANCIA mag somos nós (e vocês). É a Juliana e é o Brasil. É a Mafalda e é Portugal. Tudo junto, tudo misturado. É a nossa dose de magia e é o nosso momento de partilhar com toda a gente o que nos inspira, o que nos interessa, o que queremos dar a conhecer. Então, apesar de tudo, claro que não podíamos desistir da nossa saborosa revista. Vamos em frente, renovadas e com a mesma energia de sempre! Assim, optámos por diminuir a quantidade das nossas fatias mensais para manter cada uma com a mesma qualidade e sabor apurados. Para nós e para vocês! Atrevam-se a continuar connosco em 2017! FELIZ ANO NOVO :)





JAYA AERIAL LAB Nasceu no final de 2016, o Jaya Aerial Lab, no coração da cidade de Lisboa. Uma escola ímpar que tem como objetivo central fomentar e desenvolver as artes aéreas em Portugal. Neste sentido, reúne várias modalidades aéreas, tais como: Yoga Suspenso, Aerial Hoop, Chinese Pole, Pole Dance, Vertical Fabrics, Trapeze. www.jaya.pt


índice SIGA OS BALÕES

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LUIS MARTINS

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68

EL PEZ

40

60 78

ANDY CALABOZO

SAMPA SAMBA

TOMA NOTA

PING PONG

96 98

92 94

#melanciamag

86

DELICIA DE MELANCIA

NAKED

100 ESTILO QUE ANDA POR AÍ

MEXIQUER BLOG

20

30

TERESA FREITAS

GUILHERME KRAMER


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Instagram & Fotografia

teresa freitas Entrevista por: Mafalda Jesus Fotografias por: Teresa Freitas

Teresa Freitas (@terescfreitas), é uma notável fotógrafa e instagrammer proveniente de Cascais. Nesta pequena entrevista, conta-nos como funciona o seu mundo por detrás deste projeto e confessa que a sua maior inspiração é comer e dormir, pois sem isso não é nada. Marca a diferença com as suas fotografias surrealistas, que nos intrigam e nos obrigam a ver mais e mais. Se não conheces este instagram, não sei do que estás à espera.

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“OS FOTÓGRAFOS INSTAGRAMMERS NÃO SE DEIXAM ABALAR PELA MUDANÇA QUE A TECNOLOGIA TRAZ À SUA PROFISSÃO, PORQUE TAL COMO SE PERDE UMA COISA, GANHA-SE OUTRA”

1) MELANCIA: Quem é a Teresa? TERESA: Quando me fazem essa pergunta esqueço-me de quem sou. 26 anos, Cascais, chocolate - é isso? 2) M: Como começou esta aventura no mundo do instagram? T: Não teve um começo pronunciado ou romântico. Em 2015 começou a ser levada mais a sério, quando as aventuras chegaram até mim. 3) M: O que distingue as pessoas criativas das outras? T: Não acho que seja uma distinção justa. Todas as pessoas são criativas ou pelo menos têm esse potencial, em áreas diferentes. As que desenvolvem a sua criatividade têm mais facilidade em pôr a imaginação a trabalhar para produzir resultados mais surpreendentes. Há mais espontaneidade e liberdade para experimentar. 4) M: Tens feito muito sucesso nestas redes sociais. Na tua opinião, qual é a principal diferença entre um fotógrafo e um instagrammer? T: Prefiro pensar em “qual é a diferença do trabalho de um fotógrafo no Instagram”. Há fotógrafos instagrammers tal como há engenheiros instagrammers. O Instagram 12 MELANCIA

permite muitas coisas: experimentação; veracidade; leveza; informalidade... algo que nem sempre se tem em mente quando se está a trabalhar com um cliente, com um propósito. Os fotógrafos instagrammers não se deixam abalar pela mudança que a tecnologia traz à sua profissão, porque tal como se perde uma coisa, ganha-se outra. É uma oportunidade. 5) M: O que te inspira? T: Comida e dormir. Se estiver com fome e sono não sai nada. 6) M: Qual é o teu lema? T: Não deixar para amanhã o que se pode cancelar imediatamente. Se fizer o meu melhor, ao menos não me posso culpar de nada. Ser uma voz, não um eco. 7) M: Onde encontramos a Teresa quando não está a fotografar? T: Não queria dizer a editar as fotografias, a comer ou a dormir... vamos pelo “a ver o mar”! 8) M: Deixa uma mensagem à MELANCIA mag e aos seus leitores :) T: Esta é fácil - Bom ano para todos!


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VEGANO

UNISSEX

E COL ÓG I CO

F EI TO N O B R A SIL

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/i nse ctashoe s

/ i n s ec t a i n s ec t a

WW W.I N S E C TA S H O ES .CO M VENDA ONLINE PARA O MUNDO TODO SÃO PAU L O A rtur d e A zeve d o , 4 9 9 - P in he i r os PO RTO A L E G RE M ig ue l To s te s , 8 3 6 - R io B ran co MELANCIA 19


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Arte e Ilustração

Entrevista por: Juliana Lima Imagens por: Guilherme Kramer e Divulgação

Guilherme Kramer, brasileiro, tem 38 anos, é natural de São Paulo e o artista que presenteou-nos com a belíssima capa desta edição. Formado em Comunicação Social, assumiu a sua profissão como artista plástico e conta-nos a naturalidade com que decorreu o seu percurso profissional e fala-nos do seu processo criativo, das suas características como “observador andarilho” e a conexão de tudo isso com a sua principal inspiração: o povo brasileiro.

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“TUDO DEPENDE DO MEU ESTADO DE ESPÍRITO, AS VEZES QUERO A CALMA DO ESTÚDIO, ÀS VEZES, OS RUÍDOS DAS RUAS. NÃO QUERO PRENDER-ME A ESTEREÓTIPOS, HOJE EM DIA TUDO ESTÁ MAIS ABERTO, E ISSO É MUITO LIBERTADOR.”

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1) MELANCIA: Quem é o Guilherme Kramer? KRAMER: Brasileiro, andarilho, caféinômano, inconformado e que sonha todas as noites. 2) M: Quando percebeste que a arte era o caminho a seguir? K: Quando percebi que não daria conta de viver somente das coisas reais e banais, que precisava de mais para a minha existência, de uma rota de fuga. A minha arte surgiu dessa necessidade: loucura e cura. Sempre desenhei, e quando era pequeno rabiscava o chão da garagem de casa, quando preenchia tudo, apagava e começava de novo, essa obsessão pelo desenho acompanha-me até hoje. Sou uma pessoa melhor, rabiscando. 3) M: Como começou o teu percurso na street art? K: Começou de forma muito natural, pintava muito já, em telas e papel. Conheci amigos do graffiti que me convidaram para pintar na rua, diziam que o meu trabalho ficaria bom nos murais. Um dia saí com eles e pintámos um campo de futebol em São Paulo. Gostei muito. Pintar na rua é diferente, não que seja melhor ou pior do que no ateliê, mas tem outra energia, outra escala e sempre a possibilidade de interagir com a arquitetura local. Tudo depende do meu estado de espírito, as vezes quero a calma do estúdio, às vezes, os ruídos das ruas. Não quero prender-me a estereótipos, hoje em dia tudo está mais aberto, e isso é muito libertador.

4) M: E as tuas ilustrações muitas vezes têm personagens. Fala-nos das tuas referências e processo seletivo. K: Sempre fui muito observador da vida quotidiana. O que mais me alimenta é a maneira expressiva e louca do povo brasileiro, a maneira como solucionamos pequenas coisas no nosso dia dia, a nossa forma criativa e informal. O meu ateliê hoje é no centro de São Paulo, e lá encontro essa grande diversidade caótica. Sobre outras referências: em pequeno, alugava filmes de terror, isso era nos anos 80, e os efeitos especiais eram sempre bem bizarros, eu adorava aquilo. Gosto das coisas feitas com as ferramentas que temos na ocasião, gosto do processo livre e identifico-me com artistas que seguem essa linha. Isso vai desde o Expressionismo alemão, passando pela arte popular brasileira (bonecos, gravuras, cordel), os simbolistas e os desenhos em branco e preto de Van Gogh. 5) M: Consegues destacar uma obra tua que marcou a tua carreira artística? K: Uma obra inesquecível foi o mural “We see people in the crowd”, em que, durante um ano, pintei as paredes de um escritório. Foi o primeiro trabalho em escala monumental, e que me exigiu um grande esforço, tanto físico como mental, mas o resultado foi incrível. Esse trabalho deu-me boa visibilidade no mundo das artes. Tenho muito carinho por ele.

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6) M: És de São Paulo, mas já realizaste exposições individuais e coletivas por muitos cantos do Brasil e do mundo. Fala-nos sobre a tua prática do nomadismo, como fio condutor do teu trabalho. K: A necessidade de estar em movimento é importante para mim, gosto de sentir o sangue circular, faz-me pensar melhor e a visão fica mais afiada. Caminho pelas ruas para transformar lugares e os seus significados, pois acredito que perdermo-nos é a possibilidade de sermos confrontados com outras realidades, adquirindo outros estados de consciência. Isso transforma paisagens. E eu permito que o espaço me domine, para que então crie novos pontos de referência. Ao desbravar a cidade e suas margens, no grande labirinto de suas periferias, encontro personagens que vivem normas e vidas próprias, que mudam constantemente a cada esquina. Neste processo, o subconsciente é o protagonista. Busco o meu estado contraditório: real e irreal, caótico e ordenado, mundo interior e exterior. A partir dessa investigação e reflexão, durante o percurso pelo desconhecido, surge uma rede de nervos, veias, galhos, raízes, asas, texturas, pelagens, olhos, bocas, expressões, sons e rostos que compõem os meus desenhos. 7) M: Quais são as tuas maiores inspirações? K: Com certeza são o ritmo das cidades, as cores, as ruas, as pessoas. Por isso, o caminhar é tão importante para mim, preciso de desbravar os bairros, ir para as esquinas a que nunca fui. Isso mantém-me vivo. Pintar mantém-me vivo. Conversar com pessoas anónimas, que nunca vi na vida, também me inspira muito. 8) M: O que é essencial no teu dia a dia? K: Café, tinta e liberdade. 9) M: Que noção é que um artista nunca deve perder? K: A noção do olhar inaugural, de olhar as coisas como se fosse sempre a primeira vez. 10) M: Qual é o teu lema? K: Quebre o seu próprio sistema. 11) M: Que objectivos gostarias de alcançar? K: A liberdade de fazer sempre aquilo que me emocione, que mexa comigo. Envelhecer com um pincel na mão. 12) M: Deixa uma mensagem à MELANCIA mag e aos seus leitores :) K: Eu ainda acredito na humanidade, na nossa capacidade de renovação. Os tempos são difíceis, mas o essencial tem de ser mantido, as relações humanas que buscam menos egoísmo.

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@diary.matiilde.cunha


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Foto por: llamar Halopigg 30 MELANCIA


Ilustração & Street art

El Pez Entrevista por: Mafalda Jesus Ilustrações por: El Pez

Criador do estilo “Barcelona Happy Style”, Jose Sabaté é um artista de renome que preenche as ruas com os seus peixes vibrantes e sorridentes. Começou a pintar em 1999, em Barcelona, e rapidamente espalhou o seu talento por outras cidades, criando paredes repletas de alegria, cor e boa disposição, que contagiam e deslumbram os transeuntes que por ali passam. Atualmente vive em Bogotá e tem como lema “Vive e deixa viver”. Fica a conhecer este talento e SORRI!

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1) MELANCIA: Quem é o José? EL PEZ: Jose Sabaté. É o criador do “Barcelona Happy Style”, por detrás do pseudónimo “El pez”. Um graffiter compulsivo, conhecido internacionalmente, decorador de cidades, contagiador de sorrisos. Sorri (graffita) desde 1999, é um artista urbano desde que a sua obra entrou numa galeria em 2002. Originalmente de Barcelona, a viver em Bogota com a sua mulher e os seus 2 filhos. 2) M: Porquê “El Pez”? EP: Por volta de 1996, ainda não pintava, uns amigos puseram-me a alcunha de Pez, pois pertencia ao grupo dos “P”, onde todos tinham uma alcunha começada por “P”. Pareceu-me um nome carinhoso e bom para começar com a caligrafia e o graffiti. Comecei a espalhar assinaturas pela cidade, depois encontrei uma personagem alegre e divertida, com o qual me identificava, e ao mesmo tempo transmitia boas vibrações e alegria aos transeuntes por toda a cidade. Desde aqui, procurei que os meus graffitis se convertessem em algo universal, que fosse compreensível para todas as faixas etárias em qualquer parte do mundo. 3) M: Como surgiu o interesse pela ilustração e design? EP: Sempre gostei de comics e de manga desde pequeno, e durante a minha carreira sempre fui autodidacta, influenciando-me e absorvendo tudo aquilo que gostava na ilustração e no desenho. 4) M: Fala-nos das tuas inspirações e elege um artista que admires. EP: A inspiração flui dia a dia, dependendo das minhas viagens, do meu estado de ânimo ou das minhas descobertas pessoais. É uma mistura de tudo. Também dos artistas que gosto e me influenciaram em toda a minha carreira. Admiro muito Keith Haring, Kaws, Crash, Flying Fortress, Picaso, Miro, Dali, Murakami são alguns de uma lista interminável... 32 MELANCIA


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“A INSPIRAÇÃO FLUI DIA A DIA, DEPENDENDO DAS MINHAS VIAGENS, DO MEU ESTADO DE ÂNIMO OU DAS MINHAS DESCOBERTAS PESSOAIS. É UMA MISTURA DE TUDO.”

5) M: Na tua opinião, que noção um artista nunca deve perder? EP: A noção que um artista nunca deve perder é a identidade, que as pessoas identifiquem a tua obra facilmente, sem a confundir e não se deixar influenciar demasiado pelos outros. 6) M: Estive em Barcelona e fiquei deslumbrada. Como descreves esta cidade a quem nunca aí esteve? EP: Barcelona é mágica, multicultural, festiva e dinâmica, graffiteira, cosmopolita, divertida, deslumbrante, gaudiniana, cigana, solarenga, moderna, artística, vampiresca, catalã e demais arquitectónicamente! 7) M: Qual é o teu lema? EP: Vive e deixa viver. 8) M: O que é essencial no teu dia a dia? EP: Estar a criar constantemente, sacar coisas novas, aprender com os grandes, apontar ou desenhar todas as ideias que me passam pela cabeça num caderno e sobretudo sair para pintar a rua, assim seja legal ou ilegalmente. 9) M: Deixa uma mensagem à MELANCIA mag e aos seus leitores :) EP: Saudações e um sorriso contagioso para todos os leitores da Melancia :) A sorrir vive-se melhor!

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@carolinaleiteribeiro


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Fotografia

Entrevista por: Juliana Lima Imagens : Naked Fotografia

Fotografia, feminilidade e sensualidade. Estamos cá para apresentar “Naked”, o projeto da dupla criativa: Mariana, de 29 anos, e Michelle Garal Moll, de 35. Nasceu da vontade conjunta destas irmãs e sócias brasileiras de trazer ao universo da fotografia de boudoir [ensaios sensuais, vintage, glamorosos], mais personalidade e diversidade. Despe-te de preconceitos e inspira-te.

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1) MELANCIA: Quem são Michelle e Mariana? NAKED (por Mariana): Irmãs, amigas e companheiras com gostos muito parecidos e distintos ao mesmo tempo. Fomos criadas com um laço muito forte entre nós e é ele que nos une diariamente para que possamos realizar o nosso trabalho com todo o carinho e dedicação possíveis.

são lugar comum dentro desses ensaios. Nós queríamos que esses retratos tão íntimos e pessoais fossem mais além e que realmente refletissem a individualidade de cada um. O ponto inicial foi ir contra esse paradigma e dar nova luz aos ensaios sensuais, valorizando o desenho do corpo, a composição da imagem, a construção de uma pose, um olhar, um sorriso...

2) M: Como é a vossa relação pessoal e profissional? N: Somos sócias e irmãs. Temos uma relação muito tranquila em ambas as esferas, apesar de sermos pessoas bem diferentes, o que por vezes resulta em algumas discordâncias, que se resolvem facilmente. Essa relação enriquece muito nosso trabalho, pois respeitamos muito a opinião uma da outra, o que faz com que cresçamos juntas, tanto pessoal, como profissionalmente.

4) M: Recordam-se do primeiro ensaio sensual que realizaram? Com quem e como foi? M: Nosso primeiro ensaio boudoir, enquanto “Naked”, foi há pouco mais de três anos e ainda é um dos nossos favoritos. A “Naked” era uma recém-nascida e nós ainda não tínhamos nenhum material autorizado para divulgação e tão pouco dispunhamos de orçamento para uma super produção. Resolvemos então que o ensaio seria feito conjuntamente com um workshop e dessa forma poderíamos arcar com os custos de maquilhagem, cabelo, produção de moda, etc... A Letícia Lima, uma grande amiga nossa, foi quem aceitou ser a primeira fotografada e apostou no cuidado e sensibilidade das nossas imagens. Por fim lá fomos nós, a Michelle e eu, Letícia, produtora de moda, maquilhadora, e várias alunas para o alto de um andar no meio de São Paulo realizar aquele que foi o nosso ensaio estreia. Delicioso e inesquecível.

3) M: Contem-nos como conceberam e quando nasceu o projeto “Naked”? N: O projeto nasceu de uma vontade conjunta de trazer ao universo da fotografia de boudoir mais personalidade e diversidade, uma vez que a sensualidade e o que a desperta ou estimula é diferente para cada um. É muito comum ainda hoje que as primeiras imagens mentais feitas pelas pessoas quando fala-se em ensaio sensual passem por saltos altos, cuecas fio-dental, meias e cintos de ligas. Peças lindas, porém, que

“O PROJETO NASCEU DE UMA VONTADE CONJUNTA DE TRAZER AO UNIVERSO DA FOTOGRAFIA DE BOUDOIR MAIS PERSONALIDADE E DIVERSIDADE, UMA VEZ QUE A SENSUALIDADE E O QUE A DESPERTA OU ESTIMULA É DIFERENTE PARA CADA UM.” MELANCIA 43


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5) M: O que é que vos dá mais prazer fotografar? N: Fotografar dá sempre muito prazer e não somente na nossa área. Poder transpor do plano mental para o visual ideias e vontades, formas, cores e nuances é único. Contudo, encontrámos dentro da fotografia de boudoir um prazer que contempla e depois ultrapassa todos esses valores e as relações humanas, que acabam por ser a parte mais gratificante do trabalho. Ainda que os resultados que obtemos sejam belíssimos, a transformação que um ensaio tem sobre cada mulher, a mudança do olhar sobre si, ela ver o quanto é bonita e sensual, e sobretudo sentir-se bem e feliz consigo mesma, é o que realmente nos move e faz com que cada hora trabalhada valha a pena. 6) M: Analógico ou digital? Porquê? N: O analógico é quase artesanal e até terapêutico, adoro para projetos mais pessoais e lazer. O digital, porém, traz-nos uma série de facilidades indispensáveis para o nosso dia e dia e fluxo de trabalho. 7) M: O que vos inspira? N: Um montão de coisas, quando separadas. Quando juntas, nossos interesses comuns vão desde o trabalho de outros fotógrafos e artistas nas suas mais diversas plataformas e formas de expressão. As mulheres que fazem trabalhos para outras mulheres, relacionados ou não com nosso trabalho, mas que promovem o bem-estar geral da comunidade feminina e semeiam a sororidade.... Ah! outra fonte de inspiração que não pode faltar é uma boa conversa acompanhada de uma cerveja. Achamos ótimo para revigorar as ideias... 8) M: Quais são os objetivos das mulheres que vos procuram para fazer os ensaios fotográficos sensuais? N: De entre os principais objetivos estão o resgate da autoestima e presentear o parceiro (a) com o ensaio para apimentar a relação. Porém, no segundo caso, ainda assim é um presente para os dois. Independente do objetivo final, o ensaio é um encontro dessas mulheres com elas mesmas, em que elas se arranjam e se enfeitam para si, num momento divertido e terapêutico, de descoberta e mimo do próprio corpo. 9) M: Falem-nos sobre um ensaio que vocês fizeram que vos marcou. N: Nós lidamos com os mais diversos tipos de mulheres, diariamente, do tipo físico à personalidade e profissão. E por mais diferentes que possamos parecer umas das outras, temos problemas de auto-estima muito parecidos, alguns mais rasos outros mais profundos e, frequentemente, emocionamo-nos com isso, o que faz com que seja muito difícil citar um único ensaio. 10) M: Onde vos encontramos quando não estão a fotografar? N: Com nossas famílias e com nossos bichinhos, no convívio com os amigos, a viajar, a descobrir coisas novas e tentando realmente aproveitar o tempo fora do trabalho. 11) M: Deixem uma mensagem à MELANCIA mag e aos seus leitores :) N: Primeiramente, gostaríamos de agradecer aos leitores que chegaram até aqui e ao espaço que foi aberto a nós pela MELANCIA mag. Mas sobretudo, gostaríamos de dar os parabéns não só a revista, pela iniciativa de dar voz e abrigo a tantos projetos e sabores, como também aos leitores que apoiam e acompanham este belo trabalho.

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Tatuagem

Luis Martins Entrevista por: Mafalda Jesus Tatuagens por: Luís Martins

Tatuador na Pedrada Tattoo, Luís Martins fala-nos do seu dia a dia na Costa da Caparica e das suas grandes paixões: a tatuagem, o surf e o skate. Depois de entrar para a marinha, o seu interesse pelas tatuagens surgiu naturalmente e com a ajuda de um grande amigo, lançou-se à aventura. A sua inspiração surge da música, do cinema e das pessoas com quem se cruza no dia-a-dia. Deixa-te conquistar pelo estilo tradicional do Luís e marca já a tua tattoo.

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“ACREDITO QUE ACIMA DE TUDO É IMPORTANTE ENCONTRAR A SUA PRÓPRIA FORMA DE TATUAR E UM ESTILO PRÓPRIO E PENSO QUE COM TUDO ISTO, O RESTO VIRÁ NATURALMENTE.” 1) MELANCIA: Quem é o Luis? LUIS: O Luís só está aí a tentar passar a vida, da melhor forma possível, sem grandes stresses. A tentar aproveitar os dias a fazer o que gosto, surf, skate, estar com o meu miúdo, família, amigos (Caparica local boys). Vamos indo. 2) M: Quando e como começou o teu percurso no mundo da tatuagem? L: Sempre gostei de desenhar, desde miúdo. Aliás, gostava de arte no geral, fotografia, cinema, pintura. Mais tarde, entrei para a marinha e inevitavelmente um gajo passa a gostar de tatuagens, nem que seja pela tradição. Entretanto, vou pela primeira vez a um estúdio para ser tatuado e vejo como são feitas as tattoos. Depois de ser tatuado alguma vezes, ganhei uma grande amizade com o tatuador, excelente artista já naquela altura, o Bruno, infelizmente já falecido e uma excelente pessoa. Levoume a comprar o meu primeiro material, deu-me umas dicas e comecei a tatuar pessoal do meu bairro (FMS is in the house). E foi assim até hoje. 54 MELANCIA

3) M: O que te inspira? L: Inspira-me tudo o que é tropical, nem sei, mas fico alegre. Papagaios, palmeiras e calor o ano todo. Inspiram-me gajos com uma vida marada, mas que dão a volta por cima. Do cinema tiro bastantes ideias para desenhar, assim como da música. Cenas do dia a dia, aquelas personagens que nos cruzamos volta e meia, o Jony chorão, a dona Margarida, coisas deste estilo. 4) M: Na tua opinião, o que é preciso para ser um bom tatuador? L: Acho que gostar realmente de tatuar, pois se gostar vai ser fácil perder tempo a informar-se e vai tentar melhorar sempre um pouco mais, absorver toda a informação possivel. Acredito que acima de tudo é importante encontrar a sua própria forma de tatuar e um estilo próprio e penso que com tudo isto, o resto virá naturalmente.


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5) M: O que é essencial no teu dia a dia? L: Todos os dias gosto de sair de casa, ir até ao pontão ver o mar, mesmo sabendo que está mau que não dá para ir surfar. É bom ir até lá ouvir as histórias dos mais velhos da caparica, a contar como era a Costa há 40 anos atrás, passar no Babul Kebab e falar com o pessoal, aprender algumas palavras do Bangladesh, pedir um café, ouvir música e depois disso é que vou trabalhar. 6) M: Qual é o teu lema? L: No regrets, lema de marujo. 7) M: Onde encontramos o Luis quando não está a tatuar? L: Se não estiver por casa a ver filmes, tento aproveitar esses tempos para andar de skate, a melhor cena de sempre. Ou dar um surf com o pessoal lá no pontão do dragão vermelho, a vida rotineira que todos temos. 8) M: Deixa uma mensagem à MELANCIA mag e aos seus leitores :) L: Muito obrigada à MELANCIA mag pela oportunidade, a todos os leitores, muito obrigado. Espero que os inspire de alguma forma, se gostam de alguma coisa vão atrás dela, o resto acontece.

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Escrita e Criatividade

Artigo por: Juliana Lima Imagens: Daniel Duarte

Daniel Duarte descobriu o seu gosto e talento pela escrita desde bem cedo. Com a sua timidez de menino, habituou-se a escrever e com isso encontrou a sua forma de relaxar e de se sentir menos sozinho. Sorte a nossa! Hoje ele é o responsável por “Siga os Balões” um projeto inspirador, que une fotografia e palavras que encantam. Não perca esta entrevista em que Daniel partilha connosco o seu percurso e sucesso nas redes sociais (com quase 300 mil seguidores), o lançamento do seu livro e um bocadinho da magia dos seus dias.

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1) MELANCIA: Quem é o Daniel Duarte? DANIEL DUARTE: Começamos já com uma pergunta difícil. (risos). Acho que essa pergunta precisa sempre de uma resposta social e de uma pessoal, então vou dar as duas para vocês ficarem à vontade para escolher. O Daniel para o mundo é um barrense de 22 anos, que fez metade do curso de Cinema, na faculdade. É ilustrador, escritor e lançou um livro recentemente. Na vida, sou aquela pessoa que se vai sentar numa sala e ter “um bom papo” até amanhecer , até que os dois caem no sono. O amigo que se dá demais e, às vezes, acaba por esquecer-se até dele próprio. É esse rapaz que vos fala. Que sonha muito, que se esforça ao máximo e que está a aprender a compreender o tempo das coisas. É quem acha que tudo fica melhor com animais, comida e amigos - exatamente nessa ordem. 2) M: Quando percebeste o teu gosto e aptidão pela escrita? D: Desde bem cedinho. Pode parecer clichê, mas eu era o típico adolescente só falava “oi” para “ tia da cantina”. Então desde a escola eu já escrevia algumas coisas quando me sentia muito sozinho. Acabou por se tornar um hábito recorrente, pois escrever deixava-me mais leve. Sentia-me muito melhor, era como um desabafo. Mas nunca foi com a intenção de escrever para ser algo, era para deixar de ser... Menos sozinho, menos stressado, não sei. Mas, de longe, foi para me tornar algo diferente do “carinha” que só tinha conhecidos no refeitório da escola. 3) M: Queremos saber mais sobre o teu projeto que reúne textos autorais e ilustrações sobrepostas. Como surgiu o “Siga os Balões”? D: Foi num dia bem difícil para mim. Era o meu aniversário, tudo estava dando absolutamente errado e eu estava muito desanimado em muitos âmbitos. Eu tinha deixado uns bilhetinhos motivacionais para mim mesmo, todos os dias, nas semanas anteriores, acredito seriamente na questão da saúde mental, e eu estava esgotado, Nesse dia, estava a rabiscar alguns prédios numa folha no balcão da loja onde trabalhava (primeira capa da página do Facebook) e uma das clientes que estava por lá disse-me que deveria postar na internet. Ela foi insistente no pedido, e eu fi-lo. Então tudo começou. Tudo é pensado, desde o local onde tiro a foto, as cores que vou utilizar, os elementos que preciso para a foto e até mesmo a roupa que vou usar, para que tudo que faz parte da fotografia tenha uma ligação, fazendo com que a foto conte da melhor forma a “história” que os meus seguidores vão ver. Também há sempre um cuidado para que todas as fotos sigam a mesma linguagem estética, para que haja uma coerência quando vimos a galeria como um todo. Depois de ter tudo definido, começo a fotografar até ter a imagem que mais se aproxima do que idealizei (que por vezes tem alterações). Depois de ter as fotos, passo ao processo de edição, que faço normalmente em Photoshop, quando necessário, pois, por vezes, as fotos apenas sofrem alterações na parte da edição das cores. Depois chega a fase final, que é partilhar com os meus seguidores o quadradinho com a minha “história”. 4) M: E por que colocaste este nome? D: iUma questão recorrente. (risos). Mas assim como a página, não foi nada pensado ou estudado. Foi um clique, quando decidi que iria fazer algo, o nome veio num clique. Lembro-me de estar a observaralguns balões na decoração da livraria em que trabalhava, acho que deve ter sido isso.

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5) M: Como crias as tuas frases? Fala-nos do teu processo criativo. D: Estou sempre a pensar em algo. Em alguns momentos, eu tenho reflexões mais profundas no meio da rua, de verdade. Anoto sempre no bloco de notas ou num papel algo sobre o qual tenha refletido, que faça sentido e tenha a necessidade de ser trabalhado. Pego a ideia e jogo o sentimento em cima, mas levo num tom mais positivo, não irreal, mas otimista. Firmo que tudo sempre é um aprendizado, porque sempre é. Acredito que falar sobre tristeza e pesares seja necessário ao ser humano, mas não acredito que precisemos de enaltecer um conteúdo tão denso nas redes socias. A vida já fica pesada por si só, às vezes. 6) M: Quais as tuas inspirações e referências? D: No início da página, tudo foi inconscientemente inspirado em livros infantis. Como trabalhei como ilustrador, por um longo tempo, sempre gostei das ilustrações mais fofinhas. Hoje, eu acabei por abandonar o estilo e o traço, mas ainda tenho um apreço muito grande por isso. Acho que na internet se comunica e muda muito rápido, eu como sou nascido nesse meio e também gosto da maneira como as coisas fluem e ao mesmo tempo marcam, levo para o “Siga” algo que seja breve, que tenha profundidade e que se encoste no coração do leitor. 7) M: Quando começaste com o teu projeto, imaginavas tanto sucesso? Como te sentes a pensar em toda a boa repercussão com este teu trabalho? D: Nem de longe. O “Siga” começou sem pretensão alguma. Não comecei para mostrar o meu trabalho ou nada do estilo. Eu só gostava de rabiscar e escrever, então aconteceu. Sei que tem uma “galera” acompanhando, mas ainda não consigo dar-me conta de quão grande isso se tornou. As mensagens diretas nas redes sociais são a melhor parte. É uma troca de energia maravilhosa, e as pessoas emanam muito amor em cada palavrinha escrita.

Esse projeto rendeu-me amigos incríveis e histórias lindas que são um enorme presentão e terei orgulho de levar para o resto da vida. 8) M: Como te sentiste ao lançar o teu primeiro livro? D: Acho que se consigo traduzir tudo que tenho sentido numa palavra: “mágico”. Tudo é muito mágico, muito irreal - mesmo sendo realidade. Esse livro teve tudo para dar errado, o pessoal da editora confirma meu isto (risos), mas não deu. Ele aconteceu, e aconteceu da maneira mais bonita nesse mundo. No lançamento do livro, eu parei para pensar em cada pessoa que tirou um tempo para ir me ver e comprar o meu livro por gostar do que faço, foi algo que me deixou encantado e anestesiado por esses dias. Outra é que ainda não consigo explicar a sensação de ver meu pai a carregar o meu livro debaixo do braço pela casa - e pela cidade inteira. É literalmente mágico. 9) M: Qual o teu lema? D: ”Tudo isso é temporário.” Isso engloba várias teorias de vida na minha opinião. Para quando a gente se maag, quando algo dá errado ou quando a vida parece não andar. E para as coisas que criamos - o meu projeto, por exemplo. Isso faz-me aproveitar e entregar-me de todo o coração enquanto o faço, até mudar a minha rota para outras direções. 10) M: Tens outros projetos em vista? Quais os próximos passos? D: Sim, eu já pensei em algumas coisas e já estou a rabiscar ideias, mas nada em concreto. Realizei muitas coisas profissionalmente em 2016, e foi realmente incrível para mim, mas agora eu quero focar-me em projetos pessoais fora da página. 11) M: Deixa um recado para a melancia mag e os seus leitores ;) D: Continuem com fé nos vossos sonhos, mesmo se ninguém fizer o fizer convosco, e bebam água - é sério. <3

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@joanasmarinho


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Blog de Moda & Lifestyle

Mexiquer Entrevista por: Mafalda Jesus Fotos por: divulgação

Sofia Reis, autora do “The Mexiquer Blog”, tem apenas 24 anos e já conta com milhares de seguidores nas redes sociais. Este projeto surgiu há cinco anos, como um meio de partilhar as suas inspirações, mas ao longo do tempo foi crescendo e tornou-se um caso sério. Paralelamente trabalha em multimédia e produção de conteúdo visual, mas organiza sempre o seu dia a dia de forma a alimentar o blog. Deixa-te levar pelo mundo da Sofia e delicia-te com o seu simpático Bull Dog Francês :)

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“VI O BLOG COMO UM MEIO PARA PODER EXPRESSAR TUDO AQUILO QUE ME INSPIRAVA NA ALTURA E PARA, NO FUNDO, PODER MOSTRAR UM BOCADINHO DE MIM.”

1) MELANCIA: Quem é a Sofia? MEXIQUER: Tenho 24 anos e sou uma sonhadora. Trabalho no que gosto (multimédia e produção de conteúdo visual) e trabalho no blog ao mesmo tempo. Sou uma miúda com sorte e que luto muito por aquilo que gosto e por aquilo que me faz feliz. 2) M: Como surgiu a ideia de criar este blogue? M: O blog surgiu há cinco anos quando estava no meu primeiro ano de faculdade. Sempre adorei comunicar, moda, fotografia... Vi o blog como um meio para poder expressar tudo aquilo que me inspirava na altura e para, no fundo, poder mostrar um bocadinho de mim. Começou assim e foi evoluindo ao longo do tempo, fui criando rúbricas, produzindo conteúdo próprio e fotografando com mais intensidade até se tornar naquilo que é hoje, mais pessoal, mais eu, mais Mexiquer. 3) M: O que te inspira? M: É tão difícil responder a esta pergunta. Confesso que sinto que tudo à minha volta me pode inspirar. Gosto de captar o que visto, em certos momentos, experiências, estilos em certos ambientes.. Portanto tudo aquilo que me rodeia, tudo aquilo que vejo na rua ou vivo serve como inspiração. Por outro lado, estou obviamente agarrada ao mundo digital e perco-me imenso nos meus blogues favoritos, a descobrir pessoas “com pinta”, no pinterest, em albuns de fotografias, a ver editoriais.. tanta coisa!!

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4) M: Como geres e organizas as publicações? M: Tenho de concicliar muito bem a minha semana com o trabalho. Tento ao máximo preencher os meus dias com a produção de conteúdo para depois agendar as publicações em cada rede, dividindo-as pelos dias. Não é fácil mas torna-se um ritmo e forma-se um rotina. Já não sei viver sem isto! 5) M: Contas com diversas parcerias e um grande número de seguidores. Na tua opinião, o que é essencial para divulgar o teu trabalho e ter sucesso no mundo das redes sociais? M: Acho que as coisas estão muito diferentes agora do que há cinco anos atrás. Há uma abertura imensa e um ligação intensa por parte das marcas ao crescimento das blogers nas redes sociais. No meu caso, cresci pela ligação que consegui manter com as minhas parcerias e com os meus seguidores. Foco-me imenso imenso em fazer conteúdo original, em mais do que mostrar roupa, mostrar um sentido editorial, experiências e vivências. É preciso trabalhar muito, focar-me naquilo que faz o meu conteúdo único e sobretudo manter-me eu - na minha visão, naquilo que expresso visualmente e na parte da minha vida que partilho. 6) M: Qual é o teu lema? M: Stay positive, work hard & make it happen. 7) M: O que é essencial no teu dia a dia? M: My family, dog, food e um dose de redes sociais eheheh 8) M: Deixa uma mensagem à MELANCIA mag e aos seus leitores :) M: Nada é tão nosso quanto os nossos sonhos, não há nada melhor do que lutar por realizá-los :)

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Arte e Ilustração

Entrevista por: Juliana Lims Imagens e ilustrações por: Ricardo Lima e Divulgação

Ricardo Lima, aka Andy Calabozo é um artista de 28 anos, venezuelano, que voou de Maracay (Venezuela) para o Porto, cidade onde vive em Portugal,e levou as suas ilustrações de estilo único. Nesta entrevista, revela-nos o seu processo seletivo e a sua necessidade de assumir um pseudónimo.

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1) MELANCIA: Quem é o Andy Calabozo? ANDY CALABOZO: Foi a primeira personagem que criei no início do meu percurso como ilustrador e que acabou por tornar-se o meu pseudónimo. Na altura, senti a necessidade de assumir outro nome porque pretendia abordar o meu desenho de maneira diferente e achei que ajudaria se encarnasse outra identidade. 2) M: Quando é que percebeste que as Artes eram o caminho a seguir? A: Por volta do terceiro ano da faculdade, quando me apercebi de que o meu hobbie de desenhar era realmente o que me permitia explorar o meu próprio caminho e com isso vieram sentimentos de concretização e de propósito aos quais me agarrei. Inevitavelmente, fui perdendo interesse por tudo o resto e seguir o caminho da minha arte tornou-se a única opção disponível. 3) M: O teu trabalho apresenta um imaginário notável que toma formas psicadélicas que ganham vida no papel. Fala-nos sobre a tua arte e como encontraste o teu estilo. A: Penso que o meu estilo é o reflexo daquilo que me desperta interesse, que é um bocado de tudo, desde padrões e texturas, a um pormenor num filme ou fotografia. Tento sempre incorporar elementos que me sejam apelativos ou que me criem algum impacto e, de certa forma, eles tornam-se em algo com uma identidade própria. Estas compilações de figuras e personagens acabam por se sentir mais confortáveis num

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universo irreal e distorcido, por isso, o psicadelismo surgiu de maneira natural. 4) M: Fala-nos sobre o teu processo criativo. A: O meu processo é bastante autocentrado porque trabalho muito sobre desenhos e esquiços meus, que vou acumulando. Quando surge algo que quero representar ou transmitir, procuro, através de sobreposições e colagens, os elementos e figuras que consiga reciclar para a construção da narrativa. É como montar um puzzle, testando e organizando elementos, até que estes se encaixem, de forma a criar algo que a minha mente reconheça e que me ajude a comunicar. 5) M: Quais os materiais que costumas utilizar? A: Normalmente uso vários tipos de papel e material riscante, como lápis, marcadores, canetas, carvão. Desde que sejam de cor cinza ou preta, não tenho muitas restrições. Mas, recentemente, comecei a experimentar com cerâmica e madeira para tentar alargar o meu universo mais um pouco. 6) M: Consegues destacar uma obra? A: A primeira que me vem à mente é “a ciência de um fetiche” talvez porque sinto que foi um ponto de viragem no meu processo de trabalho. 7) M: Quais são as tuas maiores inspirações? A: O trabalho de outros artistas como Jim Nutt, Niv Bavarsky e Robert Hardgrave, estampas japonesas e cartoons.


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8) M: O que é essencial no teu dia a dia? A: Um bom documentário e um atelier sossegado. 9) M: Na tua opinião, que noção é que um artista nunca deve perder? A: Que criar deve ser um ato que produza algum tipo de satisfação e que explore as tuas capacidades como artista e pessoa. 10) M: Qual é o teu lema? A: Não tenho nenhuma máxima que siga estritamente, uma vez que estou sempre aberto a novas ideias e conceitos. Ou afinal talvez estar sempre aberto a novas ideias e conceitos seja mesmo o meu lema. 11) M: Que objectivos gostarias de alcançar? A: Gostaria que o meu trabalho passasse mais pelo tridimensional, portantom como objectivo, queria começar a expor cada vez mais escultura.

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Samba

Sampa também samba Artigo por: Suelen Mendonça

Apresentamos a Suelen Mendonça, jornalista brasileira de 33 anos, a nossa mais nova colaboradora. Suelen vem de bagagem cheia para adoçar ainda mais as nossas páginas. Ela que já morou uma temporada na Inglaterra, mas vive em São Paulo, a sua cidade natal. O seu grande diferencial? Ela está sempre a viajar. Sempre! Seja a desfrutar as maravilhas tropicais do seu país, seja a descobrir cantos e recantos pelo mundo, das Américas à Ásia, ou a trabalho. Pois, ela trabalha na comunicação de uma companhia área brasileira. Sorte a dela! E a nossa, que a partir desta primeira edição do ano poderemos contar com as suas dicas de viagem. Para começar, vem sambar em sampa!

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“Moro num país tropical, abençoado por Deus E bonito por natureza (mas que beleza) Em fevereiro (em fevereiro) Tem carnaval (tem carnaval)” Jorge Ben Jor São Paulo, uma cidade com mais de 12 milhões de pessoas, que em janeiro (dia 25) completa 463 anos de sua fundação por padres jesuítas. A terra da garoa, a pauliceia, ou simplesmente Sampa, para os íntimos. Se tornou um dos principais centros financeiros e corporativos da América do Sul, e o mais populoso do Brasil. Para se ter uma ideia, tem mais gente vivendo nesta intensa cidade brasileira, do que em todo o pais português, considerando os seus mais de 10 milhões de habitantes. Passear por suas ruas significa voltar na história e ao mesmo tempo encontrar o mundo. É paragem obrigatória para quem quer desfrutar de tudo o que uma metrópole cosmopolita pode oferecer. Seria difícil reunir em uma página a diversidade cultural e gastronómica que caracterizam essa capital. De dia ou de noite é possível descobrir e aproveitar de uma diversificada programação. Mas, falando em começar o ano, verão e Brasil, fica difícil não lembrar do Carnaval. E São Paulo – a aniversariante do mês, não fica para trás neste quesito. A cada ano essa famosa festa popular brasileira tem ganhado também as atenções de um grande público paulista.

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NAS RUAS 495 blocos devem desfilar por diferentes bairros durante o período de 17 de fevereiro a 5 de março deste ano. Entre alguns exemplos que agitam São Paulo, estão o Bangalafumenga, que toca músicas regionais, MPB e samba; e o Sargento Pimenta, que mistura ritmos brasileiros aos clássicos dos Beatles. Ambos chegam a reunir facilmente mais de um milhão de pessoas. O estilo é informal, onde vale sempre a diversão, inclusive no nome dos blocos. Cada um traz um motivo para cantar e dançar. O Acadêmicos do Baixo Augusta, que circula pela via que deu origem ao nome; o Tô de Bowie, que faz homenagem ao cantor; o Casa Comigo, em que todos se vestem como noivos e noivas. Para saber mais, dos blocos de SP, dias e horários dos desfiles, acesse: www.carnavalderua.prefeitura. sp.gov.br NA PISTA O tradicional desfile de Carnaval – muito renomado no Rio de Janeiro por sua grandiosidade na Sapucaí, é também destaque nas pistas de São Paulo. Com capacidade para cerca de 30 mil pessoas, o sambódromo do Anhembi é palco de toda essa festa, onde estarão reunidas nos dias 24 e 25 de fevereiro, 14 escolas de samba no grupo especial, e outras 8 no grupo de acesso. Cada escola de samba deve ter o mínimo de 2 mil pessoas participando, que devem percorre a pista de 530 metros, entre 55 e 65 minutos no máximo. Tudo vale nota: a fantasia, melodia, evolução do desfile, comissão de frente, bateria, enredo (história), letra, mestre sala e a porta bandeira. No ano passado, a grande vencedora foi o Império da Casa Verde (tricampeã), que neste ano vai cantar “O império da nova era”. A Vai Vai, que lidera a lista das campeãs em São Paulo, com quinze títulos, este ano vai homenagear a Mãe menininha do Gantois. A Rosas de Ouro, com sete títulos, vai propor um passeio pelos grandes banquetes da história da humanidade, desde o Egito aos dias atuais, com o samba “Convivium. Sente-se à mesa e saboreie“. Toda a organização das escolas e feita pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo. Mais informacoes da agenda, acesse: http://www. ligasp.com.br Gostaram? Se por São Paulo, entre na dança e vamos sambar! Não percam as próximas aventuras em série da Suelen. Ela já está de malas prontas e a preparar mais algumas dicas deliciosas e cheias de ginga.

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#melanciamag

@braideamanda

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@rubendelmonaco

@atumacaco

@anitarrebita

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tea connection RICARDO QUIROZ

Empreendedor venezuelano, 36 anos. Tivemos uma conversa rápida com Ricardo Quiroz, conhecido por Ric, sócio-proprietário do Tea Connection, um espaço diferenciado de comes e bebes com foco no chá, nascido na Argentina e que se expandiu para mais quatro países da América Latina, entre eles, o Brasil. 1. Como surgiu a ideia e quando foi lançado o Tea Connection no Brasil? Lançamos o Tea na Argentina, em 2006... Tínhamos três lojas e nosso sonho era chegar a diferentes mercados da América Latina... Decidimos (inconscientemente) que a nossa primeira experiência “fora de casa” seria no Brasil, uma loucura! Hoje, após de ter aberto mais de 20 lojas em quatro mercados (Argentina, México, Chile e Brasil) sentimos que somos capazes de crecer no Brasil! Pelo que 2017 será o ano de expansão da marca neste país... a gente está mais perto de um Tea “tropical”, mais frugal, natural e fresco (nosso produto número 1 em vendas e nosso Iced Tea!)

que temos do Método DeRose (a revolução do yoga) aos domingos, a palestra de nutrição com a Vitória Falcão ou as conversas com a equipa da #goodforyou, em que mulheres falam para outras mulheres de escolhas e autonomia feminina... Achamos maravilhoso isso, tentar ir além da gastronomia... oferecer experiências. 5. Quais são as especialidades da casa? Queremos a dica do que ninguém pode ficar sem provar :) Que difícil! Têm de experimentar tudo! A sério! O menu ficou incrível! Para quem gosta de salmão, o “salmão da casa” é uma delícia... Também os nossos woks de camarão ou frango, a nossa salada “brie & pistache” e outros pratos que são maravilhosos. Desde o mais simples, como nosso frango grelhado, o meu favorito... porque com alguns toques gourmet, ele fica delicioso, com poucos hidratos, ninguém resiste... E claro... nossos iced teas! A verdadeira revolução do chá!

2. Fala-nos sobre o conceito, proposta do Tea e o público que procura o vosso espaço. O Tea é um “Deli” onde podemos encontrar propostas deliciosas e naturais para o pequeno almoço, almoço, tarde e noite. Tentamos gerar hábitos saudáveis nas pessoas (desde o primeiro dia, a meta é melhorar a qualidade de vida dos nossos clientes), ser uma opção divertida e disruptiva, em que o chá não é o chá da avó, quentinho, nem a comida saudável é ruim... é possível ser saudável e curtir ao mesmo tempo. E amaríamos que cada dia mais pessoas quebrem esses paradigmas... 3.Quais os principais desafios de ter um empreendimenton no ramo da alimentação? São muitos e variados, mas há 10 anos aceitámo-los com a mesma energia. Um dos valores do Tea é a auto-superação, sentimo-nos confortáveis num contexto desafiador. 4. Além de receber os clientes e oferecer comes e bebes, o Tea também organiza e propõe eventos/encontros. Fala-nos um pouquinho da dinâmica diferenciada do espaço. A Sim, tentamos não só dizer que melhoramos a qualidade de vida das pessoas, tentamos fazer coisas além da experiência gastronómica, até mesmo quando não signifca “lucro” para nós... Alguns exemplos são as aulas MELANCIA 95


Toma Nota PORTUGAL

BECUH 4 paredes brancas, um espaço mutante, artistas convidados. Assim se resume o Becuh, um projeto que nasceu no Porto, mais precisamente na Rua da Madeira nº98. Tiago Gomes, Bebiana Branco e Filipe Granja, são os responsáveis por esta ideia de génio, que surgiu há dois anos, quando passaram por este espaço e chegaram à conclusão que poderia ser interessante explorálo. Agora, tem como objectivo divulgar artistas de street art do Porto, sejam conhecidos ou não, dando assim oportunidade a todos de mostrar o seu talento e de trabalhar com 100% de liberdade criativa. Durante o ano, vai receber 12 artistas, um por mês, sendo o primeiro Bruno Lisboa. Sabe mais em: www.facebook.com/becuh.porto Fotografia por Paulo Pimenta

MUNDET FACTORY Antigo refeitório dos trabalhadores da maior corticeira do país, a Mundet Factory, no Seixal, abriu portas com um espaço totalmente renovado, onde se pode ter uma refeição ou tomar um copo, enquanto se ouve música e se vê os conteúdos expostos. Este espaço esteve durante muito tempo abandonado, até que João Macedo e Sérgio Lopes decidiram torná-la no Lx Factory da margem sul. Sabe mais em: www.facebook.com/mundetfactory

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Toma Nota BRASIL

PROTOTYP& A Prototyp& foi criada pelo arquiteto, designer, ilustrador e diretor de arte Felipe Protti sob o conceito chão de fábrica*. Um caminho de design independente com séries limitadas e peças únicas criadas para o universo de cada projeto. O endereço não podia ser mais gostoso: rua Harmonia, no coração da Vila Madalena; um dos bairros mais trendy e descolados da cidade de São Paulo. É ali que o arquiteto, designer e diretor de arte Felipe Protti colocou a mão na massa e ergueu seu ponto-conceito multiuso, o PROTOTYP&, que agrega estúdio de design, showroom, galeria e espaço de coworking, reunindo uma turma muito interessante e que tem produzido trabalhos sensacionais no universo do desenho de móveis, decoração e afins. Sabe mais em: www.prototypesp.com.br

JARDIM SECRETO FAIR Para comemorar os 463 anos da cidade de São Paulo, o JARDIM SECRETO FAIR vai reunir mais uma vez projetos manuais locais, feitos à mão, no Brasil, e primcipalmente em São Paulo. Essa mistura louca, bipolar e diversa que nos intriga e apaixona. Existe opção melhor para celebrar o aniversário da cidade do que na praça mais verde do tradicional bairro Bixiga? Ao ar livre, com bons drinks, festivais de música e trabalho manual nacioal independente? Para quem estiver por SP, a não perder! Quarta-feira, dia 25 de Janeiro (aniversário da cidade de São Paulo), das 11h às 20h na praça Dom Orione.

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delícia de melancia POR: GABRIEL CAMPINO

CHEESECAKE DE MELANCIA E FRAMBOESA

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1. BASE - 200g de bolacha digestiva - 100g de manteiga derretida 1. Triturar a bolacha 2. Adicionar a manteiga derretida e mexer apenas para envolver 3. Colocar na forma e levar ao frigorifico. 2. CREME DE CHEESECAKE - 300g de queijo Philadelphia - 200g nata - 100g de açúcar - 4 folhas de gelatina - Qb essencia de baunilha - 200g nata batida 1. Colocar as folhas de gelatina em agua em fria. 2. Num tacho colocar a nata, o acucar e deixar levantar fervura, e adicionar as folhas de gelatina e mexer ate dissolver. 3. Misturar a nata morna ao queijo com a ajuda de umas varas e adicionar a essencia a gosto. 4. Envolver a nata batida com o preparado do queijo e colocar na mesma forma da base e levar ao frigorifico. 2. GELEIA DE MELANCIA E FRAMBOESA -350g de framboesa - 250g de melancia - 50g de acucar - 3 folhas de gelatina 1. Colocar as folhas de gelatina em agua em fria. 2. Triturar a framboesa e a melancia, colocar num tacho com o acucar e aquecer um pouco e adicionar a gelatina. 3. Deixar arrefecer e colocar por cima do cheesecake. 4. Deixar solidificar no frio e desenformar.

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anda POR AÍ FREDERICO ALMEIDA IDADE: 24 anos PROFISSAO: Marketeer Esta edição partilhamos o street style do Fred, um jovem com um estilo simples e descontraído. Fotografia tirada na Romeira, Almada.

LOOK: Casaco: Pull & Bear Calças: H&M Tênis: Rebook Classic

O MEU HOBBIE É desporto, música e convívio O MEU ESTILO É casual urbano 100MELANCIA


@willdflower_wildheart


by: Guilherme Kramer

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