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O ensino híbrido e sua perspectiva de retomada ao ''novo normal''

Evelise Kerkhowe*

Estamos vivendo de reinvenções... são elas na vida, no trabalho, na escola, na família e consequentemente, nos ambientes de aprendizagem, locais que englobam todas as vertentes, pois a eles cabem a incumbência de centrar o jovem em seu papel enquanto cidadãos responsáveis pela reinvenção desta nova sociedade a que estamos sendo introduzidos. Intitulando muitas vezes como “novo normal”, vamos identificando novas formas de ser e de agir socialmente. Nesse contexto, as aprendizagens que agora se cercam de novas formas, são reinventadas na tentativa de retomar os processos, deixados um pouco de lado, por consequência das diversas dificuldades vividas nestes tempos de pandemia. A esperança de um novo contexto, foi ofertada a partir da ascendência da curva de vacinação aplicada na população e o declínio de hospitalizações e números de contágio, desta forma as entidades qualificadoras, as quais são incumbidas de um importante papel social, precisam se reconfigurar para receber novamente os jovens aprendizes em seus espaços de teoria e compartilhar de novas possibilidades de aprendizagem, possibilitando um desenvolvimento de qualidade, dentro da proposta de ensino híbrido, onde as metodologias tem que ser adequadas aos grupos de trabalho, respeitando a capacidade de ocupação das salas de aula, transcendendo sempre as paredes institucionais. Este retorno precisa ser acompanhado de um acolhimento único, porque o distanciamento causou perdas irreparáveis em muitos dos nossos jovens, então esses espaços precisam, apesar de ainda dentro dos protocolos, transbordar calor, amor, compreensão... a tal humanidade, um pouco perdida com a transição para este “novo normal”. Pensando em acolher as ansiedades, as diversidades emocionais e transtornos ocorridos no período pandêmico, juntamente com isto, deverá ocorrer o resgate às lacunas de aprendizagem que se formaram, mesmo com todo o suporte ofertado pelas entidades, o distanciamento não pôde conter que algumas delas se formassem e agora teremos que agir contra o tempo para equiparar essas defasagens e seguir em frente.

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Enfim, o ensino híbrido deve nos transportar à novas realidades deste “novo normal”, com muita calma, pensando em um passo de cada vez, acreditando que é possível criarmos um novo contexto social nesta retomada híbrida, sem perdermos as esperanças em um novo amanhã, com melhores expectativas de vida para nossos jovens adolescentes aprendizes e oportunidades igualitárias no mercado de trabalho. Para isto, as entidades devem investir no acolhimento dos instrutores de aprendizagem, capacitando-os e refletindo sobre suas ansiedades e dúvidas, pensando que todos passam pelos transtornos da pandemia e precisam ser compreendidos para compreenderem, precisam ser acolhidos para acolherem e assim criarem juntamente com os seus jovens esse novo contexto, baseado em esperanças, equilíbrio e projeção de sonhos possíveis. Pois seguiremos ainda por algum tempo, entrando dentro dos lares uns dos outros.

As entidades devem investir no acolhimento dos instrutores de aprendizagem, capacitando-os e refletindo sobre suas ansiedades e dúvidas

*Pedagoga, Psicopedagoga, Coord. Pedagógica da INTEGRAR/RS, Supervisora Educacional E.M.E.F. Emília de Oliveira, Especialista em Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho e Escolas.

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