Made in Portugal

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BONS SONS

celebra 10 anos de música portuguesa

Fomos até à aldeia de Cem Soldos conhecer melhor o festival: o lado solidário e comunitário; a banda ‘prata da casa’ que irá atuar no Bons Sons e falámos ainda com a organização a propósito desta edição 2016.


SUMÁRIO

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NOVOS DISCOS Conheça os novos álbuns que foram lançados no mercado

NOVOS SINGLES

Novos temas que servem de apresentação a novos discos

INTERNACIONAL

Beatbombers sagram-se vice-campeões

ENTREVISTA

NOVAS BANDAS

A galgar pela alternativa portuguesa: da-mos a conhecer novas bandas

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REPORTAGEM ESPECIAL Bons Sons celebra 10 anos de música portuguesa.

REPORTAGEM ESPECIAL 10 bandas, 10 histórias: as bandas que regressam ao Festival

REPORTAGEM ESPECIAL Conheça o lado voluntário do Bons Sons.

REPORTAGEM ESPECIAL Entrevista com Sérgio Alves, um dos elementos da organização.

REPORTAGEM ESPECIAL

Lodo: a banda prata da casa que irá atuar no Bons Sons

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QUEM SOMOS O Made in Portugal é uma plataforma online que se destina a divulgar projetos originais da música em Portugal, independentemente do género musical. No site - www.madeinportugalmusica.pt – encontra diariamente uma vasta informação sobre a música nacional. Já a revista online é um compacto referente a cada mês, com algumas novidades, que estará disponível para leitura na última semana de cada mês. De referir que o Made in Portugal não envolve qualquer financiamento. É um projeto onde as pessoas envolvidas dedicam o seu tempo livre, por gosto e em prol da música nacional.

HIPERLIGAÇÕES

Ao longo da revista irá encontrar vários icons com hiperligações. Ouvir uma música / ver videoclip Ver galeria de fotos

Download gratuito de música

LOGÓTIPO O logótipo do Made in Portugal tem três cores: verde, amarelo e vermelho. Em cada edição da revista online usaremos um dos logótipos e a sua cor predominante ao longo da revista.

Logótipo elaborado pela designer Sara Constante

QUERES COLABORAR CONOSCO? Gostas de música? De Fotografia? De escrever? Queres fazer parte da equipa Made in Portugal? Envia-nos um email com a tua idade, localidade, gostos musicais e um texto e/ou trabalho fotográfico para: madeinportugalgeral@gmail.com

ROTEIRO DE FESTIVAIS Conheça os festivais que se irão realizar este verão

REPORTAGEM

Revista online n.º 7 ‘Made in Portugal’ realizada por: Daniela Henriques; Sofia Reis; Joana Constante; Adriana Dias; Márcia Filipa Moura; Geraldo Dias; Ricardo Oliveira, Luís Flôres e Inês Silva.

Fomos assistir a um dos concertos dos Amor Electro da tour de verão

INTERNACIONAL

O coletivo Farra Fanfarra conquista prémio internacional

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NOVOS DISCOS

Filipe Pinto com novo álbum “E Tudo Gira” já está à venda

“E Tudo Gira” é o novo disco de Filipe Pinto. O álbum já se encontra à venda nas lojas físicas e nas plataformas digitais, tendo entrado para o top 20 dos discos mais vendidos em Portugal. “(In)fortúnios” é o single de promoção do novo disco do artista portuense. “Não fico à espera do que o tempo me dá”, canta Filipe Pinto nesta canção, carregada da mais

emotiva verdade e de um dramatismo quase épico. De facto a sua carreira é disso testemunha. Apesar da visibilidade que a vitória num concurso televisivo, com audiências acima da média, lhe deu, foi à procura do seu caminho e não daquilo que dele esperavam. Parou “de pensar no que dizem” dele, porque o seu universo e talento ia muito

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para lá da voz carismática que chegara a todo o país. Tomou as rédeas do seu destino. Estudou. Correu riscos. Aprendeu. Surpreendeu. E cá está ele a dizer que a música portuguesa pode contar com ele. Que está na linha da frente desta nova geração que faz da língua um dos seus principais motores de renovação.


Fábia Rebordão lança “Eu” Segundo álbum é editado a 23 de setembro

O novo álbum de Fábia Rebordão foi produzido por

New Max (Expensive Soul) e Jorge Fernando. “Eu” conta com fados originais com a assinatura de nomes como Pedro Silva Martins, Dino D’Santiago, Jorge Fernando, Tozé Brito, Rui Veloso e também da própria Fábia Rebordão. Custódio Castelo, nome maior da Guitarra Portuguesa, é convidado especial no tema “Alice”, uma composição de Miguel Rebelo com letra de Rui Rocha. Destaque ainda para “Pergunta a Quem Quiseres” uma composição de Alfredo Marceneiro com poema de Mário Rainho. No dia de lançamento do álbum, dia 23 de setembro, Fábia Rebordão irá atuar no Festival Caixa Alfama que se realiza em Lisboa.

Rapaz Ego lança “Gente a Mais” Rapaz Ego é o alter ego de Luís Montenegro (Salto)

Luís Montenegro, membro dos Salto, surge como Rapaz Ego (o seu novo alter ego) e lança o EP “Gente a Mais”. Rapaz ego refere que este é “um disco de canções que me saem do fundo, é um

fundo mais negro que bebe do cálice da insatisfação. Não sabendo lidar com a pesada ressaca desse licor, encontro alívio e paz no remover de pétalas de uma margarida ou das irrequietas cabeças de quem me persegue”. “Ainda Tenho Mentiras Por Contar” é o single de avanço do disco, que tem capa ilustrada por Lourenço Providência. “Gente a Mais” já está disponível nas várias plataformas digitais e em venda no iTunes. 5

DIALETO

Diogo Piçarra

“Dialeto” é o novo single de Diogo Piçarra. Este tema, com letra e música da sua autoria e com produção pelos Karetus, marca o início de um novo ciclo na carreira do cantor algarvio.

AMPULHETA Kaines

“Ampulheta” é o novo tema de Kaines. Este tema autobiográfico é uma música nostálgica dedicada à amizade, onde o rapper de Matosinhos levanta o véu para um novo trabalho que aí vem.

A MINHA HISTÓRIA Prismatic

O trio Prismatic encontramse a preparar o álbum de estreia. “A Minha História” é o novo single que conta com a colaboração do rapper português Vilão. Este tema mostra o lado mais rebelde e alternativo do grupo português.

PARTE DE MIM

Orelha Negra “Parte de Mim” antecipa o lançamento do terceiro álbum de originais de Orelha Negra.


NOVOS SINGLES

Mastiksoul lança “Gasosa”

Tema que animou a Seleção Nacional durante o Europeu O conceituado DJ português Mastiksoul lançou o tema “Gasosa”, em colaboração com Laton Cordeiro. Este foi o tema que animou a Seleção Portuguesa de Futebol durante o Euro 2016, tal como alguns futebolistas já o referiram, nomeadamente Nani que se revelou viciado na música e referiu no seu facebook oficial que “Gasosa” foi “a minha música do Euro 2016“. Depois de dois temas com

Shaggy de sucesso, Mastiksoul Reconhecido pelo seu regressa com um tema que estilo bem característico, Mastiksoul conta já no seu currículo com vários hits e top 10 mundiais, tendo já sido nomeado como “Melhor Produtor House” nos aclamados prémios do Beatport. Mastiksoul irá levar “Gasosa” de norte a sul do país, sendo presença confirmada nos promete incendiar as pistas de melhores festivais e eventos dança do país e um videoclip nacionais e internacionais. cheio de energia e glamour.

Um Corpo Estranho tem novo tema “Adamastor” é uma homenagem a Bocage

A convite do Teatro Estúdio Fonte Nova, em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, Um Corpo Estranho participam no projeto que consiste na apresentação de trinta poemas de um dos maiores poetas da literatura portuguesa, Bocage, com recurso a 15

roteiros pedonais pelo centro da cidade de Setúbal, todos eles relacionados com a vida e o percurso de Bocage. Cada poema é dada uma interpretação melódica e um videoclip que a componha. “Adamastor” é o nome do tema que serve de homenagem 6

a Bocage, que completaria 250 anos se fosse vivo, num ano em que a própria companhia organizadora comemora os seus 30 anos. Este tema de rock alternativo dá vida ao poema “Adamastor Cruel! De Teus Furores” de Bocage, com uma sonoridade muito característica, muito melancólica e, ao mesmo tempo, épica. A banda garante que este projeto é o afirmar desta característica muito inerente aos Um Corpo Estranho, a Portugalidade que os influencia em todo o seu trabalho e repertório.


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NOVOS DISCOS

Beatbombers são

no DMC World DJ Ch

O

s Beatbombers, projeto de Dj Ride e Stereossauro, alcançaram o segundo lugar do concurso mundial de scratch online, organizado pelo Disco Mix Club (DMC), na categoria

de equipas, ficando apenas a 3 pontos da dupla vencedora, repetindo assim o feito do ano passado. Os DMC World DJ Championships existem desde 1985, consagrando

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desde então os melhores Djs do mundo. A formação portuguesa apresentou-se este ano como favorita à vitória, qualificandose em primeiro lugar para a final na sua ronda. Ainda


o vice-campeões

hampionships 2016 assim, os resultados revelados determinaram o segundo lugar, com escassos três pontos de diferença para os franceses DJ Fly + DJ Netik. Os Beatbombers, que este

verão já tocaram no festival Rock in Rio e no Ocean Spirit, são uma referência mundial na arte do turntablism e em 2011 arrecadaram mesmo o título mundial no IDA (International

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Dj Association) World Championships, competição onde também conseguiram a segunda posição em 2010 e 2012.


ENTREVISTA

Passa a Outro e Não ao Mesmo Disco solidário no top de vendas

David Fonseca, Diogo Piçarra, The Black Mamba, ÁTOA, Dengaz, Márcia, João Só, Amor Electro, Agir, HMB e D.A.M.A foram os artistas convidados a participar nesta iniciativa

solidária. Cada um escolheu uma associação da plataforma de solidariedade Eu Ajudo, criada pela Rádio Comercial, e é para elas que beneficiam 100% das receitas deste disco.

Conversámos com Vasco Palmeirim, locutor da Rádio Comercial e mentor do projeto, e ainda com alguns dos 11 convidados do disco que nos falaram desta experiência.

outra e faz sentido, é uma coisa muito engraçada.

Sabemos que a ideia deste projeto foi tua… A ideia de terem apenas 24 horas para terminar um tema e terem que partir de uma frase deixada pela banda anterior, foi para dificultar a tarefa dos músicos? Sim foi ideia minha. (risos) Não foi para dificultar, foi para dar uma certa continuidade e dentro da diversidade que

há entre cada artista. Um David Fonseca é diferente de um João Só, um João Só é diferente dos The Black Mamba. Dar uma certa continuidade e recuperar a brincadeira que fazíamos no secundário, em que pegávamos numa folha de papel, escrevíamos uma frase dobrávamos e só víamos a última frase, e depois abrirmos e aquilo não fazia sentido nenhum. Depois lembramosnos “Passa ao Outro e Não ao Mesmo”, também uma frase muito de escola, e achamos que dava uma certa ligação entre as músicas e tornava este disco uma história. Ou seja, a frase foi como que um fio condutor. As pessoas agora podem comprar as canções individuais, mas também o disco, e ouvi-lo de uma ponta à

Estamos mesmo muito contentes com este disco, em termos musicais tem canções extraordinárias. Vasco Palmeirim

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Como é que foi o processo da escolha das bandas? As bandas foi, dentro desta ideia da canção em 24 horas, de quem nós achamos que era capaz de o fazer. E à medida que fomos fazendo os convites, nunca levámos uma resposta negativa, foi sempre “epá quero, bora…vamos a isso!”. Começámos com o David Fonseca e o David disse que sim, depois nós dissemos este, aquele e mais o outro, todos aceitaram, mas a dada altura vimos que já tínhamos onze e com onze já temos um disco feito. Portanto estamos mesmo muito contentes com este disco, em termos musicais tem canções extraordinárias e em termos de vendas, que é o mais importante, até pelo lado solidário, está a ser um sucesso, desde que saiu que está no primeiro lugar de vendas do iTunes.


D.A.M.A Como foi ter que compor e gravar uma música em apenas 24 horas com base numa frase? Um desafio! Quer dizer, nós até tivemos sorte, nos dias em que estamos inspirados as coisas correm muito melhor e nesse dia, era um dia em que estávamos os três inspirados e a coisa correu muito bem. Foi um desafio de que gostámos muito e ficámos muito honrados com o convite. Ainda por cima com este leque de artistas que admiramos tanto. Foi uma experiência incrível, por uma boa causa, juntou-se o útil ao agradável.

AGIR Sabemos que estás habituado a compor canções rápido, mas como é que foi esta experiência? A mim dá-me gozo, eu gosto de fazer músicas. Se me puserem

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ENTREVISTA

numa cabine com um experimental, eu vou mudando o experimental e fico ali a fazer melodias, melodias, melodias, portanto é uma coisa que me dá gozo. Juntar isto ao facto de alguém me inspirar com uma frase, que eu não sei o que é, e que isto depois vai reverter para uma causa nobre, é só motivos para me inspirar.

AMOR ELECTRO Como foi ter que compor e gravar uma música em apenas 24 horas com base numa frase. Muita pressão? (Tiago) Não, na realidade nós demoramos só doze horas. Eu fui para lá sozinho às 8 da manhã e o resto da banda chegou mais ou menos às 4 da tarde, a coisa já estava bem montada, a música já estava feita. A Mariza escreveu a letra a partir das 4 da tarde e às 8 estávamos prontos. Tivemos sorte… Sabes que isto da música, a veia criativa, não se controla, às vezes vais bem e naquele dia as coisas correram bem, as coisas fluíram e fez sentido. Foi divertido fazer, foi uma coisa completamente diferente. Mas como nós costumamos dizer, nós fazemos sempre músicas num dia, só não escolhemos é o dia, esta era a grande diferença, havia um dia especifico para o fazer.

THE BLACK MAMBA Como foi ter que compor e gravar uma música em apenas 24 horas com base numa frase? Normalmente nós gostamos de ficar no estúdio muito tempo. Cada vez que lá vamos saímos de lá sempre muito tarde e é desgastante, porque quando nós estamos a ficar assim já muito cansados podemos sempre deixar para o dia seguinte e neste caso não era possível, por isso acabamos por ficar mesmo até ao fim. Não levámos mesmo ideias nenhumas, por isso é que usamos quase as 24 horas. Foi difícil, saímos de lá assim já um bocado combalidos, mas foi alta experiência.

JOÃO SÓ Como foi ter que compor e gravar uma música em apenas 24 horas com base numa frase? 12

Foi um desafio muito bom, como todos os que a Rádio Comercial me tem lançado ao longo dos anos. Foi particularmente engraçado ser forçado – entre aspas – a compor uma canção em 24 horas. Mas neste caso estou surpreendido com o registo da canção, não estava à espera de me sair algo um bocadinho diferente do que tenho feito e as pessoas tem-me dito que têm gostado.

Lista das canções e associações: 1. David Fonseca - “Encontro Marcado” (Aldeias SOS) 2. Diogo Piçarra - “Já Não Estou” (Acreditar) 3. Black Mamba - “Amanhã” (Cais) 4. ÁTOA - “Sei Lá” (União Zoofila) 5. Dengaz - “Tudo Muda” feat. Matay e Di Noise (APAV) 6. Márcia - “Do Que Eu Sou Capaz” (PAR) 7. João Só - “Sabes Que Sou Capaz (Ajuda de Berço) 8. Amor Electro - “Mas Isso Não Me Satisfaz” (Fundação do Gil) 9. AGIR - “Dizendo Que Sim” (Banco Alimentar) 10. HMB - “Não Te Vais Arrepender” (Re-food) 11. D.A.M.A. - “Sinto” (Just a change)

Texto: Sofia Reis Fotos: Joana Baptista (Rádio Comercial)


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NOVAS BANDAS

C

A galgar pela alternat

Gal

om a chegada do calor vêm também os festivais de verão, e com eles deparamo-nos com aqueles nomes de bandas e artistas que perguntamos sobre quem são, ou quem é. Em alguns casos, desses artistas pouco

ou nada conhecemos – alguns nem o seu nome. Sendo eles o futuro da música portuguesa nós decidimos ajudar a saber quem são. Para a primeira edição decidimos dar a conhecer os Galgo. Não que estes quatro jovens sejam

desconhecidos no panorama nacional, porque não o são, mas sim devido ao crescimento de uma forma avassaladora que têm tido, e parece que vão continuar a dar cartas no mercado musical português e a surpreender os fãs. Natural de Oeiras, a banda Galgo

Alexandre Sousa

Joana Batista

AGENDA 14 de agosto - Festival Sobe À Vila, Paredes de Coura 08 de setembro - TBA 1 a 3 de setembro - Indie Music Fest (dia a definir) 14


tiva portuguesa com

lgo

tem um EP – de seu nome EP5 – e um álbum a caminho, do qual recentemente lançaram um dos singles com o titulo ‘Skela’. Já atuaram em vários festivais conceituados, entre eles o NOS Alive, o Reverence Valada e até no Sziget, na Hungria.

A banda é constituída por Joana Batista (baterista), Alexandre Sousa (guitarrista), João Figueiras (baixista) e Miguel Figueiredo (guitarrista). Influenciados por bandas como Battles e os Ratatat, os Galgo na sua onda que nos remete ao psicadelismo

apresentam um estilo musical dentro do post-rock e também math-rock com um toque de afrobeat. Espírito jovem, selvagem e indomável são alguns dos muitos adjetivos que se podem atribuir aos Galgo.

Miguel Figueiredo

Texto: Mário Barata Fotos: Tiago Alves Silva

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João Figueiras


NOVAS BANDAS

A galgar pela alterna

Flying

V

indos da catedral dos estudantes universitários – a cidade de Coimbra – os Flying Cages, na sua humilde harmonia, despertam aquela energia positiva como se estivéssemos a ouvir The Hellcat Spangled Shalalala.

Os Flying Cages podem ser considerados a banda mais universitária. Constituída por quatro jovens, todos eles estudantes em Coimbra, os Flying Cages tiveram um notório crescimento com o tema “Nothing But a Hill” na plataforma Tradiio

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Texto: Már

– que funciona como a bolsa portuguesa para artistas servindo para os lançar e apostar no seu futuro, dependendo da escolha dos utilizadores. Trocam ideias e um par de acordes que ficam no ouvido desde 2011. Desde essa altura já criaram vários


ativa portuguesa com

Cages

rio Barata

singles, recentemente lançaram um LP – intitulado de Lalochezia – e estão a preparar um segundo álbum. A banda já atuou em palcos de festivais como o NOS Alive em 2013, na altura ainda Optimus Alive, Vodafone Mexefest, após terem

ganho o Vodafone Band Scouting, FUSING Culture Experience e recentemente pisaram o palco do Festival MÊDA+. Os quatro jovens, Zé Maria Costa (guitarra e voz), Bernardo Franco (baixo), Rui Pedro Martins (bateria) e Francisco Frutuoso

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(guitarra), com um toucher de Arctic Monkeys, expõem um estilo na onda do Indie Rock e Pop que não deixa o pé parado. Com a voz roca do Zé Maria, os Flying Cages são um nome no panorama nacional a apontar para ver.




Em 2016 o Bons Sons celebra 10 anos. São 10 anos de história da música portuguesa que se contam pelas bandas que passaram pelo seu cartaz. Para a festa, além do

alinhamento geral do Bons Sons, a organização convidou 10 dos projetos sonoros que marcaram presença em edições anteriores e cuja relevância os torna, ainda hoje,


protagonistas da música portuguesa do momento. Nas páginas seguintes iremos dar-lhe a conhecer esses 10 nomes que regressam aos palcos da Aldeia de Cem Soldos,

bem como lhe daremos conhecer o lado voluntário do festival, bem como todas as atividades que poderá desfrutar durante quatro dias na aldeia de Cem Soldos, em Tomar.


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O

Bons Sons é organizado pela associação cultural local SCOCS (Sport Club Operário Cem Soldos), que teve a sua primeira edição no ano 2006. Mais do que um festival de música portuguesa, o Bons Sons é uma experiência única. A Aldeia de Cem Soldos é fechada e o seu perímetro delimita o recinto que acolhe 8 palcos, cada um dedicado a uma linha programática, perfeitamente integrados nas suas ruas, praças, largos,

igreja e outros equipamentos. Além desta característica, o Bons Sons promove uma relação de proximidade com o seu público, envolvendo a população na realização do Festival. São os habitantes que acolhem e servem os visitantes, numa partilha especial entre quem recebe e quem visita, proporcionando a vivência ímpar de um evento musical. O Bons Sons conta já com 6 edições, 192 concertos e 173 mil visitantes, na sua totalidade.

PALCOS

Palco Lopes-Graça Entre as árvores do Largo do Rossio de Cem Soldos ergue-se o palco principal. O seu nome homenageia Fernando Lopes-Graça, um dos maiores compositores e maestros do século XX português, nascido em Tomar. Neste palco apresentam-se movimentos representativos da música portuguesa que reúnem gerações, entre talentos recém-descobertos e outros já consagrados.

Palco Eira

O local onde se secam os cereais e se celebra a fertilidade e vitalidade dos campos dá nome ao palco que acolhe os novos sons. Desde 2012, é no palco Eira que cabem os projetos nacionais mais frescos que não escapam às influências contemporâneas de uma aldeia global. A força e qualidade da nova música portuguesa com apelo jovem começam aqui.

Palco Garagem

Mediante inscrição diária, qualquer pessoa ou agrupamento pode mostrar o seu talento. O festival disponibiliza gratuitamente o palco, as condições técnicas e a possibilidade de tocar para um número considerável de pessoas. Este palco é uma oportunidade única para projetos originais se estrearem.

6 edições 192 concertos 173000 visitantes


Palco Giacometti O Largo de S. Pedro recebe o palco que celebra Michel Giacometti, etnomusicólogo com um papel fundamental no levantamento e divulgação da tradição musical portuguesa. Este é o espaço privilegiado dos projectos musicais mais alternativos e inspiradores, dos virtuosos cantautores aos sons quentes das composições de guitarra.

Palco Aguardela Este palco celebra o legado de João Aguardela na criação musical enquanto membro fundador de “Sitiados”, “Linha da Frente”, “A Naifa” e do projecto “Megafone”, onde veste uma roupagem electrónica contemporânea às recolhas de música tradicional portuguesa. No encerramento de cada uma das noites do Festival, este palco convida DJs para criar ambientes sonoros distintos e dançáveis ao som das batidas que fundem géneros e culturas.

Palco MPAGDP

O projecto A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (MPAGDP) tem vindo a reunir e difundir em vídeo a imensa variedade de música feita em Portugal. A programação deste palco, na intimidade da Igreja de S. Sebastião, fica a cargo da MPGDP prometendo cumprir a sua visão: trazer a música a um público mais vasto e ver o mundo como um palco.

Auditório de Cem Soldos Reservado a manifestações sonoras de vanguarda, o Auditório alberga os espetáculos de música experimental em fusão com outras linguagens artísticas. Aqui realizam-se ainda as sessões de cinema que decorrem durante o Festival. Durante as manhãs, o Auditório dedica a sua programação aos mais novos, com sessões para pais e filhos e concertos didáticos.


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10 BANDAS, 10 HISTÓRIAS, 10 A

Neste ano de 2016 o Bons Sons celebra 10 anos de história da música p Para a festa, além do alinhamento geral do Bons Sons foram convidados 10 dos projetos hoje, protagonistas da músic

Da edição de 2006 regressa a agitação da dixieland, uma das vertentes mais animadas do jazz num concerto bemdisposto pelos sete elementos dos DESBUNDIXIE. 2008 recorda-nos a estreia de DEOLINDA, uma ilustre novidade apresentada na altura com uma Canção ao Lado, e hoje, no quarto álbum de originais, são uma presença incontornável da contemporaneidade da música portuguesa. Nesse mesmo ano, os KUMPANIA ALGAZARRA tomavam as ruas de Cem Soldos de assalto com a arruada do seu rendilhado de culturas. Estão de volta com os ritmos africanos, árabes e dos balcãs misturados com ska, funk e hiphop. A profundidade da voz de LULA PENA atrai muitos visitantes aos seus raros concertos. Em 2010 o espaço foi pouco para tanta gente mas este ano o Bons Sons dá uma nova oportunidade para se sentir a delicadeza das suas notas musicais. Também foi em 2010 que as DANÇAS OCULTAS fizeram ecoar as concertinas pelo céu de Cem Soldos. Desta vez os sons voltam encorpados com a Orquestra Filarmonia das Beiras numa vontade de partilhar a “Amplitude” com um público maior. Depois de em 2012 ter apresentado peças de John Cage, JOANA SÁ volta a ultrapassar os limites habituais de uma pianista clássica com o “Elogio da

Desordem”, em que procura um discurso musical inesperado no qual irrompe ocasionalmente a palavra com textos de Gonçalo M. Tavares. 2012 marcou também o início da parceria de programação com a Musica Portuguesa A Gostar Dela Própria. No âmbito desta colaboração, os BIRDS ARE INDIE foram um dos projetos que estiveram na igreja de São Sebastião, nessa edição. Este ano voltam para nos cantar sobre como é ser “Partners in Crime”. A SOPA DE PEDRA foi servida pelas vozes a capella deste grupo

feminino de canções de raiz tradicional. Depois de um concerto inesquecível e carregado de simbologia em 2014, a harmonia vocal destas mulheres volta a Cem Soldos em 2016. Voltam também os LAVOISIER, sem que nada se perca ou se crie, aliando a voz e a


ANOS DE MÚSICA PORTUGUESA

portuguesa que se contam pelas bandas que passaram pelo seu cartaz. sonoros que marcaram presença em edições anteriores e cuja relevância os torna, ainda ca portuguesa do momento.

guitarra eléctrica à reinterpretação da música tradicional portuguesa trazendo-a à vanguarda do tempo. O novo ciclo do Bons Sons, com edições anuais iniciou-se em 2015, onde esteve D’ALVA numa memorável atuação a provar que a música é agregadora e sempre maior que as partes que

a compõem. Regressam em 2016 para a festa do 10.º aniversário.


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O VOLUNTARIADO Nesta Aldeia não há trapos

Antes do Bons Sons se iniciar há muito trabalho que é feito pelas pessoas da aldeia. Há um lado voluntário, onde os habitantes mais idosos da aldeia colaboram na preparação do festival que tem repercussões na identidade do mesmo. São responsáveis por criarem o merchandising do Bons Sons, desde as Tixas em pulseiras, porta-chaves, entre outros acessórios e objetivos cosidos à mão. Conversámos com a Dona Carolina, responsável por orientar o grupo Avós & Netos, com idades compreendidas entre os 60 e 80 anos, que existe desde que se iniciou o festival, e que todos os dias, das 14h às 17h, se juntam para fazer costura. Depois desta actividade que dura cerca de duas horas de trabalho em prol da prepação do festival, fazem a habitual ginástica. Atualmente a sua grande preocupação é ter tudo perfeito para o Bons Sons. Os dias do festival estão

a chegar e há ainda arremedos para aperfeiçoar. Para além do grupo Avós & Netos há ainda um outro grupo que se dedica à costura, este que essencialmente usa máquinas de costura. Leonor Atalaia, jovem habitante de Cem Soldos e que faz parte do grupo Costura Criativa, que se junta uma vez por semana à noite, conta-nos que, através de uma parceria com A Avó Veio Trabalhar, o grupo aprendeu a serigrafar e a costurar outras coisas e, consequentemente, surgiram “novos objetivos, que vem complementar os que já temos, mas não substituir as Tixas, porque as Tixas são a nossa mascote”. Leonor Atalaia salienta ainda que em Cem Soldos tudo acaba por ser um pretexto para as pessoas se juntarem e aprenderem. “Isto vem na lógica de capacitação e de convívio. O festival é um pretexto para nos juntarmos e fazermos as coisas, mas por outro lado é necessário e queremos fazer para o festival e então, junta-se o útil ao agradável e há 10 anos que é assim”. A terminar a nossa conversa a Dona Carolina explicou-nos como surgiu a mascote Tixa. Esta está relacionada com o facto do festival acontecer num meio rural e, como refere a Dona Carolina, “andam muitas lagartixas por aí. As pessoas saiem porta fora e vêm lagartixas. Estamos em aldeia, nas cidades não é assim”.


O NO BONS SONS Os Miúdos do Campo de Trabalho

Sendo o Bons Sons um festival que vive quase em exclusivo do trabalhado em regime de voluntariado, maioritariamente vindo dos habitantes locais, fomos conhecer os miúdos do Campo de Trabalho. Conversámos ainda com Filipe Cartaxo, um dos jovens que pertence à equipa de montagens do festival e que coordena o Campo de Trabalho Juvenil do Bons Sons com jovens entre os 12 a 23 anos de idade e que fazem vários tipos de trabalho, “desde pinturas de casas, montagem de camas, algumas barracas para o festival, as sinaléticas, limpezas, entre outras coisas necessárias”. Filipe Cartaxo conta-nos que gosta bastante

desta atividade; “antes de haver o Campo de Trabalho já fazia isto com amigos em outras edições, mas assim é mais divertido porque almoçamos todos juntos, fazemos o próprio almoço. Há um espirito muito mais comunitário”. São jovens que se dedicam a ajudar num dos festivais mais aguardados no mês de agosto, de lado fica o computador e os jogos virtuais. “Há aqui alguns que passo meses sem os ver porque são muito agarrados ao computador, mas depois chega-se a esta altura e até fico farto de os ver, vejo-os todos os dias”, salienta Filipe Cartaxo divertido, comprovando deste modo o lado bem comunitário de toda a aldeia em prol do

Bons Sons. Depois do festival Bons Sons vão uma semana de férias, é uma recompensa da organização de todo trabalho e dedicação que tem para com o festival. Os jovens veem o festival crescer e o festival fálos crescer! Para além destes jovens, que são muitos mais do que os que se encontram na foto, há outros voluntários, das mais variadas idades, que ajudam na montagem de infraestruturas essenciais, preparam o parque de campismo para receber os visitantes, instalam o Palco Garagem, entre outras tarefas mais complicadas ou mais simples, mas todas de igual importância, que transformam fisicamente a Aldeia e a vestem de Bons Sons.


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“QUANDO O FESTIVAL COMEÇ NÃO ESTAVA COM Uma das características do Bons Sons é não repetir projetos musicais nas suas edições, mas este ano, a celebrar 10 anos de música portuguesa decidiram convidar alguns projetos que atuaram em edições anteriores. Conversámos com Sérgio Alves, um dos membros da organização que nos falou deste facto: “Quando o festival começou em 2006 a música portuguesa não estava como está agora, desenvolvida, foi-se desenvolvendo um bocadinho junto com o Bons Sons. Não queremos dizer que o Bons Sons é pioneiro mas fazemos parte deste movimento da música portuguesa, e em 2006 havia muito menos escolha na música portuguesa e neste momento existe imensas coisas a aparecer e uma das coisas que nós decidimos entre nós, era uma regra interna - visto que todos os anos aparecem coisas novas - a regra era durante 10 anos não repetir bandas, e assim foi. Para este ano, achámos que seria interessante trazer bandas que tem alguma coisa a dizer sobre o Bons Sons, que já cá estiveram e que fazem parte da nossa história e achámos que era a melhor forma de celebrar os 10 anos do Bons Sons”. O Bons Sons não é somente um festival de música, é um

festival eclético que junta pessoas das mais variadas faixas etárias, tendo inclusive atividades direcionadas para as crianças — a Música Para Crianças que é organizado pela escola de música de Tomar Canto Firme. Há ainda a Feira de Marroquinarias e Artesanato com bancas espalhadas pela aldeia.

“Achámos que seria interessante trazer bandas que já cá estiveram e que fazem parte da nossa história”

“Queremos que toda gente se sinta bem aqui e se sinta na comunidade”, salienta Sérgio Alves que refere a parte gastronómica, “todos os restaurantes do festival se focam numa parte específica. Tentamos ter uma restauração mais variada possível, com comida biológica, vegetariana… Tentamos ter um pouco do que melhor há na região”. Recordando os primeiros passos do Bons Sons , Sérgio Alves conta-nos que “quando o


ÇOU A MÚSICA PORTUGUESA MO ESTÁ AGORA” “As pessoas gostam de receber, recebem-nos nos seus quintais, nas suas casas, as pessoas realmente vivem a aldeia” festival se iniciou em 2006 houve algumas pessoas que sentiram alguma resistência, mas o povo de Cem Soldos é bastante acolhedor e gosta de receber e rapidamente chegaram à conclusão que a melhor forma de viver o Bons Sons era abrir as portas das suas casas, dos seus quintais – que recebem alguns dos restaurantes”. Recorda uma história que espelha bem o espirito deste festival; “em 2010 estavam umas pessoas que tinham vindo ao festival junto à porta da Igreja de Cem Soldos e estavam a decidir onde iriam tomar o pequenoalmoço, e uma senhora aqui da aldeia estava à janela e convidou-os a entrar e a tomarem o pequeno-almoço com ela”. Salienta que “este efeito não era inesperado mas pensámos sempre que Cem

Soldos tinha esse potencial. Conseguimos demonstrar que as pessoas gostam de receber, recebem-nos nos seus quintais, nas suas casas, as pessoas realmente vivem a aldeia”. O line up de um festival é sempre importante, mas muitas são já as pessoas que anotam na sua agenda o Bons Sons sem darem principal importância ao mesmo, algo que se prova através da venda dos bilhetes que mesmo antes de terem sido anunciados qualquer nome para atuar no festival a organização já tinha uma boa venda de passes gerais, “o que quer dizer que as pessoas já acreditam em nós e no nosso trabalho”, salienta. “Venham ao Bons Sons, tentamos sempre receber bem todas as pessoas e fazêlas sentir como se estivessem em casa. Queremos que toda agente viva a aldeia”, convida Sérgio Alves.

“Tentamos sempre receber bem todas as pessoas e fazêlas sentir como se estivessem em casa”


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LODO — a banda prata da casa Os LODO são uma das muitas bandas que irão atuar na edição do Bons Sons que celebra os 10 anos da música portuguesa. Os Lodo são prata da casa, são quatro músicos locais que fazem a grande estreia no festival, depois de terem ativamente

contribuído na construção do mesmo em edições passadas como voluntários. Os Lodo surgem em 2013, em Cem Soldos, numa ideia de João Rufino, que mobilizou João Cotovio, Bernardo Ferreira e Carlos Silva, para a composição

banda. Foram finalistas do NOS Live Act 2015 e com isso garantiram a atuação no NOS Alive 2015. Em Cem Soldos jogam em casa e o seu rock progressivo mostra o vigor do experimentalismo instrumental. João Cotovio, membro da banda,


falou-nos da atuação da banda que irá acontecer no dia 13 de agosto no Palco Eira. “Sentimos que vai ser um concerto brutal! Nós damos um valor gigante a isto, ao festival, e conseguirmos tocar aqui é extraordinário. Nós já tocámos no Bons Sons, mas foi

no palco garagem, o palco onde a banda que quiser inscrevese e vem tocar, mas integrados no alinhamento do festival é a primeira vez. Vamos tocar o EP que lançámos o ano passado, em dezembro, uma música das mais antigas que não chegou a entrar

no EP e vamos tocar uma música nova”. Para o futuro, os Lodo tem como ambição de “tocar o maior número de vezes possível, no maior número de sítios possível e crescer”.




ROTE

FESTIVAIS

O verão chegou e com ele, sol, praia, músi Há para todos os géneros, gostos e idades. Des


EIRO

DE VERÃO

ica… e os festivais de verão andam por aí! sde blues, jazz, eletrónica, rock… é só escolher!


MEO SUDOESTE

VOA FEST

MONTE VERDE

(3, 4, 5, 6 e 7 de agosto)

(3, 4, 5, 6 e 7 de agosto)

(11, 12, 13, 14 e 15 de agosto)

O Festival MEO Sudoeste decorre na Herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar no Alentejo, de 3 a 7 de agosto. Nesta 20ª edição, durante 5 dias, serão dezenas de artistas a pisar os palcos do Sudoeste: palco Meo; Moche Room e Palco Santa Casa.

Nova vida para o Vagos Open Air, que agora se passa a designar como VOA Fest e se muda da cidade de Vagos, onde decorria desde 2009, e passa para Corroios, na margem sul da Grande Lisboa.

Este festival tem lugar na Ribeira Grande, ilha de São Miguel (Açores), que nesta edição irá contar com a atuação de artistas nacionais, como: Linda Martini, Mundo Segundo & Sam The Kid, Throes+The Shine, bem como artistas internacionais: Gabriel O Pensador, Gentleman, Guano Apes, entre outros.


O SOL DA CAPARICA

SONIC BLAST

BONS SONS

(11, 12, 13 e 14 de agosto)

(12 e 13 de agosto)

(12, 13, 14 e 15 de agosto)

Serão quatro dias de celebração de sol, praia, surf e música com um cartaz diversificado que continua a erguer a bandeira da Língua Portuguesa. A música dá à Costa no segundo fim de semana de agosto, por onde irão passar Rui Veloso, Deolinda, Aurea, David Fonseca, Ana Moura, Jimmy P, The Gift, Mão Morta, Valete, We Trut, entre tantos outros.

O Sonic Blast realiza-se na localidade de Moledo do Minho, em Caminha. Com um cartaz recheado de heavy, psych, doom e stoner o SonicBlast apresenta-se, novamente, como uma proposta irrecusável, onde irão atuar bandas como: Miss Lava, Vircator, Sacri Monti, Black Bombaim, entre outras.

O Bons Sons decorre na Aldeia de Cem Soldos, Tomar. Com sons diversos distribuídos por 8 palcos integrados na Aldeia irão passar pelo festival: Cristina Branco, Carminho, Jorge Palma, Deolinda, Da chick, D’Alva, Isaura, Branko, entre outros. O festival toma conta de Cem Soldos com sons diversos, uma feira de artesãos, exposições e inúmeras outras atividades que animam as suas ruas, praças e largos.


VODAFONE PAREDES DE COURA (De 12 a 17 de agosto)

Ano após ano, o anfiteatro natural da Praia Fluvial do Taboão convida à descoberta quer da natureza e da sua beleza autêntica quer das mais promissoras bandas nacionais e internacionais. Já confirmados: Best Youth, Branko, First Breath After Coma, entre outros. A nível internacional: Unknown Mortal Orchestra, Sleaford Mods, Chvrches, entre outros.

VAGOS METAL FEST

MARÉ DE AGOSTO

A Quinta do Ega, em Vagos, receberá um Festival eclético, qual caldeirão do Druida Panoramix, onde os ingredientes são os vários sons extremos que definem o metal na sua forma mais alargada. Com um cartaz cuidado, o Vagos Metal Fest marca um ponto de partida para o estreitamento dos laços há muito criados entre as comunidades Vaguense e Metaleira.

O Festival Maré de Agosto tem lugar anualmente na praia Formosa, no concelho da Vila do Porto, na ilha de Santa Maria, nos Açores. Este que é o festival mais antigo do país, sem interrupções, irá contar na sua 32ª edição com as atuações de Maria Gadú, King John, Carminho, Overule, Fandango, JP Simões, entre outros.

(13 e 14 de agosto)

(18, 19 e 20 de agosto)


FESTINS

(18, 19 e 20 de agosto) A 9ª edição do Festins decorre de 18 a 20 de agosto no solar Ulisses Pardal, em Alcains. Conta este ano com artista como The Legendary Tigerman, Da Chick, Mike El Nite e Sensible Soccers. O festival é promovido por uma associação sem fins lucrativos, a Alzine – Associação Cultural Alcainense, que organiza o festival com o apoio de voluntários de todas as idades. Um cartaz imperdível para os fãs de música alternativa portuguesa.

ESTIVAL DO CRATO

(24, 25, 26 e 27 de agosto) O Festival do Crato, na vila do Crato, em Portalegre, tem o cartaz da edição de 2016 completamente fechado. D.A.M.A, Diana Martiniz & The Crib; Richie Campbell, HMB, Capicua, Ana Moura, ÁTOA, Kaiser Chiefs, Frankie Chavez, Matt Simons, António Zambujo e Miguel Araújo são alguns dos nomes já anunciados.

ENTREMURALHAS (25, 26 e 27 de agosto)

A sétima edição do festival gótico que se realiza em Leiria nos dias 25, 26 e 27 de agosto, irá contar com as atuações de bandas como Kite, Corpo-Mente, Ianva, Geometric Vision, Har Belex, Dark Door, Angelic Foe, entre outras bandas já anunciadas. Entremuralhas realiza-se no Castelo da Cidade de Leiria e é organizado pela Asssociação de Acção Cultural Fade In.


FESTIVAL FORTE (25, 26 e 27 de agosto)

O belo cenário medieval do Castelo de Montemor-o-Velho volta a receber este Verão mais uma edição do Festival Forte de música electrónica. O Festival Forte apresenta um largo programa de artistas presentes, como: Cabaret Voltaire, Richard Kirk, Stephen Malinder, Chris Watason, entre outros.

VILAR DE MOUROS

FESTIVAL F

(25, 26 e 27 de agosto)

(2 e 3 de setembro)

Vilar de Mouros está de regresso. O festival de Viana do Castelo tem confirmados os artistas nacionais: The Legendary Tigerman, Linda Martini, Blasted Mechanism, David Fonseca, Tiago Bettencourt e António Zambujo; e a nível internacional: Tindersticks, Happy Mondays, Peter Hook, entre outros.

A Vila Adentro, em Faro, recebe a 3ª edição do Festival F. O cartaz conta com atuações de Ana Moura, Pedro Abrunhosa, GNR, Richie Campbell, Criolo, Gisela João, Jimmy P, Mundo Segundo & Sam the Kid, entre muitos outros. Para além dos concertos, há ainda atividades ligadas às artes plásticas, street food, literatura, cinema e artesanato de autor, assim como tertúlias.


INDIE MUSIC FEST

REVERENCE VALADA (2, 3 e 4 de setembro)

(10 de setembro)

O Indie Music Fest, festival que se realiza em Paredes, realiza-se neste ano de 2016 nos dias 1, 2 e 3 de setembro. A organização já revelou alguns dos nomes a integrar o festival: Savanna, Salto, The Walks, Galgo, Riding Pânico, Basset Hounds, Granada e Indio Kurtz. Mais nomes a serem revelados brevemente.

O Reverence Festival Valada que acontece no, já emblemático, Parque de Merendas de Valada (Cartaxo) de 8 a 10 de setembro, tem como novidade a primeira edição do Palco Indigente, com a curadoria de Nuno Calado. A programação deste palco integra 10 bandas nacionais sendo que 7 delas tocam no Reverence Festival pela primeira vez.

O Magafest é um festival de música alternativa e de autor que, este ano, traz para o palco Tó Trips & João Doce, Selma Uamusse, Norman, Carlos Bica & Jim Black, Alek Rein, Madalena Palmeirim, Sopa de Pedra, Abysmo Speed Date e Tra$h Converters. Este evento realiza-se no Palácio Sinel de Cordes, em Lisboa.

(1, 2 e 3 de setembro)

MAGAFEST




REPORTAGEM

Amor Electro: o rock O

s Amor Electro encontramse em tour pelo país, tendo atuado no dia 29 de julho nas festas da cidade de Pombal, denominadas Festas do Bodo. O concerto começou com “Adeus Tristeza”, tema de Fernando Tordo, com arranjos ímpares como a banda nos tem habituado. Seguiu-se “Amor Maior” e logo depois “Juntos Somos Mais Fortes”, o mais recente sucesso dos Amor Electro que foi o hino da RTP a propósito do Europeu 2016 em França e é agora o hino oficial do Comité Olímpico de Portugal para os jogos Olímpicos que irão decorrer no Brasil, onde Portugal será representado por mais de 90 atletas. Antes de interpretar a canção Mariza Liz referiu que a mesma “Dá para tudo! Para modificar algo na nossa casa, no nosso bairro ou no nosso País”. E este tema tem de facto esse poder de nos dar uma confiança/motivação extra para tudo, nem que seja para interpretá-lo de viva voz com a banda. Assim foi no concerto de ontem à noite. Para além deste recente sucesso outros sucessos se ouviram, como “Mar Salgado”, “Só É Fogo Se Queimar”, “A Nossa Casa”, “Rosa Sangue”, bem como versões de outros temas como “Sete Mares”, tema celebrizado pelos Sétima Legião, e “Barco Negro”, tema de Amália Rodrigues. Todos

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portuguĂŞs estĂĄ vivo!

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REPORTAGEM

eles com uma sonoridade bem rockeira aliado a interpretações fantásticas com a voz e garra de Mariza Liz que durante vários anos integrou outros projetos, inclusive de bandas de covers, tendo atuado por diversas versas no Café Concerto em Pombal. A cantora referiuse a este regresso à cidade de Pombal como “uma noite especial”, mas especial também porque Rui Rechena, membro da banda, celebrava mais um aniversário. “Ele é o nosso Rei. Ele tem assim este ar muito sério, mas na estrada é ele que nos diverte. És o maior”, disse Mariza Liz, culminando o momento com um abraço de todo o grupo em palco, mostrando assim toda a união que existe na banda. União essa que talvez seja a receita para o sucesso que desde 2011, aquando da edição do disco de estreia, os Amor Electro tem vindo a ter, sendo hoje uma das bandas de referência do rock cantado em Português. Aliás, os Amor Electro são a prova de que o rock cantado em Português está vivo e de boa saúde. A banda de pop/rock encontra-se com uma agenda bastante preenchida sendo que irão atuar neste mês de agosto no dia 6 na Figueira da Foz, no dia 7 em Barroca do Zêzere (Silvares), dia 11 em Ferrel, no dia 14 em Seia, no dia 19 nas Festas do Mar, em Cascais, já no dia 20 de agosto em Miranda do Douro e no dia 27 em Viseu. Em setembro atuam em Monte Redondo no dia 10.

Amor Electro preparam

Os Amor Electro encontram-se a preparar o terceiro disco de originais qu portugueses, em termos de mensagem. Mensagens muito emocionais, não e com um cariz, se calhar um bocadinho mais eletrónico, mas mantendo s 46


Fotografias:

Inês Silva Texto:

Daniela Henriques

novo disco

ue sairá antes do final do ano e segundo Tiago Pais Dias, membro da banda, será “um disco virado para os o só à volta do amor, que é um tema presente, mas também uma coisa nossa, interventiva, patriótica, social sempre a identidade dos Amor Electro”. 47



INTERNACIONAL

Farra Fanfarra vence concurso internacional de música de rua

Para além das conquistas no desporto, que tão orgulhosos nos têm deixado, também na música nos podemos orgulhar dos projetos nacionais. A Farra Fanfarra competiu na XI edição de Haizetara – Concurso Internacional de Música de Rua, juntamente com mais nove bandas internacionais e no final foi o coletivo português a trazer o prémio para casa. Entre os dias 24 e 26 de junho, Amorebieta – situada na província da Biscaia, comunidade autónoma do País Basco – foi inundada de música, muito por culpa de Haizetara – Concurso

Internacional de Música de Rua, um dos mais consagrados do género. O Festival tem um formato de concurso em que as dez bandas competiram pelo prémio de melhor banda e melhor instrumentista. Entre as bandas participantes contavam-se, para além dos portugueses Farra Fanfarra, coletivos oriundos de Espanha, México, Itália, Holanda, Hungria, Alemanha, Bélgica e Estados Unidos da América. Entre todos os coletivos em competição foi a Farra Fanfarra que consegui convencer o prestigiado júri e arrecadou o prémio de 49

melhor banda. Destacou-se ainda Mateja Dolsak, saxofone alto de Farra Fanfarra, que conquistou o prémio de melhor instrumentista, a par de Gabriele Stoppa da Camillocromo Swing Orchestra. A Farra Fanfarra é o primeiro grupo português a conquistar este prémio internacional. Em edições anteriores os portugueses Dixie Gang, Kumpania Algazarra, Dixie Gringos, Desbundixie, Cottas Club Jazz Band, South River Jazz Band e Bizu Coolective participaram também neste Concurso Internacional.


A música somos nós.

www.madeinportugalmusica.pt


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