Considerações históricas e geográficas sobre o município de Almirante Tamandaré (PARTE - 1)

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CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR

Abreu uma sorte de terras sita no bairro de Pacutuba por compra que delas havia feito a José Alves e cujas terras partiam por uma parte com Maria Fernandes por uma quebrada e pela parte da serra dividia pelo combro de um morro com a família do falecido Jeronimo da Costa Rosa, e pela outra parte se dividia com a família de José Valente cortando pelas cabeceiras de um córrego por um cerne em pé a rumo de um pinheiro que estava no combro do morro". Da mesma forma José Carlos Veiga Lopes, p. 19, identifica que em 14 de maio de 1826, "Maria do Terço, viúva de Francisco Fernandes, vendeu para Francisco Teixeira Alves um sítio no bairro de Pacutuba, com uma casa coberta de palha e com um pequeno campo, cuja propriedade possuía uma parte por dádiva que lhe fez sua mãe Rosa Pereira, outra parte por dádiva que lhe fez seu irmão Francisco da Silva, bem como a parte principal do dito sítio que foram cultivados dela ortogante; cujos campos partiam de um lado com o comprador e de outro lado principiava de um pequeno morro de pedras, de umas imbuias descendo por uma quebrada por ele abaixo até o córrego do Tanque onde fazia represa e daí atravessando um pedaço de campo frechando direito ao capão que estava na beira da estrada dos moradores de Pacutuba seguindo por uma quebrada abaixo até entestar com o comprador". Segundo a "Ata da Sessão Extraordinária da Câmara de Curitiba, datada de 05 de agosto de 1834", o Sr. José Pinto de Abreu era o Inspetor de Quarteirão, no ano 1836 exercia a função de Inspetor de Quarteirão o Sr. Pedro Monteiro. Em 1853, a localidade era considerada como um dos 27 quarteirões de Curitiba, integrando o 4º Termo Judiciário e Policial. Na data de 1854, figuravam nos registros 18 posses registradas na "Parochia de Curityba". Existia e ainda existe no lugar uma capela consagrada a Sant'Anna. Existem registros publicados em editais oficiais, os quais eram pregados na porta da Igreja, sendo o mais antigo identificado (até o presente) o afixado na porta da Igreja de Nossa Senhora Santa Ana, que era a Matriz da Paróquia do Pacotuba, como é possível observar em uma referência presente na Gazeta Paranaense, de 28 de outubro de 1887. O nome da localidade foi inspirado no Rio que nasce e corta a região e que foi encontrado uma efêmera quantia de ouro. A palavra "pacotuva" possui várias interpretações. Pacotuba na forma como se expressa se refere à região de muita banana, ou sítio de banana. Porém, "atualmente" isto não cabe para a região. Talvez, a localidade onde o rio nasce possuísse uma concentração notória de bananeira a ponto de receber este nome, para servir de ponto de referência. No entanto, se levar em consideração que em trezentos anos o nome pode ter sido distorcido até chegar à forma como os conhecemos. Poderia ser Pacotuba igual à Pacotuva que teve origem na palavra "pacatuva", que significa região de pacas. Atualmente, esta literalidade tem mais sentido, pois não raro é ver pequenas pacas atravessarem o rio. Porém, Ermelino de Leão identificou uma localidade denominada "Bacotuva", que era um terreno registrado na "Parochia de Curityba" em acordo com o regulamento de 1854. Ele achava que seria "uma corrupção da palavra Pacotuba". Atualmente, o bairro possui uma área de 9,27 km². No que tange o "Mappa estatístico da população da Parochia de Nossa Senhora da Luz, Curityba, capital da Província do Paraná, 1º de agosto de 1872, segundo recenseamento a que procedeu de conformidade com o Regulamento de 1870, Arquivo Público do Paraná", 139


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