Considerações históricas e geográficas sobre o município de Almirante Tamandaré (PARTE - 1)

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CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS E GEOGRÁFICAS SOBRE O MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR

E vós, Senhor, que heis sido a esperança Nossa fanal, a nossa animação, Recebei estes votos que traduzem A mais viva e ingente gratidão." Procedeu-se, depois, a distribuição dos títulos de posse provisória, que estão muito bem organizados, com o preço de cada lote, e sua área certa, número de marcos que o dividem e, a dívida total que cada imigrante tem para com a Província, dívida que discriminada e por parcelas, começaria a ser impreterivelmente cobrada, em começo de 1888, e paga em cinco prestações anuais. O Sr. Meirelles ia lendo os nomes, e o Sr. Presidente da Província entregando os títulos aos imigrantes, muitos dos quais choravam de contentamento e buscavam beijar as mãos do Sr. Dr. Taunay. Foram distribuídos 40 lotes de 3 ½ a 4 alqueires cada um, quase todos com mataria. Um deles contém um pinhal inteiro, e só por isso é uma verdadeira riqueza(...)" Às 2 ½ da tarde, estavam todos de volta à Curitiba, satisfeitíssimos por terem assistido a tão bela e prometedora festa, que só agora a Província do Paraná vê reproduzir-se, após tantos e tantos anos de indiferentismo e abandono do gravíssimo assunto, que mais o deverá, contudo, preocupar: a imigração." O jornal Gazeta Paranaense, de 11 de fevereiro de 1886, apresentava em suas folhas as seguintes informações sobre a área da colônia: "Ficou reservada uma área de 20.144,2 braças quadradas, importando pois, a terra comprada em 12:968$580. O custo das casas foi de 60$000 cada uma; o de 6 quilômetros de caminhos: 240$000. Medições, verificações e eventuais: 700$000. (...) total 16:308$580. As dívidas cobradas darão 18:000$000". O livro Cadastro do Núcleo Santa Gabriela, 1888 existente no Arquivo Público do Paraná e seu conteúdo citado por Sebastião Ferrarini em sua obra "O munícipio de Colombo" p. 176-179, relata os seguintes pioneiros: _ José Andreata, 22 anos, casado com Catharina, 32 anos, italianos. Domiciliados no lote 6 em fevereiro de 1886. Cultivavam: milho, feijão. _ Luiz Stori, 35 anos, casado com Thereza, 33 anos, filho: Octavio, 7 anos, italianos. Domiciliado no lote 7 em fevereiro de 1886. Cultivavam: centeio, milho, feijão. Tinham dois cavalos e carroça. _ José Bonato, 34 anos, casado com Justina, 32 anos, filhos: Amélia, 8 anos, Victória, 6 anos, Antonia, 5 anos, italianos; Maria, 2 anos, brasileira. Domiciliados no lote 8 em fevereiro de 1886. Cultivo: centeio, milho, feijão. Tinham 1 cavalo. _ Bortholo Cunico, 42 anos, casado com Angela, 42 anos, filhos: Domingos, 19 anos, Anna, 16 anos, Angelo, 14 anos, Maria, 13 anos, Antonio, 11 anos, Nina, 7 anos, Bortholo, 5 anos, italianos; Angela, 2 anos, brasileira. Domiciliado no lote 11. Cultivo: centeio, milho, feijão. Tinham um cavalo. _ Agostinho Giocondo, 33 anos, casado com Eugênia, 25 anos, filhos: João, 6 anos, italianos; Francisco, 2 anos e Joana, 1 mês, brasileiros. Domiciliados no lote 12 em feverei120


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