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História 16: Jacó e Esaú

HISTÓRIA 16 Jacó e Esaú

GÊNESIS 25. 19-34

Isaque tinha quarenta anos quando casou com Rebeca. Os anos se passaram, mas Rebeca não teve nenhum filho. Ela era estéril. Isaque, portanto, orou a Deus, pedindo que ele a abençoasse com filhos. O Senhor ouviu a sua oração e logo Rebeca engravidou. Ela não sabia no início, mas Deus a abençoou com gêmeos – dois meninos. Antes de nascerem, ainda no ventre materno, os dois bebês se empurravam dentro de Rebeca. Isso a deixou nervosa, então, ela buscou ao Senhor em oração para perguntar por que aquilo estava acontecendo. Disse-lhe o Senhor: “Duas nações estão em seu ventre, já desde as suas entranhas dois povos se separarão; um deles será mais forte que o outro, mas o mais velho servirá ao mais novo” (Gênesis 25.23).

Quando os dois meninos nasceram, eles não podiam ser mais diferentes. O primeiro a sair do ventre era ruivo, e todo o seu corpo era como um manto de pelos, por isso lhe deram o nome de Esaú, que significa “peludo”. Logo em seguida, saiu seu irmão, com a mão agarrada no calcanhar de Esaú, pelo que lhe deram o nome de Jacó, que significa “aquele que segura pelo calcanhar”. Parecia que ele queria evitar que o seu irmão nascesse primeiro! Esaú, quando cresceu, tornou-se caçador e vivia correndo pelos campos. Jacó, ao contrário, era um homem quieto que preferia ficar em casa. Os rapazes iam crescendo, e Isaque, seu pai, preferia Esaú, porque gostava de comer a carne dos animais que ele caçava. Já Rebeca, sua mãe, preferia Jacó, porque ele passava mais tempo com ela nas tendas.

Certo dia, Jacó estava em casa preparando um ensopado enquanto Esaú estava caçando pelos campos. Quando Esaú chegou em casa, ele estava muito cansado e faminto. Ele viu o ensopado vermelho que seu irmão estava fazendo e pediu: “Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto!” (Gênesis 25.30). Jacó fez um acordo com Esaú: se Esaú vendesse a ele o seu direito de filho mais velho, então ele lhe daria o ensopado. A primogenitura era uma honra especial concedida ao filho mais velho. Significava que o primogênito teria direito a uma herança maior quando o seu pai morresse. Mas Esaú não se importou com isso. Ele respondeu a Jacó: “Olhe, eu estou quase morrendo. De que me vale esse direito?” Jacó, porém, insistiu que ele fizesse um juramento para que Esaú cumprisse a sua palavra. Esaú estava com tanta fome que perdeu o bom senso e concordou em vender o seu direito de filho mais velho a Jacó em troca de um pedaço de pão e uma tigela de ensopado.

Você sabia que esta história é contada novamente no Novo Testamento? O apóstolo Paulo contou aos romanos que fazia parte do plano de Deus que Esaú servisse o seu irmão mais novo, Jacó (Romanos 9.11-12). O Senhor queria que todos soubessem que ele não precisava seguir as tradições dos homens e escolher o filho mais velho. Na verdade, mesmo antes dos meninos nascerem, Deus já havia planejado usar Jacó para dar continuidade à aliança que ele tinha feito com Isaque. Dessa forma, todos saberiam que a escolha de Deus não foi baseada nas boas obras de Jacó, mas sim na sua misericórdia. O mesmo é verdadeiro para nós. Quando Deus nos salva por meio de Jesus, ele o faz somente pela sua graça, e não por causa de quem somos ou do que fazemos.