Experiência Pet Ipa

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Experiência PET Levantamento sobre a percepção do Programa de Educação pelo Trabalho, suas contribuições para o serviço de saúde e a formação de ensino superior.

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O Princípio O PET é um programa de ensino através do trabalho que acontece em várias universidades , incluindo o Centro Universitário Metodista IPA em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. O PET Saúde vem com a proposta de aprimorar o campo da saúde, através de trocas entre o SUS e os profissionais que lá trabalham, com a Instituição de Ensino Superior. O Programa traz práticas relevantes que instigam reflexões de grande riqueza para o IPA, para os estudantes, profissionais e gestores do SUS, pois integra todos em uma atividade comum. Desta maneira, percebeu-se a necessidade de escutar os agentes envolvidos e coletar suas percepções, afim de sugerir melhorias para o IPA e para o SUS.


O atual documento propõe uma análise das atividades realizadas pelos projetos PET (Vigilância, Rede Idosos, Trauma e Saúde Mental), todos ligados ao Centro Universitário Metodista IPA, atuantes no território da Gerência Distrital Noroeste, Humaitá Navegantes e Ilhas (GD NHNI) em Porto Alegre. O objetivo é conhecer as percepções dos participantes do programa, Preceptores, Tutores e Acadêmicos, frente ao que é realizado e captar sugestões do que poderia ser melhorado, tanto na formação do ensino superior quanto no serviço de saúde.

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A Metodologia A base da metodologia utilizada na pesquisa é a Escuta Sensível, proposta por Joaquim Barbosa em Multirreferencialidade nas Ciências e na Educação, aplicada no primeiro semestre de 2015. Os braços da metodologia se dão organicamente dentro das visões sistêmicas que, em suma, dão início a partir do todo (subjetivo) para o foco (objetivo). Isso fornece um entendimento pleno dos pontos específicos a partir do entendimento do todo. Esse processo acontece através da escuta dos participantes de forma espontânea - para que nenhuma contribuição seja induzida, em um primeiro momento. No segundo momento são feitas perguntas objetivas e específicas, afim de selecionar as contribuições espontâneas para um entendimento prático e racional. Dessa forma, os facilitadores auxiliam os participantes a conseguirem transmitir suas ideias de forma genuinamente verdadeiras e não meras percepções intuitivas. A Escuta Sensível traz os

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conceitos que agregam a percepção dos facilitadores em relação às pessoas ouvidas, pois ajudam a captar ênfase, gestos, sentimentos, falas e expressões de uma maneira real. Foi construído um processo de trabalho para o encontro baseado nessa metodologia. O processo foi dividido em 5 etapas: contextualização, experiência de trabalho, entendimento de desafios, sugestões e críticas e devolutiva.

O Processo de Trabalho 1) Contextualização Para uma boa compilação de dados é necessário uma pesquisa de campo de qualidade. Nessa etapa da pesquisa, foi criado um momento de reconhecimento entre os participantes da dinâmica importante para que todos se sintam acolhidos e confortáveis, bem como uma conversa de contextualização do trabalho que é feito em cada PET.


2) Experiência de trabalho Após o entendimento do trabalho do grupo e de seus participantes, o foco passou a ser em perguntas gerais como, por exemplo, “Como foi a sua experiência ao trabalhar nesse projeto?”. Esse momento foi feito para permitir contribuições espontâneas e subjetivas. É um momento de permitir a descontrução de conceitos e compartilhar anseios da vivência do trabalho. A partir dessa reflexão, o participante está mais preparado para apontar e compreender constatações, pois o processo se torna mais racional e fluido.

3) Entendimento dos desafios Antes de realizarmos a ação de “colocar no papel”, um breve momento reflexivo e pessoal é instigado, fazendo com que as pessoas pensem em situações dentro do PET onde elas fizeram a diferença e momentos marcantes, tanto positivos quanto negativos. Isso ajuda a trazer pensamentos e ideias menos presentes conscientemente pelos participantes, pois eles são instigados a refletir além do óbvio, buscar na sua memória outros

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momentos, inclusive situações agradáveis para não focarem apenas nos problemas visíveis, mas nos momentos invisíveis, também chamados de problemas fantasmas. O objetivo era conseguir vasculhar e encontrar desde aspectos aparentes do clima institucional até os menos aparentes. Logo após este momento, foi solicitado aos participantes que escrevessem, colocassem no papel, suas reflexões e pensamentos.

4) Sugestões e críticas Após preparar as pessoas, entender subjetividades, o todo, fazer exercícios de pensamento e anotações reflexivas, o foco foi em coletar sugestões e críticas sobre o PET no IPA e no SUS através das questões: “Como o Centro Universitário pode contribuir para melhor vencer os desafios do profissional de saúde?” “Possíveis melhorias para o Sistema Único de Saúde que você percebeu na sua jornada de trabalho.” Depois de todas estas etapas, os agentes puderam trazer com mais propriedade as suas sugestões, deixando os relatos ainda mais ricos.


5) Devolução A apresentação final consiste neste livreto, um entendimento completo dos levantamentos obtidos, apresentado de maneira didática e fluida, afim de facilitar a compreensão. Aqui se encontra o resultado gerado e compilado com cada grupo dos PETs de forma bem objetiva: sugestões e críticas para o IPA e para o SUS, levantadas por alunos, tutores e preceptores dos PET Saúde do IPA.

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Resultados Os resultados da pesquisa serão apresentados de acordo com a divisão do conteúdo, com base na última etapa do processo de coleta de dados, ou seja, o primeiro capítulo apresentará as considerações sobre a Instituição de Ensino (IPA), e o segundo capítulo sobre o Sistema Único de Saúde (SUS). Em cada capítulo, primeiramente, será mostrada a perspectiva dos alunos, seguindo a dos tutores e dos preceptores. A divisão das percepções será feita a partir da sua organicidade de pertencimento a uma mesma categoria de informação.

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Percepção dos Acadêmicos centro universitário

Quem lê e também faz, aprende mais A prática grita por espaço, pois ela vem para complementar a teoria. Os alunos que estão no campo sentem falta de uma maior conexão entre os conceitos e a realidade. “Poderia nos levar mais próximos à realidade.” “Unidade poderia trazer mais visões práticas - como de fato é e não como deverá ser.” “Mais vivência com o SUS na vida acadêmica (observação de como é a gestão, como é o dia a dia, como funcionam os processos de trabalho). Preparar mais o aluno para a realidade desde os primeiros semestres.” “Articular mais teoria e prática, diminuir cadeiras que trabalham só teoria e abstração, permitindo para uma cadeira de prática fixar melhor a teoria. Capacitação cada vez mais prática.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Eu sou do PET e vou contar para todo mundo ouvir Pulsa o desejo de transmitir a experiência vivida! Quem participa do PET quer disseminar a importância do programa e o reconhecimento das conquistas obtidas. “Divulgação dos projetos.” “Divulgação dos resultados dos projetos.” “Divulgar mais projetos.” “Divulgação dentro (para atrair e mostrar o que é o PET, editais, datas de inscrição, propósito) e fora da universidade (principalmente em lugares que recebem o PET).” “Divulgação dos projetos já finalizados, mostrando seus resultados.” “Expandir a imagem dos programas de pesquisas referentes à saúde.” “Mais divulgação sobre o PET.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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O estímulo causa o movimento Os alunos querem mais. Mais integração, mais estímulo, mais prática. Eles pedem por mais contato com outros cursos, eventos e troca de ideia entre eles e a instituição. “Fazer e estimular a participação e produção de eventos, palestras e usar a sua grande estrutura para contribuir com ideias que os alunos têm.” “Oferecer vagas de estratégia em serviços públicos.” “Ligar os cursos por meio das semanas acadêmicas, realizando tarefas conjuntas. ” “Criar mais incentivo e motivadores para alunos participarem da saúde pública. Principalmente em cursos como educação física, onde poderia ser valorizado muito mais essa possibilidade da profissão.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Mudança é Adaptação Enxerga-se possibilidades de mudanças no currículo e novamente a prática grita por mais espaço. Dessa vez de maneira formal e didática, os alunos pedem ajuda da teoria para se adaptarem à prática. ”Modificar o currículo da saúde.” “Inserir na ementa de disciplinas exemplos práticos de como o SUS funciona.” “Mais programas como o PET para mais alunos e cursos terem essa oportunidade, mais disciplinas relacionadas.” “Mudar o semestre em que é ofertada a disciplina “princípios e diretrizes do SUS”, atualmente no primeiro semestre. Colocar quando o aluno esteja mais maduro.” “Mudar currículo de cadeiras com carga horária demais e substituir algumas dessas horas por cadeiras com as oportunidades de mercado atual.” “Diminuir cadeiras que trabalham só teoria e abstração, permitindo para uma cadeira de prática fixar melhor a teoria. Capacitação cada vez mais prática.” “Criar metodologia ou cadeiras na grade curricular que preparasse mais e melhor os acadêmicos da área da saúde em relação ao SUS e à Saúde Mental.” “Rever currículo da Psicologia, envolver cadeiras práticas nos estágios - envolver obrigatoriedade de envolvimento no SUS.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Percepção dos Tutores centro universitário

A prática deve ser a teoria Unir. Conectar. Fazer da prática e da teoria uma só. Professores tutores veem que o currículo deve mudar em direção à união da prática e da teoria. Eles acreditam que o PET é um programa capaz de conduzir essa mudança. “Romper com a dicotomia ‘teoria x prática’ na formação, antecipar esta experiência na área da saúde.” “Na disciplina de Princípios e Diretrizes do SUS trabalhar os distritos docentes assistenciais.” “Usar experiências dos projetos PET e PRÓ-SAÚDE para propor mudanças na grade curricular dos cursos, de forma que os profissionais que cheguem no mercado tenham mais propriedade sobre o universo da saúde pública e políticas públicas de saúde.” “Introduzir disciplinas eletivas sobre o SUS de forma multidisciplinar.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Repetir para aprender, criar para renovar Algumas reformulações institucionais foram levantadas para revigorar a instituição. O reconhecimento do profissional e a organização dos processos são peças chave para trabalhar a motivação e o clima de bem-estar no ambiente de trabalho. “Inserir um link no site do IPA, na página principal, sobre os PETs do IPA , com informações, ações, fotos, vídeos, comunicação clara, com cursos e com a coordenadora de graduação.” “Ter uma secretaria que apoie nas atividades, inclusive para ser relatora de atas da comissão de gestão e acompanhamento local, além de ajudar na organização de certificados para eventos e seminários.” “Uma maior disponibilidade e maior valorização aos professores envolvidos nestes programas levaria a resultados com maior retorno.” “Consolidar o colegiado da saúde e que este tenha melhor comunicação com os cursos e com a coordenadoria de graduação.” “Maior compartilhamento no colegiado da saúde entre os cursos das áreas da saúde, ampliando para atividades conjuntas entre os cursos (disciplinas, estágios, semana acadêmica), não ficando restrito ao curso específico.” “Fomentar o trabalho interprofissional em maior abrangência, havendo continuidade nos cenários acessados.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Percepção dos Preceptores centro universitário

A vivência como parte constante do saber A experiência prática deve nascer junto com a teoria. Os preceptores entendem que o contato com o SUS é importante desde o princípio da atividade acadêmica, tanto para os alunos quando para os professores. “Situações de visita que envolvam os acadêmicos de diversos cursos para conhecer o território, os idosos e coordenadores de grupos.” “Os alunos devem ser um pouco mais preparados antes de entrarem no PET. Conhecer melhor o PET e entender que o programa é maior do que fazer pesquisas e se reconhecerem como parte do sistema.” “Ausência de vivências dos alunos no SUS.” “Inseri-los desde o início no ambiente de prática (nem que seja só para olhar) e depois, com mais experiência, propor que eles façam intervenções e contribuições para o serviço.” “Os professores da IES devem se inserir nos campos da prática.” “Que seja algo entendido pelos professores. Que possam repassar em qualquer turma/aula, não somente na sua matéria expecífica.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Integração dos conhecimentos, queremos! Interdisciplinariedade é a base para um entendimento integrado de mundo. Os preceptores, a partir da perspectiva complexa da prática, acreditam que o olhar integrado é essencial para um atendimento humanizado e a experiência de trabalho do SUS deveria ser o foco principal. ”As diretrizes curriculares deviam compor disciplinas multidisciplinares. Permitindo uma assistência integral aos usuários do SUS.” “Distanciamento da teoria com a prática.” “A formação é direcionada à prática da clínica privada deveria ser mais para o SUS.” “Qualificar o processo de formação acadêmica, ampliando a grade curricular relativa ao SUS, saúde coletiva, processos de gestão.” “Ampliar disciplinas de políticas públicas.” “Incluir na formação as atividades de extensão universitária e estágios obrigatórios (não exclusivo) na rede pública.” “Incluir na grade de disciplina processos de autoconhecimento, dinâmicas de grupo, projetos de intervenção coletivos.” “Propor atividades multidisciplinares.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Onde se faz e não se fala, ninguém sabe de nada Percebe-se a necessidade de espaços e momentos para o compartilhamento do trabalho do PET. Mais trocas de experiências e aprendizados, tanto entre os alunos quanto entre a instituição de ensino e o serviço de saúde. “Troca entre alunos: aqueles que viveram o PET poderiam ter espaço para compartilhar com aqueles que não viveram o PET.” “Não postergar o desligamento de alunos que encontram-se em situação de prejuízo no PET, para que eles possam aprender com as falhas.” “Promover maior aproximação do ensino com os serviços.” “Divulgar melhor o PET, o sentido e a forma de participação para que o aluno saiba onde e o que vai fazer de fato.” “Divulgação de trabalhos realizados nos serviços.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Mapa de Intensidade centro universitário

A partir das entrevistas realizadas, indentificou-se as principais necessidades e criou-se oito categorias de informações para sintetizá-las. Com estas categorias, fez-se uma relação entre elas e as percepções dos agentes envolvidos, destacando as necessidades mais recorrentes. No esquema a seguir, é possivel também identificar as categorias de maior intensidade a partir da dimensão representada e sua relação com os agentes.

Agentes envolvidos:

Alunos

Tutores

Preceptores


Relação entre a percepção dos diferentes agentes e as categorias de informação no Centro Universitário Agentes envolvidos:

Alunos

Tutores

Preceptores

Ter uma secretaria que apoie nas atividades. Maior disponibilidade e valorização dos professores levaria a resultados com maior retorno.

Alunos

Tutores

Valorização

Divulgar mais os projetos e seus resultados.

Preceptores

Comunicação e Divulgação

Tutores

Consolidar o colegiado da saúde para uma melhor comunicação com os cursos e com a coordenadoria de graduação. Maior compartilhamento entre os cursos das áreas da saúde, ampliando as atividades conjuntas.

Divulgar melhor o PET, para que o aluno saiba onde e o que vai fazer de fato. Divulgação de trabalhos realizados. Troca entre alunos: aqueles que viveram o PET poderiam ter espaço para compartilhar com aqueles que não viveram o PET.


Preceptores

Tutores

Mudança Curricular

Alunos

Usar experiências dos projetos PET e PRÓ-SAÚDE para propor mudanças na grade curricular dos cursos. Introduzir disciplinas eletivas sobre o SUS, de forma multidisciplinar. Mais disciplinas multidisciplinares. Direcionar mais formação prática para o SUS. Qualificar o processo de formação acadêmica, ampliando a grade curricular relativa ao SUS, saúde coletiva, processos de gestão. Ampliar disciplinas de políticas públicas.

Mais vivência no SUS. Preparar mais o aluno para a realidade desde os primeiros semestres. Inserir na ementa de disciplinas exemplos práticos de como o SUS funciona. Mudar currículo de cadeiras com muita carga horária e substituir algumas por cadeiras com as oportunidades de mercado atual.

Desligamentos

Preceptores

Não postergar o desligamento de alunos.

Mais programas como o PET para mais alunos e cursos terem essa oportunidade, mais disciplinas relacionadas.

Alunos

Programas


Articular mais teoria e prática. Capacitação cada vez mais prática.

Romper com a dicotomia “teoria x prática”. Fomentar o trabalho interprofissional.

Alunos

Tutores

Prática Preceptores

Promover maior aproximação do ensino com os serviços. Aumentar as vivências dos alunos no SUS.

Alunos

Incentivos

Fazer e estimular a participação e produção de eventos e palestras. Oferecer vagas de estratégia em serviços públicos. Ligar os cursos por meio das semanas acadêmicas, realizando tarefas conjuntas.

Situações de visita que envolvam os acadêmicos de diversos cursos para conhecer o território, os idosos e coordenadores de grupos.

Preceptores

Visitas


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Sistema Único de Saúde

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Percepção dos Alunos

Sistema Único de Saúde

Motivação vem de dentro e de fora Os alunos sentem o profissional de saúde desmotivado. Estímulos externos ao sujeito também são importantes, o sistema poderia contribuir mais. Acreditam que um dos caminhos para a humanização do trabalho está na motivação e no encanto que a pessoa tem pela sua profissão. “Depois de um tempo sempre há descaso e falta de ânimo nos funcionários e isso faz com que o sistema funcione de maneira não otimizada.” “Um olhar especial também para a saúde dos profissionais.” “Administração é mal feita e trabalhadores acabam sendo descompromissados. Falta de capacitação por parte da chefia.” “Mais profissionais, mais pessoas trabalhando para atender a demanda.” “Identificar, valorizar e criar encanto nos profissionais. Para atingirmos um trabalho mais humanizado.” “Gerar mais comprometimento nos profissionais da Saúde Mental.” “Aumentar o quadro funcional, aumento do número de funcionários para darem conta da demanda.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Para um bom paciente, meia palavra não basta O paciente do SUS não é bem informado a respeito do funcionamento, dos recursos e também do pós-tratamento. Isso prejudica desde o primeiro contato com o SUS até os cuidados que devem ser tomados após a saída do hospital. É preciso informar! Informar de forma clara, acessível e sensível. “Falta de informação ao paciente na alta hospitalar - como eles podem usar os benefícios do SUS?” “Esclarecimento para os usuários quanto ao funcionamento da Estratégia de Saúde da Família.” “Mais recursos para ações de prevenção e promoção de saúde - mais divulgação das campanhas feitas.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Percepção dos Tutores

Sistema Único de Saúde

Parar, refletir e melhorar Espaço de parada, tempo de reflexão e discução. Os tutores enxergam que atividades como o PET, ou qualquer outro momento de troca e escuta, contribuem muito para a melhoria do Sistema de Saúde. Eles entendem o aluno, questionador e crítico, como propulsor de melhorias nos processos de trabalho. “Oportunizar mais espaços de escuta aos usuários por meio de profissionais (mesmo que ainda alunos) disponíveis. Os alunos são, perante aos usuários, profissionais que tem mais tempo para ouvi-los.” “Criação de espaços de escuta entre pacientes e funcionários.” “Criar momentos para que os profissionais possam pensar e reprogramar os processos de trabalho.” “Reflexão do processo de trabalho.” “Reflexão sobre o papel desempenhado na rede de cuidado.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Sistema Único de Saúde


Nem o mais forte, nem o mais rápido. Quem sobrevive é quem gera soluções Pequenas melhorias podem ser feitas no dia a dia para aprimorar o fluxo de operação do serviço. Existem muitas atividades e processos que estão sendo realizados de forma mecânica, repetições automáticas que, se fossem reformuladas, poderiam potencializar o atendimento e a gestão do SUS. “Melhorar o tempo de atendimento ao paciente.” “Melhorar os fluxos de encaminhamentos dos pacientes.” “Ampliar a interação entre os diferentes níveis de atenção em saúde.” “Melhoria nos registros e Educação Permanente.” “Aproximar os gestores da realidade dos serviços, através de visitas interventivas.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Percepção dos Preceptores Sistema Único de Saúde

Quando comunica, as relações melhoram A falta de padrões de comunicação na instituição prejudica o reconhecimento e relacionamento dos profissionais. Os preceptores sentem que há falta de comunicação entre os serviços e as pessoas que no mesmo prédio trabalham. “Melhoras na comunicação entre os diversos setores que funcionam no prédio do centro de saúde do IAPI.” “Melhorias nas relações entre profissionais com um horário para o trabalho conjunto.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Sistema Único de Saúde


Ser e transparecer também é humanizar Humanizar é conversar, discutir e mostrar. Os profissionais de saúde acreditam que todos os processos devem ser abertos e transparentes e que a população deve ter mais voz na construção desses processos de trabalho. “Humanizar os profissionais.” “Acredito que a informatização dos prontuários no SUS facilita muitas das complicações de assistência.” “Ampliação da participação popular e no desenho do fluxo de atendimento ao paciente vítima de trauma.” “Transparência no uso dos recursos do pró-saúde.” Relatos referentes ao item 4 do processo de trabalho (sugestões e críticas).

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Mapa de Intensidade Sistema Único de Saúde

A partir das entrevistas realizadas, indentificou-se as principais necessidades e criou-se cinco categorias de informações para sintetizá-las. Com estas categorias, fez-se uma relação entre elas e as percepções dos agentes envolvidos, destacando as necessidades mais recorrentes. No esquema a seguir, é possivel também identificar as categorias de maior intensidade a partir da dimensão representada e sua relação com os agentes.

Agentes envolvidos:

Alunos

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Tutores

Preceptores


Relação entre a percepção dos diferentes agentes e as categorias de informação no Sistema Único de Saúde Agentes envolvidos:

Alunos

Tutores

Preceptores

Alunos

Convívio e Escuta

Criar e melhorar os espaços de escuta entre pacientes e funcionários. Criar momentos para que os profissionais possam pensar e reprogramar os processos de trabalho.

Preceptores

Otimizar o sistema. Identificação e valorização dos profissionais. Gerar mais comprometimento nos profissionais. Diminuir o descaso e a falta de ânimo nos funcionários.

Ampliar a interação entre os diferentes profissionais. Melhorar o espaço físico para os horários de trabalho, locais de convivência e horários de almoço.

Alunos

Humanizar os profissionais.

Motivação Tutores


Melhorar a capacitação da administração e trabalhadores mais comprometidos.

Aproximar os gestores da realidade dos serviços.

Alunos

Tutores

Ampliação da participação popular. Fomentar maior corresponsabilização entre as equipes. Transparência no uso dos recursos do pró-saúde.

Administração Preceptores

Equipes completas e bem treinadas. Aumentar o quadro funcional.

Alunos

Comunicação e Registros

Tutores

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Alunos

Pessoas

Mais informações sobre os programas e campanhas do SUS para os pacientes.

Preceptores

Melhorar a comunicação entre os diversos setores.

Melhorar os fluxos de encaminhamentos dos pacientes. Informatização dos prontuários no SUS, afim de facilitar as assistências. Melhorar o tempo de atendimento ao paciente.


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Conclusões: A prática Guia a Teoria Integração do conhecimento e Da comunicação. A união da prática e da teoria. Buscar a coerência que a teoria embasada pela prática pode nos proporcionar é o caminho para humanizar-se, é o que acreditam os alunos, tutores e preceptores do PET. Humanizar-se como forma de compreender as pessoas e o mundo a partir de uma visão integrada e multidisciplinar do conhecimento. A construção dessa visão, complexa e singular, acontece, principalmente, nos momentos de vivência e de trocas com diferentes perspectivas do saber, no Instituto ou no SUS.

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Assim, os participantes do PET enxergam que a integração através da comunicação entre os diferentes cursos do IPA, a troca de experiências entre alunos e profissionais, bem como uma maior disseminação e comunicação do PET e as trajetórias nele vividas por alunos e tutores podem ser atividades chave no desenvolvimento da humanização desde o início da formação dos profissionais de saúde. No PET, a teoria também vai ao encontro da prática. Na imersão da rotina dos profissionais do SUS, os alunos contribuem para a humanização, através de espaços de escuta e de reflexão. Em meio a tanto trabalho acontece uma pausa, um momento de se permitir analisar o dia a dia, seus processos, suas falhas e seus encantos. O aluno é o propulsor desse processo, a partir do seu olhar distante, crítico e da base teórica latente por prática, ele propõem soluções simples para problemas complexos. Acontece uma complementação de necessidade de aprendizado prático por parte dos alunos e de necessidade de melhorias no SUS por parte dos preceptores. Sendo assim, através de uma boa organização e planejamento, podese potencializar essas trocas, concretizando assim a solução de necessidades da área da saúde, tanto de quem está aprendendo quanto dos profissionais.


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