Boletim Janela Aberta, n.º 12, fevereiro 2014

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BOLETIM 12 FEVEREIRO 2014

JANELA ABERTA DIA DO PATRONO O dia do patrono da ESDPV festeja-se a 26 de janeiro. No entanto, por ter sido domingo, comemorámo-lo a 27 de janeiro. A biblioteca, como habitualmente, não podia ficar alheia a tal efeméride. Colocámos, nos vidros, frases da autoria do Rei D. Pedro V retiradas dos ESCRITOS DE EL-REI D. PEDRO V, colligidos e publicados pela Academia das Ciências de Lisboa. Coimbra : Academia das Ciências de Lisboa, 1923-1930, tais como: O grande mal nas reformas modernas tem sido o serem feitas para o momento e nunca com vistas para o futuro, vol. II, pág. 24; (…) venho do passado e vou para o futuro, mas vejo que muitos, desgraçadamente, têm os olhos na parte posterior da cabeça, vol. III, pág. 271; Instruir, e instruir sólida e sinceramente o povo, que a isso tem direito sagrado, depois do desprezo em que tem estado, é um dever. A instrução pública é a base mais sólida e mais durável para todo o melhoramento futuro, vol. III, pág. 155, Discurso da Coroa, em 2 de Janeiro de 1857; A missão da família na educação não é compreendida nem pelos pais que tudo fazem para substituir os filhos na procura de soluções, o que estiola a iniciativa, a coragem e a capacidade de resistência para o confronto com a vida; nem por aqueles pais que, desenraizados do ambiente familiar e desobrigando-se das responsabilidades que lhes competem, entregam os filhos a colégios onde a educação, salvo raras excepções, é defeituosa. À família pertence a educação moral. Ao Estado, a educação intelectual, nos casos normais, e uma função supletiva, quando a família não sabe ou não quer cumprir o seu dever, vol. V pág. 265. É no período de vida do monarca, 1837-1861, que foi publicada a primeira lei portuguesa a consagrar a lei de propriedade de autor sobre as suas obras, no Diário do Governo de 18 de julho de 1851, e que teve origem no projeto de lei da propriedade intelectual, apresentada por Almeida Garrett às Cortes, em 18 de março de 1839. A Carta Constitucional de 1826, no § 24, do Artigo 145, refere que Os Inventores terão a propriedade de suas descobertas, ou das suas produções. A Lei assegurará um Privilégio exclusivo temporário, ou lhes remunerará em ressarcimento da perda que hajam de sofrer pela vulgarização. Equipa da BE da ESDPV

Nesta edição: Dia do Patrono

1

Olimpíadas da Língua Portuguesa

2

Mente sã em corpo são

2

Projeto Os Insetos — as Joaninhas

3

Teatro Infantil de Lisboa

3

Uma vida de coragem— entrevista

4,5

La Copla Negra - Entrevista

6

Oficina do coração

7

A preta lá do bairro

7

A,B,C do dia dos afetos

7

Pensar, agir e festejar

8

Dia Europeu da Internet segura

8

A maçã dos afetos

9

Amizade

9

António Fontinha

10

Memorial da visita ao Convento

10

Curso Profissional de Turismo

11

O dono desta fazenda

12

Diálogo

12, 13 14

Texto de opinião

14

Leio e recomendo…

14

Expressões idiomáticas

15

Museu da Gulbenkian

16

Se eu me tornasse invisível!

16

O rapaz que se perdeu

16

Pequeno Grande C - Um sonho

17

A menina dos olhos de diamante

17

O Quadro de Manet

18,19

Rodolfo Castro na BE Delfim

19

A planta do dinheiro

19

Museu do Teatro

20

Voluntariado da Leitura

21

Museu de S. Roque

21

Turistas na Cidade de Lisboa

22

O pior contador de histórias

23

Racismo

23

Lenda: O esquema

23

A Mulata

24

Os Pais falam das profissões

24

EQUIPA TÉCNICA:

Coordenação do projeto: Equipa da BECRE da ESDPV Revisão de artigos: Equipa da BECRE da ESDPV Conceção e montagem gráfica: Equipa da BECRE da ESDPV


FEVEREIRO 2014 OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA Realizou-se, durante as duas primeiras semanas de aulas do mês de janeiro, a prova de motivação para participação dos alunos do ensino básico (2.º e 3.º ciclos) e secundário nas Olimpíadas da Língua Portuguesa. Os alunos puderam, assim, motivados pelos respetivos professores de Língua Portuguesa e de Português, resolver uma prova modelo seme-

Esta prova realizou-se no dia 5 de fevereiro. Encontravam-se inscritos 224 alunos do 2.º ciclo , 231 alunos do 3.º ciclo e 112 do ensino secundário. Para além das escolas Delfim Santos e D. Pedro V, também aderiu a esta iniciativa o Instituto Militar dos Pupilos do Exército, com participação de alunos dos 2.º e 3.º ciclos. Foram já publicadas as listas dos alu-

Alice Costa, docente da ESDPV

nos apurados para a 2.ª eliminatória, a lhante à que constituiu a 1.ª eliminatória.

realizar em março.

MENTE SÃ EM CORPO SÃO Na Escola Delfim Santos, teve lugar, entre os dias 27 a 31 de janeiro de 2014, uma exposição de trabalhos realizados por alunos das turmas B, D, E, F e G do 9º ano. Esta exposição

foi

dinamizada

pelas professoras de Ciências Naturais destas turmas. A exposição, que foi explorada pelos alunos do 9º ano e pretendia sensibilizar a comunidade escolar para problemas de saúde física e psicológica, dava a conhecer alguns efeitos sobre a integridade física ou psíquica, resultantes do consumo de substâncias nocivas para o organismo e sensibilizava para a necessidade de desenvolver hábitos de vida saudáveis e de segurança, numa perspetiva biológica, psicológica e social. Maria Albertina Crespo, docente da EB 2.3 Prof. Delfim Santos

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FEVEREIRO 2014 PROJETO OS INSETOS - AS JOANINHAS

As joaninhas são coloridas e muito bonitas, com as suas cores e bolinhas pretas. Elas alimentam-se de ácaros e de pulgões e, assim, ajudam a diminuir as pragas que destroem as plantas. Gostam de esvoaçar pelos jardins e pelos campos à procura de alimento e de lugares seguros, para deixarem os seus ovos. De planta em planta, vão transpor-

tando grão de pólen nas suas patinhas e ajudam a fazer a polinização.

Curiosidades sobre as joaninhas:

As joaninhas põem mais de vinte ovos de cada vez. Cerca de uma semana mais tarde, nascem as larvas que, por sua vez, fazem um casulo à sua volta. Passadas mais ou menos três semanas as larvas já estão transformadas em joaninhas e cheias de curiosidade para irem conhecer o mundo.

Tempo de vida – aproximadamente 180 dias;

Tamanho – 4 a 8 milímetros;

Nome em espanhol – mariquita; Nome em francês – coccinelle; Nome em inglês – ladybug.

Andamos a fazer pesquisas sobre as joaninhas e já fizemos alguns trabalhos. Este mês a turma do 3º A vai apresentar uma peça de teatro com “fantoches joaninhas” aos meninos do Jardim de Infância e do 2º A. Não te esqueças: protege as joaninhas! 2º A e 3º A, EB1/JI António Nobre

TEATRO INFANTIL DE LISBOA No passado dia seis de fevereiro, os alunos do 2.º ano, turma B, da Escola Frei Luís de Sousa, foram assistir à peça de teatro D. Quixote, no Teatro Infantil de Lisboa. Deslocaram-se no autocarro da Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, sendo que esta atividade foi promovida pela referida Junta. O teatro começou por volta das quinze horas e terminou às dezasseis e trinta. A peça relata-nos a vida de D. Alonso, fidalgo espanhol, mais conhecido por D. Quixote, na obra de Cervantes, que vivia numa região espanhola chamada Mancha e tinha um fiel escudeiro, Sancho Pança, que o acompanhava nas suas viagens em busca da sua adorada Dulcineia. Ao longo da peça, numa emocionante aventura e boa disposição, D. Quixote passa por várias situações muito divertidas e outras um pouco tristes, mas, por fim, lá acaba ao lado da sua adorada Dulcineia. Trata-se de uma peça muito bem concebida e apresentada, com bons atores e cenários fabulosos, tal como os moinhos, a taberna, o cavalo Rocinante entre outros, que muito divertiu os pequenos espectadores, numa onda de enorme suspense e boa disposição. 2.º Ano, Turma B e professora Ermelinda Rosa, EB1/JI Frei Luís de Sousa

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FEVEREIRO 2014 UMA VIDA DE CORAGEM

ENTREVISTA sempre fizeram tudo para descobrir

das que eles conhecem. Normalmente,

o que era e saber se haveria trata-

quando perguntam, questionam o motivo

mento para o meu problema. Fui

de eu não o deixar crescer e eu explico que

seguida até aos dezoito anos no

é de nascença, que sempre tive o cabelo

Hospital de Santa Maria, mas nunca

assim e que não cresce mais do que isto.

me apresentaram uma possível explicação para o facto de ter nasci-

Como é que lida com o problema hoje em

do assim. Até à data, ainda não há

dia? Entrando num espaço novo, o que

tratamento.

acha que os outros podem pensar de si? Eu própria brinco com esta situação, acho

Em criança, e sobretudo na fase da

que também é um modo de defesa. Brin-

adolescência, sentia-se diferente ou

cando eu com este problema, não dou aso

mais incapacitada que os outros

a que outros brinquem. Não dou muita

jovens devido ao seu problema?

abertura, para que brinquem comigo por-

Patrícia tem trinta e quatro anos,

Sempre teve um crescimento nor-

que normalmente sou eu que o faço. Em

nasceu numa aldeia chamada Mu-

mal? Qual era a visão das outras

relação aos adultos, quando me conhe-

cifal pertencente ao concelho de

crianças perante a sua aparência?

cem, há muitos que acham que eu tenho

Sintra e estuda na Escola Superior

Fiz o primeiro ciclo no Mucifal, sem-

um problema de saúde e que estou em fase

de Educadores de Infância Maria

pre com os mesmos colegas de

de tratamento ou a sair de algum tipo de

Ulrich. É casada e tem um filho de

turma. Do quinto até ao décimo

tratamento, nomeadamente a quimiotera-

sete anos. Decidi entrevistá-la por-

segundo ano frequentei outra esco-

pia. Tenho optado sempre por esclarecer as

que me interessei pela sua experiên-

la, na mesma localidade. A transi-

pessoas; eu própria prefiro isto a que as pes-

cia de vida, diferente ou mais com-

ção do quarto ano para o quinto

soas se andem a interrogar sobre se estou

plicada do que a das outras pes-

não foi completamente tranquila, a

doente ou não. Hoje em dia é um assunto

soas devido a um problema capilar

escola era muito maior, havia muito

de que falo com alguma tranquilidade.

de nascença – a falta de queratina

mais crianças. Aqui a fase da ado-

no cabelo - o que fez com que este

lescência foi sobretudo a mais com-

Em relação aos namoros, teve uma expe-

não crescesse. A isto somou-se, por

plicada porque havia sempre quem

riência diferente? Como é que conheceu o

volta dos seus doze anos de idade,

gozasse, quem questionasse… con-

seu marido e qual é a vossa ligação?

a doença da sua mãe, esclerose

segui sempre dar a volta à situação

Em relação a namoros, sempre tive uma

múltipla. Tive conhecimento da sua

visto que também tinha um grande

vida relativamente normal. Quando tinha

história através da minha mãe.

apoio familiar.

dezanove anos, conheci o meu marido, que é o pai do meu filho. Conhecemo-nos numa

Este problema capilar não é heredi-

Em relação ao seu filho, alguma vez

discoteca, andámos seis meses a trocar

tário. Foi acompanhada por algum

teve receio durante a gravidez?

olhares, depois começámos a namorar.

médico ou teve qualquer informa-

Houve algum comentário da parte

ção acerca do porquê de ter nasci-

dele face ao problema?

do com ele?

No período de gravidez tive muita

Não sei ao certo o nome deste tipo

ansiedade em saber se o Duarte iria

de problema. Sei que não há muitos

nascer com este problema ou não,

casos a nível mundial, e que tem

mesmo sabendo que não é heredi-

que ver com a raiz. Esta não desen-

tário. O Duarte nasceu com cabelo

volve porque não produz queratina.

normal, não tem qualquer proble-

A par disso, tive sempre um desen-

ma de saúde, o que me tranquiliza

volvimento normal.

bastante. Nunca me questionou acerca do meu cabelo.

Os seus pais sempre a trataram de um modo normal? Mostraram inte-

Em relação aos estágios de jardim

resse em acompanhar o problema?

de infância e de primeiro ciclo, as

Para além de todo o apoio familiar,

crianças questionam-se?

sempre fui tratada pelos meus pais

Trabalho numa escola de primeiro

de um modo normal, encarando

ciclo onde as crianças já questio-

este problema normalmente. Eles

nam e já acham que sou diferente

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FEVEREIRO 2014 casa. Esta situação ainda durou alguns

dar e, em algumas alturas

anos. Neste momento, ela está num lar, e

da minha vida, também

caiu há cerca de três meses. A parte motora

fui ajudada… penso que

já era muito complicada, ela já não conse-

as amizades são funda-

guia andar sem apoio. Ao cair, partiu o colo

mentais para este cresci-

do fémur, não sabemos explicar o que

mento, o apoio dos ami-

aconteceu porque ela também não tem

gos, principalmente na

capacidade suficiente para relatar esses

adolescência, com quem

factos. Foi operada e já não conseguiu re-

nós nos identificamos mais

cuperar, ficou numa cadeira de rodas. Em

e… até hoje, acho que

casa não tínhamos condições físicas, para

nunca conheci ninguém

Namorámos cerca de catorze anos e somos

que ela tivesse uma vida minimamente nor-

como eu, acho que sou

casados.

mal e, então, tivemos de a pôr num lar. Ela

mesmo única! (risos)

O Hugo nunca falou muito acerca do meu

não percebe a situação em que está, já

problema de cabelo, acho que ele encarou

não pede para vir para casa e acha que

Após a entrevista, falámos

como uma coisa normal e fui eu que toquei

está lá até ficar novamente boa. Ainda re-

de acontecimentos en-

no assunto. Temos um relacionamento abso-

conhece os elementos da família.

graçados . Eis alg u mas

lutamente normal e ele tem imenso orgulho

frases:

em mim e no meu percurso de vida, tanto

O que acha da sua experiência de vida e

O Hugo (o meu

profissional, como pessoal e social.

de que forma é que todos os acontecimen-

marido) diz que a primeira

tos ao longo dela interferiram nas suas deci-

coisa em que reparou em

Em relação à doença da sua mãe, de que

sões?

mim foram os meus olhos.

forma é que isso “prejudicou” o seu cresci-

Não é uma história de vida normal. É uma

Acho que desde aí me

mento?

diagnosticada a sua

história de vida de aprendizagem, de co-

apaixonei.

doença e qual foi o percurso de acompa-

nhecimento, de resiliência e de força e de

Uma situaçã o

nhamento com ela? Teve sempre o apoio

acreditar que as coisas acontecem por al-

que eu acho bastante

da família e do marido?

guma razão e que temos de descobrir qual.

engraçada… quando o

A minha mãe tem esclerose múltipla, que foi

Acho que essa busca é incessante e que

Hugo entrou para o Técni-

diagnosticada tinha eu doze anos. O pro-

todos os dias vamos percebendo alguns

co, por causa do stress, o

cesso não foi muito fácil. Ela tinha várias

porquês da nossa vida.

cabelo começou-lhe a

Como

foi

depressões consecutivas que os médicos nunca associaram a este tipo de doença,

cair… o Duarte “gozou” Para finalizar, gostaria que, em palavras bre-

imenso com o pai por ele

visto que, na altura, também não era muito

estar a ficar careca, en-

falada. O maior surto que teve foi no casa-

q u a n t o e m mi m a c h a

mento da minha irmã e quando ela saiu de

absolutamente normal,

casa. Foi internada no dia a seguir, chegou

Um dia, o Duarte

a estar cerca de um mês nos Capuchos, na

recebeu um recado da

Neurologia. Para mim, o mais complicado

escola por causa dos pio-

foi ela estar internada e o meu pai obri-

lhos e na escola os profes-

gar-me a ir ao hospital e eu nunca querer ir.

sores disseram-lhe que as

Ele achava importante que eu lá fosse, visto

pessoas que têm cabelo

que havia uma grande relação entre mim e

mais comprido apanham

a minha mãe, diferente daquela que ela

piolhos mais facilmente.

tinha com a minha irmã. Eu associo isso tam-

Ele chegou a casa e disse:

bém ao facto de eu ter nascido com este

ves, me descrevesse a pessoa que é hoje.

“Mãe, tu assim com esse

problema de cabelo e ela, de algum modo,

Acho que sou uma sobrev iv ente. Bem-

c a b e lo p o d e s me s m o

se sentir culpabilizada de não se saber o

disposta, com um bom sentido de humor e

apanhar piolhos!” (porque

que é. A doença, desde cedo, atingiu a

consigo estar bem e fazer com que as pes-

por vezes rapo-o e já tinha

parte cognitiva e ainda chegou a trabalhar

soas que estejam à minha volta se sintam

crescido um bocadinho).

com a doença. Passados alguns anos, teve

bem também. Acho que sou assim hoje de-

de deixar de trabalhar, porque deixou de

vido à minha história de vida, acho que, se

Entrevista realizada por Carolina

ser autónoma. O meu pai teve de deixar de

tivesse sido diferente, não era a pessoa que

Fernandes Frazão 10.º 8, ESDPV

trabalhar para ficar com a minha mãe em

sou hoje. Sou uma pessoa que gosta de aju-

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FEVEREIRO 2014 LA COPLA NEGRA

ENTREVISTA

Entrevistados: Alejandra López ,Ana López Segovia, Teresa Quintero, Antonio Álamo

Alumnos: Buenas noches, gracias por darnos esta entrevista. Todos los entrevistados: Buenas noches, de nada. Sois muy simpáticos. Alumnos:¿Ya han improvisado alguna vez durante el espectáculo? ¿Nos pueden contar alguna anécdota divertida de los espectáculos? Alejandra: La última vez fue en la semana pasada cuando tenía que cambiar Olvido para José Luis, que soy yo, que, generalmente, llevo dos segundos, bueno, pues ahí me hizo un nudo en la bata en mi barriga, de tal forma que ni para arriba, ni para abajo, llamé a Ana para ayudarme, pero no conseguimos, y tuvo que entrar de José Luis con el nudo en la barriga… ya veis como estaba con el traje por encima… Ana López: A mí, la última vez fue cuando mi personaje estaba borracha y me he caído en el suelo, jajaja… Antonio Álamo: Para mí, una de las cosas más increíbles en este oficio es lo que pasa durante los ensayos, el tiempo que se prepara el espectáculo que nunca se sabe lo que va a pasar, pero tenemos siempre un sentimiento que algo va a pasar, y, en verdad, lo pasa… es siempre una cosa nueva. Alumnos:¿Tienen algún ritual antes de entrar en escena? Teresa: Sí, bebemos un poco de alcohol, un shut de whisky, quizás, dos o tres… Ana López: Y rezamos, a un santo llamado San Judas Tadeo que es el santo de las causas imposibles y que nos ayuda en el teatro para que todo salga bien. Alumnos:¿Hay diferencias entre el público portugués y español? Alejandra: Es muy difícil porque no sabes lo que vas a encontrar. Es siempre una sorpresa. Sucede siempre alguna cosa diferente en los espectáculos. Sin embargo, el público portugués nos encantó, porque tienen un nivel de español elevado. Alumnos: ¿Qué les gusta más en Portugal? Alejandra: La comida, la gente, todo nos gusta… Ana López: Las casas, es maravilloso. No es la primera vez que estamos en Portugal, siempre venimos de vacaciones, pero es la primera vez que venimos en trabajo. Alumnos: ¿Cómo clasifica el género del espectáculo? Ana López: Aún hoy no sabemos si es una comedia o un drama, depende del público. Alumnos:¿Dónde se ha inspirado para hacer esta obra? Antonio Álamo: La verdad es que nunca sabes el por qué de las ideas y eso es de las cosas más gratas de la parte artística. En este caso, tenemos en esta compañía o en este trabajo actrices muy profesionales, las Chirigóticas, que ya llevan 10 años actuando. Esta obra está escrita para ellas. Todas las músicas que han escuchado son de Ana López. Alumnos: Muchas gracias por la entrevista. Esperamos verlas muy

pronto

en

vuestra

nueva

actuación.

Todos los entrevistados: De nada. Hoy hemos tenido un público fantástico, muchas gracias por vuestra colaboración. Esperamos volver a verlos muy pronto. Redactado por: Ariana Almeida e Maria Inês Domingos 11º 6, ESDPV

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FEVEREIRO 2014 OFICINA DO CORAÇÃO Dia 14 de fevereiro, comemorou-se o dia de S. Valentim na nossa Biblioteca. Os alunos

A,B,C DO AFETOS

DIA

dos

foram surpreendidos com o que a equipa da BE tinha preparado para a Oficina. A de-

Amizade é um bem

coração estava muito cuidada e os participantes aprenderam a fazer um coração em

Bondade é ser bom

origami e procuraram personalizá-lo com poesias escritas ou escolhidas por eles nos livros

Caridade é fazer o bem

de poesia que tinham ao seu dispor. Participaram alunos do professor Pedro Oliveira e os

Doar sangue aos doentes

utilizadores da Biblioteca que se mostraram interessados. Foi uma forma diferente e divertida de comemorar o dia dos namorados!!!

Educar para ser responsável Felicidade é estar contente Generosidade é ajudar Harmonia é estar em paz com os outros Imagina estares sempre feliz! Já alguma vez te sentiste triste? Lealdade é ser fiel Mostra o teu coração Não trates mal ninguém Equipa da BE da EB 2.3 Prof. Delfim Santos

O amor é muito importante Partilhar é ser amigo

A PRETA LÁ DO BAIRRO -Olha a preta lá do bairro! Diziam eles e todos se afastavam -Olha a preta lá do bairro! Todos se riam e todos gozavam. Todos se afastaram, Mas uma menina ficou, Perante todos e mais alguém E exclamou: -Uma menina de cor, Com olhos tão belos como o João, Olhos de mel e chocolate Lindor! Uma menina de cor, Com grandes caracóis de seda, Como a Maria! Uma menina de cor, Com dentes brilhantes e um Sorriso que só ela tem! Somos todos diferentes, Mas todos iguais!

Sara 7.º 3, ESDPV, trabalho realizado no âmbito do estudo do poema Lágrima de Preta de António Gedeão

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Queres um abraço? Respeita a opinião dos outros Sentimentos são bons Trata bem a natureza Um amigo especial é sempre preciso Vê o mundo à tua volta Xenofobia nunca! Zero para os maus sentimentos

Viva o dia dos Afetos! EB1/JI António Nobre – turma do 4º C

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FEVEREIRO 2014 PENSAR, AGIR E FESTEJAR No dia 30 de janeiro, Dia da Não Violência Escolar e Educação para a Paz, no âmbito do Projeto Pensar, Agir e Festejar - PAF, integrado nas comemorações do 60.º aniversário da morte de Aristides Sousa Mendes, decorreu, no Museu da Música, uma sessão em sua homenagem, na qual participaram as turmas 5.ºA, 5.ºB, 6ºA, 6.ºE e 6.ºH e que contaram com a presença do Dr. António de Sousa Mendes, neto de Aristides. O culminar destas atividades ocorreu no pátio central da nossa escola, com o batismo de duas oliveiras, uma com o nome de Aristides e a outra com o nome

de

Angelina

(esposa de Aristides). Dando continuidade a esta atividade, na segunda e terceira semanas de fevereiro, decorrerá uma exposição na escola, com a utilização de dois papagaios e uma T-Shirt com papagaio escrito em diversas línguas, que servirão de mote para a elaboração e exposição de alguns trabalhos de alunos; uns, relacionados com figuras que lutaram e lutam pela liberdade, pela paz, pela educação… (Zeca Afonso, Gandhi, Luther King, Nelson Mandela, Malala …), outros, com frases, textos, … relacionados com o tema. Ana Paula Brinca, docente da EB 2.3 Prof. Delfim Santos

DIA EUROPEU DA INTERNET SEGURA A Biblioteca associou-se à comemoração do Dia da Internet Segura, 11/02/2014, com o objetivo de proporcionar aos alunos um melhor uso da Internet. Para os alunos, a Internet e outras tecnologias são uma presença constante e familiar. Sabemos que este uso crescente tem muitos benefícios educativos e sociais, mas traz consigo, também, muitos riscos. A biblioteca é um lugar de acesso, de trabalho e de aprendizagem do uso das tecnologias e, deste modo, deve criar condições e ambientes de acesso seguros que permitam aos alunos um conhecimento e um uso responsável dos meios digitais. No sentido de reforçar a autonomia dos alunos e promover o desenvolvimento das literacias digitais e a segurança na internet, a biblioteca organizou alguns documentos e divulgou-os em painéis informativos e no blogue:

Guião para validar sítios/páginas Web

Guião para fazer referências bibliográficas (NP405-1)

Guião para realizar um trabalho de grupo

Um

Quiz

sobre

segurança

na

Internet

http://

www.internetsegura.pt/quiz#.UwYkG2J_sqQ

Equipa da BE da EB 2.3 Prof. Delfim Santos

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FEVEREIRO 2014 A MAÇÃ DOS AFETOS A EB1 António Nobre participou no Projeto A Maçã dos Afetos e desenvolveu atividades no âmbito da comemoração do Dia dos Afetos, em 11 de fevereiro. As turmas do 3º A e C organizaram o evento, mas toda a escola participou.

Fátima Moita docente da EB1/JI António Nobre

Trata-se de um projeto transversal entre Escolas/ Agrupamentos de Escolas e Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES). Cada maçã pretende simbolizar um sorriso de uma escola. Após uma fase de exposição nos respetivos agrupamentos/escolas, passar-se-á a uma segunda fase em que as várias maçãs serão publicitadas em espaços públicos da cidade.Fizemos vários trabalhos sobre os afetos. A nossa maçã ficou exposta na entrada da escola. O JI também participou com corações. Muitas pessoas escreveram mensagens. Os meninos do 1º ano fizeram um livro.

AMIZADE Era uma vez um rapaz chamado Ami. Este sentia-se sozinho e incompleto. Um dia, farto da solidão fugiu de casa à procura de alguém que completasse a sua vida. No caminho, encontrou uma bruxa, pequena, rechonchuda, de nome Não. Ami, farto de passar fome, pediu ajuda à velha, mas esta negou, daí o seu nome. Quase desesperado, Ami tentou voltar a casa, mas percebeu que estava perdido. Passaram horas, dias e ninguém aparecia. Ami decidiu, então, que iria morrer ali. Pegou nas poucas forças que tinha e escavou um buraco, para aí morrer. Nesse momento, apareceu Zade, uma rapariga bonita, simpática, que ajudou Ami. Desde aí nunca mais se separaram. Formaram, então, o casal Amizade. Esta é a lenda de como se formou a Amizade! Pedro Alves, n.º 15, 7.º 3, ESDPV

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FEVEREIRO 2014 ANTÓNIO FONTINHA No dia 7 de fevereiro, recebemos, na escola 2.3. Prof. Delfim Santos, o Contador de histórias António Fontinha. Esta atividade foi planificada pela Biblioteca e os professores de Português que lecionam o 7.º ano. Desta vez, os alunos ouviram contar uma das sessenta versões que se conhecem do conto Tradicional Sabor do sal. Foi com base neste conto tradicional que a escritora Alice Vieira escreveu Leandro, Rei da Helíria, uma das obras que vai ser lida e estudada nas aulas de Português do 3.ºperíodo. António Fontinha realizou quatro sessões, durante este dia, para que todos

os alunos pudessem ouvir e ver a sua forma original de contar Contos Tradicionais. Foram sessões muito divertidas e pensamos que os alunos irão ler o Leandro, Rei da Helíria com outro entusiasmo!

Equipa da BE da EB 2.3 Prof. Delfim Santos

MEMORIAL DA VISITA AO CONVENTO No dia 8 de Fevereiro de 2014, os alunos das turmas 2, 5, 6 e 11 do 12º ano da Escola Secundária D. Pedro V, assim como muitos outros jovens estudantes de diversas regiões do país, acompanhados pelas respetivas professoras da disciplina de Português, deslocaram-se até à vila de Mafra, no Distrito de Lisboa. A viagem teve início às 9 horas da manhã, tendo a excursão terminado, em Sete Rios, por volta das 18 horas. Esta viagem, realizada a um sábado, teve como objetivo dar a conhecer aos alunos o Palácio Nacional de Mafra, também conhecido como o Convento de Mafra ou, simplesmente, o “Calhau”, assim carinhosamente apelidado pelos moradores de Mafra. A visita constou de dois momentos: de manhã visitou-se o palácio e a basílica e de tarde assistiu-se à peça de teatro Memorial do Convento, uma adaptação da obra literária do Nobel da Literatura, José Saramago. O convento de Mafra é tudo o que acerca dele se diz: “grande”, dizem uns; “magnífico, possante”, dizem outros. E tudo isto é verdade. O imponente edifício foi construído no Alto da Vela, local que permite uma visão espantosa da paisagem que, infelizmente, não pudemos apreciar devido ao tempo encoberto. A visita terminou na famosa biblioteca do Palácio Nacional de Mafra, onde se encontram obras de valor inestimável, incluindo uma cópia da segunda edição de Os Lusíadas. Os alunos assistiram à peça de teatro Memorial do Convento, realizada pelo grupo de Teatro ÉTER, espetáculo muito digno e elucidativo da obra encenada. Afinal, D. João V não passou uma única noite no edifício que mandou edificar para os 300 frades da ordem franciscana. No entanto, soubemos nós, aqui, no século XXI, apreciar o que foi construído em seu nome. O Convento de Mafra é hoje um local de visita obrigatória para qualquer apreciador de arte. Texto de um aluno da docente de português Leonilde Timóteo, do 12º2ª, ESDPV

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FEVEREIRO 2014 CURSO PROFISSIONAL DE TURISMO

O Curso Profissional de Turismo organizou, mais uma vez, uma visita de estudo de três dias, como tem vindo a fazer, desde 2007, ao longo da existência do mesmo neste agrupamento. Desta vez, a cidade contemplada foi o Porto, durante dois dias, e a cidade de Coimbra, durante um dia. A viagem decorreu entre os dias 27, 28 e 29 de janeiro de 2014, com sessenta e um alunos e três professoras acompanhantes: as professoras Sara Nunes, Lara Almeida e Cláudia Silva. Os objetivos visaram otimizar a aprendizagem dos alunos, através do contacto direto com a realidade turística nacional, enriquecendo, assim, os seus conhecimentos, o que os auxilia na realização modular contemplada pelo curso. As empresas turísticas visitadas foram: o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, as Caves do Vinho do Porto, a Universidade de Coimbra e a Escola Superior Agrária de Coimbra. Esta contemplou a apresentação do curso de Ecoturismo e uma visita guiada às instalações desta escola (a primeira escola agrícola do país), que poderá vir a ser uma das opções dos alunos que pretendem ingressar no ensino superior, na área do turismo ambiental, rural e desportivo. No Aeroporto Francisco Sá Carneiro, os

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alunos visitaram não só as áreas comuns que qualquer pessoa pode visitar, como também as áreas internas a que só os passageiros têm acesso. O objetivo foi conhecer todas as áreas que compõem um aeroporto, como a área do check-in, a Alfândega, o SEF, a Torre de Controlo, o Quartel dos Bombeiros, a pista, entre outros, como também todo o seu funcionamento e regras. No Porto de Leixões, os alunos assistiram a uma palestra acerca do funcionamento do terminal de cargas e do novo terminal dos cruzeiros. Para além disso, realizaram um circuito de autocarro onde foi possível identificar todos os locais pertinentes. Nas caves do Vinho do Porto, as Caves Calém, os alunos puderam usufruir de uma visita guiada, onde lhes foi mostrado como se produz e armazena o vinho do Porto. Foram mostradas, também, as v á r i a s variedades deste vinho e foi o f er ec i d a uma prova aos alunos maiores de idade. F o r a m , também, realizados dois roteiros: um, na cidade do Porto e outro em Coimbra. No primeiro, percorreram pontos de interesse turístico, como a Torre dos Clérigos, Avenida dos Aliados, Câmara Municipal do Porto, Rua de Santa Catarina, Mercado do Bolhão, Estação de São Bento, Palácio da Bolsa, Ribeira e a Ponte D. Luís I, tendo também a oportunidade de des-

frutar de um Cruzeiro guiado pelo Rio Douro, intitulado “Cruzeiro das 6 pontes”. No segundo, em Coimbra, percorreram a área principal dos espaços da Universidade de Coimbra, ruas típicas do centro histórico da cidade, nomeadamente: Quebra-costas, Almedina, Ferreira Borges e Largo da Portagem. Houve, ainda, a oportunidade de contemplar um conjunto de edifícios históricos desta cidade, tais como: Sé Velha, Arco de Al-

medina, Igreja de Santa Cruz e Câmara Municipal. Como forma de despedida e como a música diz: "Coimbra é uma lição, De sonho e tradição", os alunos ainda se deliciaram com a pastelaria conventual que esta cidade tem como património gastronómico, nas suas típicas pastelarias. Esperamos com isto ter contribuído para a aprendizagem dos nossos alunos e ter fortalecido as relações interpessoais. Sara Nunes, docente da ESDPV

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FEVEREIRO 2014 DIÁLOGO

O DONO DESTA FAZENDA

Certa manhã, encontrei o Zorbas na rua e pedi-lhe que viesse fazer-me companhia ao pequeno-almoço. Ele aceitou e lá fomos nós. - Olá, Zorbas! É um prazer conhecer-te. - Olá, como estás? - Bem, obrigada e tu? - Também, obrigado. - Quero perguntar-te como foi a experiência de tomares conta de uma gaivota bebé, sem saberes o que gostava de comer, o que fazia, como a ias ensinar a voar, … - Bem, foi muito desafiante, porPaolo Domeniconi que não sabia bem o que fazer: ela tinha Fonte : http://bibliocolors.blogspot.pt/ fome e eu dava-lhe de tudo e a Ditosa não gostava de nada; não fazia ideia qual era a sua alimentação. Com a ajuda dos meus amigos do porto, consegui cumprir as promessas que fiz à sua mãe, embora com bastantes dificuldades, e sinto-me orgulhoso disso. Aprendi que com amigos e força de vontade tudo se consegue e acabamos por ficar contentes com o que fizemos. Conseguimos reconhecer o nosso esforço, dedicação e trabalho. - Já tens mais alguma proposta? - Não. Ainda estou a descansar da última aventura. - Os teus amigos também estão bem? - Sim, estão ótimos. - Ainda bem. - Tu leste a minha história, pelo que vejo… - Sim, li e gostei muito. E aprendi com ela que, apesar de sermos diferentes, podemos dar-nos bastante bem e ajudar-nos uns aos outros. - Ainda bem que gostaste e que aprendeste alguma coisa. Gostei muito de te conhecer e de conversar contigo, obrigado. - De nada, até à próxima. Também adorei a conversa.

Quando eras pequeno, todos os dias perguntavas de onde vinham todas estas pessoas pretas. Quando eras pequeno, achavas que não era justo haver famílias separadas pela voz do Mercado, pela voz do dinheiro. Quando eras pequeno, pensavas que não estava certo um Ser ser tratado por outro de um modo inferior. Quando eras pequeno, teu pai disse que um dia serias tu dono desta fazenda. E agora és tu o meu dono, és tu quem acha que a cor da pele vale mais que a cor do coração.

Miranda Reis-Reker, 7. º3, n.º 13, ESDPV,

trabalho realizado no âmbito do estudo do poema Lágrima de Preta de António Gedeão

Inês Campos Silveira, Nº16, 7ºA, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

DIÁLOGO - Olá, Zorbas! Eu sou o João, um dos leitores que leu a tua história. - Olá, João! – disse Zorbas. - O que achaste da minha história escrita por Luís Sepúlveda? - Eu gostei muito e achei interessante o que fizeste pela gaivota. Se eu estivesse no teu lugar, faria o mesmo que tu para salvá-la. – disse eu. - Passei um sacrifício muito grande para não a comer. – disse Zorbas. - Como te sentiste por não conseguir salvar a mãe da Ditosa? – perguntei eu. - Fiquei triste, mas fiz tudo o que podia para salvar a Kengah. – disse Zorbas. - Outra pergunta: tu não estavas já farto do macaco? – perguntei eu. - Sim, todos os animais se comportam melhor do que ele, mesmo os ferozes. – disse Zorbas. - Bem, mas vamos ao que interessa. Eu quero dar-te os meus parabéns pelo que fizeste para ajudar a Ditosa a voar. – disse eu, muito contente. - Obrigado, meu amigo. - disse Zorbas. Matt Roussel Fonte: http://bibliocolors.blogspot.pt/ - Bem, já te fiz todas as perguntas que tinha a fazer, por isso quero propor-te uma ida a minha casa nas férias do Natal, porque as do verão estão a acabar e os teus donos estão a voltar das suas férias maravilhosas. – disse eu, muito contente. - Obrigado, meu amigo. - disse Zorbas. - Bem, já te fiz todas as perguntas que tinha a fazer, por isso quero propor-te uma ida a minha casa nas férias do Natal, porque as do verão estão a acabar e os teus donos estão a voltar das suas férias maravilhosas. - disse eu. - Pois, não sei. Está muito frio nessa altura, por isso vai custar um pouco a sair do meu querido e quente lar. - disse Zorbas. - Mas logo se vê. Até lá ainda falta muito tempo. – Continuou Zorbas contente por lhe terem feito um convite especial com que ele sonhava há muito tempo. João André, 7.ºB, n.º 12, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

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FEVEREIRO 2014 DIÁLOGO

Jo Parry

Fonte: http: //bibliocolors.blogspot.pt/

Depois de ir ao bazar do Harry, Zorbas foi ter com a Ditosa, que estava pousada em cima de um prédio. Quando a viu levantar as asas, o gato do porto começou a chamar pelos seus companheiros. Estes ouviram-no, mas não ligaram nenhuma. Foi, então, que viram um pássaro a voar na sua direção e Barlavento disse: - É a Ditosa! A voar... !? - Mas... mas ... como é que ela está a voar !?- perguntou Harry espantado, que observava toda a cena. De repente, apareceu Zorbas muito feliz, que disse cheio de entusiasmo: - Vocês viram Ditosa a voar?! - Sim! - disseram todos em coro, igualmente emocionados. Pouco depois, surge a Ditosa, pousando perto deles, toda contente, e perguntando: - Vocês viram-me?? Eu voei pela primeira vez! Tenho o coração a saltar dentro do peito. - Sim! - disseram todos, novamente em coro. - Obrigada, queridos amigos! Sabem que sem todos vós, eu não teria conseguido! – afirmou Ditosa, sinceramente reconhecida. - De nada Ditosa – disseram os gatos. - Não precisas de nos agradecer – acrescentou Zorbas. E assim a Ditosa conseguiu voar pela primeira vez. Liliana Sousa, 7.º B, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

DIÁLOGO Há umas semanas fui a Hamburgo, e qual não foi o meu espanto, quando encontrei Zorbas a dar um agradável passeio perto da igreja de S. Miguel. Pedi-lhe um bocadinho do seu tempo e tivemos a seguinte conversa: - Olá, Zorbas! Que engraçado encontrá-lo aqui! – disse eu muito surpreendida. - Olá! Desculpe a pergunta, mas quem é a menina? – perguntou Zorbas um pouco baralhado. - Eu é que lhe peço desculpa, nem me apresentei! Eu sou a Beatriz. Li a sua história e achei-a bastante interessante. Não se importa de me falar um pouco sobre a sua aventura? -Oh, com certeza! Pergunte-me o que quiser! – miou Zorbas. - Queria perguntar-lhe, antes de mais, como foi a sua reação ao

Gurbuz Dogan Eksioglu

Fonte: http://bibliocolors.blogspot.pt/

perceber que iria não só ter de tomar conta de uma gaivota, como ensiná-la a voar? – comecei por perguntar. - Ao princípio, achei mesmo que não seria possível, pois entre um gato e uma gaivota há uma grande diferença, porque as gaivotas voam e os gatos não… Mas uma promessa é uma promessa e, mesmo com a ajuda de alguns amigos (porque é para estas ocasiões que os amigos servem) decidi enfrentar este difícil desa-

fio – respondeu Zorbas. - Realmente, o Zorbas é mesmo um gato incrível! Quando li a sua história, uma das coisas que mais me impressionou, em si, foi a sua coragem e a sua vontade de aceitar novos desafios. Foi, assim, tão difícil cumprir esta promessa? – perguntei eu. - Sinceramente, agora que penso em como tudo aconteceu, acho que não foi assim tão difícil. Quando se tem o apoio dos amigos e força de vontade, tudo se torna mais fácil – miou Zorbas. - Que lição é que acha mais importante destacar desta sua aventura? – voltei a perguntar. - Para mim, é, sem dúvida, aceitar cada um como é. Não nos devemos importar com as diferenças, nem com as raças, nem com as nacionalidades. Devemos sempre aceitar-nos como somos e como os outros são. Toda a gente se pode dar bem, mesmo sendo completamente diferentes – respondeu Zorbas. - Pois, porque no fundo o que o Zorbas e os seus amigos fizeram foi exatamente isso. Aceitaram ajudar a gaivota, mesmo sendo de raças diferentes. Achei esta conversa bastante agradável, mas o tempo não chega para tudo, infelizmente… Queria, portanto, dizer-lhe que admiro a sua coragem e, para mim, foi bastante importante ler e conhecer esta sua aventura. Descobri uma maneira de pensar diferente e aprendi muitas lições, que aposto me irão ajudar no futuro. Foi um prazer enorme conh ecê-lo – concluí eu. - Ora essa! O prazer foi todo meu. É sempre bom encontrar leitores que se importam com a minha história. Espero voltar a encontrá-la! – despediu-se Zorbas, amavelmente. Mª Beatriz Valério, 7ºA, n. º 22, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

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FEVEREIRO 2014 DIÁLOGO

LEIO E RECOMENDO…

Depois de ler este livro, achei que devia falar com alguma personagem. Após muita procura, consegui falar com o Zorbas. Em nome de todos os leitores penso que gostaríamos de ouvir a opinião deste gato sobre o livro. - Olá, Zorbas! Obrigada por aceitares falar comigo. Bem sei que a tua vida de gato é complicada… - É sempre um prazer falar com um dos leitores do livro - afirmou Zorbas, com simpatia. - Gostava de te fazer algumas perguntas e saber a tua opinião sobre o livro. Achas que Luís Sepúlveda retratou bem o que aconteceu? - Sim. Acredito que este livro demonstra a dificuldade que foi chocar, criar e ensinar uma jovem gaivota a voar. Etienne Delessert Fonte: http://bibliocolors.blogspot.pt/ - Ainda a propósito desse tema, teria muito prazer em ouvir a tua opinião sobre a dificuldade que há, hoje em dia, de gostar dos outros, apesar das suas diferenças. - Bom, em relação a isso só tenho a dizer que, no fundo, todos somos diferentes. Não interessa se somos gatos, gaivotas ou pessoas porque relativamente ao interior, todos temos cérebro para agir e um coração para amar. E acho que é esta a mensagem que se pretende passar com o livro. -Sim. É verdade que todos podemos amar independentemente das nossas formas de pensar e de gostar mas, e pergunto isto porque penso que todos teriam interesse em saber, como conseguiu criar aquela tão jovem gaivota, ensiná-la a voar e, mais importante de tudo, como é que a conseguiu ensiná-la a amar? - Com a sábia ajuda dos meus amigos, é claro! Eles auxiliaram-me em tudo. Foram maravilhosos e penso que o orgulho foi mútuo. - Agradeço-te por teres respondido às minhas perguntas. - De nada, só espero ter sido útil. E, assim, vemos que a atitude de um simples gato pode significar muito, tanto pela lição que nos dá acerca do amor maternal incondicional como também pela prova de que podemos gostar dos outros, independentemente da sua forma ou feitio.

As recomendações dos alunos membros do Clube de Leitura ” Letra Viva”.

Madalena Forte, 7.º C, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

TEXTO DE OPINIÃO Gostei muito desta história, porque aprendi

O Pássaro da Cabeça de Manuel António Pina…é um livro repleto de poemos e os poemas são divertidos. É um livro para nós descobrirmos a imaginação que temos dentro de nós Joana Fernandes, n.º12 - 5.º ano turma B

O Silêncio da Água de José Saramago…é um livro que nos ensina que devemos lutar pelo que queremos. Sofia Pereira, n.º20 5.º ano turma B

A Maior Flor do Mundo de José Saramago…A natureza não deve ser destruída. E este livro ajuda a convencer as pessoas a tornar o mundo melhor e a sermos amigos da terra. Ana Marta Silva, n.º 29 5.º Ano turma D

que, apesar de a gaivota não ser da mesma espécie que o gato, este ajudou-a sempre nos momentos em que ela precisou como, por exemplo, ensinando-a a voar.

Maria Inês, 7ºB, Nº17, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

Mihai Criste Fonte: http://bibliocolors.blogspot.pt/

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O meu diário, os meus segredos, os meus sonhos de Violetta Channel …é o diário da Violeta onde ela escreve a sua aventura em Buenos Aires. É um livro único porque fala de amor, paixão e música, baseado numa séria da Disney World. Ana Margarida Oliveira, n.º 3 – 6.º Ano Turma B

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FEVEREIRO 2014 EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS Na nossa turma andamos a pesquisar expressões idiomáticas. Já sabemos que são expressões populares, cujas palavras apresentam significados que nada têm a ver com o seu sentido literal. Estes são alguns dos nossos trabalhos.

3.º C, EB1/JI António Nobre

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FEVEREIRO 2014 MUSEU DA GULBENKIAN No dia 6 de fevereiro, nós fomos ao Museu da Gulbenkian ver uma exposição chamada Há histórias nas obras de arte. Fomos recebidos pela Paula. Mostrou-nos umas imagens da vida e da casa do Senhor Gulbenkian, que era um colecionador de obras de arte. Ele vivia em França, mas decidiu que quando morresse, as suas obras ficavam num museu em Portugal. Vimos uma escultura do S. Martinho, uma tapeçaria, uma banqueta e uma pintura do Manet. Cada uma das obras de arte contava uma história. Do quadro do Manet a Paula não contou a história e convidou-nos a inventarmos nós uma. Foi o que fizemos quando che-

gámos à escola. Gostámos muito da visita.

Texto coletivo da turma do 1º ano, da EB1/JI Frei Luís de Sousa

SE EU ME TORNASSE INVISÍVEL! Só de pensar no facto de poder ser invisível, a minha imaginação voa. Poder espreitar as soluções dos testes, antes de os fazer, poder escutar conversas, estar onde não deveria… sendo invisível, tudo isto seria possível! Ora bem, aqui vai a minha história! Era já tarde e eu estava a ler deitado na cama. Entretanto, não sei o que aconteceu… talvez tivesse entrado demasiado na “história” e, de repente, estava na cozinha a beber água. A minha mãe entra, acende a luz e fica a olhar para mim. Eu disse-lhe: -Vim só beber água! E reparei que ela estava de olhos arregalados, pois não me via, a não ser ao copo que estava no ar! Eu ri - me, pensando: Ora aqui está uma coisa “fixe” !!! Pousei o copo e fazia-lhe sinais, mas não adiantou. O meu pai juntou-se à “festa” e veio ver o que se passava. Então, resolvi aproveitar-me da situação e atirei-lhe um pão à cabeça. Começaram os dois a discutir sobre quem tinha atirado o pão. Fui para o meu quarto, olhei para o espelho e … nada! Estava mesmo invisível! Sentei-me e dei por mim na escola. Resolvi ir até à sala dos professores, pois sempre tive curiosidade em saber o que é que eles faziam antes de virem para as aulas. Nada de interessante! Lauraballa Cá fora, junto à sala da primeira aula, lá estavam eles, os meus amigos. Ainda não Fonte: http://bibliocolors.blogspot.pt/ tinham entrado! Comecei a desatar-lhes os cordões dos ténis. Grande confusão! Entraram todos na aula e começou a chamada. Quando chegou a minha vez, bati na carteira e a professora assustou-se. Comecei a escrever no quadro: O Vasco está aqui! Ficaram todos calados e cheios de medo. As caras deles eram fenomenais e eu não conseguia parar de rir. Ouvi a campainha (que som estridente!) …, abri os olhos e estava deitado na minha cama, com o despertador a tocar. Afinal, tinha sido tudo um sonho e, agora, estava na hora de voltar à realidade! Vasco Carvalho, 7.º3, N.º17, ESDPV Trabalho realizado no âmbito do estudo do conto Toninho, o Invisível!

O RAPAZ QUE SE PERDEU Ia, na rua, o rapaz, Com a sua malinha,

Eis que escureceu,

Toda a gente o olhava,

E toda a esperança perdeu.

Mas ele não se importava. Chegou a casa, O sol brilhava,

A sua amiga ali estava!

O céu azul estava,

Adormeceu…

E o rapaz caminhava,

E sonhou que ela o amava!

Ao encontro de sua amiga. Juana Martinez-Neal

Mas pelo caminho se perdeu…

Rita, 7º2, ESDPV

Fonte: http://bibliocolors.blogspot.pt/

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FEVEREIRO 2014 PEQUENO GRANDE C - UM SONHO ESPACIAL A Biblioteca e a professora Maria Avelina Cardoso, que leciona as disciplinas de EV/ET, estão a participar no concurso Pequeno Grande C, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, onde se leva a concurso um livro de autor realizado por alunos de uma turma. O desafio foi lançado na turma do 6.ºJ com o visionamento do tutorial em vídeo e a leitura do regulamento do concurso. Conseguiu-se o entusiasmo da turma! O incentivo aos alunos para a escrita foi desenvolvido na aula de Português, onde se iniciou o processo criativo da escrita. O tema do texto seria livre! Vencidas algumas barreiras e ultrapassados os bloqueios que surgem sempre que os alunos participam nestas atividades, todos os alunos escreveram um texto de tema livre, individual ou a pares. Após a apresentação dos textos, na aula de Português, com leitura em voz alta, os alunos escolheram o melhor, ou seja, aquele de que mais gostaram, quer pela originalidade, quer porque permitia levar a cabo o trabalho de ilustração na aula de Educação Visual. O texto escolhido foi Um sonho Espacial. Nas aulas de EV, os novos ilustradores puseram mãos à obra entre folhas de desenho, lápis, aguarelas e o texto Um sonho espacial vai ganhado os seus espaços nas folhas de papel ao longo das quais as personagens vão desenvolvendo a sua missão. Um storyboard coletivo era o guia do trabalho: desenhos esquemáticos com as cenas que iriam representar, tendo ficado decidido entre a professora e os alunos quais os excertos que estariam na base do processo criativo da ilustração de cada cena. Assim, todos os alunos sabiam qual era a sua tarefa e as dos colegas, o que também se tornou interessante, em termos de trabalho colaborativo. Foi definido o formato em que o livro de autor seria apresentado ao Concurso Pequeno Grande C. Apoiando o processo de ilustração criativa, na aula de EV, a Biblioteca disponibilizou revistas do seu fundo documental, onde o tema era apresentado e registou a atividade em fotografia e filme.

PB EB 2.3 Prof. Delfim Santos e Prof. Maria Avelina Cardoso

A MENINA DOS OLHOS DE DIAMANTE Há muito, muito tempo, nasceu uma menina chamada Luzy, que tinha olhos de diamante. Eram tão lindos, mas tão lindos, que brilhavam no escuro. Foi crescendo e os pais estavam a começar a ficar preocupados com a menina, porque passavam na rua e as pessoas comentavam sobre os olhos. Na escola, ela não tinha um único amigo, porque todos gozavam com ela.

Christiane Beauregard

Um dia, quando tinha dez anos, a Luzy, à noite, pediu um desejo a uma estrela. Foi dormir e acordou a meio da noite por causa de uma luz. Essa luz era uma fada e Luzy, espantada, perguntou: ― Quem és tu? E a Fada respondeu: ― Estás a ver aquela estrela a quem tu pediste um desejo? Essa sou eu e vim conceder-te o teu desejo. É só dizeres, que eu o concretizo. Então a menina disse: ― Desejo ter olhos normais!

E de repente caíram dois diamantes dos olhos da menina. Quando caíram na terra, nasceu uma árvore pequenina com vários diamantes e conta-se que essa árvore está guardada por uma estrela lá bem em cima nos céus. Fonte http://bibliocolors.blogspot.pt/

Débora Abreu, n.º 7, 6.º H, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

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FEVEREIRO 2014 O QUADRO DO MANET

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FEVEREIRO 2014 O QUADRO DO MANET (continuação)

EB/JI Frei Luís de Sousa

RODOLFO CASTRO NA BE DELFIM SANTOS Foram realiza-

Foram sessões muito divertidas!

das 4 sessões, 2

Obrigada Rudolfo!

de manhã e 2 de tarde, para que todos os

Professoras Bibliotecárias da EB 2.3 Prof. Delfim Santos

alunos do 6ºano pudessem usufruir do privilégio que é assistir a uma sessão de contos com o Rodolfo Castro. Alguns dos alunos no final disseram ao Rodolfo que ele não era o "pior contador de histórias do mundo"... e até pediram em coro "só mais uma!" … e o Rodolfo fez-lhes a vontade.

A PLANTA DO DINHEIRO Era uma vez um camponês chamado Manuel das Couves. O Manuel andava de um lado para o outro a passear pela casa, quando disse ― Ai! Quem me dera ter uma planta que desse notas de quinhentos euros! E foi nesse preciso momento que olhou pela janela e viu uma pequena planta com três notas de quinhentos euros penduradas. Vendo isto, o homem desmaiou. Após ter acordado, foi lá para fora a correr apanhar o dinheiro. O camponês guardou as notas num cofre, que escondia na arrecadação. Todas as manhãs, bem cedo, o camponês colhia as notas que nasciam na planta com medo que alguém as tirasse.

Fonte: http://pixdaus.com/

Certo dia, o Manuel das Couves decidiu ir ao casino na tentativa de multiplicar o seu dinheiro. Infelizmente, perdeu tudo. Regressado a casa, percebeu que a desgraça ainda era maior ao ver que a planta murchara e que a sua riqueza acabara. Carlos Leal, n.º 4, 6ºF, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

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FEVEREIRO 2014 MUSEU DO TEATRO No dia 24 de janeiro, fomos ao Museu do Teatro ver duas peças: A Princesa Baixinha e outra dedicada à proteção da natureza. Agora, vou recontar o que se passou no conto sobre a princesa: “Era uma vez uma princesa muito baixa, mas tão baixinha que todos gozavam com ela. Um dia, ela foi a casa da avó que lhe contou que o avô tinha sido muito corajoso. A princesa começou a pensar que podia ser como ele, uma batalhadora capaz de enfrentar os seus medos. Nesse preciso momento, pediu à avó para lhe arranjar um saco e colocar lá o que achasse ser necessário. A avó deu-lhe: três caramelos para quando ela estivesse triste, um espelho para ela ver se estava sempre bonita, e um arco e uma flecha para o caso de ela querer enfrentar algum inimigo. Ela partiu e na sua viagem passou por três bosques, escalou duas montanhas e atravessou um deserto. Chegou a uma aldeia onde ninguém tinha nada para comer porque todos os dias às três horas passava por ali um dragão que devorava tudo o que via . A princesa foi tentar derrotá-lo para mostrar a todos que lá por ser baixinha era corajosa e bastante forte. Enquanto o dragão estava a dormir, a princesa pegou no arco e na flecha, esticou-o e acertou-lhe na barriga. O dragão acordou sobressaltado, dizendo: “ Ai! Que dor! O que foi isto?” A princesa disse-lhe que era bem feito, para ele aprender a não se meter com os outros. Quando todos os habitantes viram o dragão a voar, gritaram: - Viva a princesa baixinha. Viva a princesinha! Seguiu na sua segunda viagem, passando de novo por dois bosques, escalando duas montanhas e atravessando um deserto. Chegou a outra aldeia onde estava uma velhota a dizer: - Passou-se uma coisa mesmo, mas mesmo muito má nesta aldeia. Há uns condores muito feios que estão no topo da montanha e ninguém os consegue derrotar. – disse a velhinha muito aflita. - Eu consigo! - disse a princesa. E com muita coragem foi ao topo da montanha. Pegou no espelho e mostrou-o ao rei dos condores. Ele, assustado com a sua imagem, começou a voar. O resto das aves, ao ver que o chefe estava a voar, fugiu também. Quando todos os habitantes da aldeia viram que os condores tinham voado para longe, exclamaram: - Viva a princesa baixinha! Viva a princesinha. Ela passou de novo três bosques, escalou duas montanhas e atravessou um deserto. Chegou a outra aldeia e sentiu-se um pouco triste. De repente lembrou-se dos caramelos que a avó lhe tinha posto no saco, comeu um e sentiu-se igual, com o outro já estava normal e para se sentir ainda melhor comeu o terceiro e desatou a rir-se. Decidiu regressar ao lugar de onde tinha partido. Passou três desertos, escalou seis montanhas e atravessou nove bosques. Antes de chegar a casa da avó, a notícia já corria como o vento. Então, todos os habitantes da aldeia já estavam informados de tudo. Quando ela chegou, todos gritaram: - Viva a princesa baixinha! Viva a princesinha. A avó ficou muito orgulhosa e até lhe disse: - O teu avô não era tão corajoso como tu minha querida heroína.” Adorei esta visita de estudo, pois foi muito interessante e aprendi muitas coisas, especialmente que podemos ser pequenos e, mesmo assim, fazer coisas muito importantes. Teresa Antunes Cabaço - 4º Ano C, EB1/JI António Nobre

MUSEU DO TEATRO No dia 24 de janeiro, a turma do 4ºC foi ao Museu Nacional do Teatro. Fomos de autocarro e a visita teve lugar entre as 13:30h até às 16:30h. O museu ficava longe. O edifício era grande e tinha um belo jardim com um labirinto enorme feito de plantas. Na entrada principal, havia estátuas de pedra. Eu gostei muito da peça de teatro A princesa baixinha. Achei-a muito engraçada, pois havia apenas uma atriz que interpretava as várias personagens.

- Não se deve fumar na floresta. - Não se deve fazer fogo na floresta, pois podemos causar um incêndio. - Não se deve deixar lixo no meio da floresta. Adorei esta visita de estudo! Cláudia Rollan – 4ºAno C - EB1/JI António Nobre

Assistimos a duas peças de teatro: a primeira foi representada por essa atriz, a segunda foi representada por fantoches. A segunda peça de teatro chamava-se A proteção das árvores e ensinou-nos que devemos ter cuidado com a floresta, isto é: - Não se deve cortar as árvores.

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FEVEREIRO 2014 MUSEU DE S. ROQUE No dia 10 de fevereiro, a nossa turma foi ao Museu de S. Roque. Saímos da escola às 9:30h e fomos no autocarro “Alfacinha”. Falámos e ouvimos música durante o caminho até ao museu. Quando entrámos um senhor apresentou-se e disse que se chamava Luís. Levou-nos até uma sala onde nos sentámos no chão para ver um teatro de marionetas sobre a rainha D. Leonor. Vamos contar-vos a história, que começa agora: Era uma vez uma princesa que era bisneta e neta de reis muito antigos. Essa princesa, que era muito bondosa, casou com D. João II, quando tinha apenas 12 anos e ele tinha 15. Após a morte do rei, subiu ao trono o seu irmão D. Manuel. Quando este se casou a rainha passou a ser conhecida como Rainha Velha, até à sua morte. D. Leonor foi a rainha mais rica da Europa, na sua época, devido à fortuna que criou com a chegada à Índia dos portugueses, com o comércio ultramarino. A sua riqueza serviu para ajudar os pobres, apoiou a construção do Hospital de Todos os Santos, mandou fazer roupa para os que mais necessitavam e alimentar os mais pobres. Quando o teatro acabou apareceu a rainha com as aias e deram-nos coroas para pintar que, depois de prontas, foram agrafadas. A rainha fez pares de meninos com meninas e chamava-nos marqueses e marquesas. Fomos visitar o palácio da rainha, quando regressamos à sala inicial, a rainha ensinou-nos a dançar. A dança era assim: dava-se um passo e parava-se, depois outro e parava-se e a seguir davamse três passos. Nós, as meninas, gostámos muito da dança. Chegou, assim, ao fim esta visita e regressámos à escola. Beatriz Oliveira, Inês e Matilde, 4ºA EB1/JI Frei Luís de Sousa

VOLUNTARIADO DA LEITURA Estamos a iniciar o projeto Voluntários de Leitura nas três escolas do 1.º ciclo do Agrupamento das Laranjeiras. Temos seis voluntários que estão a acompanhar vinte alunos e privilegiámos a leitura a par com alunos do 2.º Ano. Depois de nos termos reunido com os voluntários na Biblioteca da Escola Delfim Santos, definimos os horários e a escola onde cada um vai desenvolver a atividade. Os voluntários foram depois à escola do 1.º ciclo, para conhecerem os alunos, os professores e o espaço. Na última semana de janeiro, iniciámos a leitura a par e percebemos que, quer os voluntários quer os professores, estão entusiasmados por terem abraçado o projeto Voluntários de Leitura. As atividades estão no início, mas é com grande empenho que coordenadores, professores, alunos, voluntários e equipa da BE estão a dinamizar, a colaborar e a aprender neste novo projeto das escolas do 1.º ciclo Admiramos a consciência social dos nossos voluntários e desejamos que os alunos beneficiem deste projeto e se tornem bons leitores. São crianças que estão ainda numa fase de iniciação da leitura.

Equipa da BE da EB 2.3 Prof. Delfim Santos

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FEVEREIRO 2014 TURISTAS NA CIDADE DE LISBOA No passado dia 31 de Janeiro, a turma 11º8 visitou a Baixa Lisboeta, no âmbito das disciplinas de História A, Geografia A e Inglês. Fizemos um peddy-paper que nos permitiu desvendar os locais da Baixa de Lisboa e conhecer a sua história e arquitetura. A Praça Marquês de Pombal foi o ponto de partida da nossa visita, que terminou no Terreiro do Paço. Da Rotunda do Marquês olhámos o Tejo e tivemos a visão da obra; percorremos a Avenida da Liberdade, com o seu traçado que copia a avenida Champs-Élysées; subimos o elevador da Glória até ao Miradouro de S. Pedro de Alcântara. Aí, debruçámo-nos sobre a cidade e pudemos vislumbrar uma vista única; entrámos na cervejaria Trindade e apreciámos os seus azulejos; fomos ao Largo do Carmo e sentimos o cenário da Revolução do 25 de Abril; descemos até à Estação do Rossio, passámos pelo teatro D. Maria II e atravessámos a Praça de D. Pedro IV, que homenageia o liberalismo português; entrámos na Igreja de S. Domingos e ficámos impressionados com a sua arquitetura e os vestígios tão “vivos”, do fogo que a atingiu; finalmente, quando atravessávamos a Rua Augusta, ficámos, por alguns minutos, presos ao elevador de Santa Justa; caminhámos até ao Arco, que subimos, para observar uma vista de 360º da nossa capital e, por último, tivemos o prazer de atravessar a Praça do Comércio, outrora Terreiro do Paço.

Edifício com marcas mouriscas

Edifício contemporâneo

Ao longo da nossa visita, pudemos verificar que a Baixa reúne vários estilos arquitetónicos e decorativos, de que destacamos a Arte Nova, o neorromântico, o neogótico, e, até mesmo, influências mouriscas. Assim sendo, podemos afirmar que Lisboa, arquitetonicamente, é uma miscelânea de estilos e movimentos artísticos que refletem a multiplicidade da cultura portuguesa. Enquanto descemos a Avenida da Liberdade confirmámos a concentração de funções raras no Centro da cidade, como, por exemplo, o comércio de luxo, o serviço hoteleiro e o serviço bancário. Esta concentração, aliada ao património histórico e cultural existente, confere à Baixa um prestígio que a destaca do resto da cidade e a torna uma área que atrai muitas pessoas diariamente, sobretudo estrangeiros que a descobrem cultural e comercialmente, tendo sido classificada como a cidade mais cool da Europa. “Malgré tout”, também observámos uma outra tendência – o abandono e a degradação de áreas históricas, como a Praça da Alegria. Aqui encontrámos, no coração da cidade, vários edifícios que entristecem a paisagem e transmitem a ideia de insegurança. Sabemos, porém, que algo está a ser feito para alterar este fenómeno, havendo programas de requalificação e renovação que visam revitalizar a cidade e aproveitar o que esta tem para oferecer, como é o caso de toda a zona envolvente do Terreiro do Paço e a recuperação de muitos edifícios na Baixa onde se desenvolvem actividades relacionadas com a restauração e hotelaria. Para finalizar, esta visita à Baixa Lisboeta, para além de ter contribuído para o nosso conhecimento, ao proporcionar nos a hipótese de comprovar matérias estudadas, também nos permitiu apreciar Lisboa, através de um ponto de vista semelhante ao de um turista, que, emocionado e atento, descobre e se apaixona por uma nova cidade. Desvendámos, não só a cidade em si, mas também, em nós mesmos, uma nova estima pela nossa capital, Lisboa, e pelo seu património, contribuindo, também, para que os nossos laços, enquanto comunidade escolar, consigam perdurar como o património. RECOMENDAMOS!!! Ponham a mala às costas, calçado confortável e toca a descobrir o que de bom a nossa cidade tem! Marta Albuquerque, nº13, Marta Cruz, nº14, 11.º 8, ESDPV

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FEVEREIRO 2014 O PIOR CONTADOR DE HISTÓRIAS No dia 4 de fevereiro, no âmbito da disciplina de Português, fomos assistir à sessão “O pior contador de histórias”, promovida pela Biblioteca Escolar. O título criava em nós uma enorme expectativa. Foi uma boa surpresa. Rodolfo Castro contou-nos três histórias fantásticas, numa linguagem simples, mas muito expressiva, plena de gestos, trejeitos, sons e bom humor. Deixou-nos verdadeiramente encantados. Conseguiu pôr-nos a contar as histórias com ele, em silêncio absoluto, a aplaudi-lo e a rir, rir,

rir… “Deu um novo sentido à profissão de narrador, foi uma atividade muito divertida!” “Fez-nos entrar nas histórias!” “Foi o melhor contador que já vi!” “A melhor parte foi …TUDO” Se este é o pior contador de histórias, pois melhor não podia ter sido! Turmas 6.º A e 6.º B, EB 2.3 Prof. Delfim Santos

RACISMO Decidi ir de viagem Para explorar alguns mundos; Arrumei a bagagem E fui para lugares profundos!

Mas era boa rapariga, Pois deu-me a conhecer A cidade de Riga, E mais p’ra fazer.

Primeiro fui para Sul, Em busca de alguém diferente, Mas perdi-me em Istambul (!), Pois assustaram-me de repente.

Segui o seu conselho E descobri a Europa: Um povo muito unido, Mas com boas tropas!

Como estava com curiosidade, Fui lá meter conversa, Fiquei a saber a sua idade E coisas tipo essa.

Conclusão da minha viagem: Todos nós somos iguais Cá por fora um pouco diferentes, Mas por dentro geniais!

Não ia ficar por ali, Então fui p’ró Japão, Encontrei o Chung Ti E comi muito pão!

Esta é a minha conclusão Pois não tenho nada contra ninguém, Espero que me deem razão, Porque eu sou alguém.

Já na América, Descobri muita excentricidade, Conheci a Érica que, Infelizmente, sofria de obesidade!

Pedro Alves, nº15, 7.º 3, ESDPV

Adam Turnbull

LENDA: O ESQUEMA E lá estava eu a tremer de medo e de nervosismo. Ulisses parecia calmo e confiante, mas lá no fundo deveria estar exatamente como eu, ou então não. Ouvimos uns passos. Eram os guerreiros troianos e entretanto ouvimos: «Queima-se! Destrói-se com os machados!» Ouvindo isto ficámos em pânico e eu ainda mais nervoso, mas vindo de além ouvi mais uma voz que disse: «Não! É um cavalo muito bonito e vamos oferecê-lo aos nossos deuses em agradecimento». Eu pensei: «Em agradecimento do quê?». Mas depois um troiano disse: «Pois, não há dúvidas de que os gregos desistiram de nos vencer». Ulisses deu uma gargalhada baixa. Foi sorte os troianos não o terem ouvido. Como gostaram do cavalo de pau, levaram-no para dentro da grande muralha e passou um dia, …dois dias e os troianos a fazerem uma festa e… ,finalmente, … três dias. O sol estava prestes a nascer quando vimos o sinal de Ulisses e, lentamente, saímos do cavalo de pau e preparámo-nos para matar toda a gente troiana. Matámos, matámos e outros foram mortos, mas eu e Ulisses saímos salvos e resgatámos a linda mulher. Dirigimo-nos rapidamente para o barco e pusemo-nos a caminho. Foi uma bela aventura. Fonte: http://pixdaus.com/arab-horse -animals-beauty-horses/items/ view/80083/

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Débora Venâncio, N.º 9, 6ºG

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FEVEREIRO 2014 A MULATA Vejo uma mulata a chegar, Toda a gente a olhar, Alguns a sussurrar, Outros a gargalhar. Oiço piadas de mau gosto Que até dão desgosto. Oiço comentários racistas De pessoas intriguistas. O que tem de aguentar, Apesar de não gostar! E, mesmo sem entender, Digo que a mulata está sofrer!

Lúcia Gomes, nº 9, 7º 3ª,trabalho realizado no âmbito do estudo do poema Lágrima de Preta de António Gedeão

Fonte: http://http:// testesdeportugues.blogspot.pt/2010/03/ lagrima-de-preta.html

Fonte: http:// especialistasdaba12.blogspot.pt/2011/11/ voo-2586-lagrima-de-preta.html

OS PAIS FALAM DAS PROFISSÕES No dia 10 de fevereiro, o pai da Madalena e da Mariana veio à nossa sala falar sobre profissões. O senhor

jo. Para que o rato comesse o queijo, era necessário dar ordens ao computador. As ordens consistiam nos pontos cardeais: norte, sul, este e oeste. O objetivo do jogo era fazer o máximo de pontos possíveis, até o rato comer o queijo.

Depois foi-nos distribuída uma ficha com o labirinto e apresentou-se e falou fizemos o jogo. sobre a sua profissão: programador de inforPor fim, como as gémeas faziam anos, cantámos os mática. parabéns e comemos bolo de chocolate. Também recebemos Com muita graça, explicou que faz programas de computador mas, na verdade, não é “médico” de computadores. De seguida projetou um programa na parede. Este programa tinha um labirinto com um rato e um quei-

um saquinho com doces. Eu adorei a vinda do pai das gémeas à nossa sala de aula. Foi um dia de aulas diferente e divertido.

Gustavo, com a turma - 2º A, EB1/JI António Nobre

A G R U PA M E N T O D E E S C O L A S D A S L A R A N J E I R A S Escola Secundária D. Pedro V Escola Básica 2. 3. Prof. Delfim Santos EB1/JI Frei Luís de Sousa EB1/JI António Nobre EB1/JI Laranjeiras

Estrada das Laranjeira, 122 1600-136 Lisboa Rua Maestro Frederico Freitas 1500-400 Lisboa Rua Raul Carapinha 1500-042 Lisboa Rua António Nobre, 49 1500-046 Lisboa Rua Virgílio Correia, 30 1600-224 Lisboa

direcao@ael.edu.pt eb23delfimsantos@mail.telepac.pt escola.freiluis49@gmail.com eb1antonionobre@gmail.com eb1daslaranjeiras@gmail.com

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