ENS - Carta Mensal 558 - Abril/Maio 2024

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CARTA

EQUIPES DE NOSSA

Mercedez e Alberto Eleitos novo CR ERI

“Eis que faço novas todas as coisas”
(Ap 21,5)

Pentecostes Pág. 12

Ano LXIVabril/maio 2024558
SENHORA MENSAL

Índice

para 2024.

ACESSE CARTA MENSAL SONORA:

N O T Í C I A S

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CM 558

no 558 edição abril/maio 2024

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro na “Lei de Imprensa” N° 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil –CR Super-Região Brasil Rose e Rubens; Equipe Editorial: Responsáveis: CR Carta Mensal Mirna e Sildson; Conselheiro Espiritual: SCE Carta Mensal: Pe Antonio C. Torres; Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb.17622), para distribuição interna aos seus membros. Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais – Tefé, 192 - Perdizes, São Paulo/SP - Fone 11 97574-9718 – e-mail: novabandeira@novabandeira.com – Responsável: Ivahy Barcellos; Revisão: Jussara Lopes; Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. Rejowski; Imagens: (Freeimagens/Pxhere/Unsplash/CanStockPhoto/Canva). Tiragem desta edição: 25.700 exemplares.

Cartas,colaborações,notícias,testemunhos,ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS – Carta Mensal, Av.Paulista,352,3° Conj.36,CEP: 01310-905,São Paulo/SP ou através de e-mail: cartamensal@ens.org.br a/c Mirna e Sildson. IMPORTANTE: consultar instruções antes de enviar o material – pedimos que acessem as instruções na aba/acesso Carta Mensal do site das Equipes de Nossa Senhora (www.ens.org.br).

ENS_CM 557_fev/mar_miolo-capa_NB
EDITORIAL 1 SUPER-REGIÃO BRASIL
Eucaristia, Fonte
2 Tema: ano litúrgico na vida
cristão 3 Tema do ano Capítulo 3: “Ele deu graças…” 4 Tema do ano Capítulo 4: “Ele partiu o pão…” .................................................... 5 A alegria e a unidade dos equipistas brasileiros 6 Deus procura intercessores............................................................................. 7 IGREJA CATÓLICA Eucaristia: presença de Cristo Ressuscitado 8 Sacramentum Caritatis: nossa fé eucarística 9 DATAS RELIGIOSAS O Senhor foi preparar um lugar para nós no céu ...............................................10 A devoção à Nossa Senhora de Fátima 11 Solenidade de Pentecostes 12 Corpus Christi 13 Visitação da Virgem Maria 14 DATAS DO MOVIMENTO Ordenação Sacerdotal de Padre Caffarel ......................................................... 15 32 anos da aprovação do Estatuto das ENS 17 Primeira reunião das Equipes de Nossa Senhora no Brasil 18 TESTEMUNHO Não foi no meu tempo. Foi no tempo dela ....................................................... 19 A Eucaristia na vida do casal 20 Jesus tem cuidado de mim .................................................................................... 21 PARTILHA E PCE Dever de Sentar-se: melhorar para o outro e não melhorar o outro 22 Dever de Sentar-se, sempre um querer 23 Acordar com Jesus....................................................................................... 24 Retiro 25 Oração Conjugal......................................................................................... 26 Porque para Deus nada é impossível! 27 VOCÊ NA CARTA CM 556 - Agir no servir 28 CM 556-PCE: fardo, peso ou atitudes a despertar ........................................... 28 CONSELHEIROS NA CARTA MENSAL Sacerdote Conselheiro e as ENS 29 Casais equipistas que despertaram minha admiração pelo testemunho .............. 30 CORREIO DA ERI A eclesiologia do Padre Caffarel em relação ao Matrimônio 31 SUPER -REGIÃO EACRES EACRE 2024 conecta milhares de casais e conselheiros espirituais em todo o Brasil 32
A
de Missão... Caminho
do

Caríssimos irmãos, paz e bem. Abrimos nossa Carta Mensal celebrando a notícia que estampa a nossa capa, o novo casal responsável pela ERI eleito, Mercedez e Alberto (Espanha), que assumirão em julho de 2024 a nova caminhada. Para maiores detalhes acessem: https://www.instagram.com/p/C2xC7 hhO6ra/?igsh=MWNqaHNrY2xwcmky NA%3D%3D&img_index=1

Rose e Rubens, nosso CR SRB, abordam a realização dos EACRES por todo o Brasil e revisam as orientações dos últimos seis anos e nos preparam para as orientações que receberemos no Encontro Internacional de Turim, em julho.

Pe. Toninho nos traz o ano litúrgico na vida cristã e nossos irmãos Graciete e Lindomar e Eliana e Odelmo trazem brilhantes reflexões sobre os capítulos 3 e 4 do Livro Tema do Ano. “Em cada Eucaristia, Jesus, o Cordeiro de Deus, está partido, mas não quebrado e, assim, somos chamados a viver o milagre para partir a nossa vida sem quebrá-la” e somos relembrados. “O Sacramento une o homem e a mulher: mas, no momento em que sua união for privada do Corpo de Cristo, ela permanecerá sem sangue, sem resistência, sem vitalidade. “Em preparação para Turim, Erica e Wilson comentam o modelo da camiseta e o significado que compõe seu modelo. Essa camiseta sinalizará ao mundo a fé, a irmandade, a alegria e a participação dos equipistas brasileiros. Em seguida, Kelly e Andrei abordam o tema Deus procura intercessores. É um convite para nos juntarmos em oração.

Reiniciamos com a “Palavra do Papa”, que será trazida até nós pelos estudos, leitura e comentários do casal Graça e Roberto. Pe. Mariano, na Sacramentum Caritatis, nos levará ao mistério da fé e nos relembrará que do Coração de Jesus nasce a Igreja. Este mistério é celebrado e comungado na Eucaristia.

A Carta nos levará a vários momentos de reflexão: O Senhor foi preparar um lugar para nós no céu, onde Pe. Fábio nos traz a Ascensão do Senhor; a devoção à Nossa Sra. de Fátima é renovada pelo Pe. Flávio; Pe. Paulo Renato nos leva a Pentecostes... os discípulos puseram-se a evangelizar sem medo, pois a força do Espírito... que o Espírito Santo nos dê à força para nos movermos em direção à evangelização de casais; e Corpus Christi é compartilhado conosco pelo Pe. Silvio. Encerrando o mês de maio, temos a visitação da Virgem Maria, que pelas palavras do Pe.  Mozair, Maria Santíssima possa nos visitar, levando consigo Nosso Senhor Jesus Cristo aos nossos lares e nos lares daqueles que mais precisam.

Celebrando as datas do Movimento, Katia e Alexandre nos trazem A ordenação do Padre Caffarel, Ana Maria e Janio nos levam a celebrar 32 anos da Aprovação do Estatuto das ENS e Marli e Eugênio nos trazem a Primeira Reunião das ENS no Brasil.

Nossos conselheiros, Pe. Jair Máximo e a Irmã Márcia Regina, comentam a vivência nas ENS, como descobriram, como iniciaram e quais os sentimentos após anos de caminhada. E nossos irmãos equipistas nos trazem testemunhos de vida.

Pe. Antonio, nosso SCE CM, nos fala sobre a importância do Retiro Espiritual nas Equipes de Nossa Senhora, nos trazendo a luz e nos levando a entender a importância de nos retirarmos, isto é, a compreensão total sobre esse importante Ponto Concreto de Esforço (PCE).

Fiquem com Deus, fiquem bem.

EDITORIAL
Mirna e Sildson CR Carta Mensal
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A Eucaristia, Fonte de Missão... Caminho para 2024

Queridos equipistas, a paz esteja com todos vocês!

Com essa edição da Carta Mensal todos os EACRES já aconteceram com a graça de Deus e com o grande empenho de equipistas, casais e conselheiros espirituais, que em suas várias missões por todo Brasil colocam em cada detalhe muito amor com o propósito de alcançar a cada equipista para que o ano de 2024 possa ser vivido em unidade e com muita espiritualidade em nossas equipes.

A chave missionária que tem guiado nosso caminho desde o Encontro Internacional de Fátima com o itinerário a partir da chave de missão “Não tenham medo,saiamos” e cada ano com uma orientação específica em um plano inspirado pelo Espírito Santo que se manifesta, na colegialidade, no seio da ERI e das Super-Regiões e Regiões, se revela para conduzir o Movimento por um caminho de vivermos a cada dia o apelo de sermos santos a partir do nosso carisma e da nossa condição sacramental descobrindo a vontade de Deus no nosso projeto de vida e de mãos dadas com a Igreja da qual somos parte. Recordemos as orientações específicas vividas:

2019 – Saiamos para servir, assumindo nossas fraquezas.

2020 – Chamados a ser Santos.

2021 – Matrimônio,Sacramento de Missão.

2022 – Casal Cristão, Fermento Renovador na família e na sociedade.

2023 – Servir a exemplo de Maria.

Todas estas reflexões nos levaram a um chamado à santidade sem a vermos como utopia, reconhecendo o caráter missionário que implica ser casal cristão e nos levando a uma fé madura, compreendendo que todo esse caminho missionário é de uma adesão ao Cristo como discípulos prontos para assumir a missão que Ele nos confia.Com essa consciência, podemos compreender que a Eucaristia é a fonte e o ápice da vida cristã

e então, em 2024, vivermos o tema “A Eucaristia, Fonte de Missão”.

E na perspectiva do Ver, Julgar e Agir: Ver: Através da leitura do Tema de Estudo: A Eucaristia, Fonte de Missão.

Julgar: Através da vivência dos PCE, com ênfase no Retiro.

Agir: Alimentados pela Eucaristia, assumir a missão de cristão.

Possamos viver nossa fé de forma concreta, cientes de que não há verdadeira comunhão eucarística se não houver coerência eucarística, nossa comunhão deve nos levar a aderir com convicção à missão confiada a todos os discípulos na comunidade viva da Igreja, na comunidade vida das Equipes de Nossa Senhora.

Que o percurso deste ano e todo o desenvolvimento da Orientação Geral nos leve a assumir, com maturidade, o entusiasmo do roteiro que nos será anunciado quando continuarmos a viagem a partir do porto de chegada que é Turim 2024.

Confiemos a intenção de tornar vivas as nossas equipes à proteção e à mediação de nossa padroeira e Mãe do Céu, que nunca deixa de interceder por nós para nos levar sempre ao encontro de Jesus Cristo. Amém! “Se as Equipes de Nossa Senhora não forem um celeiro de homens e de mulheres prontos a assumir,corajosamente,todas as suas responsabilidades na Igreja e no mundo, perdem a sua razão de ser.”

Pe. Henri Caffarel - “Um Homem Arrebatado por Deus”, pág. 72.

CR
SUPER-REGIÃO BRASIL
Rose e Rubens
SRB
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Tema: ano litúrgico na vida do cristão

Olá, queridos casais e conselheiros, que a paz do Senhor Jesus esteja com todos. Nós sabemos que, na vida do cristão católico, temos o ano litúrgico para nos ajudar na dimensão espiritual e na vida de cada um de nós. O ano litúrgico começa com o primeiro domingo do Advento e encerra-se com a Festa de Cristo Rei. Nestes 12 meses, acompanhamos várias situações na vida de Jesus. O Advento é o momento para preparar a Festa do Nascimento de Jesus que celebramos no Natal. Essa festa vai até o batismo do Senhor. Depois iniciamos outro tempo em que celebramos a vida de Jesus no dia a dia. Chamamos de vida pública de Jesus. Até chegarmos na Quarta-feira de Cinzas e o tempo quaresmal momento de reflexão, meditação, muita oração, para fazermos uma conversão profunda. Para celebrarmos a grande festa da Páscoa. A fé cristã católica tem como momento profundo e muito importante a Páscoa. Pois celebramos o mistério Pascal: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, essa festa tão importante que temos um período grande até chegarmos na festa de Pentecostes, a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos. É o início da Igreja Católica Apostólica, minha, a nossa Igreja, que tem vários títulos, e acho profundo o título a Nossa Mãe. A Igreja é nossa mãe, por isso, todos devemos amá-la unidos ao Papa Francisco, aos bispos, aos padres e a todos nós como povo de Deus. Amados irmãos com a festa de Pentecostes temos a igreja de Jesus. (Creio no Espírito Santo, na Igreja Católica em vista da ressurreição da carne.) Pois, na concepção dos Santos Padres, o Espírito é enviado em vista da ressurreição dos corpos. Esta doutrina foi explicitada e apresentada sobretudo por São Irineu: “Qual é o fruto visível do Espírito invisível, a não ser tornar

a carne madura e capaz de incorruptibilidade?” Se os nossos corações carnais podem receber o Espírito agora, que há de extraordinário se recebem a vida dada pelo Espírito na ressurreição? “Será em virtude da força do espírito que os crentes ressuscitarão quando o corpo estiver de novo unido à alma. Os Santos padres apoiam-se nos textos do novo testamento.” Se o Espírito daquele que ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos dará vida também a vossos corpos mortais mediante o Seu Espírito que habita em nós. O Espírito ressuscitou Jesus, estabelecido Filho de Deus, com poder por sua ressurreição dos mortos segundo o Espírito de Santidade.

Queridos irmãos, proponho deixarmos que o Espírito Santo toque a nossa vida, para evangelizar sem medo. Deus os abençoe. Abraço!

Pe. Toninho SCE SRB SUPER-REGIÃO BRASIL
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Vamos refletir nas “graças” e “bênçãos” que recebemos de Deus, todos os dias e a cada instante de nossas vidas. Somos então instigados a seguir os exemplos e os ensinamentos de nosso Senhor Jesus Cristo, que mesmo passando por todos os tipos de humilhação e sofrimento, nunca perdeu a confiança no Pai, rendendo-Lhe sempre graças a tudo. Dar graças, entende-se por ser grato a algo que a vida nos dá, sendo bom ou ruim.

Para nós, cristãos, a Graça é o dom gratuito de Deus ao homem, onde tudo se transforma, onde somos restaurados por Deus,que nos confere a participação na vida divina, fazendo-nos seus filhos.

“E tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que vos é dado, fazei isto em memória de mim”. “Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós” (Lc 22, 19–20). A Eucaristia, como diz nesse capítulo, é sem dúvida alguma “Uma escola de bênção”. Antes, porém, de partir o pão e tomar o cálice, lembremos que Jesus também disse aos Seus discípulos que havia, de lhes mandar o Espírito Santo, o Espírito consolador, deixando entregue ao Espírito a obra apostólica da Sua Igreja ao longo da história, sinal de graça e de bênção para todos nós.

Tema do ano

Capítulo 3: “Ele deu graças…”

Ao dar graças em tudo, Jesus nos ensina a termos um coração onde a gratidão seja um bem precioso, ao mesmo tempo em que nos revela o amor de Deus e a confiança que devemos ter Nele. O Papa Francisco nos diz: “Se formos portadores de gratidão, o mundo também se tornará melhor” (Catequese do Papa, 30.12.2020). Quando estamos repletos de gratidão a Deus, nos tornamos, de fato, pessoas melhores, desejosas pelo bem, preocupadas com o próximo e com um senso mais aguçado de caridade e de auxílio mútuo, como preconiza o nosso Movimento, em sua Mística. Portanto, a partir das “bênçãos” e “graças” recebidas por nós, da parte de nosso Senhor Jesus Cristo, e do amor inspirador do Seu servo Henri Caffarel, pelo Sacramento do Matrimônio e de sua santidade conjugal, assumamos, sem medo, um compromisso maior com os nossos irmãos equipistas, rogando e pedindo a Deus as “bênçãos” do céu, para melhor ajudá-los a alcançar as “graças” da Santidade.

SUPER-REGIÃO BRASIL
Graciete e Lindomar CRP Centro-Oeste
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Neste capítulo somos chamados a reconhecer o significado do partir o pão e celebrar a Eucaristia como sacramento da unidade.

“Ele pegou o pão e o partiu!”. Este gesto Jesus fez na Última Ceia e esse gesto tem não apenas o objetivo prático de fazer com que o alimento chegue a todos os convidados, mas também nos mostra que Jesus, o Cordeiro de Deus, está repartido, não quebrado. Como o pão, somos chamados a partir para alcançar o outro, para nos tornar pequenos, para que sejamos um alimento, mas sendo que essa ruptura não nos quebra. Somente um casamento unido pelo amor de Deus e consagrado por seu Espírito pode ser partido, tornado digestível para o outro, sem se quebrar internamente. Em cada Eucaristia, Jesus, o Cordeiro de Deus, está partido, mas não quebrado e, assim, somos chamados a viver o milagre para partir a nossa vida sem quebrá-la.

Na fração do pão experimentamos como o fato de partir, de colocar em pedaços de si, não quebra a nossa unidade comunitária, mas, pelo contrário, a fortalece. E essa unidade baseada no Sacramento da Eucaristia encontra uma imagem preciosa no Sacramento do Matrimônio, como tantas vezes nos lembrou Pe. Caffarel: “… O Sacramento une o homem e a mulher: mas, no momento em que sua união for privada do Corpo de Cristo, ela permanecerá sem sangue, sem resistência, sem vitalidade”.*

Tema do ano

Capítulo 4: “Ele partiu o pão…”

Na Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis (nº 27) várias vezes o Papa João Paulo II teve a ocasião de afirmar o caráter esponsal da Eucaristia e a sua relação peculiar com o Sacramento do Matrimônio: “A Eucaristia é o Sacramento da nossa redenção. É o Sacramento do Esposo, da Esposa”. Neste capítulo entenderemos que o verdadeiro significado da fração do pão é aceitar um rompimento de nós mesmos para nos doarmos, fazendo que o outro, especialmente o nosso cônjuge e nossos filhos, possa acolhê-lo, alimentá-lo e dar-lhe a vida. Veremos que, para fazer a vontade de Deus, temos que nos deixar partir, que para entrar na vida nova que Cristo nos dá, devemos nos deixar partir. Temos que ter cuidado com as nossas ideias fixas, nossas verdades, pois assim não estaremos abertos a discernir as novas propostas que podem nos conduzir à vida perfeita em Deus. E por fim, quem não está disposto a deixar-se partir, não pode dar-se, não pode dar a vida, não pode aceitar a mudança, e o milagre de deixar-se partir para viver em unidade. Fica a reflexão: Que “pão” da nossa vida partimos?

*L’Anneau d’Or, n° especial 117-118, (pp. 242-265).

e Odelmo CRP Sul II SUPER-REGIÃO BRASIL
Eliana
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A alegria e a unidade dos equipistas brasileiros

Em contagem regressiva para o aguardado Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora, a Super-Região Brasil se alegra em apresentar a camiseta que será usada como símbolo da união e alegria dos mais de 2.200 equipistas brasileiros que vão a Turim.

A cor escolhida, uma fusão do verde e do amarelo, não apenas traz as cores tradicionalmente representativas, mas também reflete a alegria intrínseca do povo. Esta tonalidade vibrante será um farol de positividade, marcando a presença brasileira por onde os equipistas passarem.

No peito, a camiseta trará a logo “Torino 2024” e ao redor dela, nove casais em desenhos estilizados, nas cores das 9 Províncias da Super-Região Brasil; e, completando o anel externo, o texto “Equipes de Nossa Senhora - Super-Região Brasil”, destacando que todos os equipistas brasileiros estão sendo levados ali.

das ENS, o tema e a data do encontro, proporcionando uma recordação duradoura desse evento.

Nossa intenção é que esta camiseta seja muito mais do que uma simples peça de vestuário; seja um símbolo da nossa unidade e da alegria que acompanhará cada equipista durante e após o Encontro Internacional. Um pedacinho de história, repleto de detalhes cuidadosamente pensados, de carinho e alegria, representando a essência das Equipes de Nossa Senhora.

A manga direita levará uma bandeira do Brasil, reforçando o sentimento de patriotismo e conexão com a nossa origem. A gola e os punhos são enriquecidos com um detalhe azul, seguindo a cor da logo oficial, conferindo um charme especial à peça. Os botões, gravados com o nome das Equipes de Nossa Senhora, também reforçam o espírito personalizado desta edição. Na parte interna da camiseta, substituindo a tradicional etiqueta, uma estampa exclusiva apresenta a logo

Que esta camiseta consiga ser uma manifestação visível da fé e da irmandade que conecta os equipistas brasileiros presentes fisicamente em Turim com aqueles que, mesmo ausentes, compartilham do mesmo espírito através das orações e das iniciativas de comunicação promovidas pela Super-Região Brasil. De casa, através das mídias digitais, nas notícias, vídeos e fotos, o Brasil vai se ver representado de forma alegre, espontânea e cheia de fé. Seja presencialmente, seja espiritualmente, com toda a entrega de alma e coração, temos a convicção de que juntos, em uma única união de propósitos, vamos TODOS a Turim!

SUPER-REGIÃO BRASIL TURIM 2024
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Deus procura intercessores

Como cristãos, devemos seguir o exemplo de Jesus, que intercede por nós junto ao Pai. Devemos rezar um pelo outro. Da mesma forma que Jesus intercede pelo mundo, podemos fazer o mesmo, manifestando nossas intenções diretamente a Jesus, à Virgem Maria, a um Santo ou até mesmo ao Padre Caffarel, que está no céu. Eles apresentam nossas solicitações a Jesus e as levam ao Pai. Por inspiração divina, em 1960, nasce a família dos intercessores, quando Padre Caffarel dirige um apelo como convite de Deus: “Faço um apelo urgente aos voluntários, espero que todas as noites, sem interrupção, as casas se sigam em oração.”

A família dos intercessores é composta por todos os intercessores do mundo, com o objetivo de rezar uns pelos outros e pelas intenções da humanidade.

O livro “Deus Procura Intercessores” disponível no Secretariado pode ajudá-lo a conhecer melhor toda a graça da intercessão. Em suas páginas somos convidados a acompanhar não como alguém que está à margem de um rio e o observa, mas como quem mergulha nele. Pois é diferente a visão de quem está à margem das águas e de quem está inserido nelas...

Sempre no mesmo espírito, são propostas três maneiras de praticar a unidade com a família dos intercessores: a oração, e/ou jejum, e/ou oferta diária, ou seja, o intercessor assume o compromisso de participar ativamente de uma corrente contínua de oração e oferecimento, seja por uma hora de oração mensal; seja por um dia mensal de jejum; seja pelo oferecimento diário de alegrias ou provações.

Cristo se alegra com toda essa irmandade de intercessão, faça parte você também!

Para se tornar um intercessor, acesse o site www.ens.org.br, clique em Intercessores – Ficha de Adesão.

Pedidos de oração solicitar pelo site www.ens.org.br ou app das ENS. Dúvidas e sugestões, enviar e-mail para intercessores@ens.org.br. Abraço fraterno.

“Um dia, quando as cortinas do tempo se rasgarem e pudermos compreender a vida como ela é de verdade, então descobriremos com quantas graças fomos presenteados pela humilde oração de alguém que nem sabíamos existir”...

Para adquirir o livro acesse www.ens.org.br – livraria

SUPER-REGIÃO BRASIL
Kelly e Andrei CR Intercessores
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Eucaristia: presença de Cristo Ressuscitado

Estimados irmãos:

Batemos à porta de vossos lares para pedir que acolham esta mensagem em seus corações. Ela lhes mostrará, de forma sumária, a partilha de dons a ser realizada, em 2024, através da Carta Mensal. Esperamos que o Espírito de Amor a torne fecunda, pois ela nos encorajará a uma comunhão mais profunda com o Cristo ressuscitado, o qual, como diz o Padre Caffarel, se encarnou, viveu e morreu só para nos revelar o amor infinito do Pai 1 . Iniciamos essa reflexão ao sermos surpreendidos pelo convite do CR Carta Mensal para que respondêssemos pela bandeira “Palavra do Papa”.

O serviço, sem dúvida, sugere uma experiência vivencial exigente e inédita. INÉDITA, pelo menos para nós, porque jamais nos passara pela cabeça que pudéssemos, um dia, estar selecionando, apreciando e mesmo discernindo acerca dos ensinamentos do nosso Papa, princípio e fundamento da unidade da Igreja2. Como lidar com isso no quadro da nossa missão de fiéis leigos? Se por um lado o encargo implica acompanharmos a ação pastoral do Papa, ler seus artigos e homilias, ouvir suas falas, por outro, trata-se de uma experiência de fé que, antes de ser uma atividade humana, é dom de Deus.

Realizaremos o nosso caminho em sintonia com o tema do ano: A Eucaristia Fonte de Missão. Começamos lendo o artigo “A Eucaristia nos abre ao mundo,

como Jesus nos ensinou” (Catequese do Papa sobre a Eucaristia, julho de 2023), cuja mensagem encheu nossos corações de alegria e nos impeliu a acolher positivamente o chamado recebido. Nela, o Pontífice convida todos nós, sem exceção, a:

I. “colocar a Eucaristia no centro de nossas vidas”;

II. “ olhar a celebração eucarística não como uma obrigação ritual, mas como um encontro com Jesus ressuscitado.

Ambas as assertivas dizem respeito à Eucaristia, portanto à presença do Cristo ressuscitado entre nós e em cada um de nós.

Assim, o Santo Padre manifesta o desejo que traz em seu coração de que participemos vivamente da Eucaristia, ponto culminante e expressão plena do culto oferecido pela Igreja ao Pai, para que, instruídos na fé, reconheçamos o mistério da graça realizada em Cristo no dom de Seu Espírito.

Peçamos ao Pai a graça de escutarmos o que este chamado está nos dizendo ao nos colocar diante da presença de Cristo na Eucaristia.

Graça e Roberto ENS Graças

Porto Alegre–RS

Província Sul III

IGREJA CATÓLICA PALAVRA DO PAPA
1 Exercício de virtudes teologais . In: Textos escolhidos do Padre Caffarel. Ed. bras. (2009), pág; 34.
23
2 Conc. Ecum. Vat. II. Const. Dogm. sobre a Igreja Lumen Gentium
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Sacramentum Caritatis: nossa fé eucarística

Caros casais das ENS!

Na Introdução da SCa (nn. 1-5), Bento XVI afirma que a Eucaristia é a doação plena, de amor infinito de Jesus por cada pessoa. Expressa o “amor maior”, capaz de “dar a vida pelos amigos” (Jo 15,13), que nos “amou até ao fim” (Jo 13,1), porque é amor (1Jo 4,16). Nela, Jesus torna-se alimento de verdade e liberdade, uma vez que só a verdade nos pode tornar verdadeiramente livres (Jo 8, 36). O Papa continua na linha da Deus caritas est , onde relacionou o amor cristão para com Deus e o próximo.

A 1ª parte da encíclica (Eucaristia, mistério acreditado) inspira-se em Jo 6,29: “A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou”. É Mistério da Fé !, proclama o sacerdote, logo após consagração. “O sacramento do altar está sempre no centro da vida eclesial; graças à Eucaristia, a Igreja renasce sempre de novo” ( SCa 6). A Eucaristia é dom gratuito da Trindade, expressão de sua benevolência e total gratuidade (nn. 7-8). É o que faz Agostinho exclamar: “Se vês a caridade, vês a Trindade”. Assim, a Igreja “é o povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (São Cipriano).

Anunciada e prefigurada, agora a Eucaristia nos é dada. Toda obra de Cristo, coroada na Páscoa, é sacramentada, sempre acessível e disponível. Na celebração da Antiga Aliança, Jesus se nos faz Nova

Aliança; em lugar do Cordeiro, dá-se a si mesmo (nn. 9-11). O Espírito Santo nos leva até o Cenáculo ou nos traz o Cenáculo. Ele atua e atualiza as palavras e os gestos de Cristo, mediante o ministério sacerdotal (nn. 12-13).

Disso decorre um vínculo indissolúvel entre Eucaristia e Igreja (nn. 14-15). Do Coração de Jesus nasce a Igreja. Este mistério é celebrado e comungado na Eucaristia. Cremos que a Eucaristia faz a Igreja e a Igreja faz a Eucaristia. Ela é “a suprema manifestação sacramental da comunhão na Igreja” e, por isso mesmo, mantém estreito vínculo com os demais sacramentos (nn. 16-29).

Ainda peregrinos na terra e na história, a Eucaristia, escatologicamente, já nos faz prelibar os bens do céu e da glória (nn. 30-32). Aqui insere-se a extraordinária figura de Maria, mãe e modelo da Igreja. Feliz por sua fé, da Palavra ela é ouvinte e praticante; fiel no seu amor, da Eucaristia é a primeira comungante. Ela já é como seremos e já está onde estaremos! “Maria de Nazaré, ícone da Igreja nascente, é o modelo para cada um de nós saber como é chamado a acolher a doação que Jesus fez de Si mesmo na Eucaristia” (MCa 33).

Pe. Mariano

Weizenmann

Província Sul III

IGREJA CATÓLICA
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O Senhor foi preparar um lugar para nós no céu

Queridos equipistas, com alegria, cantemos um cântico de glória ao nosso Deus, porque Ele é o Rei de toda a terra (Sl 47,6-8).

A entrada oficial daquele que é digno e detentor de toda honra e glória, pois ressuscitado está, é o coroamento de sua Ressurreição, após sua humilhação no calvário, é a volta ao Pai, por Ele anunciada.

Na Ascensão do Senhor começa a missão dos discípulos, mas também uma fonte de esperança para aqueles que precisavam ser testemunhas da sua suprema exaltação. Neste momento, também, o evangelista Lucas lembra-nos a última grande bênção de Cristo aos apóstolos: “ Ao abençoá-los, afastou-se deles e ia elevando-se ao céu” (Lc 24,51). Vê-se o grande sentido teológico, espiritual deste glorioso acontecimento: Jesus, totalmente Homem e totalmente Deus, com todo seu poder e força, sobe aos céus, abençoando, encorajando e dando esperança aos corações outrora aflitos dos seus discípulos. Contudo, este fato também é de suma importância, pois, voltando ao lado do Pai e sentando-se a sua direita, cumpre-se a promessa da descida do Espírito Santo no meio deles e de todo aquele que crê: “Eis que enviarei sobre vós o Prometido por meu Pai” (Lc 24,49), “recebereis força com a vinda do Espírito Santo sobre vós, e sereis minhas testemunhas (…) até os confins do mundo.(At 1,8-9).

Nasce a Igreja, com todo esplendor de Cristo, com os poderes aos discípulos e apóstolos conferidos, com a força do Espírito Santo e cheia de coragem e animosidade para anunciar a Salvação ao mundo inteiro.

A glória de Cristo exaltado acima de toda criatura é a prova de que Deus fará, por quem, aderindo à fé em Jesus e pertencendo a Ele como membro único do Corpo de que é a Cabeça, participará também de sua sorte. Isso requer de nós também, hoje, um cristianismo autêntico: crer e alimentar firme esperança de que, como nas atribulações da vida, participamos da morte de Cristo, assim um dia também participaremos da sua glória eterna. Todavia, isso implica no querer de Cristo que tudo seja precedido e preparado pela oração, na expectativa do Espírito Santo que colabora e confirma todo aquele que é discípulo.

Que Maria, a mãe de Jesus, interceda por nós, para, com sinceridade de coração, cumprirmos o que o Senhor nos pediu: “Ide ensinar todas as nações, batizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28,19), perenizando no mundo sua obra de Salvação, ensinando a viver segundo o Evangelho.

Pe. Fábio A. da Silva Dungue SCEP Sul II DATAS RELIGIOSAS
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A devoção à Nossa Senhora de Fátima

No dia treze de maio celebramos Nossa Senhora de Fátima, e falar de Maria não esgota o sentido da espiritualidade acerca da Mãe de Deus e nossa Mãe. Em suas aparições, ela pede que nos doemos à oração, meditando o Santo Rosário, firmando assim a consagração do mundo ao seu terno e materno coração.

Nas aparições, Nossa Senhora de Fátima fala a Lucia sobre a devoção dos primeiros sábados, como uma experiência espiritual em reparação aos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria. Fátima aparece aos três pastorinhos vestida de branco – como se suas vestes fossem feitas de luz, com as mãos postas em oração, seu rosto de uma beleza indescritível, um manto também reluzente que cobria a cabeça e lhe descia até os pés. Ela diz aos três para que não tivessem medo, pois ela era do céu e que eles também iriam para lá, mas que para isso deveriam rezar muitos terços, conforme se lê em “Nossa Senhora de Fátima”, p. 65 e 66, de William Thomas Walsh.

Irmã Ângela, no Encontro Internacional de Fátima, em 2018, diz que: “Nossa Senhora de Fátima continua viva ainda hoje porque os pastorinhos encarnaram o Espírito da devoção em um testemunho místico-profético, pois a mensagem de Nossa Senhora foi vivida por Lúcia, Jacinta e Francisco em forma de uma biografia breve e, assim, o testemunho é uma ferramenta para que, mesmo cem anos depois, Fátima seja atual”.

Em Apelos da “Mensagem de Fátima”, Irmã Lúcia, na p. 124, diz: ‘[…] os que abandonam a oração do Terço e não tomam diariamente parte no Santo Sacrifício da Missa, nada têm que os sustente,

acabando por se perderem no materialismo da vida terrena. Assim, o Rosário ou Terço é a oração que Deus, por meio da Sua Igreja e de Nossa Senhora, tem recomendado com maior insistência para todos em geral, como caminho e porta de salvação: “Rezem o Terço todos os dias” (Nossa Senhora, 13 de maio de 1917)’.

Os Sumos Pontífices possuíam uma inegável devoção em Maria Santíssima, de modo que lhe prestaram culto em seus escritos, e além da devoção em Maria há também seus apelos acerca da oração do Santo Rosário, conforme nos pede Fátima. A mais bela expressão do amor é estarmos próximos uns dos outros, pois isso nos revela intimidade, a qual passamos a conhecer na essência tudo que diz respeito ao irmão/irmã. Com a aproximação, na oração, da mãe de Deus, vamos também nos aproximando do seu Filho e, com a intimidade estabelecida, melhor é o nosso diálogo e a qualidade na oração cotidiana.

Pe. Flávio

Aparecido Pereira

SCES Barretos A

Província Sul II

DATAS RELIGIOSAS
CM 558 11

Solenidade de Pentecostes

No domingo seguinte à Ascensão do Senhor, a Igreja celebra Pentecostes, fazendo memória do cumprimento da promessa do Pai em enviar o seu Espírito Santo. Antes de ascender ao céu, Jesus disse aos seus discípulos para não se afastarem de Jerusalém e aguardarem a realização do prometido por Deus, pois se João batizou com água, eles seriam batizados no Espírito Santo.

E assim, cinquenta dias depois da Páscoa, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio sobre os discípulos. “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos num só lugar. De repente, veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados. E viram o que pareciam línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava. Havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo. Ouvindo-se este som, juntou-se uma multidão que ficou perplexa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua” (At, 2, 1-6).

A partir disso, os discípulos puseram-se a evangelizar sem medo, pois a força do Espírito estava com eles, permitindo

que todos os povos, de diferentes línguas e nações, pudessem receber a palavra de Deus. A Solenidade de Pentecostes é, portanto, a festa da luz diante das trevas do pecado e da morte. É a festa do amor de Deus que se manifesta por meio do Espírito Santo, o qual é o amor entre o Pai e o Filho.

E como aconteceu com os discípulos, somos também convidados a levar a presença do Espírito Santo a todos os povos. Hoje, recebemos o mesmo Espírito enviado em Pentecostes para nos auxiliar na missão para a qual somos chamados: sermos testemunhas fiéis das maravilhas de Deus e anunciar a Boa Nova ao mundo todo.

Que possamos seguir o exemplo de Maria, que, plena da Graça do Espírito Santo, colocou-se inteiramente a serviço do Senhor. Ainda, como Mãe, esteve presente no Cenáculo e acompanhou os discípulos que estavam vacilantes na fé devido à ausência física de Jesus após Sua subida ao céu, dando-lhes forças para continuarem a obra evangelizadora de Jesus.

Que ela também nos fortaleça para que anunciemos Cristo ao mundo e, colocando-nos a serviço d’Ele, sejamos renascidos no Espírito, como em Pentecostes, para sermos, cada vez mais, desejosos da unidade entre os povos e construtores do projeto de salvação de Deus.

RELIGIOSAS
Pe. Paulo Renato SCEP Centro-Oeste DATAS
12 CM 558

Corpus Christi

Corpus Christi, também conhecido como Corpo de Cristo, é uma festa religiosa da Igreja Católica que tem por objetivo celebrar o mistério da Eucaristia, o sacramento do corpo e do sangue de Jesus Cristo. Instituída pelo Papa Urbano IV em 8 de setembro de 1264, a festa ocorre 60 dias após o Domingo de Páscoa ou na quinta-feira após o Domingo da Santíssima Trindade, em referência à Quinta-feira Santa, quando Jesus instituiu o sacramento. Antes da instituição da festa, a freira agostiniana Juliana de Mont Cornillon teve visões que clamavam por uma celebração anual de agradecimento pelo Sacramento da Eucaristia. Após 31 anos, o Cônego de Liége, que ouvira o segredo de Juliana, tornou-se o Papa Urbano IV e globalizou a festa pouco antes de morrer.

A festa de Corpus Christi é celebrada pela Igreja Católica e nos faz relembrar o caminho do povo de Deus no deserto onde outrora se alimentava do maná (Dt 8,2-6), e hoje o próprio Cristo se dá em alimento com seu Corpo e Sangue e nos convida a viver com Ele para sempre.

A Eucaristia, que nos faz a Igreja, nos leva a reviver o memorial da nossa fé: Paixão,morte e ressurreição e ascensão de nosso Senhor. Mas a fração do pão eucarístico e a participação no banquete do Cordeiro nos provocam a tornar Eucaristia toda partilha do “pão nosso de cada dia” com quem está afastado do banquete da vida e muitas vezes, ou sempre, passa fome e é marginalizado.

A ornamentação de ruas com tapetes durante a festa recorda a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém antes de ser entregue aos malfeitores, com o povo proclamando “Hosana”.

A Eucaristia, segundo São Tomás de Aquino, é um banquete precioso e admirável que destrói pecados, fortalece virtudes e sacia a alma com dons espirituais.

Milagres sobre a Santíssima Eucaristia, como o de Santarém, ocorrido em Portugal em 1247, testemunham a crença na presença viva de Cristo na Hóstia consagrada. A importância da Eucaristia também encontra referências nos pensamentos de santos como São Gregório Nazianzeno, Santo Agostinho e Santa Teresinha. Portanto, celebrar a solenidade de Corpus Christi é estar em sintonia, é fazer a memória experimentar da sua presença real: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20).

A festa reflete o convite contínuo de Jesus para compartilhar o pão da vida, encontrar sua presença em cada irmão necessitado e viver como testemunhas do amor divino no cotidiano, fortalecendo a fé e a comunhão entre o céu e a humanidade.

Província

Pe.Silvio Roberto da Silva SCER SP Oeste II
DATAS RELIGIOSAS
Sul II
CM 558 13

Visitação da Virgem Maria

O Evangelho de São Lucas narra a Encarnação do Verbo, mistério da salvação do homem, e logo após o encontro acontece o diálogo entre Maria e o anjo; ela, sabendo que sua parenta Isabel estava grávida, precisando possivelmente de ajuda, se colocou a caminho com rapidez: “Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel”. Se pode notar a prontidão da Virgem em servir, sua preocupação em fazer o bem é um exemplo para nós, pois mesmo sabendo que seria a mãe do Salvador, se colocou como a humilde serva. Ela vê em Isabel uma pessoa necessitada de auxílio, que merece cuidados e atenção. Ela mostra que o colocar-se a caminho é próprio daqueles que escutam a voz do Senhor e procuram sempre fazer a vontade de Deus.

O Espírito Santo inspira Isabel a maravilhar-se com o fato ocorrido, ela reconhece primeiramente que Maria é a escolhida, aquela que porta a salvação “Jesus” no seu seio. Depois, destacando a sua prontidão e humildade de sair de sua casa, caminhando um longo percurso para visitá-la, ainda mais que a região era montanhosa, com desafios árduos. Isabel é agraciada por receber uma visita inesperada, porém importantíssima, da mãe do Salvador.

Assim como Isabel, cada cristão deve reconhecer esses fatos como a

realização do plano de Deus, cumprimento da promessa feita desde os tempos mais antigos. As Equipes de Nossa Senhora têm em Maria um exemplo, alguém que dedica a vida pelo bem do outro; que acolhe a salvação, não se fecha em si e, olhando para a Virgem Santíssima, se coloca a caminho levando a alegria de ser cristão.

Essa saída é o que a Igreja sempre convida seus fiéis, uma ação missionária, que visa testemunhar Cristo onde quer que esteja. O Papa Francisco tem pedido o Testemunho amoroso e alegre de ser batizado, renascido em Cristo, isso deve ser contagiante. A Igreja primitiva atraía pelo poder do exemplo, de como viviam a experiência do amor mútuo, mesmo em meio a dificuldades, perseguições.

Portanto, o texto Visitação da Virgem Maria é importantíssimo para ensinar a simplicidade da fé, de servir, reconhecer o mistério da salvação. Se deixar conduzir pelo Espírito Santo foi o que Nossa Senhora e Isabel fizeram, por isso se deve aprender delas que Deus se manifesta aos simples, humildes, que acreditam e esperam a salvação prometida pelo Pai, realizada pelo Filho Jesus Cristo e perpetuada pelo Espírito Santo.

Pe. Mozair Borges Resende

ENS da Imaculada

Conceição e ENS da Rainha da Paz

Província Centro-Oeste

RELIGIOSAS
DATAS
14 CM 558

Ordenação Sacerdotal de Padre Caffarel

Rumo ao sacerdócio

No livro “Henri Caffarel, Um Homem Arrebatado por Deus”, escrito por Jean Allemand, que foi a primeira biografia do Pe. Caffarel, escrita um ano depois da sua morte, podemos conhecer um pouco de como foi o despertar da sua vocação desde sua infância.

A família

Henri Caffarel nasceu em 30 de julho de 1903. Conforme o costume da época, foi levado cedo ao batismo: em 2 de agosto de 1903, seu tio, o Padre Louis Venard, o batizou. Seus padrinhos foram o seu avô Voisin e a sua avó Caffarel. Seu tio-avô, Gabriel Venard, foi um dos sacerdotes martirizados durante a Revolução Francesa. Sua família, em um século, fornecera à Igreja quatorze sacerdotes, demonstrando bem o quanto era cristão o meio no qual o menino crescera.

A infância e juventude

Atingida a idade escolar, ele frequenta a Escola Clerical de São Francisco de Sales e é na paróquia do mesmo nome que ele faz a sua primeira comunhão, em 22 de maio de 1911. Foi esse um acontecimento marcante na vida do pequeno Henri. “Foi uma graça para a Igreja, dirá ele mais tarde, e para mim também”. Se a Eucaristia faz a Igreja, ela também faz os santos na Igreja.

Durante os seus anos de escola, participou dos círculos de estudo e das reuniões e conferências da Associação da Juventude Católica, foi quando na participação de um retiro pregado por um marista, o Padre Plazenet, despontou nele a primeira ideia do sacerdócio.

No período universitário, simultaneamente realizava missões na região de Lyon para reminar grupos de Ação Católica dos Jovens da França, onde adquiriu conhecimentos fulminantes com o Pe. Roullet, sendo ele um despertar na sua vida apostólica. Nesses anos, faz um retiro sob a direção do Pe. Roullet e interroga-se sobre uma eventual entrada na Sociedade de Jesus. Mais tarde dirá, não sem humor: “Na realidade, com minha cabeça aos pedaços, percebi logo que estava desqualificado para os jesuítas”.

O encontro

O ano de 1923 foi decisivo para Henri. Parecia ser um chamado não muito claro e a busca hesitante de um caminho de vida cristaliza-se então numa vocação definitiva. No mês de março de 1923, o jovem Henri “encontra” o Cristo. Conhecemos a sóbria confidência que fez desse acontecimento a um jornalista: “Aos vinte anos, num só instante, Jesus Cristo tornou-se Alguém para mim. Oh, nada de espetacular. Nesse longínquo dia de março, soube que era amado e que amava, e que, doravante, entre mim e ele, era para toda a vida. Estava tudo decidido.”

“Tomei um dia consciência da existência de Cristo, da vida de Cristo, do amor de Cristo, da relação de amor

19.04.1930 DATAS DO MOVIMENTO CM 558 15

entre Cristo e o homem que constitui a vida cristã; foi esse, para mim, o divisor de águas. Para mim, há o antes de março de 1923, e há o após março de 1923. Isso me marcou e, desde esse dia, só tenho um desejo: poder entrar mais nessa intimidade com Cristo, e outro desejo mais: trazer outros para ela porque isso foi capital em minha vida, isso deu-me a alegria de viver, a graça de viver, o impulso para viver. Por isso, não posso deixar de desejar aos outros esse encontro com Cristo vivo, essa descoberta de que Deus é amor.”

Ele assinala assim o que há de imprevisto no acontecimento – a iniciativa é de Deus, o seu repente fulminante que inscreve na alma com traços de fogo as mínimas circunstâncias do “encontro”; quanto a ele, porém, ignoramos o momento e o local em que se produziu essa irrupção do Senhor em sua vida: manteve-os em segredo.

O “encontro” é somente o início de uma longa caminhada, repleta de ciladas, de provações, de tarefas. Para Henri Caffarel, prossegue a alternância da vida universitária com a participação no trabalho paterno.

Após dezoito meses de serviço militar, volta para casa, decidido a seguir sem demora o apelo de Deus.

Rumo ao sacerdócio

Nos meses que se seguiram a esse encontro com o Senhor, Pe. Caffarel foi muitas vezes ao Mosteiro de Ordem Cisterciense pedir para ser admitido. Alguns dias antes de sua entrada, seu amigo e pai espiritual o aconselhou a postergar essa entrada: - Por que não fazer antes alguns anos de seminário?… Ele aceitou os seus argumentos e aguardou o fim do prazo.

No outono de 1926, constitui, sob a denominação de “Irmãos de São João”, “uma

espécie de seminário para vocações diversas, tardias ou precoces”. Entre os seus primeiros alunos encontra-se Henri Caffarel. A falta de uma organização adequada leva ao fechamento.

A pedido de Mons. Thomas, bispo de Langres, o Pe. Ghika instala Henri Caffarel na abadia de La Source, em Paris.

Prosseguem os estudos de teologia, iniciados sob a direção do Pe. Ghika, aparentemente, de forma irregular, por causa do seu persistente cansaço; pode dedicar-lhes apenas um tempo limitado. Em compensação, dedica horas à oração interior.

Encontra-se, nesta altura, sob a orientação direta do então Padre Verdier, Diretor do Seminário do Carmo, que será o seu examinador. Chega ao subdiaconato em 25 de maio de 1929 no Seminário de Issy.

E, no dia 19 de abril de 1930, véspera da Páscoa, é ordenado sacerdote pelo Cardeal Verdier, agora arcebispo de Paris.

O Padre Caffarel celebra a sua primeira missa no dia 21 de abril, em Lyon.

Henri Caffarel trabalhou a serviço do Cristo e da Igreja e deixou uma marca tão duradoura que não será possível traçar a história religiosa do nosso tempo sem falar nele e na sua ação profética.

“Se o meu sacerdócio teve alguma eficácia, sei que o devo a essa prática da oração interior…” Pe. Henri Caffarel.

Katia e Alexandre

CR Causa Pe. Caffarel

DATAS DO MOVIMENTO 16 CM 558

32 anos da aprovação do Estatuto das ENS

Em 1938, o Padre Caffarel propôs a quatro casais que queriam viver o Sacramento do Matrimônio à luz do amor em Cristo: “façamos o caminho juntos”. Assim, tiveram o primeiro encontro em 1939 e, com o início da 2ª Guerra Mundial, mesmo com as dificuldades, outros casais também se interessaram em participar das reuniões. Após a Guerra, os grupos se multiplicaram e o Padre Caffarel teve uma grande preocupação, pois sabia que alguns movimentos, no início, têm uma inspiração, mas com o passar dos anos deixam de existir. “Percebi que pesava sobre esses grupos uma ameaça de desmoronamento. Foi nesse momento em que fui levado a refletir como os religiosos caminham durante toda a sua vida para a santidade sem recaída? Porque têm uma regra. Se queríamos evitar uma derrocada, era preciso que tivéssemos uma regra” (Padre Caffarel – discurso de Chantilly, 1987).

Desta forma, em 08.12.47, foi promulgada a Regra, denominada “A Carta das Equipes de Nossa Senhora”, documento fundador das equipes. A aprovação inicial deste Estatuto, na Igreja, se deu em 25.03.60, por meio do Cardeal Feltin, Arcebispo de Paris. Foi um passo importante para a aprovação ad experimentum do Estatuto, por intermédio de Decreto do Pontifício Conselho para os Leigos, em 19.04.92, que também reconheceu

o documento de maneira definitiva, em 26.07.02.

A “Carta”, promulgada em 1947, sofreu algumas alterações ao longo dos anos, sendo a sua versão final publicada em maio de 1972, data que finaliza o período em que o Padre Caffarel esteve presente no Movimento. Em 19.04.24, comemoraremos 32 anos do reconhecimento  ad experimentum das Equipes de Nossa Senhora pela Igreja. Nesta ocasião, somos levados a refletir que o Padre Caffarel, que sempre teve um imenso desejo de ajudar os casais a encontrar o Senhor e a descobrir quanto, concretamente, são amados por Deus, teve uma inspiração muito mais do que humana quando deu início, em 1939, às Equipes de Nossa Senhora e quando teve o discernimento para escrever a Regra, que se configura como a Pedra Angular do Movimento. Que ele possa ser a nossa inspiração para buscarmos, continuamente, a luz do Espírito Santo para darmos sequência à santa Missão iniciada por ele: a de levar a todos os casais do mundo a possibilidade de almejar a santidade, por intermédio das Equipes de Nossa Senhora.

Província

Centro-Oeste

Ana Maria e Janio
ENS Aparecida
19.04.1992 DATAS DO MOVIMENTO CM 558 17
Fontes: Livro “O sentido de uma vida e ENS no Brasil-70 anos”

Primeira reunião das Equipes de Nossa Senhora no Brasil

“Toda história humana, aos olhos da fé, é uma história sagrada, onde aparece o dedo de Deus”. Padre Oscar Melanson, c.s.c.

Pedro e Nancy Moncau faziam parte do Centro de Estudos Dom Gastão, que visava proporcionar a seus membros meios para uma maior vivência da vida conjugal e familiar. Este centro promovia palestras, para as quais eram convidados sacerdotes e leigos que se destacavam no campo familiar e educativo.

Mas sentiam que precisavam de “algo mais”.

Até que tiveram contato com o Padre Marcel Marie Desmarais, que lhes falou da existência, em Paris, de alguns grupos de casais, ligados à revista L’ Anneau d’Our, que buscavam os mesmos objetivos perseguidos por eles.

Vendo, aí, uma oportunidade de encontrar o que tanto procurava, Dr. Pedro Moncau escreve para o Padre Caffarel pedindo informações e orientações sobre o que faz o L’ Anneau d’Our, seu programa e a técnica das suas reuniões.

Padre Caffarel responde, dizendo-lhe da sua alegria e que pedirá ao secretário-geral, Sr. Gerard d’Heilly, que lhe envie toda a documentação necessária.

A partir de então o casal Madeleine e Gerard d’Heilly passam a enviar recomendações para a organização e preparação de uma reunião de equipe. Destaca-se que, entre as orientações, aconselhava muita

simplicidade nas refeições e a insistência na abertura do diálogo entre os casais. Assim escreveu o casal d’Heilly:

“Pôr em comum, ou seja, dividir com os demais as intenções de orações, as preocupações da vida familiar e profissional. A equipe é feita para dar apoio a cada um na sua marcha para Deus e para ajudá-los a carregar seus fardos, todos seus encargos e responsabilidades. É preciso, pois, que cada qual saiba falar deles, muito simplesmente, a todos os outros. Ponha em destaque a seriedade. Não se trata de fazer muito, de acumular obrigações, mas de fazer tudo correta e profundamente”. E foi assim que, no dia 13 de maio de 1950, em São Paulo, seguindo todas as orientações recebidas, que os casais Figueiredo, Volpi, Morato, Melo e Moncau, acompanhados pelo Monsenhor Agnaldo José Gonçalves, realizaram a primeira reunião das Equipes de Nossa Senhora no Brasil!

Louvamos a Deus pelo casal Nancy e Pedro Moncau, cuja busca incessante e dedicação fizeram com que este Movimento chegasse ao Brasil, permitindo que façamos parte dele.

Marli e Eugênio ENS Aparecida

Votuporanga-SP

Província Sul II

DATAS DO MOVIMENTO
18 CM 558

Não foi no meu tempo. Foi no tempo dela

Gustavo e eu nos casamos há 10 anos, mas nos conhecemos ainda adolescentes. Quando nos vimos prontos para a paternidade, um sonho nosso, além dos exames médicos, fomos a Aparecida pedir: se for de tua vontade, Mãe, aqui estamos. Um mês depois, fomos abençoados.

Lara nasceu e encheu nossos dias de felicidade e gratidão. Nossa Senhora nos deu mais que uma filha: deu-nos esperança em uma criança amável, educada e de fé.

Em 2020, decidimos aumentar a família. Cumprimos o protocolo médico. Rezei. Engravidei, mas, ao mesmo tempo em que enfrentávamos o desconhecido com a Covid, conhecemos o pior dos sentimentos: perdemos o bebê. A dor rasgava meu peito. Senti-me desamparada.

Dois meses depois, outro positivo. “Ah, Mãe! Não me tire este filho!”: era a súplica que eu repetia. Tivemos outro baque: a gestação era ectópica – o bebê estava na trompa. Fui para cirurgia no meio do caos da pandemia. A dor, além de emocional, também era física. Lara não sabe, mas, aos 4 anos, ela foi a força que me sustentou e me fez seguir: precisava estar bem por ela, meu presente de Nossa Senhora. Esforcei-me para seguir, mesmo com as crises de ansiedade que todo o processo trouxe. Anos se passaram, e nosso sonho ficou adormecido. Seguimos criando Lara com fé e amor. Chorei quando ela chegou da escola triste, contando que o amigo seria irmão mais velho: “Nunca chega a minha vez!”. Senti-me impotente.

Em maio de 2022, nossa paróquia realizou momentos de ofertas de rosas a Nossa Senhora. Ofertamos quatro, sendo duas brancas, pelos nossos anjos, e duas vermelhas – pela Lara e pela graça de ser mãe novamente. Semanas depois, em uma missa, Lara nos olha e diz: “vai demorar a nascer, mas logo terá um bebê em sua barriga”. Ela tinha noção do que estava dizendo? Engoli o choro. Gustavo respirou fundo. Aquele anúncio soava ser de Nossa Senhora: quem mais diria algo para a Lara assim, deixando bem claro para ela que a gestação demora?

Um mês depois, o positivo. Com oito semanas, vimos nosso milagre em meu ventre. Liz chegou em fevereiro de 2023. Nossa Senhora, mais uma vez, intercedeu por nós e nos deu outro anjo para cuidar: uma bebê sapeca, muito esperta, que enche a casa de alegria.

Não foi no meu tempo. Foi no tempo dela. Eu, com uma só trompa e endometriose, gerei mais um filho. Ela nunca me desamparou, só estava guardando o meu presente para a hora certa. Hoje, sou uma mãe feliz e agradecida. Tenho, em minha vida, dois milagres para cuidar, amar e ensinar. E tudo graças a Nossa Senhora.

Isadora e Gustavo ENSMãedaSagradaFamília

Setor Batatais

Província Sul II

TESTEMUNHO
CM 558 19

A eucaristia na vida do casal

Ah, se eu pudesse ter vivido na época de Cristo! Que privilégio seria ouvi-Lo, vê-Lo e tocá-Lo como seus discípulos fizeram! Era assim que pensávamos antes de nos tornar equipistas, há 21 anos. Mas a vida de equipe e tudo o que ela implica, como as formações, os Pontos Concretos de Esforço, os inúmeros escritos do nosso fundador, foram nos fazendo compreender que sim, nós vivemos hoje na “época de Cristo”, que, como prometeu, arrumou meios para ficar conosco todos os dias, até o fim dos tempos. Quando Pe. Caffarel escreve, na Carta Mensal francesa de janeiro de 1964: “Esta voz que ouço ao ler o Evangelho é a mesma que acalmava a tempestade furiosa, curava a lepra, ressuscitava os mortos, perdoava os pecados, e gerava filhos de Deus”, ele nos fez entender que nós podemos ouvir a Cristo. Mas, e quanto a ver e tocar Jesus? Não é isso que nossa mão estendida faz em cada fila de comunhão? Não é Ele que adoramos no Sacrário? Não é ele que ingerimos e Nele que vamos nos transformando? Muitos hoje não reconhecem Cristo na hóstia consagrada, mas na época de sua encarnação também não foi assim? Também não foram poucos os que olharam para aquele bebê na manjedoura ou para aquele homem

chagado na Cruz e reconheceram nEle o Filho de Deus? Sua presença real na Eucaristia é tão misteriosa para nós quanto sua encarnação foi para seus contemporâneos. Sempre foi preciso ter fé. Pe. Caffarel nos interpelou profundamente ao concluir que a razão de tantos fracassos na vida matrimonial é a falta de alimento: Eucaristia, Palavra de Deus, Oração Interior. E que, para um cristão normal, o regime normal seria a comunhão diária. Isso nos levou a nos envergonhar da nossa “falta de tempo”, já que a Presença de Cristo na vida conjugal pode ressignificar totalmente o nosso amor. Decidimos, então, fazer desse tripé a nossa força. E como isso tem nos transformado diariamente! Temos observado nossas reações diante dos desafios cotidianos mudarem e nosso egoísmo diminuir à medida que Cristo cresce em nós.

Queridos irmãos, viver na época de Cristo não foi privilégio de uns poucos. Somos mais do que privilegiados: somos católicos e equipistas. Cristo está ao nosso alcance. Não deixemos esperando no sacrário aquele que é a fonte de todo Amor e que sustenta nosso amor conjugal.Na vida dos que oram e escutam a Palavra de Deus, a Eucaristia é o alimento que dá força para colocá-la em prática e que nos fará tender para a Santidade, como sempre desejou Pe. Caffarel.

Helena e Cal

ENS das Graças

Limeira

Província Sul II

TESTEMUNHO
20 CM 558

Jesus tem cuidado de mim

O tema de Estudo deste ano me impulsionou a partilhar com vocês esse momento forte de confiança e fé.

No dia 02/01/18, o telefone tocou bem cedo, meu esposo atendeu a ligação, era da Unidade de Saúde da Mulher, e se tratava do resultado do meu exame de mamografia e solicitavam a minha presença. Chegando lá, preferi entrar sozinha, achando que era forte e estava bem. Um friozinho invadiu a minha barriga, um nó na minha garganta. Só lembro do momento em que a médica se dirigiu a mim, com aquelas palavras que nenhuma mulher espera ouvir… Denise, sua mamografia diagnosticou um nódulo na mama esquerda, é preciso agilizar a avaliação. Você está com câncer de mama…

A médica explicou que, a partir daquele momento, eu passaria por vários procedimentos. Após sair da sala, meu esposo estava ali, me aguardando e me abraçou. Naquele momento, fui percebendo os cuidados de Deus.

Fui encaminhada para o Hospital Regional em Taubaté, aos cuidados da Drª  Yamim Shukair, cirurgiã oncológica. Minha primeira consulta seria só dia 22/02/18. Naquele mesmo dia, começou o tratamento, fomos para casa e Deus foi cuidando de tudo.

Veio o choro, a ansiedade, o medo, o desespero pelo desconhecido; mas em meu coração, havia a esperança e a confiança em Deus.Consegui adormecer em meio às lágrimas e quando acordei, decidi ir à missa, porque eu sabia que só encontraria paz e forças na Eucaristia, e naquele momento era tudo o que eu precisava,o “Pão da Vida”. Passamos a fazer comunhão diária. Na consagração, na qual o sacerdote eleva a

hóstia, ela é transubstanciada ao Corpo de Cristo. Meu olhar é fixo só na Eucaristia, entro na fila da comunhão e faço uma concha para receber o Corpo e o Sangue de Jesus, e após comungar, volto para o meu lugar com a concha estendida e tenho o cuidado de verificar se não ficou nenhuma partícula, a menor que seja da Eucaristia na palma da minha mão, sei que aquele pedacinho é Jesus inteiro; e em seguida levo a mão até a boca, beijo-a e trago até a minha mama esquerda, onde eu mais preciso de Jesus, pois sei que naquele momento minhas mãos são o sacrário.

Uma semana antes da cirurgia, recebi uma ligação do Hospital Regional pedindo que eu fosse imediatamente para lá. Para minha surpresa, a Drª. Yasmim disse que não ia mais realizar a cirurgia, pois os resultados dos exames estavam inconclusivos e confusos. Saímos de lá, sem palavras, chorando de alegria, na certeza de que a Eucaristia me alimentou durante esse tempo, pois através da Eucaristia Jesus se revela o “Pão da Vida”. Ainda não tive alta, e continuo com as consultas semestrais para acompanhamento.

Encerro com essa frase: - Se a última resposta que você precisa for Deus, é através da Eucaristia que irá descobrir que Ele é a única resposta que você precisava ter.

Denise e Wellington

ENS da Assunção

Pindamonhangaba

Província SUL I

TESTEMUNHO
CM 558 21

Dever de Sentar-se: Melhorar para o outro e não melhorar o outro

Quando conhecemos as Equipes de Nossa Senhora e fomos apresentados aos PCEs ficamos apaixonados pelo Dever de Sentar-se, um instrumento pensado para transformar o ato de dialogar em um momento de comunhão entre o casal e Nosso Senhor. Sempre fomos abençoados por entender que fazia tanto sentido realizar uma conversa com muita sinceridade, saindo do sentimento de “Eu sou certo e você precisa melhorar”, para “nós somos o reflexo do Pai e precisamos tratar o outro com todo cuidado, amor e dedicação”, porque assim seremos melhores a cada dia para fazer o outro mais feliz.

Ser apaixonado por esse PCE não significa que o realizamos todos os meses, sem esforço, sem renúncias, muitas vezes o coração estava apertado e cometemos vários erros, usando esse momento para ferir o outro, dizendo palavras mal pensadas, descontando nossas frustrações e tristezas, impondo nossas verdades absolutas de forma agressiva, sem caridade e compaixão.

Com o tempo e com intercessão de Nossa Senhora aprendemos que o PCE é justamente para nos fazer melhor, quebrar essa barreira invisível que cresce entre os casais devido à dureza do coração, entendemos que precisamos melhorar para o outro e não melhorar o outro, que precisamos nos colocar na posição de ouvinte, sem julgamentos, pois os sentimentos são individuais, são sentidos e transparecidos de formas diferentes.

Aprendemos que como simples humanos podemos muito pouco, mas como imagem e semelhança de Deus somos tão fortes, sábios e amorosos, que se assim somos e enxergamos em nosso cônjuge essa imagem, entendemos que o Dever de

Sentar-se sou Eu me doando ao outro sem medo, vergonha, maldade ou culpas. Um diálogo sempre em três Pessoas, o casal e Deus, que nos fortalece, cura nossas cicatrizes e nos conduz para mais um passo a caminho da santificação do casal. Crescemos muito desde que entendemos o verdadeiro sentido do Dever de Sentar-se. Muitas tribulações foram superadas, mágoas foram destruídas e muito foi aprendido a amar, nossas fraquezas, limitações, nosso verdadeiro ser. Todos os dias buscamos sempre juntos ser melhor e transformar nossa vida conjugal em uma verdadeira e santa União. Transformando nosso coração em um lugar de aconchego onde tudo suporta porque se alimenta do amor que cresce a cada dia, guiados e orientados pelos ensinamentos do Padre Caffarel que na sua imensa sabedoria nos deixou as Equipes de Nossa Senhora.

Cristina e Adilson

ENS Desatadora dos Nós

Itumbiara-GO

Província Centro-Oeste

PARTILHA E PCE
22 CM 558

Dever de Sentar-se, sempre um querer

Quando damos nosso SIM às Equipes de Nossa Senhora, passamos a refletir sobre diferentes perspectivas e realidades de nossa vida conjugal.

Dentre tantos olhares, somos convidados a vivenciar meios de aperfeiçoamento, através dos quais podemos melhorar como pessoas e casal.Com o tempo compreendemos que não é possível afirmar que há um meio melhor ou pior que o outro, para nos auxiliar a aprimorar o convívio matrimonial,mas temos muito claro que o Dever de Sentar-se é essencial na vida do casal equipista. Por muitos anos ouvimos de nossos irmãos e também partilhamos as dificuldades em todas as vezes que nos propusemos a realizar um Dever de Sentar-se. Sempre um momento de acerto de contas, despido de misericórdia e compaixão. Não houve “sinal do céu”, “surpresa” ou algo extraordinário que nos levasse a uma mudança de postura e compreensão!

O que nos moveu, na verdade, foi o ouvir atento da fala insistente de tantos irmãos, sacerdotes e formadores, que, semeando a Palavra,acendiam em nós o desejo de acertar e multiplicar com nossa vida as luzes que obteríamos num verdadeiro Dever de Sentar-se.

Agora entendemos que este Ponto Concreto de Esforço requer, como o próprio nome diz, muito esforço para primeiro vencermos a indisposição em fazê-lo! Como todos os seres humanos, não gostamos de expor verdades, conflitos e, na maioria das vezes, não iniciamos um diálogo para elogios e reconhecimento. Esse nobre recurso criado por Inspiração Divina, que nos é dado para melhorar a vida em comum, só terá validade a partir do momento que quisermos abrir nosso coração à ação de Cristo. Sem essa presença, sem caridade fraterna entre os esposos, por mais que se amem, não aceitarão a correção quando necessário, muito menos a exposição do defeito supostamente desconhecido.

Não é para acertar as contas que fazemos o Dever de Sentar-se. O desejamos exatamente para juntos encontrarmos os pontos que precisam melhorar e, na presença de Cristo, traçarmos os melhores caminhos, tomados pela cumplicidade e compromisso do dia em que selamos nosso amor com o matrimônio.

Hoje aguardamos ansiosos esse momento amoroso entre nós e com Cristo, primeiro engrandecemos nosso amor e ressaltamos nossas virtudes e, só depois, analisamos as perdas e dificuldades, aprendemos que, com o coração remediado pela esperança e pela fé, conseguiremos melhorar um pouco a cada encontro.

Hellen e Rogério

CRS Triângulo Mineiro

Província Centro-Oeste

PARTILHA E PCE
CM 558 23

Acordar com Jesus

Estamos convidando todos vocês a ACORDAR COM JESUS. Ao abrir os olhos pela manhã, contemplar o dia que foi especialmente preparado para vocês, louvar a Jesus pela graça da vida. Convidem e permitam que Jesus faça parte deste dia. Estamos iniciando nossa oração, nossa conversa com Jesus. Contemplação, silêncio, entrega, sentindo a presença de Jesus no meio de nós, casal equipista.

Com a presença do Espírito Santo contemplemos também a Sua palavra, através da Leitura do Evangelho. Vamos meditar o que Ele tem a nos dizer e nos orientar.

Meditar, descobrir a beleza de suas palavras e ensinamentos, sentir o amor de Jesus e seu desejo que o ouçamos para alcançarmos o Reino de Deus.

Prestem atenção, ouçam com o coração, pois Jesus quer nos orientar para agirmos como discípulos, filhos de Deus, transformando nossos pensamentos, nossos atos e nossas palavras.

A oração nos faz próximos a Jesus, nos dá intimidade, conforto. Deve ser feita de forma simples e pura, entre o casal e Jesus, formando uma trindade. Corações abertos para expressar nossas alegrias, nossas tristezas, nossas preocupações e angústias. É o despir-se para que Jesus nos receba. Na leitura da Palavra e na Meditação, já em união com Jesus, é Ele quem fala, quem revela a sua vontade, que fortalecerá a nossa fé, nos trazendo paz e esperança para vivermos o nosso dia a dia. Jesus nos faz meditar nossos comportamentos, nossas

atitudes, para podermos nos arrepender, pedir perdão, conhecê-lo e amá-lo ainda mais.

A meditação nos leva à presença de Jesus, estar em comunhão com Ele. Por isso, escolhemos ACORDAR COM JESUS, para que, no silêncio da manhã, ao iniciarmos o dia, antes mesmo de nos levantar, nos entregamos e nos dedicamos àquele que é nosso refúgio e fortaleza. Devemos relembrar das palavras de Jesus, em cada decisão que formos tomar, em cada acontecimento e em cada momento sejamos gratos, pois entregamos o nosso dia a Ele e tudo será para nosso crescimento e fortalecimento de nossa fé.

Dedicar todos os dias alguns minutos de nossa vida àquele que foi capaz de dar a sua vida por nós é maravilhoso.

ACORDAR COM JESUS é um privilégio que nós, casais cristãos, podemos usufruir e contemplar todos os dias, pois Ele se faz presente, basta abrirmos as portas e janelas e deixarmos a Sua luz iluminar nossas vidas, trazer paz para nossos corações e amor para podermos vivenciar mais um dia testemunhando o nosso maior dom, o Sacramento do Matrimônio.

Venha ACORDAR COM JESUS!

Ronise e Miguel ENS Auxiliadora-Garça

Província Sul II

PARTILHA E PCE
24 CM 558

Retiro

“Vinde vós, sozinhos, a um lugar deserto e descansai um pouco” (Mc 6, 31). O convite que Jesus nos faz, vinde, é um chamado para viver uma experiência de amor, que se realiza num local deserto a fim de favorecer a intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo. É um encontro de dois corações, do nosso coração machucado, ferido pelo pecado, com Seu Coração misericordioso.

O Retiro é uma oportunidade que o Senhor nos concede para este encontro, para ressignificar nossa vida, confrontando nossas atitudes e valores com aquilo que Deus espera de nós, para termos um verdadeiro encontro pessoal com o Senhor, conosco mesmo e com o próximo. Participar do Retiro é uma resposta ao chamado de Deus, é querer estar com Ele numa atitude de recolhimento e silêncio. O Cardeal Robert Sarah escreve que: “Devemos aprender que o silêncio é o caminho do encontro pessoal e íntimo como presença silenciosa, mas viva, de Deus em nós”.

Por isso, o Retiro é um tempo da graça de Deus, no qual a experiência de encontro pessoal com Deus se concretiza na nossa vida à medida que nos abrimos para escutar e acolher a Palavra de Deus, a exemplo de Maria, que guardava e meditava os fatos e acontecimentos em seu coração (Lc 2,19; 51b).

Para nosso crescimento espiritual, temos os meios de aperfeiçoamento para nossa conversão e santificação, os Pontos Concretos de Esforço, dentre eles o Retiro: “levar tempo anualmente a fim

de se colocar perante o Senhor, se possível como casal, em um ‘Retiro’ que nos permita refletir e organizar nossa vida em Sua presença”. (Guia das ENS, p. 41). A vivência deste PCE contribui para despertar atitudes interiores a fim de viver o ideal das ENS, proposto pelo Pe. Caffarel no Estatuto, dentre elas, destacamos: “Entregam-se a Cristo sem condições”.

A participação no Retiro necessita de preparação espiritual com a oração, uma boa confissão e a Eucaristia, a fim de que a semente da Palavra de Deus produza frutos de conversão em nossa vida, pois Deus quer realizar maravilhas em nós, para isso devemos sair da agitação do mundo e, à luz da Palavra de Deus, com recolhimento interior, escolher entregar-se a Cristo para amá-Lo e servi-Lo.

Assim, somos chamados: “Permanecei na escola de Maria”. Inspirai-vos nos seus ensinamentos, procurai acolher e guardar dentro do coração as luzes que ela, por mandato divino, vos envia lá do alto” (palavras proferidas por Bento XVI, no final da oração do terço, 2007). Que nossos Retiros sejam fonte de graça e conversão para que possamos progredir na espiritualidade conjugal.

Abraços fraternos!

Maria Regina e Celso

CRS José Bonifácio B

Província Sul II

PARTILHA E PCE
CM 558 25

Oração Conjugal

Desde que entramos para o Movimento das ENS há 19 anos, a sua pedagogia e em especial os PCEs nos fascinaram. Sem dúvida alguma, foram inspirados por Deus ao Pe. Caffarel e são ferramentas indispensáveis que nos ajudam a cultivar a espiritualidade conjugal e nos levam à santidade.

Quando participamos da Experiência Comunitária, passamos a rezar juntos um Pai-Nosso e uma Ave Maria ao dormir, muito timidamente, pois não estávamos acostumados com essa prática em casal. Podemos chamar esta fase de germinação do PCE Oração Conjugal. Após entrarmos para o Movimento, a vida de equipe, a participação em formações e a troca de experiências com outros equipistas nos ajudaram a evoluir na prática dos PCEs. Com a prática diária da Oração Conjugal sentimos uma grande diferença na nossa caminhada espiritual, pois esse passou a ser o momento de nos expormos um ao outro e, ao mesmo tempo, ao nosso Senhor. Escolhemos e organizamos um cantinho próprio para a nossa Oração Conjugal, com uma imagem de Nossa Senhora, um crucifixo, vela e flores num pequeno altar. Quando assumimos a missão de CRS, as graças recebidas pela Oração Conjugal se tornaram mais evidentes. Os desafios exigiram uma união mais forte entre nós e, principalmente, um discernimento de Deus constante para nossas decisões e atitudes. Assim, uma de nossas estratégias para não deixar de fazer a Oração Conjugal diariamente foi a de acordar 30

minutos mais cedo para que nada pudesse ser mais urgente ou nos interromper. Também devido à missão de CRS, sentimos a necessidade de estudarmos mais os documentos do Movimento e de seu fundador; portanto, adicionamos 10 minutos de leitura à nossa Oração Conjugal. Com isso, aos poucos, durante esses últimos seis anos, já lemos quase todas as obras de nosso Movimento e ficamos sempre mais maravilhados com a riqueza que temos à nossa disposição. Nossa Oração Conjugal de rotina consiste em iniciar com a Invocação ao Espírito Santo, Leitura da Palavra, Meditação, Oração pessoal centrada na Palavra, intenções e a leitura de um trecho de um livro do Movimento. Finalizamos com o Magnificat e a Oração pela Canonização do Pe. Caffarel. Ao todo, isto leva aproximadamente 30 minutos. Podemos testemunhar que é um momento de dar graças, de pedir perdão, de pedir ajuda e discernimento.

A Oração Conjugal tornou-se alimento espiritual sem a qual não podemos viver. Desejamos que todos busquem esta graça para aumentar a intimidade entre o casal e deste com o Nosso Senhor. Um abraço fraterno!

Carol e Joni

CRR SP Leste

Província Sul II

PARTILHA E PCE
26 CM 558

Porque para Deus nada é impossível!

Testemunhamos com grande alegria nossa jornada como equipistas ao longo dos últimos seis anos. Celebramos 21 anos de casados e dois filhos, Daniel e Danilo, e compartilhar nossa experiência no PCE Retiro é especialmente gratificante, pois recordamos uma graça extraordinária que recebemos.

Eu, Danielle, sou portadora da doença renal crônica desde os 15 anos e quando iniciamos nossa caminhada nas ENS percebemos que o momento mais esperado por nós, o Retiro, seria impossível… a máquina de diálise peritoneal era a minha companheira diária durante as noites, noites de muito sofrimento, mas também de muita oração, entrega, confiança e gratidão a Jesus Misericordioso, pois graças a ela eu podia sobreviver.

Participar do Retiro era o nosso desejo e, como Deus cuida de cada detalhe, providencialmente, dias antes da confirmação para participarmos, a médica liberou um dia da diálise. Naquele momento, nos olhamos e dissemos: “Agora podemos fazer o Retiro”.

Assim o fizemos em 2019 para honra e glória de Deus. Encontrar com Jesus no nosso deserto, esquecer por um tempo todos os problemas, sofrimentos, as dores, o barulho da máquina, foi intenso e maravilhoso.

Em um momento especial, levamos Jesus Eucarístico para o nosso quarto, marcando de forma inesquecível nossa primeira noite longe da máquina, longe das dores na presença real de Jesus Sacramentado, nosso suporte e força… bem ali na nossa frente, nós choramos, agradecemos, rezamos, pedimos e sorrimos de alegria… afinal Deus cuida de cada detalhe quando

nos abrimos ao seu imenso amor, pois para Ele nada é impossível!

Um ponto a ser destacado é que no primeiro dia do Retiro eu havia acabado de sair da diálise e fomos direto, assim como o filho que vai ao encontro dos braços do Pai… aquele colo que nos ampara, que nos sustenta e nos anima para seguir em frente.

No ano seguinte, dias antes da pandemia ser decretada, com os exames estáveis, recebemos a graça de participar novamente do Retiro, sentimos Sua presença muito forte em todos os momentos reforçando em nossos corações, seu cuidado e proteção, pois o medo, a insegurança da pandemia ia se alastrando por todos os lados… mas, na verdade, Deus já estava nos preparando para receber mais uma graça, “a vida nova”, pois em plena pandemia fui agraciada com o transplante de rim e mesmo sendo acometida pela Covid dias após o transplante, sou um milagre e estou aqui testemunhando um pouco das maravilhas de Deus em nossas vidas, agradecemos imensamente pelo suporte espiritual oferecido pelas equipes. Não sabemos o que o amanhã nos reserva, queríamos participar do Retiro e Deus cuidou dos detalhes. Nosso propósito agora é nunca deixar esse tesouro ser esquecido em nossas vidas, se assim Deus o permitir.

Henrique e Danielle ENS do Silêncio

Aparecida-SP

Província Sul I

PARTILHA E PCE
CM 558 27

CM 556 - Agir no servir

Este artigo da CM 556, de dezembro de 2023, nos faz refletir sobre três atitudes bastante presentes nos documentos do Movimento: a acolhida, a hospitalidade e a ajuda mútua. A ajuda mútua é um dos pilares fundamentais da mística das ENS. Os casais devem ajudar-se tanto no plano material como no espiritual, obedecendo assim a orientação de São Paulo: “Carreguem

ENS nos leva a uma mudança que será notada por nosso comportamento,hábitos e propósitos.Será claro e decisivo o contraste entre quem fomos antes e quem somos agora, sendo Equipe de Nossa Senhora. Quando vamos a Jesus Cristo, mesmo sendo pecadores e cheios de erros, tornamo-nos participantes da sua

os fardos uns dos outros” (Ga 6,2). O casal Ilma e Aderlan, da Província Nordeste II, encontrou graça na acolhida e hospitalidade dos casais da Província Sul II, Setor B-Ribeirão Preto, e seu filho Pedro Levi já iniciou seu tratamento. Nós também fomos agraciados pelo amor e acolhida dos casais do Movimento das ENS da Argentina, quando nossa filha foi estudar naquele país. Realmente, as ENS são uma grande família.

Edna e Mauro

CRR São Paulo Oeste II

Província Sul II

graça redentora.As Equipes de Nossa Senhora oferecem aos casais todos os meios para a busca e manutenção de um coração convertido, através dos PCEs e do exercício fiel e comprometido do carisma e da mística.

Maria Ligia e José Reinaldo

CRS Bauru A

Província Sul II

CM 556-PCE: fardo, peso ou atitudes a despertar

Lendo o artigo de Rosana e PauloCM 556 com o título PCE: fardo, peso ou atitudes a despertar, aliás um belíssimo texto, veio à mente um filme sobre nossa caminhada no Movimento. Após 34 anos nas equipes, já tratamos os PCEs como “fardo”, especialmente no início da caminhada, onde quase tudo era totalmente novidade para nós. Aos poucos fomos entendendo que nas ENS não existem imposições, fardos ou pesos, mas

apenas “atitudes a despertar” que se tornam oportunidades de crescimento pessoal, conjugal e espiritual. Jamais esquecemos as palavras do SCE Pe. Aloísio (de saudosa memória): “No início, os PCEs são um desafio, uma obrigação; depois eles vão se transformando em hábito e mais tarde, uma necessidade”. Acrescentamos: uma oportunidade.

Rosângela e Carlos CRR SP Oeste III

Província Sul II

VOCÊ NA CARTA
28 CM 558

Sacerdote Conselheiro e as ENS

“Façamos o caminho juntos” – esta frase do Padre Henri Caffarel me acompanha, anima e motiva a estar no Movimento das ENS desde 2005. Recebi o sacramento da Ordem em 1992 em São Paulo e ali fui pároco por longos 13 anos, quando então fui transferido em missão para a cidade de Campo Grande–MS. Logo na primeira semana em Campo Grande, fui convidado por um sacerdote amigo a participar de uma festiva na casa do Casal Responsável pelo Setor, na época, Carmem e Hervin e, daquela festiva, já saí como Conselheiro de uma equipe, uma das mais antigas da cidade. Comecei a caminhar com essa primeira equipe que já estavam juntos há mais de 15 anos, uma equipe sólida, consciente da proposta do Movimento e muito fiel ao carisma e espiritualidade proposta a seus membros. Isso me ajudou muito, pude fazer com eles a experiência do caminhar juntos e compreender o grande desafio que, até então, não estava claro, o sacramento da ordem em comunhão com o sacramento do Matrimônio a serviço da igreja, um desafio grande onde pudemos, como pequena comunidade, ajudarmos uns aos outros e ser testemunho de serviço na igreja. Foi aí que caiu por terra a visão do tempo de seminarista e descobri a importância e o valor do Movimento na vida dos casais e o grande apoio, incentivo e valorização ao ministério sacerdotal, se consolidando cada vez mais ao caminhar junto às ENS

em busca da santidade. Sua pedagogia, mística e espiritualidade me encantam e me fortalecem no dia a dia e, ao longo dos meus quase 32 anos de ministério, não encontrei na Igreja Movimento mais sólido, unido e completo no auxílio a casais e sacerdotes que dele fazem parte. Este ano completo 32 anos de ministério sacerdotal, mais da metade vividos dentro do Movimento das ENS o que para mim tem sido uma graça particular. Sou pároco de uma paróquia com quatro comunidades, assessor eclesiástico da Pastoral Familiar da Arquidiocese, Conselheiro da Região Mato Grosso do Sul I e Conselheiro, hoje, de três equipes de base. Destaco esses serviços não para me engrandecer, mas para manifestar a importância dada ao Movimento das ENS e a prioridade em meu ministério sacerdotal, pois tenho certeza que esses casais estão também caminhando comigo nos vários outros serviços pastorais assumidos com a oração, apoio e comunhão. Agradeço e rogo a Deus a santidade do Padre Henri Caffarel e espero contribuir sempre com essa obra que Deus suscitou em seu coração: “façamos o caminho juntos”.

Pe. Jair Máximo

SCER MS I

Província Centro-Oeste

CONSELHEIROS NA CARTA MENSAL
CM 558 29

Casais equipistas que despertaram minha admiração pelo testemunho

Com muita alegria escrevo este artigo. Na paróquia a qual pertenço, já há alguns anos, pude observar a presença de casais equipistas e que despertaram em mim admiração pelo testemunho que dão de amor conjugal e compromisso com a Igreja. Porém, foi em 2023, quando fui convidada para ser Acompanhante Espiritual (AE), que pude conhecer mais a fundo a espiritualidade e a missão deste Movimento.

Esta vivência tem sido verdadeiramente muito bonita, sobretudo porque, em cada encontro, estudo e partilha, faço a experiência de retornar às origens da minha história e do carisma da minha Família Religiosa, onde ingressei há 33 anos na Congregação das Irmãs de Santa Ana. Identifico nos casais os traços de uma espiritualidade que sustentou a fé e a missão de Carlos e Júlia (nossos fundadores) e reconheço em suas vidas o esforço para viver um matrimônio que dê testemunho do seu desejo de santidade. Assim, posso entender as palavras do Pe. Caffarel: “O casamento é uma verdadeira vocação, que pode levar cada um dos cônjuges à santidade” (“O Carisma Fundador”).

Mas foi no acompanhamento de um Retiro Espiritual que senti um apelo do Espírito Santo. Ouvi numa partilha a grande dificuldade que os casais encontravam para realizar o Dever de Sentar-se. Parecia que esta era uma dificuldade de todos os equipistas. Saí daquele encontro com o desejo de ajudá-los neste PCE. Então apresentei a

proposta de preparar todos os meses o Dever de Sentar-se para aqueles casais que quisessem participar. E assim temos feito, toda segunda-feira do mês preparo um momento de oração pessoal com Adoração ao Santíssimo, na capela de nossa casa. Cada encontro tem uma palavra iluminadora, que está geralmente relacionada com algum aspecto da vida matrimonial que o casal precisa crescer. Depois do diálogo pessoal com o Senhor, o casal se retira para o diálogo conjugal. E ali ele fica, pelo tempo que for necessário. Confesso que não imaginava o quanto isso ajudaria os casais: oferecer um lugar calmo e tranquilo, longe da agitação cotidiana, com dia e hora marcados, para eles realizarem esse encontro com Deus e com o cônjuge. São visíveis os frutos na vida de cada um deles. Vejo como eles priorizam este momento e como são gratos pela oportunidade. As ressonâncias desta experiência despertaram o desejo de outros casais equipistas quererem participar e, na medida das suas possibilidades, vários têm aproveitado esta oportunidade. E eu sinto-me muito feliz por poder colaborar para o crescimento espiritual deles. Deus vos abençoe!

Ir. Marcia Regina

dos Santos

ENS 2, Setor

Barretos A

Província Sul II

CONSELHEIROS NA CARTA MENSAL
30 CM 558
A eclesiologia do Padre Caffarel em relação ao matrimônio

Nas últimas décadas, tem-se dito com frequência que a riqueza do pensamento, da reflexão e dos escritos de nosso Fundador nos permite encontrar em sua produção temas específicos que nos levam a uma melhor compreensão do horizonte de sua vida e de seu ministério.

Quero, nestas poucas linhas, selecionar, de alguns artigos de Caffarel publicados em L'Anneau d'Or, algo relacionado à eclesiologia e sua relação com o matrimônio. Levarei em conta, em particular, o artigo intitulado “Uma renovação do matrimônio para uma renovação da Igreja”, que foi publicado no número 105-106 (maio-agosto de 1962), e o artigo “Este grande mistério”, publicado no número 107 (setembro-outubro de 1962) da revista mencionada. De minha parte, será um plágio anunciado, perdoável e, espero, fiel.

A elaboração do primeiro texto foi motivada pela convocação do Concílio Vaticano II pelo Papa João XXIII. Surgiu a pergunta sobre o que se poderia esperar desse Concílio e, em particular, o que se poderia esperar sobre a realidade do matrimônio cristão. E como, depois de 25 anos de Equipes de Nossa Senhora, sua preocupação era o matrimônio dos crentes em Cristo, ele decidiu, com sua habitual seriedade e compromisso, escrever algumas notas com o objetivo de compartilhá-las com alguns conhecidos, especialmente os padres conciliares.

Ele ficou um pouco desapontado ao

perceber que, entre as comissões preparatórias, não havia uma para o tópico específico do matrimônio. Mas, muitos dos convidados para o Conselho o conheciam como especialista no assunto, confiavam nele e o receberam como conselheiro. E, ao tomarem conhecimento do texto de seu trabalho, convidaram-no a publicá-lo. Naquela época, ele foi nomeado consultor da Comissão sobre o Apostolado dos Leigos. As circunstâncias finalmente prevaleceram e surgiu a possibilidade de publicar sua reflexão na edição especial do L'Anneau d'Or mencionada acima.

Embora ele afirme que não é exaustivo nem completo, ele convida os leitores a se perguntarem o que cada um deles pode contribuir para a promoção do matrimônio cristão no mundo. Seu desejo é apresentar o matrimônio cristão como um modelo. E ao olhar para a realidade do matrimônio, vê como consequência um olhar sobre a Igreja...

Esse é um trecho do texto recebido do Correio da ERI, referente a março de 2024, escrito pelo Padre Ricardo Londoño Domínguez (SCE ERI). Para ler o texto na íntegra por favor acesse: www.ens.org.br\correiodaeri

Ricardo Londoño Domínguez SCE ERI CORREIO DA ERI
Pe.
CM 558 31

EACRE

2024 conecta milhares de casais e conselheiros espirituais em todo o Brasil

No período de 06/01 a 10/03/24, as Equipes de Nossa Senhora promoveram 86 Encontros Anuais de Casais Responsáveis de Equipe (EACRE) em 77 cidades brasileiras, para mais de 6.800 casais e 770 Conselheiros Espirituais (SCE/AE). Este expressivo alcance reflete a vitalidade e a expansão do Movimento em solo brasileiro.

Durante esses encontros, em unidade com o Movimento de todo o continente, os casais responsáveis receberam as orientações específicas e foram apresentados ao Tema do Ano: “Eucaristia, Fonte de Missão”. Puderam também conhecer e se aprofundar sobre o PCE (Ponto Concreto de Esforço) de ênfase em

2024, o Retiro, ouvindo belíssimos testemunhos. A riqueza da troca de ideias e de experiências promoveu a união entre os participantes, reforçando as convicções sobre o Carisma e a Mística do Movimento.

A diversidade geográfica dos EACREs, realizados em 77 cidades distintas, destaca o comprometimento e a participação ativa dos equipistas em todo o Brasil. O número expressivo de casais e conselheiros espirituais presentes evidencia o impacto do Movimento e a relevância destes encontros para se viver um bom ano equipista. É um testemunho vibrante do compromisso contínuo das Equipes de Nossa Senhora em fortalecer os alicerces, que são suas Equipes de Base. Que as bênçãos desses encontros se estendam e inspirem a jornada espiritual de cada casal, alimentados pela Eucaristia e impulsionados à missão, contribuindo assim para a edificação de famílias sólidas e fundamentadas nos valores cristãos. As fotos dos EACREs estarão disponíveis na versão digital. Acesse: www. ens.org.br/cartamensal

-REGIÃO EACRES
Erica e Wilson CR Comunicação
SUPER
32 CM 558

EACREs Brasil 2024

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26 janeiro 2024

Glória e Mário Jorge

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Wanda e David

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Juliana e Gladistone

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VOLTA AO PAI

MARCIO CESAR ROSSINI

18.12.2023

ENS Mãe do Sagrado

Coração de Jesus

Provincia Sul II

ALUÍZIO, DA RAIMUNDA (MUNDACA)

25.02.2024

ENS Rainha da Paz Baetetuba/PA

Província Norte

KARINA FREIRE FERREIRA RODRIGUES, DO LEANDRO RODRIGUES

28.03.2024

ENS da Esperança Tianguá/CE

Província Nordeste I

PADRE ADILSON MACHADO 30/03/2024

SCE Região Goiás Sudeste e Setor Quirinópolis

Província Centro-Oeste

NOTÍCIAS
CM 558 63

A importância do Retiro Espiritual nas ENS

Neste ano de 2024, um dos Pontos Concretos de Esforço que deve ser mais enfatizado pelos casais das Equipes de Nossa Senhora é o Retiro Espiritual. O Retiro é um momento oportuno que o casal reserva para si, no intuito de fazer uma avaliação da sua vida à luz de Deus. Diz o salmista: “parai e reconhecei que eu sou Deus” (Sl 45,11). A prática do Retiro anual é uma parada profilática e estratégica, pois previne os retirantes dos perigos que permeiam a vida e os fortalece tanto no aspecto pessoal quanto conjugalmente.

Por que fazer um Retiro Espiritual?

• Para curar as feridas de algum acidente ou incidente espiritual: debilidades, desvios, infidelidades graves em relação ao Senhor, ao cônjuge, ao Movimento e contra a própria vocação cristã.

• Também para encontrar luz e fortaleza diante das crises e encruzilhadas que podem se apresentar ao longo da vida pessoal,conjugal,familiar e social.

• É preciso, também, realizar de vez em quando uma revisão, como se faz periodicamente com um carro, para perceber como estão os faróis, os freios, a gasolina, o motor, os pneus, etc. Cada casal poderia perguntar-se: como estão as peças de nossa vida conjugal? Estão desajustadas? Desgastadas? O que precisamos renovar para não nos expormos a um acidente mortal?

Desse modo, o casal poderia se perguntar nos dias do Retiro anual como está o percurso da sua viagem, pois a vida cristã é uma peregrinação, um êxodo da terra da escravidão para a terra da promissão,

para o reino de Deus. Conjugalmente, o casal está percorrendo um bom caminho? Está no bom caminho da marcha ou tem se equivocado em sentido oposto? Ou, talvez, somente tem se desviado fazendo rodeios inúteis que fazem perder muito tempo e energia?

É preciso consultar com frequência os mapas das estradas espirituais: o Evangelho de Jesus de Nazaré e os Pontos Concretos de Esforço. Periodicamente, se faz necessário levarmos o nosso carro numa oficina para averiguarmos como estão os faróis. Durante o Retiro, o casal precisa também revisar como está a pureza no olhar de ambos. Os freios do carro precisam ser revistos para que acidentes sejam evitados. No Retiro, os cônjuges têm possibilidade de refletir sobre seus comportamentos impetuosos para frear os impulsos pecaminosos e assim evitar acidentes graves nas curvas da convivência diária. Os pneus do carro não podem ser negligenciados. Ao fazer o Retiro, o casal equipista é convidado a rever a caminhada na Equipe de Base e no Movimento. E o GPS se torna um elemento indispensável durante o percurso nas ruas e rodovias. Para os equipistas, a vivência do Retiro anual se torna um guia precioso durante o percurso conjugal que os ajuda a chegar com mais eficiência no porto desejado: a vida eterna!

MEDITANDO EM EQUIPE
Pe. Antonio C. Torres SCE Carta Mensal

O Valor do “Sim” e o Dia das Mães

O Chamado Divino - Maria, uma jovem humilde de Nazaré, é escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus. São Gabriel a saúda com as palavras: “Ave, cheia de Graça, o Senhor está contigo!” (Lucas 1, 28). Esse chamado divino é um convite para uma missão extraordinária.

O “Sim” de Maria - Maria responde com humildade e submissão: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1,38). Seu “SIM” é um ato de confiança e entrega total à vontade de Deus. Ela aceita o papel de ser a mãe do Salvador, mesmo sem entender completamente as consequências. Assim, Maria se tornou o veículo pelo qual Deus se fez homem, encarnando-se para compartilhar nossa humanidade.

A Encarnação - A Anunciação marca o momento da Encarnação, quando oVerbo se fez carne no ventre de Maria. Jesus, o Filho de Deus, assume a natureza humana para redimir a humanidade. O “SIM” de Maria é essencial para esse mistério.

Maria como Modelo: Maria se torna um modelo de obediência e fé para todos nós. Seu “SIM” é um exemplo de como devemos responder aos chamados de Deus, mesmo quando enfrentamos desafios e incertezas.

O “sim” à Vida: O “SIM” de Maria trouxe a salvação ao mundo. Levando em consideração a gestação da vida, a conexão entre o “SIM” de Maria e o“sim” das mães em relação ao mundo atual que estamos vivendo é profunda. Da mesma forma, o “sim” das mães é um ato de amor e de responsabilidade. Mesmo que o mundo queira que digam não, as mães dizem SIM, como eco do amor de Deus, e valorizam o milagre da concepção da vida. Elas reconhecem a dignidade da vida humana desde a concepção. Assim como Maria, elas podem encontrar força no “sim” à vida.

Em resumo, a Anunciação nos lembra da importância do “SIM” de Maria e de como ele ecoa nas escolhas das mães. Que possamos valorizar e apoiar aquelas que optam em também dizer “sim” ao milagre de Deus, gerando em seu ventre uma nova vida.

Feliz Dia das Mães – Feliz Dia da Vida

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