ENS - Carta Mensal 551 - Fevereiro/Março 2023

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CARTA

EQUIPES DE NOSSA SENHORA MENSAL

Campanha da Fraternidade 2023

Desafios temáticos2023

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A irradiação das Equipes

página 24

Ano LXIIIfevereiro/março 2023551

Índice

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa”

Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Lu e Nelson - Equipe

Editorial: Responsáveis: Débora e Marcos - Cons. Espiritual: Pe. Franciel Lopes - Membros: Lázara e Edison - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (Mtb. 17622), para distribuição interna aos seus membros.

Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390, Cj. 144, Perdizes - 05005-000São Paulo SP - Fone: 11 98201-8282 - email: novabandeira@novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos -

Revisão: Jussara Lopes - Diagramação, preparação e tratamento de imagem: Douglas D. Rejowski - Imagens:

Can Stock Photo Capa: Bartolomé E. Murillo - D. Diego dando comida aos pobres. Tiragem desta edição: 25.216 exs. Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens devem ser enviados para ENS - Carta Mensal, Av. Paulista, 352, 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo-SP, ou através de email: cartamensal@ens.org.br A/C de Débora e Marcos. Importante: consultar instruções, antes do envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal

ENS_CM 551_fev/mar_miolo-capa_NB ACESSE CARTA MENSAL SONORA: no 551 edição fevereiro/março 2023 N O T Í C I A S Está sendo publicado somente na CM DIGITAL acesse pelo site ens.org.br CM 551
1 SUPER-REGIÃO Os chamados ao ser equipista ......................................................................... 2 Os desafios temáticos para 2023 ..................................................................... 3 1ª Reunião de equipe - 25 de fevereiro de 1939 ................................................... 5 Confissão e penitência................................................................................... 6 Tema do ano: Capítulo I 7 Quaresma - Tempo de conversão e misericórdia 8 Imitando apenas 3 virtudes de Maria 9 CORREIO DA ERI A razão de ser eclesiológica das Equipes de Nossa Senhora.................................10 ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS Vocação 12 IGREJA CATÓLICA Em Maria, o Poderoso fez maravilhas! 14 Artigos sobre a Fratelli Tutti 15 Congresso Eucarístico Nacional 2022 16 DATAS RELIGIOSAS A influência de São José no Sim de Maria ......................................................... 17 A Anunciação do Senhor 18 Quarta-feira de Cinzas: o início de um itinerário quaresmal 19 DATAS DO MOVIMENTO D. Nancy - Uma dádiva concedida por Deus.................................................... 20 DATAS COMEMORATIVAS 8 de Março: Dia Internacional da Mulher! 21 EXPERIÊNCIAS INOVADORAS Unindo os dois sacramentos, o sacerdócio e o matrimônio .................................22 VOCÊ NA CARTA Discernimento para CRE 23 Permanecer unidos para dar bons frutos ..........................................................23 O testemunho alcança .................................................................................23 Momentos formativos ..................................................................................23 RAÍZES DO MOVIMENTO A irradiação das equipes 24 CNSE Nossa missão nas CNSE 26 TESTEMUNHO O sim inspirador de Maria............................................................................. 27 Vocação matrimonial................................................................................... 28 PARTILHA E PCE Retiro 29 A grande bênção dos PCEs 30 FORMAÇÃO “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24, 32-33) 31 REFLEXÃO Verdadeiros discípulos ou fariseus? .................................................................32
EDITORIAL

Queridos equipistas!

Começando mais um ano de serviço, desejamos encontrá-los em paz e com muita esperança, como nos indica Papa Francisco: “A esperança é o ar que o cristão respira”. Vejam o artigo na bandeira Palavra do Papa.

Queremos de forma especial recomendar a leitura do artigo escrito por Pe. Londoño, SCE da ERI, em que mostra a razão de as ENS serem eclesiológicas. Assim, o Papa Franscisco tem a preocupação em tornar visível e ativo o Concílio Vaticano II. E nós, equipistas, deveremos nos reconhecer nos convites e apelos feitos. Ele quer que os batizados se tornem cada vez mais conscientes do que somos e do que somos chamados a ser, vocação. Na perspectiva da vocação, temos vários artigos que poderão nos ajudar a compreender por que teremos, pela terceira vez, o ano vocacional. São os seguintes: o de Tatiana e Rubens, no Encontro Mundial das Famílias, o de Pe. Rafael, SCE da Província NE I, e o de D. Moacir em que diz: o chamado de Deus é contínuo, porém, para ouvi-lo, precisaremos de silêncio, embora ele seja forte, seguro e decisivo!

Como orientação, Lu e Nelson nos dizem sobre a fome que é tema da Campanha da Fraternidade e amplia nossa compreensão, pois a fome é ausência ou falta de algo, e não exatamente, de alimentos. Portanto, o casal pode dedicar-se a ser equipista e, ao mesmo tempo, às atividades e propostas da Igreja, dentro da qual a santidade se concretiza.

Grande riqueza! O primeiro capítulo do tema de estudo nos aponta que a ausência de vinho não precisa ser definitiva... a solução é Cristo, assim está na reflexão de Edna e Sebastião, CRP Norte.

Conhecer e amar nosso Movimento, sempre, é tarefa do equipista, por isso

anualmente trazemos à memória os marcos históricos que alicerçaram e continuam a nos impulsionar.

Nesta oportunidade, temos dois artigos com grande riqueza, um sobre a primeira reunião de equipe e outro sobre o aniversário de D. Nancy – cuja vida sacramental com Pedro Moncau serve de exemplo e testemunho da vocação e missão que receberam e concretizaram com toda a humanidade que Deus lhes deu. Um exemplo de amor para todos nós.

Homenageando o Dia Internacional da Mulher Pe. Francisco Valter, da Região Norte II, escreveu que desde a origem a mulher é vocacionada a “criar harmonia” no mundo, a começar por sua própria família. Parabéns a todas as mulheres!

Para melhor compreender nosso tema de estudo, teremos durante esse ano a contribuição do Pe. Antonio Elcio, da província Sul II, sobre a encíclica Fratelli Tutti, dando uma visão geral e fazendo um link com o tema de estudo deste ano.

Aproveitem os subsídios e vivam a Quaresma na sua integralidade e como oportunidade de aprender a escutar a Jesus, como disse Pe. Lucivaldo (SCEP Norte) e lembrem-se que reconhecer o pecado é o início da conversão e reconciliação (Pe. Toninho , SCEP Sul I).

Amados equipistas, vários outros tesouros temos nesta edição e desejamos que os aproveitem. Boa leitura!

EDITORIAL
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Débora e Marquinho CR Carta Mensal

Os chamados ao ser equipista

O novo ano de 2023 já iniciou e com ele as diversas atividades do Movimento para construirmos juntos o percurso da santidade conjugal. Digo as atividades do Movimento porque as atividades dos equipistas – vivência dos PCEs; da entreajuda; da busca da verdade e da realização da vontade de Deus na vida pessoal, conjugal e familiar – nunca devem cessar. Não somos equipistas apenas em uma reunião formal, informal ou alguma atividade do Movimento, mas em todo tempo e lugar, pois não estamos equipistas, mas somos equipistas. Ser equipista – casal, sacerdote, religioso(a) ou diácono – é uma resposta ao chamado de Deus. Este convite é algo misterioso, pois se realiza na “escuridão” da fé. Às vezes, tal chamado nos chega como uma voz tênue e discreta que exige de nós um silêncio profundo para captá-la e deixar-se orientar por ela.

Este Ano Vocacional nos recorda que a vocação, o chamado de Deus, é contínuo. Deus nos chama sempre!

Também é verdade que tal chamado possui momentos característicos que nos marcam em tempos de nossa vida, por exemplo: no assumir o nosso lugar na Igreja, no matrimônio,

no nascimento dos filhos, na ordenação ou consagração, na experiência comunitária e pilotagem, no exercício de uma missão dentro do Movimento ou no serviço pastoral na paróquia.

Lembremos que nada é tão decisivo e às vezes perturbador para nós do que nos percebermos lembrados por Deus, desejados por Ele, e sermos dignos da confiança Dele ao nos enviar em missão. O chamado é forte, seguro e decisivo, por isso não podemos ter medo de responder e segui-Lo!

Não sejamos equipistas de ocasião (quando o Movimento nos agrada), ou equipistas de casca (vestindo camisas físicas, mas sem nos envolver profundamente com a vida do Movimento). Sejamos equipistas vocacionados! Equipista e equipes do cerne do Movimento! Estes são os equipistas que Deus deseja e o Movimento precisa! Coragem! Respondamos sim e vamos em frente, pois Deus é Bom sempre!

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D. Moacir Arantes SCE Super-Região

Os desafios temáticos para 2023

Olá, queridos irmãos equipistas, Quando receberem essa Carta Mensal estarão acontecendo em todo o Brasil os EACREs, onde receberão as orientações do Movimento para serem trabalhadas ao longo deste ano. Como em todo início de ano nossa Igreja no Brasil também propõe aos cristãos uma reflexão sobre assuntos que nos levem a alguma ação em favor dos irmãos menos favorecidos ou mais fragilizados com a Campanha da Fraternidade.

É sempre importante que nós nunca nos esqueçamos que o nosso carisma como equipista é um florescer da vocação batismal e consagração matrimonial. Somos equipistas porque recebemos o batismo tornando-nos cristãos; porque recebemos o sacramento do matrimônio tornando-nos casal cristão sacramentado.

Um casal cristão não pode viver sua vocação e missão alheios aos apelos do Espírito Santo através de sua Igreja, por isso cabe-nos viver o carisma das equipes, e viver sua eclesialidade universal (em comunhão com toda a Igreja através do Papa) e local (em comunhão com sua Igreja particular que se concretiza nas paróquias, comunidades, movimentos e grupos pastorais através do bispo e dos presbíteros).

Um casal pode dedicar-se a ser equipista e praticar a mística das equipes em vista da realização de sua santidade e ao mesmo tempo dedicar-se às atividades e propostas da Igreja, dentro da qual a santidade se concretiza.

Entre as propostas da Igreja do Brasil destaca-se o convite a viver a Quaresma e sua espiritualidade (tarefa de toda Igreja universal) e, dentro da Quaresma, refletir sobre temas que devem inquietar os nossos corações, como

inquietavam o coração de Jesus, e são expressados na Campanha da Fraternidade que nos mobiliza para despertar e viver a fraternidade com quem sofre. Este ano o tema será: "A Fraternidade e a Fome; e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt. 14,16). A apresentação do texto-base lembra-nos que a CF é um modo brasileiro de viver a Quaresma. Ela nos dá uma situação específica que nos ensina aquilo que o pecado produz quando não é enfrentado. Sendo assim, um convite ao enfrentamento do pecado e de suas consequências, mas também de suas raízes por transformações estruturais na vida pessoal, conjugal e na sociedade. A palavra dita por Jesus no início do seu evangelho “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo! Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc. 1,15) nos indica 3 pontos para reflexão:

1º - Existe um tempo chamado kairós, que é um tempo favorável para a realização de algo. Na fala de Jesus uma realidade aguardada se apresenta. Um percurso preparatório foi finalizado, por isso o tempo “se completou”. A finalização de um processo indica uma decisão a ser tomada: participar do Reino de Deus.

2º- A primeira condição para participar deste Reino: Converter-se (fazer penitência), os PCEs estão dentro desta dinâmica de transformação do ser humano e dos relacionamentos a partir da ascese, do esforço pessoal e conjugal. A conversão é consequência de uma consciência sobre uma realidade pessoal, conjugal ou social que nos pede uma nova atitude, uma mudança ou transformação do ser através de um novo modo de agir.

3º- A segunda é: Acreditar (crer) na Boa Notícia (Evangelho). O Evangelho

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é a vida de Cristo que se expressa através de seus atos e de suas palavras (ensinamentos). Jesus diante da realidade do pecado traz uma boa notícia: Deus Salva (Jesus – IHS = Jesus Salvador do Homem / Ieshua). Jesus se confrontava com as realidades (cegueira, adultério, defeito físico, fome etc.), manifestava uma ação que libertava daquelas situações pela interferência da Graça de Deus para curar e transformar usando a mediação humana.

A reflexão deste ano nos coloca diante da realidade da FOME. E o tema deve nos fazer considerar que a fome é uma reação do organismo manifestando a falta ou a ausência de algo. Esta fome pode ser material (do corpo), pode ser afetiva (do coração) ou pode ser espiritual (da alma). A fome é uma realidade que sempre afeta o ser como um todo e interfere em seus relacionamentos, suas posturas, seu modo de estar e agir no mundo. Existe fome de Deus, de paz, de fraternidade, de verdade, de concórdia e de tudo que pode nos tornar mais humanos. Assim, pode-se ter fome de tudo e de qualquer coisa segundo a necessidade, o vazio e a ausência daquilo que é necessário para o existir em plenitude e o bem viver neste mundo e na Graça de Deus.

A fome de um ser humano sempre será um desafio para todos, um desafio humanitário e cristão. Este desafio também está diante dos equipistas, pois nas equipes viver a entreajuda é um dos elementos fundamentais da mística! O objetivo da entreajuda é dar uma resposta fraterna diante da necessidade manifestada pelo outro (no matrimônio, na equipe, na família, mas também na sociedade humana). Vivemos na equipe a dimensão da partilha: da casa (acolhida), do pão (refeição), da palavra, das orações, da vida, das necessidades. Em nossas equipes um elemento

fundamental é a mesa, o partilhar algum alimento, com profundo sentido eucarístico. E Jesus, ao falar da vida eterna, utilizou a imagem do banquete, da experiência da saciedade e da plenitude. Ele nos ensina que o desejo do banquete eterno deve se traduzir em atitudes de compromisso com uma sociedade em que é preciso colocar “pão em todas as mesas”.

Jesus é aquele que viu a necessidade das pessoas e sentiu compaixão, e sua compaixão se traduziu em atitude para responder aquela necessidade. A fome é uma pergunta, a compaixão é a resposta! Jesus compromete seus discípulos a agirem a partir de sua compaixão e não do raciocínio econômico. A mudança começa com os apóstolos, eles escutam o Senhor que lhes dá uma ordem: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc. 6,37), portanto que eles mesmos alimentem a multidão. Mesmo que a percepção seja, no princípio, de um, a ação deve ser conjunta. Que possamos viver esta Quaresma, com profundo espírito de solidariedade. Que o jejum abra o coração aos que sofrem com a fome. Que a solidariedade seja intensificada na colaboração para encontrar soluções criativas para a superação da fome no nível mais imediato (assistencial), mas também no nível da promoção da justiça social.

Todo o tema desta CF foi trabalhado a partir do Magistério do Papa Francisco, das orientações dos diversos dicastérios e dos dados colhidos de diversos institutos de pesquisa. Que possamos ouvir o apelo de Jesus e nos unirmos na construção do Reino de Deus!

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1ª Reunião de equipe - 25 de fevereiro de 1939

A importância de estar aberto à graça de Deus e ao sopro do Espírito Santo fez com que todos nós pudéssemos ser agraciados com o legado deixado pelos 4 primeiros casais que em 25 de fevereiro de 1939 em Paris, na Rue Champ de Mars,33,se reuniram com Padre Caffarel para a primeira reunião de equipe lançando a semente do nosso Movimento. Esses 4 jovens casais eram Frédéric e Marie Françoise de la Chapelle, Michel e Ginette Huet, Gérard e Madeleine d’Heilly, Pierre e Rozenn de Montjamont e tinham respectivamente 6, 5, 4 e 2 anos de casados.

Nascia então o Movimento das Equipes de Nossa Senhora!

Naquele momento eles não sabiam como responderiam à exigência do amor de Deus, da busca da santidade conjugal e de que forma o sacramento do matrimônio os levaria a Deus, mas eles tinham a certeza de que fariam essa busca juntos, com a união dos dois sacramentos, o sacramento do matrimônio e o sacramento da ordem, e a oração já ocupava lugar definitivo nessa caminhada.

Como a obra é de Deus, nem mesmo a guerra os impediu de seguirem perseverantes nessa espiritualidade e atenderem a esse chamado de, como batizados e sob a proteção da Virgem Maria, buscar para eles e para os que os sucederiam (naquele momento ainda não faziam ideia do legado) a vivência verdadeira do matrimônio.

Essa equipe construída sobre a rocha (Mt 7,24-25) também teve

seus desafios, as adversidades e as dificuldades de seu tempo e venceu, assim como também hoje temos vivido e vencido com a graça de Deus, que conta com cada um de nós para a edificação do Seu Reino. Não poderíamos deixar de mencionar o casal Nancy e Pedro Moncau, que em 1950 trouxe o Movimento para o Brasil e recebeu do Padre Caffarel a tarefa de ser responsável pelo desenvolvimento no país da fórmula das Equipes de Nossa Senhora. Há 83 anos e presente nos cinco continentes, com mais de 160 mil membros, essa graça continua a ser derramada todos os dias. Reflitamos de que forma participamos hoje na nossa equipe de base, se como construtores ou inquilinos desse tesouro que nos fora deixado.

Possamos sob a proteção de nossa Mãe Maria, patrona de todas as equipes, manter nossas equipes fortes e acolhedoras, continuadoras da obra do Padre Caffarel.

“Sempre voltado para a procura de Deus e o anúncio do seu Evangelho, tinha presente no seu espírito e no seu coração os casais das equipes que fundara e dirigira com o carinho de um pai e o zelo de um mestre.”.

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CM 323, Nancy Cajado Moncau
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Rose e Rubens CRP Sul

Confissão e penitência

Queridos equipistas, é sempre uma alegria poder me comunicar através desse meio com vocês. Que a paz do Senhor Jesus esteja com todos vocês, meu carinho e orações.

Para falar desse sacramento tenho que falar do amor de Deus por nós. “Deus é amor” (1Jo 4, 16), amor eterno, infinito, substancial. Assim como tudo o que há em Deus é belo, bom, perfeito, santo, do mesmo modo tudo o que há em Deus: beleza, santidade, sabedoria, verdade, onipotência e até sua justiça são amor. O amor em Deus e o ato eterno de sua vontade, ato perfeitíssimo e santo, porque sempre voltado para o sumo bem, é este o amor com que Deus ama.

Deus ama com o amor totalmente gratuito, livre, sumamente puro, com amor que é, ao mesmo tempo, benevolência que quer o bem da criatura e beneficência que faz seu bem. Amando o sere humano Deus lhe dá a vida, infunde nele a graça, convida-o à santidade, atrai-o a si, torna-o participante de sua felicidade eterna; tudo o que somos e temos é dom de seu amor infinito.

Esse amor, quando de Deus, dá a liberdade total para os seres humanos, o pecado torna-se assim consequência do mau uso da liberdade.

É a recusa da felicidade que Deus oferece, através do caminho que a Igreja indica como mãe e mestra.

Reconhecer o nosso pecado é o início da conversão e da reconciliação. O “sim” eterno do amor de Deus é mais forte do que o “não” do ser humano pecador. O amor de Deus é mais forte do que o egoísmo humano e está sempre

disponível para os que buscam trilhar o caminho de conversão e da santidade.

Penitência ou reconciliação é o sacramento em que obtemos a misericórdia Divina, o perdão da ofensa feita a Deus e ao próximo. Quanto melhor se conhece o sacramento da reconciliação, mais se aprecia este verdadeiro dom de Deus. Cristo institui este sacramento para a remissão dos pecados de todos os batizados que se afastaram de Deus. O poder Divino atuando através do ministério sacerdotal, restabelece a comunhão rompida pelo pecado.

O pecado provoca angústia e fere as relações fundadas na verdade e no amor na justiça e na solidariedade, afasta de Deus e pode produzir a morte definitiva. O remédio do sacramento da penitência é a misericórdia de Deus que, movido por compaixão, perdoa, reconcilia e restaura a pessoa que se converte sob a ação do Espírito Santo e recebe a absolvição do sacerdote que age em nome de Cristo Jesus.

Através do sacramento da reconciliação somos convidados a sentir o grande amor de Deus e como cristãos católicos e equipistas convidados a fazer a experiência desse sacramento ao menos uma vez por ano, pois estamos no caminho da santidade, e ser santos, amar sempre como Deus nos ama.

A todos a Bênção de Deus.

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Padre Toninho SCEP Sul I

Tema do ano: Capítulo I Eles não têm mais vinho

Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles já não têm vinho. (Jo 2,3)

Os acontecimentos das Bodas de Caná nos ensinam a aprender com Maria a ter um olhar atento às dificuldades do próximo, a não ficar indiferentes.

Maria poderia não ter se importado com o que acontecia ou ser a voz dos que criticam. No entanto, ela toma uma atitude solidária; uma das grandes lições dessa passagem bíblica é sabermos identificar a falta do vinho em nossas vidas.

Só busca cura para enfermidade quem constata a existência dela instalada no corpo. O vinho começa a se esvair não porque a talha se quebrou, mas esvazia por conter uma pequena rachadura, rachadura não selada. Quantas pessoas vivem relacionamentos abusivos, casos de infidelidades, famílias sem diálogo, filhos trocam as conversas à mesa por divã, brigas por sentir-se humilhado por um cônjuge receber salário maior, a exclusão de Cristo da rotina familiar e pessoas que não possuem o mínimo para viver com dignidade. São alguns dos furos que precisam ser calafetados.

Ao levar a Jesus a falta de vinho, Maria nos diz: a ausência de vinho não precisa ser definitiva, e aponta a solução: Cristo, o oleiro. O vinho bom retorna às nossas vidas, não de forma instantânea como foi a transformação, mas através de uma adesão a um projeto de amor recíproco.

Vejamos o que nos diz o Papa Francisco: “O vinho é sinal de alegria, de amor, de abundância.Quantos dos nossos adolescentes e jovens percebem que, em suas casas, há muito que

não existe desse vinho! Quantas mulheres, sozinhas e tristes, se interrogam quando foi embora o amor, quando o amor se diluiu da sua vida! Quantos idosos se sentem deixados fora da festa das suas famílias, abandonados num canto e já sem beber do amor diário dos seus filhos, dos seus netos, dos seus bisnetos. A falta desse vinho pode ser efeito também da falta de trabalho, das doenças, situações problemáticas que as nossas famílias atravessam em todo o mundo. Maria não é uma mãe 'reclamadora',nem uma sogra que espia para se consolar com as nossas inexperiências,os nossos erros ou descuidos.Maria,simplesmente,é mãe! Permanece ao nosso lado, atenta e solícita.” (Homilia do Papa Francisco, 6 de julho de 2015, Equador)

Um amigo sempre recorria a mim para ajudá-lo na mudança: carregar o piano e o fogão de barro. Engraçado que ele não possuía nem um, nem outro. Agora percebo o que sabiamente queria dizer: todo processo de mudança acontece com ajuda. Não podemos viver a plenitude matrimonial sem a ajuda de Cristo.

Busquemos Cristo, o vinho novo vindo do Pai. Com Cristo e o auxílio de Maria, tendo como ferramentas a fé e os PCEs, consertemos as rachaduras de nossa talha.

Magnificat.

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Edna e Sebastião CRP Norte

Quaresma - Tempo de conversão e misericórdia

“Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa.” (Sl 50/51, 4)

Tempo de preparação para a Páscoa, que exigirá aproveitar a oportunidade para os casais fazerem um check-up de suas culpas, um profundo exame de consciência, reverem as atitudes e redescobrirem o espírito de pertença às Equipes de Nossa Senhora. Esse período nos propõe seis semanas, com ajuda da Campanha da Fraternidade que será sobre a fome, para ajudar-nos a renovar nosso espírito cristão e reacender novas posturas de generosidade. A Igreja nos ajuda a progredir no conhecimento de Jesus Cristo, correspondendo com uma vida Santa na oração da Via sacra em equipe, na oração do Terço Doloroso e meditando, neste ano, o Evangelho de Mateus.

Uma oportunidade de aprender a escutar a Jesus, alimentando eficazmente nosso espírito com a leitura diária da Palavra, que seja uma ocasião de purificar nosso olhar de fé, buscando viver a perspectiva da Glória de Jesus. Será um tempo de ir à fonte da misericórdia e contemplar, no grande desafio da cruz, a bondade do Pai que nos propõe buscar viver o jejum de uma refeição, a esmola ajudar a quem nos pede e mergulharmos numa profunda experiência de oração como remédio para nossos pecados. Uma ocasião de confessarmos: olhar para nossas fraquezas e fragilidades, em vez de ficarmos julgando as pessoas; humilhar-nos pela consciência

de nossas faltas e lançarmo-nos no oceano de sua misericórdia. Seja um momento de retomarmos, com novo vigor, o nosso seguimento de Jesus. Entramos com Jesus no deserto, deixando-se conduzir pelo Espírito, e sejamos impelidos na alegria de esperar a sua Santa Páscoa.

A Quaresma requer despojamento e ares de silêncio. O clima seja de recolhimento ou um tempo de grande “retiro” em casal ou em família. Este tempo começa com a Quarta-feira de cinzas, nos propondo a viver um período forte de penitência e conversão, e se estenderá até a Quinta-feira Santa, com a ceia do Senhor. Chegaremos à Páscoa pela estrada da Quaresma, em casal – não deixe para o ano que vem. Aproveitemos já, pois a providência paterna nos iluminará.

Seja um período penitencial: reconhecer os nossos pecados e invocar o perdão de Deus, aproveitando para fazer um caminho de arrependimento. Seja um período para apressar nossa conversão e nossa volta para Deus, de todo coração, com ajuda de Nossa Senhora das Dores. São 40 dias em que somos convidados a viver o mistério de Jesus na vida pessoal e na vida de equipe. Reavivar o primeiro amor e seja tempo de renovação interior, de “morte ao pecado”.

Abençoada e frutuosa Quaresma!

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Pe. Lucivaldo Corrêa da Silva SCEP Norte

Profunda humildade: Maria sabia reconhecer-se como humilde serva,sentia-se nada diante do Senhor, sem vaidade nenhuma oferecia ao Senhor os louvores que recebia e não havia nada em seu coração que centrasse nela própria.Nossa Senhora nunca se esqueceu que tudo nela era dom de Deus. Ela se alegrava em servir ao próximo e se colocava sempre em último lugar.

Imitando essa virtude:  Devemos buscar a humildade, pensando que se temos qualidades e potenciais tudo devemos a Deus. Nunca se deixar levar pelo orgulho, pela vaidade e soberba. Sempre dispostos a servir aos outros, ter simplicidade na maneira de se apresentar e quando receber um elogio dar os créditos a Deus.

Paciência heroica:  Nossa Senhora passou por muitos momentos de provação, de incômodo e de dor, mas suportou tudo com paciência. Nunca se revoltou, nem mesmo quando viu o próprio filho na Cruz! Sabia que tudo era vontade de Deus.

Imitando essa virtude: Ter paciência é não perder a calma, manter a serenidade e o controle emocional, é saber suportar os dissabores e contrariedades do dia a dia, suportar com paciência nossas cruzes e ouvir as pessoas com calma e atenção. Esforçar-se para calarmos frente às situações mais irritantes e estressantes, e em momento de impaciência pode-se rezar uma oração para depois tentar resolver o

conflito. Devemos nos propor, firmemente, a não nos queixarmos da saúde, do calor ou do frio… Temos que renunciar, frases típicas, que são ditas pelos impacientes: “Você sempre faz isso!”, “De novo, já é a terceira vez que você…!”, “Já estou cansado!”

Fé viva: Feliz porque acreditou, aderiu com seu “sim” incondicional aos planos de Deus. Nossa Senhora gerou para o mundo a salvação porque acreditou nas palavras do anjo, sua fé salvou Adão e toda a sua descendência. Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada (Lc 1,45). A inabalável fé de Nossa Senhora sofreu imensas provas: – A prova do invisível: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus; – A prova do incompreensível: Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno; – A prova das aparências contrárias: Viu-O finalmente maltratado e crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder. Senhora da fé, viveu intensamente sua adesão aos planos de Deus com humildade e obediência.

Imitando essa virtude: A fé é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma virtude, devemos pedir a Jesus como fizeram os apóstolos para aumentar a nossa fé. Porém ter fé não é o bastante, é preciso ser coerente e viver de acordo com o que se crê (Tg 2,26) e (Lc 17,6).1

Sônia e Eiyti CR Intercessores

Imitando apenas 3 virtudes de Maria 1 Por Prof. Felipe Aquino,12 de maio de 2022. espiritualidad https://cleofas.com.br/ imitando-as-virtudes-de-maria/
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A razão de ser eclesiológica das Equipes de Nossa Senhora

Quando o querido Papa João XXIII convocou o Vaticano II, sua intenção foi a de convidar a Igreja a viver um processo de renovação, de atualização, de fidelidade à sua missão. O convite foi traduzido pelo termo “aggiornamento”, pelo qual procurou assegurar que o projeto de Jesus com a comunidade nascida do dom do Espírito Santo no Pentecostes pudesse ser visto no meio do mundo contemporâneo.

Com apenas três meses de seu pontificado, em Jan./59, ele tornou pública sua intenção: “Eu pronuncio diante de vocês, é verdade, tremendo um pouco pela emoção, mas ao mesmo tempo com humilde resolução de propósito, o nome e a proposta da dupla celebração de um sínodo diocesano para a urbe e de um concílio ecumênico para a Igreja universal”. Qual era a intenção do “Papa bom”?

Foi o grande “aggiornamento”, entendido como a atualização e renovação da vida e missão da Igreja, a fim de compreender os novos contextos do mundo em que a Igreja vive e serve. João XXIII disse: “Quero abrir as janelas da Igreja para que possamos ver o exterior e os fiéis possam ver o interior”. O objetivo era estabelecer um diálogo com o mundo contemporâneo, assumindo sua complexidade sem medo ou rejeição. E, ao mesmo tempo, envolver os fiéis na visão futura da igreja.

Os Padres Conciliares, nos documentos oficiais emanados da grande Assembleia, quiseram começar com a Constituição Dogmática sobre a Igreja: “Cristo é a luz dos povos”. “Por isso, este sagrado Concílio, reunido no Espírito Santo, deseja ardentemente iluminar com a Sua luz, que resplandece no rosto da Igreja, todos os homens, anunciando o Evangelho a toda a criatura (cfr. Mc. 16,15). Mas porque a Igreja, em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano, pretende ela, na sequência dos anteriores Concílios, pôr de manifesto com maior insistência, aos fiéis e a todo o mundo, a sua natureza e missão universal. E as condições do nosso tempo tornam ainda mais urgentes este dever da Igreja, para que deste modo os homens todos, hoje mais estreitamente ligados uns aos outros, pelos diversos laços sociais, técnicos e culturais, alcancem também a plena unidade em Cristo”. (LG 1)

Considerando que a Igreja é um sinal e instrumento de unidade, isto nos permite mergulhar mais a fundo nesse profundo senso de identidade de nossa comunidade cristã e de cada uma das comunidades que fazem parte dela.

Sessenta anos depois, Francisco, o sucessor de João XXIII, esforçou-se para tornar o Concílio Vaticano II visível e ativo. Ele quer que os batizados se

CORREIO DA ERI
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tornem cada vez mais conscientes do que somos e do que somos chamados a ser. Ele quer que toda a Igreja, num processo permanente de discernimento, assuma sua missão de ser sinal e instrumento. Abandonar a autorreferencialidade a fim de sair para testemunhar o amor de Deus.

Nós, Equipes de Nossa Senhora, membros da Igreja, devemos, de maneira especial, reconhecer-nos nos convites e apelos para sermos a cada dia, com mais convicção e realismo, sinais e instrumentos de unidade em meio a um mundo fragmentado e dividido.

A unidade dos cônjuges cristãos, nascida através dos sacramentos do batismo e do matrimônio, deve ser

o início deste caminho de unificação. Cada equipe, em seu estado de pequena comunidade (“eclesiola”), deve viver o mistério da unidade em Cristo, que se converte em sinal e instrumento da união íntima com Deus e da unidade dos seres humanos. E o Movimento, como um todo, deve refletir esta mesma realidade.

Portanto, nosso fundamento eclesiológico e nossa realidade devem ser enquadrados dentro do que a Igreja inteira é chamada a ser, a significar e a refletir. Que o Espírito Santo, fonte de unidade e santidade, caminhe conosco com este propósito.

CORREIO DA ERI CM 551 11

Vocação

“Na origem da Espiritualidade Conjugal há um apelo de Cristo: Para nós esposos, a nossa vocação é irmos juntos para Cristo, um e outro, um com o outro, um pelo outro.” 1

Confirmando a citação do nosso fundador, o 3º dia do Congresso Teológico Pastoral do X Encontro Mundial das Famílias iniciou com a celebração da Santa Missa na Basílica de São Pedro, celebrada pelo Cardeal Angelo De Donatis, vigário do Papa para a Diocese de Roma: “Aqui, esta manhã, os corações de todo o mundo estão felizes por terem respondido sim a Deus... são corações abertos à novidade do Evangelho, a fim de poder testemunhar a presença perene do Cristo em nossa história. Não é verdade que a família está perdida e acabada. Ainda está nos ombros do Pastor que com força e ternura cruza os caminhos do mundo e nos chama a redescobrir o caminho da santidade”.

E continuou com a conferência do casal francês Benoît e Véronique Rabourdin sobre a identidade e missão da família cristã: “O reino dos céus é como um tesouro escondido em um campo... é importante entender esse tesouro e revelá-lo, pois casais e famílias que vivem essa comunhão de amor são intrinsecamente felizes e fecundos. Eles inevitavelmente dão frutos que se desdobram em um esplendor natural onde eles se estabeleceram... é a missão dos pais para seus filhos,

mas também é a missão dos casais entre si e a missão da Igreja para o mundo”.

E falando em mundo, como não lembrar dos efeitos da tecnologia e das mídias sociais na família dos dias atuais? Foi o tema abordado no painel Ser cristão na era digital , pelo jovem casal equipista de Florianópolis, Fabiola Goulart e Gustavo Huguenin, que apontou um caminho: “Nós buscamos discernimento através de identidade, diálogo e testemunho: identidade  para fortalecer quem somos e nossos valores, o que será como um escudo para os jovens e para as famílias estarem nas redes sociais e ouvirem vozes externas sem afetar-se; diálogo para os pais saberem o que está

ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS
1 Pe. Henri Caffarel - Espiritualidade Conjugal, pág. 38
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acontecendo com os filhos e os filhos ajudarem os pais a entenderem esse ambiente e  testemunho,  dos pais entenderem que seus filhos podem ser uma presença de Deus nas redes e que seus amigos e outros jovens podem se inspirar neles”. E terminaram ressaltando que cada família deve procurar e encontrar a própria resposta, mas que a oração é que ajudará a encontrar as respostas definitivas.

Iniciamos a tarde com a apresentação dos “Itinerários Catecumenais para a Vida de Casados”, por Gabriella Gambino, subsecretária do Dicastério para Leigos, a Família e a Vida, e seu marido Giovanni Nuzzi, que pretendem renovar a “preparação para o casamento”, por não considerar a celebração do matrimônio um ponto de chegada, mas sim uma etapa de um longo caminho.

E ao final do dia, no espírito de Igreja em saída e do caminho sinodal, para ouvir e contar histórias das tantas

famílias ali reunidas, partimos do Vaticano à periferia de Roma para uma vivência paroquial. Quinze paróquias receberam os grupos de delegados para momentos de partilha e convívio. Confessamos que após um dia cheio de ensinamentos e emoções, o caminho até a Igreja de Jesus Divino Salvador parecia infindável e estávamos reticentes com relação a essa experiência. Mas qual não foi nossa maravilhosa surpresa ao sermos recebidos com música e muito afeto por um animado grupo de leigos e seu pároco, Pe. Cícero, que além de brasileiro tinha acompanhado uma Equipe de Nossa Senhora em Brasília, quando seminarista. E fez questão de nos testemunhar: "Aprendi a ser padre e a ser filho com as equipes!"

Na volta, emocionados, com uma troca de olhares e sorrisos confirmamos a NOSSA vocação: “Irmos juntos para Cristo, um e outro, um com o outro, um pelo outro.”

ENCONTRO MUNDIAL DAS FAMÍLIAS CM 551 13
Tatiana e Rubens Coimbra Casal Comunicação Externa

Palavra do Papa

Em Maria, o Poderoso fez maravilhas!

Sempre que iniciamos um Novo Ano, reacende em nós a esperança de que algo vai ser melhor e que poderemos alcançar o bem por nós desejado.A esperança traz em si a confiança – em algo ou em alguém – que representa a possibilidade da sua consecução. Mas, enfim, o que e em quem esperamos?

Muitas vezes, no nosso dia a dia, confiando em nós mesmos e na nossa dedicação, esperamos um bem-estar maior, a almejada ascensão no trabalho ou nossa projeção social. Outras vezes, confiamos na potencialidade produtiva da natureza, para que nos traga boas colheitas, com alimento farto para todos. Ou, ainda, esperamos o bem que é o próximo, os nossos familiares e amigos, o ser amado: “Eu te prometo ser e estar contigo, na alegria e na tristeza… por todos os dias da minha vida”.

Segundo o Papa Francisco, a esperança é o ar que o cristão respira. “A esperança é como lançar a âncora até a outra margem. Um cristão que não é capaz de ser propenso, de estar em tensão pela outra margem, falta alguma coisa: acabará corrompido”

(Homilia na capela da Casa Santa Marta, dia 29 de outubro de 2019).

O cristão está sempre a almejar algo a mais e com isso vive em tensão, rumo ao encontro com o Senhor. Se um cristão perde esta perspectiva de estar em tensão pela outra margem, as coisas não se movem, são como um rio que ficasse com as águas paradas e

então deixasse de existir pois as águas se corromperiam. Da mesma forma, o cristão que não está em tensão pela outra margem acabará corrompido, dirá que tem fé, mas sem esperança.

Na nossa vida, tanto as projeções futuras que movimentam o setor financeiro como também aquelas que nos levam à esperança no outro são importantes, pois ambas nos remetem à promessa divina: “Estarei contigo para sempre” (cf.Jo 14,16).Todos os modos da esperança precisam um do outro para serem possíveis de realização e para dar ao ser humano o sentido da vida e a profundidade do amor. Em Jesus, a promessa se realizou,e,em Maria,a Serva do Senhor, o Poderoso fez maravilhas!

Que o Ano Novo traga o reavivamento da esperança, para que o Bem supremo nos leve a servir como Maria. É na esperança que o amor pode ser eterno, pois, como nas Bodas de Caná, Maria nos diz: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5). E como alertou o Padre Caffarel: “São João, depois de ouvir as palavras de Jesus, disse: ‘Filho, eis a tua mãe’, e levou-a para casa. Todas as casas das nossas equipes estão abertas para ti, Maria: fica conosco. Ensina-nos o teu Filho. Ensina-nos a amá-lo, a imitá-lo e a servi-lo” (editorial intitulado "Uma Grande Data").

IGREJA CATÓLICA
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Artigos sobre a Fratelli Tutti

A orientação específica para este ano de 2023 é: “Servir a exemplo de Maria”, contemplando a orientação geral do Encontro Internacional de Fátima (2018), quando recebemos o convite para não ter medo e a sair para realizar a missão como casais e como Movimento.Assim, a partir do exemplo de Maria que sempre se coloca a serviço, nas diversas necessidades do povo – “eles não têm mais vinho” – somos convidados a refletir sobre a vivência da fé e a busca da santidade, levando em conta o contexto social, econômico, político e religioso de nosso tempo,tomando como critério para nos guiar a Carta Encíclica Fratelli Tutti (2020).

Um texto que brota das preocupações do Papa com a fraternidade e a amizade social, fruto de um gesto concreto que foi o documento sobre a Fraternidade Humana em prol da paz mundial e da convivência comum que assinou com o Grão Imame Ahmad Al-Tayyeb em Fev./19. E não podemos deixar de considerar que essa carta foi redigida quando irrompeu a Covid-19, que nas palavras do Papa: “deixou a descoberto as nossas falsas seguranças”.

Ele a escreve a partir da expressão: “todos irmãos” (fratelli tutti), de São Francisco de Assis, quando propôs aos seus irmãos e irmãs uma forma de vida com o sabor do Evangelho. Em continuidade à Encíclica Laudato Si' , tomando o exemplo de São Francisco de Assis, que o Papa chama de “Santo do amor fraterno, da simplicidade e da alegria”, trata do tema da fraternidade e da amizade social. A Fratelli Tutti é “dirigida a todas as pessoas que façam dessa reflexão uma abertura ao diálogo”. É um olhar para a realidade social à luz

da Doutrina Social da Igreja presente na carta. Escreve esperando reativar o desejo da fraternidade.

“Entrego esta encíclica social como humilde contribuição para a reflexão, a fim de que, perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras. Embora a tenha escrito a partir das minhas convicções cristãs, que me animam e nutrem, procurei fazê-lo de tal maneira que a reflexão se abra ao diálogo com todas as pessoas de boa vontade.” (n. 6)

A proposta é prepararmos seis artigos, apresentando de forma geral a Fratelli Tutti, e dedicar um olhar mais específico para alguns temas que contribuam para a melhor compreensão do tema do ano, que nas reuniões irá propor a reflexão de diversas virtudes, em sentido amplo, embasadas no testemunho da Virgem Maria, de textos da Fratelli Tutti e do Pe. Caffarel.

Depois de estudar a Laudato Si' em 22, ajudando-nos “a tomar consciência de uma origem comum, de uma recíproca pertença e de um futuro partilhado por todos” (LS 202), agora a refletiremos sobre a fraternidade universal e a amizade social, na busca de caminhos de paz, de sinodalidade, de conjugalidade e de santidade.

IGREJA CATÓLICA
CM 551 15
Pe. Antonio Elcio de Souza SCE Eq. de Formandores Prov. Sul II

Congresso Eucarístico Nacional 2022

Eucaristia, entendemos que o Cristo é um ser para nós,que o seu corpo é dado por nós e seu sangue é derramado por nós. Por isso nossa vida deve tornar-se, pela Eucaristia, uma existência para os outros. Uma alteridade constante”. (Texto Base, pág. 118)

A Igreja do Brasil teve a grande alegria de celebrar nos dias 11 a 15 de novembro de 2022, na Arquidiocese de Olinda-Recife, o 18º Congresso Eucarístico Nacional. Este teve como tema: “Pão em Todas as Mesas”, e o lema: “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitados entre eles”( cf. At 2,46). Nesta ocasião o Papa Francisco se fez presente por meio do seu Legado Pontifício o Cardeal António Augusto Marto.

Nesta caminhada histórica da Igreja no Brasil, os Congressos Eucarísticos sempre tiveram a tônica de expressar a fé na Eucaristia, o testemunho público desta mesma fé, porém nunca ficando numa dimensão meramente devocional, pois os que comungam o Corpo de Cristo tem a missão de transformar o mundo. Neste sentido, o tema escolhido “Pão em Todas as Mesas” propôs salientar a dimensão profética da Ceia do Senhor como mesa aberta a todos e como sacramento da partilha e justiça econômico-social: “Quando fixamos o olhar do coração no Cristo presente na

A partir desta perspectiva, durante os dias do evento ocorreram vários eventos que abarcaram esta dimensão da Eucaristia, como o Simpósio Teológico e as Catequeses Públicas. Também houve vários serviços de atendimento espiritual aos participantes, por meio de mutirões de confissão, celebrações eucarísticas e vigília da juventude. Destaque para a presença dos bispos que nos dias do evento realizaram celebrações nas paróquias de Olinda e Recife e conferiram o sacramento da eucaristia a três mil crianças e adolescentes. Na manhã do encerramento do congresso, ocorreu a inauguração da Casa do Pão como legado do 18º CEN; este lugar será um referencial de apoio e assistência às pessoas em situação de vulnerabilidade.

O congresso foi encerrado no dia 15 de novembro, com missa e procissão com o Santíssimo, nos corações a vibração de todos que “na terra dos altos coqueiros” reconheceram que na comunhão eucarística a partilha acontece. Neste espírito de fé e compromisso a partir da eucaristia que nos encontraremos no 19º CEN em Goiânia em 2027.

IGREJA CATÓLICA
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A influência de São José no Sim de Maria

Embora não haja registro de nenhuma palavra proferida por São José nos evangelhos, o Espírito Santo inspirou os cristãos a amar o esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria e pai adotivo do Filho de Deus. A São José, Deus Pai confiou na terra os seus mais preciosos tesouros: Jesus Cristo e a Virgem Santíssima. Deus não enviou um anjo para proteger a Sagrada Família da perseguição de Herodes. Na verdade, o anjo acorda José para que este proteja o Menino Jesus e sua Mãe: “Um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito” (Mt 2,13). O anjo protetor da Virgem Maria e seu filho tem nome: São José.

São José teve um papel singular para o cumprimento do Sim (Fiat) da Virgem Maria. Sua missão foi essencial para os primórdios do cristianismo nascente. Ele foi convidado pelo anjo a tomar consigo Maria juntamente com o Menino que ela trazia no ventre: “José, Filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa” (Mt 1,20). Quem acolhe verdadeiramente a Cristo não o possui para si mesmo. Cristo é o tesouro que se possui perdendo, que se possui com as mãos abertas, que se abraça unicamente abrindo os braços, como Ele fez na cruz. José tomou consigo a Mãe e o Menino para doá-los a todos nós.

A saudação do anjo indica que a vocação de José está diretamente

relacionada à missão do Messias. José é o primeiro a participar da fé da Mãe de Deus e, ao fazê-lo, sustenta sua esposa na fé da divina Anunciação do anjo. Ele é também o primeiro a ser colocado por Deus no caminho da "peregrinação da fé" de Maria. Por seu exemplo, São José ensina aos cristãos como amar e servir a Jesus Cristo e viver e morrer em sua presença. Assim, ele se torna um modelo para todos os fiéis: leigos, casados e solteiros, religiosos consagrados e clérigos. Para celebrar os 150 anos da declaração do Esposo de Maria como Padroeiro da Igreja Católica, o Papa Francisco convoca o “Ano de São José” com a Carta Apostólica “Patris Corde. Com o coração de pai: desse modo, José amou a Jesus, designado nos quatro Evangelhos como o filho de José”.

O intuito de nos aproximarmos da grande figura de São José é para nos fazer crescer na sua devoção. Devoção verdadeira e não fundamentada em sentimentalismo. O Papa nesse precioso e rico documento atribui a São José sete títulos: Pai amado, Pai na ternura, Pai obediente, Pai no acolhimento, Pai com coragem criativa, Pai trabalhador e Pai na sombra. É necessário que São José seja amado pelo que ele é e se torne para cada um de nós um guia que nos conduza a Maria, e por ela a Jesus, como dizia São Marcelino Champagnat: “Tudo a Jesus por Maria, tudo a Maria para Jesus”.

DATAS RELIGIOSAS
CM 551 17

A Anunciação do Senhor

A nossa fé começa por um anúncio: um anjo afirma que Deus, Senhor da Vida e da História, se faz criança, frágil, no ventre de Maria. Esse anúncio é uma fenda de luz pela qual a nossa história respira, abre as asas, levanta voo e chega aos confins da terra.

São João confessa de modo glorioso:

“A Palavra fez-se carne e habitou entre nós”, e também os sinóticos testemunham que a Palavra de Deus se humanizou no meio de nós,em Jesus de Nazaré.

E Lucas, o evangelista que quer determinar quando e como esta Palavra, bem antes de aparecer publicamente, habitou no meio de nós, e com audácia narra-nos o próprio momento em que, segundo as palavras do mensageiro de Deus, o poder do Espírito Santo estende a sua sombra sobre Maria, jovem virgem de Nazaré, e a torna Mãe do Filho de Deus.

O convite do anjo é um convite à alegria, alegria para Maria e para toda a humanidade, sobretudo para os pobres. Abrir-se à alegria, como uma porta se abre ao sol. Porque Deus aproxima-se de nós, Ele vem e traz uma promessa de felicidade.

Na realidade simples, pobre e humilde, acontece a humanização de Deus.Desde a sua concepção o Verbo Divino inicia uma viagem, vive entre os homens, de Nazaré a Jerusalém e de Jerusalém até os extremos confins do mundo. Eis o curso da Palavra, que chega até nós.

Após o anúncio, Maria parte da Galileia à Judeia, de Nazaré à periferia de Jerusalém, uma viagem de poucos

dias. O que é que motiva Maria? A caridade para com a idosa Isabel, dita “a estéril”, mas também a ânsia de comunicar a boa notícia, o Evangelho recebido do anjo, bem como o desejo de ouvir a prima enquanto mulher na qual Deus fez maravilhas.

Maria é a mulher do Sim,mulher de caridade, mulher missionária, mulher servidora.E Jesus,o filho de Maria,se manifestará como Messias,Filho do Deus Altíssimo,aquele que salvará os seres humanos. Outro aspecto essencial na Anunciação é o papel preponderante das mulheres; em Maria todas são abençoadas. Mas Maria, precisamente enquanto mãe do Senhor, é a bendita entre todas, é ela que todas as gerações proclamarão “bem-aventurada”!

A partir da Encarnação do Senhor, Maria é a arca da aliança, o lugar da presença de Deus no mundo, sacrário em que Deus feito carne passa a habitar. A vocação de Maria é a nossa própria vocação: todos somos chamados a ser mães de Jesus, a torná-Lo vivo, presente em cada ser humano.

A cada dia o anjo Gabriel é novamente enviado a cada casa, a cada família, para anunciar: “Sê feliz!, também tu és amado/a para sempre, a Vida virá até ti”. Eu acredito num anjo que tem a semente de Deus na voz; acredito num Menino, do ventre de uma mulher, que é a história da ternura de Deus, imagem alta e pura do rosto do ser humano. Estamos prontos para acolhê-lo?

DATAS RELIGIOSAS
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Quarta-feira de Cinzas: o início de um itinerário quaresmal

A riqueza litúrgica e espiritual da Igreja Católica Apostólica Romana expressa-se, entre tantos modos, na organização das celebrações e dos tempos litúrgicos. O ano litúrgico ocupa-se com a finalidade de celebrar os mistérios de Cristo na vida da Igreja, também o Mistério Pascal junto à Virgem Maria, São José, os Apóstolos, os Mártires e os Santos e Santas.

Neste caminho pedagógico e educacional da fé, celebramos dois grandes ciclos: Natal e Páscoa, sendo o primeiro formado pelos tempos: Advento,Natal e primeira parte do tempo comum, e o segundo pela Quaresma, Páscoa e segunda parte do tempo comum.

Nossa reflexão encaixa-se neste ciclo pascal, com o início do itinerário quaresmal a partir da Quarta-feira de Cinzas. Por isso é importante sabermos a dupla finalidade deste período: de uma reflexão sobre a conversão, a penitência e sobre o sentido batismal, ou seja, do nosso discipulado.

A Quarta-feira de Cinzas marca o primeiro passo deste caminho que percorreremos no exercício da espiritualidade cristã e no caso específico dos membros do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, o desenvolvimento da espiritualidade conjugal. Não se trata de querer apenas escolher uma “penitência para fazer”, mas determinar ações decorrentes principalmente da prática dos Pontos Concretos de Esforço. Aqui vem a primeira dica: escolha sua penitência, não

pelo costume ou pela tradição, mas por aquilo que decorre da sua oração e espiritualidade.

Trata-se de um dia em que praticamos o jejum e abstinência de carne,como sinal interior do desejo de santificação, bem como da atenção às tantas situações que nos cercam de pessoas que passam por diversas necessidades. Neste mesmo contexto, celebramos a abertura da Campanha da Fraternidade, tema: "Fraternidade e Fome" lema: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16).

Sinal exterior desta busca interior está na bênção e imposição das cinzas, “ramos de oliveira, bentos no Domingo de Ramos do ano anterior”. “Por este sinal de penitência, tradição bíblica, mantido nos costumes da Igreja, é significada a condição do homem pecador, que confessando exteriormente a sua culpa diante do Senhor, exprime assim a vontade de conversão, confiado em que o Senhor seja benigno para com ele. Por este mesmo sinal, enceta o caminho de conversão, cuja meta será atingida na celebração do sacramento da penitência, nos dias anteriores à Páscoa” (Paschalis Sollemnitatis, n.21).

Que este momento ajude os casais a fazer um grande retiro quaresmal, como forma de desenvolver a fé, crescer na santidade e aprimorar as disposições para servir a Cristo e a Igreja.

DATAS RELIGIOSAS CM 551 19

D. Nancy - Uma dádiva concedida por Deus

A vida de D. Nancy Cajado Moncau foi uma dádiva concedida por Deus e iluminada pelo Espírito Santo. Essa cristã nasceu em 22/3/1909, em Araraquara/SP, e desde pequena foi iniciada na religião católica.

Em 7/9/1931, Nancy desabrochou para o encontro mais sublime de sua vida: conheceu Pedro Moncau, o grande amor de sua vida, com quem namorou, noivou, casando-se em 27/6/1936.

Após o matrimônio, o casal mudou-se para São Paulo, tiveram seis filhos, sendo um adotivo e um especial, portador de síndrome de Down, que recebeu cuidado e atenção dos pais, vindo a falecer aos 16 anos. Segundo o relato dos filhos, D. Nancy era uma mãe e esposa cuidadosa, responsável, firme, humilde e entusiasta.

Em 1949, o casal soube da existência das Equipes de Nossa Senhora (ENS), Movimento de Espiritualidade Conjugal fundado pelo Pe. Henri Caffarel e quatro jovens casais, na França. Passaram a aprofundar-se e a corresponder-se com o fundador das ENS, trazendo o Movimento para o Brasil.

Em 13/5/1950, lançaram a primeira equipe, da qual fizeram parte cinco casais tendo como Conselheiro o Pe.

Oscar Melanson. Cristã, Nancy era positiva, reta e aconselhava os equipistas a serem persistentes, objetivos e tementes a Deus, pois assim todos os propósitos seriam alcançados.

A vida sacramental de Nancy e Pedro Moncau se resume em dois termos

bíblicos: Memorial – movidos pelo Espírito Santo, eles trouxeram, com a pedagogia das ENS, a encarnação do Evangelho em nossas vidas. Testemunho – pela coerência de suas vidas – praticavam aquilo que pregavam –, por suas obras e família que constituíram, são hoje, para nós, modelo de vida a ser seguido.

Após a morte do seu esposo, seguiu servindo às ENS por 24 anos, como viúva,fazendo palestras,participação nos EACREs e elaboração de livros. Aos 93 anos, iniciou o Movimento Comunidades Nossa Senhora da Esperança, destinado às viúvas e viúvos e pessoas sós. Foi orientadora e conselheira dos dirigentes do Movimento durante toda a sua vida; escreveu os livros: O sentido de uma vida e Quando a palavra se torna vida, dedicados a Pedro Moncau e um terceiro livro Equipes de Nossa Senhora no Brasil — Ensaio sobre seu histórico.

Ela, mãe brasileira das ENS, deixou um legado e exemplo a ser imitado pelos equipistas, expandindo o Movimento até os 97 anos, quando faleceu em 15/8/2006. Do seu trabalho originou uma árvore frondosa, deixando raízes nas várias regiões do nosso Brasil.

Como diria Pe. Caffarel, o casal Moncau certamente alcançou o céu pela insistência e disponibilidade em fortalecer os casais, rumo à santidade conjugal. Nem mais nem menos.

Cyntia e Jasson

Eq. 10A – N. S. Mãe da Eucaristia Região Norte IV Prov. Norte

DATAS DO MOVIMENTO
20 CM 551

A celebração do Ano Vocacional na Igreja do Brasil nos sugere relacionar a pessoa e a missão de Maria, como nos é apresentada nas bodas de Caná, com a vocação da mulher na sociedade e na família.

São João narra o primeiro sinal de Jesus, revelando que na origem de sua missão terrena há uma mulher presente.Assim como Eva, no início da criação, recebeu a missão de estar ao lado de Adão, Maria compreende, assume e executa sua vocação ao lado do seu Filho.

Como Jesus e seus discípulos, Maria foi convidada. Inclusive, quando eles chegaram, ela já estava na casa. Maria adiantou-se para procurar seu lugar e sua tarefa, a sua vocação!

Com olhar atento, Maria observava tudo.À medida que a sua espiritualidade de esposa e de mãe fazia-lhe arder o coração, ela adentrava na vida daquela família. Foi-lhe possível perceber a falta do vinho. É nesse momento que sua atuação se diferenciou. Sábia, ela percebeu qual o melhor momento para agir. Guiada pelo seu instinto de Mãe, dirigiu-se ao Filho e, quebrando seu silêncio de serva humilde, disse-lhe: “Eles não têm mais vinho” (Jo 2,3).

E Jesus respondeu-lhe: “Mulher, ainda não chegou a minha hora” (Jo 2,4).

Chama-nos a atenção a palavra “mulher”. Jesus não disse Mãe, nem Maria. Ele optou por chamá-la mulher. Simplesmente. O que isso significa?

Maria é apontada por aquilo que é naturalmente: mulher. É isso que Maria

é, antes de qualquer outra vocação. Desde a eternidade, Maria é amada por Deus a partir do seu “ser mulher”.

O Papa Francisco, meditando sobre os dons que o Senhor destinou às mulheres, afirmou: “A finalidade da mulher é criar harmonia e sem a mulher não há harmonia no mundo”. A mulher é uma unidade da criação de Deus que, pela harmoniosa relação com o homem, poderá constituir um casal. Maria, com o seu modo de ser, sua vocação, seus dons e carismas, foi um auxílio para harmonizar aquele casal e seus convidados! Ela participou no início da missão de Jesus, vendo “sua hora chegar”. Assim sendo, a ligação própria entre o homem e a mulher não poderia ser mais bem definida senão a partir da palavra casal, ou seja, casamento de dois, união de dois corpos em um só corpo, uma só carne.

A mulher tem a primazia: ela é, por vocação, harmoniosa! A mulher, desde a sua origem, é vocacionada a “criar harmonia” no mundo, a começar na sua própria família, seu ambiente social ou a sua missão enquanto “casada”, ou seja, unida harmoniosamente ao seu cônjuge. Sob a intercessão de Maria, a “bendita entre todas as mulheres” (Lc 1,42), o Senhor nos conceda celebrar e homenagear as mulheres na sua dignidade própria e colaborar para que despertem e reavivem a vocação especial de harmonizadoras da vida!

8 de Março: Dia Internacional da Mulher!
“Mulher, ainda não chegou a minha hora!” (Jo 2,4)
DATAS COMEMORATIVAS CM 551 21

Unindo os dois sacramentos, o sacerdócio e o matrimônio

O Encontro das Equipes de Nossa Senhora com os seminaristas da Diocese de Santo André aconteceu em 25 de novembro de 2022 às 20h, na Paróquia Santa Maria Goretti (Avenida Nova Iorque, 20, Utinga, em Santo André), com a presença de 32 seminaristas das três Casas de Formação, Propedêutico, Filosofia e Teologia. Essa ação surgiu em 2009, a partir da iniciativa de uma equipe do Setor São Bernardo e Diadema, iniciando no Movimento, um olhar especial para as vocações sacerdotais na Diocese de Santo André, como uma necessidade de apoiar a caminhada dos jovens seminaristas. A ação que começou com apenas uma equipe de base se estendeu para toda a Região São Paulo Sul I, de forma que agora faz parte do calendário anual equipista. O evento é organizado pelos Casais

Responsáveis de Setor envolvendo todas as equipes de base e tornou-se um momento de confraternização dos casais equipistas e suas famílias com os seminaristas, permitindo que os casais equipistas possam conhecer e adotar um seminarista para acompanhar sua trajetória no Seminário, e

principalmente rezar por sua vocação. A ação envolve: acolhida, incentivo à vocação, ser um contato para suas necessidades e também doações dos itens que eles mais precisam materialmente, além de nossas orações. Sabemos que nem todos os seminaristas conhecem as ENS, e nestes encontros temos a oportunidade de apresentar um pouco deste Movimento tão grandioso. Alguns de nossos SCE nasceram destes momentos de confraternização.

Pois é preciso relembrar sempre esta verdade básica: quem vem para receber volta de mãos vazias; quem vem para dar,encontra! ( Pe.Henri Caffarel - Carta Mensal, dezembro 1948).

Todos os encontros são especiais, porém este foi ainda mais, devido à interrupção em virtude da pandemia.

Assim, nossos corações se encheram de alegria ao nos reencontrarmos e vermos todos bem.

“Senhor, nós te agradecemos pelo casamento dos nossos dois sacramentos, o sacerdócio e o matrimônio.” (Pe. Caffarel. 1987)

EXPERIÊNCIAS
INOVADORAS
22 CM 551
Lucimara e Marcos CRR SP Sul I

Discernimento para CRE

Na CM 549 out./nov., pág 18, o texto de Tereza e Hector foi enriquecedor, nos orientando sobre o discernimento para CRE e como nos preparar para essa escolha. O artigo da reunião de balanço (pág.19) do casal Maria Regina e João Maurício nos levou a uma reflexão desta preparação. O conteúdo nos ajudou

a preparar nosso coração e espírito, fazendo o dever de sentar-se, avaliando a nossa participação e o que corrigir para sermos melhores no próximo ano.

Vera e João Bosco

Eq.09 N. S. da Visitação Setor Guaratinguetá Prov. Sul I

Permanecer unidos para dar bons frutos

As palavras de D. Moacir vieram ao encontro do momento que vivemos do casal equipista. A importância de permanecermos unidos para produzir bons frutos na missão das ENS, quando estamos em comunhão com a Igreja, da qual somos membros vivos, postos no mundo para sermos

fermento, sal e luz. Ser ramos vinculados e unidos a Cristo, receber a seiva do Espírito Santo e produzir bons frutos na vida pessoal, conjugal e eclesial.

Paloma e Armando

Eq. 11 - N. S. Auxiliadora

Setor Guaratinguetá

Prov. Sul I

O testemunho alcança

Na seção Testemunho, na Carta Mensal, quem escreve nem sempre dimensiona o alcance das palavras em lares que esperam acalento. Quantas vezes precisamos de uma palavra e a alcançamos no testemunho de membros das ENS, dizendo: “Irmão, nós também vivemos dificuldades, mas sigam firmes, pois como

o amor e a misericórdia nos alcançou, igualmente alcançarão vocês”. Que muitos outros testemunhos cheguem como verdadeiros sinônimos de abraço, afeto e esperança!

Karla e Handell

Eq. 2B – N. S. da Luz

Castanhal/PA – Região Norte V Prov. Norte

Momentos formativos

Na CM 548, o artigo de Cristiane e Eric “A arte do encontro: Reflexão pós pandemia” nos faz refletir como são importantes os momentos formativos; são um bálsamo em nossas equipes e em nosso ser equipista. A pandemia nos trouxe perdas significativas, “Chega o momento do

encontro: é tempo de Páscoa”. Só se ama o que se conhece, desfrutemos desse novo tempo e novo fôlego em nossas equipes! Saiamos!

Maria José e Nonato

Eq. 4B – N. S. do Carmo

Manaus/AM – Região Norte IV Prov. Norte

VOCÊ NA CARTA
CM 551 23

A irradiação das equipes

Para terminar, quero falar-vos de um assunto que não é propriamente o Movimento em si, podemos admitir, mas é particularmente a sua irradiação.

Sabeis que a nossa atividade não se limita às equipes, mas aplica-se particularmente à sua irradiação pelo mundo e não vai nisto nenhum exagero. Podeis crer que não é o menos empolgante de todos os nossos trabalhos.

Mais ou menos em toda parte há casais que procuram uma diretriz, casais que se reúnem em grupos. Não se passa um dia que não nos traga um pedido de informações, de documentação, seja de casais isolados, seja de grupos em formação.

Inspiram-se no Anneau d’Or, na Vie Nouvelle, nas Equipes de Nossa Senhora. Há grupos no Marrocos que nos enviam com regularidade o seu boletim de ligação: La Source, notavelmente bem redigido. Na África, ainda entramos em contato com grupos da África Ocidental Francesa, do Congo, de Madagascar, graças à ação de membros das nossas equipes que a profissão obriga a longas permanências nessas regiões. Há ali, também, contatos com casais negros.

Mudemos de continente

Entramos em comunicação com importante movimento dos Estados Unidos, o Movimento Familiar Cristão. Somente na cidade de Chicago, mil casais nele trabalham. Noventa cidades dos Estados Unidos possuem grupos. Os responsáveis de Chicago

nos escreveram: “Há muito que tínhamos ouvido falar do vosso trabalho e há muito também que queríamos entrar em correspondência convosco. Na nossa próxima convenção que terá lugar na Universidade de Nossa Senhora (como seria possível que não nos entendêssemos!), escolheremos alguém que fique incumbido de manter correspondência com o vosso Movimento e permutar as nossas experiências”.

Com bastante regularidade recebemos notícias das equipes do Canadá, movimento aparentado ao nosso,fundado pelo Rv.Pe.Gaudet que tivemos o prazer de encontrar em Paris. Baseado no Anneau d’Or o Rv. Pe. Gaudet formou uma equipe de canadenses franceses e duas de canadenses ingleses. Desde setembro de 1951, formaram-se cinco novas equipes. Cada um dos grupos escolhe para si um dos títulos de Nossa Senhora.

Passemos agora para a América do Sul. Com mais exatidão foi a América do Sul que veio a nós - pois que não percorremos ainda o mundo todo. Tivemos a visita de casais do Uruguai e da Argentina e do Rv. Pe. Richard, passionista, fundador do movimento de casais chamado Nazaré que, em Buenos Aires, reúne 120 casais do meio burguês que lá é chamado meio intelectual e mais ou menos igual número de casais dos meios populares. A preparação ao casamento, sob a denominação de Pré-Nazaré, é muito cuidada.

RAÍZES DO MOVIMENTO
24 CM 551

Voltemos para a Europa. A Espanha também veio até nós. No mês de junho último, encontramos os responsáveis de grupos de casais espanhóis. Cerca de 100 casais em S. Sebastião, grupos de formação mais recente em Vitória, Bilbao e Valladolid e finalmente em Madrid uns cinquenta casais, sem falar de perspectivas muito otimistas, grupos estes de 10, 12 e mesmo 15 casais.

Dos contatos com a Itália, destacamos esta carta de Veneza:

“Agradecemos de todo o coração a documentação sobre as vossas equipes. Foi-nos realmente de grande utilidade, pois que nos encorajou a trabalhar com entusiasmo além de nos sugerir um programa muito claro. O plano de estudos que nos foi enviado foi-nos muito útil pois que seguimos os mesmos esquemas e vossa precisão nos é realmente de grande auxílio”.

Não se trata evidentemente de tecer coroas a nós mesmos. Mas bem vedes a importância das respostas aos temas de estudo. É preciso que tenhais em mente que dais a vossa contribuição à elaboração destes temas que são depois desenvolvidos muito longe de nós por outros casais. Tudo o que fazemos pode assim ter repercussões que nem suspeitamos.

Tivemos o prazer de encontrar recentemente na Inglaterra um casal italiano notável que nos falou dos grupos de casais de Roma e cuja preocupação maior é de aprofundar a espiritualidade conjugal e familiar.

Nenhuma conclusão pode ser tirada de um relatório como este a não ser

que se o Movimento é importante para aqueles que nele se encontram e que dele vivem não o é menos para todos aqueles que estão fora do mesmo, mas junto dos quais leva o seu testemunho.

É preciso pois, com o auxílio do Senhor, trabalhar sem desfalecimentos em todos os planos e fazer com que o nosso Movimento seja cada vez mais forte, mais vivo, mais contagiante.

RAÍZES DO MOVIMENTO CM 551 25

Nossa missão nas CNSE

EACRE 2008: pela primeira vez a CNSE é apresentada aos CREs na Regional SP Norte II, emocionando a todos, principalmente pela necessidade imperiosa de cultivar sua vida espiritual, encontrar forças para o crescimento na fé, como também na prática dos sacramentos. Tão logo terminou, aconteceu o intervalo para um cafezinho e, neste período, o Casal Regional CNSE nos convidou para a missão de Coordenador local, a qual foi aceita. Assim, em 1/4/2008, fomos empossados.

Foi um período difícil na expansão por falta de casais das ENS ou viúvas para coordenação de novas comunidades, mas nunca esmorecemos na missão. E assim foi, até que, em agosto de 2012, com a presença do Casal Coordenador Nacional das CNSE, em missa mensal das ENS, celebrada no Seminário Diocesano local, tomamos posse na Coordenação Regional.

O serviço na Regional foi positivo, trabalhando na conscientização de casais equipistas para participação como apoio às novas comunidades, nova metodologia na organização das comunidades, adotando a formação por paróquias/bairros, com relacionamentos dos participantes oriundos de pastorais paroquiais, o que foi adotado por outras Regionais.

Após um período de muitas glórias e expansão sustentada, fomos tomados de grande surpresa quando o casal da Coordenação Nacional à época, Silvia e Chico, nos convidou a substituí-los! Momento de muita reflexão e orações.Após levarmos o assunto a nossos filhos, família e colegiado, resolvemos dar nosso "sim"

para mais essa missão. Com as bênçãos do Espírito Santo na composição do colegiado, os casais convidados, deram o "sim", assumindo com muito carinho e responsabilidade. Nossa posse aconteceu em São Paulo em Abril de 2019. Em razão da pandemia, ficamos impossibilitados de realizar, presencialmente em São Paulo, os ENACORES, Encontro Nacional dos Coordenadores Regionais nos anos de 2020, 21 e 22, obrigando-nos a realizá-los virtualmente, os quais trouxeram muito aprendizado a nós, ao Colegiado e também aos Regionais. Foram anos bem complicados para o Movimento, com muitas baixas de participantes e até de comunidades. Após tantas tristezas, o Movimento foi novamente se reerguendo e começaram a surgir novamente equipistas disponíveis e comprometidos a levar uma nova realidade às “pessoas sós”, iniciando com a expansão para as cidades: Campina Grande, Esperança, Pocinhos e Montada, na Paraíba; Barbacena (MG), Teresópolis (RJ) e outros locais com comunidades em formação. Destacamos também o comprometimento dos Colegiados Regionais no que se refere à substituição dos casais. Em 2021 e 22, aconteceu a posse de 17 novos casais, representando quase 50% das 36 Regionais no Brasil. Que possamos crescer ainda mais na implantação de novas Regionais por diocese. Que o Senhor da Messe possa nos enviar novos operários, pois a messe é grande e os operários são poucos.

Ivete e Paca

Eq. 04 D - Região SP Norte 2 Casal Coordenador Nacional das CNSE

CNSE
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O sim inspirador de Maria

O sim da bem-aventurada Virgem Maria, que brota não apenas do coração, mas de todo o Seu ser, é, sem dúvida, o maior exemplo de entrega total aos planos de Deus, depois do Nosso Senhor Jesus Cristo. Ecoará para sempre em nossas vidas: “...não és deusa, não és mais que Deus, mas depois de Jesus, o Senhor, neste mundo ninguém foi maior”.

Nascidos em lares católicos, eu e Armando sempre objetivamos ter Deus como centro de nossas vidas e educar nossos filhos nas leis divinas. Desde a mais tenra idade, eu já tinha um carinho filial por Nossa Senhora: eu a coroei por muitos anos e, até hoje, quando assistimos a uma coroação de Nossa Senhora, meu coração bate mais forte e as lágrimas brotam com facilidade.

No ano de 2008, demos “sim” e participamos do Encontro de Casais com Cristo (ECC), o qual nos levou ao engajamento na Pastoral Familiar, um presente de Deus! Começamos a servir melhor nossa Igreja e a descobrir que a felicidade de servir é imensamente maior do que ser servido, e estar ao final de uma missão com o corpo cansado e dolorido não se compara com a satisfação transbordante com que os nossos corações estão abastecidos, e que seríamos capazes de começar tudo novamente, no outro dia, se assim fosse preciso. Disponibilidade e entrega que tem em Maria o nosso maior exemplo e motivação. Um dia fomos surpreendidos com a notícia de que

o Movimento Equipes de Nossa Senhora (ENS) estava a caminho da cidade de Porto Velho. Não pensamos muito e respondemos que daríamos o nosso “sim” às ENS, tão logo fosse possível. No início, imaginávamos que se tratava de uma equipe de oração do terço e intercessões marianas. Porém, tendo conhecimento do carisma e da mística das ENS, após esses três anos, aprendemos que as ENS representam um horizonte de sermos pessoas melhores, sustentados pelos Pontos Concretos de Esforço (PCEs), os quais são um verdadeiro sustentáculo para a nossa vida matrimonial; temos absoluta certeza de que Maria Santíssima nos acompanha e nos encoraja na vivência e na prática amorosa, pois Ela foi quem primeiro os praticou. Maria sabe que o Espírito Santo está com o casal que reza, que lê as Sagradas Escrituras, que medita, que dialoga e que glorifica e louva a Deus.

Sendo o matrimônio um caminho de santidade, as ENS e sua pedagogia têm um papel magnífico nessa transformação diária, pois o carinho de Maria Santíssima é palpável no nosso processo de crescimento espiritual. Inspirados pelo sim de Maria e direcionados pela mística das ENS, queremos permanecer no nosso "sim" diário aos projetos de Deus.

Maristéfani (Tati) e Diácono Armando Eq. 3 Distante - Porto Velho/RO Região Norte I Prov. Norte

TESTEMUNHO
CM 551 27

Vocação matrimonial

Entendemos por vocação colocar em prática o chamado de Deus. Não se trata de um roteiro escrito, predefinido, mas um chamado à vida, ao amor e à santidade, que é a vocação universal de todos os batizados: Vocação é Graça e Missão (3º Ano Vocacional do Brasil). Há 33 anos, quando Deus nos chamou a caminharmos juntos, vivendo um só projeto, uma só realidade, uma só carne, com a finalidade da santificação, nos passos d’Ele, nos uniu num relacionamento de amor, gerando como fruto fecundo dessa união duas filhas, e um anjo que está ao lado de Deus. Na época não tínhamos qualquer entendimento da graça que se descortinava em nossas vidas, mas ao longo dos anos fomos nos tornando capazes de responder ao compromisso de viver e ensinar o valor do respeito, o amor capaz de aceitar as diferenças, e assim damos uma resposta que nos conduz à santidade conjugal.

Há 12 anos fomos convidados a fazer parte das Equipes de Nossa Senhora, sendo um divisor de águas em nossa vida conjugal, pois conhecendo o Movimento e pondo em prática, no cotidiano, a sua pedagogia, fomos crescendo e amadurecendo na fé, e no nosso dia a dia, onde passamos a viver a nossa família, como uma pequena “Ecclesia” , sendo um lugar onde Deus é o primeiro a ser buscado.

A maternidade e paternidade convidam-nos a ser coparticipantes na criação, passando para nossas filhas, de que são amadas por um amor maior, de um Deus que é Pai. Educar as meninas

não foi tarefa fácil, a começar pela diferença de oito anos entre elas, mas procuramos sempre estar presentes, acompanhando como pai e mãe os processos vivenciados por elas, nos vários momentos de suas vidas.

Nosso sacramento, hoje, tem por base uma intimidade não só entre duas pessoas que se amam, e que buscam a maturidade no cotidiano, mas também a intimidade com o Senhor, e assim crescemos em um amor experenciado no Cristo, que nos torna capazes, pela graça de acolher, escutar o que o outro diz, ouvindo atentamente as suas palavras, meditar e discernir as situações vivenciadas, e às vezes, precisando silenciar no coração, como fez Maria, para conseguirmos chegar ao coração do outro, acolhendo o matrimônio como graça, dom de Deus, respondendo a nossa vocação, entrelaçado entre a liberdade humana e a escolha divina.

O sentido da vocação matrimonial é redescoberto todo dia, quando fazemos a experiência de encontro com Aquele que nos chamou, para viver, na doação e entrega, perdão; compaixão e misericórdia; silêncio e obediência; caridade, humildade e mansidão; compreensão, acolhimento e companheirismo; auxílio mútuo e amor um pelo outro. E, principalmente, com o nosso amor conjugal, um santificar o outro. É vocação, graça e missão.

Socorro e Luciano

Eq. 5A – N. S. da Esperança

Belém/PA – Região Norte II Prov. Norte

TESTEMUNHO
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Com o convite para o Retiro somos envolvidos pela exortação que as ENS não se cansam de fazer: “Sejamos santos, trilhemos o caminho da santidade, queremos ser santos”. Esta parece ser uma pretensão audaciosa, mas nossos corações deixam-se envolver e nos elevamos a uma espiral de ansiedade e expectativas confiantes. Sempre foi assim em todos os momentos em que nos preparamos para um Retiro.

Confessamos que é um doce momento e nunca nos decepcionamos nestes 43 anos vivendo os privilégios que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora nos proporciona. Foram sempre momentos especiais e abençoados. Providenciar as acomodações para as crianças ficarem bem e acolhidas, deixar o trabalho organizado, preparar objetos necessários, o material para meditação, a Bíblia nossa companheira diária e o coração emocionado e aberto com a ansiedade do que o Pai planeja para nós. As lembranças de inúmeros Retiros realizados são gratas e vêm a nossas mentes. A Casa de Retiros é ideal e oferece diversos lugares especiais para sentirmos Deus. Revivemos a expectativa do silêncio no Sacrário, as reflexões dos pregadores, a música que sabemos escolhida com carinho, uma árvore especial onde recebemos uma bênção de mãos queridas e que muito respeitamos, o caminho pavimentado por cascalho que percorremos sem cansaço após a confissão preparada e que nos transforma e abastece, os

terços comunitários, as celebrações com a eucaristia redentora, a alegria no convívio de santos, as dúvidas, as conversões e "mea culpa", e os corações sempre sentindo a brisa suave do Invisível e Onipresente. Tantas orações e Dever de Sentar-se decisivos!

E, quando tudo termina, encontramo-nos um na frente do outro desalojados e emocionados, olhando dentro do cônjuge como que pela primeira vez vendo quem somos, como fomos e podemos ser e queremos ser com o Senhor no mais profundo de nós, numa intimidade de passado e futuro que almejamos e nos esforçamos por manter, com decisões que mudaram nossas vidas, com propósitos que nos transformaram como Deus quer – assim esperamos. Nossas almas elevam um cântico de amor e graças: “A ninguém enganamos quando nos afastamos de Ti, fingimos que não estás e Te escondemos. Porque nos revelamos no tremor do coração que se abre sem defesa com Tua presença. Meu Deus! Tomas posse do que é Teu tão descarada e plenamente, acomodando-Te onde possas e tudo podes porque queres.E nos entregamos em Tuas mãos. Loucos.Neste amor não nos defendemos. Deste Amor maior que nossas vidas. E que nos rouba num sopro a identidade.Só nos deixando um querer: o de Te amar e amar. E amar...”

Salma e Paulo

Eq. 1B N. S. da Esperança Região SP Leste I

S. J. dos Campos Prov. Sul I

PARTILHA E PCE
Retiro
CM 551 29

A grande bênção dos PCEs

Em nossa caminhada de casal cristão, equipista, o que tem nos fortalecido, animado e impulsionado no caminho da santidade são os Pontos Concretos de Esforço. Com 30 anos de equipe e no outono de nossas vidas, muito nos tem ajudado, e elevado a Deus, essa prática da Escuta da Palavra juntos, refletir, degustar, partilhar um com o outro, falando como ela tocou meu coração, em Meditação, pois a palavra de Deus é viva e eficaz. Rezar um com o outro, em momento de agradecimento, em Oração Conjugal, e oferta a Deus por mais um dia em sua graça.

No Dever de Sentar-se, cresce a nossa conjugalidade; esse momento de abertura nos proporciona a oportunidade de ajustar-nos, de perdoar-nos, de aceitar os limites um do outro, como casal que se ama e é grato a Deus por nosso matrimônio.

O Retiro é bênção, onde descobrimos as alegrias que vêm de Deus para fortalecermos nossa vida espiritual e conjugal, é a oportunidade de ficarmos um pouco no colo de Deus com a intercessão de nossa mãe.

A Regra de Vida nos ajuda a estarmos atentos e fazer o dever de casa, ou seja, corrigir, melhorar os nossos relacionamentos com Deus, com o cônjuge, com a família, com a equipe e com a comunidade.

Às vezes, não praticamos os PCEs, alegando que não temos tempo... Se analisarmos, o que nos falta é crescer na fé, que podemos crescer como pessoa, como casal e como família cristã.

A prática dos PCEs deve ser feita com amor, partilha, solidariedade e ajuda mútua. Todo esforço feito nos ajuda em nossa conversão e nos desperta para uma consciência mais cristã, nos abre o coração ao Amor de Deus e às alegrias de ser amado por Ele.

Em nossa vida a dois agradecemos ao Senhor e à intercessão de Nossa Senhora, para que continuemos sem desanimar.

Que Maria, nossa Mãe, interceda por nós para trilharmos juntos no caminho da santidade, que nos leva a Amar a Deus e aos irmãos.

Yolanda e Gentil

Eq. 02 – N. S. do Socorro Salinópolis/PA – Região Norte V Prov. Norte

PARTILHA E PCE
30 CM 551

Pela terceira vez a Igreja no Brasil celebrará um Ano Vocacional como tempo especial de reflexão, animação, oração e promoção das diversas vocações no nosso país. O lema bíblico inspirador está baseado na passagem bíblica do Evangelho de Lucas 24,32-33, recordando os discípulos de Emaús. Sabemos que aqueles dois discípulos retornavam para o povoado de Emaús frustrados, porque esperavam que Jesus Cristo fosse realizar a libertação política de Israel, mas que havia morrido fazia três dias.

Eles estavam tão entorpecidos pela frustração de um projeto não realizado que não se deram conta de que ali, ao lado deles, estava o próprio Jesus Cristo, ressuscitado. E Jesus, na sua paciência divina, recorda com e para eles as passagens da Escritura que falavam dele próprio. Com os dois discípulos o Senhor realizou uma escuta e meditação da Palavra, que fez seus corações arderem, mesmo diante da dor e das dificuldades pessoais e sociais.

Em seguida,ao reconhecerem o Senhor no “partir do pão”, na eucaristia, eles se dão conta de que o Senhor mesmo lhes falava ao coração, que a Sua Palavra lhes fazia arder o coração, a tal ponto que eles retornam para anunciar aos seus outros irmãos que Jesus havia ressuscitado. Os ouvidos que escutaram com atenção a Palavra se colocaram a caminho para anunciar a Boa Nova, colocaram-se à disposição da missão.

Como membros das ENS, casais e conselheiros espirituais, somos insistentemente convidados para a escuta e meditação da Palavra que deve nos desinstalar e ouvir o apelo do próprio Senhor que nos chama a assumir nossa vocação, no Movimento, na Igreja e no mundo.

O Ano Vocacional deverá, portanto, ajudar cada fiel a acolher o chamado do Senhor, a assumir a sua vocação como uma graça especial dada por Deus. É o Senhor quem chama, sempre é d'Ele a iniciativa do chamado, mas é sempre pessoal a resposta e acolhida do chamado de Deus para cada um. Somos livres para responder ao chamado de Deus, e por isso devemos deixar sempre que nosso coração arda de amor por Ele, para que sejamos capazes de nos doar livremente ao seu apelo e à missão.

Queridos casais, que nossa vocação de casais cristãos, de sacerdotes e outras vocações seja renovada nesse caminho que faremos durante esse Ano Vocacional. Façamos da escuta da Palavra lugar propício para que nosso coração arda de amor por Jesus Cristo, especialmente na nossa resposta ao seu chamado, que se renova a cada dia.

FORMAÇÃO
“Corações ardentes, pés a caminho”
(cf. Lc 24, 32-33)
CM 551 31

Verdadeiros discípulos ou fariseus?

É muito impactante o texto enviado a todos os equipistas a pedido da ERI, por ocasião do aniversário de 75 anos dos Estatutos. Trata-se de uma das conferências do Pe. Caffarel, de 1962, quando de sua segunda visita ao Brasil. Dizia ele: Entrar para as Equipes de Nossa Senhora é perigoso... O que se deve temer é que a prática da Regra se torne um fim, um ideal... E que os membros das equipes venham a achar que a perfeição cristã consiste pura e simplesmente em respeitar as obrigações... O perigo consiste em esvaziar as obrigações de seu espírito1 .

O que se dizer, então, da nossa luta diária para sermos fiéis no cumprimento dos PCEs? Por qual razão fazemos isto? Para nos assemelharmos cada dia mais a Cristo em sua humildade e obediência total ao Pai? Ou para não “passar vergonha” na reunião, para mostrar que somos “bons”? A preocupação do Pe. Caffarel era que as equipes não produzissem fariseus, casais satisfeitos consigo mesmos por cumprirem seus compromissos de equipistas. Isso o angustiava tanto que ele chegou a pensar em soluções como a pertença somente temporária ao Movimento ou o estabelecimento de um ideal inalcançável. Contudo, percebeu que a saída estava ali mesmo nos Estatutos, precisamente na primeira parte, aquela que nada tinha de original, que indicava o ideal de todo casal cristão.

A partir daí, em sua conferência, Pe. Caffarel vai esmiuçando cada parte desse ideal nos aspectos pessoal, matrimonial, no serviço à Igreja e à sociedade, mostrando a seriedade do Sim dado, sem condições, a Jesus Cristo. Que bom voltar a essa primeira parte dos Estatutos! Vale dizer que a parte original dos Estatutos, isto é, aquela que caracteriza o Movimento das Equipes de Nossa Senhora, são os meios propostos para alcançar esse ideal do casal cristão. Daí a importância de uma partilha bem conduzida pelo Casal Responsável de Equipe e do olhar atento do Conselheiro Espiritual para reconduzir os casais ao caminho correto.

Pe. Caffarel finaliza oferecendo um teste infalível para verificar se o mal do farisaísmo nos contaminou. Basta refletir se hoje temos mais consciência de que somos pecadores do que tínhamos quando entramos no Movimento. E, de outro lado, se temos nos voltado a Jesus com mais confiança do que antes. Não se trata, portanto, de apenas compartilhar se fizemos ou não os PCEs, mas se eles estão nos ajudando a nos tornar mais humildes e mais confiantes na Graça de Deus, como era Maria, a primeira e mais fiel discípula de seu Filho Jesus!

REFLEXÃO
1 Pe. HENRI CAFFAREL. O Ideal das Equipes de Nossa Senhora. Disponível em Palestras e Conferências. Volume II, p. 7 e 8, São Paulo, 2018.
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Daniela

5 dezembro 2022

10

janeiro 2023

10

janeiro 2023

8 dezembro 2022

Carla e Marcilio

Eq. N. S. do Desterro Fortaleza – CE

Maria e Beto

Eq. N. S. Mãe dos Homens Pesqueira – PE

Alessandra e Robson

Eq. N. S. da Conceição Pesqueira – PE

BODAS de PRATA

Ilda e Dionízio

Eq. 2 N. S. do Carmo Bauru - SP

VOLTA AO PAI

Ronaldo da Maria do Socorro 26.04.2022

N. S. das Graças – Surubim – PE

Rubens da Marlete

04.07.2020

N. S. do Amparo – Surubim – PE

Severino Donizete da Bill de Ceiça 19.08.22

N. S. Mãe dos Homens – Pesqueira – PE

BODAS de PRATA
NOTÍCIAS
CM 551 33

A Palavra de Deus

- “Eles não têm mais vinho.” (Jo 2,3)

- “Sua mãe disse aos serventes: Fazei

tudo o que ele vos disser.” (Jo 2,5) Reflexão

- Mais um ano se inicia com a graça e a presença de Deus em nossas vidas. Gratidão pelo ano que se passou e muita esperança nesse novo ano que começamos a vivenciar. Devemos olhar para 2022 com gratidão a Deus, a Ele louvamos por tudo que experimentamos (Te Deum laudamus). Olharmos para 2023 na certeza de que Deus nos acompanhará pela intercessão de Nossa Senhora. Ela, com sua poderosíssima intercessão, não deixará faltar o vinho novo em nossas equipes e em nossas famílias.

- O vinho novo é a metáfora a indicar a presença de Jesus em nosso meio, Ele está no meio de nós, Ele é a causa de nossa alegria e esperança. Sem Jesus tudo se torna sem sentido, turvo, desespero e angústia. O povo no Antigo Testamento vivia esperando a chegada do Messias; nós,no Novo Testamento, já sentimos a graça de Sua

Oração espontânea

- Vamos começar esse ano de uma forma especial: quero lhe convidar a vivenciar uma das devoções mais belas de nossa espiritualidade mariana, a

Oração Litúrgica

Santa Maria, Rainha dos céus, Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhora do mundo, que a nenhum pecador desamparais nem desprezais; ponde, Senhora, em mim os olhos de Vossa piedade e alcançai-me de Vosso amado Filho o perdão de todos os meus pecados, para que eu que agora venero com devoção a Vossa santa e Imaculada Conceição,

presença em nosso meio. Ele é o melhor vinho, o vinho novo, Aquele que nossos corações anseiam por receber. Eis a oportunidade que temos: em 2023 estarmos totalmente abertos para receber a presença total de Jesus em nossos corações.

- Nesse longo caminho de um novo ano teremos a presença constante de Nossa Senhora em nossas vidas. Ela intercederá por nós. Como está minha devoção filial a Nossa Senhora? Já tenho definida minha regra de vida para esse ano? Não tenhas medo, desafie-se a viver o que Deus sonha e deseja para você. É difícil? Não, mas é desafiador. Por isso, peça que Nossa Senhora lhe ajude a colocar em prática o que é da vontade de Deus em sua vida. Ela está sempre a lhe indicar o caminho: “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2,5). Qual o “vinho novo” desejamos receber neste ano? O que esperamos do Movimento neste ano?

oração do Rosário. Escolha um sábado, pois esse dia é dedicado a Nossa Senhora, e reze em família o Rosário por todo o nosso Movimento.

mereça na outra vida alcançar o prêmio da bem-aventurança, pelo merecimento do Vosso benditíssimo

Filho, Jesus Cristo, Nosso

Senhor, que, com o Pai e o Espírito Santo, vive e reina para sempre. Amém.

MEDITANDO EM EQUIPE

de 8março

Dia Internacional da Mulher

Enquanto isso, mulher, torna-te aquilo que és, na graça única, bela e fecunda que tu recebeste do teu Criador e Senhor!

“A Igreja reconhece a indispensável contribuição da mulher na sociedade, com uma sensibilidade, uma intuição e certas capacidades peculiares, que habitualmente são mais próprias das mulheres que dos homens. Por exemplo, a especial solicitude feminina pelos outros, que se exprime de modo particular, mas não exclusivamente, na maternidade. Vejo, com prazer, como muitas mulheres partilham responsabilidades pastorais juntamente com os sacerdotes, contribuem para o acompanhamento de pessoas, famílias ou grupos e prestam novas contribuições para a reflexão teológica. Mas ainda é preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja. Porque ‘o gênio feminino é necessário em todas as expressões da vida social; por isso deve ser garantida a presença das mulheres também no âmbito do trabalho’ e nos vários lugares onde se tomam as decisões importantes, tanto na Igreja como nas estruturas sociais.”

Papa Francisco, Evangelii Gaudium, n° 103
Av. Paulista, 352 • cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP Fones: (11) 3256.1212 • 3257.3599 secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br
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