Revista Agroindústria Tropical nº 147

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Revista editada pela Embrapa Agroindústria Tropical Fortaleza, CE | Julho - Setembro 2013 | No 147 | Edição Especial

DE CONQUISTAS Sessão solene marca aniversário da Embrapa Presidente analisa cenários futuros da pesquisa agropecuária Exposição apresenta tecnologias e avanços


Apresentação Em 2013, a Embrapa completou 40 anos de criação. Para marcar a data, no Ceará, foi realizada uma sessão solene na Assembleia Legislativa. Destacamos um trecho do pronunciamento do diretor-presidente da empresa, Maurício Lopes, que expressa bem nossa história: “No último dia 26 de abril de 2013, celebramos os 40 anos de uma visão. O sonho de um futuro melhor lançou as bases para a criação de uma empresa e de um sistema de pesquisa agropecuária genuinamente nacionais. Nasceu ali a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa. A capacidade daqueles pioneiros de antecipar o futuro ajudou a construir o Brasil tal como conhecemos hoje. A criação da Embrapa

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e, logo a seguir, do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, tornou possível a superação dos desafios e dos limites daquele tempo. Um tempo em que faltava gente especializada no campo, um tempo em que o País precisava adaptar a tecnologia externa antes de aproveitá-la. Então, o que os senhores e as senhoras hoje homenageiam, em verdade, são esses pioneiros e os que os seguiram. Todos os que dedicaram sua vida à Embrapa e à pesquisa agropecuária brasileira, acrescentando à nossa história conquistas que viabilizaram o surgimento, no nosso País, de uma agropecuária tropical hoje admirada em todo o mundo”.

Sumário FRASES E NÚMEROS

REPORTAGEM DE CAPA Embrapa: 40 anos de conquistas

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ACONTECE Livro aborda o Agronegócio Caju RADAR Pesquisadores da Embrapa e da Rhodia/ Solvay participam de workshop

Expediente Agroindústria Tropical É uma revista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Elaborada pela Embrapa Agroindústria Tropical, situada na Rua Dra. Sara Mesquita 2270 - Pici, CEP 60511-110 - Fortaleza, CE.

Chefe-Geral Lucas Antonio de Sousa Leite

Chefe-Adjunto de Administração Cláudio Rogério Bezerra Torres

Diagramação Ana Elisa Sidrim e Raissa Alves

Contato Telefone: (85) 3391.7100 E-mail: cnpat.sac@embrapa.br Site: www.cnpat.embrapa.br twitter: @embrapacnpat

Chefe-Adjunto de Transferência de Tecnologia João Pratagil Pereira de Araújo

Revisão Marcos Antonio Nakayama Daniel Ferreira da Silva

Supervisor do Núcleo de Comunicação Organizacional Nicodemos Moreira

Impressão | Tiragem Gráfica Cearense | 4.000 exemplares

Chefe-Adjunta de P&D Andréia Hansen Oster

Jornalistas Responsáveis Ricardo Moura (DRTCE1681jp) Verônica Freire (MTB 01225jp) Projeto Gráfico Ricardo Moura

Foto Cláudio Norões


Frases & Números “Hoje vemos que muitas transformações aconteceram, pois não temos mais a mesma quantidade de nordestinos fugindo da seca. Imagino se as políticas públicas andassem juntas com as ações da Embrapa, mudaríamos e muito a realidade do nosso Estado.” Deputado Roberto Mesquita (PV-CE)

autor do requerimento que propôs a realização da sessão solene em homenagem aos 40 anos da Embrapa

“Temos dois momentos no País: antes e depois da Embrapa. Houve um grande avanço na educação e na pesquisa. Nossa estrutura não é justa com as pessoas do campo, e a Embrapa vem, por meio de suas pesquisas, ajudando a melhorar a vida dessas pessoas.”

Agência Brasil

Deputado federal Chico Lopes (PCdoB)

“Esse período de revolução na agricultura se deu graças à atuação da Embrapa como elemento de progresso no campo.” Senador Eunício Oliveira (PMDB)

357 empregados É o efetivo da Embrapa em suas duas Unidades no Ceará, entre pesquisadores, analistas e assistentes.

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REPORTAGEM DE CAPA

DE CONQUISTAS


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riada em 26 de abril de 1973 como principal instrumento na reformulação da pesquisa agropecuária brasileira, a Embrapa foi parte efetiva da revolução agrícola que tornou o Brasil um dos líderes mundiais em tecnologias para agricultura tropical. Nesse período, o País deixou uma situação de insegurança alimentar e passou a ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo. O crescimento da oferta para o mercado interno superou rapidamente a curva de crescimento da demanda, provocando uma queda de 50% no valor da cesta básica, entre 1975 e 2011. Essa verdadeira revolução no campo é fruto do trabalho conjunto da Embrapa, das instituições estaduais de pesquisa e extensão, de universidades e do setor produtivo, que apostou nas tecnologias geradas pela pesquisa. Essas inovações ajudaram a mudar o cenário brasileiro, aumentando a produção e impulsionando a competitividade, de forma sustentável. No segmento de grãos, por exemplo, enquanto a área cultivada aumentou cerca de 80%, a produção cresceu por volta de 400%. Em 1972, a safra foi de 30 milhões de toneladas numa área de 28 milhões de hectares. Hoje, a área plantada

com grãos no Brasil é da ordem de 50 milhões de hectares, e a produção ultrapassou 166 milhões de toneladas. Entre as inovações que convergiram para esse sucesso, destacam-se o melhoramento genético, que gerou cultivares adaptadas às condições tropicais de produção; a transformação de largas extensões de terras antes inadequadas à produção – em especial nos cerrados – em solos férteis aptos para a agricultura, além do desenvolvimento de sistemas de produção adaptados às diversas regiões do País, com base em técnicas de adubação – em especial a fixação biológica de nitrogênio –, controle de doenças e pragas, rotação de culturas e recuperação de pastagens, entre outras tecnologias. O Brasil é atualmente o 3º maior exportador mundial de produtos agropecuários. É também o maior exportador de café, açúcar, suco de laranja, etanol de cana-de-açúcar, frango e soja; segundo maior exportador de carne bovina e terceiro maior exportador de algodão.


REPORTAGEM DE CAPA

Sessão solene presidida pelo deputado Roberto Mesquita

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO CEARÁ HOMENAGEIA EMBRAPA Por Verônica Freire

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s 40 anos de fundação da Embrapa foram homenageados em sessão solene realizada na Assembleia Legislativa do Ceará, na tarde do dia 26 de agosto. Na ocasião, foi aberta a exposição “Ciência que transforma a vida”, que aconteceu no hall do plenário 13 de Maio. A mostra, organizada pelas duas unidades da Embrapa no Ceará (Agroindústria Tropical e Caprinos e Ovinos), apresentou as principais conquistas da agricultura tropical desde a criação da Embrapa, em 1973.

Na sessão solene, o diretor-presidente da Empresa, Maurício Antônio Lopes, destacou a importância da parceria entre 6

cientistas e políticos para a formulação e o aprimoramento de políticas públicas. “O que celebramos aqui hoje não são apenas os 40 anos de realizações de uma instituição pública como a Embrapa. O que celebramos, na verdade, é o quanto podem as parcerias institucionais ao reunir corações e mentes das pessoas de diferentes organizações no propósito único de realizar os sonhos de nossa gente”, disse. A atuação das duas unidades da empresa instaladas no Ceará também foi lembrada por Maurício Lopes. Ele salientou algumas


contribuições, como o cajueiro-anão-precoce, a água de coco envasada, o aproveitamento da casca de coco-verde e tecnologias para o aprimoramento da caprinocultura leiteira e da ovinocultura de corte. O presidente da sessão, deputado Roberto Mesquita (PV), falou sobre a importância da Embrapa para o desenvolvimento do País e sobre o trabalho realizado pelas duas unidades da Empresa no Ceará. “Hoje vemos que muitas transformações aconteceram, pois não temos mais a mesma quantidade de nordestinos fugindo da seca. Imagino se as políticas públicas andassem juntas com as ações da Embrapa, mudaríamos e muito a realidade do nosso Estado. Espero que a Embrapa consiga atingir as secretarias com todo o conhecimento que ela tem”, disse o parlamentar. O deputado federal Chico Lopes (PCdoBCE) afirmou que existem dois momentos no Brasil: antes e depois da Embrapa. “Houve um grande avanço na educação e na pesquisa. Nossa estrutura não é justa com as pessoas do campo e a Embrapa vem, por meio de suas pesquisas, ajudando a melhorar a vida dessas pessoas”, avaliou o deputado. Durante o evento, foram entregues placas comemorativas ao presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes; ao chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Evandro Vasconcelos Holanda Júnior; ao chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Lucas Antonio de Sousa Leite; ao chefe da Secretaria de Negócios da Embrapa, Vitor Hugo Oliveira e ao pesquisador Flávio Araújo Pimentel (in memoriam). Participaram da solenidade empregados da Embrapa, representantes de instituições privadas e públicas – entre os quais, a titular da Superintendência Federal de Agricultura do Ceará, Maria Luiza Rufino – além de parlamentares, como o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) e a deputada Mirian Sobreira (PSB).

Entrega de placa comemorativa ao chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Lucas Leite

Entrega de placa comemorativa ao pesquisador Flávio Araújo Pimentel (in memoriam)

Entrega de placa comemorativa ao chefe da Secretaria de Negócios da Embrapa, Vitor Hugo de Oliveira

Apresentação do Coral da Embrapa Agroindústria Tropical 7


O FUTURO DA AGRICULTURA EM DEBATE Por Ricardo Moura O diretor-presidente da Embrapa, Maurício Lopes, apresentou, no dia 26 de agosto, uma exposição sobre inovação e desenvolvimento no seminário Futura Trends 2013, realizado em Fortaleza. No início de sua palestra, o dirigente abordou as transformações ocorridas no setor agrícola, nas últimas quatro décadas. Em seguida, apontou desafios e possibilidades futuras.

Conquistas da pesquisa agropecuária Se, hoje, o Brasil é um grande produtor mundial de grãos, sementes e frutos, 40 anos atrás o País vivia um dilema na área de produção de alimentos, tendo de recorrer à importação para evitar o desabastecimento. De acordo com o presidente da Embrapa, não havia modelos prontos para as condições ambientais existentes no País. “Tínhamos de criar o nosso próprio modelo e o Brasil optou por desenvolver uma agricultura baseada em ciência”, afirma. Essa escolha permitiu diversas conquistas. A tropicalização do cultivo da soja e a produção de frutas de clima temperado no Semiárido 8

são algumas delas. Além disso, o modelo adotado aproximou a pesquisa agropecuária do “mundo real”. “Os nossos cientistas estão próximos dos agricultores e dos problemas. A instituição está em todos os lugares”, afirma o dirigente. A melhoria da produtividade fez com que o custo da cesta básica caísse 50% nos últimos anos. Em contrapartida, o setor ganhou força e uma posição de relevo na economia nacional: “A agricultura passou a ser um dos pilares da economia, representando quase um quarto do nosso PIB”.

Foto: Adilson Nóbrega

REPORTAGEM DE CAPA


Novos cenários

Agricultura sustentável

Segundo o presidente, a Embrapa criou a plataforma Agropensa justamente para lidar com a modelagem de cenários que se configuram em um horizonte de médio e longo prazo: “As organizações têm de se afastar da visão gradualista de mudanças. Temos de ajustar o tempo das organizações. O mundo de ontem sempre acaba achando um lugarzinho no mundo de hoje. Precisamos avançar mais rapidamente, nos ajustar. Precisamos adotar uma visão mais radicalista de mudança, pois, certamente, boa parte do mundo de hoje não estará no mundo de amanhã”. O mundo novo que se descortina exigirá novos conceitos e novos modos de lidar com as tarefas que se impõem à pesquisa agropecuária. “Vamos ter de lidar com conceitos novos. Temos de usar nossa base de recursos naturais de forma mais consciente e inteligente. A agricultura tem de abraçar cada vez mais o conceito de multifuncionalidade. Um exemplo disso é a nova agricultura de biomassa que surgirá no País daqui a 5 ou 10 anos. A complexidade vai marcar o futuro da agricultura. Com isso, a capacidade de gestão terá de ser muito mais aprimorada no futuro”, exemplifica.

Se muito foi feito, novos desafios surgem a cada dia. O presidente da Embrapa fez menção a um deles, especificamente: construir uma agricultura cada vez mais sustentável. “Agricultura significa modificar o meio ambiente. Portanto, há impactos. O desafio é saber como atuaremos para que nossa agricultura se torne mais sustentável.” Paralelamente a isso, o crescimento da população, a expansão do processo de urbanização e a pressão que esses dois fenômenos exercem sobre a geração de alimentos são preocupações da Empresa. “Os alimentos terão de circular pelo planeta entre os países que produzem e os que não têm capacidade de produzir em quantidade suficiente. Isso representa um desafio no que se refere à segurança dos alimentos. Além disso, vamos ter de falar cada vez mais sobre segurança alimentar e segurança nutricional”, avalia. Conforme Maurício Lopes, crescimento econômico e sustentabilidade não são mais conceitos antagonistas, mas complementares. Para dar conta dessa nova realidade, acrescenta, é preciso que as organizações se adaptem às mudanças, que ocorrem em uma velocidade cada vez maior e com uma complexidade crescente.

Com mais pessoas migrando do campo para as cidades, o problema da falta de emprego na zona rural se acirra. Segundo Maurício Lopes, é preciso criar alternativas inteligentes para fazer com que os jovens permaneçam no campo. Além disso, é preciso continuar avançando na produtividade e na agregação de valor da produção nacional. “Damos muita ênfase na produção de commodities. E isso é importante. Mas temos de agregar mais valor a esses produtos e fazer com que alcancem mercados mais rentáveis”, pontua.

Foto: Adilson Nóbrega

Empregos e agregação de valor

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REPORTAGEM DE CAPA

EXPOSIÇÃO CIÊNCIA QUE TRANSFORMA VIDA como os produtos e tecnologias gerados nos laboratórios e campos experimentais estão inseridos no dia a dia do público urbano, além de mostrar os bons resultados que a pesquisa agropecuária poderá obter no futuro. Os grandes temas da pesquisa agropecuária brasileira na região puderam ser vistos no período de 3 a 5 de setembro, no Pec Nordeste, Centro de Eventos do Ceará. Para conhecer mais, visite www.embrapa. br/40anos e comemore o sucesso da ciência e da agropecuária com a gente!

Foto: Ana Elisa Sidrim

A exposição itinerante “Ciência que transforma a vida” apresenta as principais conquistas da pesquisa agropecuária desde a criação da Embrapa, em 1973. A atual dimensão da Empresa e sua contribuição no âmbito regional, nacional (47 unidades em todo o Brasil) e internacional (laboratórios virtuais na América do Norte, Ásia e Europa) também são apresentadas na exposição. Coordenada pelas duas Unidades da Embrapa no Ceará, Agroindústria Tropical e Caprinos e Ovinos, a exposição tem o objetivo de envolver a comunidade local na comemoração dos 40 anos da Embrapa, trazendo exemplos de


Em 2012, a Embrapa, em parceria com a Amway Nutrilite, lançou a cultivar BRS 366 (Jaburu), que se destaca pela elevada produtividade e baixa incidência de pragas e doenças, proporcionando maior produção de vitamina C por hectare. A Embrapa detém o registro de 12 clones de cajueiro-anão-precoce, além de manter o Banco Ativo de Germoplasma do Caju. Os objetos de investigação na cajucultura vão além da tecnologia de pós-colheita e manejo de pragas e doenças. Estudos de coprodutos e resíduos a partir do caju apontam um quadro promissor para a cajucultura nacional, como o corante amarelo e o revestimento comestível à base de goma de cajueiro. Pesquisadores da Embrapa desenvolveram técnicas de colheita e pós-colheita para o segmento de água de coco, como a técnica de resfriamento, o descobrimento da vida útil com métodos combinados e a produção de água de coco orgânica. Isso proporcionou a prolongação do prazo de validade do produto e um salto tecnológico no seu processo produtivo, possibilitando a exportação. A produção de água de coco envasada vem crescendo em média 20% ao ano no Brasil.

A Embrapa lançou e aperfeiçoou diversos sistemas de produção adaptados às diferentes regiões do País, com base em técnicas de adubação, controle de pragas e doenças, rotação de culturas, entre outras tecnologias. Um exemplo disso foi o monitoramento da mosca-das-frutas, inovação que contribuiu para o crescimento da produtividade e qualidade da cultura do melão nas áreas produtoras do Nordeste, permitindo que os frutos sejam vendidos para fora do País. 11


! Acontece

LIVRO ABORDA O AGRONEGÓCIO CAJU A

Embrapa Agroindústria Tropical está lançando o livro Agronegócio Caju: Práticas e Inovações, cujo editor técnico é o pesquisador João Pratagil. A publicação está dividida em 20 capítulos que abordam a cajucultura por completo, desde como e onde plantar pomares de cajueiro até o melhoramento genético da espécie, passando pelo valor nutricional da amêndoa da castanha e técnicas de manejo como substituição de copa. A proposta de edição do livro surgiu após a realização do Workshop Caju, em junho de 2011, que teve como objetivo levantar o estado da arte do caju, por meio do conhecimento e da sistematização dos resultados de PD&I desenvolvidos pela Embrapa Agroindústria Tropical nos últimos 24 anos. Os resultados foram consolidados sob a forma da publicação. Nessa obra, a Embrapa apresenta informações atualizadas sobre o agronegócio caju, que abrangem atividades desde a produção até a oferta dos produtos ao consumidor. A utilização das práticas e das inovações relatadas vão contribuir para o desenvolvimento competitivo e sustentável desse importante agronegócio para o Brasil, ampliando a geração de divisas de exportação e aumentando o consumo

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interno da castanha, do pedúnculo e de seus derivados, além de gerar emprego e renda no campo e na indústria. De acordo com João Pratagil, o livro atende a uma série de demandas do mercado e dos próprios pesquisadores, como: estabelecer um padrão tecnológico Embrapa para divulgação e transferência de tecnologia do agronegócio caju, uniformizar os posicionamentos externos dos membros das equipes técnicas e gerenciais sobre o tema, registrar tecnologias validadas no Banco de Tecnologias (BTec) da Unidade e concentrar em um único espaço as recomendações tecnológicas desenvolvidas e validadas pela Embrapa sobre a cajucultura. A edição atualiza e amplia o foco de diversas publicações lançadas pela Embrapa Agroindústria Tropical ao longo de seus 26 anos de existência. Ao todo, 41 pesquisadores participaram do processo de construção da coletânea. Segundo Pratagil, a ideia é que o Agronegócio Caju se torne uma referência nacional para atender ao interesse e às demandas de todos os componentes da cadeia produtiva do caju, em especial os produtores, processadores, técnicos (pesquisadores, extensionistas, professores e estudantes).


Especificações técnicas Livro com 540 páginas no formato 19 x 24,5 cm, capa plastificada e impressa em papel cartão supremo 250 g com 4/0 cores, miolo impresso em papel couchê fosco 90 g com 4/4 cores, acabamento brochura. Preço: R$ 67,00 Onde comprar: Livraria Embrapa (http://vendasliv.sct. embrapa.br/)

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Radar

Workshop Resíduos Orgânicos Vegetais, na sede da Embrapa Agroindústria Tropical

PESQUISADORES DA EMBRAPA E DA RHODIA/SOLVAY

PARTICIPAM DE WORKSHOP

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oi realizado, nos dias 22 e 23 de julho, o Workshop Resíduos Orgânicos Vegetais, na sede da Embrapa Agroindústria Tropical. O encontro teve como objetivos inventariar os resíduos mais importantes da agroindústria brasileira e sua composição química, bem como avaliar sua utilização nos campos de aplicação da química de base, de especialidades e da química fina. Participaram do evento pesquisadores do Grupo Rhodia/Solvay, uma das maiores do setor químico, e da Embrapa: Embrapa Agroindústria Tropical, Embrapa Agroindústria de Alimentos – com participação de sua chefe14

-geral, Regina Lago, e da chefe de P&D, Lourdes Cabral –, Embrapa Agroenergia, Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (DPD) e Secretaria de Negócios (SNE). De acordo com o coordenador de Negociação e Contratos da SNE, o advogado Arnoldo Medeiros, o resultado dos dois dias de evento foi bastante proveitoso. “Estamos muito satisfeitos pelo fato de existirem aspectos de complementaridade entre as duas empresas nas fases do desenvolvimento, o que possibilita o alcance conjunto de inovações. Isso é o mais importante para a conformação de uma parceria sustentável”, avalia.


Arnoldo Medeiros, que coordenou o workshop, disse ainda que foi realizado um trabalho de mapeamento e identificação de oportunidades comuns com base no interesse da Rhodia/Solvey e da Embrapa.

Parcerias Medeiros destaca iniciativas como essa para o fortalecimento das ações da Embrapa: “O ideal, numa parceria de P&D, é que ocorra essa interface entre o setor privado, as instituições de pesquisa e a academia. Isso é muito importante por causa das sinergias resultantes dessa complementaridade nas diversas fases de PD&I, proporcionando resultados mais habilitados a atender à demanda do mercado e da sociedade”. Ele revela ainda que, desde 2009, 44 parcerias foram firmadas pela Embrapa com empresas líderes em suas áreas de atuação por meio da Secretaria de Negócios.

Infraestrutura Os laboratórios recém-inaugurados da Embrapa Agroindústria Tropical são apontados pelo coordenador de Negociação e Contratos da SNE como fonte de atração para a concretização dessas parcerias. “Essas novas estruturas representam uma grande vitória para a Embrapa. Nossas parcerias ficam mais fortalecidas com essas facilidades técnicas e de pessoal especializado de que a Unidade dispõe”. Medeiros acrescenta: “Fiquei impressionado com a estrutura. Muito bem planejada em seu alcance e versatilidade de uso e aplicações. Não são só os equipamentos de ponta, mas toda a visão sistêmica que permeia. A bancada parlamentar do Estado do Ceará está de parabéns por ter apoiado essa iniciativa”, concluiu.

“Fiquei impressionado com a estrutura. Muito bem planejada em seu alcance e versatilidade de uso e aplicações. Não são só os equipamentos de ponta, mas toda a visão sistêmica que permeia. A bancada parlamentar do Estado do Ceará está de parabéns por ter apoiado essa iniciativa.” Arnoldo Medeiros, Advogado da SNE

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Clique Tropical A flor do jambo-vermelho

O jambo-vermelho (Eugenia malaccensis) nasce em árvores grandes, de folhas também grandes, cuja copa tem uma forma piramidal. Suas flores, de cor púrpura, quando caem, formam sob as árvores um tapete purpúreo. Os frutos, vermelhos por fora e alvos por dentro, têm um sabor próprio, acrescido de um perfume forte de flor. A foto, produzida em uma rua de Fortaleza, demonstra a preservação da cultura do cearense de consumir esse fruto de sabor e perfume marcante. Foto e Texto: José Luiz Mosca Pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical

Embrapa Agroindústria Tropical Rua Dra Sara Mesquita, 2270 - Planalto do Pici - CEP 60511-110 - Fortaleza - CE | Caixa Postal 3761 | Telefone: (085) 3391-7100 - Fax: (085) 3391-7109 Home Page: www.cnpat.embrapa.br | Twitter: www.twitter.com/embrapacnpat


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