Revista Plástico Nordeste 28

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Expediente Nº 28 - Julho / Agosto de 2014

Conceitual - Publicações Segmentadas www.revistaplasticonordeste.com.br R. Vicente da Fontoura, 2629 - Sala 03 CEP: 90640-003 - Bairro Petrópolis Porto Alegre - RS Fone/Fax: 51 3062.4569 Fone: 51 3062.7569 plasticonordeste@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

“Esqueça os tempos de aflição, mas nunca esqueça o que eles lhe ensinaram”

(Herbert Spencer Gasser)

4 Editorial

Redação: Brigida Sofia Consultor de Redação: Júlio Sortica Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária:

Nordeste... a bola de vez

6 Plast Vip

José Francisco Alves (51 9941.5777) Capa: divulgação Plástico Nordeste é uma publicação

Gisela Schulzinger, da ABRE

10 Mercado / Embalagens

Tempo de novidades e criações

22 Embala Nordeste

Saldo de bons negócios

25 20ª Fimmepe

Impulso ao desenvolvimento

28 Extrusão

Oportunidades abrem portas

32 Polos/Ceará e Paraíba

No ritmo do crescimento

35 Bloco de Notas

O setor plástico em evidência

36 Foco no Verde

da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Nordeste e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Nordeste. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 3.000 exemplares. Filiada à

Projeto do isopreno renovável

37 Giro NE

As últimas nos estados

38 Anunciantes + Agenda

Confira os eventos e parceiros da edição

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas < Plástico Nordeste < 3


ARQUIVO

Editorial

Região Nordeste... bola da vez

“Todas estas revelações projetam um cenário positivo para os próximos anos...”

A

Região Nordeste é a “bola da vez”, expressão que se costuma utilizar para designar algo ou alguém que está em evidência. Na realidade, o Nordeste vem sendo a “bola da vez” há um bom tempo. Mas agora, há um dado interessante do ranking da IPC Marketing, comprovando que a região aumenta o potencial de consumo, ocupando a segunda colocação, empurrando a Região Sul para a terceira posição no País, que acusou queda de 7,4% nos últimos 15 anos. Um comentário do estudo diz: “Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, ainda que continuem sendo os principais mercados, reduziram o potencial de consumo. O maior crescimento ocorreu na Bahia, superando R$ 25 bilhões de aumento de potencial de consumo entre 1999 e 2014.” Também destaca que a Classe C tomou espaço da Classe B. Atualmente, responde por mais da metade do que é consumido no País. Nota-se um esvaziamento das classes D e E. Quanto à faixa etária, os dados também se relacionam com um novo momento: com a redução da natalidade e o aumento da expectativa de vida, a população brasileira envelheceu. A maioria continua na faixa dos 30 aos 49 anos, mas a maior variação ocorreu na faixa dos 50 anos ou mais, passando de 14,9% para 21,7%. Isso também implica em mudança nos hábitos de consumo. Nesse caso, categorias como gastos com veículo próprio, manutenção do lar, outras despesas, matrículas e mensalidades, viagens, alimentação fora do domicílio e higiene e cuidados pessoais foram as que cresceram acima da média. Já itens como fumo, transportes urbanos e alimentação no domicílio foram os que tiveram o menor crescimento em relação à média. Todas estas revelações projetam um cenário positivo para os próximos anos e o setor plástico precisa encontrar uma forma de “pegar carona” nesse trem e conquistar novos mercados. Isso está demonstrado na excelente reportagem sobre o mercado de embalagens, como também no resultado de feiras como a Embala Nordeste, e nas perspectivas otimistas da 20ª Fimmepe, em Pernambuco. Nossa edição também destaca uma ótima entrevista com Gisela Schulzinger, a primeira mulher a presidir a ABRE, a mais importante entidade do setor de embalagens do Brasil. Ela é o destaque no Plast VIP NE. Nossa edição traz ainda uma avaliação dos polos plásticos do Ceará e da Paraíba, bem como as últimas notícias setoriais na região e no Brasil, e o foco na sustentabilidade. Boa leitura.

Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 4 > Plástico Nordeste >


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ABRE concentra o foco na inovação

S

e fixarmos nosso olhar com mais atenção em alguns detalhes de nossas atividades do cotidiano, certamente vamos encontrar uma embalagem por perto. Sem dúvida, a embalagem em suas diversas modalidades faz parte da vida de todos. E para fomentar o desenvolvimento do mercado e das atividades de seus associados nos âmbitos nacional e internacional, em 1967 foi criada a ABRE – Associação Brasileira de Embalagem. A entidade sabe que é preciso evoluir com o mercado e destaca-se por uma estratégia diferenciada e única. Ela possui uma plataforma de ações baseada em quatro pilares: Integrar, Informar, Represen-

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tar e Fazer Parte, que direcionam a forma de atuar e se comunicar. A receita obtida pela indústria de embalagens em 2013 foi de R$ 51,8 bilhões, superando os R$ 46,7 bilhões gerados em 2012 e a projeção para 2014 é crescer 1.5%. No comando dessa entidade, que hoje conta com 215 empresas associadas, pela primeira vez está uma mulher: Gisela Schulzinger. Formada pela ESPM e pós-graduada em Ciências do Consumo Aplicadas também pela ESPM, atua na área de design há mais de 25 anos. Trabalhou em algumas agências de design e, em 1998, fundou a sua própria empresa, a Haus Design. Hoje é sócia da Pande, agência especializada

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PLAST VIP NE Gisela Schulzinger

em desenvolvimento de projetos de Branding e Design Estratégico e Inovação. Seu currículo registra participações no Conselho Consultivo da ABRE, diretora da ABEDESIGN e delegada da Comissão de Design do Brasil no Festival de Cannes. Além de sua atuação empresarial, também tem atividade acadêmica como professora do curso de Graduação em Design, da ESPM, e do MBA em Marketing da, HSM Educação. Atua como palestrante, é jurada de prêmios e concursos e contribui regularmente com artigos e entrevistas para blogs, jornais e revistas. Nesta entrevista ela comenta sobre seus conceitos, planos e ideias para dinamizar a entidade e o setor. >>>>


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PLAST VIP NE Gisela Schulzinger Gisela: A questão principal é dar fomento à inovação real, não apenas o discurso

Plástico Nordeste - É o caso do Café da Manhã ABRE? Gisela Schulzinger - O Café é uma ótima ação, deve ter uma mudança de formato. Vamos abrir novas perspectivas, pois, muitas vezes, pequenos movimentos resultam em grandes mudanças.

Revista Plástico Nordeste - Qual a o foco de sua gestão para a ABRE nesse mandato? Gisela Schulzinger - Nosso plano é manter o trabalho que a entidade vem fazendo e que tem sido muito bem feito por todas as gestões que me antecederam. Eu acompanho esse processo como integrante do Conselho. A questão principal é dar fomento à inovação real, não apenas o discurso, mas estimular, motivar as empresas. Não é estimular apenas o aspecto tecnológico, mas o pensamento empresarial. Vamos tratar de processos, modelos de negócios, uma abertura de visão. Temos que tratar do aumento da competitividade. Na verdade, estas questões não estão separadas, mas a empresa que não se preparar vai ficar fora. Tornar-se competitiva é uma tendência mundial. Plástico Nordeste - O fato de uma mulher assumir a presidência da ABRE implica em alguma mudança radical na condução da entidade? Gisela Schulzinger - O foco da ABRE independe desse fato. Não imaginava que esse assunto fosse tão abordado, mas o apoio que recebi foi positivo. Como disse, esse fato não muda o foco, muda a visão. A mulher vê o mundo de outra forma. um mundo que é diverso, com diferenças de credos, de raças... Acredito que estas questões se complementam. Existe sim, uma expectativa de cobrança pelo fato de uma mulher estar no comando, nas isso também não é novo na ABRE. 8 > Plástico Nordeste >

Temos uma excelente profissional na gestão, a Luciana Pellegrino, que é diretora executiva da entidade. A mulher tem uma característica de não se render às exigências. É mais ousada, se joga mais ao trabalho. Isso é positivo. E eu, no processo de indicação, tinha o perfil exigido, de alguém que vem para agregar uma nova visão que se complementa. Plástico Nordeste - A ABRE promove o Café da Manhã, o Encontro Comitês, o Prêmio ABRE, o Fórum Estratégico de Design e o Congresso. O que está sendo bem desenvolvido e o que precisa ser aprimorado em termos de ações e gestão? Gisela Schulzinger - O objetivo é aprimorar o que vem sendo feito, mas com novos projetos e não o que já existe. Serão novas experiências, outros exemplos, olhar para outros acertos fazer um cruzamento. É trazer para nossos associados ideias de sucesso. Realizar missões empresariais em formato diferenciado. É pensar em outras atividades, com novos formatos e perspectivas, um arejamento do empresário. Por exemplo, uma viagem ao Vale do Silicio. Um dos pontos principais é sobre se fixar apenas na concentração de recursos e de tecnologia. Mas são pessoas que são ousadas, mas é preciso ser tolerante ao erro, pois isso faz parte do processo. É base da cultura das empresas entender que podem criar, inovar. Desenvolver algumas ações que fomentem a atitude mais inovadora, que ajude na competitividade.

Plástico Nordeste - O fato de ser executiva de uma agência também é uma quebra de paradigma na ABRE, uma vez que tradicionalmente a presidência sempre foi exercida por líderes vindos da indústria. Isso significa que haverá uma mudança de foco? Gisela Schulzinger - É por aí. Não o design por si. Não só estética. É mais do que isso. O fato de estar em uma agência provoca uma abertura para a inovação. Na Alemanha, vários engenheiros são ligados ao design. Quem mexe com design tem uma visão mais sistêmica, mais holística. Quando pensa num fato tem vários impactos. O todo é composto pelas partes. Cada um tem seu foco, mas precisamos conversar, ter um olhar lateral. Plástico Nordeste - Foi divulgado que a nova gestão trabalhará para reforçar o papel fundamental do design como um diferencial competitivo e estratégico para as empresas. O que isso significa na realidade? Gisela Schulzinger - É mais no sentido da orientação, do pensamento. Não é fazer a apologia do design. Plástico Nordeste - De que forma as embalagens influenciam a preferência do consumidor? Mais pelo visual ou por sua eficiência e praticidade? Gisela Schulzinger - Pelas três coisas. E o equilíbrio das três. A ergonomia resolveu o problema da estética. É preciso passar as informações, não subestimar. É um conjunto estrutural. A embalagem é um ponto importante de contato. Faz parte da construção da marca na relação com o consumidor. O consumidor é “bem educado” em relação à exigência. A competitividade


obrigou as indústrias a evoluir e trouxe o consumidor para um nível altíssimo de exigência. Plástico Nordeste - No caso das embalagens que usam plástico como principal componente, em que nível está o setor no Brasil? Gisela Schulzinger - Está num nível ótimo. Não só o plástico, mas todos devem evoluir. Manter a linha de crescimento e não apenas tecnológico. Plástico Nordeste - Há algum plano de estreitar relacionamento com entidades setoriais do plástico (Abiplast, Abief, Abipet) e de outros segmentos também em busca de novas soluções? Gisela Schulzinger - Como informação, fui mediadora de um evento da Abief. Certamente vamos estreitar as relações. É sistêmico, fundamental. O plástico não é um elemento sozinho. Todos trabalhamos com o mesmo fim. Já temos um bom relacionamento e muitas empresas fazem parte da ABRE. Essa relação é um privilégio.

Plástico Nordeste - Como a ABRE avalia o papel das embalagens e a sustentabilidade e preservação do meio ambiente? Gisela Schulzinger - Cada setor tem seus projetos e missões. E apoiamos ações até bem mais específicas, como o Pacto Setorial sobre o descarte seletivo. Fazemos um estímulo à simbologia do descarte seletivo. Este é um processo que está bem avançado. É uma das boas ações, existe um Comitê de Sustentabilidade, inclusive com site. Afinal, o planeta é nosso e todos têm um papel fundamental, a responsabilidade é de todos. Plástico Nordeste - Comente sobre o desempenho do setor em 2013 e uma projeção de crescimento para 2014? Gisela Schulzinger - O estudo “A indústria de embalagem em 2013 e perspectivas para 2014” apresentado no Café da Manhã ABRE com a participação de Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou o balanço setorial do setor. O estudo, realizado pelo IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) / FGV (Fundação Getúlio

Vargas) revelou que a receita obtida pela indústria em 2013 foi de R$ 51,8 bilhões, superando os R$ 46,7 bilhões gerados em 2012. A produção da indústria de embalagem apresentou um crescimento de 1,41% em 2013. A previsão de crescimento para 2014 é de 1,5%. Em agosto teremos o balanço do primeiro semestre. Plástico Nordeste - Existe alguma ação ou medida que o Governo Federal poderia tomar que beneficiaria mais o setor? Qual? Gisela Schulzinger - São várias, mas principalmente entender o esforço das associações com as suas solicitações. Em todas existem as questões dos tributos, tecnológicas e de incentivos da FINEO e BNDEs. E também diminuir a burocracia. Nesse sentido de país, o projeto mais impressionante é o da Coréia do Sul, que tem um projeto de país. Todos têm que estar no processo e não dar incentivo apenas à indústria automobilística, alimentícia e de móveis. A base começa na educação. O Governo tem feito algumas coisas, algumas iniciativas, mas é uma questão de planejamento e continuidade. PNE

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Por Brígida Sofia

Mercado / Embalagens

Novidades e oportunidades

A embalagem é uma categoria de produto ligado diretamente ao consumo e suas variáveis. Assim, uma região que apresente bons resultados em desenvolvimento dificilmente terá notícias negativas neste setor. O Nordeste já vem aproveitando as benesses de seu crescimento nos últimos períodos, além dos investimentos específicos para o setor. Vantagens que abrem caminho para a maior qualidade. Os consumidores estão cada vez mais globais, porém, ao mesmo tempo, exigem uma atenção especial aos seus desejos, que sofrem impactos locais no que se refere a design, cores, volumes, materiais. 10 > Plástico Nordeste >


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Luciana Pellegrino explica que hoje é preciso olhar o consumidor de forma individual

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uciana Pellegrino, diretora executiva da ABRE - Associação Brasileira de Embalagem, aponta que na construção das embalagens há questões culturais que precisam ser trabalhadas para cada região, dependendo da dinâmica da sociedade, usos e costumes e questões locais, em função de armazenamento e proteção. “Temos como exemplo o sabão em pó; no Nordeste tendem a ser acondicionados em embalagens flexíveis, no sudeste em acartonadas. No Nordeste, temos a flexível porque no uso (do sabão) ela tem contato com lugar úmido e assim não danifica o produto”, explica. Além da conservação, no caso dos costumes, tem-se no setor de bebidas alcoólicas o uso do PET para whisky, enquanto o Sudeste prefere o vidro. “É cultural mesmo, modo de consumo”, observa Luciana. Também funcionam positivamente na região as embalagens menores, com menos quantidade de produto. Essas porções, como nos iogurtes, têm duas funções: permitem o preço final reduzido e a experimentação pelo consumidor, a possibilidade de conhecer o produto. “Talvez tenha começado lá, mas vem conquistando o Brasil todo. Venceu o premio ABRE o iogurte Ninho frasco PET tamanho reduzido e formato morango, feito pensando no Nordeste. Teve todo um cuidado de tecnologia, é soprado”, comenta. Luciana explica que hoje é preciso olhar o consumidor de forma individual, suas necessidades, anseios. Muitos vivem em uma sociedade de mais movimento, trabalham e estudam, assim tem-se o consumo em movimento. “Isso está ligado ao crescimento nos últimos 25 anos, com lançamento do Real, a população tem novas referências, anseios. A economia permitiu preferências, gostos, hábitos”, diz a executiva, lembrando que quanto mais desenvolvida a nação, mais cresce a indústria de embalagens. “Essa área segue a de bens de consumo não-duráveis. À medida que a indústria de bens de consumo finca

pés na região, com fábricas, a indústria de embalagens se instala”, comenta em relação à chegada de várias empresas e subsidiárias no Nordeste. Sobre especificidades visuais, ela aponta que no Nordeste as embalagens trazem muita “vida”, explora-se muito as cores, que ajudam a conferir a identificação da marca. “No Nordeste se gosta da comunicação mais viva, mais forte. No Sudeste, design mais sóbrio, limpo, embalagens com menos informação”, ressalta. No Nordeste, funciona bem a comunicação dos produtos com valores étnicos, frutas da região, plantas, não necessariamente explícita, mas com ícones de referência regional. No sentido do feito para você, produzido aqui”. Dentre os estados, Luciana aponta Pernambuco como um que se destaca no mercado das embalagens. “São muitas empresas e se trabalha em feiras setoriais de embalagens, é um polo âncora. Temos duas importantes feiras, a Embala Nordeste e a Fispal Nordeste”.

Máquinas, foco na eficiência

Se as resinas e o design são fundamentais ao processo, não menos importância têm as máquinas, como as sopradoras, por exemplo, que sempre buscam otimização e novidades em processos de fabricação, seja com redução de ciclo, economia de energia, uso de novas resi-

nas, compostos ou aditivos, etc. Um dos grandes fabricantes de sopradoras do Brasil, a Pavan Zanetti, destaca ações técnicas e operacionais buscando otimização nesse segmento. “O principal objetivo de nossos equipamentos é propiciar aos usuários tecnologia para barateamento de seus produtos soprados. Isso é que o que muito temos buscado, porque o transformador e o envasador estão espremidos na cadeia produtiva em relação aos seus custo. De um lado existe a pressão dos reajustes de preços das matérias-primas e, do outro, a pressão contrária aos reajustes dos consumidores finais, os supermercados. Desta forma, oferecer máquinas mais produtivas, com menor consumo energético e preço competitivo são nossas metas e temos conseguido muito bons resultados”, ressalta o diretor Newton Zanetti. Sobre as tendências e demandas atuais dos transformadores, diante de novos designs, resinas e aditivos, o executivo faz uma avaliação interessante. “Depende do setor. Em busca de melhor preço final de seus produtos, alguns setores estão usando reciclados. Outros, procuram em designs novas formas de atrair seus clientes. Há, ainda, aqueles que oferecem pigmentos especiais, como o setor de cosméticos. Na verdade, todos buscam adicionar aos seus frascos um pouco de cada item e oferecer o melhor produto com o melhor custo possível. Hoje, o >>>> < Plástico Nordeste < 11


Mercado / Embalagens

mercado está cada vez mais exigente em termos de qualidade, custo e aparência do produto. No que se refere ao design, muitas vezes os modelos idealizados são de difícil confecção, mas são de forte apelo comercial”, diz. Zanetti também avalia o crescimento do mercado nordestino e os estados com melhor potencial. “O Nordeste é uma das regiões de maior crescimento hoje no setor de sopro, com Pernambuco liderando, com grande industrialização e mercado consumidor importante. Temos, também, Ceará e Alagoas como promissores, além do Maranhão, que embora não seja industrializado, sedia uma grande empresa usuária de nossas sopradoras no ramo de higiene e limpeza. O Nordeste é a segunda região de maior volume de vendas depois de São Paulo., destaca o diretor Newton Zanetti. A Multipet, outra importante fabricante de sopradoras com sede em Toledo (PR), tem foco na produtividade, segundo o supervisor de vendas Paulo Andrade. “A Multipet, ao longo de seus quase 18 anos de atuação tem evoluído constantemente na capacidade produtiva de seus equipa-

PET em números

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Marçon, da Abipet: as tendências apontam para embalagens menores, de consumo individual

mentos. Passamos de 350 garrafas hora por cavidade em 1997 para 2.000 garrafas hora por cavidade em 2014 e estamos e um momento de consolidação destes números. Junto com isso estamos, nestes modelos, implementando tecnologias de recuperação de energia, ou seja, a energia gasta em um movimento é parcialmente recuperada para outro (lembra o Kers dos veículos de Fórmula-1)”, informa o executivo. “Outra tecnologia já implementada com sucesso nos equipamentos Multipet é a recuperação de ar. Neste caso, dependendo do volume da embalagem a ser soprada, a recuperação de ar pode chegar

Um levantamento feito pela Abipet aponta que o consumo aparente do PET em 2012 foi da ordem de 605 mil toneladas. Em 2013, atingimos 617 mil toneladas, resultando num crescimento de 2,4% – evidentemente consideramos a entrada de pré-forma importada como parte da demanda brasileira. Em relação à reciclagem de embalagens de PET no Brasil, o 9.º Censo da Recicalgem apresentado no ano passado mostrou um salto de 12,6% em volume, ao passar das 294 mil toneladas que tiveram destinação adequada em 2011, para 331 mil toneladas em 2012. Os números de 2013 ainda não estão prontos, mas acreditamos em novo progresso. Com esse resultado, o País atingiu um índice de reciclagem de 59%, mantendo seu excelente posicionamento como um dos maiores recicladores de PET do mundo – superando os Estados Unidos e até mesmo a média registrada na Europa. O setor têxtil continua sendo o principal consumidor do PET reciclado, com 38,2% de participação, seguido das resinas insaturadas e alquídicas, com 23,9%. Outras embalagens (alimentos e não-alimentos) consomem 18,3% do volume reciclado. Laminados e chapas (6,4%), fitas de arquear (5,5%) e tubos (1,5%) são os outros principais mercados. Os 6,1% restantes ainda abastecem uma lista ampla de pequenas aplicações. 1212 > Plástico > Plástico Nordeste Nordeste > >

aos 35%. Isso é traduzido em menor consumo de energia. Estamos com tudo isso, buscando eficiência operacional e redução de custos”, acrescenta Andrade. Sobre o perfil industrial e o tipo de equipamento mais adequado ao mercado, o executivo comenta sobre o mix de ofertas, o processo de escolha e as vendas. “A Multipet fabrica equipamentos de vários modelos ou capacidade produtiva, cada qual buscando atender um segmento específico do mercado. Como o setor de águas minerais está mais comprador é nele o nosso melhor desempenho. O primeiro semestre do ano é representado pela maior morosidade dos bancos (leia-se mais exigências na concessão de crédito) tornando os negócios mais demorados”, ressalta. Quanto ao desempenho nos mercados regionais, Andrade faz uma análise mais ampla, sem destacar um estado, especificamente. "Como fabricantes de sopradoras para embalagens PET a Multipet tem atuação em todos os estados do Nordeste. O mercado consumidor determina se ele é maior ou menor e todos os estados da região estão em evolução. Novas fontes de água mineral dão o tom do crescimento”, esclarece. Andrade comenta também sobre o momento vivido pelo país. “Sente-se no mercado uma “certa inquietude” quanto ao desenrolar das eleições e as perspectivas para o novo governo, seja ele quem for. Cremos que teremos um segundo semestre com certa turbulência e mais restrição de crédito”, avalia.

Consumidores globais

Os consumidores estão cada vez mais globais e os produtos, por consequência, também. “São quase sempre os mesmos, ainda que alguns possam sofrer certa ‘tropicalização’. No Brasil e no mundo, as tendências são similares e apontam para embalagens menores, dedicadas ao consumo individual. Isso se dá em razão das famílias menores e, até mesmo, indivíduos que optam por se manterem sozinhos nas suas casas. O consumo on-the-go acontece com frequência cada vez maior e há design especializado para esse tipo de consumo, que vem crescendo graças ao trânsito caótico das cidades e ao tempo mais escasso – ou mais ocupado – das pessoas. O envelhecimento da


população demanda rótulos mais legíveis e embalagens mais fáceis de abrir”, diz o presidente da Abipet Auri Marçon. Além disso, consumidores de todas as classes gostam de sentir-se bem atendidos pelos produtos que adquirem. As embalagens são percebidas como uma extensão dos produtos e, assim, fazem parte efetiva da experiência de consumo, aponta Auri. “Isso também vale para todas as regiões. Ainda que possam haver iniciativas regionais, elas são pequenas demais (diante do mercado global) para serem devidamente mensuradas”. O presidente da Abiplast José Ricardo Roriz Coelho observa, com base no BrasilPackTrends 2020 – ITAL/Cetea, que os fabricantes de embalagens deve-

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Roriz: as inovações referem-se às embalagens ativas e inteligentes, aos biopolímeros e à nanotecnologia

rão buscar inovações tecnológicas a fim de trazer soluções no sentido da funcionalidade das embalagens, da durabilidade e da segurança do produto envasado, da imagem da marca, dos benefícios

ambientais e do custo. Tais inovações referem-se às embalagens ativas e inteligentes, aos biopolímeros e à nanotecnologia. Quanto às embalagens ativas, essas interagem com o produto diretamente ou por meio do espaço-livre da embalagem a fim de assegurar a qualidade, a segurança ou ainda aumentar a vida útil de medicamentos e alimentos. As embalagens inteligentes monitoram e comunicam informações sobre o conteúdo e o ambiente de um produto ao consumidor por meio de acessórios incorporados nos materiais da embalagem aplicados como adesivos ou até fixados no produto. Os biopolímeros são uma alternativa para a redução da dependência do petróleo e podem reduzir os impactos do setor de embalagem no meio ambiente. Este mercado tende a crescer quando os custos de sua produção tornarem-se mais competitivos. A nanotecnologia promete melhorar as propriedades e desempenho de materiais assim como aumentar a fun- >>>>

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Mercado / Embalagens

cionalidade das peças em novas aplicações de embalagens ativas e embalagens inteligentes. Algumas propriedades influenciadas pelos nanomateriais seriam as propriedades de barreira, mecânicas, térmicas, antimicrobianas, biodegradabilidade, reciclabilidade, entre outras. A Abiplast aponta que, conforme o Perfil 2013 da Indústria brasileira de transformação de material plástico, os transformados plásticos utilizados como embalagens representam aproximadamente 30% do total fabricado no país. As principais resinas e aplicações são PEAD, embalagens para produtos de higiene pessoal e cosméticos; limpeza; sacolas/sacos para alimentos a granel e sacos de lixo; tampas para garrafas de refrigerantes, sucos, água; frascos para alimentos lácteos; PEBD/ PEBDL, embalagens flexíveis utilizadas para alimentos sólidos e líquidos; camadas impermeabilizantes (coating) nas embalagens Tetra Pak; bisnagas para cosméticos; PP, tampas para frascos em geral; tampas “flip top”, com dobradiças; rótulos (na forma de BOPP); filmes para biscoitos, salgadinhos e afins (na forma de BOPP); potes termoformados para margarinas, doces, geleias; potes injetados para achocolatados, patês, etc; baldes industriais injetados (tintas, alimentos como requeijão, maionese, catchup, entre outros); PET, garrafas para bebidas em geral, óleos, vinagres, molhos, condimentos; frascos para cosméticos e fármacos; filmes para alimentos; stand-up pouch; PA, filmes para alimentos embutidos; PS, potes termoformados para iogurtes e outros alimentos lácteos como pudins, leites fermentados; bandejas para alimentos em geral (na forma de EPS); e PVC – blisters para medicamentos e alimentos; rótulos; filmes para alimentos.

Fornecedores: portifólios completos

Com unidades produtivas na Bahia e

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Letícia Jenssen: nível de design cresce muito no Nordeste e há investimentos em estudos próprios

Alagoas – no Nordeste, a Braskem possui forte presença no mercado de embalagens da região, oferecendo um portfólio robusto, incluindo resinas de alta performance. As plantas que atendem à demanda local produzem polietileno de baixa densidade, polietileno de baixa densidade linear, polietileno de alta densidade (monomodais e bimodais) e copolímeros de EVA, oferecendo um amplo espectro de opções aos clientes fabricantes de embalagens flexíveis e rígidas. Atualmente, a Braskem investe em alterações em uma de suas linhas produtivas na Bahia para que em 2015 fortaleça ainda mais esse posicionamento. “Desta forma, passaremos a produzir na região polietilenos lineares metalocênicos, o que faz de nosso portfólio ainda mais completo. Das resinas que irão compor o portfólio das plantas da Bahia podemos destacar o FLEXUS 9212XP, que se trata de um polietileno linear metalocênico com aditivação diferenciada, de modo a obter melhor estabilidade COF para bobinas técnicas laminadas para empacotamento automático”, aponta André Trevisan Bertolotti – engenheiro de Aplicação responsável pelo atendimento de PE na região Nordeste. O setor de embalagens, rígidas e flexíveis, representa entre 60 e 65% do volume comercializado na região. Na avaliação de Bertolotti, em função da atratividade regional, o mercado de envase ficou ainda mais competitivo, e as exi-

gências em qualidade não são diferentes de outras áreas do País. Neste cenário, a busca por diferenciação é uma constante e os fabricantes de embalagens estão atrás de otimização de seus processos, mão de obra especializada e uso de resinas de melhor desempenho. Embalagens transparentes, de excelentes propriedades mecânicas e elevado desempenho durante o empacotamento são algumas das características exigidas para as flexíveis, que em função das condições climáticas da região são produzidas e/ou formuladas com materiais específicos. Já para as rígidas, o mercado demanda embalagens cada vez mais leves e, para tal, necessitam de produtos com excelente balanço entre rigidez e resistência química. O executivo informa que a instalação de unidades fabris de diferentes setores da economia contribui para o aumento da demanda na região e, apesar de números modestos nesse ano, o crescimento no consumo de produtos para fabricação de embalagens no Nordeste ainda está descolado da média nacional e tem-se a expectativa de manutenção deste cenário no próximo ano. Em relação à tecnologia, aponta desenvolvimentos em stand-up pouch, easy peel e embalagens inteligentes, que facilitam o controle da qualidade dos produtos envasados como exemplos de embalagens trabalhadas na região. Ainda segundo Bertolotti, a estratégia dos transformadores da região está direcionada para penetração de mercado com base no atendimento em escala, mas eles demonstram uma preocupação em relação à utilização de soluções sustentáveis, embora o consumidor ainda detenha um comportamento conservador frente outras regiões do País. “Atualmente, estamos desenvolvendo soluções em parceria com brand owners e temos a expectativa de crescimento da demanda por PE Verde, que possibilitará excelentes soluções sustentáveis para produção de embalagens rígidas e flexíveis”, diz. A Dow possui um portfólio completo de resinas, especialidades e adesivos o que a credencia a participar do mercado de embalagens em todo o território brasileiro, promovendo as suas soluções em especial as resinas de polietilenos lineares octenos que trazem grandes van-


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tagens e diferenciação de desempenho para o mercado de embalagens para alimentos. “O mercado nordestino está em expansão, mas ainda apresenta em muitas embalagens um grau de complexidade menor se comparado aos mercados mais maduros e com isso um excelente potencial de desenvolver mais funcionalidades que são tão almejadas e requisitadas pelo consumidor, como abertura fácil, integridade e longevidade, reciclabilidade, entre outras. Algumas empresas vêm buscando introduzir novos conceitos e inovações neste mercado”, afirma Letícia Jensen diretora de vendas da divisão de Embalagens e Plásticos de Especialidades da Dow no Brasil. “O nível de design vem crescendo muito nesta região e algumas empresas inclusive vem investindo em estudos próprios para dar suporte a seus clientes, desta forma, as embalagens começam a se destacar transmitindo os conceitos de alegria, tradição e qualidades. Elementos estes típicos da cultura nordestina”. Para a Dow o crescimento da região nos últimos anos, que atraiu muitos investimentos, reforça a evolução na fabricação de embalagens, sejam rígidas ou flexíveis. “O Brasil é um país com grande extensão territorial e o aumento do custo logístico e tempo de trânsito estimularam o desenvolvimento, transferência de fábricas e crescimento local de fabricantes de embalagens para atender a região”, comenta Letícia. E o grupo apresenta novidades no

setor. Roberto Rigobello é o novo diretor de desenvolvimento para Embalagens e Plásticos de Especialidades da Dow para América Latina. O italiano, que acaba de desembarcar no Brasil, tem como desafio reforçar o portfólio técnico, trazendo a sua experiência internacional para contribuir com os esforços locais. “Estaremos, cada vez mais, próximos dos nossos clientes. Vamos nos concentrar em novas soluções que contribuam com a cadeia de valor e reforcem o diferencial da companhia no investimento em inovações em embalagens plásticas de especialidades, assim como soluções completas para seu portfólio”, pontua. O executivo está na Dow desde 2002 e já atuou com o grupo europeu de líderes de embalagens plásticas rígidas, além das equipes de tubos, flexíveis e de fibras para não-tecidos, tornando-se responsável pela Organização Europeia de Pesquisa & Desenvolvimento de Embalagens. O executivo, que fala inglês, italiano, espanhol e alemão, é mestre em Engenharia Química formado pela Politécnica di Milano com especialização em Química Macromolecular pelo Departamento Giulio Natta.

Plásticos especiais

A Eastman comercializa toda sua linha de resinas plásticas (copoliésteres) de forma direta ou através de distribuidores no Brasil. “Temos visto que a região Nordeste sempre está buscando novidades em plásticos especiais e a Eastman

Multipet busca eficiência operacional e redução de custos com recuperação energética e de ar

tem marcado presença nas novas aplicações, nas quais são exigidas transparência, resistência química e resistência ao impacto para os processos de injeção e sopro”, afirma o gerente de vendas de Plásticos Especiais para o Brasil da Eastman, Jefferson Garbelotti. O executivo aponta Tritan e The Glass Polymers como produtos mais adequados às necessidades da região. São resinas indicadas para injeção de peças para utensílios domésticos e cosméticos, e as resinas de PETG para sopro convencional (extrusão sopro) para frascos de bebidas e cosméticos. “Todas as resinas da Eastman possuem características próprias podendo ser utilizadas em aplicações onde as opções tradicionais não apresentam bons resultados. Além de não possuir BPA, as nossas resinas possuem ótima transparência, resistência química e resistência ao impacto”. Plásticos especiais e sustentáveis que substituem o vidro em frascos de embalagens cosméticas foram destaque da Eastman na 19ª edição da FCE Cosmetique 2014 em São Paulo. “As empresas de cosméticos estão muitos satisfeitas com as resinas oferecidas pela Eastman, pois possuem alta transparência, pode-se injetar peças com paredes grossas e facilidade de criar peças com um design diferenciado. Em todas as regiões temos visto a área de cosmético crescer e nossa participação no Brasil aumentar”, afirma. A empresa já atua no Nordeste, mas registra muitas aplicações nas regiões Sudeste e Sul onde tem concentrado o foco de desenvolvimento. “Em 2015, temos como objetivo avançar com essa tática e expandir o conhecimento das nossas resinas para outros estados do Brasil”, garante.

Cresce produção de flexíveis

Uma pesquisa contratada junto a Maxiquim Consultoria de Mercado, revelou que a indústria brasileira de embalagens plásticas flexíveis registrou um >>>> < Plástico Nordeste < 15


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Mercado / Embalagens

crescimento de 3,5% em 2013 quando comparado com o ano anterior, atingindo um volume de 1,88 milhão de toneladas produzidas. Já o faturamento cresceu 14,4% em 2013, saltando de R$ 12 bilhões em 2012 para R$ 13,7 bilhões. Historicamente, o setor registra taxas médias de crescimento de 3,6% e 6,8%, respectivamente, em volume e faturamento, desde 2006. Como esclarece o presidente da Abief - Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis, empresário Sérgio Carneiro, diretor da SR Embalagens, tal alta no faturamento, acima da média histórica, foi fruto, basicamente, do aumento dos preços de vendas do setor, em decorrência direta dos grandes aumentos dos custos com matérias-primas no período. Ainda conforme a pesquisa da Maxiquim, as exportações de embalagens

plásticas flexíveis, também cresceram em 2013, atingindo 60 mil toneladas, número muito próximo aos resultados de 2010 e 2011 e que marca um crescimento de 13,6 %. Em 2012 foi registrada queda no volume das exportações: 53 mil toneladas. Em 2013 as importações do setor caíram 8,3%, saindo de 136 mil toneladas em 2012, para 124 mil toneladas. “Estes movimentos são justificados pela alta do câmbio”, pontua Carneiro. "Mesmo assim, a balança comercial do setor manteve-se deficitária em 64 mil toneladas, o equivalente a US$ 418 milhões, decorrentes de US$ 624 milhões importados contra US$ 207 milhões exportados.” Com tais indicadores, o consumo aparente de embalagens plásticas flexíveis foi de 1,940 milhão de toneladas no último ano, com alta de apenas 2,3% em relação ao ano anterior. O principal

Aberta Consulta Pública de Acordo Setorial

Está em Consulta Pública o Acordo Setorial para a implementação de sistema de logística reversa de embalagens em geral. Assim, até 15 de outubro todo cidadão pode dar sua opinião via internet no site do Ministério do Meio Ambiente. A Abiplast pediu aos associados, principalmente aos fabricantes de embalagens, que analisem o documento e, se necessário, encaminhem suas sugestões conforme especificado no link e, se possível, encaminhem uma cópia de seus comentários à entidade. As empresas fabricantes de embalagens que ainda não aderiram ao Acordo que contatem o Sindicato Patronal da sua Região para oficializarem a adesão. Confira o link: http:// www.consultas.governoeletronico.gov.br/ConsultasPublicas?andamento.do?acao=co nfirmarPesquisaAndamento 1616 > Plástico > Plástico Nordeste Nordeste > >

Novos nichos: a resina PET começa a conquistar espaços como nas embalagens para lácteos

mercado para as embalagens plásticas flexíveis continua sendo o alimentício, respondendo por cerca de 30% da demanda. Apesar das expectativas expressivas de crescimento em 2014, com destaque para bebidas, os analistas não acreditam que as altas serão suficientes para alterar o resultado. O setor deverá fechar 2014 com um crescimento moderado, semelhante ao registrado em 2013. Segundo a Maxiquim, a indústria de embalagens plásticas flexíveis foi responsável pelo consumo de 79% de todo o PEBDL (polietileno linear de baixa densidade) comercializado no país em 2013, o equivalente a 769 mil toneladas. A principal indústria usuária destas embalagens foi a de alimentos, com participação de 35%, seguida por industrial, 16% e higiene pessoal e limpeza doméstica, 14%. O segundo maior volume de resinas consumido pelo setor – 444 mil toneladas - foi o de PEBD (polietileno de baixa densidade), 75% da demanda nacional. A indústria de alimentos continuou como o principal cliente, com participação de 28%, seguida por industrial (21%) e bebidas (9%). O terceiro maior volume é registrado em PP (polipropileno), com 402 mil toneladas, ou seja, 25% da demanda total. Neste segmento, a principal indústria usuária é novamente alimentos com 21,8%, seguida por utilidades domésticas, 13,5% e bebidas, 10,4%. A resina com menor participação na produção de embalagens plásticas flexíveis em 2013 no Brasil, de acordo com o estudo da Maxiquim, foi o PEAD (polietileno de alta densidade). Ela aparece com 262 mil toneladas que equivalem a 26% da demanda total. O principal cliente é a indústria de higiene pessoal e limpeza doméstica, com 27% de participação. Na seqüência vêm descartáveis (19%) e agropecuária (8%); alimentos têm participação de apenas 4%. Vale lembrar que os descartáveis são representados, basicamente, pelas sacolas plásticas de supermercados.


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A força do PET

Leveza, transparência e brilho, associados às vantagens econômicas, são os principais diferenciais que as embalagens de PET oferecem. A embalagem de PET facilita e diminui os custos com produção e logística de distribuição. O material é extremamente leve, o que permite o carregamento de grandes volumes com quantidade inferior de embalagem. Além disso, evita a necessidade de retorno e lavagem da embalagem, como acontece com as embalagens retornáveis. Num caminhão carregado, por exemplo, as embalagens de PET ocupam apenas 2% da carga, enquanto algumas embalagens ocupam até 48% do peso – ocupando desnecessariamente o lugar do produto. Nos sistemas retornáveis, esse “peso morto” ainda tem que voltar para a fábrica do produto, gerando ainda mais emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa. No caso do varejo, as características de transparência e brilho destacam a qualidade do produto embalado nas prateleiras, atraindo o consumidor. Mas os consumidores foram os principais beneficiados com o avanço do material, aponta Auri Marçon, presidente da Abipet - Associação Brasileira da Indústria do PET. “As embalagens de PET adaptam-se perfeitamente aos modelos de consumo mais atuais, que exigem portabilidade, praticidade e transparência – e sistemas de fechamento eficientes, que permitam o consumo a qualquer momento. Para que seja adequada ao consumo on-the-go, a garrafa deve ser também inquebrável, o

que é plenamente atendido pelo PET. Essa característica possibilitou grande expansão na distribuição de produtos, que podem ser enviados a locais remotos. Isso resultou em democratização do consumo. Com a redução dos custos de produção e distribuição, os itens envasados tornaram-se mais acessíveis também do ponto-de-vista econômico”, explica Marçon. Além disso, o PET é uma embalagem que garante a destinação adequada no pós-consumo, graças a uma cadeia industrial de reciclagem bem desenvolvida, que facilita o fluxo reverso e remunera bem o material reciclado. Com essas qualidades, a embalagem PET vem consolidando ou ganhando espaço em diversos mercados. Aproximadamente 58% das embalagens de PET vão para refrigerantes, o que torna o setor deveras importante para o desempenho geral da indústria. Mas as demandas são cada vez maiores em segmentos como sucos, energéticos, condimentos etc. Também se vê crescimento na área de lácteos. Por outro lado, o PET tem avançado consistentemente no mercado de produtos de limpeza, que tem maior demanda por embalagens de maior volumetria - inclusive com o uso de material reciclado. “Também podemos citar forte avanço em setores como sucos concentrados, produtos de limpeza e cosméticos. Digno de nota, ainda, a mudança no comportamento do consumidor com relação aos energéticos: o produto deixou de ser consumido individualmente, exigindo embalagens de maior volumetria e, consequentemente, ampliando o alcance do produto graças à embalagem”, diz Marçon. >>>> < Plástico Nordeste < 17


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Mercado / Embalagens

Presença regional

O Nordeste tem sido palco de grandes investimentos do setor nos últimos anos, tanto em resina como também em injeção de preformas, informa o dirigente da ABIPET. “Com a chegada da M&G em 2007, e com a mais recente operação da Petroquímica Suape, ambos em Pernambuco, a região terá capacidade anual de aproximadamente 1 milhão de toneladas de resina PET, quando todas as linhas estiverem em plena operação. Isso deve acontecer em cerca de um ano. Assim, o Brasil se torna auto-suficiente na produção e potencial exportador do produto. Os investimentos para fabricação de preformas também foram consideráveis e hoje podemos dizer que o Nordeste é responsável por cerca de 40% da produção brasileira. Grandes empresas multinacionais e também nacionais como Amcor, Alpla e Engepack fazem parte dos investidores nessa região”. Os principais produtos transformados no Nordeste com o PET são basicamente preformas, que têm de 40% a 45% da sua produção concentrada na região. Existem vários tipos adequados à produção posterior, através de equipamentos de sopro, das mais diversas garrafas e frascos. Essas embalagens conterão bebidas, água, óleo comestível, leite e bebidas lácteas, sucos prontos ou concentrados, produtos de limpeza, cosméticos, farmacêuticos, potes para maioneses, molhos, condimentos. “Cada segmento conta com 18 > Plástico Nordeste >

uma variedade de capacidades volumétricas, que vão de alguns mililitros até garrafões de 20 litros. Uma lista extensa”. O consumo de garrafas de PET segue a demanda dos produtos nela envasados. “Evidentemente, temos outros dois fatores importantes que incrementam essa análise. Um deles é a renda per capita. Quanto maior o poder de compra da população, maior será o consumo de produtos industrializados, que em nosso caso pode ser entendido como produtos engarrafados. O clima regional e a temperatura, obviamente, constituem outro fator que pode influenciar no consumo de bebidas. Nessa linha de raciocínio, a densidade demográfica faz com que o Sul e do Sudeste ainda sejam os grandes consumidores de bebidas envasadas em embalagens PET. No caso do Nordeste, não temos números específicos. Porém, a região vem obtendo destaque em muitos setores, inclusive no global da produção industrial. Segundo o ICVA (índice da Cielo) o varejo da região cresceu 15,3% em 2013, assim como o Centro-Oeste, o que demonstra a importância dessas localidades para o setor do PET”. Theresa Moraes, gerente comercial da M&G diz que, sem dúvida, a criação do polo da resina PET, “beneficiou todo o Nordeste, principalmente o estado de Pernambuco que obteve ganhos sociais consideráveis, principalmente na região de implantação do projeto M&G”. Enfati-

Unidade da M&G em Pernambuco: a criação do polo da resina PET beneficiou todo o Nordeste

za ainda que, no caso desta área geográfica, “a implantação da fábrica da M&G em Suape/PE alavancou a criação de diversos tipos de infraestrutura que, aliada à mudança de diversos transformadores da resina PET para esta região proporcionou a criação de vagas de emprego. Beneficiou também a expansão de diversas empresas que interagem com nosso produto, quer seja através de transporte, armazenagens e serviços afins, obtendo como resultado prático a melhoria das condições de desenvolvimento socioeconômico da região”, acrescenta. A M&G é uma empresa multinacional familiar, com sede na Itália e filiais no Brasil, EUA e México, cujo core business está centrado na produção de resina PET. A M&G Brasil basicamente trabalha com dois tipos de produtos: Resina Cleartuf Max, destinada principalmente para os mercados de refrigerantes e óleo comestível; e Resina Cleartuf Turbo, destinada basicamente para os mercados de água mineral, fármacos e cosméticos. Sua logística de entrega permite o atendimento de todas as regiões brasileiras, através dos modais de transporte disponíveis. “Produzimos cerca de 550.000 toneladas / ano. Grande parte desta produção é comercializada no mercado doméstico e outra parte é exportada para países da América do Sul”, informa Theresa.

Novos nichos, bons mercados

Além das tradicionais garrafas, a dica da Abipet para os transformadores é investir em bebidas lácteas, inclusive leite UHT, que foram um importante destaque em 2013 e continuam sendo agora em 2014. Trata-se de um mercado que utiliza grande volume de embalagens e a plena aceitação do PET demonstra que o consumidor está em busca de opções que atendam melhor às suas necessidades. Produtos como isotônicos e sucos também são muito procurados nas altas temperaturas, tanto pelo apelo de sau-


Reciclagem: um bom negócio, que só não cresce mais por falta de uma política de coleta de resíduos

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dabilidade quanto pela necessidade de transporte dos líquidos em garrafas práticas, leves e com bons sistemas de fechamento On the go. “Hoje além da garrafa tradicional para refrigerantes, temos diversas aplicações para a resina PET, destacando a produção de embalagens para leite, água, sucos, chás, e embalagens termoformadas”, confirma Theresa. Para Marçon, é certo que o crescimento populacional e, principalmente, o desenvolvimento da região promoveram forte expansão no consumo. Grandes usuários das embalagens de PET se instalaram ou expandiram as atividades no Nordeste, inclusive grandes fabricantes de refrigerantes, que são ainda os maiores consumidores do PET para garrafas. “Embora a sensação geral dos setores industriais seja negativa, o longo período de calor neste início de 2014 – e mesmo durante o período de inverno – propiciou crescimento no consumo principalmente de água. E é possível que isso possa melhorar o resultado consolidado para o ano. No caso do Nordeste, a inclusão socioeconômica e o crescimento do varejo local verificado nos últimos anos tende a gerar uma evolução mais acentuada dos números, destacando a Região diante da média nacional”. Theresa lembra as vantagens do produto em relação a outros plásticos. “Além de ser leve, transparente, tem resistência mecânica e possui alta produtividade, não produzindo aparas e, desta forma, não apresenta perda na produção. Soma-se o fato de ser um produto correto, do ponto de vista da sua reciclabilidade com total aproveitamento pós industrial ou mesmo pós-consumo, quando é feito um trabalho de coleta seletiva adequado”. No caso da resina PET, o mercado já associa o produto à transparência e boa aceitabilidade de cores. A Abipet tem como objetivos promover a utilização e reciclagem das embalagens de PET, incentivar o desenvolvimento tecnológico, aplicações para o PET reciclado e divulgar as ações do setor. “Temos importantes associados no Nordeste, que vêm contribuindo fortemente para o desenvolvimento da indústria como um todo. Além disso, conta com recicladores que vêm trabalhando para ampliar a destinação adequada da embalagem pós-

-consumo. Por fim, possui empresas avançadas tecnologicamente para a fabricação de embalagens, incluindo a produção do bottle-to-bottle em grau alimentício. "É o caso da UnnaPET, que investiu em alto nível de tecnologia em Alagoas e se preparou para ser um dos maiores recicladores de PET do país, integrando know how tanto para aplicação têxtil como para bottle-to-bottle”, ressalta Marçon.

Investimentos em reciclagem

Assim como na produção de resina e preformas, a reciclagem tem sido alvo de investimentos na região. Segundo o último Censo da Reciclagem do PET no Brasil, o Nordeste comporta aproximadamente 34 empresas recicladoras, distribuídas pelos vários estados. Marçon destaca que há na região recicladoras de alta tecnologia produzindo resina PET-PCR, com qualidade food grade, atividade que demanda altos investimentos. “É crescente a participação do Nordeste na reciclagem total brasileira, mas há espaço para uma evolução mais forte. Ainda segundo o Censo, com 28% da população brasileira, cerca de 19% do PET reciclado no Brasil vem desta região”, esclarece o dirigente. E acrescenta: “Nas demais regiões, existe maior equilíbrio entre a concentração populacional e a recuperação das embalagens, enquanto que o Sudeste colabora com 53% das embalagens recicladas,

tendo 43% da população. Claro que isso pode ser explicado pela concentração da população. Devemos considerar, no entanto, que o Sudeste também não conta, de modo geral, com bons sistemas de coleta seletiva. É necessário que o governo cumpra sua parte na execução da lei que criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, para que os números cresçam em todo o país”, analisa. Sempre é importante lembrar que a indústria recicladora do PET poderia crescer ainda mais no curto/médio prazo. “Isso não acontece por um motivo simples: insegurança dos investidores quanto à disponibilidade da principal matéria-prima, a garrafa pós-consumo. Embora tenhamos uma das melhores taxas de reciclagem do mundo (por volta de 60%), ainda há garrafas sendo desperdiçadas pela ausência das políticas corretas de coleta de resíduos”, explica Marçon. A entidade está empenhada na consumação do Acordo Setorial que atenderá à Política Nacional de Resíduos Sólidos e vai formar o tripé constituído pelo setor industrial, consumidores e poder público - sobre o qual a logística reversa se apoia. “De forma pragmática, no caso do PET, temos demanda latente, ou seja, várias empresas contam com projetos guardados na gaveta e não investem, porque o desafio de fazer a coleta crescer ainda assusta o investidor. A capacidade industrial para reciclagem de PET já é maior do que a coleta de garrafas descartadas e os sistemas de coletas existentes, baseada em catadores, cooperativas e sucateiros, não são suficientes para abastecer a indústria de reciclagem atual. Durante o inverno, essa indústria chega a trabalhar com ociosidade de até 30%. Acreditamos que a PNRS pode ajudar a melhorar esse cenário, mas é preciso que os governos e principalmente os municípios invistam em coleta seletiva. Caso contrário, boa parte do material coletado, que poderia ser reciclado, pode ir para um aterro, junto com o lixo comum”. PNE < Plástico Nordeste < 19


EVENTO Embala Nordeste & Green Expo

Mais de 13 mil visitantes prestigiaram as feiras em Pernambuco, projetando negócios de R$ 900 milhões até o próximo ano.

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Saldo de bons negócios

Contatos: estande da Drypol Recyclean registra um momento de alegria pelas boas perspectivas futuras

20 > Plástico Nordeste >

E

ntre 12 e 15 de agosto, o Centro de Convenções de Pernambuco foi sede da 9ª edição da Embala Nordeste - Feira Internacional de Embalagens e Processos, e a 1ª Green Expo, exposição com foco em soluções e tecnologia para o meio ambiente, reciclagem, limpeza pública e gestão de resíduos. Os eventos simultâneos, ambos promovidos pela Greenfield Business Promotion, encerraram as atividades com saldo bastante positivo – registraram mais de 13 mil visitantes e existe a estimativa de que feira tenha gerado negócios que devem render mais de R$ 900 milhões até o próximo ano por conta da venda de máquinas, equipamentos, serviços e também o fornecimento de matéria-prima para indústrias de emba- >>>>


< Plรกstico Nordeste < 21


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EVENTO Embala Nordeste & Green Expo

lagens e de reciclagem, entre outras. De acordo com Luiz Fernando Pereira, diretor da Greenfield, muitas transações foram fechadas e iniciadas durante os três primeiros dias do evento. “Os expositores puderam realizar grandes negócios durante esta edição da Embala. Já a Green Expo, que acontece pela primeira vez, superou todas as nossas expectativas. O mercado regional é muito carente desse tipo de produto e serviços que nós trouxemos e, por isso, no ano que vem pretendemos voltar num espaço ainda maior e com muito mais expositores e palestrantes”, afirma Pereira, que é sócio da Greenfield ao lado de André Mozetic. De certa forma, o sucesso da Green Expo pode ser justificado pela recente implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), que determina o fim dos lixões nas cidades brasileiras e aumenta a responsabilidade dos geradores de resíduos na obrigação de recompra, reutilização ou reciclagem desse material, incentivando assim a logística reversa. “A Green Expo pode mostrar aos gestores públicos, empresários e ambientalistas soluções lucrativas para tratamento de lixo e reciclagem”, explica Luiz Fernando. Conforme pesquisa divulgada recentemente pelo Sindicato das Indústrias de Material Plástico (Simpepe), só em Pernambuco, as empresas de reciclagem 22 > Plástico Nordeste >

de plástico faturaram, em 2013, aproximadamente R$ 135,9 milhões. O número mostra o potencial que o setor de reciclagem possui, já que o levantamento ainda destaca que o valor corresponde a apenas 20% do potencial de operação. E o setor deve apresentar crescimento ainda maior nos próximos anos, já que está diretamente ligado à indústria de embalagens, segmento que continua aquecido. De acordo com os resultados de um estudo exclusivo do setor plástico realizado pela Associação Brasileira da Embalagem (ABRE), a indústria de embalagem teve um crescimento de 1,41% em sua produção física no ano de 2013. Para este ano, as perspectivas são de um crescimento moderado, mas considerável, na produção física, que deve apresentar um incremento por volta de 1,5%.

Bons frutos

Conceituada fabricante de injetoras e sopradoras, a Pavan Zanetti, que tem um CD em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, desta vez não participou diretamente da feira, pois usou uma estratégia diferente, segundo o diretor Newton Zanetti. “A Pavan Zanetti marcou presença através de seu representante local, a Plastmex, do Sr. Renato Araújo. Esta edição coincidiu com a morte do candidato à presidência da República, Eduardo Campos, que teve grande repercussão e contribuiu para que a

Alagoas presente: Pereira (E), da Greenfield, ao lado da secretária Poliana Santana no estande da Seplande

feira tivesse um baixo movimento. Ainda assim, conseguimos fechar e abrir novas oportunidades de negócio”, esclarece. O executivo aproveitou para explicar a forma de participação. "A Pavan Zanetti não esteve na Embala Nordeste com estande próprio porque decidiu, há algum tempo, participar de exposições de dois em dois anos, evitando feiras anuais”. Mesmo diante das circunstâncias citadas anteriormente, a empresa participou do evento com o intuito de vender e marcar seu espaço. Zanetti considerou o resultado positivo. “O objetivo da Plastmex foi concretizar vendas e manter as marcas representadas em evidência. Uma máquina da Pavan Zanetti foi vendida para o setor de água mineral e os contatos levantados estão sendo visitados pelo representante, com possibilidades de fechamento de negócios”, comenta. A participação da Indústrias Romi foi destacada por dois novos modelos de máquinas para plástico: a injetora Romi EN 220, um equipamento moderno e aprimorado com sistema "Stop and Go", que proporciona alta precisão, maior velocidade de injeção e torque na plastificação, ações aliadas ao baixo consumo de energia e nível de ruído. Esse sistema garante um desvio padrão do peso do produto injetado muito pequeno, proporcionando peças técnicas com dimensional muito mais preciso e com ganho significativo na redução do consumo da matéria prima. A economia de energia deste modelo pode chegar a 60% em algumas aplicações mais exigentes. Esta linha conta com capacidade de injeção maior para todos os modelos e oferece o melhor custo por benefício para a produção de peças injetadas. Atende todos os segmentos de mercado. A outra máquina foi a sopradora Romi P 5L, especialmente desenvolvida para a produção de embalagens, galões e peças técnicas para indústria química e automotiva. É equipada com novo


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comando CM10, que proporciona melhor interatividade e possibilita até 512 pontos no programador de Parison. Sua extrusora possui motor elétrico acoplado diretamente ao redutor, proporcionando assim, melhor rendimento. Seu sistema de moldagem possui força de fechamento mais elevada, sendo um diferencial, além de dispor de um controle individual de temperatura para torpedo e trefila, o que permite melhor controle de produtividade e baixo consumo energético. Já a Narita Indústria e Comércio, especializada na fabricação de máquinas e serviços para o segmento de embalagens, com sede em São Bernardo do Campo (SP), vê no Nordeste um mercado bastante promissor.“Ultimamente esta região tem crescido acima da média brasileira, queremos acompanhar e participar desse crescimento”, afirma Ricardo Ogna, consultor de vendas. Para impulsionar os negócios, a Narita, que já participou de outras duas edições da Embala, apostou nos serviço e preços diferenciados. “As máquinas vendidas para o Nordeste durante o evento tiveram os custos de instalação, o que inclui a viagem dos técnicos, totalmente pagos pela Narita”, explica Ricardo. No estande da empresa foi possível conferir modelos de rotuladoras para rótulos termoencolhíveis, todas fabricadas com tecnologia de ponta e dentro das normas regulamentares de segurança (NRs).

Novidades da Pro-Color

A Pro-Color, empresa especializada da fabricação de concentrados de cores – masterbatches, aditivos, dry-blend e compostos – voltou a participar da Embala Nordeste, anunciando novidades. A empresa, que abriu no final de 2013 uma unidade fabril em Pernambuco, no município de Condado, já se prepara para construir novas instalações, aumentando o espaço e a capacidade produtiva da fábrica. A expansão da unidade é um dos indicadores que o setor de plásticos e embalagens continua em alta na região. “O Nordeste tem um dos maiores índices de crescimento do Brasil, o que favorece o consumo, o aumento de renda e, consequentemente, os investimentos em infraestrutura. Esse conjunto tem atraído grandes projetos da iniciativa privada, o que sustenta a evolução e o crescimento acima da média”, explica Roberto Clauss, diretor presidente da empresa. Quem passou pelo estande da Pro-Color durante os quatro dias de feira pôde conferir todo o seu extenso portfólio de produtos e os serviços. De acordo com Roberto, os grandes diferenciais da empresa são a qualidade e os preços competitivos dos produtos. “Estamos sempre em busca de melhorias, por isso recentemente fechamos parceria com a Ecoventures Bioplastics do Brasil, empresa americana especializada em produtos biodegradáveis”, avisa. A Pro-Color, que está sediada em São

Bom momento: ProColor vai aumentar o espaço e a capacidade produtiva da fábrica em Condado (PE)

Paulo, no município de Cotia, ainda possui uma unidade fabril em Jaraguá do Sul (SC) e uma filial em Bauru, no interior de São Paulo. Outra empresa que participou da Embala Nordeste foi a Piramidal, com atuação em distribuição de resinas termoplásticas - commodities e resinas de engenharia - há 29 anos no mercado brasileiro, além de manter uma loja virtual onde é possível realizar compras de até 500kg. De acordo com Suzi Chiavoloni, gerente de relacionamento, além da qualidade dos serviços, a empresa tem como diferencial a parceria com os clientes e colaboradores.

Moldes em alta

A Moldes Brasil Ferramentaria, empresa especializada no desenvolvimento e produção de moldes para indústrias transformadoras de plástico, participou mais uma vez da Embala Nordeste. Nesta sua segunda exposição, a empresa, com sede em Santa Catarina, prevê um aumento de 20% no volume de negócios em comparação coma edição anterior da feira. “Estamos focados em conquistar mais clientes no Nordeste e a Embala vem justamente para alavancar essa expansão”, afirma Ederson Buco, diretor comercial da Moldes Brasil. Ederson cita a precisão e a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa como diferencial. “Além disso, nossos preços são bastante competitivos, temos uma assistência dedicada e prazos de entrega confiáveis”, acrescenta. Assim, quem passou no estande da Moldes Brasil durante a Embala pôde conferir diversas amostras de moldes e de embalagens.

Presenças e destaques

Outras empresas da cadeia do plástico que participaram com destaque da Embala foram a Valmart Máquinas e Acessórios, Drypol Recyclean, Eteno, Starmach, Refrisat, NZ, Activas Nordeste, Flexo Tech, Indumak, Ibram, Mainard, Primotécnica, Plastmaq e Multi União. PNE < Plástico Nordeste < 23


EVENTO FIMMEPE

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Gerando inovação e grandes negócios no Nordeste Otimismo: Alexandre Valença (Simmepe), Tatiana Menezes, Liliana Bertoluci e Paulo Octávio (D), da Reed

A 20ª Feira da Indústria, Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambuco, de 21 a 24 de outubro no Centro de Convenções, em Olinda.

C

onfiança foi a palavra chave no lançamento da 20ª edição da Fimmepe – Mecânica Nordeste, Feira da Indústria Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico, em agosto, no JCPM Trade Center, em Recife, com a presença de dezenas de empresários, autoridades e profissionais ligados ao setor industrial. Realizada pelo Simmepe (Sindicato das Indústrias Mecânicas, Metalúrgicas e de Material Elétrico de Pernambuco), com organização e promoção da empresa multinacional Reed Exhibitions Alcantara Machado, a feira mos24 > Plástico Nordeste >

tra todas as novidades e tendências do mercado, ajudando os empresários a incrementarem as vendas. A Fimmepe será realizada de 21 a 24 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco. A Fimmepe Mecânica Nordeste é um evento realizado há 20 anos em Pernambuco, consolidado no calendário de feiras do Nordeste como um importante canal de promoção do desenvolvimento e modernização da indústria regional. O evento reúne os principais fabricantes e distribuidores de máquinas, equipamentos e componentes, criando um ambiente único de negócios e contribuindo significativamente para a ampliação deste novo pólo de feiras no país juntamente com o Sindicato das Indústrias Mecânicas, Metalúrgicas e de Material Elétrico de Pernambuco (Simmepe). As perspectivas animadoras indicam as proporções desta feira: exposição de 150 marcas nacionais e internacionais, presença de 11 mil visitantes/compradores altamente qualificados que vão circular

por uma área de exposição de 13.000 m². Silvio Leimig, diretor Suape Global e representante da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, estava animado. “Tenho certeza do sucesso desta feira. A indústria metal mecânica tem sido o suporte para o crescimento de Pernambuco, por isso esse evento é importante também para o governo do estado”, disse. Já o presidente do Simmepe, Alexandre Valença, lembrou que o evento acontece no ano em que o sindicato comemora seus 80 anos. “Além de incentivar novos negócios, a Fimmepe é um dos melhores vetores para o sindicato se aproximar da base aliada e coincide com os 20 anos do sindicato. A cada ano, a feira traz novas tecnologias e conhecimentos”. Serão realizados três eventos paralelos: Workshop dos Expositores, Rodadas de Negócios e Inova Senai. A Fimmepe vai atrair visitantes de vários estados vizinhos, cujos dirigentes classistas confirmaram a presença de as-


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sociados. É o caso da Bahia e também da Paraíba. Na Bahia, o segmento metalmecânico é o segundo em importância na indústria de transformação do estado, com a produção de commodities siderúrgicos básicos e na metalurgia de não-ferrosos, destacando-se os produtos derivados do

cobre, alumínio e ferroligas, por isso não pode ficar de fora deste evento,

Potencial crescente

No lançamento, coube ao vice-presidente da Reed Exhibitions, Paulo Octávio Pereira de Almeida, mostrar números que

Amut-Wortex aposta no Nordeste

A Amut-Wortex, joint venture entre duas gigantes na fabricação de máquinas e equipamentos para vários setores da indústria e reciclagem, estará presente na Fimmepe para valorizar o potencial do mercado do Nordeste. “É uma oportunidade para estarmos próximos dos nossos clientes e também abrir novos contatos. A Wortex está preparada para atender a indústria metalmecânica do Nordeste, que está num momento bastante favorável. Temos como filosofia a “Tecnologia em Movimento”, com o desenvolvimento de muitos projetos especiais para sanar problemas apresentados pelos nossos clientes em diversos segmentos da indústria”, comenta Paolo De Filippis, diretor geral da Wortex. Nesta ocasião a empresa não estará expondo máquinas diretamente, como explica De Filippis. “Não teremos equipamentos em exposição. Será uma participação mais institucional, mas muito importante para reforçar aos empresários locais que temos investido em novos equipamentos com alta tecnologia para fabricação de chapas, filmes e tubos. A partir da parceria com a italiana AMUT, temos a expectativa de ampliar a nossa participação na região Nordeste com a linhas de extrusoras de chapas e tubos de PVC e poliestireno”, complementa o executivo. De Filippis também comenta sobre o potencial do mercado nordestino e os produtos que podem ser oferecidos para diversas áreas. “O cenário é promissor para os negócios da Amut-Wortex, e queremos ampliar ainda mais os projetos na área de reciclagem com as linhas de filmes e lavagem para atender as indústrias que estão aprimorando seus processos de reciclagem”, ressalta. E completa: “Lançamos recentemente a linha de extrusoras “Challenger Blow”, modelo Sintesis, para produção de filmes monocamada de PEBD, PEAD e Blendas; e a versão atualizada da Linha de granulação “Challenger Recycler” que está mais compacta, versátil e eficiente, atendendo as normas de segurança NR10 e NR12”, finaliza.

Potencial: organizadores estimam que a edição de 2013 gerou cerca de R$ 150 milhões em negócios.

embasam a confiança dos organizadores no sucesso da Fimmepe. Segundo ele, estima-se que a edição de 2013 movimentou cerca de R$ 150 milhões em negócios. Pesquisa realizada durante o evento constatou que 85% dos participantes ficaram satisfeitos e 91% tinham interesse em visitar a próxima edição. Além disso, 78% do público recomendou a visita à feira. Paulo Octávio também destacou alguns dos diferenciais para esta edição, como parcerias com universidades, rodadas de negócios, e workshop para os expositores. “Quando se tem parcerias com marcas fortes, o trabalho fica bem mais fácil. Entre outras coisas, as feiras são importantes porque representam fielmente as cadeias em que os expositores atuam”, acrescentou. Na avaliação do potencial de negócios os organizadores consideram que, em função do surgimento e do fortalecimento dos segmentos naval, de petróleo e gás e, recentemente, automotivo, muitas negociações têm sido criadas, impulsionando o desenvolvimento da economia local. Para ampliar e dinamizar o evento, foi firmada uma parceria com a Reed Exhibitions Alcantara Machado, que com sua expertise tem dado uma importante contribuição para o crescimento da feira que hoje, além da exposição, conta com uma conferência de excelente qualidade técnica, reunindo profissionais de todas as partes do mundo em debates sobre temas de grande repercussão e troca de conhecimentos. Também estão programadas rodadas de negócios entre as empresas expositoras e os compradores de grandes companhias que aproveitam a energia e o clima de negócios que envolve toda a feira. A feira é uma realização do Simmepe – Sindicato das Indústrias Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambujco, com apoio master da Abinee, e também da Abimaq, Abinfer e Abendi e organização da Reed Exhibitions Alcantara Machado. PNE < Plástico Nordeste < 25


DESTAQUE Polo Plástico do Ceará e da Paraíba

Em ritmo de crescimento Em alta: Muchale, economista do INDI, destaca que o Ceará deve crescer 3,0% em 2014

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Em uma primeira análise no perfil da Associação Brasileira da Indústria do Plástico, o Ceará e a Paraíba apresentam bons números de empresas e empregados, o que já dá uma idéia da dimensão do setor nestes estados. Saiba mais sobre as oportunidades por quem vive o dia a dia da indústria local.

Dinamismo diferencia o Ceará

Segundo o economista do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (INDI)/FIEC, Guilherme Muchale, o Ceará representa 16% do PIB nordestino, estando entre as três maiores economias da região, um dos destaques em termos de dinamicidade econômica, uma vez que apresenta crescimento superior à média do País desde 2008. “O ano de 2014 é um claro exemplo da questão, pois, enquanto as previsões apontam que o País fechará 2014 com crescimento de apenas 0,3% no PIB, o Estado do Ceará manteve-se em posição diferenciada e deve fechar o ano com expansão de mais de 3%”, compara. O Ceará está entre os cinco maiores produtores nacionais de calçados, confecções e produtos têxteis, além de ser destaque em produtos derivados do trigo, seja farinha, biscoitos ou massas, informa o economista. Atualmente, divide com o Rio Grande do Norte o posto de maior produtor de energia eólica do País, sendo o Estado de maior potencial dessa fonte energética. “O Estado tem recebido importantes investimentos que devem dotá-lo de condição diferenciada de competitividade, como a expansão do Porto do Pecém, implantação da Ferrovia Transnordestina e importantes investimentos privados na indústria de base, como três siderúrgicas e uma refinaria da Petrobrás. Também convém citar a instalação do Polo Industrial e 26 > Plástico Nordeste >

Tecnológico da Saúde, que contará com uma unidade da Fiocruz”. Dados mais atualizados mostram que o Ceará conta com 213 empresas transformadoras de plástico, e os 4.410 empregos formais gerados pelo setor posicionam o Estado entre os três maiores produtores da região Nordeste (atrás apenas da Bahia e Pernambuco). A Abiplast - Associação Brasileira da Indústria do Plástico apresenta em seu Perfil 2013 números com pequena diferença, 212 empresas e 4.318 empregos. “Quase metade destes empregos é gerado no setor de embalagens de plástico. Como o Nordeste e o Ceará foram os principais beneficiados da valorização do salário mínimo, políticas de transferência de renda, entre outros, que favoreceram o crescimento do consumo, a região deve continuar apresentando crescimento acima da média nacional”, diz Muchale. No Ceará, além de se beneficiar pelo dinamismo econômico, o setor

industrial tem se destacado pela integração com o Governo e a Academia, unindo esforços para desenvolver o ecossistema de inovação do Estado, buscando um ambiente de negócios diferenciado, unido a perspectivas positivas pelos grandes investimentos previstos, à infraestrutura em constante desenvolvimento e a políticas de incentivo fiscal. “Tudo isso corrobora para que o bom momento vivido pelo Ceará tenha continuidade, fazendo com que o mesmo sempre seja avaliado como uma ótima opção para realização de investimentos e novos negócios”, diz Muchale.

Oportunidades que vem do exterior

O Centro Internacional de Negócios é a unidade da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) que auxilia os empresários cearenses a ingressarem no mercado internacional. Possui o objetivo de promover a cul- >>>>


< Plรกstico Nordeste < 27


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DESTAQUE Polo Plástico do Ceará e da Paraíba O Ceará está entre os cinco maiores produtores nacionais de calçados

Feira K e Recicla Nordeste

tura exportadora no Estado, com vasto portfólio de produtos e serviços a fim de auxiliar as empresas e indústrias a se expandirem e difundirem seus negócios. O CIN Ceará é um centro de referência em relações internacionais para as indústrias do Estado, contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável, através de parcerias com instituições públicas e privadas. Sindicatos empresariais ligados à FIEC atuam junto ao CIN organizando participação em eventos e feiras internacionais com vistas a incrementar seus negócios com o exterior. Em 2013, foram contabilizadas 64 dessas missões. Nesse trabalho, cabe ao CIN auxiliar na definição de feiras para as quais podem ser organizadas missões empresariais. Além das solicitações dos sindicatos, o CIN organiza também missões para os mercados-foco definidos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Apex-Brasil, com a qual mantém parceria. Em 2014, por exemplo, já foram realizadas missões a Europain, Circuito Moda Nova York, Canton Fair e Missão Prospectiva de Moda na Itália, dentre outras. O CIN também tem como ação prioritária a capacitação empresarial. Para 2014, estão programadas 15 capacitações de curta duração em temas diversos do comércio exterior, como: Estratégias e Táticas de Negociação 28 > Plástico Nordeste >

Internacional, Formação de Preço de Exportação, Contratos Internacionais de Compra e Venda, English for Business, Logística Aplicada ao Comércio Exterior e Tributação nas Operações de Comércio Exterior.

Ações produtivas

Outras atribuições do CIN estabelecidas para este ano são ações na área de apoio ao investidor, receptivos a delegações estrangeiras e a realização do seminário Oportunidades de Comércio e Investimentos entre UE e Ceará. Nos dias 14 e 15 de julho, ocorreu em Fortaleza a 6ª Cúpula do Brics, que reuniu na capital cearense cinco chefes de Estado responsáveis por cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Na ocasião, os presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul assinaram um acordo que oficializa a criação do chamado Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), cujo objetivo é financiar projetos de infraestrutura em países emergentes. No primeiro dia do evento, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), organizou o Encontro Empresarial do Brics, o Business Network e o Conselho Empresarial do Brics. A rodada de negócios Business Network reuniu aproximadamente 700 empresas e movimentou 3,9 bilhões de reais.

Em 2013, o Sindiverde- Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais no Estado do Ceará teve uma missão empresarial com mais de quarenta membros a maior feira de plásticos do mundo, a K2013. O então presidente do Sindiverde, Marcos Albuquerque comenta esta ação. “A feira K-2013 foi fundamental para o desenvolvimento do setor de reciclagem e transformação no que se refere ao aprendizado de novas tecnologias. Todos os participantes ficaram satisfeitos. Negócios foram fechados e prospecções para futuros negócios foram acordadas na área de energia renovável”, diz. O Recicla Nordeste 2014 - 4ª Seminário da Reciclagem, Transformação e Meio Ambiente/Feira da Indústria da Reciclagem e Transformação aconteceu entre 23 e 25 de abril em Fortaleza. O então presidente do Sindiverde, Marcos Albuquerque, diz que o balanço do evento, cujo foco era transformar o resíduo em receita, é positivo. “O Recicla Nordeste na sua quarta edição atingiu prontamente os objetivos propostos. Participaram do evento fabricantes de máquinas injetoras, de máquinas extrusoras, de máquinas sacoleiras, de prensas e moinhos”, explica. “Tivemos participação de empresas italianas demonstrando a tecnologia de fabricação de tijolos ecológicos de plásticos, empresa cearense da construção civil fabricando casas de plástico reciclado, recicladores de plásticos como PET, PP e PE, empresa fabricante de embarcação naval totalmente de garrafas PET, com projeto magnífico de coleta seletiva e a associação caatinga demonstrando o trabalho de recuperação e conservação da caatinga. Em paralelo participaram do seminário palestrantes alemães que dissertaram sobre geração de energia através do lixo”.


Perfil diversificado da Paraíba

O

Sindicato das Indústrias de Material Plástico e Resinas Sintéticas no Estado da Paraíba (Sindiplast/PB) realizou uma pesquisa para atualizar a base de dados dos transformadores de plástico do estado e compilou os seguintes indicadores: número de empresas, 223; empregos diretos, 3.963. Dados que também têm diferença dos números oficiais do Perfil 2013 da Abiplast, 109 empresas para 3.954 empregados. De acordo com o Sindiplast/PB, a diferença em empresas é porque a Abiplast considera apenas os transformadores e o número do Sindiplast representa todas as empresas filiadas, que também contempla distribuidores e comércio de plástico. Os principais produtos por segmento no estado, de acordo com o secretário administrativo do Sindiplast/PB Alexandre Menezes, são embalagens (Alimentício); peças e acessórios (Automotivo); componentes e acessórios (Calçados); tubos e acessórios, caixas d'água, esquadrias, forros, persianas (Construção civil); baldes, caixas, garrafões, hospitalar e descartáveis (Embalagens e descartáveis); frascos, tampas, mangueiras, vassouras e utensílios (Higiene e limpeza); insumos, equipamentos e peças (Industrial); Granulados, descartáveis e outros produtos reciclados (Recicladores). “O maior volume de produtos é destinado à região Nordeste, todavia, muitos transformadores atendem o mercado nacional e alguns mercados internacionais”, comenta Menezes. Ele afirma que considerando o número de empresas como indicador, a Paraíba ocupa a 4a posição na região Nordeste e 13a posição no cenário nacional. “Em número de empregados, mantemos a posição regional e subimos para 12o no cenário nacional. Quando mudamos os indicadores para volumes de produção e faturamento, ainda temos muito que evoluir em face da concentração das grandes empresas nas regiões Sul e

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Construção civil, indústria alimentícia, embalagens e descartáveis consomem 76% da produção de transformados.

Governador Ricardo Coutinho (D) e Fernando Pimentel: foco no Distrito Industrial de Alhandra

Sudeste. Nosso volume produzido representa apenas 0,6% da produção da nacional, e o faturamento 0,7%”. A Construção civil, a indústria alimentícia, as embalagens e descartáveis consomem 76% da produção de transformados da Paraíba. Por serem setores que historicamente sofrem menos sazonalidade, os investimentos direcionados a esta demanda são, em geral, mais atrativos, acredita o sindicato. “Obviamente, a indústria automobilística surge como grande mercado regional. Entre vários investimentos que estão sendo realizados em nossa região Nordeste, destacamos a instalação da fábrica da FIAT em Pernambuco, que vai elevar significativamente a demanda da indústria automobilística. O Governo do estado da Paraíba está criando na cidade de Alhandra, que fica a 28km da fábrica da FIAT, um distrito industrial capaz de receber novas indústrias do setor plástico focadas em atender esta demanda.”, destaca. As principais atividades desenvolvidas pela diretoria do Sindiplast/PB são representar a categoria em negociações de convenção coletiva; atuar junto ao poder público na busca por benefícios fiscais e na reivindicação de obras de infraestrutura; promover os produtos e serviços dos seus associados em eventos nacionais e internacionais, inclusive, incentivando e contribuindo para a participação das empresas locais nestes eventos.

Recentemente, o Sindiplast/PB publicou o Perfil 2013 da Indústria de Transformados Plásticos do Estado da Paraíba, com o objetivo de quantificar e qualificar o segmento, agregando valor à imagem das empresas e reforçando a representatividade setorial política e econômica. “A ampla divulgação deste material visa atrair o interesse do mercado consumidor por nossas empresas, produtos e serviços”, acredita Menezes.

Mão de obra, um desafio

Uma das principais demandas relatadas pelos industriais do segmento é de profissionais capacitados, principalmente na linha de produção direta, operadores de máquina e mecânicos de manutenção. “Isto é decorrente da pouca disponibilidade de cursos técnicos oferecidos pelas instituições de treinamento, direcionados ao perfil de máquinas e equipamentos utilizados em nosso segmento”, afirma Menezes. Outra importante demanda é por fornecedores de insumos. “Basicamente, importamos de outros estados todas as nossas matérias-primas, afetando muito a nossa competitividade, não só pelo custo da logística, como, e principalmente, pelo aumento da carga tributária, uma vez que vários estados promovem reduções e até mesmo isenções de ICMS para compras de matérias-primas dentro do próprio estado”, explica. PNE < Plástico Nordeste < 29


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Extrusão

Oportunidades que abrem novas portas

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om a migração de muitas indústrias para o Nordeste, está havendo uma rápida modernização nas empresas locais e, desta forma, faz-se necessária a renovação dos equipamentos que ajudem a melhorar a capacidade produtiva. Esta é a avaliação de Paolo De Filippis, diretor geral da Wortex. A empresa oferece uma linha completa 30 > Plástico Nordeste >

de extrusoras para atender projetos diversificados e específicos, permitindo aos transformadores de plásticos altos índices de produtividade, economia e maior competitividade, afirma De Filippis. São equipamentos fabricados para produzir de 10 a 2.000Kg/h em quaisquer tipos de termoplásticos, inclusive ABS, PP, Linear, Nylon, 6-6, 6-12, Blendas com cargas mi-

nerais, fibra de vidro entre outros. Inclui sistemas de degasagem a vácuo, processo de injeção a gás, troca-telas hidráulicos e manuais. “Temos acompanhando de perto esta evolução e prestado uma consultoria in loco para projetos diversos, com excelentes resultados. Cerca de 30% a 40% da nossa produção foi vendida para empre-


sas locais, e queremos ampliar ainda mais os projetos na área de reciclagem com as linhas de filmes e lavagem para atender as indústrias locais. Atuamos com representantes nas principais cidades do Nordeste e em outras frentes, como participação em feiras do setor, palestras nas empresas e entidades de classe. A nossa produção e distribuição saem da planta de Campinas (SP)”, informa. De Filippis destaca as novas linhas de extrusoras com saída dupla rosca contra-rotante para produção simultânea de dois tubos de PVC e de chapas e filmes (Flat Die ou matriz plana), desenvolvida pela Amut-Wortex, fruto da parceria da empresa brasileira Wortex com italiana Amut. A nova extrusora tem capacidade para produzir de 600 a 700kg/hora de tubos de PVC com diâmetros que vão de 20 a 125 mm, usado principalmente na construção civil, em redes de distribuição de água e esgoto, irrigação e conduítes. Entretanto, a Amut-Wortex está capacitada para produzir tubos de PVC de até 1,20m de diâmetro, de polietileno até 1,60m e vários outros tipos de tubos para aplicações na indústria médica, automobilística, entre outros setores do mercado. Já a função do Flat Die ou matriz plana é distribuir a massa plastificada que está sendo enviada pela extrusora, formando, na saída, uma camada de material uniforme, onde a espessura e a largura são condizentes com as dimensões de saída do Flat-Die. Esta ferramenta é própria para o processamento de materiais como PVC, ABS, PP, PE, PC. A Wortex participou da Embala Nordeste e estará na Fimmepe Mecânica Nordeste. Sobre o mercado nordestino, o diretor diz que “dentre os setores que estão mais aquecidos, podemos destacar os de embalagem e injeção. Oferecemos um portfólio de produtos para atender a indústria plástica, fabricando equipamentos para extrusão, reciclagem, acessórios, moinhos, roscas e cilindros. Pretendemos aumentar ainda mais a nossa participa-

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Amut-Wortex apresenta novas linhas de extrusoras com saída dupla rosca contra-rotante

ção local, a partir da parceria com a AMUT, com a linha extrusoras de chapas e tubos de PVC e poliestireno. Já temos alguns orçamentos em avaliação”. Fundada em 1976, na cidade de Campinas (SP), a Wortex é uma empresa 100% nacional que possui uma história marcada pelo pioneirismo na indústria plástica, fabricando equipamentos para extrusão, reciclagem, acessórios, moinhos, roscas e cilindros. Atuando há mais de 50 anos na Itália, com sede em Novara, a AMUT é considerada pioneira em linhas de extrusão, para a produção de chapas, perfis, tubos, granulação em polímeros plásticos e também compostos plástico/pó de madeira (WPC), utilizados nos setores de construção, embalagem, eletrodomésticos, moveleiro, automotivo, médico e agrícola. Se destaca mundialmente na produção de equipamentos para termoformagem e plantas para reciclagem de plásticos, lixo urbano e industrial. O mercado do Nordeste é um dos principais onde a Carnevalli atua e nos últimos dois anos foram quebrados todos os recordes de vendas, informa Wilson Carnevalli Filho, diretor comercial. “Os principais estados são Pernambuco, Bahia, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, mas todos os estados do Nordeste possuem empresas de plásticos compradoras de maquinários para extrusão de plásticos. Nós atuamos através de um representante que faz visitas periódicas aos clientes muitas vezes

acompanhado do gerente de vendas e até dos diretores da empresa”. A Carnevalli produz toda linha de extrusão de filmes tubulares e planos, sendo monocamadas de 40mm a 200mm de diâmetro de rosca nas larguras de 800mm a 5000mm. A linha de filmes monocamada e as coextrusoras de 3, 5 , 7 e 9 correspondem ao principal mercado da empresa, que também produz impressoras flexográficas de 4,6 e 8 cores e recicladoras de 60mm a 150mm. A principal novidade é a nova linha de anéis de ar Carnevalli, mais eficientes com menor variação de espessura e melhor distribuição do ar. “Esses anéis vem consolidar a linha Polaris Plus, que está sendo o maior sucesso dos últimos anos em termos de extrusão. O maior lançamento foi a linha SmartFlat , nossa linha de extrusoras planas tanto para fabricação de Chapas de PP,OS, PET ,ABS e PE como para filmes planos de Polipropileno”, diz o diretor. As máquinas mais vendidas são as de médio porte, no caso da Carnevalli a Polaris Plus 65 que é uma máquina muito produtiva com um custo de produção baixo, que permite ao transformador ser mais competitivo ou aumentar seus lucros. “Muitos clientes que compraram a Plus 65 já estão indo pra segunda e alguns até na terceira e cada vez divulgando mais e mais o sucesso que vem alcançando”, afirma. Apesar dos mercados preferirem máquinas de porte médio, destinados à >>>> < Plástico Nordeste < 31


A KraussMaffei Berstorff atua na área de extrusão atendendo a toda a América Latina

fabricação de filmes técnicos, filmes termo contráteis, sacolas e embalagens no geral, a empresa já percebe o interesse dos clientes em terem uma Coextrusora de 3 camadas. “Isso nos fez apostar em outro lançamento que é uma Coextrusora de três camadas com excelente custo benefício. Ela possui duas roscas de 45mm e uma de 55mm e largura de 1200 ou 1600mm; essa configuração torna o equipamento competitivo tanto em preço de aquisição quanto no custo de produção , esse segundo mais importante pois para maximizar os lucros ou para ser mais competitivo uma máquina não pode produzir aparas nem ter um alto consumo de energia . Com a nova configuração temos baixo consumo de energia e facilidade na troca de materiais ou pedidos com baixo nível de aparas”, diz Carnevalli.

Destaques da Berstorff e AX

A divisão de extrusão da KraussMaffei, chamada KraussMaffei Berstorff, tem um amplo portfólio de equipamentos e soluções disponíveis neste mercado, sendo os principais destaques linhas completas de altíssimo rendimento para produção de tubos de PVC com máquinas dupla rosca contra-rotantes; linhas completas de altíssimo rendimento para produção de tubos em PO com máquinas mono-rosca (destaque para as extrusoras usadas também em tubos corrugados de dupla parede em PEAD); linhas de peletização de compostos com extrusoras dupla-rosca co-rotantes, destaque para compostos com alta carga mineral como PP ou HDPE com CaCO3 ou talco, compostos de PA com fibra de vidro entre outros; extrusoras monorosca para granulação de PO com masterbatch e material reciclado de PO; linhas de lâminas de PVC flexível ou TPO com reforço; linhas completas de perfis de PVC para a produção de janelas e forros além de perfis técnicos como para os de sistemas construtivos PVC. 32 > Plástico Nordeste >

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Extrusão

“O mercado de extrusão no nordeste brasileiro para a KraussMaffei Berstorff se destaca principalmente nos equipamentos para tubos. Observamos um crescimento no número de máquinas nesta região, porém isto se deve também ao aumento de capacidade de players mais ‘jovens’ neste mercado. A Krauss Maffei se interessa bastante por esta região, uma vez que o potencial e a necessidade de crescimento na abrangência sistemas de saneamento é bastante clara”, avalia Bruno M. Sommer, gerente da Divisão de Extrusão para America Latina. A Krauss Maffei atende os estados do nordeste tanto na parte comercial como na parte de assistência técnica desde a sua matriz em São Paulo. O universo de clientes de extrusão permite que o atendimento seja feito desta forma, diz Sommer, até porque grande parte das vendas de máquinas de extrusão para este mercado está concentrada nas mãos dos grandes fabricantes de tubos brasileiros. “A maioria dos clientes da KM de extrusão que se concentram no Nordeste são filiais dos grandes grupos fabricantes de tubos. As demandas são definidas em suas matrizes, e normalmente não diferem muito das demandas praticadas nas plantas de outras regiões. As empresas originárias do Nordeste também têm demandas muito parecidas com aquelas dos clientes de outras regiões. As principais características das máquinas da KraussMaffei Berstorff,

que são a confiabilidade, alto rendimento e estabilidade de processo (além é claro de um bom serviço de pós venda e assistência técnica), são exigências feitas por todos os nossos clientes, independentemente de qual a região do país onde eles se encontram”, afirma. Segundo Sommer, no mercado de extrusão para a região o principal movimento de equipamentos continua sendo para tubos. “Não obstante observamos também alguns movimentos em perfis de PVC, não só para forros, mas também para perfis para sistemas construtivos de PVC”. A KraussMaffei Berstorff atua na área de extrusão atendendo a toda a América Latina desde o escritório do Brasil. Tem negócios em praticamente todos os países da América Latina. A KraussMaffei Berstorff vem investindo fortemente nos últimos anos no reforço de sua equipe e estrutura para atender de forma plena o mercado, contando com técnicos especializados não só na parte elétrica e mecânica dos equipamentos, mas também na parte de processo. “Além de sermos uma empresa fornecedora de máquinas e equipamentos para os mercados de tubos, perfis, compostos, chapas, filmes, perfis e chapas espumadas em PS, PP e HDPE, somos principalmente uma provedora de soluções para as mais diferentes demandas deste mercado, tais como: linhas para tubos especiais com várias camadas, linhas para granulação de compostos de forma modular, linhas


de chapas e perfis com co-extrusão entre outras”, diz Sommer. A AX Plásticos Máquinas Técnicas tem como destaque dois segmentos de equipamentos; na linha para co-extrusão de fibras sintéticas para a confecção de móveis, com três máquinas, a principal de 45 mm de rosca e as secundárias com 25 mm cada e na linha laboratorial, a extrusora dupla rosca corrotante de 16 mm de roscas, praticamente completa em termos de opcionais para pesquisas. O mais recente lançamento é a linha de frente para filmes planos com apenas 100 mm de largura com resfriamento por chill roll. Douglas Amorim Paiva, gerente de publicidade, diz que “como em todo o Brasil, o mercado nordestino está vivendo uma época de incerteza, apesar de diversas consultas, a concretização de negócios está estacionada”. Ao mesmo tempo, a região não deixa de ser promissora. “pelo que acompanhamos do mercado nordestino, há espaço pratica-

mente em todos os segmentos de termoplásticos e em todos os segmentos tem entusiastas e empreendedores buscando seu lugar ao sol”. Segundo Paiva, A AX Plásticos Máquinas Técnicas atua em todos os ramos do setor plástico, devido à sua ampla oferta de equipamentos para transformação em pequena escala para laboratório. “Contamos com extrusoras, mono e dupla roscas, Injetoras, Sopradoras, micronizadores, todos em escala de bancada e estes equipamentos nos colocam em laboratórios de indústrias de resinas e compostos poliméricos, como Braskem, Karina, Rionil ou em laboratórios de empresas de masterbatches ou aditivos, como Colorfix, Agilcor, Cromex, entre outras, ou em laboratórios de industrias transformadoras, ainda atuamos nos laboratórios acadêmicos, como do IPT-USP, IPEN-USP, mais de 14 Universidades Federais e já possuímos um equipamento exportado para o México. Além, claro de nossas linhas de produção”.

Bons mercados para Multi-União

A Multi-União Comércio e Usinagem produz máquinas extrusoras para diversos segmentos como perfis, tubos e reciclagem. O diretor Ailton Feliputi aponta como novidades da empresa o desenvolvimento de um sistema de corte através de servo motores e fusos de esferas, dispositivo que proporciona precisão absoluta em comprimentos. “Atuamos em todos os estados do Nordeste. Temos representante na região, porém, observamos queda no mercado neste momento”, comenta. As máquinas extrusoras mais vendidas na região são para produção de mangueiras de PVC flexível, haste para cotonete e pirulito. No que diz respeito à extrusão, ele afirma que bons mercados são os de tubos e mangueiras e que o mercado passa por uma fase. “Entendemos que o mercado da região Nordeste está em ascensão. Pretendemos aumentar nosso campo de atuação na região e para isso estamos investindo em nosso Departamento Comercial”, afirma. PNE

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Bloco de Notas

Alunos visitam a Pavan Zanetti

Para quem quer aprender, nada melhor do que conhecer uma área importante da sua atividade profissional. Assim, no dia 14 de agosto, 14 alunos dos cursos profissionalizantes de Injeção e Sopro da Escola LF (Laurentino de Freitas), em São Paulo, visitaram as instalações da Pavan Zanetti. Para o administrador da instituição, Renato dos Santos, a visita foi de grande valia. “Todos ampliaram seus conhecimentos visualizando as operações de uma empresa de porte e com uma estrutura organizada”, afirmou. Os alunos já atuam profissionalmente em diversas áreas de transformação do plástico.

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Instituído Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos

A Abiplast informa que a Portaria Interministerial N.º 8, publicada no Diário Oficial da União, institui o Comitê Interministerial de Segurança em Máquinas e Equipamentos - CI Máquinas, com o objetivo de promover a segurança no trabalho com máquinas e equipamentos e colaborar na implementação da Norma Regulamentadora nº 12 do Ministério do Trabalho e Emprego - NR 12. O CI Máquinas será composto por representantes indicados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que o coordenará, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pelo Ministério da Fazenda. Todos os seus membros deverão ocupar cargo de Secretário, Diretor ou equivalente nos seus respectivos Ministérios. Caberá ao CI Máquinas: I - Acompanhar e subsidiar o processo de revisão da NR12, conduzido pela Comissão Nacional Tripartite Temática instituída pelo Ministério do Trabalho e Emprego; II - Estabelecer estratégias visando o cumprimento da NR12 na fabricação e comercialização de máquinas e equipamentos; III - Definir e acompanhar ações conjuntas de monitoramento da importação de máquinas e equipamentos, objetivando a adequação das máquinas e equipamentos importados à NR 12; IV - Contribuir para o processo de inclusão das questões de segurança de máquinas e equipamentos no Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade; V - Acompanhar os programas e políticas públicas de renovação do parque instalado e propor medidas para seu aperfeiçoamento e sua integração com a NR12. VI - Propor medidas para promover a adaptação de máquinas e equipamentos à NR 12 e acompanhar este processo de adaptação, bem como seus impactos.


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Foco no Verde

Isopreno renovável: projeto da Braskem, Amyris e Michelin

Com base em seu foco em sustentabilidade, a Braskem anunciou que fará parte do acordo de cooperação tecnológica com as empresas norte-americana Amyris e a francesa Michelin para o desenvolvimento de tecnologia voltada à produção do isopreno de fonte renovável, insumo químico utilizado pela indústria de pneus, entre outras borrachas. Nos termos da parceria, as três empresas trabalharão juntas para acelerar os estudos bioquímicos que utilizam açúcares, oriundos da cana-de-açúcar e de insumos de celulose, a fim de desenvolver o isopreno verde. A partir de um acordo já existente, a Amyris vai compartilhar com a Braskem os direitos de comercialização da tecnologia do isopreno renovável a ser desenvolvida por ambas as empresas. A fabricante de pneus Michelin terá direito de preferência não-exclusivo no acesso à tecnologia do isopreno verde. As empresas concordaram em não divulgar os detalhes do contrato, incluindo informações financeiras do acordo. “Com esta nova parceria, unimos forças com Amyris e Michelin no avanço de uma tecnologia inovadora que fortalece nosso propósito de melhorar a vida das pessoas, criando soluções por meio da

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química sustentável”, afirma Luciano Guidolin, vice-presidente de Poliolefinas e Renováveis da Braskem. Com experiência na condução de pesquisas com foco na química sustentável, a Braskem já conta com um produto elaborado com matéria-prima 100% renovável, o polietileno verde “I’m green™”. Desenvolvida em 2010, a partir do etanol de cana-de-açúcar, a resina está presente em diversos países, em aplicações nos segmentos de higiene e limpeza, alimentício, cosmético e automotivo. “A Braskem é um parceiro ideal para se juntar ao nosso projeto de isopreno com Michelin. Com a sua experiência, participará do nosso compromisso de transformar a indústria química, por meio da inovação de produtos sustentáveis e desempenho superior“, disse John Melo, presidente e CEO da Amyris. “Estamos satisfeitos por ter um forte parceiro industrial se unindo à nossa colaboração contínua coma Amyris. Com a atuação da Braskem na indústria química, junto com a experiência de biotecnologia da Amyris, o objetivo da Michelin é atender as necessidades de longo prazo da indústria de pneus para o abastecimento sustentável com produtos químicos renováveis”, disse Jean-Christophe Guerin, Chefe da Divisão de Materiais da Michelin.

Dow Jones de Sustentabi-

lidade - A Braskem foi incluída pela

terceira vez consecutiva no Dow Jones Sustainability Emerging Markets Index, o índice de sustentabilidade de países emergentes da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), divulgado nesta quinta-feira (11/09). Composto por 86 empresas, das quais 17 são brasileiras, o DJSI reconhece as companhias que se destacam pelas melhores práticas de gestão econômica, social e ambiental, incluindo estratégias voltadas para mudanças climáticas, consumo de energia, desenvolvimento de pessoas e governança corporativa. A Braskem integra o índice Dow Jones Sustainability Emerging Markets desde 2012. O DowJones Sustainability foi lançado em 1999 como o primeiro índice que acompanha as ações na Bolsa de Valores de empresas que possuem práticas de sustentabilidade. Em 2012, foi criado o Dow Jones de Sustentabilidade para mercados emergentes, o Sustainability Emerging Markets Index, que acompanha e analisa o desempenho de 10% das 800maiores empresas de 23 países, incluindo o Brasil, China, Rússia, Índia,México, África do Sul, Turquia, entre outros. O índice serve como referência para os investidores formarem suas carteiras de investimentos com empresas que adotam as melhores práticas em sustentabilidade.


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Alagoas Incentivo à reciclagem

Alagoas demonstra na prática que investe em reciclagem. No final de junho o governador Teotonio Vilela Filho anunciou o envio à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) da Lei de Incentivos às Empresas de Reciclagem do Estado para incentivar a prática. O anúncio ocorreu durante o II Fórum Regional da Indústria do Plástico, no auditório da Casa da Indústria, em Maceió. “É muito importante avançar na reciclagem e essa preocupação, destacada nesse Fórum, demonstra o comprometimento com o respeito à natureza”, disse o governador. Segundo o governador, o setor do Plástico tem reconhecido o esforço do governo e contribuído com o desenvolvimento de Alagoas. “O objetivo principal do nosso governo é gerar empregos e a Cadeia da Química e do Plástico contribui e dá muita eloquência a esse movimento em direção ao desenvolvimento econômico do Estado”. Wander Lobo, presidente do Sindicato das Indústrias, agradeceu o apoio do governo ao setor. “Conseguimos algo que não foi conseguido em nenhum estado. É a governança alcançada pela atual gestão, que realiza uma parceria com Sebrae, Fiea e Senai, fazendo com que Alagoas evolua muito no setor e sirva de exemplo para o país”, afirmou.

Bahia Música com instrumentos de PVC

A criatividade sempre surpreende: colaborar na pesquisa e no aprimoramento da construção de instrumentos sinfônicos com a utilização do plástico PVC é a missão que o renomado luthier suíço André-Marc Huwyler (foto acima) cumpriu em Salvador até o dia 3 de agosto. O convite partiu do NEOJIBA (Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) para o projeto “Orquestra Plástica do Neojiba – Formação Musical para a Sustentabilidade”. O projeto propõe desenvolver e difundir uma tecnologia social e inovadora de construção de instrumentos sinfônicos com plástico PVC. Este que tem o objetivo de unir os campos da sustentabilidade e da inclusão sócio produtiva através da música. O ponto de partida foi a experiência do jovem Natan Paes, maestro da Filarmônica Filhos do Oeste, da cidade de Angical, no extremo oeste baiano, a 840 km de Salvador. Ele produzia desde 2006 – de forma artesanal – instrumentos musicais a partir de canos de PVC para suprir a carência de instrumentos para seus alunos. “Estou muito otimista e com ótimas expectativas com o projeto. Sozinho eu não ia ter condições de realizar algo desta grandeza. A equipe é mara-

vilhosa e estamos caminhando na direção correta”, afirma o jovem músico, que agora se divide nas atividades de luthieria em Salvador e nos ensinos da prática musical e de luteria com plástico PVC, em Angical. O projeto, que conta com o patrocínio da Braskem através do Faz Cultura num aporte total de R$ 400 mil, oferece a formação de jovens no ofício de luthieria, preenchendo uma lacuna existente de pessoal capacitado para atuar na fabricação e manutenção de instrumentos sinfônicos. A iniciativa faz parte do programa de responsabilidade social da Braskem, que acredita que a química e o plástico podem melhorar a vida das pessoas através de soluções sustentáveis e inovadoras.

Pernambuco Parceria promove curso de injeção

Por meio de uma parceria bem sucedida, a Pavan Zanetti e a Plásticos Pisani, líder no mercado latinoamericano de embalagens plásticas retornáveis, uniram esforços para a qualificação de mão-de-obra. De 4 a 12 de agosto, mais de 30 técnicos e operadores da Plásticos Pisani que trabalham na unidade de Paulista, em Pernambuco, participaram de um curso sobre injeção oferecido pela Pavan Zanetti. Além da troca de conhecimento técnico nas áreas de injeção, moldes, processo e matéria-prima, a iniciativa também visou o desenvolvimento de pessoal.O curso foi realizado na unidade de Paulista e contou ainda com a presença da alta direção da Plásticos Pisani, que atribuiu à parceria com a Pavan Zanetti uma forma efetiva de preencher a lacuna existente no segmento de transformação do plástico por conta da falta de mão-de-obra especializada nesta região. < Plástico Nordeste < 37


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Agenda

Artefatos / Página 34 Digitrol / Página 36 Feiplar / Feiplur / Página 27 Feiplastic / Página 21 FIMMEPE / Página 7 M&G / Página 40 NZ Philpolymer / Página 34 Previsão / Página 5 Procolor / Página 39 Recyclean / Página 17 Shini / Starmach / Página 13 Wortex / Página 2

ANUNCIE! É SÓ LIGAR PARA: 51 3062. 4569 38 > Plástico Nordeste >

Agende-se para 2014 Brasiltec 2014 Plásticos e Borrachas: Indústria Brasileira e Estratégias de Inovação Tecnológica 24 e 25 de setembro de 2014 Instituto de Macromoléculas Profª Eloisa Mano – Universidade Federal do Rio de Janeiro – IMA - UFRJ www.ima.ufrj.br/extensao 16º Congresso Brasileiro de Embalagem A competitividade na cadeia produtiva de embalagens e bens de consumo 7 e 8 de outubro de 2014 - 8h00 às 18h00 Centro Fecomercio de Eventos - Bela Vista – São Paulo - SP (Brasil) www.abre.org.br/congresso_2014 20ª FIMMEPE Mecânica Nordeste Feira da Indústria, Mecânica, Metalúrgica e de Material Elétrico de Pernambuco De 21 a 24 de outubro de 2014 Centro de Convenções de Pernambuco - Olinda (PE) www.mecanicanordeste.org.br 1º Congresso Brasileiro do Plástico 5 a 7 de novembro de 2014 FIERGS, Porto Alegre – RS (Brasil) www.plastechbrasil.com.br Feiplar Composites & Feipur 2014 Feira e Congressos Internacionais de Composites, PU e Plásticos de Engenharia De 11 a 13 de novembro de 2014 Expo Center Norte – Pavilhão Verde - São Paulo - SP (Brasil) http://www.feiplar.com.br/ Café da Manhã ABRE - 2014 Palestra: A embalagem como promotora de vendas no PDV - Eduardo Bernstein – Diretor de Marketing da JBS Foods / Seara 26/11/2014 - 8h30 – 10h00 - Local: a definir http://www.abre.org.br


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