Plástico Sul 212

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Expediente

Editorial

Edição # 212

Campo minado

Conceitual Brasil - Jornalismo Total www.revistaplasticosul.com.br Fone: 51 3119.7148 editora@conceitualpress.com.br Direção: Sílvia Viale Silva Edição: Melina Gonçalves DRT/RS nº 12.844 Departamento Comercial: Débora Moreira Design Gráfico & Criação Publicitária: José Francisco Alves (51 99941.5777) Capa: bedneyimages / Freepik Plástico Sul é uma publicação da Conceitual Brasil - Jornalismo Total, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral. Opiniões expressas em artigos assinados não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte. Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacional das Editoras de Publicações Técnicas, Dirigidas e Especializadas

E

ra uma segunda-feira de manhã quando a ficha caiu. O final de semana havia sido quente e passamos na praia, fazendo planos pessoais e profissionais para todo o ano de 2020, já que recém estávamos na primeira quinzena de março. Sabíamos dos riscos de uma pandemia que havia começado na China, se alastrava pela Europa e já dava sinais nos Estados Unidos, mas ainda era tudo distante em nossas cabeças imediatistas. Como temos a crença de que Deus é brasileiro, era óbvio demoraria mais para chegar com força no nosso país. Durante a viagem de retorno à cidade, o rádio anunciava a paralização dos campeonatos estaduais. Renato Portalupi, técnico do Grêmio, ameaçava fazer “greve”, caso a decisão da CBF fosse contrária a isso. Na terça-feira, o Governador do Rio Grande do Sul declarava na televisão a suspensão das escolas públicas e privadas. Na quarta era nossa vez de decretar home-office. Na sexta-feira o comércio fechava suas portas. Tudo assim, rápido e inesperado. Em uma semana foram-se os planos de uma viagem para curtir o próximo feriado, a participação em um evento de lançamento de uma nova marca, o contrato de patrocínio de um projeto já em andamento. As perspectivas de faturamento mudaram rapidamente e junto com isso, veio de brinde cortes nas despesas e nos investimentos previstos para o ano. “Calma, deixar eu assimilar”, pensava a maioria das pessoas ainda transtornada com tantas mudanças em tão pouco tempo. Fatos expostos, era preciso se reinventar. O formato de trabalho convencional já não servia mais a essa nova realidade. As empresas precisavam sobreviver de alguma forma. Tenta daqui, tenta de lá, erra daqui, acerta de lá, foram arrumando um jeito. Cada um dentro do seu empreendimento está se esforçando para sobreviver. Reduz turno, afasta grupo de risco, aumenta higienização, autoriza home office, troca rapidamente de produto para tentar prosseguir: as estratégias são inúmeras e pareciam tiradas da cartola, mas na verdade brotaram de noites mal dormidas, aposto. E veja só, dentro de uma crise (e essa é das grandes hein?) sempre se abre um caminho de oportunidades. Uma delas é que não teve jeito: tivemos que ceder (ainda mais) espaço à tecnologia. E dentro desse contexto, são tantas as ferramentas que estamos ainda meio zonzos tentando entender, de dentro de casa, como podemos evoluir para continuar trabalhando. Estamos estudando, lendo, assistindo, correndo atrás do tempo perdido insistindo em fazer comunicação e vendas, por exemplo, da forma tradicional. Tenho um palpite: vamos evoluir. Pensar fora da caixa sempre foi um desafio proposto em momentos de dificuldades. E esta que estamos vivendo, meu amigo, não é marola. O jeito para não se afogar é pegar a onda nesse tsunami mundial. O planeta todo é campo minado de uma grande batalha naval. Vamos jogar?

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Melina Gonçalves / Editora melina.goncalves@conceitualpress.com.br 44 > Plástico > Plástico Sul Sul >>> >>>


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EspecialCOVID-19

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A cadeia O produtiva de mãos dadas

mundo enfrenta um grande inimigo em comum: a covid-19, que desbanca os sistemas de saúde dos países e é implacável com idosos e portadores de doenças pré-existentes. A pandemia chegou ao Brasil no final de fevereiro, mas foi no início da segunda quinzena de março que começou interferir diretamente na vida das pessoas através da recomendação da Organização Mundial da Saúde que sugeria o isolamento social. O comércio parou. A indústria parou. A economia congelou. Diversas empresas começaram então uma verdadeira saga na busca de estratégias que as mantivesse em pé. O governo anunciou diversas ferramentas de auxilio que, até o início de abril não havia saído do papel. O empreendedor precisava fazer alguma coisa para literalmente sobreviver no meio de tantas incertezas. A Activas, uma das maiores distribuidoras de resinas do país, por exemplo, readequou suas atividades para manter a distribuição dos produtos aos seus 1.500 clientes. A empresa, que faturou R$ 600 milhões no ano passado e completa 30 anos de atividade em 2020, está mantendo os negócios em operação normal, tanto no contato com os clientes em todo o país como com seu principal fornecedor, a Braskem. A empresa implantou medidas internas como forma de garantir a saúde de seus 100 funcionários. Com sede em São Caetano do Sul (SP) e oito unidades espalhadas por vários Estados, a Activas continua fazendo entregas com seus 30 caminhões, embora esteja utilizando apenas motoristas com menos de 60 anos e, assim mesmo, com vários cuidados, como uso do álcool em gel, máscaras e luvas. Os motoristas com idade acima de 60 anos estão em casa em quarentena. Os empregados dos escritórios também estão trabalhando em home office, inclusive os vendedores, que negociam com os clientes de forma virtual, por telefone, e-mail e WhatsApp.

Demanda aumentada

Do transformador à petroquímica, empresas se unem em prol de importantes objetivos: auxiliar no combate à pandemia do coronavírus e continuar operando em meio a tantas incertezas 6 > Plástico Sul >>>

Uma das principais ferramentas de combate do coronavírus é o material plástico, já que itens descartáveis são fundamentais para evitar a propagação do vírus. Além disso, o aumento do consumo de alimentos nas gondolas dos supermercados também impacta nos resultados das empresas do setor. “Em março, até o momento, não tivemos problemas com falta de materiais fornecidos pela Braskem e com as entregas. Estamos fornecendo normalmente os plásticos, destinados principalmente à indústria de embalagens, que consome 75% do material processado”, afirma Laércio Gonçalves, CEO da Activas e presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Resinas Plásticas (Adirplast), que reúne 21 associados.


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Gonçalves aposta que a crise atual do coronavírus vai levar a um aumento na demanda por plásticos, entre10% e 20%, incluindo polipropileno, polietileno e no segmento de PET. “Nosso material é destinado às indústrias de alimentos, higiene e saúde. O plástico deve ser enquadrado como mercadoria prioritária”, afirma. Outra empresa que se esforçou para readequar estratégias a fim de manter o funcionamento zelando pela saúde e bem-estar dos colaboradores foi a gaúcha FCC. Uma das medidas adotadas para prevenção e segurança da equipe foi a redução do número de colaboradores que permanecem fisicamente na empresa. A unidade gaúcha, que possuía uma concentração maior de colaboradores, teve uma redução parcial no número de pessoas em diversas áreas de apoio, através do incentivo ao modelo de trabalho à distância. "Mudamos inúmeros processos dentro da empresa e implementamos novas formas de trabalhar. Essas medidas visam reduzir o número de pessoas circulando pela FCC, evitando aglomerações e aumentando ainda mais a segurança daqueles que estão fisicamente na empresa", destaca Reichert. Desde o início da crise do coronavírus, a FCC conta com um Comitê de Gestão de Crise do COVID-19, responsável por monitorar continuamente as recomendações de especialistas e implementar dezenas de ações. Entre as ações estão: medição de temperatura de todas as pessoas que entram na empresa; intensificação da limpeza em ambientes de uso comum; ambientes arejados, com janelas e portas abertas e instalação de exaustores; disponibilização de álcool em gel e líquido 70%, tanto para uso no ambiente de trabalho (equipamentos, computadores, telefones e demais utensílios), bem como para o uso pessoal, instruindo a higienização de 5 a 10 vezes ao dia; adaptações no modelo de serviço no refeitório; horários de almoço escalonados; proibição do chimarrão (mesmo que individual), entre outras. A petroquímica também está atenta a medidas importantes para continuar produzindo matér-primas essenciais para a produção de plásticos. A Braskem tomou uma série de medidas preventivas para zelar pela saúde e segurança de todos os integrantes. A empresa determinou trabalho remoto (flexoffice) para funcionários que fazem parte dos grupos vulneráveis e dos escritórios. Na linha de produção, a companhia está atuando com equipe reduzida para a continuidade segura das operações e reforçou orientações dos órgãos de saúde. Viagens nacionais e internacionais a trabalho foram suspensas, assim como a participação dos integrantes em reuniões e eventos presenciais. Além disso, todos os funcionários que apresentarem sintomas semelhantes aos da covid-19 são

orientados a comunicar imediatamente a área de Saúde da Braskem. A importância de garantir o transporte e o fluxo de produtos capazes de assegurar o abastecimento de itens essenciais, como alimentos e produtos usados na higienização de espaços privados e públicos, e tratamento de água, caso do cloro, que tem sido sucessivamente abordado pelas autoridades brasileiras, a exemplo do ministro Luiz Henrique Mandetta. É dentro dessa perspectiva que a Unipar, uma das indústrias químicas líderes na produção de cloro, soda, derivados do cloro e PVC na América do Sul, se preparou e tem implantado uma série de ações para enfrentar a pandemia que se alastra por todo mundo e começa e tomar novos contorno no Brasil. O cloro e hipoclorito de sódio produzidos pela empresa, por exemplo, são usados no tratamento de água, esgoto, efluentes e desinfecção. A soda caustica, para produção de sabão e detergentes para higienização geral, e também na produção de alimentos. Já o PVC, para produção de bolsas de sangue e soro, equipos e cateteres, blisters de medicamentos e embalagens para alimentos, limpeza e higiene pessoas. Para garantir o fornecimento de insumos com finalidades tão essenciais, a Unipar indica que iniciativas já em curso foram estabelecidas para manter a operação das fábricas em ritmo normal, similar ao praticado antes dos efeitos do Coronavírus, como detalha o diretor-presidente da companhia, Mauricio Russomanno. "Instauramos um comitê de crise na Unipar, responsável por comunicar, integrar e definir os próximos passos. Esse grupo é formado por gestores e representantes de todas as áreas, que respondem diretamente à diretoria executiva da

Gonçalves, da Activas: "Crise atual do Covid-19 vai levar a um aumento na demanda por plásticos"

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EspecialCOVID-19

FCC: doações iniciaram nos municípios onde a empresa possui unidades de produção

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companhia, e discutem frequentemente todas as ações que devem ser executadas nesse regime especial de funcionamento". Além disso, o diretor-presidente da Unipar aponta que ações técnicas foram definidas para intensificar a segurança sanitária de todas as cargas que entram e saem das três plantas da companhia, instaladas nas cidades de Cubatão (SP) e Santo André (SP), no Brasil, e Bahía Blanca, na Argentina, inclusive com ajuda da tecnologia. Para isso, foi elaborado um plano de contingenciamento com a implantação de máquinas e impressão de QR Code para aposentar o uso das canetas durante a identificação de fornecedores na recepção das fabricas, além de monitoramento constante de todo o transporte de volumes. "Instauramos ainda procedimentos como a medição da temperatura de todas as pessoas que acessam a fábrica, inspeções especiais de entrada dos motoristas com carregamentos nos sites, para operações de importação e exportação de insumos e fizemos a projeção de estoques de produção de PVC, soda, cloro e clorados", explica Russomano. A companhia também passou a dimensionar a priorização de entregas dos insumos, sempre com foco nas operações sanitárias, mais urgentes em meio a uma situação grave de saúde pública. Para o empresário, controlador e presidente do Conselho de Administração da Unipar, Frank Geyer, as medidas tomadas pela empresa devem ser unanimidade no setor para minimizar ao máximo o impacto dessa pandemia em território nacional. "Entendemos que essa possa ser a forma mais eficiente de contribuirmos para evitar um colapso social, econômico e de saúde no Brasil", diz ele.

Produtos essenciais

O materiais plásticos são considerados produtos essenciais para o dia a dia da população. É importante observar que os produtos duráveis certamente apresentarão queda de desempenho no ano de 2020, porém os bem não-duráveis, como as embalagens citadas no início da reportagem por Laercio Gonçalves, tendem a apresentar crescimento. Além dos destes itens, os descartáveis tornam-se super relevantes neste momento. Em São Paulo, por exemplo, no início de abril, foi derrubada a proibição do consumo de copos, pratos e talheres descartáveis.Segundo a Dra. Daniella Costa de Menezes e Gonçalves, médica Infectologista do Instituto Zilberstein, o uso de produtos descartáveis é um aliado importante na prevenção desta doença. “O uso, assim como o descarte correto desse tipo de produto é uma importante estratégia na prevenção da disseminação de diversas doenças infectocontagiosas, principalmente naquelas transmitidas por gotículas”, explica a médica. Outros materiais que demanda atenção neste momento são os equipamentos hospitalares que utilizam plástico em sua composição, como sondas, bolsas de sangue ou hemodiálise, tubos, seringas e até os respiradores, além claro, das luvas e máscaras de proteção. A guerra contra o Coronavírus (Covid 19) demanda ainda soluções das indústrias em toda a cadeia de fármacos e saúde hospitalar para combater a pandemia. Por suas propriedades, o EPS (poliestireno expandido, mais conhecido como isopor®), oferece grandes vantagens em toda a cadeia de distribuição dos insumos na área de saúde garantindo que os produtos cheguem em segurança aos hospitais, laboratórios, farmácias e postos de atendimento. Por ser um excelente isolante térmico, o EPS assegura a temperatura nas condições ideais para produtos sensíveis como os farmacológicos pois proporciona perfeito acondicionamento, protegendo contra impactos e vibrações e é resistente à compressão. E o mais importante no caso do setor de saúde, o EPS dificulta o desenvolvimento bacteriano prevenindo a proliferação de microrganismos, conferindo às embalagens resistência ao mofo e à umidade com total higiene, em conformidade com os padrões exigidos pelos órgãos reguladores. Do ponto de vista logístico, as embalagens de EPS podem ser despachadas com segurança em transportes terrestres, marítimos ou aéreos com menores custos pois são extremamente leves e, ao mesmo tempo, muito resistentes, permitindo o empilhamento e maximizando o uso dos espaços de carga e de armazenamento. Com experiência no desenvolvimento e fornecimento de soluções para o mercado fármaco há mais de 20 anos, a Termotécnica produz linhas


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de caixas térmicas e de berços para ampolas em EPS adequadas à norma brasileira de isolamento térmico. A Termotécnica é fornecedora para campanhas de vacinação nacional como a do H1N1, com caixas térmicas que abrangem rotas de até 120 horas, soluções que têm sua performance comprovada por qualificações realizadas em laboratórios especialistas do segmento. Com 39 patentes de inovação em soluções de embalagens, as equipes técnicas da empresa têm trabalhado em diversas frentes voltadas ao rompimento de barreiras logísticas no fornecimento de embalagens de EPS. Além de serem produzidas utilizando um material totalmente inerte e resistente à umidade, proporcionando o nível máximo de higiene e garantindo os prazos de validade aos produtos fármacos acondicionados, as embalagens de EPS são 100% recicláveis. O EPS é formado por 98% de ar, não utiliza CFC e HCFC e por isso não gera danos à camada de ozônio. O seu processo requer baixíssima utilização de recursos naturais como água e energia, não contamina e não gera riscos à saúde e ao meio ambiente. Para dar uma destinação ambientalmente correta e sustentável ao EPS pós-consumo, desde 2007 a Termotécnica realiza o Programa Reciclar EPS,

com logística reversa e reciclagem do material em todo o Brasil. Já são mais de 40 mil toneladas de EPS pós-consumo que ganharam um destino mais nobre – cerca de 1/3 de todo o material consumido no país. O

EPS assegura a temperatura nas condições ideais para produtos sensíveis como os farmacológicos

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EspecialCOVID-19

Olhar atento: indústria confere cuidados de proteção a seus colaboradores

Programa Reciclar EPS é de fato a economia circular na prática: após seu uso e reciclagem, o EPS é transformado em matéria-prima para outras aplicações.

Acões solidárias

Além de ser uma indústria produtora de um material que, por suas características, tenha papel fundamental na luta contra o Covid-19, as empresas do plástico está indo além e buscando formas de ajudar de forma voluntária no combate à pandemia. A FCC, indústria gaúcha conhecida por utilizar a ciência dos materiais para atender diversos mercados, por exemplo, tem inovado na produção de materiais para doação. Em parceria com a Lebbre, startup de impressão 3D, a FCC desenvolveu protótipos e aprovou, em tempo recorde, a produção de máscaras de proteção facial para profissionais da saúde. Essas máscaras têm uma grande vantagem sobre as máscaras tradicionais: podem ser reutilizadas inúmeras vezes, desde que devidamente higienizadas. A primeira doação já foi feita ao Hospital Municipal de Campo Bom/RS e a previsão é de que dezenas de outras instituições também sejam beneficiadas. O projeto iniciou na última semana e dezenas de máscaras já foram doadas. A FCC ajudou a desenvolver, disponibilizou matéria-prima e está patrocinando a dedicação total da Lebbre a esse projeto, que está com as impressoras funcionando dia e noite para suprir a escassez desses produtos nos hospitais. Outra inovação foi o desenvolvimento de um álcool gel com propriedades diferenciadas. O álcool gel tradicional, quando utilizado muito frequentemente, pode provocar o ressecamento das mãos, já o produto desenvolvido pela FCC é eficaz contra o coronavírus e não agride a pele. A empresa está de10 > Plástico Sul >>>

dicando parte de sua operação à produção de 15 mil litros de álcool gel para doação a diversos centros de saúde, tanto no Rio Grande do Sul quanto na Bahia. As doações iniciaram nos municípios onde a empresa possui unidades de produção e, somente na última semana, já foram destinados mais de 5 mil litros de álcool gel para hospitais e postos de saúde. Para Marcelo Reichert, CEO da FCC, é hora de contribuir com a comunidade para superar esta situação. "É um momento de solidariedade e as empresas devem usar suas estruturas para ajudar as comunidades, doando o que podem. Matérias-primas para produção de álcool gel estão escassas no momento, então estamos dedicando toda matéria-prima que temos disponível para produzir o material doado", destacou. Outra ação social da empresa foi uma doação em dinheiro que contribuiu para a compra de respiradores e monitores para o hospital campobonense.

Solvay e Boeing

Em resposta às necessidades urgentes dos profissionais de saúde por equipamentos de proteção para combater a COVID-19, o Grupo Solvay está fornecendo à Boeing uma película transparente de alto desempenho e de classe médica para a produção de máscaras de proteção facial.A Solvay foi procurada pela Boeing devido à sua experiência no uso de polímeros especiais, compósitos e adesivos em vários programas comerciais e de defesa. A película será fabricada pela área de filmes da Solvay com o uso dos polímeros especiais transparentes da linha médica Radel® PPSU (polifenilssulfona) ou Udel® PSU (polisulfona) que já são amplamente utilizados para dispositivos médicos porque podem ser esterilizados e resistem a desinfetantes agressivos. "Estamos honrados em levar nosso conhecimento em produtos para nossos clientes neste momento de crise", afirma Jeff Hrivnak, Gerente Global de Desenvolvimento de Negócios da área de saúde da Solvay SpecialtyPolymers. "Estamos orgulhosos de ajudar a Boeing a enfrentar esse desafio no fornecimento de máscaras de proteção facial mais resistentes – um item agora em demanda crítica pelos profissionais de saúde”, disse.

Caixas d’água

Consciente da importância da água para a saúde das pessoas, sobretudo em meio à pandemia de coronavírus (COVID-19), a Wavin no Brasil, detentora da marca Amanco Wavin, está doando no total 1.200 caixas d’água para moradores de comunidades da zona Sul de São Paulo que ainda não têm reservatório em suas casas. A ação faz parte de iniciativa da Sabesp


para prevenir a falta de água em momentos em que sejam necessários reparos emergenciais ou manutenções preventivas na rede de abastecimento. As entregas começaram na última sexta-feira, 27 de março, em Paraisópolis (zona oeste) e nos jardins Monte Azul e Grajaú (zona sul). As regiões norte e leste também foram beneficiadas, com entregas na Freguesia, Pirituba e São Mateus. Os reservatórios de boca aberta com capacidade de 500 litros são dotados de tripla camada, que garante maior resistência, e possuem fechamento exclusivo por trava, que proporciona segurança e qualidade no armazenamento de água. Segundo o diretor comercial da Wavin do Brasil, Adriano Andrade, a contribuição tem por objetivo ajudar o governo estadual na prevenção da disseminação do novo coronavírus, sobretudo junto à população que vive em áreas com infraestrutura precária. "Mais do que nunca, o abastecimento de água e o saneamento são essenciais. Os reservatórios vão evitar que os moradores fiquem sem água em situações emergenciais. Essa doação é o mínimo que poderíamos fazer para auxiliar a minimizar os impactos da pandemia na comunidade", diz Andrade. Mapeamento – A ação da Sabesp, que

vai distribuir um total de 2.400 caixas d’água em diversos bairro de São Paulo, ocorre para reduzir o impacto da pandemia COVID-19 na rotina dos cidadãos. Ao longo da semana passada, a companhia fez o trabalho de mapeamento dos imóveis que precisam do reservatório interno. A iniciativa teve início em Paraisópolis, segunda maior comunidade da cidade, com 100 mil moradores, em razão de sua característica topográfica. Trata-se de um bairro altamente adensado com partes altas, onde a água pode demorar mais tempo a chegar às casas. A distribuição de caixas-d’água é uma medida que já foi adotada anteriormente pela Sabesp para ajudar moradores a se adaptarem à regra da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), segundo a qual os domicílios devem ter caixa d’água que seja capaz de suprir o abastecimento dos moradores por ao menos 24 horas.

Braskem abre linha de crédito

A Braskem disponibilizará aos seus clientes no Brasil a partir de abril uma nova expansão das linhas de crédito. Para todos os clientes adimplentes e com crédito já aprovado, uma linha adicional de R$ 1 bilhão ao custo de 100% do CDI poderá ser utilizada

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EspecialCOVID-19 para produtos hospitalares, como máscaras, seringas, bolsas de soro e equipamentos de proteção para médicos e enfermeiros, entre tantos outros produtos que estão presentes no dia-a-dia.

Saúde e segurança

Empresas determinam trabalho remoto para funcionários dos grupos de risco

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na compra de resinas plásticas (PE, PP, PVC), soda cáustica, solventes e especialidades químicas. “Entendemos que este é um momento excepcional e nem todos estão preparados. Essa medida visa atender principalmente aos clientes com menor capacidade de crédito. Isso ajuda tanto os que estão produzindo mais com produtos plásticos para o combate à pandemia da Covid-19 quanto aqueles que estejam sofrendo com a redução de demanda”, explica Edison Terra, vice-presidente de Olefinas e Poliolefinas América do Sul. Disponível por um prazo de 60 dias, cada cliente poderá utilizar esse crédito para comprar volumes adicionais, com maior flexibilidade nos prazos de faturamento de seus pedidos. "Visando beneficiar um número maior de clientes, o acesso a esta linha será limitado a R$ 600 mil por cliente. Além disso, a Braskem colabora com outras ações para o combate à pandemia, junto com seus clientes", disse Isabel Figueiredo, vice-presidente de Vinílicos e Especialidades. A Braskem avalia que essa medida é possível devido à sua disciplina em reduzir custos e aumentar a diligência nos investimentos no período de ciclo de baixa da petroquímica. “Temos condições de oferecer esse apoio aos clientes sem comprometer nosso caixa, mas gostaríamos de convidar nossos fornecedores e parceiros a participar desse esforço, fundamental para a manutenção da indústria e dos empregos”, finaliza Pedro Freitas, CFO da Braskem. Neste exato instante, a Braskem está abastecendo centenas de fábricas pelo Brasil que produzem itens essenciais, como as embalagens que garantem a distribuição segura tanto de alimentos quanto de álcool em gel. Abastece também matérias-primas

Além disso, a companhia se juntou a parceiros da cadeia da química e do plástico para doar materiais essenciais para o combate ao novo coronavírus nos hospitais da rede pública. A resina termoplástica doada pode produzir mais de 60 milhões de máscaras ou mais de um milhão de aventais. A Braskem doará também material para fabricação de embalagens para 750 mil litros de álcool líquido e em gel, para mais de 500 mil almotolias (um tipo de frasco plástico para álcool em gel utilizado em hospitais), além de 10 mil caixas de hipoclorito para diluição ou uso como água sanitária e mais de 150 mil sacos plásticos para lixo hospitalar. Os itens beneficiarão hospitais de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. O trabalho conjunto, que envolve clientes e entidades de classe, já conta com 32 iniciativas. A doação de matéria-prima para produção de equipamentos de proteção e embalagens já ultrapassa 370 toneladas. Essas terão seu valor alavancado pelos parceiros da petroquímica. A Braskem já havia anunciado também uma linha adicional de crédito de R$ 1 bilhão para ajudar principalmente as pequenas e médias empresas da cadeia a atravessar os próximos meses de crise gerada pelo coronavírus.

Dow produz álcool gel

Com o objetivo de auxiliar a população no combate à proliferação da Covid-19, a Dow readequou as linhas de produção de sua unidade em Hortolândia (SP) e anuncia o início da fabricação de álcool em gel para doação a hospitais públicos e unidades de saúde do estado de São Paulo. O álcool em gel não é um produto produzido pela empresa e esse esforço conjunto envolveu diversas unidades de negócio dacompanhia, além da colaboração de clientes e fornecedores, para viabilizar a produção na unidade de Hortolândia, que originalmente fabrica silicones. Para a produção do material, a Dow necessitava de um espessante, uma das matérias-primas necessárias para a formulação do álcool em gel. A escassez desse item no mercado fez com que os times de Pesquisa & Desenvolvimento e Manufatura na unidade fabril de Jacareí (SP) se unissem para fabricar o espessante necessário no Brasil para viabilizar exclusivamente esta produção e doação. Ao todo, serão 25 toneladas (30 mil litros na


Eastman doa copoliésteres

O mundo está enfrentando uma batalha significativa contra a pandemia de COVID-19. Como uma empresa dedicada à responsabilidade social, a Eastman está comprometida em participar desta luta. Por isso, no Brasil, a companhia está doando seus copoliésteres para duas empresas para uso na criação de equipamentos de proteção: a 3D Lab, fabricante de filamentos de impressão 3D, e a MMS Plásticos, distribuidora brasileira de plásticos. A 3D Lab está usando o copoliésterEastar™ para contribuir com a produção de protetores faciais (face shields) para a proteção dos profissionais de saúde no país. As peças devem estar prontas para distribuição gratuita, principalmente para hospitais públicos, no início de abril. “Sabíamos que precisávamos que nos solidarizar com as pessoas durante esse período desafiador, principalmente, porque temos o material perfeito para esse tipo de equipamento. O Eastar possui a resistência química necessária para que toda a superfície seja limpa com vários desinfetantes médicos e as peças resistem ao uso constante ”, diz Rogério Dias, gerente de Plásticos Especiais da Eastman na América Latina. Dias conta que, quando a necessidade de um material de proteção facial foi identificada, a Eastman rapidamente se adiantou e ofereceu o Eastar, que tem um longo histórico de uso em uma ampla gama de produtos que inclui dispositivos médicos e protetores faciais. “Temos que fazer a nossa parte. É muito

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conversão do produto), e, nesse primeiro momento, 15 mil litros serão doados para as cidades paulistas de Campinas, Guarujá, Hortolândia, Jacareí e Jundiaí, e beneficiarão nove hospitais públicos, 18 unidades de Pronto Atendimento (UPAs), 185 Unidades de Saúde (UBS) e quatro Centros de Atenção Psicossociais (CAPS). A quantidade produzida abastecerá esses locais por três meses e foi baseada em cálculos das próprias secretarias de Saúde das cidades. A Dow já avalia novos locais para o restante e a viabilidade de fabricação extra. Esse esforço conjunto envolveu diferentes unidades de negócio da companhia, clientes e fornecedores. “A Dow entende seu papel na luta contra o COVID-19 e não mediu esforços para apoiar no que lhe compete, ou seja, viabilizar a produção deste item. Clientes e fornecedores da empresa colaboraram para o êxito desta iniciativa, uma união de forças em prol da sociedade. Outras ações para auxiliar a população no combate à proliferação desta epidemia também devem ser anunciadas em breve”, afirma Javier Constante, presidente da Dow na América Latina.

importante preservar a comunidade de saúde a evitar novas contaminações. Como a produção e a montagem dos protetores faciais levam apenas algumas horas, muito pode ser criado em um curto período de tempo, o que pode ajudar a salvar vidas ”, completa Dias.

Eastman está doando seus copoliésteres a duas empresas para criação de equipamentos de proteção

Rápida mobilização

Em uma outra iniciativa, a MMS Plásticos usa o copoliéster Eastman Cadence™ para ajudar a produzir a cobertura do protetor facial. Essas máscaras protetoras também ajudarão a preservar a saúde dos profissionais médicos no Brasil. Os esforços do SIMPERJ (Sindicato das Indústrias de Plásticos do Rio de Janeiro) têm sido o catalisador de iniciativas como a empreendida pela MMS Plásticos. “Com a determinação da quarentena, na FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), começamos a mobilizar uma grande rede dentro da indústria para doar produtos e equipamentos para combater o coronavírus. A MMS Plásticos e a Eastman responderam prontamente a nossos pedidos e, juntos, estamos devolvendo à sociedade da melhor maneira possível, protegendo vidas”, explica Rafael Sette, diretor de sustentabilidade do SIMPERJ. Ambas as doações ajudarão a produzir mais de 20.000 mil máscaras. Além desses esforços, a Eastman está fazendo sua parte para impedir a proliferação de COVID-19 em outras regiões onde atua.

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Artigo

Indústrias que investiram em automação estão mais preparadas para adaptações decorrentes da Covid-19 Por Mateus Souza*

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este momento em que todos os setores da economia mundial estão sofrendo reflexos em função da pandemia da COVID-19, as empresas buscam alternativas para garantir a operação de plantas industriais e processos produtivos. Certamente, as empresas que investiram e se modernizaram com base na indústria 4.0 são aquelas mais bem preparadas para atravessar este momento de turbulência e incertezas. A automação de processo pode tornar totalmente segura e eficaz a operação de uma planta com o mínimo de exposição de seus recursos humanos, e a prevenção à exposição é fator primordial neste momento. Em alguns casos, é possível a operação total de uma planta de forma totalmente remota, graças a um sistema confiável de automação composto de sensores, controladores e elementos finais de controle. Quando se fala em automação na indústria, é preciso diferenciar processos e manufaturas. A automação que ocorre na fabricação de produtos chama a atenção, pois envolve, entre outros quesitos, o uso de robôs em linha de montagem. Mas aqui o nosso foco será outro. A automação nos processos industriais abrange também componentes de uma malha de equipamentos, como as válvulas dos mais diferentes tipos. Elas representam o elemento final de controle, ou seja, a ponta final de uma cadeia que começa com sensores (elemento primário) e termina nesse importante aparelho que controla a passagem de fluidos líquidos ou gasosos, desde os mais limpos até os mais contaminados. Numa alegoria com nossas casas, podemos pensar num chuveiro elétrico, em que é possível regular a quantidade de água quente e fria. Nesse caso, nossa própria pele funciona como sensor. Você sente a temperatura da ducha e decide abrir ou fechar a válvula – ou seja, a torneira. Você não imagina, mas ao tomar banho está “agindo como elemento final de controle” do sistema “banho”! Quando uma planta é modernizada, é preciso providenciar equipamentos que operem da mesma forma, numa escala industrial. Toda malha de controle

tem basicamente três componentes: o sensor, o controlador e o elemento final de controle (as válvulas). O sensor é o medidor de temperatura, vazão ou pressão do fluido. Ele recebe informações diretamente do campo fabril, por meio de conectores elétricos e controladores (SDCD ou PLC), e sugere, caso a temperatura para determinado lote de produto (por exemplo, na fabricação de iogurte) esteja irregular, abrir um pouco mais a válvula para esfriar. Isso é automação de processo. O ideal é que o mesmo fornecedor industrial esteja inserido nas duas pontas desse sistema, com equipamentos como sensores, na etapa inicial, e válvulas, na etapa final de controle. É importante lembrar que a automação pode ser total, quando não há interferência humana alguma ao longo do sistema (no máximo um operador diante de telas que mostram o funcionamento automático dos equipamentos); ou parcial, quando operadores utilizam as informações recebidas para controlar as válvulas. Alguns dos equipamentos integrantes dos processos de automação são o atuador, que permite fazer com que a válvula abra e feche sem interferência humana, o posicionador, que determina o ponto exato de abertura, e sistemas como o CONEXO, que inclui equipamentos de radiofrequência para gerenciar a manutenção de válvulas em indústrias de diversos ramos, como siderurgia, fabricação de fertilizantes e peças automotivas, sistemas de energia, entre outros. Isso é possível graças à instalação de chips nas diferentes partes integrantes das válvulas (corpo, diafragma de vedação e atuador), que contêm todas as informações a respeito do equipamento. A indústria 4.0 requer automação e instrumentação, e nenhum projeto de modernização poderá ignorar essa necessidade. Como estão seus processos e controles? *Engenheiro elétrico, especialista em automação e gerente geral de vendas da área industrial da GEMÜ Válvulas, Sistemas de Medição e Controle.


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DestaqueMatérias-Primas

No emaranhado das commodities Matérias-primas de alta demanda enfrentam diversos fatores que impactam nos resultados, como baixa no preço do petróleo, alta do dólar e a pandemia do Covid-19, que impacta a economia mundial

O

s movimentos planejados para 2020 em todos os setores da indústria e comércio não se concretizarão. Para enfrentar este ano será preciso muito mais que prognósticos. Será necessária paciência já que só saberemos o final desta história toda ao final da pandemia chamada coronavírus. Alguns juntarão os cacos que restarem e outros prosperarão com a alta demanda por itens essenciais. O fato é que ninguém sairá o mesmo desta difícil fase do contexto mundial. Do lado das poliolefinas certamente também haverá impacto negativo no final deste período. Porém, por serem matérias-primas de plásticos de alto consumo neste momento pandêmico, provavelmente a queda não será tão expressiva. O mercado interno de poliolefinas (PE + PP) cresceu cerca de 1% em 2019, ou seja, muito próximo do PIB. Os volumes atingiram em 2,6 milhões de toneladas de polietilenos, e 1,5 milhões de PP. Solange Stumpf, sócia executiva da MaxiQuim Assessoria de Mercado acredita que para 2020 as previsões são mesmo de um crescimento menor, ou até mesmo queda, considerando-se o efeito Coronavírus, apesar de ser ainda muito difícil mensurar. “Mesmo assim, pode-se imaginar que o efeito será relativamente menor nestas resinas do que nas demais, por conta do seu perfil de uso, muito mais voltado para bens de consumo não duráveis, como embalagens para ali-

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mentos, bebidas, higiene pessoal, limpeza doméstica, entre outros”, afirma a empresária. As importações de poliolefinas subiram 7% em 2019, sendo 850 mil toneladas de polietilenos e 390 mil toneladas de PP. Para 2020, a previsão da Maxiquim é de uma redução drástica nestes volumes, por três motivos: primeiro pelo efeito direto do Coronavirus no comércio internacional, depois pela alta do dólar e por último em função da maior competitividade da petroquímica nacional por conta da queda brusca do preço do petróleo, tendo em vista que a produção é quase toda base nafta, cujos preços se relacionam diretamente com a cotação do petróleo. Quanto a alta do dólar Solange afirma que afeta diretamente o negócio petroquímico no Brasil, por um lado aumentado o custo da nafta que é importada, mas principalmente elevando o custo de internação da resina, o que viabiliza preços internos mais altos em reais.A queda do barril de petróleo obviamente é preponderante para o desempenho das poliolefinas já que reduz o custo de produção de praticamente todos os produtos da cadeia petroquímica no Brasil, aumentando a competitividade frente ao baixo custo de produção base gás, em outras regiões do mundo como América do Norte e Oriente Médio O coronavírus é um importante fator que influenciará no desempenho da indústria que utiliza as resinas commodities como base de sua produ-


ção, principalmente através da queda da demanda doméstica e principalmente das exportações. “Alguns segmentos serão mais afetados, como os de bens duráveis e construção civil”, avalia Solange. Conforme divulgado no início do mês de abril por Martha Loss, também da Maxiquim, no ano de 2019, o preço médio da nafta ARA (Amsterdam-Roterdam-Antuérpia) apresentou uma média de US$ 500/tonelada. Porém, nos últimos meses de 2020 com a crise do Covid-19, esse preço apresentou uma queda brusca. Do final de janeiro até o início de abril, essa queda foi de 70% e atualmente, a nafta está rondando os US$ 160/tonelada. “A petroquímica brasileira é baseada em nafta, então toda a cadeia envolvida deve ser mais competitiva esse ano. O ano de 2019 não foi bom em termos de resultados das principais petroquímicas no mundo e no Brasil, então acreditamos que o ano de 2020 será um ano de recuperação, mesmo com a queda na demanda, há um bom horizonte para aumento de margens nos próximos meses”, pondera Marta em texto divulgado em suas redes sociais.

Distribuição

A comercialização de polietilenos, polipro-

pilenos e poliestirenos para clientes que consomem determinado volume de resinas é feita via distribuidor. Este agente tem papel fundamental no mercado petroquímico já que grande parte dos transformadores plásticos é de porte menor. Itens como logística, crédito e atendimento personalizados são apenas algumas das inúmeras vantagens oferecidas pelas empresas de distribuição. Conforme o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins (Adirplast), no geral, os mercados finais de PP e PE não têm apresentado crescimento ou grandes novidades e seguem acompanhando a economia brasileira, no caso das commodities, a indústria alimentícia principalmente. Entre os associados Adirplast, porém, quando considerado as vendas das commodities (PEs+PP+PS), observa-se um crescimento médio de 2,0% ao ano, entre o período de 2015 e 2019. Em 2019, o crescimento de vendas entre essas resinas foi de 5,9% em relação a 2018. “Passamos de 372.632 toneladas vendidas em 2018, para 394.530 toneladas no ano passado”, revela o dirigente. As commodities, como os polietilenos, polipropilenos e poliestirenos, representaram 89% de todo volume de resinas

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DIVULGAÇÃO

DestaqueMatérias-Primas mento de grandes desafios. A emaranhada e confusa estrutura tributária brasileira atual afeta mais o mercado do que as características dos produtos vendidos, o desenvolvimento tecnológico e até mesmo os padrões de consumo dos produtos finais. “É um verdadeiro caos! E, por isso, temos dito constantemente que a reforma tributária, que há muito já está atrasada, precisa sair”, finaliza Gonçalves.

Balanço da Braskem

Adirplast: em 2019, crescimento de vendas entre essas resinas foi de 5,9% em relação a 2018

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plásticas distribuídas pelos associados ADIRPLAST em 2019. Entre as três, as PEs ficam com maior volume, 239.107 toneladas foram vendas pela Adirplast em 2019. No mesmo período foram comercializadas 99.386 toneladas de PP e 56.037 de PS. “Mas é claro que isso mostra mais sobre o trabalho que estamos fazendo, como distribuidoras oficiais, no mercado do que sobre o mercado em si. O crescimento de nossa participação nos últimos três anos comprova isso. Passamos de 7,6% de participação em 2017, para 8,3% em 2018 e 10,3% no ano passado”, acredita Gonçalves. A macro economia certamente tem influência direta no negócio. Por diversas razões o mercado deve ser impactado neste ano. No entanto, diz o dirigente, é a limitação da produção por parte dos grandes players mundiais que tem feito com que estejamos passando por um momento de escassez de matérias-primas plásticas. Isso e outros fatores, como a alta do dólar, queda do preço do barril de petróleo e ao próprio desempenho da indústria, devem certamente promover não apenas uma maior oscilação dos preços das resinas, mas a instabilidade do negócio em si. “No entanto, acho válido fazer um adendo ao coronavírus. Esse é sim um momento delicado para o mundo, em que todos estamos assustados e recolhidos. Mas, até hoje, 18 de março (data da entrevista) tenho notado, porém, que nossos clientes, principalmente os maiores, têm trabalhado normalmente. Para 70% deles, que trabalham com com os segmentos de embalagens, produtos hospitalares, de limpeza e higiene ou farmacêuticos, a demanda até o momento atual cresceu em até 20% nos últimos dias”, destaca. Para aumentar a competitividade na distribuição de resinas petroquímicas ainda há o enfrenta-

A Braskem mostrou resiliência diante do ciclo de baixa no cenário petroquímico global e fechou o ano de 2019 com Ebitda recorrente de R$ 5,9 bilhões e geração líquida de caixa de R$ 3 bilhões. Na comparação com o ano anterior, foram resultados 46% e 56% inferiores respectivamente, impactados sobretudo pelos menores spreads no mercado internacional e pelo menor crescimento global. A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 2,79 bilhões. Dois fatores contribuíram para isso: o impacto negativo da depreciação do real frente ao dólar sobre a exposição líquida da empresa não designada para hedge accounting; e, acima disso, a provisão contábil de R$ 3,38 bilhões referente à implementação dos programas de compensação financeira, apoio à realocação e promoção de atividades educacionais e ao fechamento de poços de sal em Maceió (AL). Esses programas foram fruto de acordos com autoridades de Alagoas. “Os resultados da companhia foram significativos, diante do cenário petroquímico mundial tão desafiador. Quanto a Alagoas, estamos trabalhando para garantir a segurança das pessoas, ao mesmo tempo em que estamos dando encaminhamento ao cumprimento do acordo assinado com autoridades locais e continuamos engajados nos estudos técnicos para retomada da produção de cloro-soda na nossa planta”, diz Roberto Simões, presidente da Braskem. No quarto trimestre, a Braskem registrou Ebitda recorrente de R$ 993 milhões e geração livre de caixa de R$ 292 milhões, respectivamente menos 32% e 33% em relação ao mesmo período de 2018. A receita líquida de vendas foi de R$ 12,6 bilhões nos últimos três meses do ano. Em 2019 como um todo, a Braskem realizou investimentos operacionais (US$ 470 milhões) e em projetos estratégicos (US$ 229 milhões) que totalizaram US$ 700 milhões, 21% inferior ao valor estimado no início do ano e ultrapassando a meta de redução de US$ 100 milhões estabelecida ao término do primeiro semestre, como resultado de seu compromisso com a higidez financeira. A alavancagem corporativa, medida pela relação dívida líquida/EBITDA em dólares, foi de 4,71x. No Brasil, a taxa de utilização das centrais petroquímicas foi de 85%, 6p.p. inferior à 2018. Nos EUA, a taxa de utilização das plantas de PP


foi de 89%, 2p.p superior a 2018. No México, a taxa de utilização das plantas de PE foi de 76%, 1p.p inferior a 2018, em função do menor fornecimento de etano.

Segurança, pessoas, meio ambiente e responsabilidade social

A taxa de frequência de acidentes com e sem afastamento (taxa CAF+SAF) por milhão de horas trabalhadas, considerando integrantes e terceiros, foi de 1,31 no ano, 58% abaixo da média do setor. A segurança é um valor inegociável da companhia, que tem como meta trabalhar para melhorar esse indicador. A Braskem continua sendo reconhecida na gestão de pessoas e, em 2019, conquistou as premiações de Melhores Empresas para Começar a Carreira – Você S/A e Melhores Lugares para Trabalhar – Glassdoor. A empresa também foi premiada na categoria bronze no Prêmio WEPs da ONU Mulheres, que reconhece boas práticas para a promoção da equidade de gênero. Como parte do reconhecimento do esforço da Braskem em iniciativas ambientais, a companhia foi reconhecida como “Lista Triplo A” nos índices CDP (CarbonDisclousureProgram) Água e Clima, referente

ao exercício de 2018, consolidando-se como referência na gestão de riscos climáticos e de recursos hídricos. Além disso, foi reconhecida pelo sexto ano consecutivo como empresa líder em Desenvolvimento Sustentável pelo Pacto Global da ONU, sendo a única brasileira entre as 10 mil associadas. Pelo pilar da economia circular, houve a ampliação da marca I'mgreen™, que resultou na venda de 1.651 toneladas de resina reciclada (PCR) no ano, além de 699 toneladas de hexano reciclado vendido. A Braskem e a Made in Space, empresa norte-americana contratada pela NASA para desenvolver novas tecnologias para operação em gravidade zero, criaram uma recicladora de plástico, que foi lançada ao espaço em novembro, durante a 12ª missão comercial de reabastecimento da empresa NorthropGrumman (NG12) à Estação Espacial Internacional, com o objetivo de transformar os resíduos plásticos em novas matérias-primas para a impressora 3D da estação.

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Tecnologia

• A Economia Circular é um tema cada vez mais relevante nos dias de hoje e a TOMRA SortingRecycling tem dedicado atenção ao tema. • A Economia Circular é o futuro. Como um dos principais key-players do mercado, a TOMRA vem há anos fomentando e alertando para a necessidade de uma economia circular em substituição da Economia Linear que ainda predomina nos dias de hoje e compromete as metas mundiais das taxas de reciclagem recomendadas. É sob essa permissa que a TOMRA trabalha diariamente para conseguir estar na vanguarda com a melhor tecnologia e no fornecimento de equipamento de separação que vai permitir a efetiva recuperação dos recicláveis descartados no lixo a fim de conseguir melhores resultados a curto prazo. IMAGENS: DIVULGAÇÃO

TOMRA SortingRecycling se dedica à Economia Circular e assina acordo com a Exchange4Change Brasil para promover e dinamizar o tema

Acordo de Economia Circular

• O Brasil é o quarto maior produtor de resíduos plásticos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. Embora o país tenha uma alta taxa de coleta de plástico para a reciclagem, ainda encontramos na composição média do resíduo descartado no Brasil 13% de plásticos, tanto flexíveis quanto rígidos, conforme apresentado pelo Ministério do Meio Ambiente no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, ou seja cerca de 9,5 milhões de toneladas de plásticos foram aterradas em 2018 considerando-se a geração de 79 milhões de toneladas de lixo em 2018 segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos 2018/2019, produzido pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe). Esse material plástico com potencial de reciclagem poderia ser recuperado se os resíduos sólidos fossem processados e triados antes do seu descarte final. • Carina Arita (foto, ao centro), Diretora Comercial da TOMRA SortingRecycling Brasil, afirma: “Continuar usando nossos recursos de maneira insustentável e ineficiente não pode mais ser uma opção. Na TOMRA, levamos esse problema global a sério e desenvolvemos continuamente novas soluções de triagem baseada em sensores com tecnologia de ponta para atingir de uma forma sustentável os objetivos dos nossos clientes”.

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Balanço

Desempenho do setor fabricante de máquinas e equipamentos registrou queda no primeiro bimestre de 2020

O

comportamento da indústria de máquinas e equipamentos esteve em linha com a costumeira sazonalidade no mês de fevereiro – início de ano com vendas relativamente fracas que ganham força no decorrer do primeiro semestre. O faturamento real da indústria brasileira de máquinas e equipamentos atingiu R$ 10 bilhões em fevereiro de 2020, alta de 1,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado eliminou parte importante da queda observada primeiro mês do ano. No bimestre (janeiro-fevereiro) a queda foi de 1,7% contra -5,5% observada em janeiro de 2020. A melhora nas receitas do setor no mês de fevereiro refletiu expansão das vendas no mercado externo. No mercado doméstico houve queda 6,1% em relação ao mês a 2019 e com esse resultado o setor passou a acumular queda de 2% no ano de 2020. A desaceleração das receitas no mercado doméstico neste primeiro bimestre refletiu o esmorecimento da atividade econômica brasileira no 4º trimestre do ano passado. Assim, tal início de retomada tímida das vendas já era esperado nos primeiros meses de 2020. Com relação às exportações de máquinas e equipamentos, houve no mês de fevereiro importante crescimento, tanto em valores monetários (US$) com em quantum (quantidade física), o que minimizou a queda registrada no primeiro mês do ano e melhorou a atividade produtiva do setor.

Exportação

Após quatro meses consecutivos de quedas, as exportações de máquinas e equipamentos apresentaram recuperação em fevereiro (+8,8%). Todavia, mesmo com esta alta ainda não foi possível reverter o tombo de janeiro (-26,6%). Logo, o primeiro bimestre do ano acumulou queda nas exportações de -9,6% comparado aos dois primeiros meses de 2019. Ainda que o câmbio desvalorizado possa colaborar nas receitas, o setor ainda está aquém do potencial histórico de vendas ao exterior. Em grande medida, o comércio internacional ainda sente o impacto da desa22 > Plástico Sul >>>

celeração das principais economias mundiais e, o setor de máquinas, readapta-se diante do enfraquecimento de importantes clientes. Quando analisado os principais destinos das vendas de máquinas e equipamentos nacionais no primeiro bimestre, nota-se a forte retração para a América Latina (-36,9%) e Estados Unidos (-36,4%). Entre os setores que registraram crescimento nas vendas no mercado externo destacam-se os fabricantes de máquinas para indústria de transformação e máquinas para agricultura, ambos registraram crescimento de 18% no primeiro bimestre de 2020. A entrega de pedidos já confirmados deverá ser contabilizada nas estatísticas de exportação nos próximos meses. Portanto, não será anormal verificar algum possível crescimento das receitas em março e abril. Entretanto, com a chegada do coronavírus e a consequente interrupção de diversas atividades produtivas em âmbito global, novos pedidos poderão ser adiados até o segundo semestre. Por consequência, caso a pandemia esteja sob controle na segunda metade do ano, poderá ocorrer um maior volume de negócios a partir de agosto, de modo a compensar o atual “recesso” da produção mundial. Historicamente, as taxas de investimento pós-crises são mais aceleradas mediante pacotes de estímulo à economia. Portanto, há expectativa de mudança de cenário no médio prazo.

Importação

As importações de máquinas e equipamentos que vinham em expansão nos últimos dois anos, na esteira da recuperação da atividade econômica, no mês de fevereiro desacelerou, e registrou crescimento de apenas 2,3%, assim o resultado acumulado no ano recuou para 13%, contra 19% observado no final de 2019. Dentre os setores que registraram encolhimento nos investimentos de máquinas e equipamentos importados estão os de bens de consumo (máquinas para plástico, equipamentos gráficos e máquinas para madeira), indústria de transformação (fornos, tratamento superficial, máquina para solda e de controle de qualidade) e o setor de extração de óleo e gás. Consumo aparente O consumo aparente de máquinas e equipamentos também registrou desaceleração no mês de fevereiro de 2020 ao crescer 2,1% contra 18% em janeiro do


mesmo ano, na comparação com igual mês do ano anterior. No bimestre os investimentos em máquinas e equipamentos registraram crescimento de 9,6% contra 12% no fechamento de 2019. No período (1º bimestre) as máquinas nacionais ganharam participam no total de máquinas consumidas no país. Contudo não está claro se este movimento, foi pontual ou se trata de uma tendência devido a alterações macroeconômicas como câmbio e juros, serão necessários alguns meses mais de acompanhamento. NUCI – Pedidos em carteira - Emprego A indústria brasileira de máquinas e equipamentos continua com a capacidade ociosa elevada. Após dois anos de crescimento do faturamento do setor encerrou o mês de fevereiro com o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) em 73%. Em relação

ao mês de janeiro houve uma expansão de 0,7%, ainda assim continua abaixo do nível observado em 2010 (-2,7%). No bimestre e nos últimos doze meses o indicador também foi negativo em -2,3% e -1,7%, respectivamente. A carteira de pedidos da indústria de máquinas e equipamentos, importante indicador antecedente de vendas do setor, vem andando de lado nos últimos meses, em média de 9,5 semanas para o atendimento.

Quadro de pessoal

O quadro de pessoal da indústria brasileira de máquinas e equipamentos registrou expansão de 0,5% em relação ao mês imediatamente anterior e 0,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O setor encerrou o primeiro bimestre com 306 mil pessoas empregadas.

Avanço

Para atender as mais importantes tendências do setor de embalagem, como sustentabilidade, segurança e saúde, a BASF tem desenvolvido soluções inovadoras em dispersões para adesivos, resinas e aditivos para tintas de impressão e revestimentos de barreira. Adesivos à base água para embalagens flexíveis - Os adesivos de laminação à base de água Epotal® são uma alternativa sustentável aos produtos à base de solvente e “solvente-less” encontrados no mercado. A alta força de aderência inicial combinada com tempo de cura mínimo permite processamento imediato do laminado, maior flexibilidade, além de laminação e impressão “in-line”. Devido à sua composição química, os adesivos à base de água são sistemas inerentemente seguros e adequados para aplicações em embalagens de alimentos. A linha de adesivos Epotal® também contribui com os desafios de final de vida útil das embalagens flexíveis ao proporcionar uma maior facilidade de separação de cada uma das camadas de filme durante o processo de reciclagem. Para obter estruturas totalmente compostáveis, os adesivos Epotal® ECO podem

ser combinados com papel, biopolímeroEcovio® ou outros polímeros compostáveis. Os clientes podem testar esses novos sistemas à base de água no Centro de Revestimento Adesivo da BASF em Ludwigshafen para encontrar a solução perfeita para seus desafios de revestimento individuais. Soluções para tintas de embalagem e revestimentos de barreira - O abrangente portfólio de resinas da BASF atende aos requisitos mais rigorosos de fabricantes de tinta e vernizes. Combinando excelente resistência e força de aderência com alta resolubilidade, o desempenho da linha de resinas à base de água Joncryl® FLX, para impressão em filme, é semelhante ao das tecnologias alternativas à base de solvente utilizadas no processo de impressão e conversão de embalagens flexíveis. Por sua vez, a linha de produtos Joncryl® HSL oferece uma gama de opções para vernizes termoselantes para várias aplicações, apresenta FDA para contato com alimento, garante selagem segura e efeito macio na descolagem. O portfólio Joncryl® MB de resinas à base de água foi desenvolvido como parte da abordagem de “biomass

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Inovações e soluções sustentáveis da BASF atendem tendências da indústria de embalagens

balance” contribuindo para a obtenção de economias significativas nas emissões de CO2 sem comprometer a qualidade ou o desempenho. BASF também oferece a tecnologia de barreira para embalagens, Joncryl® HPB, que possibilita a formulação de revestimentos recicláveis e repolpáveis. Além de conferir propriedades de resistência à água e selabilidadeà quente tal como as estruturas de polietileno extrudado atuais, possui aprovação FDA para contato com alimentos.

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Foco

no Verde

EVENING_TAO / FREEPIK

Industrialização da construção civil torna o setor mais sustentável e eficiente

*Por Murilo Feltran Modernizar o setor da construção é um desafio em todo o mundo. Essa mudança se faz necessária, pois, ainda é uma indústria que demanda grande consumo de água e energia, além de ser responsável pelo descarte de alto volume de resíduos. Nos canteiros de obras, por exemplo, a água é o insumo mais utilizado. De acordo com os dados do comitê temático da água do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, em média 50% da água potável fornecida para áreas urbanizadas é destinada para a construção civil. Para a produção de um metro cúbico de concreto, é necessário, em média, de 160 a 200 litros de água, segundo o Departamento de Engenharia de Construção Civil e Urbana da Escola Politécnica da USP. Já o consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca 50% de toda eletricidade consumida no país. Cerca de 70% do gasto de energia elétrica nos prédios públicos se deve ao uso dos sistemas de iluminação e climatização dessas edificações, de acordo com o Procel (Centro Brasileiro de Informação de Eficiência Energética). Já os resíduos da construção civil representam mais da metade do volume de resíduos sólidos gerados em meio urbano, segundo o Ministério das Cidades. Para mudar esse cenário, a construção civil vê a industrialização de seus processos como um meio de torná-la mais sustentável. Um exemplo que já vem sendo usado no setor são as telhas e os painéis 24 > Plástico Sul >>>

isotérmicos com núcleo em espuma rígida de poliuretano. Eles têm como principal foco o isolamento térmico e a consequente eficiência energética, mas também reduzem drasticamente o uso de água. Visando aperfeiçoar as propriedades para o uso desse material na construção civil, a BASF desenvolveu o painel sanduíche de poli-isocianurato, Elastopir, que atende requisitos essenciais de segurança ao fogo, mantendo as demais propriedades do poliuretano tradicional. O material permite mais rapidez, eficiência, redução de mão-de-obra, menos resíduo e durabilidade para a construção. A sustentabilidade é um dos principais pilares dos painéis isotérmicos, já que elimina a necessidade do uso de água em todo o processo produtivo, desde sua fabricação, até a obra. Outra vantagem é que, por ser um método industrializado, a construção leva até a metade do tempo quando comparada a processo com materiais tradicionais, como blocos e tijolos, e reduz em até 40% a necessidade de mão de obra. Na questão dos resíduos, a taxa de desperdício do material é de apenas 0,5%, o que representa oito vezes menos perdas do que o sistema tradicional, uma vez que as peças do Elastopir são encomendadas na medida exata. Com a obra finalizada e a solução sendo utilizada nas paredes e telhado, é possível reduzir em 50% o consumo de ar condicionado durante o ano, quando comparada a uma edificação com materiais convencionais. Isso porque apresenta níveis baixíssimos de condutividade térmica quando comparado a isolantes convencionais. Ele reduz em até 90% a transferência de calor entre os ambientes e é 20 vezes mais isolante que tijolos e 80 vezes mais que o concreto. Na questão de prevenção aos incêndios, o material em poli-isocianurato é capaz de alcançar elevados níveis de segurança ao fogo atendendo às normas brasileiras de construção nos mais diversos requisitos. Atualmente, ele é utilizado em grandes empreendimentos, como shoppings, indústrias, galpões e alojamentos. *Engenheiro e gerente de marketing e produto de Materiais de Performance da BASF


de Notas

Nouryon adquire negócio de Alquil Metálicos da Sasol

A Nouryon firmou um acordo para adquirir o negócio comercial de trietilalumínio (TEAL) da Sasol, incluindo sua frota especial de cilindros retornáveis. O TEAL é um alquil metálico essencial na produção de plásticos, incluindo polipropileno e polietileno, que são os mais usados em todo mundo. A aquisição é a mais recente de uma série de movimentações que a Nouryon fez para aumentar significativamente sua presença no mercado de organometálicos, após a expansão da capacidade de produção em sua unidade em Roterdã, na Holanda, e a aquisição de ZhejiangFriend, empresa que produz alquil metálicos na China. “Nossa ambição é fortalecer nossa posição de liderança em catalisadores para a indústria global de polímeros e essa aquisição nos permite dar o próximo passo nessa jornada”, comentou Johan Landfors, presidente de Technology Solutions na Nouryon. “A inclusão desse negócio nos permitirá servir melhor nossos atuais e novos clientes de polímeros”. A expectativa é que a transação seja finalizada durante o segundo trimestre, após o qual a Nouryon irá transferir, gradualmente, a produção para sua unidade em Roterdã. "Estamos muito animados para dar o próximo passo em nossa estratégia de crescimento", disse Landfors. “Vamos continuar focando na construção dessa parte do nosso negócio e esperamos fazer mais aquisições complementares no futuro".

Nova tecnologia permite decomposição 200 vezes mais rápido de saco para lixo

Reconhecida na indústria de limpeza pelo padrão de qualidade e vasto portfólio de soluções, a Bettanin lança EsfreBom Saco para Lixo Bio, saco para lixo oxibiodegradável, ou seja, que se biodegrada em contato com o oxigênio. A tecnologia utilizada na fabricação do EsfreBom Saco para Lixo Bio permite que o produto se decomponha 200 vezes mais rápido quando comparado aos sacos para lixo comuns, deixando de existir no meio ambiente em um período aproximado de 3 anos. "O mercado já oferece algumas opções de sacos para lixo vendidos como sustentáveis, por serem fabricados a partir de fontes vegetais, mas somos a primeira empresa a trazer um produto nesta categoria que seja oxibiodegradável", afirma Aguinaldo Fantinelli, diretor geral da Bettanin. "Na prática, significa dizer que a nova tecnologia permite uma decomposição extremamente rápida do saco para lixo, se avaliarmos que os modelos tradicionais e mesmo os fabricados com insumos vegetais demoram até 200 anos para decompor.", completa. Para garantir o padrão de qualidade, a Bettanin se uniu à empresa RES Brasil na fabricação do produto. "Eles fornecem o aditivo que auxilia na quebra das cadeias do polímero, que é o que  garante um produto oxibiodegradável", conta Aguinaldo. Além disso, a RES Brasil é certificada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), o que comprova a eficiência do material disponibilizado. Cabe destacar, que para comprovar os benefícios do produto para a preservação do meio ambiente, amostras foram testadas na Suécia, no laboratório Symphony Environmental Technologies, onde foi constatado o acelerado processo de degradação. No Brasil, o EsfreBom Saco Para Lixo Bio é certificado pelo Inmetro.

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Bloco

Filmes com resina pós consumo da linha ‘Ecophane’, da terphane, podem ser usados em contato com alimentos

A Terphane, líder em filmes PET (poliéster) na América Latina e um importante player mundial, confirmou, esta semana, que os novos filmes da linha Ecophane são os únicos de poliéster com PCR (PET reciclado pós consumo), no Brasil e no mundo, aprovados pela Anvisa inclusive para contato direto com alimentos. Nos Estados Unidos e Europa, a linha Ecophane já é comercializada com sucesso e foi aprovada pela FDA e EFSA (União Europeia). Lançados em 2019, estes filmes estão alinhados à uma demanda crescente do mercado global por filmes que garantam a produção de embalagens recicláveis e com conteúdo reciclado. No Brasil, o poliéster é a única resina que, após reciclada, pode ser usada na produção de novas embalagens para alimentos. “A linha Ecophane é o resultado de extensivas pesquisas e muita tecnologia de ponta aplicada ao seu desenvolvimento. Conseguimos criar um filme PET com no mínimo 30% de PCR em sua composição”, explica Marcos Vieira, Diretor de P&D Global da Terphane. Esta expertise tecnológica resultou em mais de 10 tipos de filmes da linha Ecophane, disponíveis para as mais diversas aplicações. Além de garantirem um menor uso de matérias-primas virgens, os novos filmes da linha Ecophane, da Terphane, estão inseridos no conceito de Economia Circular: o PET descartado na forma de embalagens ou outros itens é coletado, reciclado e volta a ser embalagem. “O desenvolvimento da linha Ecophane não vai ao encontro apenas das métricas de sustentabilidade estabelecidas pela Terphane, mas atende a uma busca dos brandowners que querem associar suas marcas e produtos a embalagens cada vez mais sustentáveis”, completa André Gani, Diretor de Vendas & Marketing da Terphane. A Terphane estabeleceu como prioridades em sua jornada de sustentabilidade, ações ambientalmente, socialmente e economicamente positivas em suas plantas, produtos e na comunidade. <<< Plástico Sul < 25


Anunciantes

Bloco

de Notas

Milliken oferece soluções personalizadas às empresas do setor de household

BST Latina / Página 17 Interplast / Página 15 Plastland / Página 11 Replas / Página 2 Sepro / Página 28 Telas MM / Página 20 Termocolor / Página 9 Wortex / Página 5

Fique por dentro das nossas Redes Sociais: Facebook - @plasticosul Twitter - @plasticosul Instagram - @plasticosul YouTube - TVplasticoSul Acessa lá. 26 > Plástico Sul >>>

Desenvolver um corante específico para as necessidades das empresas que produzem desinfetantes, amaciantes e os mais diversos produtos de limpeza, ou ainda uma tecnologia capaz de restaurar a brancura de uma roupa. A partir de agora, as empresas que atuam neste segmento da indústria podem realizar os testes no novo laboratório de tecnologia e aplicação da Milliken.Além da ampliação da área de desenvolvimento de produtos, o laboratório ganhou uma sala para testes de lavagem. Esse processo tem o objetivo de entender os benefícios dos produtos da Milliken em diversos tipos de tecido. “Avaliamos branqueamento, manchamento entre outros testes de envelhecimento. Para isso temos máquinas de lavar e secar onde os tecidos passarão por várias situações que simulam o dia a dia do consumidor”, afirma Edgar Curdoglo, gerente de contas da unidade. Todo esse cuidado começa com o desenvolvimento de um produto diferente do que há no mercado. De acordo com Edgar, a maioria dos corantes que se usa no setor de household são os mesmos corantes que são usados em outras aplicações como em tintas, por exemplo. “A Milliken desenvolve corantes específicos para cada necessidade, o que traz vários benefícios. Nos testes realizados aplicamos alguns polímeros na estrutura de nossos corantes, o que faz com que o produto fique líquido. E diferente de um corante tradicional em pó, ele não mancha o substrato, não mancha a roupa, nem o piso, ou os vasos sanitários”, garante. “Nossos corantes, por serem poliméricos, também não mancham os equipamentos durante a produção, o que auxilia nossos clientes na limpeza dos tanques, ampliando a produtividade”.

LyondellBasell doa $ 1,3 milhão para combate a fome durante a pandemia de COVID-19

HOUSTON e ROTERDÃ, Países Baixos, 14 de abril de 2020 - /PRNewswire/ -- A LyondellBasell (NYSE: LYB), uma das maiores empresas de plásticos, produtos químicos e refinação do mundo, anunciou hoje a doação de $ 1,3 milhão para apoiar os esforços de resposta ao COVID-19 da Global FoodBanking Network e de outros bancos de alimentos locais nos Estados Unidos. "Mesmo no melhor dos tempos, a fome e a insegurança alimentar são desafiadoras. A pandemia da COVID-19 tornou essa necessidade ainda mais grave, porque os bancos de alimentos no mundo vêm experimentando aumento da demanda e declínio de doações de alimentos", disse o presidente-executivo da LyondellBasell, Bob Patel. "Além do trabalho que nossa equipe está empreendendo para fornecer materiais usados em aplicações médicas, queríamos ajudar aqueles que estão encontrando dificuldades para colocar comida na mesa, por apoiar essas organizações vitalmente importantes". A doação da LyondellBasell irá apoiar bancos de alimentos em 17 países, bem como das comunidades onde a empresa tem grandes operações. "A pandemia abalou várias facetas de nossas vidas e milhões de pessoas, muitas das quais não tinham necessidade de ajuda antes, estão dependendo de nossas organizações de banco de alimentos para colocar comida na mesa", disse a presidente e presidente-executiva da The Global FoodBanking Network, Lisa Moon. "Nossa rede de bancos de alimentos em todo o mundo está na linha de frente dessa pandemia internacional. O apoio da LyondellBasell irá ajudar a diminuir a pressão que os bancos de alimentos estão sentindo atualmente e nos ajudar a atingir mais pessoas que estão enfrentando a fome nesse tempo difícil". Doar fundos para fornecer alimentos às pessoas em necessidade é apenas uma das maneiras com que a LyondellBasell está respondendo durante essa pandemia. A empresa doou álcool isopropílico à Huntsman para a produção de cinco toneladas de álcool em gel, para ajudar a proteger os profissionais de saúde que estão tratando pacientes com COVID-019. Além disso, os materiais da LyondellBasell são encontrados em muitas aplicações críticas para proteger e preservar a saúde e a segurança de dispositivos médicos, equipamentos de proteção, produtos de limpeza e várias aplicações farmacêuticas. A empresa continua a fornecer a seus clientes uma variedade de materiais, incluindo resinas de polipropileno, que são usadas para produzir fibras melt-blown (fundidas por sopro) que fornecem filtração em máscaras contra gases; produtos masterbatches que são usados em membranas respiráveis para roupas protetoras; e polipropileno, óxido de etileno e óxido de propileno que são usados para fabricar seringas médicas, kits de exame médico, sabões, desinfetantes e muitos outros produtos.


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