Número 5 - Ano I

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Frédéric Lelert / Eurocopter

Um EC-725 do Exército Francês

Minas Gerais (Fiemg) e com o Serviço Social da Indústria (Sesi) de Itajubá para criação do curso de técnicas industriais e vamos implantar um curso para formação de mecânicos aeronáuticos na própria Helibras. Em termos de políticas públicas, o que considera de maior relevância para o desenvolvimento da indústria que atende a programas das Forças Armadas? A estratégia estabelecida na Política Nacional de Defesa foi um marco importante para a formulação das políticas públicas voltadas à modernização da indústria para garantir maior domínio de tecnologias indispensáveis. A centralização da aquisição de materiais no Ministério da Defesa, por exemplo, é extremamente relevante, porque favorece a

otimização de recursos, a racionalização e a mobilidade estratégica dos meios, maximizando o aproveitamento das tecnologias para que as três Forças possam atuar em rede. Falando do helicóptero EC725: como está o cronograma do desenvolvimento e de que forma está se processando a participação da indústria brasileira? O EC-725 está dentro dos prazos estabelecidos pelo consórcio Helibras, Eurocopter com o Ministério da Defesa do Brasil. Em dezembro passado, entregamos as três primeiras unidades de um total de 50. Estas, ainda produzidas na França, possibilitaram que as Forças Armadas iniciassem treinamentos com seus pilotos e mecânicos. Na verdade, as Forças Armadas estão acompa-

nhando a construção dos helicópteros na França, através de um grupo (GAC) com representantes das três Armas, e existe um grupo correspondente atuando em Itajubá. Com isso, o acompanhamento é feito da produção ao treinamento e deste à transferência de tecnologia. Além disso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) também acompanham o processo. Em Itajubá, existe também uma equipe de técnicos europeus trabalhando na formação dos técnicos brasileiros e do pessoal de três fornecedores nacionais que vão produzir partes da fuselagem do EC-725, que utiliza compostos indisponíveis no Brasil. Todos os helicópteros deverão ser entregues até 2016. DEFESA LATINA

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