Jornal Ceilândia em Foco - Ano 1 | Edição 8 | Dezembro 2017

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EDIÇÃO Nº 8, ANO 1 | CEILÂNDIA, DISTRITO FEDERAL | 20 DE DEZEMBRO DE 2017 A 20 DE JANEIRO DE 2018

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ROMILDO NASCIMENTO ESTILISTA FOTO: DIVULGAÇÃO

COMPORTAMENTO

Pág. 6

QUADRO NA TV GLOBO LANÇOU PARA O BRASIL ROMILDO NASCIMENTO, ESTILISTA DE CEILÂNDIA

CIDADE

Pág. 2

ESPECIAL SOBRE O LIXO: MORADOR DO P SUL CRIA PROJETO PARA DESCARTE CORRETO DE PILHAS E BATERIAS Vieira Sustentabilidade foto Divulgação

DIVA

Pág. 5

EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE -FERRAMENTAS DE IVANETE, DIVA DESTA EDIÇÃO

ARTIGO

Pág. 6

DIREITO A PENSÃO ALIMENTÍCIA – DRª RAFAELLA REMER EXPLICA

FICA A DICA

Pág. 7

CEI EM FOCO FOI CONHECER ANÁPOLIS E SEUS PONTOS TURÍSTICOS

Parque Ambiental Ipiranga, no coração de Anápolis, cercado de verde e de prédios foto Ceilândia em Foco

26 x 6 cm | 5 Colunas

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02 | CIDADE

CEILÂNDIA EM FOCO

CIDADE

VIEIRA SUSTENTABILIDADE E O PAPA PILHAS

Projeto inédito no DF arrecadou quase uma tonelada de pilhas e baterias portáteis que iriam parar no meio ambiente por

Poliana Franco

Levando a sério sobre ter responsabilidade e consciência em relação ao lixo que produz, o policial militar Newton Vieira criou um projeto inédito no P Sul, onde mora, e transformou o bairro no mais sustentável do Distrito Federal, ao menos quando o assunto é o descarte de pilhas e baterias usadas. A ideia veio por acaso em uma conversa com os irmãos sobre para onde iam as pilhas depois de jogadas no lixo. “Moro perto de uma usina de triagem de lixo e fui lá conhecer como o trabalho era feito. Descobri que pilhas e baterias eram trituradas junto com material orgânico e viravam adubo, mas esses materiais têm muitos metais pesados que contaminam o solo e o ar”, afirma Newton, se referindo a chumbo, níquel, manganês, cádmio, lítio, zinco, mercúrio e cobre. Vieira Sustentabilidade Tímido, o projeto social e voluntário começou com apenas

Criador do papa pilhas, Newton Vieira foto Ceilândia em Foco

um coletor batizado de papa pilhas instalado na igreja perto de casa. Hoje, um ano e meio depois de iniciado, são 75 postos de descarte e quase 800 quilos de pilhas e baterias fora da natureza. A meta, segundo Newton “é chegar a uma tonelada antes do Carnaval”. No início, os coletores eram de cilindros de papelão, hoje, são de cano de PVC, mais resistentes, mas a abertura do cilindro não pode ficar exposta por dois motivos principais: as pessoas descartam copinhos de café e o perigo de crianças colocarem a mão no recipiente. Então metade do tubo é fechado com madeira medida, cortada e colada, o que encarece ainda mais o custo final, que depois de pintado e adesivado sai a R$ 70 reais cada papa pilhas. Conta que não fecha Sem nenhum apoio financeiro, todo mês Newton abastece o carro e percorre os 75 pontos recolhendo as pilhas e

EXPEDIENTE JORNAL CEILÂNDIA EM FOCO CNPJ: 23.445.219/0001-08 Tiragem: 10 mil exemplares / mensal Diretora/Editora chefe: Poliana Franco - 11.583/DF Colaboradores: Catarina Loiola, Pâmela Paiva, Poliana Franco, Rafaella Remer da Silva, Rúbia Gondim. Diagramação e arte: Dianne Freitas FALE CONOSCO E-mail: ceiemfoco@gmail.com Facebook: facebook.com/ceiemfoco Departamento comercial: (61) 9 8332-6607 Redação: Ceilândia Sul - DF Textos assinados e Informes Publicitários são de responsabilidade dos autores.

baterias e leva para casa, onde armazenas em tambores de plástico. Ciente do risco tóxico, embala e envia para o descarte correto em uma empresa de São Paulo. Paga de frete R$ 10 reais por quilo de material. “Calculo um gasto de R$ 10 mil reais em um ano e meio de projeto”, destaca, afirmando não poder ampliar a ideia para mais lugares por falta de dinheiro. Jardins Mangueiral e a falta de cuidado Das 15 quadras que formam o Condomínio Jardins Mangueiral, em São Sebastião, 13 aderiram, voluntariamente, ao projeto do papa pilhas. Cada uma recebeu, gratuitamente, um coletor com a seguinte recomendação: “Não podem ficar expostos ao sol e chuva. O calor ajuda a liberar gases tóxicos das pilhas e baterias, e a chuva danifica o suporte”. Simples, né? Parece que não. No último mês, sete papa pilhas foram deteriorados pela exposição ao relento e um foi jogado fora pelo síndico, que alegou estrago do suporte. Newton destaca a importância de a comunidade apoiar o projeto: “Eu vejo que demora as pessoas entenderem a necessidade real do descarte correto, elas não têm noção do impacto desses materiais no meio ambiente; falta mais consciência e educação”. Não aderiram Fóruns, Senado Federal e Hospital Materno Infantil de

Brasília (HMIB) são exemplos de lugares que aceitaram a instalação do papa pilhas mas que não usam o coletor para descarte: “Vimos que nesses lugares as pilhas e baterias são enviadas ao SLU”. Porém, segundo o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), as pilhas só podem ser jogadas no lixo comum se houver o manejo sustentável nos aterros sanitários, o que corresponde a apenas 10% dos aterros no Brasil e que não é o caso, ainda, de Brasília. Logística Reversa A média é de 1 bilhão de pilhas e 400 milhões de baterias de celular produzidas e comercializadas no Brasil por ano, fora as de qualidade duvidosa que entram no país a partir das fronteiras (mais 30%). Apenas de 1 a 2% desse total é reciclado, apesar de leis que obrigam os fabricantes a receberem e providenciarem o descarte ambientalmente correto. Para Newton, “o Estado é omisso nessa questão, não tem interesse”. É preciso percorrer um longo caminho que passa pela educação do consumidor, consciência dos fabricantes e vendedores, postos de coleta, legislação mais dura, fiscalização. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei nº 12.305/10, e o Decreto que a regulamentou, nº 7.404/10, evidenciam a relevância da logística reversa para Implantação de

Contato: No Facebook do Vieira Sustentabilidade está a relação de todos os pontos de coleta no DF. Faça sua parte: www.facebook.com/vieirasute

Sistemas de Logística Reversa, definida pela PNRS como: um “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.” Casado e pai de dois filhos, Newton sabe da importância de seu trabalho e da contribuição que deixa ao meio ambiente e às próximas gerações. Destaca que muito mais poderia ser feito se houvesse interesse e investimento público para diminuir o problema do descarte incorreto de pilhas e baterias, mas enquanto isso, segue fazendo a parte dele: “Meu maior objetivo é despertar consciência ambiental e de saúde pública sobre essa questão”. Os 75 papa pilhas distribuídos em Ceilândia, Taguatinga, Jardins Mangueiral, Asa Norte e Rodoviária do Plano Piloto recebem, juntos, entre 40 e 80 quilos de material por mês..

O projeto criado pelo militar Newton é social e voluntário. Cada papa pilhas custa R$ 70 reais e há 75 deles espalhados pelas cidades do DF. Uma vez por mês o material é recolhido no carro da família. Pilhas e baterias são enviadas a São Paulo para destinação correta. Cada quilo de material custa R$ 10 reais. Newton paga do bolso.

1 pilha leva de 100 a 500 anos para se decompor na natureza, contaminando o ar e o solo.


SAÚDE E BEM ESTAR | 03

CEILÂNDIA EM FOCO

INFORME PUBLICITÁRIO

SAÚDE E BEM ESTAR

MUDANÇAS NA SAÚDE DO DF ALIMENTAM O CAOS por

Nicolas Bonvakiades - Ascom SindMédico-DF

caso de internação ou de maior gravidade iriam para os hospitais. (Veja em www.drauziovarella.com. br/o-sistema/comofunciona-o-sus). Promessas não cumpridas A organização do SUS é

Dr. Gutemberg Fialho foto Assessoria de Comunicação SindMédico - DF

O sistema público de saúde do Distrito Federal passa por um momento de desorganização. De um lado restringe-se o acolhimento pelas emergências dos hospitais. Na outra ponta, tiram-se especialistas das unidades básicas de saúde e, no meio do caminho, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) sofrem com falta de pessoal e são obrigadas a manter internados por tempo indeterminado pacientes que deveriam ser encaminhados aos hospitais. No caso de Ceilândia, a UPA conta com clínicos apenas e em número insuficiente.

Um dos sites sobre medicina mais acessados do Brasil é o do famoso Dr. Dráuzio Varella. Nessa página eletrônica, a equipe da Universidade Paulista que alimenta os conteúdos divulga informações gerais sobre doenças, sobre medicamentos e sobre a saúde pública brasileira. Um desses textos se propõe a explicar como funciona o Sistema Único de Saúde (SUS) desde o financiamento até a prestação de serviços à população – só não serve para brasilienses. O site explica que é por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e

das equipes de Saúde da Família que se dá a entrada do usuário no sistema público de saúde. Até aí o discurso bate com o que a Secretaria de Estado de Saúde do DF diz estar tentando fazer. Daí para frente, o sistema público de saúde do DF sai do eixo: segundo a explicação do site, as UBSs contam com clínicos gerais, pediatras e ginecologistas e realizam exames de HIV, sífilis, hepatites, entre outros. Dali, em casos mais graves, os pacientes seriam encaminhados para as Unidades de Pronto Atendimento e, só em

a que explicou o site do Dr. Dráuzio Varella, mas no Distrito Federal, após três dos quatro anos que deve durar o governo Rollemberg, os pacientes são jogados de um lado para o outro e os profissionais de saúde enfrentam o caos do dia a dia. Lembremos de três promessas para a gestão da Saúde que continuam pendentes: “Modernizar a gestão, de modo a torná-la mais descentralizada e eficiente, inclusive do ponto de vista financeiro, definindo metas específicas de cobertura, qualidade e padronização do atendimento público em saúde” – essa descentralização foi feita no papel, mas encontra obstáculos na prática. Não houve descentralização financeira. “Integrar os níveis de atenção e apoio à saúde, possibilitando a promoção integral da saúde à população” – com unidades básicas de saúde com infraestrutura insuficiente e

barrados nas emergências dos hospitais, pacientes rodam unidades de saúde em busca de atendimento. “Restabelecer os quadros das áreas profissionais da saúde mais carentes” – pior que não repor os profissionais, especialistas que por muitos anos atuaram nos centros de saúde, com a remodelação da atenção primária à saúde estão até sendo removidos para áreas administrativas. Na reportagem “O calvário em busca de atendimento”, publicada pelo Correio Braziliense, no dia 17, o coordenador da Atenção Especializada da Secretaria de Saúde, Fernando Uzuelli, afirmou que, se algum paciente tiver dificuldade para obter atendimento, deve procurar a ouvidoria. Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF), Gutemberg Fialho, a “solução” do coordenador é insuficiente. “A diminuição das filas nas emergências não pode ser feita ao custo de deixar os pacientes sem assistência. Não dá para esperar que alguém que busque atendimento emergencial fique esperando retorno da ouvidoria”, critica Dr. Gutemberg.


04 | CONEXÕES URBANAS

CEILÂNDIA EM FOCO

CONEXÕES URBANAS

Meio Ambiente

SOL NASCENTE SUSTENTÁVEL

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) do Distrito Federal conquistaram, através do Habita Brasília, terreno para construção de um bairro ecológico por

Pâmela Paiva

A casa da dona Alzerita, integrante do MTST e há mais de 30 anos na fila por moradia no DF, será a primeira a ser construída pelo mutirão de bioconstrução que beneficiará 110 famílias, no Trecho II do Sol Nascente. Segundo Eduardo Borges, coordenador nacional do Movimento, os futuros beneficiados pelo mutirão “enquanto aguardavam alguns anos na fila da Codhab, viviam em situação de vulnerabilidade por não terem condições de adquirir moradia própria”, se referindo ao programa da Companhia Habitacional do Distrito Federal.

foto Ceilândia em Foco

A ideia de construir casas sustentáveis no terreno doado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), na modalidade do Lote Legal, surgiu quando integrantes do MTST iniciaram diálogo com a Universidade Alternativa do Sul/ RS (Unipermacultura), que já trabalhava com pequenos agricultores e movimentos sociais na busca por “popularizar um conhecimento

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publicidade foto Ceilândia em Foco

emancipador que é poder construir a própria casa, fazendo uso mais racional e adequado dos materiais para essa construção”, explica Neimar Marcos, permacultor e cofundador do projeto. Para Eduarda Maria, integrante e beneficiada pelo mutirão, conquistar a casa própria e escritura do futuro imóvel “é uma emoção muito grande, representa tudo poder sair do aluguel e ter um lar. Além de ter uma casa que não vai agredir o meio ambiente, ser mais barata, com um projeto inovador, um podendo ajudar o outro”. Bioconstrução É a união de diversas técnicas ecológicas de arquitetura popular em que são

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto Brasília: www.mtst.org

utilizados materiais e recursos abundantes do próprio ambiente em que a habitação será construída, como barro e madeira, oferecendo redução de custos e de agressão ao meio ambiente.

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A vaquinha virtual de arrecadação para financiar a construção da casa da dona Alzerita foi encerrada em 15/12/17 e conseguiu em doações o valor de: R$ 29.210,00. Além da casa de dona Alzerita será construído também um centro de convivência para os futuros moradores e voluntários de todo o Brasil que vieram para ajudar no mutirão e aprender técnicas da bioconstrução.

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Confira aqui o trabalho da Unipermacultura: www.unipermacultura.com.br publicidade


DIVA | 05

CEILÂNDIA EM FOCO

DIVA

Coluna

POR UMA CEILÂNDIA MAIS VERDE por

Pâmela Paiva

Quem já leu o livro ‘O menino do dedo verde’ lembra da história de Tistu, a criança que tinha o polegar na cor verde e fazia brotar e florescer qualquer lugar tocado. A história da nossa Diva desta edição, Ivanete Silva dos Santos, reflete a perseverança pela causa ambiental na comunidade, despertando a consciência da preservação entre os pequenos. Nascida na Vila do I.A.P.I, assim como várias outras personagens que já passaram por aqui, veio para Ceilândia aos três anos de idade junto com a família no processo de remoção dos lotes. E relembra que durante a adolescência, morando no P Norte, “andava pelos córregos do Sol Nascente para ver tatu, sentir o cheiro de curral e de terra”. Ainda jovem foi com a família para Rondônia, onde morou dois anos. Chegou à capital Porto Velho no dia do assassinato do seringueiro e ambientalista Chico Mendes, que segundo ela, “me inspirou amor pela causa ambiental, explicando o vínculo com os bichos e a terra e enraizou em minha vida a

busca pela preservação do meio ambiente”. Na década de 1990, voltou a Brasília, casou, constituiu família e retomou os estudos - hoje formada em Turismo pela Faculdade Cenecista de Brasília (Faceb) e pós-graduada em Educação Ambiental pela Faculdade Projeção. Luta pela natureza viva Fundou a Organização Não-Governamental (ONG) Centro de Preservação e Conservação Ambiental (Cpcam) em 2009, com a finalidade de trabalhar projetos que diminuam impactos ambientais com alunos da rede pública de ensino e comunidade de Ceilândia. Em 2010, foi ao Mato Grosso como voluntária em projeto de ecoturismo pela Associação Amigos da Amazônia Viva (AAAV). Por lá permaneceu dois meses imersa em uma tribo indígena. “Foi naquele lugar, junto com os índios, que aprendi a ser gente e a respeitar a natureza”. Um momento importante para Ivanete durante essa experiência foi quando “fiz a primeira fala pública na presença dos indígenas”.

Saiba quem é a Ivanete: facebook.com/ivanete.silvadossantos Conheça o trabalho do Centro de Preservação e Conservação Ambiental (Cpcam): facebook.com/cpcam.preserve

Ivanete e alunos atendidos pelo projeto Casa da Natureza foto Ceilândia em Foco

“FALAR DO MEIO AMBIENTE É CONTAGIANTE, TRANSMITE AMOR E AS CRIANÇAS PRECISAM DISSO” Em maio deste ano, abriu a Casa da Natureza, espaço lúdico ecológico que trabalha com crianças de nove a 14 anos, moradoras do Trecho II do Sol Nascente. O foco do projeto é a educação ambiental como ferramenta de transformação social através da reciclagem de materiais, coleta seletiva (separação do lixo) e redução da produção de lixo no planeta. Ivanete está presente também na linha de frente de lutas que envolvem um planejamento sustentável para o Parque Recreativo do Setor “O” e o reconhecimento do Parque Ecológico Metropolitano.

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06 | COMPORTAMENTO

CEILÂNDIA EM FOCO

assume. Entre suas preferências também estão a renda renascença, difundida no Brasil pelas rendeiras nordestinas, além de texturas diversas.

COMPORTAMENTO

A MODA DE ROMILDO NASCIMENTO por

Poliana Franco

Desde adolescente, Romildo se considera parte de Ceilândia, e sua história se confunde com a de milhares de nordestinos que para cá vieram ao longo das décadas. Pernambucano de Gravatá, chegou aqui aos 16 anos sem imaginar a reviravolta que a vida daria. De entregador a gerente de farmácia, de menino desconhecido a estilista elogiado por grandes nomes da moda no Brasil. A história começou meio ao acaso, em um curso livre de teatro na Faculdade Dulcina de Moraes para perder a timidez. Mas o talento logo se

revelou e um jovem figurinista começou a surgir; anos depois se tornou a marca Romildo Nascimento e conquistou reconhecimento local. O estilista, na época funcionário de farmácia, foi revelado no Capital Fashion Week, semana de moda de Brasília onde Romildo ganhou, como prêmio por ter realizado o melhor desfile na edição de 2011, uma viagem para Nova York, nos Estados Unidos. Trabalho e realizações Das agulhas da farmácia para as agulhas de costura, buscando crescimento profissional, tentou duas vezes, sem sucesso, entrar no “Estilista

foto Divulgação

Revelação”, quadro no programa da Xuxa, na Rede Globo. Na terceira e última tentativa O quadro “Estilista Revelação” teve três edições – 2010, 2011, e 2012

Romildo teve a grande chance “Eu realizei dois sonhos: primeiro, conhecer a Xuxa, e depois mostrar meu trabalho como estilista”. Ele garante que o prêmio de R$ 50 mil não era o principal e nem pensou que fosse tão longe na competição. Mas foi. Conquistou o 2º lugar e um prêmio em dinheiro - que investiu em viagem ao Nordeste em busca de inspiração a partir de artesanatos: “gosto muito de coisa feita a mão”,

Fora de moda Questionado sobre o que pode e o que não pode na moda, Romildo disse não ter nada mais fora de moda que “criticar as roupas das pessoas”. E que mais importante que tendência, é “estar com as pessoas que a gente gosta e ter momentos agradáveis”. Continuei tentando: Mas Romildo, e as pessoas cujo bom senso falta na hora de se vestir? E ele, mais uma vez: “ Ser educado e tratar todo mundo bem valem muito mais do que ter bom senso na hora de escolher a roupa”.

misturarem peças e cores”. Sabe o melhor tipo de roupa para se ter no armário? Segundo Romildo, o importante é investir em peças-chave de boa qualidade, como blazer ou jeans escuros, que permitem várias combinações para situações e ambientes diferentes. Para o estilista, vale a pena investir em peças um pouco mais caras, mas de melhor qualidade. E dá a dica: “Ceilândia é público consumidor e as lojas de departamento têm boas opções, não é necessário gastar muito para se vestir bem”.

Cores e combinações Já foi declarada a cor queridinha para 2018: roxo. Já tem celebridade antecipando e usando, causando frisson na mídia. Mas para o estilista “hoje em dia não existe uma grande tendência de cor, moda é a oportunidade de as pessoas

A nova coleção foi lançada em novembro, em Goiânia, são poucas peças e exclusivas. Entre as novidades para 2018, uma parceria entre as marcas Romildo Nascimento e Débora Bertti. O estilista não usa couro em suas composições e orienta o consumo consciente, a importância de saber a procedência do produto, o cuidado ecológico da empresa e sem consumismo. Facebook: @RomildoNascimentoESTILISTA

ARTIGO

Pensão Alimentícia: Entenda Como Funciona por

Rafaella Remer da Silva*

A pensão é um valor que deverá ser pago todos os meses por alguém que tem a obrigação de auxiliar no sustento de outra pessoa. A pensão alimentícia ao filho não envolve apenas o dever de pagar a alimentação, mas sim, uma série de itens que abrangem direitos que dizem respeito à saúde, alimentação, educação, lazer, cultura, dignidade. O dever de prestar alimentos aos filhos é indiscutível até a maioridade (18 anos). Após a maioridade, se o filho cursar faculdade, a pensão será devida até a conclusão do curso superior. Não existe lei que determine o valor ou uma por-

centagem exata sobre os rendimentos daquele que for obrigado a pagar a pensão, mesmo porque, nem sempre isto é possível pois dependerá da forma com que recebe seus rendimentos. A obrigação de prestação de alimentos é tanto do pai quanto da mãe, para a tomada dessa decisão e estabelecer o valor a ser pago, o juiz deverá observar as necessidades efetivamente demonstradas e comprovadas do filho, dentro das possibilidades de quanto cada um dos pais irá contribuir para o sustento do filho. Assim a fixação do valor deve ser equilibrada, sendo feita uma análise minuciosa pelo juiz ao fixar o valor da pensão.

Importante destacar que o desemprego não é aceito como razão para deixar de pagar a pensão alimentícia. Mesmo sem registro em carteira, o responsável pelo pagamento da pensão deve continuar pagando ou deve ingressar com ação para reduzir o valor da pensão. O valor da pensão alimentícia pode ser revisto a qualquer tempo. Para a redução ou aumento do valor dos alimentos fixados deve haver a comprovação efetiva de um fato novo que tenha alterado a situação financeira de uma das partes. Lembrando que, para este tipo de situação a ação é de Revisional de Alimentos.

*Rafaella Remer da Silva Advogada - OAB/DF 44.627 Contatos: (61) 9 8376-1608 / 9 9251-5532 Whatsapp rafaellaremer.advocacia@gmail.com

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FICA A DICA | 07

CEILÂNDIA EM FOCO

FICA A DICA

Coluna

ANAPOLISANDO

Ceilândia em Foco foi conhecer a vizinha Anápolis que tem, ao menos, 10 pontos turísticos entre praças, parques e museus por

Poliana Franco

Parque Ambiental Ipiranga, no coração de Anápolis, cercado de verde e de prédios foto Ceilândia em Foco

Pertinho do DF, a pouco mais de 160 km de Brasília e 50 km de Goiânia, fica a cidade de Anápolis, com 110 anos de idade e uma população de mais de 370 mil habitantes, sendo a terceira mais populosa do estado de Goiás. Passamos o dia conhecendo o lugar e alguns pontos turísticos. Por ser fim de semana, os museus deveriam estar abertos à visitação, mas ao contrário, estavam fechados. Como não havia agenda teatral para aquele sábado, também não conhecemos o teatro local. E por fim, o planetário só funciona a partir das 18 horas. Só nos restou conhecer praças e parques, o que, por si só já valeu a pena a ida à cidade, acolhedora e hospitaleira. O trajeto foi feito em dois veículos diferentes para ida e volta. De moto, o passeio é emocionante, o verde do

Cerrado do Centro Oeste é a paisagem a ser apreciada por todo o percurso. De ônibus, é uma viagem rápida, mal dá para tirar um cochilo, perde-se em emoção, ganha- se em conforto. A pista está em boas condições e há um posto de pedágio no caminho.

foto Argosfoto

Entre parques e aviões Pela proximidade com Brasília, a Força Aérea Brasileira (FAB) instalou uma Base Aérea em Anápolis para fins de operações de defesa, desde 1972. É possível agendar visita à Base gratuitamente, mas na semana em que o Ceilândia em Foco esteve na cidade,

não foi possível conseguir agendamento. Ainda assim, vimos uma mostra na Praça Americano do Brasil, onde está exposto um caça F103 Mirage III, doado pela FAB. A aeronave no meio da praça pode ser vista de longe, com o bico fino apontando para o céu como que levantando voo. O Parque Ambiental Ipiranga, no coração da cidade, é um ótimo espaço para passeios de bicicleta ou caminhadas. Mesmo em um sábado nublado e de céu carregado, a visita foi inspiradora. Cercado por casas e prédios de apartamentos, alguns ainda em construção, parece haver harmonia entre o espaço verde, com lagos de peixes e famílias de patos nadando despreocupados, e o caos da cidade grande. Inaugurado em 2010 e localizado no bairro Jundiaí, o parque possui 45 mil

Cidade de Ana A centenária Anápolis teve início com a construção de uma capela em homenagem a Sant’Ana, santa católica conhecida por ser mãe de Maria e avó de Jesus Cristo. O sufixo grego polis quer dizer cidade, então, ao pé da letra Anápolis é a cidade de Ana, em 2010 apontada pela revista Veja como uma das Vinte Cidades Brasileiras do Futuro.

Passeio em família Matheus Lima, 10 anos, estava no parque com a mãe, Dayane, e a irmã, Bella, de quatro meses. Era a primeira vez de toda a família, que, apesar de morar em Anápolis, nunca tinha dedicado tempo ao passeio pelo Ipiranga.

metros quadrados, conta com pista de caminhada, de ciclismo e patins, lagos com fontes d’água, mirante, bosque, teatro de arena, Ponto de Encontro Comunitário (PEC), parque infantil, e um centro de estudos ambientais. Muito limpo e bem cuidado, com lixeiras espalhadas, grama aparada, bancos e pontes de madeira, árvores floridas e plantas

ornamentais, o espaço estava vazio, com exceção de poucas famílias e do vendedor de picolé que nos abordou na saída oferecendo um sorvete, apesar do dia frio. Aliás, por falar em saída, o parque é todo aberto, com entradas e saídas que dão direto para a rua sem cercas ou muros, dando a impressão de liberdade e de que ele é parte natural da cidade.

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08 | CULTURA

CULTURA

CEILÂNDIA EM FOCO

O Som da Cidade

FERROCK COMPLETA 32 ANOS DE MUITO ROCK N’ROLL

Em 2001 o Governo do Distrito Federal (GDF) instituiu - através da Lei n° 2754/2001 - o acontecimento como parte do calendário oficial de eventos e 26 de julho como o Dia do Centro Cultural Ferrock.

Em três décadas de existência, festival trouxe a Ceilândia shows de artistas locais, nacionais e internacionais por

Catarina Loiola ficando cada vez mais profissionais. A partir de 1989, começaram os shows ao vivo. Bandas como Ira, Ratos de Porão, Angra e o cantor Zé Ramalho já passaram pelo evento. O cantor americano JJ Jackson e a banda britânica Napalm Death também já marcaram presença no festival, que teve uma média de público de 25 mil pessoas, considerando todas as edições.

foto Eduardo Nunes

Dois de dezembro, um sábado de chuva, foi dia de muita agitação e rock n’roll para ninguém botar defeito na Praça do Trabalhador, com o 32º Ferrock Festival. Nem o tempo frio, nem o céu nublado impediram que o público, aos poucos, fosse chegando ao festival - que começou logo pela manhã com exposições e estandes de organizações parceiras. O palco Ferrock foi aberto ao meio dia com apresentações do II Festival Interescolar de Música das Escolas Públicas de Ceilândia. Após as 14 horas, o rock co-

meçou para valer com as bandas: O.J.T.B, Barbarella B., Actemia, Evil Corpse, Kábula, Parafernália, Flashover, Elffus, Golpe de Estado e para fechar, aquele que é considerado o maior guitarrista de blues do Brasil, Nuno Mindellis. Início O evento nasceu em meados da década de 1980 por um grupo de ceilandenses apaixonados pelo rock, com o propósito de tornar Ceilândia um espaço melhor e mais cultural. “Nos anos 70 havia muita preocupação com

a fama da cidade como um dos lugares mais violentos do Brasil”, afirma o fundador, Ari de Barros. A ideia era levar aos moradores cultura, diversão, mas também informação; como prova da função inicial, o nome Ferrock é a abreviação de Festival Revolução e Rock. No início, o evento acontecia nas ruas da cidade com caixas de som tocando rock. “Lá atrás não existia palco ou equipamento de som, era raridade”, relembra Ari. Mas, com o passar dos anos, as coisas melhoraram e foram

Ajuda ao próximo Se no começo não havia apoio financeiro governamental, sendo tudo bancado pelos organizadores, hoje, com os parceiros e apoiadores, é possível realizar um grande evento com entrada gratuita. Desde 1994, para ter acesso, basta doar 1 kg de alimento. Ou seja, as pessoas vão para se divertir, para se animar, e ainda fazem o bem. Os alimentos arrecadados são levados a creches e abrigos de idosos locais. Em todos esses anos de existência, o festival conseguiu mais de 18 toneladas de alimentos. Este ano, em função das chuvas, toda a área foi coberta. Se-

10,1 x 7,2 cm | 2 Colunas

Alguns dos apoiadores e parceiros do Ferrock • Administração Regional de Ceilândia • Secretária de Cultura do Distrito Federal • Casa do Cantador • Museu Casa da Memória Viva • Coletivo Destino Correto

O calendário cultural 2017 incluiu, além do Ferrock Festival: • Ferrock Arte nas Escolas • Ferrock Cultura Negra • Ferrock Roda de Prosa • Ferrockinho gundo a organização, não houve graves incidentes, apenas reclamações do público que, segundo Ari, é por um bom motivo: “A maior indignação do pessoal é o Ferrock não acontecer todo mês”, brinca. Como exemplo de resistência, o festival continua pelos próximos anos, sempre com o objetivo de transformar Ceilândia levando rock, diversão e consciência social. Contatos: www.ferrock.org centroculturalferrock@gmail.com

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CULTURA | 09

CEILÂNDIA EM FOCO

CULTURA

PAPAI NOEL – A ORIGEM Poliana Franco

CRUZADAS Grupo como a Maçonaria

WWW.COQUETEL.COM.BR

(?) Gal- Pureza; candura vão, o 1º santo Érbio brasileiro (símbolo)

Material de áreas de escape (autom.)

Espécie de capote Ter confiança em (?) Reich, período do governo de Hitler A final é decisiva no campeonato

Malham Áreas de formações na aula não florestais da Mata Atlântica de ginástica Coronel (abrev.)

Formação comum no ataque de insetos Etapa da viagem Cálcio (símbolo)

O disco ainda usado em mixagens Marjorie (?), atriz e cantora brasileira

Ambiente (fig.) Divulgado Aeronáutica (abrev.) Cor atribuída ao sangue dos nobres

Substância de algas marinhas (símbolo)

Daniel (?): escreveu "Robinson Crusoé" e "Moll Flanders" (Lit.)

Lista de iguarias de um restaurante Muito grande; descomunal Bolinho de polvilho ou araruta

Sílaba de "sapo" (?) Rosa, sambista

Utensílio do alfaiate Central Antiguidade (abrev.) Sinal gráfico usado em partituras (Mús.)

Argila encontrada no fundo de lagoas

Pronome pessoal oblíquo (Gram.) Vesícula que contém bílis Caráter do que ocorre no presente

Mar de (?), lago do Cazaquistão

F B R R E I I T A D I E F N U S N O O E V L A T U

A R B I T R A

M E D I A L

E C R I C L A A O E R

C A S A N U V D A I M A DE R Z L U A N E A D E D E A M OL A D E O L L B I D A

C C A E M L P O E S S D T E I A A L N T O I T U A D D E

SOLUÇÕES

S S O C I E R D O A D M E S E C B R F E T A

8 3 7 5 9 1 4 6 2

6 7 4 2 6 1 5 2 9 4 4 5 3 8 2

2 9 4 3 6 8 7 5 1

1 5 6 3 8 2 5 7

9

8

5 1 6 4 2 7 9 3 8

6 9 2 8

4 5

4 5 3 1 8 9 2 7 6

3

WWW.A77.COM.BR

1 6 8 7 3 2 5 4 9

1 8

8

Mau, em inglês

9 7 2 6 4 5 1 8 3

BANCO

SUDOKU

6

Sufixo de "etanol" 51, em romanos

3 4 9 2 5 6 8 1 7

99

Ilha do exílio de Napoleão (Hist.) 5ª vogal Anno Domini (abrev.)

7 8 5 9 1 3 6 2 4

São Nicolau Este é um dos nomes pelos quais o Papai Noel é conhecido. Seu trabalho, distribuir presentes às crianças na véspera de Natal. Santa Claus, como o bom velhinho é conhecido em inglês, vem da adaptação ao nome de São Nicolau na Holanda, uma vez que a história se espalhou

pela Europa com o passar dos séculos. Já no Brasil, o nome Noel é de origem francesa e significa Natal. Ao pé da letra aqui seria Papai Natal, que pelas nossas crenças não possui ligação com São Nicolau, é apenas a figura de um bom velhinho que tira foto com as crianças no colo e traz presentes construídos em sua própria oficina (mesmo que venham em embalagens da Ri Happy ou das Lojas Americanas). A Finlândia usou o marketing de que Papai Noel vive na Lapônia e estimulou o turismo local e a Coca Cola, no século XX, padronizou o personagem como conhecemos hoje e ganhou o mundo: gordinho, velho, de barba branca e roupas vermelhas, sempre sorridente e carregando um saco de brinquedos.

Em presença de Dama de companhia

Julga; sentencia

3/bad — fel. 4/elba.5/brita— defoe — nuvem. 8/candidez.11/sobrecasaca.

Tudo começou no século IV com um bispo católico turco chamado Nicolau; caridoso, ajudava famílias em dificuldade colocando um saquinho com moedas de ouro nas chaminés das casas ou dando presentes aos pobres, outros estudos dizem que no dia de seu aniversário, 06 de dezembro, distribuía presentes às crianças. Milagres foram atribuídos a ele em vida, que depois de morto foi declarado santo.

Satélite da Terra Coisa nenhuma

O pulmonar causa expectoração rósea

foto plantaobrasil.net

Uma figura pagã presenteia com bens materiais aqueles que melhor se comportaram durante o ano. A outra, divina e celestial, figura das mais importante no cristianismo, comemora o aniversário de nascimento. Os dois personagens, tão diferentes, estão presentes em milhões de lares mundo afora na mesma época do ano: Papai Noel e Jesus Cristo. Enquanto a magia do Natal é vendida pelo comércio como época de gastança, compra de presentes e parcelamento sem juros a perder de vista no cartão de crédito, para os cristãos, o importante neste momento é relembrar o nascimento de Jesus, com reflexões, orações, caridade e perdão. Mas quem diria que as figuras de Papai Noel e de Jesus já foram próximas?

É exposta na feira de pecuária

6 2 1 8 7 4 3 9 5

por


10 | DEDO DE PROSA

DEDO DE PROSA

CEILÂNDIA EM FOCO

Coluna

PRA ONDE FORAM OS SENSATOS por

Assis Coelho*

É muito difícil de os não ter se adaptado aos nossos costumes. Dizem que há ainda alguns remanescentes vivendo entre nós. Trata-se de lenda ou mais um dogma como outros que nos impuseram. Fala-se que esse povo foi perseguido severamente por não fazer do rebanho que marcha indolentemente e submisso aos ditames da maioria que os escraviza. Há relatos que esse povo se recusava a acreditar no que lhes era pregado aos berros ou escrito em velhos livros que são fontes de discórdia e ódio para seus seguidores. Há documentos confiáveis de que esse povo não

cultuava, pois as consideravam geradoras de litígios e separação e consideravam inaceitáveis o luxo e a pompa teatralesca dessas instituições que tem o dinheiro como seu bem maior, enquanto a maioria de seus seguidores morrem de fome em casebres sem o mínimo para sobrevivência. Os pesquisadores desse povo, certamente com poucos sobreviventes, tentaram, em vão, achar alguns deles em tribunais ou em câmaras legislativas. Insistentemente continuam na busca frenética, em algumas universidades, mas até agora a busca tem sido infrutífera.

A vontade irrefreada de encontrá-los levou alguns pesquisadores a buscá-los até em lugares improváveis, como nos quartéis. Seus buscadores não cessam a procura e têm acatado sugestões de pessoas consideradas sábias e irrepreensíveis. Dizem alguns estudiosos que é impossível encontrá-los nas cidades abarrotadas de inutilidades massificadas, tornando o cotidiano numa busca irrefreada pelo supérfluo. Muitos, como eu, já desistiram de os buscar. Há ainda alguns que insistem em continuar essa insana empreitada. Entre esses,

alguns que acreditam ser possível encontrá-los em algum lugar onde a vaidade e a soberba não sejam cultuadas. Isso tem dificultado, ao longo dos anos, o sucesso da busca. Outros tem direcionado a procura através dos campos, distantes dos burburinhos das cidades. Até agora não foram bem sucedidos. De um certo tempo pra cá, tenho lido alguns relatos esporádicos que estão empreendendo buscas em países do exterior, porque pensaram que, diante da impossibilidade desse povo se disseminar em nossa terra, desiludidos, buscaram outras paragens. Mais

uma vez, exercitamos nossa tendência para o autoengano. Passamos a acreditar que, talvez em alguns países mais avançados tecnologicamente do que o nosso, fosse possível encontrar aqueles tão esperados sensatos. Depois de atitudes desastrosas daqueles países diante de fatos que requereriam o mínimo de sensatez, desistiram e se dispersaram por lugares inusitados e com remotas chances de serem encontrados. Continuamos, silentes e resolutos na busca constante, pensando diuturnamente para onde foram os sensatos? *Escritor, morador do P Sul

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Mais importante do que chegar rápido é chegar.

A vida passa pelo trânsito. Vivemos um tempo de comemorações. Época de celebrar a vida. Por isso, lembre-se de respeitar os limites de velocidade das vias e de não dirigir depois de beber. Não é só pela lei, é para evitar os riscos de acidentes e assim garantir muitos “felizes Anos-Novos” pela frente.

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