Jornal Ceilândia em Foco - Ano 1 | Edição 12 | Abril 2018

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EDIÇÃO Nº 12, ANO 1 | CEILÂNDIA, DISTRITO FEDERAL | 25 DE ABRIL A 25 DE MAIO DE 2018

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

MARIETA SOARES COM FORMAÇÃO EM TERAPIA COMUNITÁRIA, AGENTE SOCIAL E TEOLOGIA. FOTO: CEILÂNDIA EM FOCO

DIVA

Pág. 5

CASA DE MARIETA, NO SOL NASCENTE

CIDADE

Pág. 2

SÃO JOÃO DE CEILÂNDIA, SÃO JOÃO DO CERRADO FESTA ANIMA A COMUNIDADE COM FORRÓ E COMIDA BOA

foto Divulgação

FICA A DICA

Pág. 7

VEM COM A GENTE CONHECER OLHOS D’ÁGUA

ARTIGO

Pág. 6

QUE TAL APRENDER SOBRE ECONOMIA CRIATIVA DE UM JEITO SIMPLES?

TÁ COM FOME DE QUÊ?

BOTECO NO NALDO É SUCESSO NO SETOR O

Pág. 11

5 Colunas | 6 cm

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02 | CIDADE

CEILÂNDIA EM FOCO

CIDADE

O MAIOR SÃO JOÃO É AQUI por

Poliana Franco

festival cultural, ele vai muito além disso: gera renda para a cidade, movimenta a economia local, estimula o turismo e o consumo e gera muitos, muitos empregos diretos e indiretos.

foto Divulgação

Este ano, a festa acontece nos dias 18, 19 e 20 de maio e abre o circuito das festas juninas brasileiras, além de contar com muitas apresentações musicais locais e nacionais, praça de alimentação com comidas típicas, parque de diversões, e ainda a construção da famosa vila, um ambiente cenográfico com casinhas coloridas para exposição de artesanato regional, a Vila Borborema.

De Ceilândia para o Brasil O evento abre as portas de Ceilândia para o Brasil, sendo o cartão-postal, inclusive, para muitos brasilienses que ainda não conhecem nossa cidade, não sabem da história de luta e resistência deste povo, conterrâneos e turistas que não conhecem ainda o cheiro e o sabor de uma carne de sol com mandioca ou um baião de dois. foto Divulgação

Quando a Brasília que conhecemos hoje foi ser construída, brasileiros de todas as regiões foram chamados para atuar na empreitada. Milhares deles vieram e ficaram, ajudando a construir não só a cidade de concreto e aço, mas também a identidade local. Ceilândia, por exemplo, tem muita influência nordestina: no sotaque e no modo de falar, na música, nos costumes, na cultura, na gastronomia. É considerada a terra mais nordestina fora da região Nordeste. E para homenagear Ceilândia e seus moradores, nada melhor que promover aqui o Maior São João do Cerrado, evento cultural que fomenta a cultura popular. A festa é anual, chega à 12ª edição, e conta com grande público local e de todo o Distrito Federal. Mas não se engane, o Maior São João do Cerrado não se trata somente de um

EXPEDIENTE JORNAL CEILÂNDIA EM FOCO CNPJ: 23.445.219/0001-08 Tiragem: 10 mil exemplares / mensal Diretora/Editora chefe: Poliana Franco - 11.583/DF Colaboradores: Catarina Loiola, Pâmela Paiva, Rafaella Remer da Silva, Robson, Martins de Abreu. Diagramação e arte: Dianne Freitas FALE CONOSCO E-mail: ceiemfoco@gmail.com Facebook: facebook.com/ceiemfoco Departamento comercial: (61) 9 8332-6607 Redação: Ceilândia Sul- DF Textos assinados e Informes Publicitários são de responsabilidade dos autores.

MAIOR SÃO JOÃO DO CERRADO Dias 18, 19 e 20 de maio

Ao lado do Estádio Abadião (Guariroba) De graça


SAÚDE | 03

CEILÂNDIA EM FOCO

INFORME PUBLICITÁRIO

SAÚDE

HOSPITAL DA CRIANÇA É MODELO, MAS HRC PRODUZ MUITO MAIS por

Nicolas Bonvakiades - Ascom SindMédico-DF

foto Assessoria de Comunicação SindMédico - DF

Foi criada uma grande comoção no Distrito Federal diante da notícia de que o Hospital da Criança de Brasília (HCB) poderia deixar de funcionar, caso o Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe) entregasse a administração do hospital ao GDF. Isso gerou espanto e dúvidas: até que ponto isso é verdade? Como o governo Rollemberg deixou a coisa chegar a esse ponto? O HCB é um hospital considerado modelo. Tem um prédio novo e bonito, que foi doado ao GDF pela Associação Brasileira de Assis-

tência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias (ABRACE) e tem serviços como de recreação para as crianças internadas, que não é oferecido nos outros hospitais do Distrito Federal. É um lugar onde as condições de funcionamento são diferentes dos outros hospitais. Mas e o resto da rede hospitalar pública do Distrito Federal? O governo não dá condição de atendimento tão boas, mas essas unidades de saúde não deixam de fazer sua parte, mesmo com prédios, equipamentos e mobília envelhecidos e gastos.

Seis vezes mais consultas Divulgaram que, desde dezembro de 2011 até o final de março de 2018, o Hospital da Criança realizou cerca de 443 mil consultas. O Hospital Regional de Ceilândia realiza uma média de 400 mil consultas por ano. Isso, no mesmo tempo de funcionamento do HCB, chega a 2 milhões e 500 mil consultas. Então, a produtividade do Hospital de Ceilândia é quase seis vezes maior. Quando se fala em internação, em Ceilândia se interna, em média 13 ve-

zes mais pacientes do que no HCB. O número de exames realizados no Hospital de Ceilândia é, no mínimo, três vezes maior do que os realizados no Hospital da Criança. No Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, está registrado que o Hospital Regional de Ceilândia tem 2.516 profissionais, sendo que 500 são médicos. O Hospital da Criança tem 682 trabalhadores, sendo que 193 são médicos e 60 deles são cedidos pela Secretaria de Saúde.

Tudo pode faltar, mas atendimento não para Há mais de 30 anos, o Hospital Regional de Ceilândia continua de portas abertas, 24 horas diárias, sete dias por semana. Não deixou de atender por motivo de crise, mudança de direção, de secretário de Saúde, de governador, nem de presidente da República. “Quando o secretário de Saúde fala que o modelo de administração direta, o mesmo que é aplicado ao HRC é atrasado, é de se perguntar o que passa pela cabeça dele. Se tem alguém que está desempenhando mal a função é ele, que deixa faltar a estrutura ”, critica Dr. Gutemberg, presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal. Para Dr. Gutemberg, a falta de previdência e de competência do atual governo é que deixaram a situação do HCB chegar a esse ponto. “Não cuidam adequadamente dos hospitais que administram diretamente e deixam de dar solução a pendências que colocam em risco um contrato de prestação de serviço de uma administração terceirizada”, aponta. O Hospital da Criança não pode parar de funcionar – todo mundo está de acordo com isso. Mas a população do Distrito Federal quer e merece mais do que um que seja modelo entre dezesseis hospitais que já foram, como conjunto, referência de atendimento para o Brasil inteiro.


04 | CONEXÕES URBANAS

CEILÂNDIA EM FOCO

CONEXÕES URBANAS

ENTREVISTA por

Pâmela Paiva

Em ano eleitoral, ninguém pode ficar alheio ao cenário político, afinal, quanto mais informado o leitor estiver, melhores escolhas consegue fazer. Neste contexto, o Ceilândia em Foco traz pessoas da comunidade que concorrerão a cargos políticos nestas eleições. Apresentamos: Viridiano Custódio, pré-candidato a deputado distrital pelo Partido dos Trabalhadores (PT) aos 59 anos, antigo morador da Vila do IAPI, casado, pai de dois filhos, avô e bisavô. CEILÂNDIA EM FOCO: Nos fale um pouco sobre sua trajetória política. VIRIDIANO CUSTÓDIO: Sou graduado em História pela Faculdades Integradas (UPIS), pós-graduado em História da África e dos Afro brasileiros, e em Análise de Políticas Públicas pela Universidade de Brasília – (UnB). Iniciei minha atuação popular nas lutas sociais de Ceilândia, ao acompanhar minha mãe nas reuniões do Movimento dos Incansáveis Moradores; passei a militante ativo dos Movimentos Populares, participei da fundação da Associação dos Inquilinos - entidade que mobilizou mais de 20 mil pessoas a atuarem na luta por moradia - essa mobilização teve como resultado a conquista do atual bairro da Expansão do Setor “O”. Como pioneiro no bairro, constitui a Associação Comunitária da Expansão do Setor “O” (ACESO), uma das

entidades de grande significância e referência do Movimento Popular no DF. Participei, como coordenador, da Central dos Movimentos Populares (CMP) local e nacional. Em 1983, filiei-me ao Partido dos Trabalhadores (PT) onde concorri, fui eleito e reeleito presidente da zonal de Ceilândia e coordenei a Secretaria de Lutas Populares do PT. Já minha militância sobre a questão racial teve início em 1986 na comissão do negro do PT- DF. Integrei o Coletivo do Combate ao Racismo do PT, fui Secretário especial de Igualdade Racial no Governo do Distrito Federal. Atualmente, faço parte da coordenação do Movimento Popular por uma Ceilândia Melhor (MOPOCEM) e sou Secretário de Combate ao Racismo do PT-DF. CF: Por que a decisão de se candidatar a deputado distrital? VC: Acredito ter legitimidade para representar as pessoas que lutam e acreditam na melhoria das condições de vida de todos a partir da organização popular, e na Câmara Legislativa (CLDF) serei uma voz em defesa dessas organizações. Para mim, um mandato no legislativo é o meio de contribuir com a politização do povo, e com a construção de uma sociedade com igualdade, fraternidade e justiça, principalmente, para os mais pobres. CF: Sabemos que a dispu-

ta pela Câmara Legislativa (CLDF) é uma das mais diluídas e difíceis de se alcançar; qual será a linha de frente de seu trabalho na campanha eleitoral? VC: Verdade, a disputa é muita difícil, principalmente pela falta de igualdade financeira e de espaço nos meios de comunicação. Os candidatos que disputam a reeleição levam vantagem sobre os que não detêm a máquina do mandato. Outros fatos que prejudicam uma candidatura popular como a minha, é o poder econômico. Os empresários, servidores públicos com altos salários, secretários de Estado que utilizam as máquinas das suas secretarias, também levam vantagem sobre uma candidatura com o meu perfil. A nossa ideia é fazer com que a nossa proposta possa chegar a todas as pessoas que acreditam ser possível eleger pessoas honestas e que vêm das classes populares com propostas políticas com conteúdo. Para alcançar esse objetivo esperamos ter espaço no programa de TV do partido, e fazer o trabalho de corpo a corpo, visitando o maior número possível de residências de Ceilândia, além de feiras, comércios e locais públicos. CF: Quais suas pretensões frente à CLDF e as propostas ligadas à Ceilândia? VC: Uma das funções de um deputado distrital é intermediar e cobrar do poder exe-

foto Carla Muller

“COM A LEGITIMAÇÃO DO VOTO POPULAR, TEREI FORÇA PARA COBRAR DO PRÓXIMO GOVERNADOR E SEUS REPRESENTANTES AS REIVINDICAÇÕES DA COMUNIDADE CEILANDENSE E DE TODO POVO DO DF.” cutivo. Neste sentido, estaremos lutando e cobrando do governador, Secretários de Estado, diretores das empresas públicas e do administrador regional desta Região Administrativa que executem as reivindicações históricas dos moradores da nossa cidade como: • Construção do 2° hospital de Ceilândia; • Término do Centro Cultural; • Construção do Parque do Setor O; • Implantação do Parque Ecológico Metropolitano e do Parque do Descoberto; • Construção da estação do metrô do Setor “O”;

• Agilização da urbanização do Sol Nascente e Pôr do Sol; • Colocação de pontos de recolhimento de entulho em todos os setores da cidade; • Implantação de cursos noturnos no Campus da UnB Ceilândia como: Medicina, Direito, Educação Física e outros de interesse da comunidade estudantil ceilandense; • Apresentar projetos de leis discutidos com a população, além de apresentar emendas ao orçamento que possam beneficiar projetos de iniciativa popular que ajudem a população do Distrito Federal a ter uma vida melhor.


DIVA | 05

CEILÂNDIA EM FOCO

DIVA

Coluna

MARIETA SOARES - SINÔNIMO DE MUDANÇA NO SOL NASCENTE Com formação em terapia comunitária, agente social e teologia, essa Diva faz a diferença na comunidade por

Pâmela Paiva

Um ano de jornal Ceilândia em Foco sendo distribuído nas ruas da cidade, e para abrilhantar a edição comemorativa, a coluna ‘Diva’ traz o trabalho de agente social de Marieta Soares da Silva Nascimento. Nascida em Joaquim Pires, interior do Piauí, teve a infância cercada pela agricultura de subsistência e pela pesca familiar, ensinada pelos pais. Moradora de Ceilândia há 25 anos, dona Marieta veio, como outros nordestinos, em busca de melhores oportunidades de trabalho para ela e educação para os filhos. Correndo atrás “Eu tinha um sonho de botar meus meninos para estudar, eu tinha dois meninos na época”, afirma Marieta, que conheceu o Sol Nascente quando o setor habitacional era formado apenas pelas chácaras. Ela vendia roupas na feira dos camelôs, onde atualmente é o Restaurante Comunitário, no centro de Ceilândia, enquanto os filhos estudavam em uma escola ali perto. “Escola distante, sem nenhuma estrutura ou condição para levar os meninos”, relembra dona Marieta, que não ficou parada diante da

Conheça mais: facebook:@casademarieta

situação: “O Sol Nascente estava crescendo rapidamente, desenvolvendo sem escola e eu fiquei preocupada. Conversei com as mães e fiz uma ficha para saber quantas crianças tinham nas casas”. Ao todo, 62 crianças entre seis e 10 anos de idade, cuja maioria não estudava. Marieta arregaçou as mangas e saiu à procura de escolas no P. Sul e P. Norte que aceitassem receber alunos da região do Sol Nascente. Iniciou, então, nova luta, desta vez por transporte escolar. Uma kombi doada por um empresário foi o primeiro transporte utilizado para levar os estudantes até as escolas, que ficavam distantes de casa. “Os próprios pais ajudavam na gasolina”, fala, devagar e sorrindo a pequena senhora, relembrando o passado difícil. Casa de Marieta Paralelamente à luta por transporte, dona Marieta alugou, com ajuda da própria comunidade, duas salas onde ofereceu, gratuitamente: aulas de reforço escolar, artesanato e esportes como capoeira e jiu-jitsu. Aos poucos, o projeto social Casa da Marieta foi sendo reconhecido e o local foi

Telefone: (61) 9 8206-9815

aumentando de acordo com a necessidade de melhorias para crianças e adolescentes do Sol Nascente. Hoje, cerca de 600 crianças são atendidas, participam de atividades que incluem, também, música e terapia comunitária. Quantas crianças já receberam ajuda da educadora social e passaram pelo projeto que ela criou? Impossível saber, dona Marieta perdeu as contas, mas sabe que foram muitas, muitas vidas beneficiadas e transformadas com educação, amor, carinho e muita dedicação.

foto Ceilândia em Foco

Reconhecimento No final de 2016, foi diagnosticada com câncer de mama e durante todo o ano passado esteve em tratamento contra a doença. Foi quando recebeu a retribuição de anos de trabalho voluntário dedicado às crianças e suas famílias: “Todas as despesas de consultas e tratamento paguei com dinheiro arrecadado pela comunidade, que me apoiou e se preocupou desde o começo”.

Setor Habitacional Sol Nascente, Trecho 1 Avenida Central - Novo Horizonte - lote 17 publicidade


06 | COMPORTAMENTO

CEILÂNDIA EM FOCO

COMPORTAMENTO

DESTINO CORRETO Coletivo da cidade trabalha com a reciclagem de lixo orgânico por

Poliana Franco

Destino Correto em ação foto Vinícius Remer/DUCA

O coletivo Destino Correto foi um dos finalistas do Laboratório de Empreendimentos Criativos (LECria), do Programa Jovem de Expressão, em 2017. Com o investimento financeiro que recebeu, pôde se estruturar melhor e continuar colocando em prática a compostagem – reciclagem do lixo orgânico.

de vivências e discussões na graduação, conheceu a compostagem, que é o processo de reciclagem do lixo orgânico. Com o edital de 2017 do LeCria, Hugo resolveu escrever um projeto para colocar em prática os conhecimentos adquiridos.

CEI EM FOCO: Nos fale sobre a Destino Correto.

DC: A Destino Correto é fruto dos esforços de Maria Eduarda na gestão de projetos e de Hugo Vale na realização de oficinas de compostagem.

DESTINO CORRETO: A Destino Correto é um coletivo de pessoas que se preocupam com os impactos gerados pelo descarte incorreto do lixo orgânico, que corresponde a mais da metade do lixo que é gerado nas cidades. A ideia surgiu em 2014, quando Hugo Vale, por meio

CF: Quantos são os integrantes e qual a função de cada um dentro do Coletivo?

CF: Quais ações o Coletivo já promoveu e que mudanças já percebeu na comunidade de Ceilândia? DC: A Destino Correto tem realizado oficinas de compostagem para participantes do

curso de Educação Ambiental no Cerrado, realizado pela comunidade na Floresta Nacional de Brasília - FLONA. O curso é voltado para professores e para a comunidade. Ao longo das oficinas os participantes têm aprendido técnicas diversas para inserir a compostagem no cotidiano, seja dentro de casa, em sua comunidade, na escola ou mesmo dentro da sala de aula. Também tivemos uma experiência em parceria com o Centro Educacional 07 de Ceilândia, com a compostagem de uma tonelada de resíduos gerados pela cantina da escola. CF: Como foi participar da incubadora do LeCria e onde o valor de 10 mil reais ajudou o Destino Correto?

badora do LeCria nos deu a oportunidade de estudarmos detalhadamente a compostagem. Com o dinheiro recebido e com o apoio do Instituto Lixo Zero Brasil, integrantes do coletivo participaram de um intercâmbio de um mês em Florianópolis-SC, um polo de pesquisa e desenvolvimento de soluções para o lixo orgânico. O recurso financeiro também foi importante para a estruturação do coletivo enquanto empresa, cumprindo com todos os requisitos legais, como o licenciamento de operação de coleta e compostagem de resíduos orgânicos.

volver a sustentabilidade econômica para se manter ativo. Por isso, em junho lançaremos o nosso serviço de coleta e compostagem de resíduos orgânicos. Os interessados podem assinar o nosso plano mensal e uma vez por semana faremos a coleta dos resíduos a domicílio, o transporte feito de bicicleta - para reduzir as emissões de CO2 - e a compostagem. Ao final de cada mês, os assinantes receberão como recompensa 2kg de composto orgânico ou uma muda de hortaliça para cultivarem em casa.

CF: Quais as metas/planos para manter o Coletivo ativo ao longo dos próximos anos?

Contato: (61) 9 8230-8232 Facebook.com/destinocorreto www.destinocorreto.com

DC: Ter participado da incu-

DC: O coletivo precisa desen-

terno Bruto (PIB) brasileiro, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O design é considerado o setor criativo mais importante por ser multidisciplinar – está presente na arquitetura, moda, publicidade, nos softwares, entre outros. O design ajuda empresas a se diferenciarem no mercado, já que existem tantos produtos similares. E o mercado está crescendo, hoje é co-

mum construtoras que vão lançar empreendimentos imobiliários procurar designers, o que era impensável anos atrás. O assunto é muito discutido atualmente porque os governos perceberam que essas atividades geram empregos e riquezas para o país. Se um produto criativo faz sucesso, se tem um diferencial ou cria um estilo

ARTIGO

Economia criativa por

Robson Martins de Abreu*

Economia criativa é termo que designa negócios que trazem produtos ou serviços desenvolvidos a partir da criatividade. A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que as atividades desse setor produzem bens intelectuais e artísticos com conteúdo criativo e valor econômico. Podem estar nos campos da cultura, moda, design, música, artesanato, tecnologia, culinária e inovação. Micro e pequenas em-

presas que dependem do talento e da criatividade de seus fundadores e funcionários fazem parte de um novo segmento da economia cada vez mais comentado, a economia criativa. Por um lado, é mais simples iniciar um negócio nas áreas da economia criativa, já que não é necessário um grande capital inicial. As empresas da economia criativa já movimentam R$ 381 milhões, 2,6% do Produto In-

diferente, ele gera valor adicionado às exportações de um país. Na Alemanha, por exemplo, a economia criativa gera mais receita que a indústria farmacêutica, e aqui no Brasil já existe a Secretaria da Economia Criativa, vinculada ao Ministério da Cultura, que oferece benefícios para micro e pequenos empreendimentos criativos.

*Robson Martins de Abreu | Economista e morador de Ceilândia


FICA A DICA | 07

CEILÂNDIA EM FOCO

FICA A DICA

Coluna

OLHOS D’ÁGUA: DISTRITO PRESERVA O SOSSEGO E CALMARIA

Recanto conta com casas coloridas e feitas de adobe, além de ateliês de artesanato por

Pâmela Paiva minutos, onde pequenas quedas d’água formam poços de banho para adultos e crianças.

foto Ceilândia em Foco

Para construir a matéria do ‘Fica a Dica’ desta edição fui acompanhada pela família, em uma pequena viagem a três até o município acolhedor de Santo Antônio de Olho d’Água, GO, mais conhecido como Olhos d’Água, distante 100 quilômetros de Brasília e composto por dois mil habitantes. Fomos recebidos na Vila dos Mamulengos, casa do amigo bonequeiro Chico Simões e aproveitamos bastante a cidade, seu clima interiorano, a cultura local e seus moradores, que são os protagonistas

desta história. Ruas de terra e de pedra formam a charmosa vila, que também não possui prédios ou engarrafamentos, mas guarda ainda uma rotina tranquila, simples e cortês, focada principalmente na cultura tradicional popular e no artesanato. O almoço foi no restaurante da Vilma, fogão a lenha, e opções suculentas de galinha caipira, bife de fígado e costela a R$ 12,00 por pessoa, à vontade. Mais tarde, para amenizar o calor, que tal um banho no Ribeirão Galinha? O acesso é livre, em uma caminhada de 15

Bonecas de Pano Durante a estadia pelo vilarejo, conheci Maria Araújo, a dona Nega, artesã nascida e criada em Olhos d’Água que confecciona bonequinhas de pano cheias de detalhes e cores. Aos 67 anos de idade, dona Nega consegue vender toda a produção de bonecas aos inúmeros turistas que passeiam por lá diariamente, além de ser benzedeira, ofício que aprendeu com a mãe. O poder do barro Pratos, esculturas sacras, em forma de anjos e namoradeiras são parte da grande variedade de obras que a artista Hilda Freire produz com barro, dando olhos, boca, afilando nariz e moldando o rosto de mais uma obra enquanto falava, com orgulho, sobre a produção das peças. Mas o começo do trabalho como artesã foi difícil: “Achava que não ia conseguir, foram dois meses de agonia”. Esse

foi o tempo que Hilda passou dando os primeiros passos na olaria. Hoje, se tornou uma referência nesse tipo de trabalho e suas peças são únicas, conhecidas em todos os cantos do Brasil. De onde vem a inspiração da artista? “Vem de dentro de mim, da minha alma, eu tiro de dentro do coração e coloco nas peças”. A artesã relacionou também “uma paleta de cores do barro, com mais de 30 pigmentações diferentes”, assim, cada obra pode ter uma cor única, exclusiva. Feira do Troca Além de aconchego e belezas naturais, Olhos d’Água promove a Feira do Troca duas vezes ao ano: junho e dezembro. Criada pelo casal Laís e Armando, a Feira mistura agricultura e elementos urbanos, e reúne atividades culturais e artísticas, onde os mais diversos artigos são expostos

Contato: (61) 9 8103-4566

para serem negociados entre moradores e visitantes. Como chegar? Olhos d’Água é distrito de Alexânia, GO, distante cerca de 100 km de Brasília, pela BR 060 (sentido Goiânia). Em Alexânia, acesse a avenida principal em direção ao último balão, quando começa a GO-139, do trevo até o vilarejo são cerca de 10 minutos. Dica de hospedagem Entre as muitas opções de hospedagem em Olhos d’Água, destacamos a Hospedaria Casa Amarela, com opções de aluguel de cama através do site Airbnb ou diárias particulares a R$175,00 o casal e inclui café da manhã, cozinha comunitária, redário, além de área verde com uma decoração bucólica, garimpada a dedo pela dona, Rose Nugoli.

Facebook: @hospedariacasaamarela

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08 | CULTURA

CULTURA

CEILÂNDIA EM FOCO

O Som da Cidade

O SOM QUE TOCA AQUI por

Poliana Franco

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foto Divulgação

Em mês de Maior São João do Cerrado, vamos falar um pouco sobre os artistas que vêm abrilhantar o festival. Muitos artistas locais, têm o sonho de ser reconhecidos e tocar em um festival como este, com suas músicas sendo cantadas por multidões. Mas essa realidade ainda é para poucos. Brasília é palco de apresentações dos principais artistas do mundo, assim como Rio de Janeiro, São Paulo, ou Porto Alegre, além de ter mudado o título de capital do rock para capital do sertanejo, com shows o

ano inteiro e grandes festivais, como o Villa Mix. Mas a periferia – como sempre – fica bem distante dos circuitos culturais e musicais que incendeiam e movimentam Brasília. Nem sempre temos espaço para apresentações de artistas locais e divulgação de seus trabalhos. Sem investimento, raramente temos artistas conhecidos nacionalmente se apresentando para o público de Ceilândia: um público ativo, consumidor, mas sedento de boas oportunidades de prestigiar seus atores

e cantores favoritos. Para os apreciadores do ritmo forró, esses três dias de festival são a oportunidade perfeita para ouvir vozes como Elba Ramalho, Alceu Valença, Calypso, Garota Safada, Luan Santana, que já se apresentaram em outras edições. Este ano, teremos Solange Almeida (ex Aviões do Forró), Lucy Alves, Chambinho do Acordeon, e muitos outros cantores “porretas”, além de artistas locais que mostrarão seus talentos para uma média de público de 100 mil pessoas por dia.

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CULTURA | 09

CEILÂNDIA EM FOCO

CULTURA

Diversão

SUDOKU

CRUZADAS

WWW.A77.COM.BR

2

3 5 8 9 6 1 9 5 2 4 8 9 2 6 3 8 2 9 7 6 5 4 2 1 5 8 79 4 6 9 3 5 9 4

WWW.COQUETEL.COM.BR

Pé de Conjunto animal de bens Andar; da esposa caminhar

Frutos do mar Transferência de data

Relativo ao ensino Também não

(?) Monte, cantora da MPB

O Galo de Minas Gerais (fut.)

Espécie de salame usado em sanduíches Gato, em inglês Material de cercas Inferior a tudo

Para o; em direção a Herói de "O Guarani" (Lit.)

Consoantes de "sótão"

Telefone (abrev.)

Dificuldade para dormir Que têm a natureza do gás Custosa Sufixo de "burrico" Dupla; casal

A camada oposta à elite

Analisada

Apanham peixes Fitar a vista em

Máquina para fazer tecidos

Hiato de "voo"

SOLUÇÕES Local da aula prática de Química

(?)vindas: recepção cordial

Vogal que levava o trema (Gram.)

Espaço de 12 meses Deter; reter "(?) é o melhor remédio" (dito)

2 5 4 9 1 7 6 8 3

Umedecida

Profissão de Suzana Vieira

Cura; sara

Estilingue (bras.) Carta do baralho

Interjeição que indica ação rápida

Vasilha para flores (pl.) Semáforo

9 3 8 5 4 6 1 2 7

1 6 7 2 8 3 4 9 5

7 1 6 4 2 8 5 3 9

4 2 9 6 3 5 8 7 1

3 8 5 7 9 1 2 4 6

5 9 1 8 7 4 3 6 2

6 4 2 3 5 9 7 1 8

8 7 3 1 6 2 9 5 4

C A M C A I R Ã S O T E L L A G M O S A T A

D I O R T E P I S O A R O B O L L H A N A I R S

P P A M E T A D A R A I G N S O S A G I P ES C A T O R U A D A A T A D E J A R

A N T O E L A M E T EL N I A C R C O A M R I O A N O E R I Z I R A R O S

3/cat. 4/peri — tear. 6/jarros. 10/pedagógico.

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42

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10 | DEDO DE PROSA E A VOZ DO LEITOR

DEDO DE PROSA

CEILÂNDIA EM FOCO

Coluna

BETHÂNIA, A VOZ DO SERTÃO por

Werickson Reis

Há dois anos, um jovem estudante morador de Ceilândia participou de um concurso nacional de poesia em homenagem à cantora de Música Popular Brasileira (MPB), Maria Bethânia, por seus 70 anos de idade e 50 anos de carreira.

Ao todo, 25 sortudos do Brasil tiveram seus poemas selecionados e publicados no livro “Poesias para Maria”, entre eles, o ceilandense Werickson Reis. E é este poema que enriquece nossa coluna Dedo de Prosa, na 12ª edição.

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Bethânia, a junção de todos os elementos que produz a vida. O amor, característica sua que se faz revelar. E que nos permite navegar portos e palcos onde está E nos encanta com poesias desprovidas de medo, Mas repletas de paz.

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Ouvi-la é sentir a beleza pura da vida É cavalgar sem rumo com Iansã Quimera de tempo bom, de tempo ruim. É ver a mocidade e o cenário de magia Que brota como relva no terreiro do Gantois. Menina de Oyá Seus entremeios de caminhos incertos e indecifráveis No palco estão a brilhar E a nos guiar com percalço no vento Como um carcará destemido no sertão.

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A VOZ DO LEITOR

Coluna

A VOZ DO LEITOR FALE CONOSCO, DÊ SUA OPINIÃO: facebook.com/ceiemfoco ceiemfoco@gmail.com (61) 9 8332-6607 publicidade


TÁ COM FOME DE QUÊ? | 11

CEILÂNDIA EM FOCO

TÁ COM FOME DE QUÊ?

Coluna

O ESPETINHO NOTA 10 DO BUTECO DO NALDO

Bar na Avenida Via Leste do Setor ‘O’ é sucesso na cidade por

Pâmela Paiva

A Avenida Via Leste do Setor ‘O’ é o refúgio do Buteco do Naldo - um restaurante de petiscos, porções e churrasquinhos no capricho, sem contar a aquela cerveja gelada. O lugar possui decoração peculiar: desenhos que remetem à vida no campo, paredes estampadas com colagens de jornais, capa de álbuns de discos e pequenos quadros, além de uma parede de lousa para ser escrita a giz. Balanças e outros objetos de decoração ajudam a compor o cenário típico de bo-

tecos. As mesas ficam espalhadas desde a parte coberta até começar um charmoso beco de rua, assim você tem a opção também de sentar ao ar livre. Na churrasqueira, o movimento é grande, vários rapazes trabalhando para sair um churrasquinho saboroso. Apesar de servirem a famosa jantinha - que acompanha arroz, mandioca e vinagrete, optamos por montar um prato só de espetinhos: frango, coração de galinha, carne, batata com queijo cheddar

a R$ 5 reais cada, mais uma porção de mandioca e outra de queijo. Isso tudo acompanhado por uma pasta de alho artesanal. Espetinho de batatas? É, sim! Lá no Buteco do Naldo é servido um churrasquinho de batatas bolinhas, com as bordas das batatas enroladas em fatias de bacon e interior recheado com queijo cheddar. Foi a primeira vez que vi um espetinho de batata na vida. E tudo lá valeu muito a pena: o atendi-

mento, a comida e as bebidas bem geladinhas. Sucesso O bar é famoso também nas redes sociais, sempre bem recomendado, indicado e muito frequentado por grupo de amigos, e famílias inteiras com crianças. Talvez pelo ambiente tão agradável e familiar, o bar esteja sempre cheio, com um famoso arroz carreteiro servido só uma vez na semana e que segundo Naldo “não dá nem para o cheiro”.

foto Buteco do Naldo

Todas as comidinhas são acompanhadas de molhos de maionese e maionese verde (composto por ervas) caseiros. Molhos caseiros podem ser comercializados e consumidos, desde que obedeçam a legislação específica elaborada pelo Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Vigilância Sanitária local (Visa-DF). Endereço: QNO 2, conjunto A- Via Leste do Setor ‘O’. Atendimento: aberto de quarta-feira a domingo, a partir das 16h.

Esgoto a céu aberto

E AGORA, RODRIGO? SHSN - Chácara 115A, conjunto C

Brasília não está no rumo certo.

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