Boletim Informativo
ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL2014
- Editorial, Edição 30 - ABRIL 2014
pág. 02
- Reunião do Conselho Alargado de Abril de 2014
pág. 04
- “Crónica” Pedagógica do Curso de Formação de Formadores
pág. 06
- Prémio Clínica Sagrada Esperança para o Melhor Estudante da Faculdade de Medicina do ano acadêmico 2013
pág. 08
- Entrevista: Sr. Miguel de Brito Teixeira
pág. 10
- Gabinete do Cliente - Elogios e Agradecimentos
pág. 11
EDITORIAL Como temos vindo a referir, o
2 – Inovação e Mudança
melhoria dos planos de acção para o presente e o futuro.
primeiro semestre do corrente ano fica assinalado pela tentativa de
A CSE, na sua globalidade, isto é,
se vencerem diversos desafios e
em todos os Serviços da empresa mãe,
2.3 – Formação em Serviço, de Pós
ultrapassarem algumas dificuldades
na Ilha, nas extensões e parcerias,
Graduação e outras – sendo espectável e
que, por uma ou outra razão, se
portanto não apenas da cidade de
desejável que deverá continuar a merecer
têm vindo a arrastar ao longo dos
Luanda como também nas províncias
a nossa grande atenção, uma vez que se
últimos meses.
do País em que já trabalhamos, irão
trata de uma estratégia do Conselho de
ser progressivamente implementadas
Gerência, pelas seguintes razões:
Não obstante tais situações, ao longo dos anos foram encontradas soluções
possíveis
graças
mudanças importantes e inovadoras, 2.3.1 – A formação é sempre um bom
designadamente quanto a:
investimento, obriga ao envolvimento
ao
envolvimento e motivação de todos,
2.1 – Actualização das Chefias
e dispêndio de múltiplos recursos
sendo, portanto, oportuno voltar
– Lideranças – chamando os mais
humanos, técnicos e financeiros. Por tal
a sumarizar algumas das questões
experientes e disponíveis e enquadrando
razão, os direitos, deveres e obrigações
de princípio e decisões necessárias
progressivamente
das diferentes partes envolvidas deverão
que deverão ser tomadas:
que, com tanto empenho e sacrifício,
1 – Documentação de base
a
nova
geração
ser progressivamente formalizados.
concluiu, ou está em fase de conclusão,
Os beneficiários dessas acções,
diversas e distintas acções de formação.
para além de comparticiparem, de forma justa, nos custos, deverão
Os documentos estruturantes de
2.2 – Actualização da documentação
base, como o Estatuto Orgânico, o
base de cada serviço ou área de
Quadro
responsabilidade
Orgânico,
–
presente e futuro da Instituição.
pretendendo2.3.2 – As disponibilidades em
de
se que fique bem claro que: (i) é
Prestação de Contas, Plano de
saudável conhecer a forma como
quadros
Desenvolvimento e Investimento
cada equipa é liderada; (ii) urge
nas ciências da Saúde são ainda
para 2014-2018, e outros, foram
conhecer a identificação da sua actual
irrelevantes se tivermos em conta
melhorados e aprovados na última
Missão, da Visão, dos Alvos a atingir (5
os indicadores internacionalmente
Assembleia de Sócios. Aguarda-se
objectivos de cada serviço), das Metas,
aceites e as necessidades do País,
apenas a recepção da respectiva
das Estratégias de Desenvolvimento,
pelo que a CSE, em colaboração
acta, devidamente assinada, de
dos Pontos Fortes, Fracos, Ameaças e
com as entidades suas parceirasas,
forma
proceder,
Oportunidades; (iii) é premente analisar
continuará na busca de modelos de
de forma legal e estatutária, ao
a percepção que os Clientes internos
desenvolvimento que permitam, a
cumprimento dos nossos deveres
e externos têm da nossa Instituição (o
médio e a longo prazo, poder contar
e compromissos. Está em curso,
que é realmente valorizado por eles).
com estruturas que progressivamente
desde já, o encerramento das
Por outro lado, devemos: (i) verificar
garantam o completamento das
contas de 2013 e, por isso, em
como estão organizados os processos;
suas necessidades.
vias de realização da próxima
(ii) como se analisam as componentes
Assembleia de Sócios, de forma a
dos custos e resultados da produção; (ii)
2.3.3 – A Pós Graduação, no actual
podermos pensar e planificar, não
como funciona a comunicação interna e
regime, realizada em parte no País
apenas o biénio, 2015 – 2016, como,
externa; (iii) qual o nível de cumprimento
e em parte no exterior, continuará a
atempadamente,
das normas e procedimentos; (iv) como
ser instrumento fundamental para
é feita a avaliação dos resultados e das
o nosso desenvolvimento, devendo,
acções e actividades desenvolvidas; (v)
contudo, de forma progressiva e à
quais os contributos efectivos para a
medida que se efectiva o retorno
Interno
Geral,
a
2015 – 2019.
2
Regulamento
assumir responsabilidades para o
Relatórios
podermos
o
quinquénio,
médios
e
licenciados
ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014
dos formandos, ser dada prioridade
que tem vindo a ser gradualmente
quer de prestação de cuidados
à componente de formação interna,
assumido
e
especialmente nas especialidades
e colaboradores. Continua a ser
prestação de um correcto serviço ao
mais abrangentes.
imperioso demonstrar o empenho
Cliente.
pelos
trabalhadores
outras
acções
necessárias
à
que a Clínica coloca na resolução dos 3 – A CSE e a sua implantação
problemas que afectam os nossos
5 – Os Clientes como razão de
nas distintas Províncias do País
Clientes. Muito já foi feito, mas
ser da Clínica Sagrada Esperança.
Associada a entidades credíveis, a
depara-se ainda um longo caminho a
marca CSE – ENDIAMA tem vindo a
percorrer que passa pela acreditação
ser progressivamente implantada nas
e certificação dos nossos diferentes
importância primeira e fundamental
distintas Províncias do País, situação
serviços e unidades, o que exige:
aos seus Clientes, actuais e futuros,
que nos irá obrigar a:
A
nossa
Instituição
atribui
o que exige uma necessária reflexão
3.1 – Desenvolver o núcleo central
4.1 – Será prestada particular atenção
aprofundada por todos nós sobre o
de apoio e acompanhamento a essas
ao nosso sistema de informação e das
processo de atendimento clínico
estruturas garantindo o cumprimento
novas tecnologias de que já dispomos.
e administrativo, significando que
das normas de qualidade e segurança
Teremos, assim, de:
devemos ter em conta:
exigidas por nós e pelos nossos clientes. 3.2 – Dotar essas unidades de
4.1.1 – Prosseguir a formação a
lideranças e equipas dinâmicas com
todos os prestadores de cuidados,
capacidade
directos e indirectos.
criativa,
autonomia
5.1 – Quem são os nossos Clientes (internos e externos).
responsável e desempenho eficiente
4.1.2 - Ser exigentes no registo
5.2 – Quais são as necessidades e
que permitam o seu desenvolvimento e
das diferentes tarefas e actividades,
preocupações dos nossos Clientes e
crescimento.
pois o ponto de partida terá de
Famílias.
ser a quantificação, a medição 3.3 – Continuar a promover e a desenvolver parcerias a criar e potenciar
progressiva de todas as nossas acções, ocorrências e resultados.
–
Que
factores
compromissos,
sinergias que tornem os projectos viáveis.
5.3
(valores, atitudes,
comportamentos) os nossos clientes 4.1.3 – Realizar auditorias que
valorizam.
garantam fiabilidade e qualidade 3.4
–
Uniformizar,
normalizar,
dos serviços que prestamos.
5.4 – Como vamos resolver as
regulamentar de forma abrangente;
questões que preocupam os nossos
daqui se deduz a necessidade que
4.2 – Será actualizada ou mesmo
as distintas unidades e áreas de
criada a documentação, em particular
desenvolvimento têm em comunicar,
quanto:
É imperioso que cada equipa
aprender, evoluir, ganhar experiência e conhecimento, o que impeliu a realizar
Clientes.
de trabalho, como célula base da 4.2.1 – À elaboração e respectivo
organização
e
funcionamento
muito em breve o nosso primeiro
cumprimento
de
da
encontro
Conduta do nosso corpo clínico e de
se
enfermagem, dos diferentes técnicos
profissionalmente, na valorização
de prestação de cuidados, do pessoal
constante e sempre renovada dos
4 – A Qualidade, Segurança e
administrativo e dos efectivos de
Clientes.
Confiança
retaguarda e suporte.
Nacional
de
Serviços
e
Instituições da família CSE.
dos
Códigos
Clínica
Sagrada
comprometa,
Esperança, ética
e
Abril de 2014 É um outro desafio estratégico
4.2.2 – Às normas e procedimentos
permanente do Conselho de Gerência
quer de funcionamento dos serviços
A Direcção da CSE
3
REUNIÃO DO CONSELHO ALARGADO DE ABRIL DE 2014 No passado dia 3 de Abril, teve lugar mais um Conselho
- Aumento da Satisfação dos clientes e profissionais
Alargado sob a presidência do Dr. Rui Pinto, Presidente do Conselho de Gerência da Clínica Sagrada Esperança e com a presença das chefias de todos os serviços e alguns elementos convidados, entre eles alguns alunos do curso FOGUS, que apresentaram trabalhos considerados importantes para a CSE. Os trabalhos apresentados tinham como principal objectivo mapear um circuito do serviço em questão (Laboratório, Armazém da Farmácia, Cozinha, Lavandaria e
Depois da apresentação do trabalho, levantaram-se outras sugestões e outros problemas: 1. Porque não criar uma rotina para horas de colheitas e colecta de amostras nos serviços? 2. A validação dos resultados no programa Apolo é,muitas vezes, mais demorada que a impressão em papel. 3. A CSE tem registado alguns acidentes de trabalho no momento de colheita nos internamentos.
Resíduos Hospitalares) e identificar fontes de desperdícios e potencial de melhoria.
O segundo trabalho foi sobre o Serviço de Cozinha e Alimentação.
O primeiro trabalho apresentado referia-se ao Serviço
A CSE conta com uma cozinha bastante pequena mas que
de Laboratório da CSE, que conta com cerca de 40
tem conseguido dar resposta às necessidades de uma instituição
profissionais. Depois de mapeado o circuito dos doentes
em crescimento, com cerca de 200 camas e 1500 profissionais.
(que contempla as requisições, amostras e os resultados),
Num serviço tão pequeno é difícil haver fontes de desperdício
o grupo em questão identificou como principais fontes de
porque à equipa se exige uma grande capacidade de sobre-
desperdício:
aproveitar os espaços e até alguma versatilidade.
- Excesso de tempo de espera (entrega de requisições, amostras e resultados); - Excesso de movimentação por parte dos higienistas e
Fontes de desperdício identificadas pelo grupo: - Excesso de transporte/movimentação (pela estrutura física da cozinha e CSE);
auxiliares de cuidados (pois são estes profissionais de cada
- Defeitos (erros na ementa do doente);
serviço que é cliente do Laboratório que fazem a entrega e
- Excesso de produção (refeições feitas para doentes que
colheita de requisições, amostras e resultados);
tiveram alta, por não haver actualização da informação).
- Subutilização de recursos por parte do corpo clínico, que poderia consultar os resultados no programa Apolo; - Excesso de produção: impressão desnecessária de exames em papel para doentes internos.
Propostas de melhoria - Dupla confirmação da ementa para os doentes. - Comunicação diária ao Serviço de Cozinha e Alimentação das altas de doentes.
Assim, o grupo sugeriu as seguintes melhorias: - Preparação de um elemento “operador logístico”Mizusumashi - que poderia ser auxiliar de cuidados, para
A CSE tem em projecto uma nova área para a Cozinha, pelo que, futuramente, é importante que se garanta:
recolher todas as amostras dos serviços e fazer a entrega das
- Duas entradas para a cozinha
mesmas no Laboratório.
- Circuito marcha-em-frente
- Introdução de requisição electrónica de exames no Sistema 2Soft. - Organização da recepção do Laboratório para 3 tipos de atendimento: Interno, Urgente e Normal, após definição de
- Diferenciação de zonas de preparação, confecção, empratamento, etc. Está a ser desenvolvido um aplicativo para o 2Soft para gestão das ementas.
critérios para solicitação de exames Urgentes e Não Urgentes. - Utilização efectiva do 2Soft por parte dos médicos. Resultados Esperados:
Farmácia, no que respeita ao circuito físico do medicamento
- Circuito de doentes mais fluído
neste serviço. Não foram abordadas as questões administrativas
- Reduçãodo tempo de espera
subjacentes a este processo, nem o processo de distribuição aos
- Redução da pressão sobre os profissionais
serviços/clientes.
- Facilitação da Gestão de RH
4
O trabalho seguinte está relacionado com o Armazém da
Relativamente ao mapeamento deste circuito, o grupo
ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014
apresentou o seguinte fluxograma: - Acidentes de trabalho por indevida utilização dos contentores corto-perfurantes - Riscos ambientais
falta imagem
- Fraca capacidade da incineradora da CSE Propostas de melhoria: - Maior responsabilização de todos na produção e triagem dos lixos - Criação de uma ETAR - Aquisição de uma nova Incineradora
Fontes de desperdício identificadas: Após concluída a apresentação dos trabalhos, a Dr.ª Guilhermina Melo Nascimento fez uma breve apresentação acerca da Tuberculose Pulmonar. Como sabemos, actualmente a Tuberculose Pulmonar (TB) é um problema de saúde pública em Angola, apesar de não termos dados de incidência e prevalência fidedignos, e apresenta formas resistentes que agravam este problema. Como principal causa das resistência temos o tratamento inadequado, quer seja por má adesão ao tratamento ou por deficiência no fornecimento ou prescrição. Propostas de melhoria:
O Gabinete de Vigilância Epidemiológica da CSE reforçou
- Aplicação de 5S ao armazém da farmácia.
esta problemática e apresentou a proposta de criação de DOTS
- Utilização do cartão kanban (instrumento de gestão visual
na CSE.
inteiramente integrado no sistema informático actual). - Análise ABC por rotatividade. - Criação de Zona Dourada.
Seguiu-se a apresentação dos resultados da Avaliação de Desempenho Organizacional, efectuada pelo Grupo da Qualidade, que reforçou a necessidade de analisarmos
O 4º trabalho está relacionado com o Serviço de Lavandaria, que actualmente conta com 22 profissionais na sua equipa,
os nossos erros e evitar que voltem a acontecer no futuro e, principalmente, de os notificar.
distribuídos em 2 turnos. Como principais problemas, o grupo
O Grupo da Qualidade deu a conhecer ao Conselho que
encontrou os longos percursos que os trabalhadores fazem para a
as Auditorias Internas planeadas para esta altura estavam
entrega da roupa nos serviços e os erros a nível das entregas no que
concluídas, agora usando as novas grelhas, mais exigentes de
respeita às quantidades.
onde fica claro que é preciso trabalharmos.
O grupo apresentou como propostas de melhoria: - Pesagem e embalagem da roupa - Contratualização com todos os serviços/clientes - Colocação de cortinas duettes - Aumentodo número de máquinas de lavar profissionais - Informatização do processo de Gestão de Roupa - Entrega/distribuição por níveis
A finalizar a reunião, o Presidente do Conselho de Gerência deixou a sua mensagem: É importante que os serviços passem a notificar os seus incidentes; Notificar significa vontade de melhorar e não tem como objectivo punição; Com os 1º Curso de Gestão quase a terminar é importante
O 5º e último trabalho apresentado está relacionado com a Gestão de Resíduos na CSE. Os principais problemas encontrados foram: - Má triagem dos lixos
que os líderes dos serviços passem a gerir efectivamente os seus serviços; Cada um de nós deve ter um comportamento melhor que o do nosso cliente.
5
“CRÓNICA” PEDAGÓGICA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE FORMADORES E foi assim... O nosso objectivo pedagógico estava traçado: Preparar um grupo de enfermeiros para serem Formadores internos na área de enfermagem nos diferentes serviços da CSE: - Atendimento Permanente (3); - Atendimento Pediatria (2); - Infecciologia (3); - Internamento (2); - Neonatologia (4) - Pediatria (2); - Neonatologia (3); - Piso 2 (6); - Obstetrícia (4); - Psiquiatria (4); - Suites Novas (2); - U. C. I. (4). Este era o desafio, proposto pelo Conselho de Gerência e pela Direção de Enfermagem, e que foi aceite por unanimidade A nossa intenção, na fase inicial do projecto, era que o
grupo de formandos reunisse os princípios básicos pedagógicos e comunicacionais para o exercício da actividade de Formador. E desde o início, o empenho e a motivação marcaram o ritmo concertado desta acção. O entusiasmo, a presença e a assiduidade afinaram o tom pedagógico. O percurso da aprendizagem faz-se do conteúdo mais simples para o mais complexo. E foi assim, que aconteceu. Primeiro, foi importante para o grupo de enfermeiros identificar as competências (pessoais e técnicas) necessárias para o exercício da actividade enquanto Formadores. Depois, reconhecer a importância do papel orientador, mediador e facilitador que um Formador deve ter ao longo do percurso de aprendizagem em construção. Ambos os aspectos foram fundamentais para levar a
cabo este projecto. Finalmente, mais um passo foi dado neste percurso formativo: a aquisição das competências pedagógicas e comunicacionais necessárias para a transmissão dos diferentes “saberes”, assim como reconhecer a importância da relação pedagógica a desenvolver com equipas em formação, requisito fundamental para atingir os objectivos propostos. Entretanto, à medida que se avançava neste processo pedagógico, como foi útil a todos reconhecer a importância da formulação dos objectivos pedagógicos em formação, através da realização, de forma adequada, de exercícios práticos! E eis que os três C’s se fizeram presentes: comportamento, condições de realização e critérios de êxito. (Este é um apontamento para os 37 enfermeiros/formadores). À aprendizagem acerca dos diferentes métodos e técnicas pedagógicas foram acrescentadas mais possibilidades e estratégias que um Formador pode utilizar para transmitir o conhecimento. Todos confirmaram que é preciso diversificar os métodos e as técnicas enquanto Formadores, tendo em conta o grupo-alvo em formação e o que se vai transmitir, pelo que é necessário conhecer e disponibilizar diferentes caminhos/ alternativas a quem aprende. Chegámos ao tema da importância de planificar uma acção de formação e de uma aula
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ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014
E assim foi: a ser ministrada individualmente, Trinta e sete apresentações, 37 com recurso à técnica de simulação aulas com conteúdos teóricos e pedagógica. práticos da área de enfermagem. O “nervoso miudinho”, o Aprendemos. “burburinho” o “corre-corre”, Aprendemos muitos conteúdos fizeram-se presentes: “Então, qual o tema que terei que preparar?” importantes para o exercício da “O que vou ensinar, como vou actividade de um profissional ensinar?” “Quais os recursos de enfermagem. Aprendemos pedagógicos que terei que também que é preciso aprimorar preparar?” Como vou comunicar e as competências pedagógicas e comunicacionais. de que forma”? É preciso treinar, experimentar, Questões, preocupações ousar, diversificar... Sentimos uma enorme de quem quer fazer bem, de e “orgulho” por quem quer, de facto, com satisfação responsabilidade, demonstrar os percebermos o sentido apurado conhecimentos, as competências da responsabilidade, a motivação que foram adquiridas ao longo das e a vontade que este grupo 10 sessões (30 hs) deste projecto evidenciou em querer transmitir o que sabem da sua área, para além formativo.
da vontade de aprimorarem os seus conhecimentos técnicos e as suas competências pedagógicas. Hoje, e decorrido algum tempo após a conclusão deste curso, conseguimos verificar como foi evidente a partilha, a integração, a interajuda a coesão desta equipa, em todas as sessões de formação, assim como foi importante a presença e o apoio de uma das chefias (Enfermeira Júlia, sempre atenta e participativa em todas as sessões do curso), da Direcção de Enfermagem e do Centro de Formação nesta 1ª fase deste projecto formativo. Parabéns aos 37 Formadores/ Enfermeiros! 7
PRÉMIO CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA PARA O MELHOR ESTUDANTE DA FACULDADE DE MEDICINA DO ANO ACADÉMICO DE 2013 A exemplo do que vem acontecendo desde 2009, ano
De um grupo inicial de 8 candidatos que formalizaram a sua
em que foi criado e entregue o primeiro PRÉMIO CSE PARA O
candidatura ao prémio através de documentos, dentre os quais:
MELHOR ESTUDANTE DA FACULDADE DE MEDICINA DO ANO
1) requerimento dirigido à AEFML;
de 2008, e para dar cumprimento ao protocolo assinado entre
2) Curriculum Vitae;
a Clínica Sagrada Esperança, a Faculdade de Medicina da UAN
3) Declaração de notas discriminadas do ano que terminou;
e a Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina de
apenas 4 entregaram o seu relatório final do trabalho de
Luanda (AEFML), reuniu, no passado dia 20 de Fevereiro de
pesquisa que lhes era exigido.
2014, o júri para avaliar os candidatos ao Prémio relativo ao ano passado.
António Pinheiro Candjondjo Morbimortalidade por doença cardiovascular na UCI da CSE
Este prémio, de periodicidade anual, destina-se a
durante o 2º semestre de 2013
contemplar o estudante que se distinguir no contexto da sua formação global, nela se salientando as vertentes académica,
Florêncio Machado
científica, cívica e cultural.
Prevalência de dependência alcoólicas do binge drinking nos pacientes em consulta externa no HAB em Dezembro de 2013
Sob a coordenação da área de Formação da CSE, o júri foi constituído pelos seguintes elementos: Pela Clínica Sagrada Esperança:
Catarina Vunge Mutange Causas de Insuficiência Renal Crónica e interferência da
- Doutor João Adilson Gama Ricardo
hemodiálise no tratamento farmacológico na vida dos pacientes
- Mestre Emanuel Castro Cassoco Catumbela
em tratamento dialítico no CHPA em Janeiro de 2014
Pela Faculdade de Medicina: - Mestre Manuel João de Lemos Pela Associação dos Estudantes da Faculdade de Medicina de Luanda: - Estudante Nkamba Paulina Pedro
Domingas Márcia da Silva João Conhecimentos Atitudes e Práticas sobre a consulta de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do lactente nas mães do Bairro Adriano Moreira em Janeiro de 2014
- Estudante Zadoque Miza
Dra. Filomena do Amaral e António Pinheiro Candjondjo
8
Dr. Filipe Jorge e Florêncio Machado
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O prémio foi entregue no dia 27 de Fevereiro, no âmbito das XI Jornadas Científicas e Estudantis da Faculdade de Medicina. Veja, abaixo a classificação final e o prémio de cada um dos candidatos: Classif.
Nome do Candidato
Prémio
1º
António Pinheiro Candjondjo
5.000 USD
2º
Florêncio Machado
2.500 USD
3º
Catarina Vunge Mutange
1.500 USD
4º
Domingas Márcia da Silva João
500 USD
(Prémio de motivação)
A todos estes estudantes mas, em especial, a António Pinheiro Candjondjo, as nossas felicitações e votos das maiores felicidades, pessoais e profissionais. Dra. Sandra e Catarina Vunge Mutange
Dr. Emanuel Catumbela com os Vencedores
9
ENTREVISTA: - Sr Miguel de Brito Teixeira O BI (Boletim Informativo) fez um breve passeio pelos corredores da CSE (Clínica Sagrada Esperança) e entrevistou o precursor do Gabinete de Relações Públicas e Protocolo, o Sr. Miguel de Brito Teixeira. 1) BI: Fale - nos da sua carreira e da sua inserção na CSE. MT: Ingressei nas FAPLA em 1974, na Base - 03, no Bairro do Sambizanga, de onde fui encaminhado para 5ª Avenida e depois para a Funda, integrando o Batalhão de Intervenção da Funda (B.I.F). Após a independência, fui transferido para o Ex-R20, onde se fundou a 9ª Brigada de Infantaria e Motorizada, tendo, nesta altura, sidoi colocado no Departamento de Justiça. Em 1978, frequentei o Curso de Condução Militar Profissional, que foi o meu passaporte para a Direcção de Preparação Combativa do E.M.G das FAPLA, chefiada na altura pelo General Nito Teixeira. Como militar, exerci vários cargos de chefia em diversos órgãos, sempre no sentido de cumprir bem com as minhas tarefas, até à data em que fui colocado na condição de aguardar pela disponibilidade. Aos 25 de Abril de 1991, fui contactado pelos Senhores Guilherme (Man Gui) que trabalhava no Hotel Tivoli, representando a empresa ESTA, no ramo da hotelaria, e Francisco Monteiro, então funcionário
bem e regressei com o doente sem qualquer problema.
da Clínica Sagrada Esperança (C.S.E), para ingressar nesta Clínica, na
Depois desta missão foi-me recomendado pelo Dr. Rui Pinto, na altura
área de Logística, mais propriamente no Economato, onde trabalhei
Director Administrativo e Financeiro da C.S.E, actualmente Presidente do
com total dedicação, assiduidade e pontualidade nas tarefas de que
Conselho de Gerência (P.C.G), a fazer uma carta para mudança de área,
fui incumbido.
isto é, da Cafetaria para a área dos Transportes.
Em 1996, já como funcionário da Logística da CSE, na ambulância
Já na área dos Transportes, fui colocado à disposição da área
que fazia recolha do pessoal, na altura viaturas de marca Nissan Patrol,
Administrativa, fazendo trabalhos de Relações Públicas e Protocolo, onde
por volta das 05horas e 45minutos, no Bairro Sagrada Esperança/
exerço as duas funções, desde o ano de 1997 ou 1998, se a memoria não
Prenda, fomos surpreendidos com disparos de arma de fogo
me falha, até à presente data.
perpretados por alguns marginais. Neste ataque o meu pulso esquerdo
Nesta trajectória, fiz parte do grupo fundador da Comissão Sindical
foi atingido, causando assim uma lesão grave. Na verdade, só saímos
de Trabalhadores da C.S.E. onde exerci a função de Secretário para
de lá vivos com a graça de Deus, porque conseguimos, não sei como,
Juventude, Desporto e Recriação, durante duas (02) décadas, cumprindo
sair da ambulância e fugir para o meio do Bairro até chegar à estrada
com o meu papel.
principal da Samba, onde fomos socorridos pela Polícia. Ao chegar à Clínica fomos socorridos de imediato pela equipa
2) Descreva-nos como é trabalhar numa área tão complexa
médica em serviço, tendo sofrido várias intervenções cirúrgicas na
e tão importante para a comunicação com os nossos clientes e
própria Clínica e no exterior do País. Em função da lesão causada pelo
fornecedores.
acidente, fui reenquadrado na área de Economato, concretamente na Cafetaria.
10
MT: É fundamental realçar que todas as áreas são importantes, uma vez que o bom funcionamento da Clínica depende da boa interacção
A minha entrada na área dos motoristas deu-se num dia em que
das diversas áreas e de todos os Órgãos que a compõem. Penso que
houve uma emergência na área dos Cuidados Intensivos, e como
é fundamental passarmos a todos os colegas a mensagem de que a
único presente com carta de condução na altura, fui solicitado para
área de Relações Públicas e Protocolo tem ajudado a C.S.E a evoluir
conduzir uma ambulância e ir buscar um doente à Clínica da Muralha
através do contacto com os nossos clientes, parceiros, colaboradores e
da China, sob o olhar surpreendido dos colegas que pensaram, por
fornecedores, levando, de forma rápida, toda documentação produzida,
um minuto, que eu não seria capaz, uma vez que, depois do incidente,
tais como Contratos, Facturas, Checks, Retro-Informações, Relatórios
nunca mais me tinham visto a conduzir. Graças a Deus, tudo correu
Médicos, Informações etc.
ANO VI, EDIÇÃO 30 - ABRIL 2014
Contudo, este nosso trabalho é muito complexo, porque diariamente
Por isso, vamos aproveitar a graça, a inteligência e sabedoria
nos deparamos com vários obstáculos, desde os engarrafamentos, vias
que Deus tem dado ao nosso Líder P.C.G (Dr. Rui Pinto) que vem
danificadas que causam um certo desconforto, localização do objectivo,
respondendo positivamente no seu cargo, para promover a
até ao contacto com as pessoas que desejamos. Por outro lado, é esta área
formação continua dos efectivos, e nos próximos 5 anos tornarmo-
que leva a imagem da C.S.E, em alguns casos no primeiro contacto com
nos num Gabinete de excelência e qualidade na distribuição de
os nossos clientes, o que exige de nós muita responsabilidade, atenção,
toda documentação da CSE.
respeito e disciplina laboral, para não haver erros na tramitação da 4)
documentação, que é algo muito sério.
BI: Que conselhos deixa aos jovens para que possam
envolver-se de corpo e alma nos grandes projectos de expansão 3) BI: A Clínica está a crescer todos os dias. Qual é a visão que tem do seu Gabinete para os próximos 5 anos?
e crescimento gizados pela Direcção da Clínica? MT: Hoje sinto-me veterano, porque comecei a trabalhar
MT: De certeza que a tendência da nossa área é crescer cada vez mais,
muito cedo e num período muito crítico do nosso País, mas
acompanhando a evolução do mundo em todos os ramos, sobretudo no
também já fui jovem e, como tal, recomendo a toda juventude
das tecnologias, porque o mundo de hoje é diferente em comparação com
deste País, especialmente os da CSE, que é preciso traçar metas a
o de ontem e não será o mesmo, certamente, em relação ao de amanhã.
alcançar na vida, aproveitando as oportunidades que são postas
Para a concretização deste desiderato temos que manter o programa
à sua disposição, para se tornarem bons profissionais naquilo
de formação periódica dos funcionários desta Clínica, dando assim uma
que desenvolvem, entregando-se ao trabalho não só para o
melhor atenção ao Homem, que é a força motriz de todo esse crescimento.
preenchimento das necessidades sociais que caracterizam o
O maior segredo dos profissionais da nossa área é a dinâmica e a força de
ser humano, mas também para a sua realização profissional.
vontade em fazer crescer cada vez mais a C.S.E, dando o nosso melhor em
Naturalmente que tudo isto só será possível com muito Trabalho,
cada dia de trabalho.
Sabedoria, Inteligência, Pontualidade, Responsabilidade e Assiduidade no cumprimento das suas tarefas laborais na C.S.E.
GABINETE DO CLIENTE - ELOGIOS E AGRADECIMENTOS Elogios e Agradecimentos dos Clientes pelo Bom Atendimento para terminar, agradeço o Dr. Filipe Prestado na CSE no Iº Trimestre Jorge e seus colegas. de 2014 Dr. Filipe Jorge e equipa 02 Jan 14 - ficha nº 783 CMRNA - Quero aqui deixar os meus agradecimentos a Senhora Fernanda bem como a Domingas (Enfermeiras) realmente, neste dia estiveram a altura, prova disso é que saí mesmo muito bem! Enf. Domingas Caculo e Enf. Fernanda
10 Fev 14 - ficha nº 851 Consulta Externa - Continuem assim, estarão contribuindo para o desenvolvimento do país. CSE
pacientes, têm amor ao próximo, enfermeiros que encorajam as mães, sabem como acalmar e reagir perante as terapêuticas indicadas pelos médicos. Estou até agora satisfeita pelos vossos serviços. Os dois enfermeiros são excelentes. Estão bem colocados nos seus devidos lugares. Enf. Piedade e Enf. Francisco Lobo
06/03/14 - ficha nº 891 - Piso Neonatologia - O Enf. Piedade da Pediatria é profissional, o mundo 16/03/14 - ficha nº 910 - AP. seria melhor com 100 enfermeiros Pediatria - O Recepcionista 04/Jan/14 - ficha nº 785 - desse tipo. Atendimento Permanente Enfermeira Piedade Martin Carvalho, prestou um excelente trabalho quanto Venho pela primeira vez com dores, mas quando cheguei ao banco de 06 Mar 14 - ficha nº 893 - a recepção, atendimento e urgência, fui bem recebida, dei os Piso Neonatologia - Fui bem encaminhamento dos processos dados fui a triagem a mesma coisa, recebida pelos enfermeiros de do meu filho e, não esquecer a fui ao consultório principal, tudo nome Piedade e Francisco Lobo. médica em serviço. Recep. Martin Carvalho bonito. Fui ao Raio X mesma coisa, São Excelentes no trabalho e 11
EDITORIAL
A NOSSA CLÍNICA A saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser. A CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA é uma instituição de serviço público, dotada de
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personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda, Avenida Mortala Mohamed. Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da Foundation for Excelence and Business Pratice, situada em Genebre Suíça.
MISSÃO Prestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento, com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aprefeiçoamento profissional e a satisfação dos seus coladoradores. Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no
FICHA TÉCNICA Bárbara Mesquita Esmael Tomás Marta Leal Hipólito Calulu Narciso Mbangui
ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos e bioquímicos, quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em colaboração com as entidades públicas e privadas de educação em saúde, bem como na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística. Desenvolver acções de investigação clínica quer na área de saúde pública quer na área hospitalar.
VISÃO A CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA pretende ser, cada vez mais e de forma gradual e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de
REDACÇÃO E REVISÃO
saúde em Angola, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto
Maria do Carmo Cruz
instituição de saúde, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos funcionários, a responsabilidade social.
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