CSE | Boletim Informativo N.º 26 | Setembro-Outubro 2013

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Boletim Informativo Ano IV, Edição 26

Setembro/ Outubro de 2013

A Dra. Maria de Belém realizou, na CSE, no dia 24 de Agosto, a Conferência ―Eficiência e Ética em Saúde‖. Pg. 6 e 7 Conselho de Direcção Alargado

“OS HÁBITOS” NA CSE

A CSE realizou, no passado dia 7 de Setembro, a reunião mensal do Conselho Alargado. Pg. 3

Lígia Carvalho, Psicóloga (formadora do programa de Acolhimento e Atendimento ao Cliente) fez uma apresentação no CD alargado da CSE… Pg. 4

DIA DA SAÚDE MENTAL NA CSE

A Entrevista do mês Dra. Anabela Vilhena

A Área Social, juntamente com o serviço de psiquiatria da CSE, organizou um convívio (lanche) para comemorar… Pg. 5

“...tenho uma missão pessoal em Angola: contribuir para a Formação em Medicina Geral e Familiar…” Pg. 8 e 9

Conheça o Centro Médico do BNA

Biografia O Papa Francisco

Desde Maio de 2012, a exploração do Centro Médico dos trabalhadores do BNA foi cedida à CSE..

Conheça o Santo Padre Francisco, nascido no dia 17 de Dezembro de 1936, em Buenos Aires, filho de um casal de emigrantes italianos... Pg. 11

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Editorial 1 – Podemos, no bom sentido, dizer que estamos, todos nós, a viver um momento de certa ansiedade. Se, por um lado, estamos preocupados com o muito que ainda falta fazer do que consta do programado para o corrente ano, por outro lado, temos de começar a desenhar, desde já, as linhas principais das nossas actividades e a definir os objectivos e as metas face aos desafios que teremos de enfrentar, resolver e vencer no biénio 2014-15. 1.1– Na última semana de Agosto, no dia 24, tivemos a oportunidade única de, em poucas horas, que nos pareceram minutos, assistir a uma palestra, cujo tema a todos preocupa e diz respeito: Eficiência e Ética em Saúde. Então, de forma simples e clara, estes assuntos foram-nos apresentados, por quem os vive de forma muito intensa e transparente, tendo como pano de fundo aspectos muito importantes e relevantes, plasmados na nossa Constituição. Penso que foi, para todos nós um momento de profunda meditação, aprendizagem e que uma nova janela nos foi aberta para compreendermos melhor o documento fundamental de qualquer País – a Constituição. 1.2– Tal como o fez, na oportunidade, o Presidente do Conselho de Administração da ENDIAMA, Sr. Eng.º Carlos Sumbula, daqui renovamos o nosso agradecimento à Sra. Dra. Maria de Belém, a quem é dedicado este número do nosso Boletim. 1.3– Como afirmámos, estamos a viver momentos muito importantes, de que podemos realçar: (i) as acções de formação em curso; (ii) a conclusão da criação de novos espaços que irão permitir, durante algum tempo, melhorar o nosso desempenho perante os nossos clientes; (iii) a conclusão de regulamentos, normas de conduta e outra documentação-base, que irá, no futuro, ajudar ao crescimento e consolidação da Instituição. Recorda-se que a procura de parceiros e financiadores continua a ser uma prioridade da Direcção da Clínica, estando em estudo diversas alternativas bastante promissoras. 1.4– há situações prévias ao arranque da verdadeira ampliação da CSE – Ilha, (tais como a aprovação do Plano de Massas e do respectivo ante-projecto, pesem, embora, os esforços realizados

aos diferentes níveis, e também o facto de a CSE há muito ter honrado os seus compromissos), que continuam a ser um dos principais problemas a clarificar, de forma a poder-se continuar a desenhar e desenvolver o plano estratégico de 2015 – 2019. 1.5– A necessidade de se conceber uma nova figura jurídica que, de forma mais eficiente e justa, possa permitir o desenvolvimento da Clínica, continua a ser uma preocupação e uma prioridade, ficando, no momento, a ideia de que a Lei n.º11/13 de 2013, agora publicada em Diário da República, poderá, em muito, ajudar a desenhar alguns dos caminhos essenciais ao que se pretende. De igual forma, o dossier para a criação, em parceria, de um “instituto superior” de Ciências de Saúde, em curso no Ministério do Ensino Superior, uma vez aprovado, irá, a médio e a longo prazo, permitir melhorar todo o nosso processo de prestação de cuidados. 2– O quarto e último trimestre do corrente ano, como temos vindo a referir, será o da conclusão e realização de parte de acções em curso e planificação das linhas mestras de desenvolvimento para 2014 /2015. Para isso, acções importantes terão de ser levadas a cabo, a saber: 2.1– Realização da Assembleia de Sócios para discussão e aprovação das contas da instituição, assim como o cumprimento de planos de trabalho e as perspectivas para o futuro. 2.2– Análise, discussão, actualização, aprovação e início da implementação da documentação aprovada na generalidade na Assembleia de sócios: a Estrutura Orgânica reformulada, o Regulamento Interno actualizado, o Código de Ética e de Comportamento dos diversos profissionais e demais regulamentos e outros documentos de suporte. 2.3– Avaliação das actividades de todos os serviços e sectores da Instituição, do cumprimento dos planos estabelecidos, dos pontos fortes e debilidades de cada um deles, das expectativas de desenvolvimento e das ameaças registadas e a ultrapassar. 2.4– Actualização e, se necessário, renovação, fortalecimento ou ampliação do compromisso efectivo das dife-

rentes equipas de trabalho, tendo em conta os objectivos e metas traçados para cada unidade de produção – centro de custos. 3– Os nossos Clientes continuarão a ser o nosso ponto fulcral de constante aperfeiçoamento. Assim: 3.1– A criação da central de marcação e gestão de consultas, a melhoria das comunicações e as formas de registo serão uma prioridade a tomar em conta a todos os níveis. 3.2– A formação em serviço de todos os prestadores e, em particular, os da primeira linha, ou seja, daqueles que a todo o momento lidam com o doente, os quais deverão continuar a melhorar o seu desempenho de modo a que o cliente receba informações claras, certas e imediatas, para que o mesmo possa confiar na instituição. 3.3– O desenvolvimento dos dois aspectos anteriores serão fundamentais para que se possa melhorar um dos aspectos mais criticados por quem nos procura: O TEMPO de ESPERA. Teremos de ser proactivos, de prestar cuidados personalizados para que o doente se sinta permanente e atentamente acompanhado e saiba, com clareza, o motivo pelo qual este ou aquele acto só se poderá iniciar e terminar em determinado momento. 3.4– É igualmente imperioso, para ajudar a melhorar os aspectos referidos, rever o processo de acolhimento do doente desde o momento de chegada à nossa Instituição, passando pela triagem, pelo registo administrativo e pelo fornecimento de informação correcta sobre a localização, posicionamento e articulação das diversas áreas de prestação de cuidados. 3.5– A melhoria dos pontos anteriores depende ainda dos avanços que a utilização das novas tecnologias proporciona, de forma a eliminar progressivamente o uso do papel e a obrigatoriedade da utilização dos arquivos electrónicos dos doentes. 4. Como sempre, só podemos concluir que o empenho e sentido profissional de cada um de nós continuam a ser os melhores meios para atingir os nossos objectivos. Muito Obrigado. Outubro de 2013 A Direcção da CSE


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Notas da clínica REUNIÃO DO CONSELHO DE DIRECÇÃO ALARGADO DA CSE — SETEMBRO DE 2013 No passado primeiro sábado do mês de Setembro, realizou-se mais um Conselho Alargado, que teve como principais pontos: -Apresentação do Relatório do Gabinete do Cliente (GC). -Apresentação do Circuito para referenciação de funcionários com suspeita de consumo de álcool no local de trabalho. -Apresentação do tema: “Os hábitos”. -Apresentação do Regulamento do Corpo de Enfermagem. -Considerações e sugestões do Conselho de Gerência e do Presidente do Conselho de Gerência.

para referenciação de funcionários com suspeita de consumo de álcool no local de trabalho, que já tinha sido entregue no mês anterior (Julho) no Conselho Alargado, foi também sugerido, por parte de alguns dos responsáveis presentes na reunião, que se fizessem testes aleatórios periodicamente para desencorajar o consumo em ambiente de trabalho. Esta sugestão foi ouvida pelo PCG, que propôs à área social que pensasse nesta proposta. O intuito não será despedir os profissionais, mas constatar o problema e solucioná-lo da melhor maneira, sem prejudicar, primeiro, o nosso cliente, a instituição e tentar ajudar o profissional. É importante saber o que está preconizado na lei para estes casos; saber se o ministério da saúde tem algumas recomendações neste sentido e saber o que se faz nas outras empresas/instituições do país.

A Drª Luísa Fula, ao apresentar o relatório do GC abordou os indicadores que são avaliados por este gabinete, nomeadamente, número de reclamações, número de reclamações por serviço, tempo de resposta às reclamações e encerramento dos pro- A formadora do programa de Acolhicessos de reclamação. mento e Atendimento ao Cliente, Dr.ª Também focou algumas sugestões Lígia Carvalho, apresentou-nos com dadas pelos nossos clientes e deu a muito entusiasmo, simplicidade e à conhecer à plateia que nem tudo são vontade um tema por si preparado – reclamações. Há também alguns “Os Hábitos”. – (Ver resumo na Pg. 4) reconhecimentos por parte dos nos- Depois da apresentação da proposta sos clientes. de Regulamento para o Corpo de A nossa instituição ainda tem muito Enfermagem, que ainda é merecedoque trabalhar no sentido de reduzir o ra de ajustes e reflexões, o PCG número de reclamações, significativa- informou os chefes de serviço que: mente. -O Centro Médico dos Trabalhadores O PCG sugeriu, que para que o GC (CMT) durante os meses de Setemmelhorasse também os seus proces- bro e Outubro mudará de instalações sos internos, para reduzir o tempo de e irá a dispor de consulta de Ginecoencerramentos dos processos, deve- logia e Obstetrícia, Pediatria e Clínica ria haver uma concertação entre este Geral. gabinete, direcção de enfermagem, -É importante reforçar aos profissiogabinete jurídico e o nosso consultor, nais que apenas o CMT pode referenDr. Paulo Salgado. ciar para consulta de especialidade, solicitar exames, etc. A estatística do mês anterior mostrava que 67% das Depois de se apresentar o Circuito consultas de especialidade realizadas

aos profissionais da CSE eram sem referenciação do CMT. -O AP já dispõe de uma nova sala de cadeirões; -Brevemente a Ortopedia e a Fisioterapia irão ter novas instalações; -Espera-se que até ao final do ano a oftalmologia já disponha de novas instalações, também. Todos os profissionais deverão esforçar-se para facilitar o circuito dos nossos clientes, uma vez que muitos serviços irão mudar de sítio.


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Sessão ―os hábitos‖ na CSE ―Os Hábitos‖ Lígia Carvalho, Psicóloga (formadora do programa de Acolhimento e Atendimento ao Cliente)

“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito” (Aristóteles) Os hábitos constituem factores poderosos em nossas vidas. Uma vez que representam padrões coerentes, e muitas vezes inconscientes, eles servem para exprimir o nosso carácter no dia-a-dia, sendo responsáveis pela nossa eficácia... Contrariamente ao que diz o autor Horace Mann, que “Os hábitos são como cordas. Se acrescentarmos um fio por dia, em pouco tempo não podem ser mais rompidos”, a Dr.ª Lígia considera que os hábitos podem ser rompidos, além de fortalecidos, ou seja, podem ser aprendidos e desaprendidos. Qualquer um destes processos envolve dedicação total. Aprender e fortalecer um bom hábito e quebrar um hábito mau.

Na sua apresentação a professora define um hábito como “a intersecção entre o conhecimento, a capacidade e a vontade.” O conhecimento implica o que fazer e o porquê. A capacidade é o como fazer. A vontade é a motivação, o desejo de fazer. Os clientes da CSE necessitam de ser escutados por todos os profissionais que integram as equipas nos diferentes serviços. No nosso dia-a-dia deparamo-nos com solicitações constantes por parte dos nossos clientes, e isso requer da nossa parte um esforço acrescido para implementar o hábito de escutar realmente o que eles têm para nos dizer. Temos o conhecimento, a capacidade e precisamos de melhorar a nossa vontade. Desta forma estaremos efectivamente a cumprir a missão de ajudar os nossos clientes. Vale a pena reforçar junto das equipas de trabalho a implementação deste hábito – Escutar. Só assim, poderemos provocar a mudança e atingir a excelência no atendimento.

(Fonte: Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes, de Stephen R. Covey)


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Dia da Saúde Mental na CSE diferença. Para terminar, deixamos aqui um extracto da mensagem do Director Regional da OMS para África, Dr. Luís Gomes Sambo, por ocasião do Dia Mundial da Saúde Mental.

O Dia da Saúde Mental foi estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) com o propósito de mudar a nossa forma de ver as pessoas com doenças mentais. Em todo o mundo, há cerca de 400 milhões de pessoas que sofrem transtornos mentais, neurológicos ou outros tipos de problemas relacionados com o abuso de álcool e drogas. Algumas das doenças mentais mais comuns são a esquizofrenia, doença de Alzheimer, epilepsia e alcoolismo. A OMS trabalha para melhorar a qualidade de vida dos doentes mentais, bem como de seus familiares e de todas as pessoas ao seu redor. A Área Social, juntamente com o serviço de psiquiatria da CSE, organizou um convívio (lanche) para comemorar a data entre técnicos/ profissionais e pacientes internados. Este tipo de iniciativas promove o bem-estar entre pacientes, técnicos e familiares dos utentes, diminuindo a distância entre os mesmos, aumentando a sua auto-estima, uma vez que se criam relações de confiança através do debate, de troca de experiências e de esclarecimentos sobre a saúde mental.* (ver fotos com as actividades entre pacientes e técnicos)

Promover a inclusão social do doente mental no trabalho é ainda um dos maiores desafios, pois o preconceito produzido pela sociedade capitalista impede que o doente mental conquiste seu espaço laboral, alegando-se incapacidade. Muitos acreditam que o transtorno mental incapacita o indivíduo para quaisquer actividades laborais, o que é um mito. É importante que a sociedade o veja como parte do seu tecido social e o aceite como tal. Por vezes utiliza-se a justificativa da “periculosidade” como desculpa para impedir o exercício de alguma actividade produtiva por parte do doente mental, sem ao menos lhe dar a oportunidade de provar quão produtivo pode ser dentro de suas limitações e da sua

“Ao comemorarmos o Dia Mundial da Saúde Mental deste ano, lanço um apelo a todos os EstadosMembros para que aumentem o apoio aos programas para a saúde mental, dedicando recursos humanos e financeiros adequados para responder à depressão. O desenvolvimento de capacidades e a integração da saúde mental nos cuidados de saúde primários, assim como nos serviços de saúde comunitária, demonstrou ter uma boa relação custo-eficácia e ser fundamental para os bons resultados em saúde mental. A disponibilidade de medicamentos e o acesso a informação adequada, com psicoterapia bem estruturada, são medidas eficazes para o tratamento da depressão e deverão ser dispensadas ao nível dos cuidados de saúde primários. É essencial reforçar a colaboração entre governos, parceiros, organizações da sociedade civil e outros intervenientes relevantes para a melhoria da saúde mental na Região. “


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DRª MARIA DE BELÉM REALIZA CONFERÊNCIA garantindo que todos têm acesso à saúde básica, independentemente de factores como rendimento, literacia, local de residência, etc. Qualquer programa de saúde justo é, obrigatoriamente, eficiente. É impossível dar mais a um, sem tirar a outro! Outro valor ético muito importante em saúde é a Autonomia – diz-nos que os indivíduos/ comunidade devem participar no controlo dos cuidados de saúde e tratamentos. No entanto, esta participação só é possível até determinado nível. É aqui que entra outro ponto evidenciado pela nossa conferencista: a Literacia em Saúde.

No passado dia 24 de Agosto de 2013, no âmbito do Curso de Pós -Graduação em Gestão de Unidades de Saúde – FOGUS – a decorrer na nossa Clínica em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, decorreu na CSE uma Conferência sobre o tema “Eficiência e Ética em Saúde”, dirigida pela Senhora Dr.ª Maria de Belém Roseira, deputada, Presidente do Partido Socialista (PS) em Portugal e exministra da Saúde, entre muitos cargos que detém. Na mesa de honra desta conferência estiveram o Presidente do Conselho de Gerência da CSE, Dr. Rui Pinto, o Presidente do Conselho de Administração da Endiama, Engº. António Carlos Sumbula, (em representação do Sr. Ministro da Saúde), o Dr. António Costa e a VicePresidente da Escola Nacional de Saúde Pública, Dr.ª Carla Nunes. A Dr.ª Maria de Belém começou por demonstrar aos presentes no anfiteatro da CSE, a presença da

“Ética”, ainda que subentendida, na Constituição de Angola, suportada pelos princípios de Justiça, Igualdade, Direito ao progresso da humanidade. A Saúde é, pois, um direito, como está inscrita na Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, e é um direito universal, tal como a Educação. A incorporação dos princípios Éticos na Gestão em Saúde só fará sentido se a Ética garantir a eficiência dessa mesma gestão. Sabendo que os recursos em Saúde são escassos, garantir que princípios como Justiça, Equidade, Autonomia são partes integrantes da alocação destes recursos, envolve muita reflexão e sensibilidade para uma eficiente gestão, garantindo a Beneficência e a Não Maleficência à colectividade. “A Justiça é a primeira consideração ética na alocação de recursos dos cuidados de saúde, pois está associada com a imparcialidade ou a equidade na distribuição de bens pelas pessoas.” Ou seja, os recursos devem, dentro do possível, chegar a todos os elementos da comunidade,

A Literacia em Saúde constitui uma estratégia central para melhorar a autogestão em saúde, na medida em que, quando há informação, conhecimento e empoderamento, os resultados em saúde melhoram, dada a relação Custo-Eficácia.

“A Justiça é a primeira consideração ética na alocação de recursos dos cuidados de saúde, pois está associada com a imparcialidade ou a equidade na distribuição de bens pelas pessoas.”


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COM O TEMA ―EFICIÊNCIA E ÉTICA EM SAÚDE‖ Teoria Eficiência é definida como o rácio entre o nível de consecução de um objetivo e a maximização dos resultados que poderiam ser alcançados com os recursos observados. Normalmente, os resultados são zero quando as contribuições são zero. Contudo, em saúde, os seus níveis não seriam zero se não existissem gastos em saúde. Assim, e para avaliar a contribuição para os sistemas de saúde, temos que determinar o que é realizado em excesso, por oposição ao que seria conseguido na sua ausência (o mínimo).

Os indivíduos a quem, essencialmente pela educação, são disponibilizadas estas “capacidades”, conhecimentos e atitudes de participação na própria saúde assumem responsabilidade em manter comportamentos saudáveis e participam de forma activa na manutenção da sua saúde, reduzindo os gastos com a doença. Para isso é fundamental que os prestadores de cuidados de Saúde promovam a decisão informada e facilitem acções que melhorem as capacidades pessoais de controlar factores que melhorem os resultados de saúde. É importante que os indivíduos possam dominar as seguintes capacidades: Reconhecer e agir sobre os sintomas; Usar os medicamentos de forma correcta; Gerir as emergências; Gerir a sua dieta e o exercício; Interagir eficazmente com os prestadores de cuidados de saúde; Utilizar os recursos comunitários; Adaptar-se ao trabalho; Gerir as relações com os outros; Gerir as respostas psicológicas à doença.

Por esse motivo, definimos o desempenho como o actual nível de saúde das populações, em excesso de uma estimativa mínima, em comparação com o nível máximo alcançável de saúde, dadas as entradas. Devido à semelhança entre desempenho e eficiência, usamos os termos de forma indistinta. Alguns estudos têm demonstrado que a eficiência em saúde está directamente relacionada com os gastos, o que exige uma boa ges-

“...a eficiência em saúde está directamente relacionada com os gastos, o que exige uma boa gestão. Por isso será difícil para os sistemas serem eficientes com fracos gastos. “

tão. Por isso será difícil para os sistemas serem eficientes com fracos gastos. Quer isto dizer que a racionalização dos recursos é necessária, não devendo, contudo, ser extrema. Países com percentagens baixas do PIB alocadas à saúde são menos eficientes, assim como aqueles que têm muitos gastos em saúde. Parece existir um mínimo de gastos em saúde, abaixo do qual o sistema simplesmente não pode funcionar correctamente. É, portanto, importante, a nível das decisões de um país, que uma percentagem do PIB garanta o acesso aos cuidados de saúde a todos, mas tendo sempre presente que a eficiência em saúde tem uma dimensão ética. Aos médicos cabe a responsabilidade ética de prestar cuidados de saúde que sejam necessários e eficazes e a não prestar cuidados ineficazes, inapropriados ou nocivos. O utente, pelo poder e responsabilização que detém, deve manter hábitos saudáveis e não exigir ou procurar cuidados desnecessários. Para finalizar, e parafraseando a nossa conferencista: “Eficiência em saúde corresponde à mais elevada qualidade ao mais baixo custo”, mas tendo sempre em conta que “ o cidadão está no centro do sistema de saúde”


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Entrevista “...O nosso papel como médicos de família é de vínculo com os nossos utentes, mesmo antes de eles adoecerem, e devemos ser os primeiros a ser consultados em caso de doença.” ção de doença aguda ou outro qualquer problema de saúde. Esteve também, desde 1998, integrada na equipa de triagem da urgência no Hospital de São José em Lisboa. Tempo em Angola e na CSE Em 2008, e cumprindo um desejo antigo de voltar a África, continente onde viveu dos 3 aos 16 anos de idade, (primeiro em S. Tomé, onde frequentou a instrução primária e depois em Angola, onde frequentou o Ensino Secundário), veio trabalhar para Cabinda com contrato de uma empresa de consultadoria. Em Cabinda esteve ligada ao Hospital Provincial de Cabinda, como assessora da Direcção Clínica. Com o final do contrato e através de elementos ligados á CSE, foi convidada para vir para Luanda, onde está desde Maio de 2009.

Informações gerais sobre a Dra. Anabela Vilhena Licenciada pela Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa, Universidade Nova, em 1982. Em 1986, ingressou na Carreira de Medicina Geral e Familiar, numa fase em que ainda não estavam bem definidos quer o estatuto profissional, quer a formação em serviço. Em 1985, após Formação em Exercício, passou ao grau de Especialista em Medicina Geral e Familiar e em 1998 foi nomeada Consultora de Medicina Geral e Familiar.

Tempo de carreira/profissão A carreira como Médica de Família decorreu de 1986 até 2008, no Centro de Saúde da Venda Nova, na Amadora - Portugal, prestando os cuidados de saúde primários a cerca de 1850 utentes, inscritos no seu ficheiro, o que incluía a vigilância, segundo protocolos estabelecidos, dos grupos de risco (diabéticos, hipertensos), dos grupos vulneráveis (mulheres grávidas e crianças desde os 4 meses), visitas domiciliares e rastreios oncológicos (essencialmente em mulheres em idade fértil) e atendimento em situa-

Boletim informativo (BI)- Cara Dra. Anabela, o Boletim Informativo gostaria de saber como é que chegou até à nossa instituição - CSE.? Dra. Anabela Vilhena (AV)- A minha chegada à CSE teve dois responsáveis. Por um lado, a Dra. Manuela Neto, com quem me tinha cruzado em Lisboa e que me deu a conhecer a CSE e, por outro, o Dr. Artur Cruz, da Lubmed, que tive o prazer de conhecer em Cabinda e que me propôs vir até Luanda, integrando um projecto ligado à Medicina Ocupacional, na Ethos / CSE. BI- Quando começou a trabalhar para a CSE, qual foi o primeiro local/ serviço onde trabalhou e do que mais gostou nesse tempo? AV- Enquanto aguardava a minha colocação na Ethos estive uns meses a apoiar na vigilância dos doentes internados nas enfermarias. Posteriormente, iniciei a minha actividade na área da Medicina Ocupacional, efectuando os exames de aptidão para o trabalho e colaborando com o Centro Médico dos trabalhadores da


Ano IV, Edição 26 CSE, no acompanhamento de doentes com patologia crónica e efectuando rastreios do cancro do colo do útero. Este meu percurso dentro da CSE teve uma grande relevância na minha formação pessoal pois permitiu-me conhecer as diferenças de patologias entre a realidade da CSE e a minha experiência clínica. Permitiu-me também aprofundar os meus conhecimentos na área da Medicina Ocupacional. No entanto, sempre senti a necessidade de exercer a minha actividade clínica na prestação de cuidados integrados, centrada na pessoa e na Família. BI- Como surgiu a oportunidade/ desafio de ir trabalhar e, neste caso, gerir uma extensão da CSE? AV- Foi uma oportunidade que a Direcção da CSE me ofereceu e que penso que teve muito a ver com o meu perfil profissional.

“...tenho uma missão pessoal em Angola: contribuir para a Formação em Medicina Geral e Familiar para que num futuro próximo esta especialidade ocupe um espaço importante…” BI- Como encarou este desafio? Que dificuldade sentiu? AV- Encarei este desafio com muito entusiasmo e com a consciência de que tinha muito que trabalhar para levar este projecto para diante. A área de gestão, complementar nesta situação, e muito importante para a reorganização deste Centro, foi melhorada com o Curso de Gestão para chefias intermédias (FOGEC), que se realizou no início da minha entrada de funções, neste novo desafio. O curso foi excelente e todos nós que o frequentámos ficámos mais cientes do que é o nosso trabalho e as dificuldades e os obstáculos que temos de ultrapassar. BI- Que serviços oferece o CM BNA? Quem são os seus principais clientes?

O Centro Médico BNA oferece um atendimento permanente que funciona 24 horas por dia, todos dias da semana. Oferece consultas de Medicina Geral e Familiar, todos dias úteis. Para além disso, temos a funcionar um serviço de Fisioterapia, consultas de Cardiologia, Pediatria, Ginecologia/ Obstetrícia, Cirurgia Geral, Ortopedia e Imagiologia. Os nossos clientes são maioritariamente reformados do BNA e seus cônjuges, mas para além disso atendemos todos os trabalhadores de empresas com acor-

Página 9 dos de prestação de Cuidados de Saúde com a CSE e ainda particulares. BI- Com quantos profissionais já conta esta estrutura? AV- Neste momento temos 30 funcionários, em que estou incluída: 7 Enfermeiros, 3 administrativos, 3 funcionários da higienização, 2 técnicos de laboratório, 1 técnico de farmácia, 1 motorista e 12 técnicos de fisioterapia Diariamente, temos um médico escalado para o Serviço de Urgência e os restantes médicos especialistas funcionam como médicos colaboradores. BI- Considera que tem uma equipa forte? Por onde pode melhorar (se for necessário)? AV- Temos uma equipa forte e empenhada, que está sempre disposta a colaborar e muito motivada na formação contínua. BI- Sabemos que é médica de Medicina Geral e Familiar. Quer dar a conhecer um pouco da sua especialidade aos nossos leitores? AV- A Medicina Geral e Familiar é uma especialidade médica com origem na década de 70, como resposta à ultraespecialização da medicina, cada vez mais tecnológica e menos sensível ao papel social da profissão. O nosso papel como médicos de família é de vínculo com os nossos utentes, mesmo antes de eles adoecerem, e devemos ser os primeiros a ser consultados em caso de doença. Estamos, portanto, numa situação privilegiada para podermos fazer Promoção da saúde, Prevenção de doenças, Diagnóstico precoce e tratamento de doenças que façam parte da nossa capacidade clínica. Assim, compete-nos cuidar dos nossos utentes de um modo abrangente e continuado, independentemente da idade, sexo ou outra qualquer característica da pessoa. A nossa abordagem é centrada na pessoa, orientada para o individuo, a sua família e a comunidade. Ao longo do tempo estabelecemos uma relação médico-doente excepcional, pelo facto de acompanharmos o doente ao longo da vida, na saúde e na doença. Deste modo, nas nossas consultas seguimos os nossos utentes com diabetes, hipertensão, obesidade, etc. Fazemos vigilância das nossas grávidas. Vigiamos as nossas mulheres, promovendo os rastreios oncológicos. Acompanhamos também as nossas

crianças, quer na doença, quer no desenvolvimento e na prevenção. Em resumo, gerimos tanto problemas de saúde agudos como crónicos, e é da nossa responsabilidade encaminhar para outro nível de assistência médica, sempre que necessário. BI- A Medicina Geral e Familiar ainda tem pouca procura nos nossos serviços de saúde. Quais são as principais causas, para si, para nós (povo angolano) continuarmos a ir ao especialista, sem passarmos pelo médico de família e, consequentemente, não fazermos prevenção? AV- Eu penso que a principal causa deve-se ao facto de não haver divulgação suficiente sobre o que é o médico de família, tendo em atenção o facto de ser uma especialidade que está a dar os primeiros passos em Angola. Existe um Programa de Internato de Medicina Geral e Familiar em Angola que data de 2005. Agora, cabe-nos a nós, médicos e instituições, explicar qual a área de actuação dos médicos de família e quais os benefícios para os utentes. Temos de incentivar e melhorar os cuidados de saúde primários, por forma a assegurar as necessidades da população, melhorando a qualidade de todos. É importante que o papel dos médicos de família seja compreendido quer nos meios assistenciais quer pela classe médica e outras ligadas à saúde, quer ainda pelos economistas, políticos, gestores de cuidados de saúde e pelo público em geral, para que possamos cumprir com os nossos objectivos. BI– Quais as perspectivas para o CMBNA? AV- As perspectivas para o CMBNA passam por aumentar o número de clientes / utentes e implementar a consulta de Medicina Geral e Familiar em toda a sua plenitude, fazendo deste centro um pólo de Medicina Geral e Familiar, tanto para os utentes do BNA, como para a comunidade em geral. Para tal, há necessidade de desenvolver planos de divulgação, interna e externamente, e, essencialmente, investir na Formação de médicos especialistas em MFG. Quanto a mim, tenho uma missão pessoal em Angola: contribuir para a Formação em Medicina Geral e Familiar para que num futuro próximo esta especialidade ocupe um espaço importante no contributo para resolver os problemas e necessidades, no âmbito dos cuidados de saúde primários da população.


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Espaço Conheçado o cliente Centro Médico do BNA os trabalhadores que, por qualquer motivo, não estivessem abrangidos pelo serviço de seguros do BNA. O Centro Médico está instalado numa vivenda na rua Américo Boavida, nas Ingombotas. Compõe-se de um edifício principal e de um anexo, envolvidos por uma área de jardim.

O Centro Médico dos trabalhadores do BNA pertence ao BNA e foi criado para prestar cuidados de saúde aos seus funcionários e familiares.

O edifício principal dispõe de 2 pisos. No piso inferior, funciona o Serviço de Urgência e o Laboratório e no piso superior estão instalados A CSE ficou, então, desde essa os gabinetes da direcção e a sala data, a ser responsável pela prestade reuniões. ção de Serviços de Saúde nas áreas da Promoção, Protecção, O edifício anexo, também com 2 Prevenção, Diagnóstico, Assistên- pisos, situa-se nas traseiras e aí cia Médico-Cirúrgica, Medicamento- estão instalados 5 gabinetes médisa, Emergência, Enfermagem e cos, 2 salas de fisioterapia, a farReabilitação a todos os reformados mácia, a copa e a lavandaria.

Em Maio de 2012, a exploração do Centro Médico dos trabalhadores do BNA foi cedida à CSE, de acordo com contrato celebrado entre as do BNA e seus cônjuges e a todos partes envolvidas.


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Biografia O Papa Francisco aceito”. O seu lema, inscrito em latim " Miserando atqve eligendo " – “Com misericórdia o elegeu”. O crucifixo que traz sobre o peito é de aço e não de ouro, como era habitual. Esse mesmo estilo já deu aso a uma série de anedotas, tais como o que aconteceu quando resolveu telefonar a um padre amigo pessoalmente. Quando atenderam do outro lado ele disse: “Daqui fala o Papa” e o amigo, que não o reconheceu logo, respondeu: “Ah, sim? Então, eu sou Napoleão!” Também foi ele que ligou directamente para a loja onde comprava os jornais em Buenos Aires, a agradecer a forma como tinha sido sempre atendido e a avisar que agora suspendia as suas compras. O Papa Francisco é o primeiro Papa nascido no continente americano. É argentino, nasceu no dia 17 de Dezembro de 1936, em Buenos Aires, filho de um casal de emigrantes italianos e foi baptizado com o nome de Jorge Mario Bergoglio. Eleito Papa no dia 13 de Março deste ano, era então Arcebispo de Buenos Aires. Licenciou-se em Química na universidade de Buenos Aires e até teve uma namorada. Entrou no seminário da Companhia de Jesus com 22 anos, onde se licenciou em Filosofia em 1960 e em Teologia em 1969, tendo sido ordenado padre a 13 de Dezembro desse ano. Exerceu funções docentes em várias escolas jesuítas, tendo sido durante seis anos reitor de uma Faculdade de Filosofia e Teologia. Fala várias línguas com fluência (castelhano, italiano, alemão, francês e inglês) e razoavelmente o português. O último Papa não europeu foi S. Gregório III, que nasceu na Síria e foi papa

no século VIII. Neste momento, após 5 meses de Papado, o que ressalta é a sua personalidade cativante, de uma enorme simplicidade, na sequência da forma como vivia em Buenos Aires: viajava de autocarro, preparava as suas próprias refeições, tinha um trato simples e de enorme proximidade com todos. Como Papa, convenceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma para a sua entronização e a utilizar o dinheiro que gastariam na viagem para dar aos pobres. Afirmando não poder viver sozinho, não utiliza os aposentos papais mas um apartamento mais simples, continua a usar os seus sapatos confortáveis e não os sapatos vermelhos e tem demonstrado a sua humildade desde o primeiro momento. Quando foi eleito disse: “Eu sou um grande pecador, confiando na misericórdia e paciência de Deus, no sofrimento,

O próprio nome, Francisco, escolhido em honra de S. Francisco de Assis, o grande Santo dos pobres e padroeiro de Itália, causou grande admiração, mas parece ser já, em si, um programa de vida. Como doutrina, tem mostrado grande abertura para certos aspectos, como a forma de valorizar o papel da Mulher na Igreja, a aceitação dos homossexuais, que ele diz “não dever julgar, mas receber no Amor de Cristo” e o respeito pelo meio ambiente. Tem sido intransigente na luta contra a pedofilia na Igreja, a forma como Ela lida com o dinheiro, e tem sido directo ao falar com as grandes organizações, como a FAO, criticando o desperdício quando há tanta pobre com fome. Muito mais haveria já a dizer relativamente a este curto período de papado, mas deixemos passar o tempo e rezemos por ele, como pede insistentemente, para que Deus o ilumine.


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A Nossa Clínica A Saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser. A Clínica Sagrada Esperança é uma instituição de serviço público, dotada de personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda, Avenida Mortala Mohamed. Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da Foundation for Excellence and Business Pratice, situada em Genebra, Suíça. MISSÃO Prestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento, com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aperfeiçoamento profissional e a satisfação dos seus colaboradores. Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos e bioquímicos, quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em colaboração com as entidades públicas e privadas de educação em saúde, bem como na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística. Desenvolver acções de investigação clínica quer na área de saúde pública quer na área hospitalar. VISÃO A Clínica Sagrada Esperança pretende ser, cada vez mais e de forma gradual e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de saúde em Angola, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto instituição de saúde, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos funcionários, a responsabilidade social.


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