CSE | Boletim Informativo N.º 25 | Agosto 2013

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Boletim Informativo Ano IV, Edição 25

Agosto de 2013

As mulheres da Clínica Sagrada Esperança comemoraram, no passado dia 31 de Julho, o Dia da Mulher Africana. Pg. 5 Conselho de Direcção Alargado

Auditorias da qualidade na CSE

A CSE realizou, no passado dia 3 de Agosto, a reunião mensal do Conselho Alargado. Pg. 4

O Conselho de Gerência da CSE tem dado especial realce à realização de auditorias periódicas, que nos permitem avaliar, corrigir...Pg.s 6 e 7

A Entrevista do mês Sr. Viegas Martins

Formação interna na CSE

“Queremos ser um serviço de estatística médica de referência para a Clínica e para o País.” Pg. 8 e 9

Veja o calendário de formação interna na CSE para o mês de Setembro de 2013. Pg.9

Conheça a clínica FIKCIT

Melhores classificados — CSE

A Fikcit tem como Missão satisfazer os seus clientes, contribuir para o seu bem-estar, aumentando a sua qualidade de vida e autonomia... Pg.s 10 e 11

Conheça os melhores classificados nas formações internas da CSE no mês de Julho de 2013. Pg. 11


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Editorial 1 - O nosso Conselho de Direcção alargado de 3 de Agosto, realizado com grande participação das diferentes chefias da nossa Casa, abordou alguns temas que vão ter consequências na nossa maneira de estar na Clínica, no comportamento de cada um de nós, não apenas no local de trabalho, mas no próprio âmbito familiar, caso não tenhamos alguma cautela e bom senso na gestão da nossa vida profissional. Foram, assim, abordados vários assuntos de grande importância que passaremos a referir: 1. 1 – Gestão rigorosa das nossas equipas de trabalho A qualidade de cuidados prestados pelos distintos Serviços da Clínica depende directamente da atitude, do conhecimento, do comportamento, da efectividade e eficiência dos diferentes elementos da equipa que, no seu diaa-dia, prestam cuidados. Temos vindo a dizer, ao longo dos anos, que os nossos doentes devem ser tratados da forma como gostaríamos de ver tratados a nossa mãe ou os nossos filhos. Para que isso venha a acontecer, temos de ter a equipa certa, completa, sem elementos a mais ou a menos, responsável, aquela que cumpre com os procedimentos da sua especialidade, aquela que quer ser recordada como a mais dedicada aos seus doentes. Os trabalhadores da Clínica têm vindo a demonstrar ter capacidade para, com formação, acompanhamento e apoio, poderem dar cumprimento às normas internacionalmente estabelecidas, poderem trabalhar em qualquer serviço ou instituição, desde que devidamente enquadrados, motivados e liderados. A formação em serviço, o correcto enquadramento, o rigoroso cumprimento das normas, dos procedimentos, dos horários, das escalas de serviço, a correcta avaliação de desempenho, o estímulo e reconhecimento aos melhores, são desafios permanentes que se colocam às diferentes chefias, a todos os níveis e, em especial, às do nível operativo.

A todo o momento teremos de pensar no doente, na sua família, naquele que é o centro de todas as nossas preocupações e atenções e, por isso, nunca poderemos colocar em risco a sua segurança, a sua dignidade, a sua vida, os seus direitos, a qualidade dos cuidados que lhes somos, profissional, moral e eticamente, obrigados a garantir.

nível competente. Contudo, será fundamental que cada um de nós, que cada trabalhador, olhe para si, para o seu futuro e escreva as linhas mestras do que pretende fazer nos próximos cinco anos e onde ambiciona estar até 2020. O rumo futuro da nossa Instituição, o rumo de cada um de nós, tem de ser, desde já, delineado e preparado, dia a dia não esquecenA Clínica dispõe de uma ferramenta do que o passado e presente são os que permite gerir com mais rigor a alicerces desse mesmo futuro. pontualidade e efectividade dos nos- 1.3 – Normas de conduta dos trabasos colaboradores e, nesse sentido, lhadores da CSE relacionadas com para que as nossas decisões não a prevenção da infecção sejam de carácter subjectivo, deveFoi igualmente apresentada e analiremos, a todos os níveis, manter sada a proposta de prevenção da actualizados os cronogramas de trainfecção hospitalar, em particular nos balho contratualizados, fazer menaspectos relacionados com os cuidasalmente a análise do grau de cumdos de prevenção que cada profissioprimento dos mesmos, discutir com nal deve cumprir. Trata-se de um os diferentes colaboradores as não documento em construção, em evoluconformidades e, quando necessáção, mas as linhas mestras apresenrio, tomar as diversas e necessárias tadas, algumas delas muito simples, medidas correctivas. têm que ser monitorizadas e supervi1.2 – Regulamentos, Normas de sionadas a todos os níveis. Conduta dos Profissionais da Clí1. 4 – Principais acções formativas nica, e estratégia de desenvolviem curso mento dos mesmos. Cada responsável deve regularmente Podemos afirmar que os diferentes analisar o cronograma das acções de grupos profissionais da Clínica (os formação previstas e programadas trabalhadores dos serviços de apoio, até ao final do ano, de forma a definir, das áreas administrativa, técnica, de com a sua equipa, quais deverão ser enfermagem e médica) que, graças os candidatos, os beneficiários desao seu empenho e não obstante as ses cursos. Devemos recordar que as variadas e distintas profissões funacções de formação têm por objectivo ções, têm reflectido e redigido as corrigir problemas e necessidades principais linhas de conduta, que sentidas pelos clientes, pelos profistodos nós devemos conhecer, pratisionais de saúde, pelos chefes das car, aplicar e, sempre que necessádistintas áreas de trabalho, pela Instirio, melhorar para o bem do nosso tuição, pela evolução das tecnologias doente. Assim, na reunião havida e do conhecimento. Por isso, todos para o efeito, foi apresentado e apronós deveremos aproveitar essas vado, o documento da classe médioportunidades, algumas vezes, única, ficando decidido que na próxima cas na vida, não sendo assim permitireunião será apresentado o docudo o incumprimento de horários, as mento dos enfermeiros, e os dos ausências, a falta de envolvimento e restantes sectores nos meses participação, o fraco aproveitamento, seguintes pois todas estas situações se vão Podemos afirmar que temos pratica- reflectir negativamente no tratamento mente elaboradas as principais dos nossos doentes. estratégias, linhas de desenvolviRecordamos que estão em curso mento, dos diversos grupos profisacções que envolvem os futuros ressionais. Serão certamente, de igual ponsáveis da Clínica, desde lugares modo, aprovadas ainda este ano, ao de nível intermédio aos de topo e, por


Ano IV, Edição 25 isso, a esses será exigido ainda maior rigor, sacrifício, espírito de missão, pois se não o conseguirem agora, como poderemos colocá-los, no futuro, em cargos e funções de maior responsabilidade? Estamos a falar do curso de Gestão de Unidades de Saúde e do curso de Secretariado Clínico. Destes formandos depende, em muito, o futuro e o sucesso da Clínica Sagrada Esperança. 2 – Enquadramento profissional dos nossos técnicos Como temos vindo a referir ao longo dos anos, o desenvolvimento de todo o processo de recrutamento, enquadramento, formação em serviço, – concretizados em estágios profissionalizantes, no quadro de bolseiros, (que são “várias dezenas”), nos internatos, com base em acordos com instituições nacionais e internacionais - têm permitido criar condições para que, nos próximos anos, possamos contar com uma equipa de bons

Página 3 médicos da Instituição, diferenciados nas mais diversas especialidades. Alguns deles já terminaram a sua formação e o seu trabalho já se faz sentir, de forma muito positiva, nos respectivos serviços. Tem sido preocupação da Direcção da Clínica e de diferentes chefias das áreas de enfermagem, o facto de, até ao momento não termos, em curso, nesta profissão, um processo devidamente estruturado e robusto, que permita realmente garantir aqueles cuidados personalizados que todos nós pretendemos prestar aos doentes. Assim, apesar das inúmeras formações já realizadas, e tendo em conta que ambicionamos atingir níveis mais elevados, temos urgência de repensar e pôr em prática um modelo, possivelmente mais terra-aterra, que actue junto do doente, todos os dias, com todos os profissionais, com chefias que venham a ser o motor do desenvolvimento técnico

e científico destes profissionais. 3 - Os nossos doentes, os nossos Clientes Estamos permanentemente a ser avaliados pelos nossos clientes. No primeiro semestre deste ano não fomos aprovados em todos os sectores dos serviços que prestamos. A débil organização de alguns serviços, o não cumprimento de horários, a pouca ou incorrecta comunicação com os doentes, são aspectos que teremos de melhorar rapidamente, começando, cada um de nós, por ser mais exigente para consigo próprio e para com os elementos da sua equipa. Não poderemos pôr em causa toda a imagem da Instituição apenas porque alguns dos nossos trabalhadores e colaboradores não cumprem com os seus deveres. Obrigado Agosto de 2013 A Direcção da CSE


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Notas da clínica REUNIÃO DO CONSELHO DE DIRECÇÃO ALARGADO DA CSE — AGOSTO DE 2013 A CSE realizou, no passado dia 3 de Agosto, a reunião mensal do Conselho Alargado numa das salas de reuniões existentes na Clínica, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. Apresentação do novo corpo clínico 2. Apresentação do tema - Cuidados com a apresentação dos profissionais da CSE nos locais de trabalho 3. Apresentação do Regulamento do Corpo Clínico aprovado na CSE 4. Discussão e análise sobre a carga horária laboral 5. Entrega dos relatórios semanais A abrir a ordem de trabalhos, a Dra. Elisabete Pinto, Directora do Gabinete de Gestão de Competências da CSE, apresentou os novos elementos do Corpo Clínico, cujos nomes se apresentam de seguida e apelou à necessidade de se dar a conhecer aos médicos, antes da assinatura do contrato de trabalho, os regulamentos desta instituição. Novos elementos do corpo clínico: 1. Dra. Lorete Cardona: Cardiologista 2. Dr. Eugénio Cubanda: Cirurgião cardiotorácico 3. Dra. Maria José Flora: Pediatra 4. Dr. Lima Buta: Psiquiatra 5. Dra. Maria de Fátima: Pneumologista Seguidamente, no ponto 2, o Enf. Roygue Alfredo fez a apresentação do tema - Cuidados com a apresentação dos profissionais da CSE nos locais de trabalho - o referido tema integra o Projecto de Controlo de Infecção Hospitalar, chamando a atenção a todos para a necessidade de cumprir todas as normas do referido projecto. Falou igualmente sobre o uso do EPI (equipamento de protecção individual) e foi distribuída uma lista de verificação para aplicação diária nos serviços, com vista a controlar a apresentação dos profissionais. O Dr. Esmael Tomás apresentou, no ponto 3 da reunião, o Regulamento do Corpo Clínico, recentemente aprovado na CSE. No final da apresentação foram postas questões em relação a regulamentação

da obrigatoriedade de elaboração de notas de altas, com cópias para o doente, e sobre a necessidade de regulamentar a segurança no trabalho No início da discussão do ponto 4, o Presidente do Conselho de Gerência da CSE, Dr. Rui Pinto, afirmou que todos trabalhadores, sem excepção, devem picar o relógio de ponto, atendendo a que, da análise feita na primeira fase sobre o funcionamento do relógio, ficou registado que menos de 50% dos trabalhadores faziam a sua marcação. Houve uma grande disparidade das horas de trabalho e o Presidente do Conselho de Gerência garantiu que é responsabilidade dos chefes das áreas definir as horas de trabalho dos seus colaboradores e ainda controlar a entrada e a saída dos mesmos. De acordo com as especificidades de cada área, tem de haver harmonização no número de horas de trabalho. O Presidente alertou ainda para a necessidade das chefias coordenarem, com o chefe da higienização, o gabinete de vigilância epidemiológica e a enfermagem clínica os planos de limpeza e referiu a responsabilidade dos chefes na não permissão de que os funcionários apareçam em estado de embriaguez no local de trabalho. Com o objectivo de se estabelecer salários de acordo com o número de horas laborais de cada trabalhador foram dadas várias orientações. O processamento de salário vai passar a ser feito com base no número de horas prestadas por cada um, sem, no entanto, deixar de ter em conta as especificidades existentes. Assim, é necessário e imperativo: -Definir o número de horas que cada trabalhador presta à Clínica; -Falar com a D. Estefânia para explicar/ ajudar a fazer a escala de trabalho mensal, dizer o vínculo contratual que os funcionários têm com a CSE, de modo a permitir que, ao fazer-se o planeamento este seja feito de acordo com o tempo de cada funcionário. -No planeamento das horas semanais é necessário ter em conta o fluxo de doentes.

CONCLUSÕES: -Apesar do aumento do salário-base, verificou-se a diminuição de produção de muitos funcionários. -É importante recordar a todos os seus deveres não se esgotam apenas em cumprir horas mas principalmente para realizar as actividades previstas no contrato. -Deve ser feito o plano mensal (escalas) para se analisar o número de horas planificadas em relação ao número de horas prestadas, o que permitirá verificar se faltam trabalhadores ou se temos trabalhadores a mais e assim definir a equipa real necessária para o serviço -As escalas devem conter o horário de trabalho de cada funcionário, fluxo de doentes, número de funcionários que abrem e fecham o serviço, de forma a garantir assistência no horário de pico. -As horas extraordinárias que cada funcionário faz devem ser prestadas apenas com autorização da instituição, pois elas só serão pagas de acordo com o que foi negociado. -A partir do mês de Setembro, a efectividade será feita de 1 a 30/31 de cada mês; no entanto, o salário de Agosto será de um mês e meio (45 dias), de modo a permitir organizar o mês de Setembro. Assim sendo, o salário cai de 10 a 20 de cada mês. -Todas os/as chefes de serviço devem assinar os planos de limpeza. Se não o fizerem serão penalizados. -Durante o mês de Agosto de 2013, todos os cargos de chefias intermédias vão estar a disposição, devendo os interessados candidatarem-se formalmente para o cargo. -Deve ser feita a actualização do regulamento interno, do plano estratégico e do plano de actividades de cada serviço. -É necessário começar a desenvolver o Plano de Desenvolvimento para 2013/2018. Finalmente, foram entregues os relatórios semanais.


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Dia da Mulher Africana na CSE

As mulheres da Clínica Sagrada Esperança comemoraram, no passado dia 31 de Julho, o Dia da Mulher Africana. Em representação de todas mulheres da instituição, as senhoras das áreas de facturação, contabilidade e recursos humanos não deixaram que a data passasse despercebida. De traje africano e um pequeno gesto de confraternização, com direito a

corte do bolo, as mesmas mostraram -se satisfeitas com o reconhecimento de todo o esforço da Mulher Africana e apelaram à união de todas mulheres da instituição. De lembrar que esta data remonta ao ano de 1962, pois foi criada na Conferência das Mulheres Africanas, em Dar-es-Salam (Tanzânia). Esta celebração é reconhecida num total de

14 países e ainda por oito Movimentos de Libertação Nacional. Na mesma Conferência foi criada uma organização também relacionada com o sexo feminino, (organização Panafricana das Mulheres), cuja meta é discutir o papel feminino em vários problemas do continente africano. É sabido que a mulher, no continente de África, ainda é discriminada. Não obstante, tem vindo a ganhar espaço, quer no mercado trabalho, quer no poder. A descolonização do continente por parte dos seus habitantes naturais, no século XX, permitiu às mulheres começarem a ganhar posições no mercado, embora com uma remuneração menor do que a dos homens, fenómeno, aliás, que não é único em África: as mulheres continuam a ser discriminadas em todos os continentes. Resta-nos ter esperança de que a Educação, isto é, a Escola, continue a fazer das mulheres cidadãs de primeira, cujo valor nunca será demais realçado.

Comentários dos nossos clientes pelo nosso acolhimento! Data

Ficha de Reclamação Nº

IIº Trimestre 2013

01 (Inquérito Satisfação)

Serviço Utilizado

Exposição do Doente

Nome do Profissional Citado

Piso II

‘Dar os parabéns aos técnicos de saúde do Piso 2 pelo profissionalismo, gentileza e clareza durante o desempenho das suas funções com tamanha técnica, habilidade e responsabilidade.’

Todos


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AUDITORIAS DA QUALIDADE NA Se precisássemos de uma palavra que sintetizasse a Missão e a Visão da Clínica Sagrada Esperança, teríamos que escolher a palavra QUALIDADE. Sabemos que para a atingir temos que enfrentar um caminho íngreme, difícil, porque é sempre a subir, mas sabemos também que, quando chegarmos ao cume deste desafio, e mesmo à medida que nos aproximamos dele, tudo muda para melhor, tudo o que fazemos nos parece mais fácil, mais seguro, até mesmo mais bonito. Por isso, desde sempre esta busca da melhoria contínua da Qualidade tem sido uma aposta da nossa instituição. Mas, para saber se estamos ou não a caminhar no bom sentido, é necessário ir aferindo os resultados do trabalho que se vai fazendo e aí é

imprescindível encontrar um instrumento de governação igualmente adequado. Por isso o Conselho de Gerência da CSE tem dado especial realce à realização de auditorias periódicas, que nos permitem avaliar, corrigir, melhorar os nossos procedimentos. De louvar, o empenho que todos os trabalhadores envolvidos têm mostrado mas sem esquecer também a necessidade de tomarmos conhecimento do que há a melhorar. Assim, depois de analisar os Dados para Auditoria da GDQ que aqui se apresentam, podemos concluir que, apesar do enorme esforço feito por todos os intervenientes no nosso trabalho com os doentes, há ainda bastante para fazer. De facto, a partir dos dados recolhidos pelos 50 critérios definidos relativamente a 13 Serviços da CSE, há ainda que reforçar o

empenho para cumprir o que está definido como critérios de Qualidade, pelo que se apela às chefias e aos trabalhadores um maior esforço para atingir as metas definidas. Pede-se, pois, uma especial atenção para a frequência com que alguns deles estão longe do que se pretende atingir – critério 10, em sete Serviços, critério 25 em dez Serviços e o critério 50, em onze Serviços - só para dar alguns dos exemplos mais visíveis. Não devemos, contudo, deixar de realçar que foram atingidas as metas de conformidade em 20 critérios e que muitos outros estiveram perto de cumprir os objectivos. Resta-nos, pois, continuar a trabalhar cada vez mais empenhadamente para atingirmos as metas desejadas.


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CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA OS CRITÉRIOS DE AUDITORIA APLICADOS 1 Os doentes observados encontram-se devidamente identificados com pulseira (nome, data nascimento, n.º inscrição) 2 Os profissionais de saúde identificam o doente correctamente antes de procedimentos de risco (colheitas para análises, medicação, transfusões, cirurgias, exames laboratoriais e imagiológicos) 3 Os profissionais localizam as normas de qualidade 4 Os profissionais lavam as mãos entre doentes e entre procedimentos 5 Os profissionais conseguem descrever os 5 momentos para lavagem das mãos 6 Os profissionais utilizam a técnica SAER nas passagens de turno 7 Os profissionais verbalizam os procedimentos de confirmação e registos sobre ordens verbais 8 Existem folhetos de educação para a saúde disponíveis (SÓ AP) 9 A checklist pré-operatória é aplicada a todos os doentes cirúrgicos 10 Os doentes operados em situação de bilateralidade têm marcação do local antes de ir para BO 11 Existem cartazes alusivos á lavagem das mãos e às técnicas de lavagem 12 Os registos de limpeza encontram-se afixados e devidamente preenchidos 13 Os funcionários de higienização compreendem os planos de limpeza 14 Os quartos/ unidades dos doentes/WC encontram-se limpos e arrumados e isentos de odores desagradáveis 15 Não há falta de consumíveis para higienização das mãos (sabão liquido/solução alcoólica, toalhetes) 16 Os profissionais lavam as mãos correctamente 17 Os doentes com risco de queda elevado têm protecção na cama ou meios de contenção física 18 Os doentes com risco de queda estão identificados 19 Está a ser feita a avaliação da dor a todos os doentes (como 5.º sinal vital) 20 Os profissionais de higienização localizam e conhecem a metodologia de limpeza 21 O equipamento de limpeza está em boas condições de utilização 22 Existem panos de limpeza destinados a uso exclusivo para as diferentes áreas (sala de trabalho, WC, sanita, …) 23 Os produtos de limpeza estão nas embalagens de origem 24 A escala de Morse, de avaliação do risco de queda, é aplicada a todos os doentes com a periodicidade definida 25 Os adesivos de fixação (soros, sondas, etc.) encontram-se em bom estado e a fixar devidamente 26 Conexões (prolongador, torneira de 3 vias) não se encontram sujas de sangue 27 Ausência de soros desconectados e/ou vazios 28 Os Soros compostos encontram-se devidamente identificados 29 Os profissionais têm a régua da dor 30 Está implementada o modelo actual de registo de Sinais Vitais 31 Está a ser avaliado o risco de úlcera de pressão 32 Os doentes acamados encontram-se correctamente posicionados 33 Os doentes acamados são posicionados de 4/4h no mínimo e isto está registado 34 Os cateteres venosos apresentam-se funcionantes e sem sinais inflamatórios 35 Não há perfuração dos soros ou sistemas 36 Checklist do carro de emergência preenchida e actualizada 37 N.º de selo corresponde ao da checklist 38 Os sacos colectores de urina encontram-se substituídos e pendurados no suporte 39 Carro de emergência fechado e selado 40 Ausência de electrólitos concentrados no Stock do Serviço 41 Os stocks de medicamentos estão armazenados de forma segura 42 A medicação dos doentes é identificada de forma segura (sem utilizar o n.º da cama) 43 Os medicamentos com nome escrito semelhante encontram-se escritos em Maiúsculas no cardex 44 Os medicamentos com aspecto semelhante encontram-se separados fisicamente no stock 45 A medicação existente nas gavetas coincide com a medicação que falta administrar 46 A medicação dos turnos anteriores encontra-se registada no cardex 47 Existem práticas seguras na administração da medicação (ex. preparação e administração por um único Enfermeiro) 48 Registos dos indicadores no serviço (quedas, flebites, úlceras,…) 49 Os contentores corto perfurantes não ultrapassam o limite de enchimento 50 Os profissionais conhecem e descrevem as Metas Internacionais de Segurança do Doente


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Entrevista “… sem a Estatística, a CSE não consegue cobrar e ter o retorno do investimento que faz com a compra de material e com o pagamento de capital humano .”

O Boletim Informativo fez um breve passeio pelos corredores da CSE (Clínica Sagrada Esperança) e entrevistou o pioneiro de todo o Sistema de Informação e Estatística o Sr. Viegas Martins. Boletim Informativo (BI): Fale-nos da sua carreira e da sua inserção na CSE. Viegas Martins (VM): A minha carreira profissional começou aos 19 anos de idade, quando fui nomeado chefe de estatística da Delegacia Municipal de Saúde no Quitexe (Uíge). Como qualquer outro jovem da minha época, em 1982 tive que entrar no serviço militar obrigatório, em Luanda, concretamente na Escola Francisco Ngombe (Escola de Especialistas Menores de Logística) que, diga-se de passagem, foi a principal responsável pelos conhecimentos em estatística do qual me orgulho até hoje. Ao terminar a minha formação, apresentei o meu certificado de Estatística

no Estado-Maior General (EMG) das extintas FAPLA, e fui encaminhado para os Serviços Médicos Militares, tendo sido colocado na Unidade de Medicina Preventiva (SAMP) como chefe de Estatística e das Unidades de Subordinação Central do EMG das FAPLA. O meu primeiro contacto com o Dr. Rui Pinto deu-se no SAM, onde ambos recebemos, no mesmo dia, a guia de colocação, recebendo ele a função de chefe da Unidade, e eu a função de chefe dos Serviços de Estatística Médica. Com os acordos de Bicesse, em 1992, a minha passagem pela vida militar tinha terminado, pelo que passei à vida civil e comecei a trabalhar na Delegacia Provincial de Saúde de Luanda. A minha inserção nos quadros da CSE deu-se aos 14 de Dezembro de 1995, sob orientação do Dr. Rui Pinto, que me incumbiu da missão

de organizar a estatística da Clínica. O nosso primeiro passo foi criar um suporte de informação adequado às diferentes áreas, nomeadamente Internamentos, Consultas Externas, Banco de Urgência etc.

“Queremos ser um serviço de estatística médica de referência para a Clínica e para o País.” Só para lhe dar uma ideia, as receitas que eram utilizadas naquela altura eram feitas por nós com a máquina Reneau SP 9000, sem falar nos modelos de registo de actos, nos arquivos de documentos e outros… BI: Descreva-nos como é trabalhar numa área tão complexa e tão importante para a sobrevivência da CSE. VM: Embora muita gente não saiba,e não dê a devida importância ao nos-


Ano IV, Edição 25 so Gabinete como suporte fundamental de informação para ajudar a planificação e a tomada de decisões importantes da gestão do topo, é necessário que percebam que, sem a Estatística, a CSE não consegue cobrar e ter o retorno do investimento que faz com a compra de material e com o pagamento de capital humano. Todavia, é um trabalho muito complexo, que exige de nós muito esforço, disciplina e atenção, para não cometermos erros e podermos cruzar as informações. O segredo está na força de vontade e na envolvência de todos os profissionais da área. BI: Clínica está a crescer todos os dias. Qual é a visão que tem do seu gabinete para os próximos 5 anos? VM: Acho que não se pode projectar uma visão sem um suporte de forma-

Página 9 ção conciso, forte, transversal e direccionado para um determinado fim. O que quer dizer que seria muito bom se a Direcção da Clínica promovesse o curso de Estatística Médica para equipar os jovens com ferramentas de gestão e controlo de informação médica. Pensamos que o passo a seguir seria uniformizar os procedimentos estatísticos utilizados nas instalações da Ilha em todas as extensões e, futuramente, nas parcerias, adaptando-os à realidade local. Queremos ser um serviço de estatística médica de referência para a Clínica e para o País. BI: Que conselhos deixa aos jovens para que possam envolverse de corpo e alma nos grandes

projectos de expansão gizados pela Direcção da Clínica. VM: Acredito que ser jovem num País como o nosso é uma oportunidade. Nós, os mais velhos, temos o dever e a responsabilidade de irmos passando o testemunho, ensinando e demonstrando aos mais jovens que a oportunidade que têm deve ser agarrada e encarada com a maior responsabilidade possível, uma vez que eles serão os futuros responsáveis desta Casa. Assim, a pontualidade, a assiduidade, o espírito de camaradagem e de equipa, a disciplina e a responsabilidade, devem ser as suas armas de luta para um futuro melhor.

Formação na CSE – Setembro de 2013


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Espaço cliente FIKCIT Conheçado a clínica

A “Fikcit, Clínica de Fisioterapia e Manutenção Lda”, é uma empresa de prestação de serviços na área da Saúde e bem-estar, dedicando-se essencialmente à Recuperação e Reabilitação – Fisioterapia, Terapia da Fala e Terapia Ocupacional. Com cinco sócios particulares e funcionando em parceria com a CSE, acaba por complementar a oferta da CSE nestas áreas, desde Fevereiro de 2008. Localizada na Maianga, a gestão da Fikcit é da responsabilidade de Bárbara Mesquita, Fisioterapeuta há 10 anos e a trabalhar na CSE desde Abril de 2004. A Fikcit tem como Missão satisfazer os seus clientes, contribuir para o seu bem-estar, aumentando a sua qualidade de vida e autonomia e ainda incutir e transmitir esperança, confiança e segurança, através da prestação de cuidados de reabilitação, reintegração e socialização. Para dar cumprimento a estes objectivos a Fikcit disponibiliza cuidados para as áreas de: - Neurodesenvolvimento - Lesões orto-traumatológicas - Lesões Desportivas - Patologia Neurológica

- Alterações Cognitivas - Patologia Respiratória - Reabilitação Cardíaca - Estética/Dermatofuncional - Aulas de Preparação para o Parto e Parentalidade - Massagem para o Bebé A Fikcit dispõe ainda de uma consulta de Medicina Interna e conta com a colaboração da Prof. Dra. Lina Antunes, duas vezes por semana, para este fim. A trabalhar em todas estas áreas, uma equipa de profissionais de saúde

com formação específica nas áreas em que actuam, nomeadamente: - Fisioterapeutas - Terapeutas da Fala - Terapeutas Ocupacionais - Recuperador Motor Além destes profissionais, a Fikcit conta ainda com outros que participam nas actividades de apoio e suporte, tais como higienização, actividades administrativas, transportes e segurança. No total, a Fikcit tem ao dispor dos seus clientes 28 profissionais: 1 – Gerente/Gestora 9 – Fisioterapeutas 2 – Técnicos de fisioterapia 1 – Terapeuta Ocupacional 1 – Recuperador Motor 1 – Médico 1 – Terapeuta da Fala 3 – Recepcionistas 4 – Higienistas 1 – Motorista 4 - Seguranças Em termos de produção, em 2011 realizaram-se 493 consultas de Medicina Interna, foram realizados 12 768 tratamentos (fisioterapia, terapia ocupacional e recuperação motora) e no ano de 2012 realizaram-se 417 consultas de Medicina Interna e 11 520


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tratamentos. A grande fatia dos seus clientes, por incrível que possa parecer, é referenciada por médicos de outras instituições e apenas 20% provêm da consulta da CSE. Na área da Neurologia contamos com uma fisioterapeuta pós-graduada em Metodologia de Bobath, o que garante uma abordagem bastante diferenciada aos doentes deste foro. Nos últimos 2 anos temos vindo a apostar no atendimento de crianças com atraso do desenvolvimento psicomotor e/ou alterações cognitivas, nomeadamente crianças com Autismo, Paralisia Cerebral, Síndrome de Down, entre outras.

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Neste sentido, mantemos a intenção de aumentar a equipa, recrutando mais um terapeuta ocupacional e um terapeuta da fala, pois já conta com uma lista de espera grande para estas duas terapias. Sentimos que o ponto mais forte da Fikcit é sua metodologia de trabalho e atendimento ao cliente. A sua chefia acredita e aposta no cuidado individualizado e personalizado dos clientes. Têm vindo a estudar alguns indicadores, tais como a satisfação dos clientes, e nos últimos 3 anos os resultados são avaliados para além de Bom e outros, como o tempo de espera, fazem com que a equipa se sinta especial, pois os seus clientes

esperam, em média, apenas 4 minutos depois da hora marcada, para serem atendidos. Outro ponto forte, como já vem sendo cliché na CSE, é insistência na formação contínua dos profissionais. Esta equipa acredita, pois, que pode contribuir para melhorar e inovar os cuidados de reabilitação na CSE.

Formação na CSE – Melhores classificados

Acção de Formação

Destinatários

Datas

Nome do Funcionário CSE mais bem classificados (Nº mec.)

Enfermagem PeriOperatória

Enfermeiros BO

18/07 a 30/07

Elvino da C. Henrique Sebastião (3223) Maria Luzia A. C. Silva (4926) Maria Manuela Gomes Olímpio (3385)

17/06 a 12/07/2013

Álvaro Fernandes F. Masso (3289) Carlos João Adriano (4150) Dinis Jelson Sangueve (4105) Luciano Magalhães Gomes (3515) Manuela Maria S.V. Serafim (4300)

Informática Básica na óptica do utilizador

Todos os profissionais da CSE


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E-mail da CSE: cse.secretariado@gmail.com

E-mail do Boletim: cse.boletim@gmail.com

Website da CSE: www.cse-ao.com

Boletim Informativo FICHA TÉCNICA

Bárbara Mesquita Esmael Tomás Marta Leal Hipólito Calulu Narciso Mbangui

REDACTORA-REVISORA Maria do Carmo Cruz

A Nossa Clínica A Saúde é o bem mais precioso. Cuidar dela é a nossa razão de ser. A Clínica Sagrada Esperança é uma instituição de serviço público, dotada de personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com fins não-lucrativos. Tem a sua sede em Luanda e está localizada na Ilha de Luanda, Avenida Mortala Mohamed. Inaugurada em 1991, foi premiada em Abril de 2005 com a Medalha de Ouro da Foundation for Excellence and Business Pratice, situada em Genebra, Suíça. MISSÃO Prestar cuidados de saúde diferenciados em regime de ambulatório e internamento, com qualidade, em tempo útil, na perspectiva de eficiência e eficácia, promovendo a melhoria contínua das prestações de cuidados, o aperfeiçoamento profissional e a satisfação dos seus colaboradores. Participar no ensino e formação de quadros superiores, designadamente no ensino pré e pós-graduado de médicos e enfermeiros, na formação de farmacêuticos e bioquímicos, quadros médios técnicos de saúde, em regime de estágios, em colaboração com as entidades públicas e privadas de educação em saúde, bem como na formação de quadros de higienização, de serviços gerais e de logística. Desenvolver acções de investigação clínica quer na área de saúde pública quer na área hospitalar. VISÃO A Clínica Sagrada Esperança pretende ser, cada vez mais e de forma gradual e segura, uma verdadeira, justa e adequada referência na prestação de serviços de saúde em Angola, visando: a satisfação dos clientes, o desempenho interno enquanto instituição de saúde, a qualidade dos cuidados prestados, o envolvimento dos funcionários, a responsabilidade social.


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