Notícias da Paz - 3º trimestre de 2022

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Grandes desfiles em Lisboa e no Porto pela paz Págs 24 Concertos pela Paz encantam e mobilizam Pág

F oi intensa a atividade que os amantes da paz desenvolveram, nestes últimos meses, na resposta às exigentes necessidades dos tempos conturbados que vivemos e que exigem uma redobrada atenção e envolvimento na defesa da paz. O Conselho Português para a Paz e Cooperação tem estado na primeira linha da mobilização e participação nas diversas iniciativas que se desenvolveram durante estes últimos tempos, designadamente nos grandes desfiles que ocorreram, em Lisboa e no Porto, nos dias 25 e 29 de junho passado, em torno do Apelo lançado por algumas personalidades «Paz Sim! Guerra e corrida aos armamentos Não!», que mobilizaram milhares de pessoas nas ruas, a proclamar, em conjunto, Paz sim! Guerra não! Igualmente significativa foi a mobilização em torno dos Concertos pela Paz, que se iniciaram em Janeiro, em Viana do Castelo, seguindo se, em Março, no Porto, Gondomar e Matosinhos. Já em Junho, realizaram se novos Concertos pela Paz em Vila Nova de Gaia e Lisboa Todos, com exceção do Porto, foram apoiados pelas respetivas autarquias No seu conjunto, mobilizaram milhares de pessoas e dezenas de artistas, associações culturais e escolas artísticas. Como se pode ver nas páginas deste boletim, houve também importantes debates, ações de solidariedade, designadamente com Cuba e na defesa da América Latina livre e soberana, de solidariedade com o povo saarauí e a Palestina, com os refugiados Multiplicaram iniciativas de educação para a paz e apresentaram se dois novos livros: o livro de poemas Hiroxima e o livro sobre o II Encontro pela Paz Paz PORTUGUÊS PARA A PAZ E COOPERAÇÃO 2022

P Notícias da

CONSELHO

Solidariedade com Cuba Págs

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3 º trimestre

Já com a Ribeira como (magnífico) pano de fundo, Ilda Figueiredo defendeu que o caminho para garantir a paz «é o respeito pelo direito internacional conforme com a carta da ONU» e a Acta Final da Conferência de Helsínquia E manifestou a sua preocupação e oposição e de todos os ali presentes com todos os conflitos, onde quer que sejam, pois «provocam destruição, sofrimento, mortes e milhões de refugiados e deslocados».

Tal como em Lisboa, dias antes, por ali desfilaram dezenas de organizações do mais variado tipo, identificadas com panos, bandeiras e as suas próprias reivindicações, associando a defesa da paz aos direitos de trabalhadores e populações e lembrando que o dinheiro a mais que for para a guerra e o armamento faltará para responder às mais prementes necessidades na saúde, na educação, na proteção social, na habitação, na cultura e no desporto.

Primeiros subscritores do Apelo Ana Margarida Carvalho, escritora Armando Farias, técnico de produção Frei Bento Domingues, teólogo Deolinda Machado, professora Fernando Casaca, actor e encenador Francisco Batista, capitão de mar e guerra (ref ) Ilda Figueiredo, economista João Veloso, professor universitário José Goulão, jornalista José Pinho, presidente da Associação de Estudantes da FCSH Manuel Loff, historiador Manuela Espírito Santo, escritora Pedro Pezarat Correia, general (ref ) Rita Lello, actriz Rui Pereira, professor Lisboa

Pujante afirmação de defe contra a guerra e suas con M ilhares de pessoas participaram nos desfiles «Paz Sim! Guerra e corrida aos Armamentos Não!», realizados em Lisboa e no Porto nos dias 25 e 29 de Junho As acções foram promovidas pelos subscritores de um Apelo (ver na íntegra nestas páginas), que partiu de um núcleo restrito de personalidades e acabou por congregar largas dezenas de organizações e centenas de personalidades. O CPPC foi uma dessas organizações e empenhou se no êxito dessas iniciativas Em Lisboa, os participantes concentraram se no Marquês de Pombal e desceram a Avenida da Liberdade até aos Restauradores, onde estava colocado o palco do qual foram proferidas as intervenções de Ilda Figueiredo, presidente da direção nacional do CPPC, e do jovem Pedro Henriques, da Associação Juvenil Projecto Ruído A apresentação ficou a cargo de Fernando Casaca, ator, encenador e um dos primeiros subscritores do Apelo. As palavras de ordem, entoadas ou impressas em faixas e pancartas, davam o tom da iniciativa, em tudo diferente do que proclamam os que, falando em «paz», mais não fazem do que promover a escalada da guerra, a corrida armamentista e a degradação das condições de vida dos povos como está já a suceder um pouco por toda a Europa e também em Portugal «O povo quer a paz, não o que a guerra traz», «Para a guerra vão milhões, para os povos só tostões», «Diálogo e negociação não à confrontação!» e «São os povos a pagar as sanções» foram algumas delas, sendo muitas também as referências à Constituição da República Portuguesa e ao caminho de paz, desarmamento cooperação e soberania que propõe. Guerra é sofrimento No Porto, o desfile teve início na Cordoaria, percorreu a zona histórica da cidade e culminou junto ao Douro, com Vila Nova de Gaia mesmo em frente Encabeçada por um grupo de bombos, daquela manifestação, que contou com uma forte presença de jovens, emanou a convicção da justeza do que ali se defendia: a paz, a exigência de dissolução da NATO, o fim da corrida aos armamentos e a denúncia do aumento das despesas militares.

2 CPPC Expressivos desfiles em Lisboa e no Porto

esa da paz nsequências

Apelo «Paz Sim! Guerra e corrida aos armamentos Não!»

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O respeito pelos princípios do direito internacional, conformes com a Carta da ONU e os constantes na Acta Final da Conferência de Helsínquia, é o caminho para garantir a paz, a segurança, a cooperação, a justiça, os direitos dos povos. Independentemente de opiniões diversas sobre os desenvolvimentos no plano internacional, como a situação na Palestina ou no Sara Ocidental, as guerras na Ucrânia, no Iémen, na Síria, na Líbia ou no Iraque, entre outros conflitos que flagelam o mundo, une nos a condenação da guerra, a profunda preocupação com o agravamento da situação mundial e os sérios perigos para a Humanidade que dele decorrem O aumento das despesas militares, a corrida aos armamentos, a produção de mais sofisticadas armas, incluindo nucleares, a instalação de mais bases militares em países terceiros, representam uma inquietante ameaça para todos os povos da Europa e do mundo, tanto mais quando se constata o agravamento dos problemas d f me, da doença, da eza que afectam grande e da Humanidade mpenho da diplomacia a solução política dos litos não deve ser tituído pela ingerência, desestabilização, pelos ueios e as sanções, pelas venções, invasões e pações militares, pela ra, pelo uso ou a ameaça so da força nas relações nacionais com todas as dramáticas equências. anções, para além de se rirem na lógica da rontação, como se constata, atingem sobretudo as condições de vida das populações, tanto nos países que as sofrem como nos que as impõem. A Revolução de Abril, que em breve comemora 50 anos, constituiu uma pujante afirmação contra o fascismo e a guerra. Abril abriu as portas da liberdade e da democracia, repudiando todas as manifestações de fascismo, a xenofobia, o racismo. Abril abriu as portas da paz, pondo fim à guerra colonial e consagrando na Constituição da República Portuguesa importantes princípios como a não ingerência nos assuntos internos de outros Estados, a solução pacífica dos conflitos internacionais, a dissolução dos blocos político militares, o desarmamento geral, simultâneo e controlado , repudiando o militarismo e a guerra nas relações internacionais É imprescindível e urgente que as autoridades portuguesas não contribuam para a escalada de confrontação e de guerra, mas para a criação de condições de diálogo que garantam o estabelecimento de um clima de confiança, com vista à criação de um sistema de segurança coletiva, a uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos No espírito destes princípios, preocupações e considerações, apelamos a todos os que aspiram à paz a participar nas acções que terão lugar nos próximos dias 25 de Junho, pelas 15h00, na Rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, e 29 de Junho, pelas 18h00, na Cordoaria, no Porto Porto

4 CPPC O inegável êxito dos desfiles de 25 e 29 de Junho (ver páginas anteriores) não surgiu por acaso. Totalmente apagados da agenda mediática, foram construídos a pulso pelos membros das organizações que a ele aderiram e por pessoas individuais que se identificaram com os seus objetivos conversa a conversa, distribuição a distribuição, debate a debate Entre a divulgação do Apelo e a realização dos desfiles passou mais de um mês Esse período foi preenchido a reunir apoios individuais ou coletivos, a divulgar as datas, locais e objetivos dos desfiles nas ruas e nas redes sociais, a promover debates e sessões de esclarecimento Nestes, amplamente participados, foram analisadas e debatidas as mais importantes e prementes questões da atualidade internacional e os seus impactos no País Das várias sessões realizadas destacam se duas delas: a de 15 de Junho, na Casa do Alentejo, em Lisboa, e a da véspera, realizada nas instalações da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto A paz dá trabalho, sim, mas vale bem a pena!

Desfiles preparados durante mais de um mês A paz constrói-se a pulso

Porto Lisboa

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. A exigência de dissolução da NATO esteve presente nos desfiles de 25 e 29 de Junho, desde logo pela mão do CPPC, que em ambas as iniciativas empunhou panos e cartazes com essa mesma reivindicação Como se lê no comunicado emitido a propósito da Cimeira da NATO, realizada em Madrid a 29 e 30 de Junho, o CPPC reafirmava que este bloco político militar representa uma «acrescida ameaça à paz e à segurança na Europa e no mundo». Aliás, lembra se, «décadas de alargamento da NATO e de avanço das suas bases e contingentes militares, frotas navais, exercícios militares cada vez mais próximos da Federação Russa, estão na origem do conflito que hoje se verifica e agrava» É, assim, urgente «inverter o rumo de militarismo e confrontação que há muito é fomentado pela NATO» Quanto às decisões assumidas na Cimeira, o CPPC denunciava o que elas representam de acentuação do seu rumo belicista, quer reafirmando decisões há muito adoptadas, quer dando novos passos na «instigação da escalada de guerra e de confrontação, em que os EUA apostam, utilizando agora como pretexto a guerra na Ucrânia» São particularmente graves o significativo aumento das despesas militares dos membros da NATO, decidido em 2014, e a corrida aos armamentos; a militarização da União Europeia como pilar europeu da NATO; o alargamento para o Leste da Europa, incluindo à Suécia e à Finlândia; o reforço dos meios militares, nomeadamente no Leste da Europa; a instigação e prolongamento da guerra na Ucrânia. Orientações e medidas que, sustenta o CPPC, «evidenciam o incremento da estratégia da Administração norte americana de cerco e desgaste da Rússia». Negativa e perigosa foi também a participação do Japão, da Austrália, da Nova Zelândia e da República da Coreia na Cimeira, que ambicionava «potenciar a NATO como um bloco político militar de âmbito mundial, nomeadamente reforçando qualitativamente as parcerias militares com estes países da Ásia Pacífico, apontando a China e a Rússia como alvo». Em Madrid Com estas e outras preocupações e exigências, o CPPC participou na manifestação «Não à NATO. Não às guerras Pela Paz Fora as bases Não nto militarista», realizada no dia 26 de Junho Esta ão integrou se num e iniciativas contra a NATO, a poucos dias da ção na capital espanhola egrou a manifestação com um pano onde se lia NATO não!» e com as iras, junto com outras es membros do Conselho Paz. Participou ainda, a Comité Espanhol de Solidariedade e de Luta um painel de debate ma «Alternativas para ança colectiva e não a», no quadro da Cimeira Não à NATO» Eduardo reção nacional, u o CPPC Madrid

Dissolução da NATO exigida no País e no mundo

Poemas sobre Hiroxima e II Encontro pela Paz Palavras que ensinam, inspiram e impelem à ação

6 CPPC O CPPC, juntamente com a editora Âncora, lançou um liv de poemas sobre Hiroxima. Trata se de uma reedição, aumentad da obra de 1965, proibida e apreendi pela censura Ambas as edições fora coordenadas por Manuel Simões e Car Loures, este último falecido antes d lançamento. A obra foi apresentada a 9 e 13 de Ma respetivamente na Fundação José Saramago, em Lisboa, e na Associaç de Jornalistas e Homens de Letras d Porto. Nas sessões de apresentação da obra reafirmou se a atualidade da luta pe desarmamento e a proibição das arm nucleares. Recordou se a campanha CPPC pela adesão de Portugal ao Trata de Proibição de Armas Nucleares e petição que decorre, realçando se q este objetivo se encontra consagrado na própria Constituição da República Portuguesa, que consagra o «desarmamento geral, simultâneo e controlado» A edição deste livro insere se nesta corrente de opinião que considera que a defesa da paz passa também por travar a corrida aos armamentos, designadamente nucleares Segundo Encontro pela Paz Está também em circulação o livro do II Encontro pela Paz, realizado em Setúbal em 2021 A edição compila as intervenções e documentos do Encontro, constituindo assim um importante contributo para levar mais longe a ação pela paz, o desarmamento e a solidariedade com os povos Ao lançamento do livro II Encontro pela Paz Pela Paz, Todos Não Somos Demais! que teve lugar no dia 24 de Março, seguiu se uma sessão de apresentação no dia 19 de Junho, no Parque Urbano de Miratejo, no concelho do Seixal. Participaram Deolinda Machado, vice presidente da direção nacional do CPPC, e a vereadora da Câmara Municipal do Seixal Maria João Macau.

Tomar posição e agir Nos últimos meses, o CPPC acompanhou a realidade internacional, tomando posição sobre diversas questões Evocou os 20 anos da conquista da independência pelo povo de Timor Lorosae, a vitória do Pacto Histórico na Colômbia, pelo que representa de esperança para o povo daquele país e de toda a América Latina, e a heróica resistência do povo da Palestina, que continua a ser privado dos mais elementares direitos pela ocupação do Estado de Israel. Não deixou passar o Dia Mundial do Refugiado, a 20 de Junho, reafirmando a sua solidariedade aos que se vêem forçados a abandonar as suas terras para fugir à guerra e à devastação económica, promovidas na maior parte dos casos a partir do exterior E celebrou o Dia da Criança, primeiras vítimas das guerras, ocupações, bloqueios e opressões, lembrando os direitos que a Constituição da República Portuguesa lhes consagra. Entretanto, por todo o País prosseguiu a ação de Educação para a Paz, com iniciativas em escolas de vários graus de ensino: no Porto, por iniciativa da Associação de Estudantes da Escola Secundária António Nobre; no Agrupamento Reynaldo dos Santos em Vila Franca de Xira; no Agrupamento de Escolas de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz e no Colégio O Co.cas, em Alhandra, no mesmo concelho; e no Agrupamento de Escolas de Montemor o Novo

O Fórum Lisboa acolheu, no dia 21 de Maio, mais um Concerto pela Paz, promovido pelo CPPC em parceria com o município. Perante uma audiência entusiástica de centenas de pessoas, o Concerto contou com as atuações do Coro Lopes Graça da Academia de Amadores de Música, do Grupo Cantares e Adufes da Voz do Operário, com Sebastião Antunes, do POVO, de Jorge Rivotti e de Jorge Palma, que encantou a assistência com a sua brilhante actuação. Apresentado pela jovem Matilde Lima, no Concerto pela Paz interveio Ilda Figueiredo, que em nome do CPPC saudou os presentes e agradeceu a todos, designadamente aos artistas, que generosamente possibilitaram este Concerto pela Paz, o sexto realizado em 2022 Dias antes, a 14 de Maio, decorrera um outro Concerto pela Paz, no Auditório Municipal de Gaia, realizado com o apoio da Câmara Municipal, da Federação das Coletividades local e de diversas associações culturais, escolas artísticas e artistas, que aceitaram, generosamente, colaborar com o CPPC neste concerto que reuniu mais de 50 artistas de diversas idades Passaram pelo palco o Coro Infanto juvenil do Orfeão de Valadares; o grupo de danças andinas Intichaski, dirigido por Paolo Herrera, em representação do Centro Recreativo de Mafamude; o Conservatório de Música de Gaia, com a harpa de Matilde Parra e a soprano Filipa Teixeira; o Ensemble de Flautas de Bisel da Academia de Música de Vilar do Paraíso; o Ginasiano Escola de Dança; e o projeto UMBRAL Com a projecção da canção As mãos, de Adriano Correia de Oliveira, a apresentadora Olga Dias lembrou este cantor avintense, que este ano faria 80 anos Ilda Figueiredo interveio e a vereadora Paula Carvalhal saudou o Concerto e salientou a solidariedade da autarquia para com as iniciativas em defesa da paz. Dos seis concertos já realizados em 2022, cinco foram apoiados pelas respetivas autarquias: Viana do Castelo, Gondomar, Matosinhos, Vila Nova de Gaia e, agora, Lisboa. Apenas no Porto, e ao contrário do que sucedeu nos oito anos anteriores, por recusa do presidente da Câmara Municipal em ceder o Teatro Municipal Rivoli, a iniciativa decorreu ao ar livre, na praça em frente. Não deixou, por isso, de constituir uma excelente jornada na defesa da liberdade, da democracia e da paz

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Em Lisboa e Vila Nova de Gaia Magníficos Concertos pela Paz CPPC solidário com o povo saarauí O CPPC esteve presente no X Congresso da União da Juventude do Saguia El Hamra e Rio de Ouro (UJSARIO, do Saara Ocidental), que se realizou de 20 a 23 de Maio, nos campos de refugiados em Bojour, Tindouf, na Argélia. Sofia Costa, da direção nacional, contactou com aspetos da realidade do povo saarauí, que vivendo sob duras condições mantêm a amabilidade na receção aos que os visitam e se solidarizam com a sua luta pela autodeterminação e independência. Durante a sua estadia, Sofia Costa contactou várias instituições, entre as quais a Comissão Nacional Saarauí de Direitos Humanos (CONASADH) e o Gabinete de Coordenação Saaraui de Acção Contra Minas Visitou o Museu Nacional da Resistência, a Biblioteca BuBuher dirigida às crianças, e ainda um hospital recém construído, mas que lida com imensas carências, onde deixou medicamentos e material de combate à COVID 19, que trouxera de Portugal Sofia Costa encontrou se ainda com uma delegação de mulheres saarauís e com Rabab Adid Albujari, que deu a conhecer a realidade actual e as dificuldades com que o povo saarauí se depara, bem como a organização existente nos campos de refugiados para lhes dar resposta, onde as mulheres desempenham um papel fundamental. As delegações internacionais tiveram uma audiência com Brahim Gali, líder da Frente Polisário, durante o qual a representante do CPPC deu a conhecer o trabalho de solidariedade com o Saara Ocidental que realiza em Portugal Lisboa

Conselho Português para a Paz e Cooperação Rua Rodrigo da Fonseca, 56 2.º 1250 193 Lisboa Portugal Tel. 21 386 33 75 conselhopaz@cppc.pt e www.cppc.pt, facebook.com/conselhopaz Pagamento de quotas e donativos através do NIB: 0035 2181 00004570930 06 venceremos Lisboa

8 CPPC A solidariedade com Cuba motivou a realização de duas ações, com o lema «Fim ao Bloqueio! Solidariedade com Cuba! América Latina livre e soberana!»: a primeira foi uma concentração em Lisboa, no dia 14 de Julho, e a outra um debate no Porto, no dia 18. O CPPC participou e interveio em ambos. Em Lisboa, a concentração teve lugar na Praça do Rossio, com muita gente sobretudo jovens a denunciar o criminoso e ilegal bloqueio norte americano e os seus efeitos e a exigir o seu fim imediato O vice presidente da direção nacional do CPPC, Rui Garcia reafirmou na ocasião a urgência de pô fim aos bloqueios e sanções económicas impostos pelos EUA aos povos de Cuba, mas também na Venezuela e da Nicarágua, e a necessidade de alargar a solidariedade aos que lutam pela paz, a democracia e o desenvolvimento soberano. Sobre a América Latina, que os EUA consideram há muito o seu «pátio traseiro», o dirigente do CPPC lembrou que ali «foram escritas algumas das mais belas epopeias da luta secular pela liberdade e pela emancipação dos povos» No caso de Cuba, realçou, em mais de seis décadas de Revolução demonstrou «repetidamente a superioridade do seu sistema», capaz de alcançar patamares de desenvolvimento humano ímpares na região e de dar ao mundo sucessivos exemplos de solidariedade. A sessão no Porto foi de tal modo participada que implicou a distribuição das pessoas por duas salas, com funcionamento on line, que mais algumas dezenas de pessoas puderam acompanhar remotamente Houve intervenções iniciais do CPPC, da Associação de Amizade Portugal Cuba e da Universidade Popular do Porto, que acolheu a iniciativa. Mas seguiram se outras, muito calorosas no apoio a Cuba e à luta dos povos na América Latina e das Caraíbas na defesa do seu direito soberano a viver em paz, a que se seguiu a mensagem da Embaixadora de Cuba em Portugal, através de vídeo chamada Também ali se denunciou o bloqueio e as suas graves consequências, bem como toda a ingerência e desestabilização que os EUA promovem no país. E valorizou se o exemplo de Cuba na defesa da sua soberania, do bem estar e desenvolvimento integral do seu povo. No dia 26 de Julho, que em Cuba assinala o Dia da Rebeldia Nacional, o CPPC saudou em comunicado o povo cubano e a sua Revolução

Porto

Solidariedade em Lisboa e no Porto «Cuba vencerá!» e com ela

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