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ERROR

por Beatriz Sardinha e Lívia Magalhães

Que “errar faz parte” todo mundo sabe. Essa máxima, repetida diversas vezes por professores iluminados durante qualquer processo de aprendizagem, parece absoluta, mas abre margens surpreendentes. E o que é, de fato, errar?

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Durante a elaboração do claro! Erro, conseguimos que cada membro da nossa equipe, seja através dos elementos visuais ou das reportagens, cedesse parte de sua subjetividade para chegar em uma definição nem um pouco definitiva.

A partir da leitura, esperamos também que o leitor agregue (e desmantele) suas próprias crenças em relação ao Erro.

Bem longe de ser crasso ou binário, o claro! Erro não apenas tem a pretensão de colocar em evidência tudo aquilo que foge à norma, mas de levar ao público leitor uma nova perspectiva e ressignificar o ato de errar.

Expediente - Reitor: Carlos Gilberto Carlotti Junior. Diretora da ECA-USP: Brasilina Passarelli. Chefe do departamento: Luciano Guimarães. Professora responsável: Eun Yung Park. Capa: Duda Ventura e Mariana Carneiro. Editores de conteúdo: Beatriz Sardinha e Lívia Magalhães. Editor de Arte: Antonio Misquey. Editora Online: Karolina Monte. Ilustradoras: Duda Ventura e Mariana Carneiro. Diagramadores: Gustavo Assef, Isabella Oliveira, João Pedro Barreto, Julia Castanha. Julia Custódio, Lorraine Moreira, Matheus Nistal, Rebeca Fonseca, Regis Ramos, Renato Brocchi. Repórteres: Amanda Marangoni, Bianca Camatta, Carolina Borin, Caroline Kellen, Diogo Bachega, Emilly Gondim, Gabriel Gama, João Aguiar, Junior Vieira, Lara Paiva, Larissa Leal, Laura Guedes, Maria Carolina Milaré, Natalia Nora, Rodrigo Tammaro, Rosiane Lopes, Thiago Campolina, Valentina Moreira e Victoria Borges. Endereço: Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443, prédio 2 - Cidade Universitária, São Paulo, SP, 05508 920 Telefone: (11) 3091- 4112. O claro! é produzido pelos alunos do quinto semestre de Jornalismo como parte da disciplina Laboratório de Jornalismo Impresso-Suplemento.

Aexpressão é usada para designar um equívoco básico que culmina em uma falha grotesca. Sua definição é por natureza subjetiva: vai de um tropeço, até uma grande queda.

O termo tem sua origem atribuída popularmente à derrota do general romano Marco Licínio Crasso na Batalha de Carras, em 53 a.C., Crasso invadiu o Império Parta sem consentimento do Senado, rejeitou ofertas de ajuda e esgotou seu exército ao marchar pelo deserto da Mesopotâmia. O resultado: uma das maiores derrotas de Roma, 50 mil mortes e o fim do próprio general.

O erro crasso daquele tempo ficou marcado na história. Mas, na nossa história pessoal, o que representaria um erro tão grotesco? Não valorizar o tempo que se passa com a família, errar o endereço de uma entrevista de emprego, deixar o carro morrer na prova de direção, não transferir a titularidade de uma conta. Cada pessoa tem sua própria definição.

O estudante João Francisco considera diferente um erro em um conceito ou fundamento de errar uma conta, por exemplo. Errar a base que fundamenta todo um pensamento é mais prejudicial do que sua prática.

Mas há quem não veja as coisas desse jeito: errar é essencial para aprender. Jorge, vendedor de livros, pensa de forma semelhante. Para ele, viver é como preparar comida: se coloca um pouco de sal, um pouco de pimenta, e sempre ajustando para no final ficar gostoso.

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