Agenda ACERT out, nov e dez 2016

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OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO 2016 Programação cultural do Novo Ciclo Acert (Tondela) E informação sobre as atividades da Acert

A Acert é uma estrutura financiada por


ORBUTUO O R B M E VO N 6102 ORBMEZED

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8 OUT

Visita Guiada e Debate

A Cerâmica Contemporânea à conversa…

p. 12

8 OUT

Concerto

Selma Uamusse

p. 16

8 OUT

Café Concerto

Melo D

p. 19

22 OUT

Concerto Nu Palco

Carlos Clara Gomes

p. 20

22 OUT

Café Concerto

Gula

25 OUT

Teatro – Público Escolar “Cavaleiro, Procura-se!” Teatro das Beiras

29 OUT

Café Concerto

Berlau & A. M. Ramos

p. 23

31 OUT

Exposição

Nádia Torres (Retrospectiva)

p. 28

31 OUT

Lançamento de Livro

“Medronho”

p. 30

31 OUT

Café Concerto

Birds Are Indie

p. 32

2 NOV

Formação

Atelier Aprender Em Filmes - CCV

p. 78

2 NOV

Formação

Curso de Tinta-da-China e Aguarela

p. 80

4 NOV

Baile no Cine Tejá

Smooth Orquestra

p. 35

5 NOV

Teatro na SMIR

Extrato d’O Povo Acordou

p. 36

5 NOV

Conversas #ACERT40

Conversa “A ternura dos 40…”

p. 37

6 NOV

Teatro – Hospital Velho

“20 Dizer” Trigo Limpo teatro ACERT

p. 39

6 NOV

Pensão Borges

Cinema

p. 39

12 NOV

Café Concerto

Tresor & Bosxh

p. 40

19 NOV

Dança

“Ceci Nést Pas un Film” C.ia Paulo Ribeiro

p. 42

19 NOV

Café Concerto

Whales

21 NOV

Dança – Público Escolar “Ceci Nést Pas un Film” C.ia Paulo Ribeiro

p. 42

26 NOV

Concerto Nu Palco

Miguel Cardoso

p. 44

26 NOV

Café Concerto

LOQ

p. 46

30 NOV

Café Concerto

Lavoisier

p. 47

3 DEZ

Teatro

“Em Memória…” Trigo Limpo/Gambozinos e…

p. 48

6 DEZ

Teatro

“Os Meninos de Ninguém” Mutumbela Gogo

p. 52

7 DEZ

Teatro

“La Maldición de Poe” Teatro Corsario (Esp.)

p. 54

7 DEZ

Café Teatro

“Solo Contigo” Enano

p. 56

8 DEZ

Exposição

Exposição 40 Anos

p. 56

8 DEZ

Teatro

“Amores e Humores da Bonecada” Trulé

p. 58

8 DEZ

Lançamento de Livro

“ACERT XL…” João Luis Oliva

p. 59

8 e 9 DEZ

Teatro

“A Ilha Desconhecida” Trigo Limpo e FJS

p. 62

9 DEZ

Teatro

“Levantei-me do chão” Algures, Colectivo…

p. 64

9 DEZ

Café Teatro

“Os Silvas” Roger Bento

p. 65

10 DEZ

Teatro

“Diz a verdade ao poder” Bonifrates

p. 66

10 DEZ

Teatro

“A Fera Amansada” Jangada Teatro

p. 68

10 DEZ

Café Teatro

“One Man Alone” Teatro Didascalia

p. 70

17 DEZ

Concerto

The Greyhound Jame’s Band

p. 72

p. 22 p. 24

p. 41


Edição ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela R. Dr Ricardo Mota, 14; 3460-613 Tondela (+351) 232 814 400 www.acert.pt Setembro de 2016


Parcerias 40 Anos ACERT

Apoios

Apoios media


Em Agosto de 1977 o Trigo Limpo fazia uma pequena publicação com o texto

de paixão, escrito por um colectivo de 40 elementos (as coincidências não

do espetáculo O Povo Acordou. Nessa publicação estava este prefácio. 40 anos passados, faz sentido voltar a publicar esse texto, forçosamente datado, um texto transbordante

terminam por aqui) mas em grande parte muito importante para se conhecer a história do nosso projeto e as formas de atuar que daí resultaram.







CLÁUDIO ALVES ©

8 OUT 2016

VISITA GUIADA E DEBATE

Uma sessão de encerramento da exposição criada no Tom de Festa serve de pretexto para uma conversa sobre os caminhos da cerâmica contemporânea e onde nos leva este trilho que agora se iniciou. Uma visita guiada acompanhará a conversa com os ceramistas, a artista plástica envolvida e pessoas interessadas no tema em análise.

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A cerâmica contemporânea à conversa com as artes plásticas

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Cerâmica em Performance / 10 Ceramistas em palco

assumiram-se enquanto grupo e chamam-se, agora, Desalinhados.

O Festival Tom de Festa, na edição dos 40 anos da ACERT, prestou o seu tributo a esta significativa expressão cultural. Ao longo do período do Festival, dez ceramistas de pontos distintos do país, com as suas rodas e barros de diferentes cores, ganharam o palco para erguerem peças ao som da música. Não foi uma demonstração, mas um espetáculo de interação com o público, revelando a magia de mãos e o contágio entre linguagens artísticas. Carlos Lima e Xana Monteiro, ceramistas e escultores de Molelos, foram os cicerones desta aventura de comunicação em 3 sessões de cerca de 40 minutos, onde a música de Gustavo Dinis foi moldada pelo engenho dos ceramistas em palco: Alberto Azevedo, Ana Lousada, Ana Maló, António Duarte, Carlos Lima, Carlos Neto, Miguel Neto, Paula Violante, Vasco Baltazar e Xana Monteiro. Depois destas sessões, os ceramistas

Banhos de Lama / Instalação de Andrea Inocêncio O resultado dos desempenhos artísticos dos ceramistas ao longo destes 3 dias foi trabalhado por Andrea Inocêncio, numa peça onde se integraram os trabalhos alguns previamente criados e que pode ser vista na Galeria da ACERT. O seu trabalho tem por base a observação e a participação ativa num processo contínuo de investigação e de criação, coletiva e individual. Colabora com artistas provenientes de várias áreas, procurando enriquecer a sua prática artística e explorar a transdisciplinaridade, algo que voltou a fazer neste Tom de Festa, interagindo com os trabalhos previamente criados pelos ceramistas.

Sab. 8 outubro às 16:00 Galeria ACERT // Entrada Gratuita


16 ZITO MARQUES ©


3 PERGUNTAS A

Carlos Lima e Xana Monteiro O que vos levou a dar continuidade a um projeto que se previa efémero, criando, agora, o grupo Desalinhados? Este grupo de ceramistas já tinha em mente este projeto e a sua continuidade, pois queríamos estar “desalinhados”, sair do obvio e do facilitismo. Com as condições que a ACERT nos proporcionou esse sonho foi concretizado tendo esta performance dado à cerâmica um espaço que não lhe é comum, dignificando e devolvendo à sociedade a nobreza deste património .

Que dificuldades e desafios foram surgindo no processo de colocar a cerâmica em diálogo com artes de componente cénica e musical? Tivemos de nos abster do perfecionismo da execução das peças na roda de oleiro e focarmo-nos mais na (des) construção das mesmas num contexto humorístico, onde a delicada sensibilidade do

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músico convidado “encaixou” de imediato. A excentricidade do guarda roupa, alguns adereços e a iluminação ajudaram bastante no impacto visual com o público.

Num grupo que trabalha o mesmo material, como se equilibra o que cada um cria individualmente com o resultado colectivo do trabalho? São já muitos anos de experiências e cumplicidades partilhadas que dão o mote ao contágio de diferentes linguagens … e o treino árduo e persistente, claro!


GONÇALO F SANTOS ©

8 OUT 2016

CONCERTO

Selma Uamusse canta o seu mundo com um mundo dentro de si.

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Selma Uamusse Moçambique Um concerto que afirma também as afinidades artísticas e solidárias da ACERT com Moçambique e a relação artística com os muitos criadores que marcaram o percurso da ACERT.

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A versatilidade, um poderoso instrumento vocal e a genialidade performativa levaram-na a brilhar desde o rock (WrayGunn) ao afrobeat (Cacique 97), ao gospel, soul e jazz (Gospel Collective, tributos a Nina Simone e Miriam Makeba), enriquecendo a sua viagem por diversos estilos. A cada passo, maior a consciência do poder transformador político e social da música. Nos últimos dois anos tem acompanhado Rodrigo Leão como voz convidada, participando igualmente em discos e espetáculos de diversos artistas. O reconhecimento do seu talento foi-se alargando e trespassando áreas artísticas, tendo emprestado, no último ano, o seu corpo e voz a projetos de teatro, cinema e artes visuais. O EP de estreia, onde se avança o primeiro tema “Ngono Utana”, contém tudo o que a Selma é:

uma jovem e enérgica intérprete que viveu a adolescência durante o reinado do rock em Portugal, conhecedora do cancioneiro tradicional do jazz e soul norteamericanos, perita no trabalho das suas referências vocais mais preciosas, intérprete de ritmos e sonoridades africanas, bailarina, não profissional, mas feliz. A mistura fina que a Selma oferece é bem mais do que um mosaico de colagens de todas as aventuras musicais e artísticas que viveu. É um organismo próprio, individual, identitário, de frescura e atualidade surpreendentes e inconfundíveis. Entre as machambas de Moçambique, os clubes noturnos europeus e a energia do rock, entre línguas e ritmos tradicionais africanos e produção eletrónica carregada de psicadelismo, entre timbilas e sintetizadores, encontram Selma Uamusse. Sab. 8 outubro às 21:45 Auditório 1 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€ Bilhete família disponível (p. 93)


BAR ACERT

Cafés-concerto e teatro nos 40 anos da Acert A música étnica, no seu conceito mais abrangente, tal como a divulgação de projetos artísticos regionais, nacionais e internacionais emergentes, é o conceito que a Acert procura explorar na programação de 2016. O espaço Bar Acert é o espaço de excelência para o convívio e o encontro de associados e público. Aberto diariamente, oferece condições singulares para encontros de trabalho, de ócio, de estudo e para sentir o movimento dos criadores que habitam os espaços de preparação e apresentação dos espetáculos. O Bar Acert complementa com o seu serviço e iniciativas o ambiente cultural acolhedor, cooperando também para que a programação do espaço seja uma marca distintiva.


8 OUT 2016

CAFÉ-CONCERTO

MELO D Um músico que reinventa a música soul numa paixão sem limites às sonoridades afro-americanas. Nascido em Angola e criado em Portugal, Melo D despertou cedo para a música. Das rimas criadas aos 13 anos, na Escola Secundária da Amadora, saltou para os discos, gravações e numerosos concertos que fazem parte da sua carreira. As primeiras gravações datam do extinto programa Pop Off, na altura como MC do projeto “The Family”, com quem viria a gravar, em 1993, dois temas na primeira compilação de hip-hop Português: Rapública. Entre 1993 e 2003 desenvolve trabalho como vocalista da banda Cool Hipnoise, com quem gravaria Missão Groove, vencedor do melhor disco de música portuguesa nos prémios

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Blitz 1996. Editado em 2005, Chega de Saudade, uma produção conjunta com a editora Enchufada, segue o mesmo percurso e sublinha o seu crescimento como músico e produtor independente. Em 2012, termina o 6 month full time guitar course em Londres, na London Music School. Em 2014, regressa com o terceiro disco a solo: Sou(l) de Lisboa, um trabalho que inaugura uma nova fase musical, uma nova banda. sáb. 8 outubro às 23:00 Bar ACERT // Entrada gratuita


22 OUT 2016

CONCERTO NU PALCO Público e músico no palco. O instrumentista num diálogo musical e humano com os seus espectadores, que poderão partilhar a solidão bonita do músico com as suas predileções. Como se cada um estivesse com o músico na sala de sua casa, num momento de convivência informal. A música, a conversa e as revelações ocasionais que podem causar surpresas mútuas. Um encontro irrepetível, com uma partitura que se escreve com notas afetuosas por instrumentistas com afinidades com os 40 anos da Acert. (ver também p.44)

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Carlos Clara Gomes Um acertino certificado por tantos sinais que deixou e continuará a deixar na alma do projeto da ACERT. O palco nu pertence-lhe pelo mérito com que tantas vezes o vestiu fraternamente.

Carlos Clara Gomes, cantautor, compositor, romancista, poeta, dramaturgo e encenador. Cumpre 45 anos de carreira neste ano de 2016. Diretor artístico da Companhia DeMente, da Tradisom Produções Culturais e d’Os Filhos do Nada. Também é coordenador dos projetos artísticos da ENLACEAssociação de Amizade PortugalAmérica Latina e maestro-titular da respetiva Orquestra. É formador nas áreas de Música de Cena e Música para Cinema e Vídeo. Tem no seu currículo a autoria de música de cena - com destaque para três óperas populares - para quase cerca de duas centenas de espetáculos de teatro, ópera popular, dança e vídeo, para além dos muitos espetáculos musicais que dirigiu. É assíduo frequentador de formas musicais das culturas populares do mundo, enquanto incorpora nas suas composições contributos de outras áreas estéticas, em

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muitas das suas vertentes e estilos. Assinou 48 discos enquanto autor, produtor, intérprete ou arranjador. Acertino de alma e coração, há quem diga que é a “caixa preta” de muitos voos delirantes em que connosco participou. Não nasceu na ACERT mas foi inequivocamente nesta casa que cresceu.

Sáb. 22 outubro às 21:45 Palco do Auditório 1 Bilhete: 7,50€ / Associado: 5€ / Desconto – 6€ / Desempregado: 2,50€ Bilhete de Família disponível (p. 93)


22 OUT 2016

CAFÉ-CONCERTO

Gula Fusão de sons que fogem ao previsível Os Gula começaram a formar-se em Maio de 2011, com a intenção de criar uma fusão de sons que fugissem ao previsível. O processo partiu de improvisos que acabaram por levar à mistura do Rock com sons ambientais e assim começou a surgir uma identidade. Os membros de Gula surgem de outras bandas e projetos, trazendo consigo um universo musical que veio enriquecer a sonoridade. A ambição de tornar os Gula num projeto sério levou-os a gravar o EP de estreia nos Malware Studios, com David Jerónimo (FF, Concealment), onde escolheram 5 músicas intensas. O EP chama-se O Ano da Fome. Atualmente, pertencem ao leque de artistas da MAR – Movimento Alternativo Rock (ALF, O Quarto Fantasma,

Mulher Homem, Pássaro, Rita Cardoso, entre outros). Eis O Ano da Fome, para que todas as gulosas e gulosos possa lambuzar-se com estas iguarias musicais que primam pela variedade e que prometem estimular o palato com uma panóplia de sabores que vão do acre ao delicodoce. Tudo isto servido com uma consciência geracional e social que encontra na música uma ferramenta ígnea e loquaz a ser empenhada numa vocação interventiva. Guitarra, voz: João Campos / Guitarra: Jorge Albuquerque / Bateria: Vitor Calado / Baixo: Luís Santos / Teclado e Synth: Teclas

Sáb. 22 outubro às 23:00 Bar ACERT // Entrada gratuita

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29 OUT 2016

CAFÉ-CONCERTO

Berlau & A. M. Ramos A mestiçagem sonora de guitarra e saxofone numa exploração atmosférica.

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A história deste encontro começou a escrever-se, acreditamos nós, no ZigurFest de 2014, em que os Blaze & the Stars e Sax on the Road - onde militam Fernando Ramalho e António Ramos, respectivamente - atuaram. A esse encontro aparentemente casual seguiu-se um concerto inesperado na Voz do Operário e, mais tarde, uma participação de AM Ramos em ‘Démocratie’ (tema final do psicadélico en avant, route!) e em outras duas faixas de uma EP que os Blaze & the Stars vão lançar ainda este ano. Talvez tenha sido essa dimensão espiritual que os aproximou, ou talvez tenha sido o gosto pela improvisação ou ainda as paisagens sonoras de sentimento à flor da pele. Fosse o que fosse, de repente estava tudo

em família e nós ficámos felizes. Evocando em partes iguais a espiritualidade de Don Cherry e a intimidade psicadélica de Ry Cooder, Red Railbus Sessions é um momento de escape feliz e sereno, que chega a ser desarmante pela honestidade que transparece ao longo destes trinta minutos. E se tudo correr bem, esta é apenas a primeira de muitas sessões que lhes vamos ouvir. Guitarra eléctrica: Fernando Ramalho / Saxofone tenor: António Ramos

Sáb. 29 outubro às 23:00 Bar ACERT // Entrada gratuita


2016

TEATRO - PÚBLICO ESCOLAR

Um espectáculo que traz o palco para a plateia, ou vice-versa, mostrando como teatro e vida não são coisas distintas

PAULO NUNO SILVA ©

25 OUT


Cavaleiro, Procura-se! Teatro das Beiras Em primeiro lugar, uma homenagem aos saltimbancos, trota mundos, e ao seu teatro ambulante. É neste universo imaginário do teatro itinerante que encontramos os nossos heróis de carne e osso, é nas suas aventuras e dissabores que descobrimos uma curiosa metáfora entre o teatro e a realidade. Neste universo de ficção, um casal de atores dos tempos modernos recorre à arte teatral para contar, de terra em terra, as ancestrais histórias de capa e espada. Entre muitas malas, trapos, bonecos, personagens e muitas artes de magia, somos convidados a descobrir o tão valente em valentia Cavaleiro da Mão de Fogo e como conseguiu salvar a Princesa Tranças de Ouro das garras malvadas de um bruxo. Quando o público começa a entrar, os atores deparam-se com um grande problema... A personagem principal desapareceu, fugiu, foi-se embora. Sem Cavaleiro, como poderão apresentar o espetáculo? Será o fim do teatro? Atores e público iniciam então uma busca desesperada.

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Sem mãos a medir, vale tudo para salvar o espetáculo, o teatro e a vida. Conseguirão os atores encontrar a personagem desaparecida, conseguirá o público ajudar a evitar este fim tão trágico para o teatro? Nesta eterna luta entre o ser ou não ser, entre o decidir e o agir, entre a ficção e a realidade, olhamos para a arte como algo sinónimo da vida e reconhecemos em nós próprios capacidades que nos transcendem. É a magia do teatro. Encenação e Interpretação:Marco Ferreira e Sónia Botelho / Cenografia e figurinos:Marco Ferreira e Sónia Botelho / Apoio técnico: Jay Collin / Cartaz:Bibiana Nunes / Fotos: Paulo Nuno Silva / Vídeo:Ivo Silva /

Ter. 25 outubro às 10:30 e 14:30 Auditório 2 // 55 min // M/3 Preço 2€


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3 PERGUNTAS A

Nádia Torres Que importância assumem o(s) sítio(s) onde se vive na construção de um trabalho artístico? Nas minhas obras estão presentes todas as minhas vivências e os meus sonhos. E como vivo em Mértola, o calor, a paisagem natural, a arquitetura, as pessoas, a história e o ensino, fazem parte de todo o processo criativo.

Diferentes técnicas e linguagens abrem mais possibilidades e caminhos ou podem ser risco de dispersão? Não me sinto perdida. Estas diferentes técnicas e linguagens são complementares e influenciam-se umas às outras. O desenho é o princípio, a descoberta, um desafio constante. A pintura é um desabafo, alegria e tristeza, ou serenidade e dor. Os tapetes só podem ser feitos no inverno e à noite. Neles continuo duas tradições: a do ponto de Arraiolos e a da criatividade da minha avó, que bordava sem desenho prévio.

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A ourivesaria é uma paixão que vem desde os meus 12 anos, a arte de fazer, de criar com rigor e minúcia. No design gráfico, cada obra tem uma finalidade precisa. Aí o que se pretende é anunciar algo, divulgar, comunicar, transmitir uma mensagem.

Por acompanhar fases prévias de trabalhos noutras técnicas e por ser ele próprio uma técnica, uma linguagem, podemos dizer que o desenho é a linha que unifica estes trabalhos? Sim. O desenho concretiza a ideia.


31 OUT 2016

3 DEZ 2016


Exposição Retrospectiva

Nádia Torres Afagos sentimentais de uma criadora de encantos

Ourivesaria, desenho, pintura, tapeçaria e design gráfico Nádia Torres reúne, nesta exposição, objetos de diversas matérias, cores e feitios, concebidos em diferentes campos artísticos. Uma retrospetiva sobre a sua vida e obra enquanto artista, que nos deslumbra perante as cores, as formas e os traços que tão bem a caracterizam. Abordagens indicativas da sua capacidade e versatilidade enquanto artista que, apesar da pluralidade subjacente, mantêm como marca as lembranças e memórias mediterrânicas de um passado e de uma história comuns que ligam Mértola, onde vive desde o início dos anos 90, ao norte de África, onde nasceu.

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Inauguração: Seg. 31 outubro às 21:00 Galeria ACERT // Entrada gratuita


31 OUT 2016

LANÇAMENTO DE LIVRO

Uma obra literária que é uma pequena ponte entre três línguas e entre a gente que as fala.


Medronho Manuela Barros Ferreira com ilustrações de Nádia Torres

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O Medronho. Ponto por ponto. Manuela Barros Ferreira e Nádia Torres (ilustrações). O mirabolante percurso de um Ponto até se transformar em Medronho e prever um etilizado futuro nasceu de uma estreita colaboração entre Manuela Barros Ferreira, que o escreveu em português, e Nádia Torres, que fez as ilustrações. Publicado o texto na internet, despertou o interesse de Karim Taylhardat Garcés e de Amadeu Ferreira, que desde logo se propuseram traduzi-lo nas suas respetivas línguas maternas – o espanhol e o mirandês. Salvo erro desconhecido, é a primeira vez que um texto literário permite a comparação das três línguas, com o mirandês enquadrado pelo português e o espanhol. Amadeu Ferreira, grande mirandês, sábio e poeta, ainda viu a maquete, gostou dela e mais teria gostado se tivesse visto o Medronho impresso. Quem traduziu Os Lusíadas para mirandês também apreciava coisas insignificantes como esta. Obrigada, Amadeu, por continuar aqui, connosco, tão presente em todos os seus escritos. Karim Taylhardat Garcés é música,

poetisa e antropóloga, venezuelana residente em Espanha, com vasta obra publicada e premiada. Foi também ela quem imaginou a capa deste livro. Veio depois a ajuda de Ana Horta, que propôs a contracapa e se encarregou do grafismo. Outras pessoas ainda contribuíram para que ele se fizesse, por exemplo José Pedro Ferreira. Todos, incluindo as duas editoras, Afrontamento e Frauga, quiseram fazer deste livro mais do que um ponto de chegada: uma pequena ponte entre três línguas e entre a gente que as fala. A Autora Manuela Barros Ferreira foi jornalista, investigadora e várias outras coisas, antes de se dedicar à escrita.

Seg. 31 outubro às 21:30 Bar ACERT // Entrada gratuita


31 OUT 2016

FRANCISCA MOREIRA ©

CAFÉ-CONCERTO

Birds Are Indie Alternativos, subtis e discretos

“Let’s pretend the world has stopped”, o novo disco do trio conimbricense Birds Are Indie, é já o seu terceiro longa-duração, a somar a alguns EP’s que foram editando desde 2010. Numa altura em que o presente parece tornar-se obsoleto tão rapidamente, este é um álbum sobre a vontade de parar o mundo e ver o que acontece... às dúvidas e às certezas, ao amor e à solidão, à calma e à urgência. Editado em formato digital, CD e vinyl, a composição, gravação, mistura, masterização e o artwork foram totalmente feitos pela banda, à sua maneira, de forma independente. Por isso, ouvir este disco é como receber a Joana, o Jerónimo e o Henrique em casa. Se já os conhecem, convidem-nos

a entrar com um sorriso, se não, não os deixem ficar à porta... “O encanto de Birds are Indie é precisamente a simplicidade de quem porventura não nasceu para a música, mas a música, ainda assim, nasceu-lhes. É quase um manifesto antivirtuoso, minimalista, mas encantador.” ¶¶ Jornal de Letras Voz, guitarra acústica: Ricardo Jerónimo / Voz, teclados, percussão, melódica: Joana Corker / Guitarra eléctrica, percussão, metalofone: Henrique Toscano

Seg. 31 outubro às 23:00 Bar ACERT // Entrada gratuita

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4 NOV 2016

6 NOV 2016

40 anos a itinerar de trouxa às costas pelos espaços de Tondela e Molelos


Rezam as lendas que, depois de muita “congeminação” no Carmelitana e nas casas dos fundadores, as caminhadas a pé até Molelos desaguavam inicialmente na sala do “Duque” e no ginásio do antigo ciclo preparatório, agora Novo Ciclo . Passou-se por uma velha adega do Fojo, adaptada a sala de ensaio. Habitou-se por escapadelas furtivas o Cine-Tejá nos intervalos da projeção de filmes. Reconstruiu-se uma velha loja da Romeira na antiga Pensão Borges, onde a ACERT teve o seu primeiro espaço próprio aberto ao público. “A reconstrução e adaptação do espaço do Hospital Velho fez ganhar nova dimensão às múltiplas utilizações, já com um público considerável a frequentar a programação do “Espaço Cultural ACERT” (assim se chamava) mas o espaço foinos emprestado pela Misericórdia local que dele necessitou para ampliar as suas actividades, de novo com a trouxa às costas, novas obras de adaptação do devoluto Ciclo Preparatório.” Mais obras e construção definitiva do sonho feito vida: o Novo Ciclo ACERT, onde afinal, em 1976, tudo tinha iniciado e onde foi feita a estreia da primeira peça, O Povo Acordou.

40 anos de cultura devidamente acompanhada de intensa atividade de construção civil. Teatro e atividade cultural com demolição de paredes, pinturas, carpintaria, metalurgia, afago de chão… afinal, tudo aquilo que faz quem, não tendo casa e dinheiro, quer viver com dignidade e receber quem o visita com as melhores condições que estão ao seu alcance. Assim se poderá criar um itinerário dos 40 anos com a casa às costas. Um “roteiro” com um GPS afetivo pelos espaços por onde a ACERT passou, habitou e cresceu. A ACERT segredou aos seus parentes o que é que queria ser quando fosse grande e eles, com esforço e paixão, deram-lhe o melhor que tinham. Mas a ACERT é muito mais do que isto. A ACERT são todas as ligações físicas e humanas duma memória de todos estes trilhos de andanças. É isso que se propõe para este fim-de-semana em que vamos palmilhar alguns destes sinais de encontro memoráveis. Vamos passar por todos estes espaços, em alguns passamos só, noutros fazemos aquilo que melhor sabemos, juntamo-nos e celebramos em conjunto.

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4 NOV 2016

22:00 BAILE NO CINE-TEJÁ (OFICINA DAS ARTES CRIATIVAS)

Quando a ACERT faz um périplo pelos locais de memória em que habitou ao longo dos seus 40 anos, que melhor poderá haver que um baile num local com lembranças tão íntimas para quem nele viveu momentos inesquecíveis? O Cine-Tejá foi um poiso do Trigo Limpo teatro ACERT

na preparação e apresentação dos seus primeiros espetáculos, e por lá passaram diversas companhias de teatro e outros espetáculos de música, saraus, ilusionismo, sessões políticas… O que muitos talvez desconheçam é que também foi sala de baile.

Smooth Orquestra Vamos dançar. Um baile, o prazer da dança e da boa música acompanhada pelos copos e petiscos.

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Surgida em 1997, a Orquestra Smooth é um agrupamento musical composto por doze músicos da região Centro de Portugal. Com uma formação orquestral sui generis, possui vozes versáteis que transportam os ouvintes numa viagem alucinante por diversos estilos musicais. A realização de concertos temáticos e de glamorosos bailes são algumas das mais-valias que vão fazer deste baile um espetáculo inesquecível, com temas incontornáveis da música ligeira portuguesa e estrangeira, clássicos de salão e ainda ritmos calientes da América Latina.

Voz: Sandra Pereira / Voz e Percussão: Ricardo Barros / Voz e Guitarra: Diogo Vidal / Voz e Bateria: Rui Lúcio / Sax Alto: Alexandre Madeira / Sax Tenor: Filipe Teixeira / Sax Barítono: João Silva / Trompete: Adriano Franco e Cláudio Batista / Trombone: Rui Costa / Piano: Cândido Malva / Baixo: Miguel Cardoso

Preços na P. 25


5 NOV 2016

17:30 - SMIR

EM MOLELOS Extrato do primeiro espetáculo do Trigo Limpo “O Povo Acordou”

pelos atores da companhia, seguido de lanche e convívio.

Extrato d’O Povo Acordou O primeiro espetáculo, “O Povo Acordou”, escrito coletivamente, limitou-se a projetar num texto as realidades de que cada um tinha conhecimento, e que se tornava urgente denunciar. As sessões decorriam como um comité de bairro, discutindo os problemas que a todos afligiam. Distribuíam-se personagens segundo a fisionomia e a proximidade real com o papel. O cenário era dividido - de um lado o campo, do outro a fábrica. No segundo ato, o largo da aldeia onde todos se juntavam para discutir os seus problemas… As personagens eram tratadas, ora com realismo, ora como

caricaturas. O texto contrastava com diálogos da vida comum, com tiradas poéticas do universo do que se lia e gostava—Jorge Amado, Gorki, Soeiro Pereira Gomes… a estética do espetáculo representava um desconhecimento de referências técnicas, antes se situando num conhecimento empírico do que se desejava.

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5 NOV 2016

21:45 NOVO CICLO ACERT

Como todas as coisas essenciais, o Novo Ciclo nasceu de um sonho, ou de muitos sonhos, mas também do trabalho, da vontade de derrubar barreiras, da certeza de que era possível – tinha de ser possível – erguer um espaço que fosse casa de muitas ideias e

projetos. Com uma programação variada, que inclui teatro, música, conversas, exposições, desporto, formação e tantas outras coisas, o Novo Ciclo é também a casa da ACERT e de todos quantos por aqui passam e se juntam à festa.

A ternura dos 40, com a jovialidade da adolescência Como é que se apresentam pessoas da “família” que todos tão bem conhecemos? Os participantes (que dispensam apresentação), desta conversa têm vastos curriculos que poderiam encher muitas páginas desta agenda, mas são sobretudo ACERTinos dos sete costados. Maria do Céu Guerra, José Paiva e Nuno (Cash) Santos são parceiros das muitas histórias de que é feita a nossa história, e é assim que os queremos nesta conversa. O convite foi-lhes feito exatamente por isso, para connosco partilhar esses momentos, e em conjunto,

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continuarmos a construir o futuro. O quarto elemento da conversa é José Rui Martins. Pelo seu emocionante percurso ao longo dos 40 anos, dispensa qualquer consideração adicional que não seja: o Zé Rui da ACERT. Para ele e para o colectivo da ACERT este é o seu perfil decididamente mais valioso. Será forçosamente uma conversa parcial e sentimental sobre 40 anos de alegrias e sonhos construídos em conjunto.


Maria do Céu Guerra

Mais do que uma grande senhora do teatro português, Maria do Céu Guerra é uma mestra e companheira com quem aprendemos e que é indissociável do historial da ACERT pelo comovente envolvimento generoso. A sua “A Barraca” é domicílio inigualável de acolhimento da ACERT. Este convite é também um imprescindível tributo da sua casa de Tondela.

José Paiva

Mais do que atual Diretor da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, José Paiva é o companheiro solidário cujos sinais cúmplices de todos os momentos, ampliaram os distintos domínios de atuação do colectivo da ACERT. As artes plásticas, os intercâmbios internacionais e a militância de acertino comprometido, são um património humano ímpar na vida da sua ACERT.

Nuno (cash) Santos

Criador da TKNT (Televisão K Não é Televisão). Jornalista e homem das letras com gente dentro. Demonstra prazer de ter a ACERT como seu primeiro ninho para os voos que tão bem realiza em diversos domínios das artes e da comunicação. O nosso Cash, quando escreve sobre o que acontece na ACERT demonstra sentimentalmente o seu apego à casa mãe.

José Rui Martins Director da ACERT

Ilustração do cartaz do 1º filme exibido pela ACERT “Trotacalles” de Matilde Landeta (Mex. 1951)

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6 NOV 2016

15.30H HOSPITAL VELHO LAR DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA

Para os utentes do lar e visitantes esta será uma sessão muito especial num local muito especial. Construir a ACERT e aquilo que ela é hoje sem passar pelo Hospital

Velho, não teria sido possível. Um local de sonhos sonhados e concretizados, um espaço de descoberta e aprendizagem.

20 Dizer Espetáculo de música e poesia pelo Trigo Limpo teatro ACERT A interpretação poético-musical tendo como trilho a palavra com som, cor, corpo e alma A mestiçagem da declamação poética-teatral com a música, encantando viagens cruzadas por muitas geografias literárias emotivas. O prazer de fazer de cada palco

um espaço de partilha emotiva. Um duo com muita gente dentro. Direção Artística, declamação: José Rui Martins // Voz, flautas e mbira: Luísa Vieira // Som: Luís Viegas // Luz: Paulo Neto // Produção: Trigo Limpo teatro ACERT

18.00H PENSÃO BORGES

Na primeira sede “formal” da ACERT o encontro final destes dias.

Cinema e Castanhas À volta de uma fogueira, de um magusto e de uma sessão de cinema, juntamo-nos e construímos o futuro que nos falta…

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12 NOV 2016

CAFÉ-CONCERTO

Tresor & Bosxh O estranho que se entranha Tresor&Bosch são C. Ricardino (Biarooz / Ratere) e Tiago Rosendo (Johnny Sem Dente / Ratere). Fins de tarde bem passados a explorar as suas vertentes mais eletrónicas levam ao nascimento de dois temas e a vontade de fazer mais. Ao comando dos seus synth’s, embarcam numa viagem espacial, e quem sabe talvez venham a ser os primeiros humanos a pisar marte.

C. Ricardino (Biarooz / Ratere) / Tiago Rosendo (Johnny Sem Dente) / Ratere

Sáb. 12 novembro às 23:00 Bar ACERT // Entrada gratuita

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19 NOV 2016

CAFÉ-CONCERTO

Whales Rock alternativo e dançável.

Os Whales nasceram em 2015, das cinzas dos Backwater And The Screaming Fantasy. Integrantes da editora Omnichord Records, os Whales fazem parte de uma nova cena musical que vem animando a região de Leiria, um movimento onde várias bandas partilham espaços e experiências como quem quer transformar a cidade portuguesa numa Manchester dos anos 80 e 90. Ouvindo os Whales, com o seu som cheio a cruzar rock com ritmos mais experimentais, percebe-se que o objetivo estará a caminhar na direção certa. Depois de Silence 4 e Yesterday, este projeto musical de Leiria venceu

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o mítico festival Termómetro, que costuma ser apontado como antecâmara de lançamento nacional de novas bandas. O futuro o dirá, mas para já, é ouvi‑los ao vivo para confirmar tudo.

sáb. 19 novembro às 23:00 Bar ACERT // Entrada Gratuita


2016

DANÇA

É um prazer receber a Companhia Paulo Ribeiro com um espetáculo que convoca os sentidos, cruzando imagens e movimento em torno daquilo a que gostamos de chamar natureza humana

JOSÉ ALFREDO ©

19/21 NOV


De Paulo Ribeiro

Ceci n’est pas un film. Dueto para Maçã e Ovo

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Não ilustramos um filme. Dialogamos com imagens, imagens com passado, mas com futuro incerto. Imagens que se vão habitando de gente, de vivências, de histórias suspensas... Imagens que caminham para o dueto da maçã e do ovo que, por sua vez, suge­re a elevação do amor. Amor... Imagem entre o tempo que se arrasta rodopiando sobre si próprio e o dueto que, de tanto querer voar, se amarra ao chão. Amor que se torna possessivo, exigente, dependente, desesperado, exaltado, sufocante; mas também patético, cómico, trágicocómico, lúdico, frívolo, virtuoso, sinuoso, cabotino e esvaziado. Amor que derrapa nos fantasmas da negritude da alma e da hiperatividade como forma de exorcizar a ilusão ou a desilusão!... Sem narrativas fechadas, sem dramaturgia esmagadora, sem a obrigação de tudo perceber, enveredamos por um mundo de sentidos que são os da vida na sua configuração mais simples de se afirmar. Em simultâneo e,

indelevelmente, convocamos Magritte a acompanhar-nos. ¶¶ Paulo Ribeiro Autoria, Coreografia e Espaço Cénico: Paulo Ribeiro / Colaboração e Seleção de Filmes Cine Clube De Viseu / Interpretação Ana Jezabel e João Cardoso / Música: The Boys From Brazil (Segredo Suba); Balanescu Quartet (Unging Upsidedown); João Parahyba (Nightly Sins - Tribute); Barbara (Ne Me Quite Pas) ; Nina Simone (Ne Me Quite Pas); Jacques Brel (Ne Me Quite Pas); Simone de Oliveira (Não Me Vais Deixar - Ne Me Quite Pas); Balanescu Quartet (Autobahn) / Figurinos: José António Tenente / Desenho de Luz: Cristóvão Cunha / Produção: Companhia Paulo Ribeiro / Projeto apoiado no âmbito do programa Viseu Terceiro do Município de Viseu | Co-organização.

Sáb. 19 novembro às 21:45 Seg. 21 novembro às 10:30 Auditório 1 // 60 min. // M/6 Bilhete: 7,50€ / Associado: 5€ / Desconto – 6€ / Desempregado: 2,50€ / Público Escolar: 2€ Bilhete de Família disponível (p. 93)


26 NOV

DR

2016

CONCERTO NU PALCO

Público e músico no palco. O instrumentista num diálogo musical e humano com os seus espectadores, que poderão partilhar a solidão bonita do músico com as suas predileções. Como se cada um estivesse com o músico na sala de sua casa, num momento de convivência informal. A música, a conversa e as revelações ocasionais que podem causar surpresas mútuas. Um encontro irrepetível, com uma partitura que se escreve com notas afetuosas por instrumentistas com afinidades com os 40 anos da Acert. (ver também p. 20)


Miguel Cardoso Um músico de mil ocupações e projetos, que percorre palcos e o consultório de dentista com a mesma mestria com que deixa resvalar os dedos no braço do seu contrabaixo.

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Música de cena, arranjos e originais estabelecem pontes entre a música tradicional, o jazz, a world music e os lugares de tertúlia em que a guitarra faz surgir um chorrilho de temas para que todos cantem. Subtil, oportuno, sonhador recatado, semeando talento e fraternas amizades. Um contrabaixo com dente do riso. 2001 foi o ano da primeira participação em atividades da ACERT, como voluntário músico no espetáculo Queima do Judas. A partir daí, ficou cada vez mais consistente a paixão pela ACERT, agora fazendo parte da família. Seguiu-se o Transviriato, Em Paz, várias Queimas do Judas, Soltar a Lingua, Cantos da Lingua, A Cor da Lingua, A Viagem do Elefante, espetáculo Chapa Cem e Bumba em Moçambique. Participou na gravação de vários CDs como músico e também compositor. Foi responsável pela criação da música nos espetáculos de teatro Duas Historias de Solidão e E Agora, e fez parte de A Cor da Lingua na

realização dos arranjos musicais para A Viagem do Elefante. Começou por ser autodidata em instrumentos de cordas, aprendendo os instrumentos de acordo com a necessidade dos grupos que frequentava na altura. Entretanto ingressou o Conservatório de Música de Coimbra em 2001 onde terminou o 8º grau de Contrabaixo de Cordas. Neste momento faz parte de A Cor da Lingua, Toques do Caramulo, A Presença das Formigas, Fil’mus, Orquestra Smooth, Orquestra Aeminium, Orquestra Mar e Arte e colabora pontualmente noutros projetos. Este espetáculo será uma viagem por músicas e instrumentos que têm marcado os caminhos por onde tem passado. Sáb. 26 novembro às 21:45 Palco do Auditório 1 Bilhete: 7,50€ / Associado: 5€ / Desconto – 6€ / Desempregado: 2,50€ / Bilhete de Família disponível (p. 93)


26 NOV 2016

CAFÉ-CONCERTO

Loq Apresentação do primeiro single “Desertico Eléctrico” “Do bairro até à lua, com parvos e vaidades, LOQ vai na jangada, com rumores pela cidade... Tem cartas na mão: um Ás de copas de um capitão, Tem guitarra, tem voz, noites brancas e solidão...

canta e ri-se de si mesmo, diz-se e contradiz-se porque acima de tudo quer liberdade. Começa então a falar-nos da sua aventura com Desertico Elétrico, primeiro single da banda, porque “amanhã nasce o sol outra vez, e já não é nada mau...”

LOQ são: Daniela Varela

E na calma antes da noite, esperando o seu café, A música que nos sonha, dá mais um tiro no pé...”

LOQ dá à costa em 2012, vindo de uma ilha longínqua, na mente de Jorge e Daniela. Decidem materializar esta nau com cavaquinhos, guitarras, bandolins e eletrónica. LOQ fala e desfala,

e Jorge Manuel Marques

Sáb. 26 novembro às 23:00 Bar ACERT // Entrada Gratuita

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30 NOV 2016

CAFÉ-CONCERTO

Lavoisier Uma caixa de surpresas musicais Natural, não há perdas; não há criação, apenas transformações ... Lavoisier. Levados pelo espírito do tropicalismo, tentam ver a música não só como uma questão de individualidade, mas como um sentido pleno da consciência e presença no mundo em que estamos vivendo agora. Um mundo que já existia antes.

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O projeto Lavoisier foi construído sobre a necessidade interior de fazer música. Se ele é cantado em português ou em inglês, não importa, uma vez que o objetivo principal é cumprir o primeiro instinto: a música. Lavoisier é um casal de portugueses influenciados um pelo outro e

por todo o mundo de sensações que a música pode trazer, e ao compartilhar o mesmo espírito de Michel Giacometti e Fernando Lopes Graça, criam a sua própria expressão musical, sem medos e sem preconceitos sobre qualquer coisa.

Sáb. 30 novembro às 22:30 Bar ACERT // Entrada gratuita


2016

TEATRO · ESPETÁCULO ESPECIAL

Neste espetáculo a relação do público com a representação é de grande proximidade. O palco e a plateia são um sítio único. O público faz parte da cena e partilha o espaço de representação. No dia internacional da pessoa com deficiência fazemos uma apresentação especial em que todos faremos uma nova experiência de comunicação, aproximando-nos de uma realidade que desconhecemos. Um dia único. Ser solidário também é experimentar.

GONÇALO F SANTOS

3 DEZ


Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Em memória ou a vida inteira dentro de mim Coprodução Gambozinos e Peobardos – G-T. da Vela com o Trigo Limpo Teatro ACERT Em memória ou a vida inteira dentro de mim é a história de um pai que perde um filho contada pelo próprio pai. No final da noite do velório, já de madrugada, Cláudio vai desfiando um rosário de recordações na tentativa desesperada de compreender o sucedido. Relembra fragmentos da sua vida, dialoga com várias personagens (inclusive com o filho), em busca de uma lógica impossível para a tragédia. Tenta organizar o caos que lhe vai dentro, num desabafo dorido mas, por vezes, irónico, verbalizando o que não tem explicação: o desespero de nos confrontarmos com o fim…

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Texto a partir de “Até ao Fim” de Vergílio Ferreira / dramaturgia: António Rebelo, Pedro Sousa e Pompeu José / encenação: António Rebelo e Pedro Sousa / interpretação: Pompeu José / participação especial: António Rebelo e Pedro Sousa / cenografia e design gráfico: Zétavares / desenho de luz: Paulo Neto / sonoplastia: Luís Viegas / música: Beethoven (Sonata ao Luar) fotografia documental: Cláudio Alves / fotografia de cena: Carlos Teles / vídeo: Fragmenesis / serralharia: Rui Ribeiro

Sáb. 3 dezembro às 21:45 Auditório 1 // 55min. // M/12 Bilhete: 7,50€ / Associado: 5€ / Desconto – 6€ / Desempregado: 2,50€ / Bilhete de Família disponível (p. 93)


O ano de 2016 tem sido marcado pela comemoração dos 40 anos da ACERT e a programação do FINTA é mais um sinal dessa celebração. A XXII edição do FINTA reflete de forma evidente o trabalho desenvolvido pela ACERT e, como tal, nesta festa do Teatro, contamos com a presença de Companhias com grande relacionamento artístico e de companheirismo com o grupo, abrindo portas a projetos inovadores que presenteiem momentos aliciantes para o público. Queremos celebrar o teatro… … com novos projetos teatrais; … com a oportunidade de rever espetáculos e Companhias que marcaram o percurso da ACERT ao longo destes 40 anos; … com várias ofertas teatrais direcionadas para todos os públicos; … contigo! Vem celebrar connosco o FINTA e os 40 anos da ACERT, numa festa que se pretende que seja multicultural e demonstrativa da estima e carinho para com um público que tem compartilhado com a ACERT a sua resistente e louca aventura de quarenta anos a fabricar sonhos. Dramático é perdê-lo!


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Os Meninos de Ninguém Mutumbela Gogo (Moçambique) TER. 6 DEZ / 21:45 / AUDITÓRIO 1

O regresso de um espetáculo que marcou o primeiro encontro, em 1993, entre o Trigo Limpo teatro ACERT, o grupo moçambicano Mutumbela Gogo e o escritor Mia Couto. Em duas noites, com o mesmo cenário, representouse este espetáculo e À Roda da Noite. A peça foi produzida em 1993 e, de lá pra cá, foi apresentada mais de 190 vezes. Durante os anos da Guerra civil, da brutal e devastadora destruição das estruturas sociais e dos movimentos sem fim de refugiados, cada vez mais crianças de rua se fizeram visíveis nas ruas das principais cidades de Moçambique. No centro da cidade de Maputo, onde está situado o Teatro Avenida, estas crianças foram e continuam sendo algo comum. Foi óbvio para o Mutumbela Gogo que uma peça sobre estas era um desafio natural. Através das suas vidas, muito poderia ser contado sobre a situação do país. Desde o início do nosso trabalho que sabíamos que tínhamos que

enfatizar a força e dignidade destas crianças, em vez de somente nos focarmos nas difíceis condições de vida das mesmas. Durante o processo de criação trabalhámos em contacto próximo com muitas delas. Todavia, nossa intenção nunca foi de criar uma peça documental. Queríamos, sim, captar o espírito e as experiências das mesmas e transformá-las num universo próprio no palco. Mutumbela Gogo O grupo teatral Mutumbela Gogo foi fundado em 1986 e já nessa altura integrava alguns jovens atores, que continuam fazendo parte do grupo nos dias que correm. Todos eles tinham as suas raízes no teatro amador que tem florescido em Moçambique desde a sua independência, em 1975. Mutumbela Gogo foi o primeiro grupo de teatro profissional de Moçambique. Desde o dia da sua fundação, o objetivo tem sido o de procurar inspiração e encontrar expressões da vida quotidiana em Moçambique. Até agora a maioria das produções tem sido baseada em obras de escritores moçambicanos. Mutumbela Gogo nunca recebeu

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algum fundo governamental. A bilheteira e a padaria no edifício do Teatro Avenida têm providenciado a base financeira durante muitos anos. Tem sido uma luta contínua para atar os nós. O grupo tem recebido, porém, algumas subvenções de várias agências de ajuda, relacionado

a determinados projetos. Mutumbela Gogo participou em vários festivais internacionais de teatro com muitas das suas peças. Bem-vindos aos Meninos de Ninguém. ¶¶ Manuela Soeiro


La Maldición de Poe Teatro Corsario (Espanha) QUA. 7 DEZ / 21:45 / AUDITÓRIO 1

Um surpreendente espetáculo de marionetas baseado nos contos de Edgar Allan Poe. A reposição de um espetáculo que obteve assinalável êxito no 1º FINTA

da obra, esta relação encontrará obstáculos, tanto nos personagens que Edgar vai conhecer (entre eles um polícia que o quer perseguir), como na frágil saúde de Annabel. E em plano secundários sucessivos, os personagens vão afetando o plano principal.

Um macaco doido que faz de barbeiro usando uma faca. Um bêbedo enfeitiçado por um gato. Uma galeria de personagens em situação de pesadelo e entre todos, o pequeno Edgar, que vai de terror em terror, perseguido pela lei e pela má sorte, atrás do amor de Annabel Lee.

Nos seus contos, Poe mostra um universo espantoso e poético. Poucos , como ele, conseguiram fascinar-nos com as fronteiras imprevisíveis da morte, essa aparente possibilidade de nos movermos entre os dois lados da linha. As suas personagens têm obsessões com pessoas, animais e objetos, mas a sua desventura é comovente. Em A Maldição de Poe, todas as personagens parecem manipuladas por uma força desconhecida (e é verdade que na sua condição de marionetas estão submetidas a uma manipulação severa). Apesar disso, a sua maldição não é outra que não uma repetida má sorte, decididamente cómica.

Os contos do escritor norteamericano Edgar Allan Poe (18091849) cruzam-se nesta peça. São contos aterrorizantes como “O Gato Negro”, onde um homem se mostra obcecado por um gato, “Os Crimes da Rua Morge”, onde um macaco faz a barba a um velho, ou o poema “Annabel Lee”, mostrando o amor impossível e trágico dos protagonistas. No plano principal, dois adolescentes – Edgar e Annabel – experimentam um amor incipiente sem deixarem de brincar como crianças autênticas. Ao longo

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Atores-manipuladores: Teresa

Romero / Marionetas e ceografia: Teatro

Lázaro, Olga Mansilla e Diego López /

Corsario / Autor e diretor: Jesús Peña

Manipulador de apoio: Javier M Diéguez / Música composta por: Juan Carlos Martín / Espaço sonoro: Juan Ignacio Arteagabeitia (Atila) / Iluminação: Javier Martín del Río / Técnico de luz: Santiago

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65 min. // M/12


Solo Contigo

Enano - free artist (Portugal/Espanha) QUA. 7 DEZ / 23.30H / BAR ACERT

A espontaneidade e a relação com o público é essencial para uma partilha sem limites. Quando estamos com Enano tudo pode acontecer, nada está marcado, o improviso é chamado aqui e agora. Não existem apresentações iguais. A espontaneidade e a relação com o público é essencial para uma partilha sem limites. Enano é um palhaço do mundo, residente no litoral alentejano há quase duas décadas. Tem viajado por mais de 250 cidades de 43 países, em todos os

continentes, e apresentado a sua peculiar linguagem. Palhaço ativista, com arritmia, a contratempo, esquizofrénico, natural, ibérico, pata negra, macaco, chocolate e pontual. Enano convida-te a partilhar o teu tempo com o seu tempo para “atemporar” o temporal que se avizinha com muito humor. Espetáculo com “culo” e muito coração com sístoles e diástoles. “Sou palhaço para não estar sozinho com os outros”, diz o próprio. 60 minutos

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JOÃO CRUZ ©


Amores e Humores da Bonecada Trulé

QUI. 8 DEZ / 15.30H / AUDITÓRIO 1

Um construtor e manipulador de eleição com seus bonecos com vida Apagam-se as luzes, acendem-se os projetores. No palco, dez cadeiras sentam os dez atores do espetáculo. Todos terão em comum, para lhes dar o momento de existência, o homem de negro que os faz e se faz boneco. E então eles, os atores, a solo enamoram-se, ironizam, uns ingénuos, outros arrogantes, mas todos sorvendo pequenos fragmentos da vida. E é vê-los em amores contidos, perdidos e encontrados em amores correspondidos e recusados, mas para todos o

humor é o condimento da vida. Coisas de bonecos... será? É que isto de ser boneco tem muito que se lhe diga. No espetáculo junta-se às marionetas uma interpretação das mesmas através da projeção de desenhos do marionetista. O espetáculo ganha, assim, um sentido de continuidade entre os diferentes quadros que o constituem. Construção e conceção do espetáculo e manipulação: Manuel Costa Dias / Regie: Gertrudes Pastor / Projeção de imagens: Joana Dias

50 min // Para Todos


Lançamento de Livro

ACERT XL o fio, a trama e a urdidura João Luís Oliva

QUI. 8 DEZ / 17:30 / AUDITÓRIO 1 Um livro com a chancela da editora Afrontamento em que «se assinalam 40 anos do percurso da ACERT e da companhia de teatro, inicialmente grupo amador, que lhe deu origem — o Trigo Limpo —, afinal peças do grande tear em que se vai fabricando o colorido pano de fundo de um palco em que todos actuamos, vivendo. Mas também onde se regista e comenta o papel e significado da sua interacção com a teia cultural e social (sempre também política) que envolve espaços e tempos em que se manifesta: o local e o universal, o ontem e o hoje.» Assinala, porém, o seu autor que «é insuficiente referir, isolada e especificamente, a actividade do Trigo Limpo desenvolvida com a sua particular ferramenta artística — o teatro — ou a da ACERT como estrutura de produção e gestão de um equipamento em que se programam diversas práticas culturais. Muito mais ampla é a importância de

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ambos na procura — através de uma energia com que se alcança um todo maior que a soma das suas partes — de um encontro plural entre os diferentes olhares do mundo nas comunidades em que a sua actividade se desenvolve.» Por isso é que, continuando a citar, «muito mais do que “cultura”, num armadilhado e indefinível sentido singular e substantivo, o que se referencia é a múltipla prática cultural prosseguida por quem — movido por (e assente em) rigorosos critérios estéticos e artísticos, mas que não se isolam da sua importância social — sente que isso implica a reinterpretação e a reconsideração de um processo de desenvolvimento e evolução em constante movimento e contínuo devir.» ¶¶ João Luís Oliva


RICARDO CHAVES ®


3 PERGUNTAS A

João Luís Oliva Este é um livro sobre os 40 anos da ACERT que não se fica pela celebração nem é só, afinal, sobre a ACERT. Que ideia esteve na sua origem? ACERT XL. O fio, a trama e a urdidura resulta da vontade da sua direcção marcar os 40 anos de actividade da Associação, que começa com o Trigo Limpo, ainda grupo amador, em 1976. Convidaram-me para (melhor: desafiaram-me a) escrever um livro que assinalasse essa marca e eu aceitei o convite (melhor: respondi ao desafio). E pronto… aí está um escrito que não é, nem quer ser, a História da ACERT, mas onde se procurou fazer uma exposição crítica do que foram esses 40 anos. E isso exige – para responder à primeira parte da pergunta – não apenas um “olhar para dentro”, mas a consideração da sua ligação e envolvimento com o(s) mundo(s) em que o seu trabalho teve e tem lugar: a comunidade local e regional, o espaço nacional, os três continentes em que já se manifestou. E a ponderação das ideias que possibilitaram a concretização desse importante e reconhecido trabalho

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Uma associação cultural e recreativa pode mudar um concelho? Está visto, pelo exemplo da ACERT, que pode contribuir decisivamente para essa mudança. Desde que o “cultural” e “recreativo” não se detenham na dimensão mental da paróquia e no estreito improviso bairrista, confundindo tradição com imobilidade ou regresso e modernidade com as práticas massificadas pela moda e pelos meios de comunicação. Sem se isolar do envolvimento social do seu desempenho, mas também sem seguidismo do que é imediato e fácil. Sempre com encontro, apoio e participação da comunidade em que (com quem) age.

É possível resumir o trabalho do Trigo Limpo e da ACERT em duas ou três frases? Não! Mas é possível enquadrá-lo em duas condições (pessoas – sempre primeiro as pessoas – e respectiva capacidade de criação e construção dos meios da sua realização) ou três ideias-chave (vontade, reflexão, dinâmica).


A Ilha Desconhecida

Coprodução Fundação José Saramago e Trigo Limpo teatro ACERT QUI. 8 DEZ / 21:45 / AUDITÓRIO 2 SEX. 9 DEZ / 10:30 E 14:30 / AUDITÓRIO 2

Como é que uma ilha poderá ser a utopia que há em cada um de nós? Como é que a utopia pode ser o desconhecido que se procura pelo prazer da navegação e o desprendimento pela calculista ancoragem? Imagine-se um pensamento de uma Mulher da Limpeza: “Se não sais de ti, não chegas a saber quem és”. Imagine-se que um Homem que Queria um Barco sonhou com a Mulher da Limpeza e lhe segredou: “Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar”. Agora, imagine-se que estamos no lugar deste homem e desta mulher; que temos diante de nós três portas: a dos obséquios, a das petições e a das decisões. Qual delas seremos tentados a abrir? No seu conto, José Saramago convida-nos a uma viagem em “que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós”. Habitar teatralmente esta aventura onde a metáfora se espraia na areia das palavras é desafiante. Parabolizar teatral e musicalmente uma narrativa que, sendo complexa,

não se pode desligar da singeleza do pensamento que a originou, constitui um desafio artístico aliciante. A palavra teatral e musicada é o roteiro para a construção de personagens oníricas, fantasiosa e poéticoamorosas. A música, território de eleição dos intérpretes, pisca o olho sedutor ao argumento, deixando-o fluir encantatoriamente. A cenografia e os figurinos são enxertias de uma só planta. Esta adaptação teatral do conto de José Saramago são as palavras de um livro feito palco. O Trigo Limpo teatro ACERT, após ter compartilhado com a Fundação José Saramago a maravilhosa aventura de A Viagem do Elefante que, desde 2013, continua e continuará a circular junto das comunidades onde ancora, aceitou afetuosamente este convite para partilhar, em coprodução, esta bonita loucura.

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A partir de “O Conto da Ilha

(Casa de Figurinos) / Carpintaria de

Desconhecida” de José Saramago /

cena: Filipe Simões / Adereços: Sofia

Pesquisa e coordenação literária: Sérgio

Silva / Costureira: Marlene Rodrigues

Letria e Sara Figueiredo Costa

/ Assistentes de produção: Joana

Adaptação e encenação: José Rui Martins

Cavaleiro e Ricardo Viel / Fotografia:

/ Interpretação: Catarina Moura e Luís

Ricardo Chaves / Apoio à produção:

Pedro Madeira / Música: Luís Pedro

António Gonçalves, João Silva e Marta

Madeira / Desenho de Luz: Paulo Neto /

Costa

Montagem e operação de luz: Rui Sérgio

Estreado a 22 de setembro de 2016 no

Henriques / Apoio técnico: Luís Viegas

FOLIO, Óbidos.

/ Cenografia: Zétavares / Figurinos, tapeçaria e adereços: Cláudia Ribeiro

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50 minutos


Levantei-me do chão Algures, Colectivo de Criação SEX. 9 DEZ / 21:45 / AUDITÓRIO 1

Um solo de um contador e cantador de histórias de José Saramago Levantamos o pó dos tempos, levantamos um livro bem lá no alto, levantamos ainda cabeça e o corpo, e acima de tudo tentamos levantar-nos como comunidade. Um músico de hoje conta e canta as histórias do livro. Serão necessárias novas músicas de intervenção? Numa conversa franca com o espectador, vamos descobrindo a musicalidade nas palavras e nas ideias de Saramago. Aqui reflete-se sobre a democracia – que mundo queremos, afinal? E tudo isto num concerto. Um solo de um contador de histórias carregado da memória afetiva da leitura e da importância dos conhecedores da obra do Nobel, ou um músico de canções avulsas, oriundas das palavras de Saramago, e ainda um ator submerso num texto inédito e assumidamente fragmentado. Um espetáculo baseado no livro onde se diz - à laia de mito - que o autor descobriu o estilo saramaguiano de narrar. Colagem de textos de Carlos Marques a partir de Levantado do Chão de José Saramago e outros textos. Inspirado

pelas palavras de Rui Pina Coelho; de José Gil; de Fernanda Cunha; de Pilar Del Rio; pelos filmes Network de Sidney Lumet e Asas do Desejo de Wim Wenders e Peter Handke; pela música de Gilberto Gil, Zeca, Zé Mário, Fausto, Sérgio Godinho... entre tantos outros.

75 minutos // M/12


Os Silvas Roger Bento

SEX. 9 DEZ / 23.30H / BAR ACERT

Humor na companhia da Zunzum Os Silvas são fruto de um mundo moderno – exposto, ritmado e definido – com a leveza do que é intenso: rapidamente procuram a aventura, desafiam a imaginação e interagem com quem os vê. Os vários momentos são recheados de diversão e curiosidade numa relação direta, participativa e surpreendente com o público. Rir é inevitável.

Interpretação e Conceção: Roger Bento / Direção Artística: Jorge Fraga / Operação de Luz e Som: Daniela Fernandes / Coprodução: Roger Bento e ZunZum Associação Cultural

50 minutos


Diz a verdade ao poder Vozes do outro lado da escuridão Bonifrates Grupo de Teatro SÁB. 10 DEZ / 18:00 / AUDITÓRIO 1 DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS

Testemunhos de casos reais de violação de Direitos Humanos e de protagonistas que lutaram pelos mesmos. Os corpos que veiculam estas vozes, ou estiveram pessoalmente expostos à violência ou foram testemunhas dessa violência sobre outros seres humanos, grupos, ou nações. Alguns viram os próprios pais, filhos ou esposas serem violentados e levados durante a noite. Outros viram crianças serem transformadas em soldados e forçadas a matar. Cada um deles viu coisas intoleráveis: um homem morto por causa da cor da sua pele ou da cor das suas opiniões, pessoas levadas para cubículos fechados e executadas a sangue frio, soldados a apontar armas a populações, mulheres odiadas por causa das suas opções sexuais. Viram propriedades ancestrais serem roubadas aos seus proprietários, florestas a serem devastadas, línguas maternas a serem proibidas. Viram livros a ser censurados, amigos sujeitos a tortura, jovens a ser escravizados. Viram advogados a ser presos e exilados por defenderem vítimas de violência. E, então, alguma coisa aconteceu. Algo extraordinário e

quase maravilhoso. As pessoas encontraram um meio de falar, decidiram que não podiam viver consigo próprias se não fizessem nada, que não podiam continuar as suas vidas se permanecessem caladas. E à medida que começaram a falar, descobriram que não a violência, mas o medo, começou a desaparecer lentamente. Quando falaram e descobriram que outros faziam percursos semelhantes, que havia outras vozes, umas perto e outras longe, descobriram as diferentes maneiras de dominar o medo, em vez de deixar que fosse o medo a controlá-las.

Os autores

ARIEL DORFMAN, escritor chilenoamericano, ativista dos direitos humanos, é um distinto professor da Universidade de Duke, tendo escrito livros em espanhol e inglês atualmente traduzidos em mais de 40 línguas. Às suas peças de teatro, encenadas em mais de 100 países, foram atribuídos inúmeros prémios, incluindo o Prémio Laurence Olivier (por Death and the Maiden, mais tarde filmado

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PAULO ABRANTES ©

por Roman Polanski). Em julho de 2010 foi-lhe dada a honra de proferir a Lição Nelson Mandela na África do Sul. KERRY KENNEDY é presidente da Fundação Robert Kennedy dos Direitos Humanos. Desde 1981, dedicou-se a variados temas dos direitos humanos incluindo o trabalho infantil, os desaparecimentos, o direito dos indígenas à terra, a independência judicial, a liberdade de expressão, a violência étnica, a impunidade, os direitos das mulheres e o ambiente. É autora de Speak Truth to Power: Human Rights Defenders Who are Changing our World (Crown Books/ Random House, 2008), que inclui também uma exposição fotográfica e uma peça de teatro de Ariel Dorfman.

/ Desenho de luz e vídeo: Nuno Patinho / Apoio ao movimento em palco: Leonor Barata / Apoio musical: João Lóio / Cartaz e Programa: Ana Biscaia / Fotografia de cena: Paulo Abrantes / Operadores de luz e de vídeo: Nuno Patinho e Hugo Oliveira / Assistente de cena e produtora executiva: Alexandra Sofia Vieira / Caracterização: Teresa Lopes / Penteados: Ilídio Design, Carlos Gago, Serralharia: Metalmiro / Carpintaria de Cena: Laurindo Marta e Jorge Neves / Costureira: Ilintina Marques / Elenco: / Alexandra Silva, Ana Pires Quintais, Cristina Janicas, João Paulo Janicas, João Pedro Gama, José Castela, José Manuel Carvalho,

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Texto: Ariel Dorfman sobre livro de

José Nelas, Maria José Almeida, Maria

Kerry Kennedy / Tradução: João Paulo

Manuel Almeida, Paula Santos, Rui

Moreira / Encenação: João Maria André

Damasceno, Vítor Carvalho / Produção

/ Cenografia e figurinos: Atelier do

da Cooperativa Bonifrates / Apoios:

Corvo/Círculo de Artes Plásticas de

Câmara Municipal de Coimbra e

Coimbra / Música ao vivo: João Fragoso

Fundação Calouste Gulbenkian


A Fera Amansada Jangada Teatro

SÁB. 10 DEZ / 21:45 / AUDITÓRIO 2

Uma comédia a partir da obra de William Shakespeare A Fera Amansada é uma das maiores, mais controversas e mais cómicas batalhas do sexo. A farsa gira em torno do cortejar de Petruquio, um caçador de fortunas, e Catarina, uma mulher temperamental e de pelo na venta. Inicialmente, Catarina não se mostra interessada no namoro, mas Petruquio sedu-la com uma série de truques psicológicos – “a domesticação” – até ela se sentir impelida a casar com ele.

A partir de: William Shakespeare / Encenação: John Mowat / Interpretação: Luiz Oliveira; Rita Calatré e Vítor Fernandes / Música Original e Interpretação: Rui Souza / Desenho de Luz: Fred Meireles e Fernando Oliveira / Fotos do dossier: Martin Henrik

60 minutos // M/12

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FILIPA BRITO ©


One Man Alone Teatro Didascalia

SÁB. 10 DEZ / 23.30H / BAR ACERT

Uma metáfora sobre o papel e a importância do artista na sociedade One Man Alone é um espetáculo a solo, literalmente a solo. Sem contracena, nem operador de luz nem som, o ator vê-se obrigado a prosseguir o seu espetáculo interpretando e operando ao mesmo tempo a própria luz que o ilumina e a música que acompanha a cena. Tudo acontece numa padaria, naquelas horas da noite em que o padeiro faz pão e o resto do mundo sonha com ele. A ação desenrola-se através do jogo entre o padeiro rodeado por baguetes, papo-seco, broas de milho, os seus instrumentos de trabalho e os sonhos que o fazem viajar pelo universo da imaginação e o catapultam para um mundo só seu, a altas horas da noite, acompanhando-o no amassar do pão. Talvez por uma necessidade de escape ele sonhe acordado. Talvez seja esse o fermento que faz crescer o seu pão. Todo o espetáculo assenta no virtuoso jogo físico do ator, na capacidade de se multiplicar em várias personagens, nas várias funções do seu métier, e na sua capacidade de surpreender através de um espetáculo onde a

magia é aliada da simplicidade. O espetáculo é de alguma forma uma metáfora sobre o papel e a importância do artista na sociedade. Vivemos tempos austeros, em que a arte é a primeira a sofrer os cortes cegos de uma política económica de desinvestimento na cultura. Os artistas, os mais afetados por essas políticas, obrigados a vaguear como saltimbancos em troco de “migalhas” que lhes permitam sobreviver e prestar um serviço público.

Criação, interpretação e cenografia: Bruno Martins Direção: Sérgio Agostinho / Figurinos: Joaquim Azevedo / Desenho de luz e som: Bruno Martins e Valter Alves / Design Gráfico: Beastly Beast / Fotografia de Cena: Tiago Braga / Produção executiva: Cláudia Berkeley / Coprodução Teatro da Didascália e Casa das Artes de Famalicão

60 minutos // M/12

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DR


2016

CONCERTO

Apresentação de Candy Mountain , o duplo álbum de estreia de banda onde se destaca o “blues-rock corridinho”.

DR

17 DEZ


The greyhound James’Band The Greyhound James’ Band Forjada na rudeza do rock clássico. Domada no calor do soul. Arrastada nas enevoadas vielas do blues. Apresenta Candy Mountain, o duplo álbum de estreia.

baixo), a que se juntam convidados de excelência, fortalecendo-o de forma natural e intuitiva.

guitarra, harmónica, voz: Tiago Gomes a.k.a. Greyhound James / guitarra:

Pó, amor e ruído. A música de Greyhound James (Tiago Gomes) nasce de uma mente descontinuada, que corre por lugares e momentos rodados em fita, sem no entanto, neles permanecer por muito tempo. Perseguido pela rudeza do Rock Clássico, propaga-se com o vigor de um cowboy renegado, que chora os seus pesares, montado nos Blues, adormecendo à luz do lume brando mas perpétuo do Soul. Candy Mountain, o duplo álbum de estreia, erige-se em palco sobre uma boa quadrilha (hammond/guitarra/bateria/

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Rodrigo Ribeiro / baixo: Rui Santos / bateria: Rui Tavares / hammond, rhodes, piano: César Oliveira

Sáb. 17 dezembro às 21:45 Auditório 2 Bilhete: 7,50€ / Associado: 5€ / Desconto – 6€ / Desempregado: 2,50€ / Bilhete de Família disponível (p. 93) thegreyhoundjamesband.com



TRIGO LIMPO

TEATRO ACERT

“Viver Viriato” apresentou 6 espetáculos, o Trigo Limpo teatro ACERT trabalhando com 8 parceiros e mais de 400 participantes entre profissionais e voluntários para milhares de espectadores.


VIVER VIRIATO

5 AGO 2016

24 SET 2016

O Polegar foi Viriato A Câmara Municipal de Viseu e a Viseu Marca, ao quererem associar-se à nossa festa dos 40 anos, desafiaram o Trigo Limpo teatro ACERT a propor uma realização para a Feira de S. Mateus de 2016. Foi simples. Nós propusemos a criação de um projeto onde o nosso pequeno grande Polegar iria brincar ao Viriato, mas construindo uma dramaturgia que englobasse o envolvimento de 8 parceiros que, na região, já costumavam colaborar connosco. A este projeto chamámos “Viver Viriato”. Tínhamos por base a ideia de que a história que iríamos contar, ou as histórias, teriam de envolver não só esses parceiros mas também as comunidades que normalmente com eles trabalhavam.

um motivo de regozijo e partilha de saberes, um motivador de autoestima e felicidade que, cada vez menos, é possível usufruir no nosso dia a dia. É com enorme orgulho que o Trigo Limpo teatro ACERT celebra 40 anos em parceria com todos estes companheiros de jornada. Prometemos continuar a construir, no nosso e no vosso dia a dia, outros momentos assim, marcantes e festivos, onde cada um de nós se sinta cidadão de um lugar que ainda dá lugar à esperança. Viva Viriato. Concepção e Direção Artística do Projeto Trigo Limpo teatro ACERT Promotores Câmara Municipal de Viseu e Viseu Marca

O mais “pequeno” foi a personagem central de várias histórias. Mas sem nunca tirar o protagonismo a todos aqueles que, fora das suas horas de trabalho, embarcaram nesta aventura, deram ideias, participaram de corpo e alma num evento que, sendo um forte fator de animação foi, essencialmente,

Projeto criado em Parceria Artística com Cine Clube de Viseu / Conservatório Regional de Música de Viseu / Companhia DeMente / Gira Sol Azul / Grupo Tribal / Teatro Regional da Serra de Montemuro / Teatro Viriato (Companhia Erva Daninha) / Zunzum Associação Cultural

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TRIGO LIMPO TEATRO ACERT ESPETÁCULOS EM ITINERÂNCIA/2016 VISEU MARCA / JOSÉ ALFREDO ®

Pequeno Grande Polegar Uma marioneta gigante é a personagem principal deste espetáculo Numa aldeia onde há muito não nascem crianças, uma gravidez pouco convencional torna-se símbolo de todas as esperanças… Uma história que é o sonho de um menino de verdade e do sítio onde uma pequena-grande criança muda a vida de uma comunidade, devolvendo-lhe os sonhos, a esperança e o futuro.

RICARDO CHAVES ®

70 minutos

A Ilha Desconhecida Espetáculo teatro-musical em coprodução com a Fundação José Saramago. Como é que a utopia pode ser o desconhecido que se procura pelo prazer da navegação e o desprendimento pela calculista ancoragem? 50 minutos

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RICARDO CHAVES ®

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

20 DIZER A interpretação poético-musical tendo como trilho a palavra com som, cor, corpo e alma A mestiçagem da declamação poética-teatral com a música, encantando viagens cruzadas por muitas geografias literárias emotivas. O prazer de fazer de cada palco um espaço de partilha emotiva. Um duo com muita gente dentro. Um momento de comunicação artística em que se procura autenticar o sábio pensamento de Millôr Fernandes: “Entre o riso e a lágrima há apenas o nariz”. 60 minutos // m/12 · Também em formato

CARLOS TELES ®

especial para público escolar

UM URSO COM POUCOS MIOLOS Diálogos e situações bem-humoradas que nos mostram uma nova forma de olhar o habitual, o quotidiano e a poesia “Todas as pessoas têm um herói e o herói do Senhor Pina é o ursinho Puff, personagem do seu livro preferido: As aventuras de Joanica Puff… Mas como é que um poeta com muitos miolos admirava um urso com poucos miolos? Só vendo, não é?”… Este espetáculo trata um bocadinho disso. A partir do livro de Álvaro Magalhães, O Senhor Pina, escrito em homenagem ao poeta Manuel António Pina. Duração: 45 min / M/3 Pré-Primária, 1º e 2º Ciclo

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RICARDO CHAVES ®

40 anos a pôr tudo em palcos limpos…

E AGORA? O escalpelizar da atualidade através das palavras de Gonçalo M. Tavares para tentar perceber o que se está a passar neste nosso mundo. E agora, partilha-se esta nossa criação com o público. Os personagens dialogam “caoticamente” sobre universos como o desemprego, a crise, a Europa. Acreditam mesmo que se torna mesmo necessário criar uma máquina para “fazer adultos mais rapidamente por via de choques eléctricos”. E agora?, deixa de ser somente uma pergunta, para ser também um enredo tecido de muitas teias que questiona a crueldade desumana..

EM MEMÓRIA OU A VIDA INTEIRA DENTRO DE MIM Um monólogo às voltas com a memória e as memórias de que todos somos feitos. O romance Até ao Fim, de Vergílio Ferreira, pelas suas características e a sua temática de conflito/confronto de gerações, mantém uma atualidade que nos levou a querer levá-lo para o palco, num gesto que quer beliscar, intimidar e até mesmo questionar. Coprodução: Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela | Trigo Limpo Teatro Acert 55 minutos // m/12

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CARLOS TELES ®

70 minutos // m/12


DIGRESSÃO TRIGO LIMPO

A Ilha Desconhecida

Um Urso Com Poucos Miolos

Óbidos 1 e 2 outubro de 2016 em às 21:00 Folio, Festival Literário Internacional de Óbidos

CovilhãTeatro das Beiras 7 de novembro de 2016 às 11:00 e às 14:30 Auditório Municipal de Cinfães 19 de novembro de 2016 às 21:30

O Pequeno Grande Polegar Alcobaça 15 de outubro de 2016 às 21:30 Books & Movies

Em Memória ou a Vida inteira Dentro de Mim Fundação Lapa do Lobo 22 de outubro de 2016 às 21:30 NACO, Oliveirinha 28 de outubro de 2016 às 21:30

E Agora?

Escolas do Concelho de Tondela 22, 23, 24, 29 e 30 de novembro e 2 de dezembro no âmbito do Dia Internacional da Pessoa Com Deficiência BAAL17, Serpa 27 de novembro de 2016 às 21:30

20 Dizer TAGV, Coimbra 9 de novembro de 2016 às 21:30 Fundação Lapa do Lopo 12 novembro 2016 às 22:30

TAGV, Coimbra 11 de novembro de 2016 às 21:30

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MAIS ACERT REABERTURA DO RESTAURANTE ACERT OFICINA APRENDER EM FILMES FORMAÇÃO ARTES PLÁSTICAS OUTRAS AÇÕES FORMAÇÃO INGLÊS E YOGA SECÇÕES DA ACERT DEBAIXO D’OLHO INFORMAÇÕES ANTEVISÃO

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Reabertura do Restaurante ACERT Último trimestre de 2016

Quase 1500 dias esteve fechado o Restaurante ACERT. Todo este tempo andámos à procura de um projeto e de um parceiro que se coadunasse ao espírito do espaço. Foi muito tempo sem um espaço que, como diz e com razão um associado, é tão importante neste projeto como os camarins! Agora, parceiro encontrado, obras de renovação feitas, o Novo Ciclo tem novamente um restaurante que será uma referência para o território. O espírito inicial do Centro de Recursos Culturais renova-se com esta reabertura.

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No dia de abertura a refeição será culturalmente enriquecida, como no futuro esperamos possa muitas vezes acontecer.


ATELIER APRENDER EM FILMES

Cine Clube de Viseu Jovens dos 15 aos 18 anos 6 a 12 participantes Quarta das 14:30 às 17:30 2 de novembro a 7 de dezembro 20 horas de formação Valor de inscrição de 7,50 € Desc, Associados: 5 € Inscrições na secretaria da ACERT

Aprender em filmes consiste na realização de filmes de animação e integra um conjunto de oficinas que utilizam o cinema de animação através de diferentes técnicas (pixilação, marionetas de papel recortado e de plasticina, desenhos animados no quadro preto, etc). Para esta etapa em Tondela, o CINE CLUBE DE VISEU convida a realizadora GRAÇA GOMES a assegurar a coordenação do projecto, com sessões orientadas de forma a construir um processo partilhado, tirando partido das contribuições de cada formando, desde o trabalho plástico de construção de cenários, adereços e personagens, animação até à filmagem e à sonorização.

Objectivos específicos 1. Promover a interdisciplinaridade: enquadrar várias áreas curriculares e não curriculares. 2. Potenciar o manuseamento directo das tecnologias de informação e comunicação. 3. Utilizar o cinema de animação como instrumento de motivação para novos conteúdos, programas curriculares e interesse geral.

Metodologia

Cada filme é realizado durante várias sessões, num total de 20 horas. Como ponto de partida, são analisadas as várias técnicas de cinema de animação. Explorar-se-ão com os alunos as diversas etapas para a realização de um filme, desde o trabalho sobre o tema, o eventual desenvolvimento de personagens e adaptação de uma história, à animação e sonorização. As sessões serão orientadas de forma a construir um processo e um produto partilhado, tirando partido das contribuições de cada formando, desde o trabalho plástico de construção de cenários, adereços e personagens, animação e por fim a filmagem. A metodologia adoptada optimiza a participação de cada participante no processo de captura de imagens e manuseamento de software,

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2 NOV 2016

7 DEZ 2016

FORMAÇÃO

proporcionando continuidade, na escola e em casa, das experiências de animação.

Realizadora: Graça Gomes Trabalha desde 1988 em cinema de animação nas áreas de publicidade e curtas-metragens de animação, colaborando com diversos estúdios e produtoras (Opticalprint, Pixel e Tintas, Animais, Ao Romper da Bela Aurora, Cão Amarelo, Animanostra, Alfândega Filmes e Filmógrafo). Realizou vários filmes didácticos de animação para as séries televisivas Rua Sésamo e Jardim da Celeste. Entre 1993\2001 frequentou um estágio profissional de formação Franco-Português

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em desenho e volume animado e vários «Cartoon Masters» organizados pela associação europeia de Animação. Concluiu, em 2012, a realização da série de cinema de animação Brincarolas, projecto da sua autoria, financiado pelo ICA, e colabora com o CCV, como formadora e realizadora das actividades de cinema de animação do projecto Cinema para as Escolas. Em janeiro de 2017 será feita a apresentação pública do filme realizado.


FORMAÇÃO ARTES PLÁSTICAS Formadora Vanessa Chrystie

Curso de Tinta-da-China e Aguarela Depois de dois cursos de iniciação, que decorreram em 2015 e 2016, chegou o momento de fazer avançar os interessados para uma sessão mais focada, proporcionando a oportunidade para quem realmente gosta e quer aprofundar as suas técnicas de tinta-da-china e aguarela. Trabalhando elementos naturais como modelos, iremos navegar mais fundo no mar das cores. O curso está aberto a todos quantos queiram aprender técnicas novas e aprofundar os seus conhecimentos ‘aguareláveis’. Durante a formação, e com o chegar da Primavera, iremos ter algumas sessões na rua. Não há nada melhor do que desenhar diretamente da natureza. Venham experimentar.

Início 2 de novembro (até abril de 2017) Ás quartas-feira, das 20:30 às 22:30, excluindo as semanas festivas. Duração 20 sessões Preço: 50 Euros/mês

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2 NOV

DR

2016


AÇÃO DE CURTA DURAÇÃO

Educação, Cidadania e Direitos Humanos Em parceria com o CFAE Planalto Beirão Dada a importância de cruzar uma educação para a cidadania com uma educação para os direitos humanos, pretende-se com esta ação apresentar aos docentes do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário um conjunto de instrumentos que os ajudem a sensibilizar os jovens de um modo interativo e interessante para a problemática dos direitos humanos. No mundo atual continuam a registar-se inúmeras violações desses direitos e a sua aprendizagem e exercício inscreve-se nas mais diversas escalas: desde o lar, ao bairro, à escola, à região, ao país e ao mundo. Conhecer os direitos humanos e o modo de os tornar uma realidade consagrada na existência quotidiana e não apenas uma aspiração ideal é o objetivo desta ação. Por outro lado, a ação de formação antecede a apresentação no FINTA, a 10 de dezembro (data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos), da peça “Diz a verdade

ao poder: vozes do outro lado da escuridão”, de Ariel Dorfman, pela Bonifrates. Pretende-se, assim, também que a formação permita desenvolver programas de acesso à peça e, com isso, que os alunos assistam ao espetáculo, potenciando a possibilidade de os docentes desenvolverem com com aqueles atividades sobre a temática dos direitos humanos, bem como contribuir para a sua educação estética.

19 de novembro Formadores: João Maria André, José Manuel Pureza e Cristina Janicas Mais informações e inscrições CFAE Planalto Beirão

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OFICINAS NAS ESCOLAS

Escrita Criativa 2015/2016 Concurso – uma letra, uma canção

No âmbito das sessões de escrita criativa que desenvolvemos, no passado ano letivo, com os alunos de 8º ano do Agrupamento de Escolas Tomás Ribeiro, propusemos, numa das sessões, que se ouvisse e analisasse a letra da canção de Pedro Abrunhosa “Um momento”. Seguidamente desafiámos os cerca de 150 alunos a escreverem uma letra para uma canção que seria, depois, musicada pelo músico Gustavo Dinis. A qualidade dos trabalhos apresentados foi surpreendente e dificultou o trabalho da préseleção, que elegeu onze letristas. Os trabalhos foram depois enviados para um júri constituído por Pompeu José e Pedro Sousa (ACERT), Felisberto Figueiredo (Rotary Club de Tondela) e Elisa Figueiredo (Escola Secundária de Tondela). Após apuramento das pontuações o trabalho mais votado foi o de Pedro Henrique Almiro Miroto, da Turma 8D da Escola Secundária de Tondela

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Uma flecha ardente Um tiro no ar Um castelo distante Uma princesa a gritar Um soldado a chorar Uma espada no chão Um céu a brilhar Um grande canhão Uma cidade a cair Um cão a ladrar Um menino a fugir Para o centro do mar Refrão Pedes-me ajuda Mas não sei para onde ir O que mais fazer


DEBAIXO D’OLHO

Teatro na Paisagem

Jaime Rocha, Catarina Barros, José Manuel Baptista e Ana Freitas Editor Biblioteca Municipal José Baptista Martins/ Vila Velha de Ródão

Será difícil encontrar este pequeno livro nas livrarias, mas vale a pena falar dele pelo muito que guarda em tão poucas páginas. Aqui se reúnem os quatro textos que serviram de base ao trabalho desenvolvido e apresentado por um grupo de quatro atores – Ana Amorim, Ana Freitas, Mário Trigo (também encenador) e Santiago Ceia, e pelo escritor Jaime Rocha, durante a última edição do encontro Poesia Um Dia, em Vila Velha de Ródão. Resultado de uma residência de escrita e dramaturgia, os textos refletem as visões de quem os escreveu, sim, mas também os temas convocados pela comunidade numa conversa prévia com esta equipa. A desertificação, a míngua

de oportunidades ou a fábrica de papel que, no meio da vila, aponta uma chaminé fumarenta ao céu e quebra a beleza do local com um cheiro nauseabundo são alguns desses temas. Encenados em quatro espetáculos que se adaptaram a quatro diferentes lugares, tirando partido da paisagem natural e edificada, estes textos fizeram-se presentes no lugar que os fez nascer, mas a sua existência em letra de forma pode bem ser ponto de partida para outras derivas cénicas. Ou, pelo menos, para que a relação entre escrita, encenação e território tenha continuidade numa leitura individual ou em outros voos colectivos. ¶¶ SFC

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DEBAIXO D’OLHO

Carga de Ombro Samuel Úria

Editor ​Flor Caveira/ Edições Valentim de Carvalho

Não é a primeira vez que Samuel Úria faz um disco que merece que nele se dispendam todos os bons adjectivos, até aqueles que o pudor impede que se usem generosamente em letra de forma. Carga de Ombro é um disco tão atravessado pela seriedade dos temas como pela vontade de fazer deles hinos breves (às vezes, hinos tão intensos como “Ei-Lo”, uma elegia espiritual capaz de colocar o mais empedernido dos ateus a cantar “Eis o rei dos réus/E que lição nos dá mesmo sem falar” a plenos pulmões). O modo como desmancha frases feitas, transformando lugarescomuns em versos sublimes, ou como mistura o quotidiano mais

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rasteiro com a elevação verbal de um clássico da literatura, fazem de Úria um letrista de primeira água. As canções, no entanto, não se fazem apenas com palavras e cada uma das onze que integram este trabalho mostra um compositor loquaz, partindo da guitarra e de alguma intimidade sonora para a construção de frases musicais que tanto convocam a pop ligeira dos anos 80 como as muitas heranças da folk norteamericana. Pelo meio, há canções há auto-depreciação, ironia e canções de amor, quase tudo o que nos faz falta para a felicidade contemporânea. ¶¶ SFC


FORMAÇÃO NA ACERT Cursos de inglês para crianças e jovens Os cursos de inglês na Acert são organizados pela International House de Viseu, que faz parte da International House World Organization, mundialmente reconhecida pela qualidade do ensino. Os professores são ‘native speakers’ e possuem formação específica no ensino do inglês

como língua estrangeira. Os alunos frequentam duas aulas de 90 minutos por semana, integrados em turmas de acordo com o seu nível de conhecimentos, completando dois níveis durante o ano letivo (outubro a junho).

Núcleo de Escalada Acert Se gostas de adrenalina, de enfrentar os teus medos, se gostas de escalada, junta-te ao NEA. Vem manter-te em forma, tornar-te mais ativo… “Venga ai” como dizem os escaladores. Para pertencer ao NEA é necessário: Ser sócio da Acert; Inscrever-se e ter seguro (mínimo nível 3) pela Fpme (Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada).

Horário terça-feira das 17:45 às 19h - Para crianças e jovens Quinta-feira das 21 às 22h - para jovens e adultos Ginásio do Pavilhão Desp. de Tondela. Sessões de treinos custam 10 euros /mês. Responsáveis André Fernandes, Nélson Cunha e Rafael Lopes Contato escalada@acert.pt

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NÚCLEOS ACERT Núcleo de Basquetebol Acert Há mais de duas décadas a dinamizar a aprendizagem e a prática do basquetebol, o nba oferece formação na área do Minibásquete para os mais novos e treinos regulares para atletas de todas as idades. Sub 14 Masculinos Nascidos em 2001 e 2002 2ª, 4ª e 6ª feira / Pavilhão Esc. Sec. Molelos, das 18:00 às 19:30

Núcleo de Karaté da Acert Pretendemos promover a prática do Karaté de forma individualizada, gerindo a natureza lúdica, agonista e de solicitação das qualidades físicas das tarefas que prescrevemos. Traga inicialmente um fato de treino, venha conhecernos e decida depois se entra na nossa família de karatecas. Treinadores: Sensei Ricardo Chaves e Sensei António Gouveia Treinos: terças e quintas-feiras, no Pavilhão Municipal de Tondela menores de 14 anos: 19h - 20h maiores de 14 anos: 20h - 21h

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MiniBasket Nascidos de 2003 a 2008: 2ª, 4ª e 6ª feira Pavilhão Mun. Tondela, 18h às 19:30h

Contatos: Pedro Tavares 966 283 153 Isabel Fernandes 918 792 557 Tiago Vale 967 186 594 e-mail basquetebol@acert.pt


ACERT CORPOS SOCIAIS

PROGRAMAÇÃO NOVO CICLO

Assembleia Geral Presidente: Luís Henrique P. Brás Marques 1º Secretário: Ana Maria Pereira Bastos 2º Secretário: Carlos Manuel Marques Lima

Equipa de Coordenação Carlos Silva, José Rui Martins, Luís Cruz, Marta Costa e Miguel Torres

Conselho Fiscal Presidente: António Elísio Miranda Lindo 1º Secretário: Jorge Manuel Vaz Mendes 2º Secretário: Margarida Amélia G. R. Melo

Equipa Técnica Luís Viegas e Paulo Neto Produção Marta Costa e Rui Coimbra

Direção Presidente: Luís Gonzaga Tenreiro da Cruz Vice-Presidente: Maria Lizete C. Lemos 1º Tesoureiro: Pompeu José Oliveira Cortez 2º Tesoureiro: Carlos Alberto Antunes Silva 1º Secretário: Miguel Cláudio Torres Bruno 2º Secretario: José Manuel M. Silva Tavares 1º Vogal: José Rui Martins Henriques 2º Vogal: Carlos Alberto Teles de Figueiredo 3º Vogal: Paulo Fernando F. Santos Neto 4º Vogal: João Paulo Leão Borges 5º Vogal: Ricardo Miguel T. Chaves Ferreira

Gestão e Tesouraria Pompeu José e Rui Vale

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

AGENDA DE PROGRAMAÇÃO

Direção Artística José Rui Martins e Pompeu José

Contribuíram para esta agenda Carlos Silva, José Rui Martins, Luís Cruz, Marta Costa, Miguel Torres e Pompeu José

Elenco Permanente António Rebelo, Ilda Teixeira, José Rui Martins, Pedro Sousa, Pompeu José, Raquel Costa e Sandra Santos

COORDENADORES Núcleo de Basquetebol Acert Pedro Tavares Núcleo de Escalada Acert André Gonçalves, Nélson Cunha e Rafael Lopes Núcleo de Karaté da Acert Ricardo Chaves

Secretariado Paula Pereira Promoção e Imagem Zétavares Limpeza Efigénia Arede

Edição Sara Figueiredo Costa Paginação Zétavares Fotografias Carlos Teles, Ricardo Chaves e das companhias e produtores programados Pré-impressão, impressão e acabamento Rainho & Neves, L.da

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INFORMAÇÕES E HORÁRIOS HORÁRIOS Bilheteira/Loja (Dias com programação) Das 15:00 às 17:00 e das 20:30 às 22:00 Secretaria e Tesouraria 09:30 às 13:00 e das 14:00 às 18:00

Bar Acert 14:00 às 02:00 Reservas Deverá levantar as suas reservas durante o horário de funcionamento da bilheteira e até 24h antes da hora de início do espetáculo, ou ficarão sem efeito.

Preços Admissão de Associados ACERT Pagamento de uma joia de 0,50 € e uma quota semestral de 7,50 € Associados (e equiparados) Preço de Associado da Acert e/ou sócio das entidades seguintes: Cine Clube de Viseu; d’Orfeu Associação Cultural; Viriato Teatro Municipal; Teatro Aveirense; Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo da Caixa Geral de Depósitos; Descontos Estudantes, Reformados, Portadores de Cartão Jovem e Cartão Jovem Municipal. Preço de Família Num agregado familiar com 3 ou mais pessoas, um dos filhos, desde que menor de 18 anos, não paga.

Auditórios (excepto quando devidamente anunciado) Bilhete: 7,5 € Associados: 5€ Descontos: 6€ Desempregado: 2,5€ Espetáculos público escolar: 2€. Crianças Espetáculos de Sala: grátis 3 a 5 anos. Espetáculos Infantis: Pagamento a partir dos 3 anos, inclusive. Finta / Dia Normal 6,00€ Associados 4,00€ Descontos 5,00€ Desempregados 2,00€ Finta / Cadernetas Cadernetas 25,00€ Cadernetas Assoc. 17,50€ Baile dia 4 de novembro Normal 2,50€ / Associado 2€ Casal 4€ / Casal Associado 3€

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ZETAVARES ©

ANTEVISÃO

É possível antever o ano de 2017, quando ainda não foram divulgados os mecanismos de apoio às artes? É assim que temos de viver, pensando o próximo ano, o nosso 41º, sem saber se e quais os mecanismos de apoio por parte do poder central. Entre 2013 e 2016 beneficiamos de um apoio quadrienal; esse contrato acabou. Nesse período fizemos coisas extraordinárias como A Viagem do Elefante, a Oficina de Criação Cenográfica e o Pequeno Grande Polegar.

É nessa senda que vamos continuar, a apostar na criação artística e na programação cultural enquanto fatores de valorização do nosso projeto e, consequentemente, do nosso território.



A ACERT é uma estrutura financiada por

ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota, 14; 3460-613 Tondela t: (+351) 232 814 400 / www.acert.pt


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