Agenda ACERT 4º. trimestre 2018

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ACERT

OUTUBRO NOVEMBRO+FINTA DEZEMBRO2018



OUTUBRO ªDEZEMBRO 2018 PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO NOVO CICLO ACERT E INFORMAÇÕES SOBRE AS ATIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO CULTURAL E RECREATIVA DE TONDELA

A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR


Edição

Acert Associação Cultural e Recreativa de Tondela R. Dr Ricardo Mota, 14; 3460-613 Tondela (+351) 232 814 400 www.acert.pt Setembro de 2018


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OUTUBRO ªDEZEMBRO 2018 EDITORIAL


E chegamos à apresentação da última agenda do ano de 2018, com a programação cultural do Novo Ciclo ACERT nas várias áreas artísticas, o FINTA – Festival Internacional de Teatro ACERT e a criação artística do Trigo Limpo teatro ACERT para o último trimestre. A agenda que apresentamos agora não é, no entanto, a que pretendíamos apresentar. No primeiro trimestre deste ano (aguardávamos ainda a conclusão do concurso ao apoio às artes da Direção Geral das Artes, para o quadriénio de 2018-2021, a que tínhamos submetido um projeto que se propunha repor os valores de apoio de 2005), apresentámos uma agenda cujo programa correspondia aos valores de apoio por nós solicitados na candidatura, na expectativa de que cumpríamos todos os pressupostos para que esse apoio se viesse a concretizar. (E cumprimos o programa dessa agenda na íntegra…) Entretanto, saíram os resultados do concurso da DGArtes e vimos, estupefactos, que não só a ACERT não iria receber o valor proposto, como veria esse valor reduzido em 16% em relação ao apoio quadrienal anterior, e um corte de 40% em relação ao apoio solicitado nesta candidatura.


Continuamos a não entender as razões que levaram o júri a decidir esse corte, uma vez que sempre cumprimos todos os contratos anteriores e o programa que apresentámos a concurso era um projeto de continuidade das ações desenvolvidas anteriormente, sem nenhuma alteração que justificasse a redução deste apoio. Mas a verdade é que tudo tentámos para que fosse reposta a justiça sem termos, até ao momento, qualquer resultado. Continuamos, no entanto, a acreditar que o projeto da ACERT é um fator de desenvolvimento e a prova de que cultura é uma das ferramentas fulcrais desse desenvolvimento no interior do país. De referir que tudo isto só é possível realizar porque continuamos a ter a parceria da Câmara Municipal de Tondela, das empresas, estabelecimentos de ensino e associações da região, da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões, de um sem número de autarquias e de grande parte dos criadores a nível nacional, da comunidade que nos acolhe, do nosso público e dos associados da ACERT, razão de ser de toda a nossa atividade. Dezembro será um dos meses, por excelência, em que a ACERT é habitada por muitas outras organizações a propósito das festividades natalícias. Esta é a continuidade do nosso trabalho com a comunidade. Apresentamos, pois, a agenda para Outubro, Novembro e Dezembro de 2018, com a promessa de continuaremos a tudo fazer para melhorar o serviço público que prestamos sem baixar os braços perante as adversidades.


PROGRAMAÇÃO OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2018 6 out Exposição/conversa Luís Afonso 6 out Café Concerto Flávio Torres 13 out Café Concerto Urso Bardo 15 out Apresentação CD “15 de outubro” de Paulo Nuno 15 out Café teatro “Fogo!” TLTA 19 out Dança “Dança” Procjeto Ruínas 20 out Concerto Tocar o Chão 25 e 26 out Teatro Escolar No Tempo da menina… 26 e 27 out Workshop de Voz “Circle Singing” com Luísa Vieira 27 out Teatro No tempo da menina…

p. 9 p. 69 p. 70 p. 13 p. 11 p. 15 p. 17 p. 19 p. 21 p. 19

3 nov Concerto 03 nov Café Concerto 9 a 11 nov Formação 10 nov Nu Palco 10 nov Café Concerto

Joana Guerra Can Cun A Poesia na Cerâmica Negra Tiago Pereira The Heartman & Friends

p. 23 p. 71 p. 24 p. 27 p. 72

14 nov 14 nov 14 nov 14 nov 15 nov 15 nov 16 nov 16 nov 17 nov 17 nov 17 nov 17 nov 17 nov 23 e 24 nov 24 e 25 nov 26 a 28 nov

“Para ti, Sophia” - TLTA Construção de um forno de cerâmica “Para ti, Sophia” - TLTA

FINTA / Teatro Ante-estreia "Para Ti, Sophia" p. 35 FINTA / Exposição Fernando Taborda p. 35 FINTA / Lanç. CD CD 'O Pequeno Grande Polegar' p. 36 FINTA/Teatro Inspektor p. 39 FINTA/Café Teatro Nem eu sei como fiz isto p. 43 FINTA/Teatro La tortilla de mi madre p. 40 FINTA/Novo Circo Mundo Interior p. 44 FINTA/Café Teatro O Homem de La mancha p. 49 FINTA/Formação Construção marionetas em esponja p. 51 FINTA/Teatro Plip p. 52 FINTA/Edição Apresentação do livro "A Partir do Preto" p. 54 FINTA/Teatro Currais p. 56 FINTA/Café Teatro Prézidente p. 59 Estreia Teatro Formação Teatro

1 dez Concerto 14 dez Teatro 15 dez Café Concerto

p. 63 p. 61 p. 63

“Vi(r)ver Sem Ver” p. 65 “AAC Associação Amizade no Casamento” p. 67 Baleia, Baleia, Baleia p. 73



6 out inauguração e conversa com o autor Sáb, 18:00 Galeria ACERT

LUÍS AFONSO OUTROS CARTOONS

Uma mostra de trabalhos menos conhecidos do autor de Bartoon, Barba e Cabelo e A Mosca. São 50 as obras expostas que pode ver na galeria da ACERT Luís Afonso (1965, Aljustrel) Com formação académica em Geografia (Universidade de Lisboa, 1988), foi professor da disciplina e trabalhou em projetos de desenvolvimento local/regional até 1995. A partir desse ano dedicou-se exclusivamente aos cartoons, atividade que havia iniciado 10 anos antes. Colabora em vários órgãos de comunicação social, sobretudo na imprensa, com tiras diárias nos jornais Público (Bartoon), A Bola (Barba e Cabelo) e Jornal de Negócios (AS), mas também na rádio e na televisão, com uma rubrica diária na Antena 1 e RTP (A Mosca). É autor de oito livros de cartoons, sete como autor integral e outro como argumentista. Em 2012 estreou-se na ficção com

O Comboio das Cinco, a que se seguiu, em 2016, O Quadro da Mulher Sentada a Olhar Para o Ar Com Cara de Parva e outras histórias, ambos editados pela Abysmo. Em 2017 publicou o conto “Chez Hippolyte” na edição portuguesa da revista Granta. Inauguração e conversa com o autor moderada por Nuno Santos Cash: 6 de outubro, às 18:00 De 6 out. a 8 nov. Galeria ACERT · Entrada Gratuita



15 out. Seg, 21:45 café com teatro

FOGO!

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT Rir é o melhor remédio

© CARLOS FERNANDES

Um ano passou sobre os trágicos acontecimentos de 15 de outubro de 2017. O Trigo Limpo teatro ACERT volta a apresentar, no Bar ACERT, o espetáculo que ali estreou em 16 de março de 2018 porque, como diz o povo, “rir é o melhor remédio”. Esconjuremos esse mau momento e as suas marcantes memórias, gargalhando com este “fogo!” baseado em textos de vários autores e onde, sempre de uma maneira divertida, nos debruçamos sobre essa catástrofe que tão violentamente assolou a nossa região.

texto: a partir de Luís Vaz de Camões, Santos Fernando, Ricardo Araújo Pereira e Raul Solnado Dramaturgia, encenação e interpretação: Pompeu José, Raquel Costa e Sandra Santos Desenho de luz: Paulo Neto Sonoplastia: Luís Viegas Agradecimento: Bombeiros Voluntários de Tondela

Seg, 15 de outubro às 21:45 Entrada Gratuita Bar ACERT · M/12 · 50 mins.

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15 out Seg, 21:00 apresentação CD/concerto

CD '15 DE OUTUBRO' PAULO NUNO

© GUSTAVO DINIS

Um disco que nasce dos incêndios de 2017, em Tondela, lembrando o medo sem deixar de exaltar a necessidade de reagir. A memória humana é inerentemente reconstrutiva, e é da reconstrução de uma dura memória, a do dia 15 de Outubro de 2017 em Tondela, que este disco resulta. Uma reconstrução catártica e necessária de um encadeamento de acontecimentos e decisões, comuns aos de tantos outros nesse dia, nesse local. A reconstrução possível, onde palavras penariam por se adequar, de emoção e sensação de quem viu a sua vida e a dos seus cercada pelo uivo do fogo. Uma reconstrução íntima, na primeira pessoa, que nos transporta para momentos onde não almejamos estar mas que devemos partilhar, para não esquecer, e para a partir daí reunir fôlego. Alicerçado em explorações da guitarra eléctrica e efeitos, João Palavra (Paulo Nuno Martins) conta-nos com mestria e sinceridade o seu 15 de Outubro, num disco ambiental e cinemático, mas mais 13

assertivo do que expansivo. Com o seu estúdio caseiro inutilizado pelo vil lume, foi no retiro dos estúdios da ACERT que as memórias foram gravadas e arranjadas nos meses que se sucederam, resultando não só num registo emotivo de um que dia abalou toda uma região, como numa obra degustável por direito próprio. 15 de Outubro aproxima-se da linhagem da música Ambient (ao longo do disco ecoam vinhetas passíveis de evocar Biosphere, William Basinski, ou Windy & Carl), seguindo porém um caminho mais contido e direto na reconstrução sequencial de um dia que foi mais longo que os outros. ✎✎ PM

Seg, 15 de outubro às 21:00 Auditório 2 · Entrada Gratuita

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19 out Sex, 21:45 dança

DANÇA

PROJECTO RUÍNAS

© FRANCISCO CAMPOS

Três intérpretes à procura da sua própria história, entre o apelo da vida e a inevitabilidade da morte. Algumas palavras... Três intérpretes dançam entre recordações e imagens de arquivo. A história de três personagens que só se entendem quando dançam... Dança é uma espécie de esforço biográfico, em que três intérpretes descrevem no espaço as suas vidas atribuladas, os seus problemas pessoais, a sua incapacidade de se relacionarem entre si, e depois morrem em cena. Em palco assistimos, na verdade, a três "danças da morte". As personagens, que até podiam ser fantasmas, lutam contra a inevitabilidade da sua própria morte. A primeira pesquisa para este espetáculo foi à volta do movimento e das ações que se conseguiam extrair da peça de Strindberg, A Dança da Morte. Numa segunda fase procurámos dar uma lógica a esse conjunto de ações para construir uma coreografia. Sem sucesso. A partir daí aceitámos o absurdo dos movimentos criados e demos-lhe um contexto individual onde podiam ganhar outros 15

significados. Descobrimos que o que unificava o trabalho de cada intérprete era a sua biografia. Nesse momento, por portas travessas, voltámos a ideia da “dança da morte”, já não a narrativa física da peça de Strindberg, mas ao seu conteúdo intrínseco. Concepção e Encenação Francisco Campos / Interpretação Leonor Keil, Francisco Tavares e Francisco Campos / Desenho Luz Nuno Patinho / Figurinos Maria Reis Rosa / Grafismo Miguel Rocha / Registo e Edição Rodolfo Pimenta / Produção Catarina Caetano e Inês Pereira / Financiamento Município de Montemoro-Novo | ME - Direcção Geral das Artes / Parceria LAMA – Laboratório de Artes e Média do Algarve / Apoio Projecto M | Plansel | Teatro Ibérico | Companhia João Garcia Miguel | O Espaço do Tempo Preço: 7,50€ / Associados: 5€ Ver descontos p. 87 Sex, 19 de outubro às 21:45 Auditório 1 · M/12 · 60min

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20 out

TOCAR O CHÃO

Sábado, 21:45 concerto

CARLOS PENINHA

© JOSÉ ALFREDO FOTOGRAFO

Música portuguesa a viajar entre palavras, ritmos e harmonias de muitas geografias. Tocar o Chão é um projeto musical de canções da autoria de Carlos Peninha, criadas a partir de poesia em língua portuguesa. Algumas delas já integraram outros projetos musicais, sendo a maioria originais que ganharam novos arranjos e interpretações vocais. Carlos Peninha, desde há muitos anos, tem vindo a compor temas para música de cena, nomeadamente para várias produções teatrais do Teatro Trigo Limpo Teatro ACERT, tal como músicas que integram edições discográficas de outros grupos e autores, para além de participar como instrumentista em gravações e como convidado em espetáculos de outros músicos, por exemplo, Zeca Medeiros ou Luis Pastor, que são duas das vozes convidadas no Cd Tocar o Chão. Carlos Peninha explora musicalmente a mestiçagem entre a música portuguesa, o jazz e ritmos de várias latitudes. Nos últimos anos, o projeto foi adquirindo matizes marcantes que resultam das afinidades estabelecidas com os músicos o acompanham, com destaque para Sara Figueiredo na voz. 17

Muitos são os poetas companheiros de viagem nas composições que interpreta: Jorge de Sena, Teodomiro Leite de Vasconcelos, Miguel Torga, Amílcar Cabral, Eugénio de Andrade, António Quadros, Ruy Belo ou João Luís Oliva entre outros. Tocar o Chão é o nome deste primeiro CD a solo de Carlos Peninha. Um oportuno momento de celebração da poesia de língua portuguesa vestida com música de raiz portuguesa temperada com sabores de multiculturalidade. Voz: Sara Figueiredo / Flauta e Voz: Luísa Vieira / Guitarras e Voz: Carlos Peninha / Guitarra nylon: André Cardoso / Trompete e Fliscorne: Daniel Tapadinhas / Baixo eléctrico: Miguel Cardoso / Percussão: Flávio Martins / Animação, ilustração e projeção video: Mariana Marques Preço: 7,50€ / Associados: 5€ Ver descontos p. 87 Sáb, 20 de outubro às 21:45 Auditório 1

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27 out Sábado às 16:30 teatro para famílias

NO TEMPO DA MENINA DOS CABELOS BRANCOS TEATRO ONOMATOPEIA (ZUNZUM ASSOCIAÇÃO CULTURAL)

© MARA MARAVILHA

Um espectáculo para todas as idades onde a brincadeira é o fio condutor entre diferentes gerações. Através de uma querida avozinha e do seu irrequieto e divertido neto, esta peça para toda a família contrapõe as brincadeiras dos tempos antigos com a dos tempos modernos. Alguns dos jogos e brincadeiras de antigamente, que podem ser jogados no final por quem assiste, mostram que a habilidade e a imaginação nos podem levar a sonhar, quem sabe, com os tempos de hoje, onde tudo nos é dado e nada, ou quase nada, é por nós construído. Marca de um tempo não tão antigo assim, em que o fruto da nossa imaginação e da arte de com pouco se fazer tudo eram sinónimos de brincadeiras entre amigos em que o tempo parava e um dia nunca chegava. Uma história para avós e netos, para 19

ser descoberta com a saudade de quem já foi criança e nunca deixou de o ser. Dramaturgia e Texto Original: Pedro Sousa / Encenação: Coletiva / Interpretes: Isabel Costa e Roger Bento / Cenografia, Figurinos e Ilustração: Mara Maravilha / Carpintaria: Fernando Saraiva / Material Gráfico e Design: oficina Zé ferreiro Preço: 7,50€ / Associados: 5€ Ver descontos p. 87 25 e 26 de outubro: 10:30 e 14:30 espectáculos para jardins de infância 27 de outubro às 16:30 - espetáculos para toda a família Auditório 2 · 45 mins.

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26 e 27 out Sex. e Sáb. workshop

CIRCLE SINGING WORKSHOP DE VOZ COM LUÍSA VIEIRA

© MARLENE SOARES

Laboratório de Improvisação Vocal (sob a coordenação da cantora Luísa Vieira) Tradição ancestral de canto improvisado, o circle singing constitui um ritual musical no qual os cantores, dispostos em círculo, são convidados a cantar padrões improvisados e a criar música no momento, dirigidos por um líder, o facilitador. Tendo como base a improvisação, este workshop promove a libertação da criatividade vocal, da expressão musical e de uma certa teatralidade, tendo em conta as potencialidades do instrumento primordial que é a voz, aliada ao corpo em movimento, sempre em comunicação e colaboração com o outro, partilhando ideias musicais de forma espontânea, guiados pela capacidade auditiva e pela intuição. Através de jogos interativos inspirados nos métodos de Bobby Mcferrin, Rhiannon e outros colaboradores, serão aprofundados elementos técnicos como o ritmo, a melodia, a harmonia, a forma, a 21

dinâmica e o som, aprendendo a ouvir e a reagir, sabendo quando liderar ou acompanhar, sempre a favor da performance, do som coletivo. Para quem Este workshop é destinado a cantores profissionais, amadores, instrumentistas, atores, bailarinos, performers ou qualquer pessoa com o desejo de explorar a sua voz livremente, num ambiente multifacetado e interdisciplinar, livre de preconceitos. Participem! Não percam esta oportunidade!

N.º de participantes: 10 a 25 8h formação Preço: 30 € / Associados: 25 € Sexta: 21:00 - 23:00 Sábado: 10:00–13:00 / 14:30– 17:30

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© ESTELLE VALENTE


3 nov sáb, 21:45 concerto

JOANA GUERRA Concerto apresentado num novo formato: público e artista no palco… Joana Guerra, cantora e violoncelista, com um percurso artístico atípico entre a improvisação e a composição. Criando também loops, consegue a união iluminada entre a canção e a electro-acústica que estabelece em Cavalos Vapor – segundo disco a solo com edição da Revolve– um tratado de encanto. Canções impressionistas e experimentais, alinhadas pela hipnose do violoncelo, que se revelam em camadas de luz sobre as quais paira uma voz em chamamento onírico. É das intérpretes mais transversais no universo lisboeta e com uma presença consistente, não só a solo, mas também no teatro, na dança ou na colaboração com os nomes mais relevantes da cena de improvisação livre.

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Preço: 7,50€ / Associados: 5€ Ver descontos p. 87 Sáb, 3 de novembro às 21:45 Palco do Auditório 1

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9 a 11 nov sex. a dom. formação

A POESIA NA CERÂMICA NEGRA CARLOS LIMA E XANA MONTEIRO

(Nota: as peças resultantes poderão ser cozidas nos dias 23 e 24 de novembro na oficina de “ Construção de um forno para cerâmica com materiais reciclados”, mediante inscrição) Formadores: Carlos Lima e Xana Monteiro Público-alvo: Interessados com ou sem experiência em cerâmica. Máximo de 15 participantes Maiores de 16 Anos 9 a 11 de Novembro 2018 Sexta: 20 :00 às 23:00 Sábado: 10 :00 às 12:30 Domingo: 10 :00 às 13 :00 Preço : 35 € / Associados: 30 €

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© ZITO MARQUES

A cerâmica proporciona o desenvolvimento da criatividade e do senso artístico, possibilitando encarar a vida de maneira diferente, mostrando que tudo tem o seu tempo e razão de ser e acontecer. A sensação de mexer no barro é tranquilizante e bastante gratificante quando vemos uma matéria-prima sem forma transformar-se em algo que se idealizou. Nesta oficina, os participantes serão desafiados a “pôr a mão na massa” e a dar vida ao barro através de estímulos sensoriais, em harmonia com texturas e brunidos que potenciam a criatividade e conferem a cada peça um carácter único. Todas as técnicas ensinadas fazem parte de um trabalho de investigação/execução, ao longo de uma carreira com mais de 30 anos, de dedicação à cerâmica negra dos dois ceramistas formadores.




10 nov Sáb, 21:45 nu palco

TIAGO PEREIRA NU PALCO

Uma conversa que pode ser espetáculo, performance e sabe-se lá que mais.

© DR

Realizador, documentarista, visualista, vencedor do prémio Megafone 2010 na categoria “missão”, Tiago Pereira tem desenvolvido um estilo único a documentar, recolher e misturar imagens em movimento. Os seus filmes transdisciplinares remetem para manifestações de cultura imaterial como a música, rituais e performances, procurando sempre novos usos da tecnologia e novas abordagens à cultura popular e ao tradicional. O público conhece-o bem através do programa “A música portuguesa a gostar dela própria”, projeto a que se tem 27

dedicado de corpo, alma e muito coração nos últimos anos. Com a ACERT mantém uma longa e duradoura amizade, tendo colaborado no espetáculo Transviriato, no ano 2001, e tendo realizado o vídeo Viagem mágica 25 anos Trigo Limpo, no ano seguinte.

Preço: 5€ / Associados: 3€ Ver descontos p. 87 Sáb, 10 de novembro às 21:45 Palco do Auditório 1

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3 PERGUNTAS A

TIAGO PEREIRA

Às vezes ouvimos falar na tradição como uma coisa fora de uso, anacrónica... O teu trabalho parece ser o contrário disto. O que é, para ti, a tradição? Tradição é transmissão. O acto da tradição acompanha sempre os tempos e é sempre contemporânea, por isso, neste tempo da remistura, em que agarramos em tudo, remisturamos e transformamos noutra coisa – porque quase tudo já foi inventado – , a tradição tem um papel preponderante. Se dantes tínhamos a velhinha que cantava no campo, e outra velhinha ouvia e acrescentava um ponto quando passava à velhinha a seguir, quando vem a rádio e a televisão, elas começam a apanhar as coisas que ouvem aí e misturam tudo. No meu trabalho, é exactamente assim que vejo a tradição, como algo em contínua transformação. A tradição é uma coisa afectiva, é um conceito demasiado complexo para ser analisado como um ponto de vista, e cada vez mais é marketing, mas aquilo que podemos definir na génese da palavra, a tal transmissão que vem do fogo, é uma coisa que vive da remistura.

O teu trabalho como realizador tem divulgado um património muito rico que passa pela música, pela dança, pela comida... Qual é o maior impulso que te faz continuar esse trabalho? Mais do que a música, mais do que a tradição oral, interessam-me as pessoas reais tal como são. O cantar sempre foi uma coisa genética e é isso que me interessa, descobrir o cantar no seu sentido primordial, mas ver as pessoas como pessoas, dar-lhes o espaço para elas serem o que quiserem, enganarem-se e repetirem, esquecerem-se, perderem-se nas memórias... O meu impulso maior serão sempre as pessoas e tudo aquilo que faço, faço pelas pessoas, pela necessidade urgente de documentar pessoas que estão em vias de extinção, que com elas vão levar milhares e milhares de bibliotecas.


Como criador, nos Sampladélicos, usas o vídeo como ferramenta que te permite criar sequências únicas de imagem e som. Também aí te norteias pela vontade de divulgar certas imagens e sons ou usas o que ‘encaixa’ melhor em cada criação? Sampladélicos é a forma que encontrei de não deixar que as coisas se percam de uma única forma. Se eu gravo muito e ponho na internet, fazendo com que o acesso seja absolutamente democrático – que é isso que me interessa, que toda a gente tenha acesso a este material de forma gratuita, porque não é meu, é comunitário. Vejo todas estas coisas como células vivas e as células vivas têm de remisturar-se. A tradição já é remistura, depois, os Sampladélicos podem misturar a remistura da remistura e brincar com isso, dar um contexto completamente diferente, e podem fazer ficção científica, que é agarrar naquelas coisas todas e dizer: isto agora pode ser assim. É o meu recreio.



Mais uma vez, Tondela vai ter, no Novo Ciclo ACERT, a sua festa anual do teatro. O FINTA é o culminar da programação anual de teatro do Novo Ciclo e o celebrar de uma relação particular e afetuosa com o público que, ao longo do ano, se vai deslocando aos vários espaços de apresentação. Esse público que comemora connosco, em cada FINTA, a existência do teatro e da companhia profissional que lhe dá rosto (e corpo) em Tondela, o Trigo Limpo teatro ACERT. Esse público transversal e diverso que partilha connosco as várias apresentações dos mais variados espetáculos e que sabe que “dramático, é perdê-lo”. O FINTA é também um encontro único dos criadores com os espetadores. Uns e outros sentem de forma especial esse encontro. Este ano o Trigo Limpo teatro ACERT faz uma ante estreia do seu espetáculo de teatro para todos, Para ti, Sophia, seguido de uma série de outros espetáculos de cruzamento do teatro com o novo circo, a dança, as marionetas ou a magia, a serem apresentados no Auditório 1, no Auditório 2 e no Bar do Novo Ciclo. 31

24º FINTA — 14 A 17 NOVEMBRO 2018


14/11 QUARTA

FERNANDO TABORDA exposiçao 14 nov.

INSPEKTOR ESTE - ESTAÇÃO TEATRAL teatro 14 nov.

CD 'O PEQUENO GRANDE POLEGAR TRIGO LIMPO TEATRO ACERT Apresentação CD 14 nov.

PARA TI, SOPHIA TRIGO LIMPO TEATRO ACERT teatro 14 nov.

15/11 QUINTA

NEM EU SEI COMO FIZ ISTO ZÉ MÁGICO

LA TORTILLA DE MI MADRE PERIPÉCIA TEATRO

café teatro 15 nov.

teatro 15 nov.

24º FINTA — 14 A 17 NOVEMBRO 2018

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16/11 SEXTA

MUNDO INTERIOR (FR) CIA. O ÚLTIMO MOMENTO

O HOMEM DE LA MANCHA CMAD

novo circo 16 nov.

café concerto 16 nov.

CONSTRUÇÃO MARIONETAS EM ESPONJA - T. MARIONETAS MANDRÁGORA

PLIP RED CLOUD T. MARIONETAS

17/11 SÁBADO

formação 17 nov.

teatro 17 nov.

A PARTIR DO PRETO TRIGO LIMPO T. ACERT

CURRAIS (BR) C.IA DE DANÇA RASTRO

PRÉZIDENTE (FR) COLETTE GOMETTE

cadernos de teatro 17 nov.

teatro 17 nov.

café teatro 17 nov.

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24º FINTA — 14 A 17 NOVEMBRO 2018



FINTA24º 14/11 · 21:00 · INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO

FERNANDO TABORDA ARTESÃO DE HISTÓRIAS, NUM PALCO DE PALAVRAS

Homenagem a um ator de excepção, que mudou o mundo no palco e nos muitos espaços e encontros por onde foi construindo a sua vida.

© ZETAVARES

Esta exposição é uma homenagem ao Fernando Taborda, ator a quem o teatro, as artes e a cultura tanto devem, particularmente na zona Centro do país, onde viveu e trabalhou. É também um primeiro retrato documental do percurso artístico e pessoal do ator e do homem. O foco principal da apresentação do Fernando Taborda nesta exposição é o teatro, em especial, as produções em que participou na Bonifrates. A partir delas, procura-se dar a conhecer outras facetas da sua atividade artística e pessoal, desde o cinema à vida associativa e sindical, das experiências de juventude à guerra colonial, das recordações de família às memórias de amigos… Fernando Taborda e a sua ternura com as palavras É grande um ator que sabe dar às suas personagens a dimensão que as caracteriza no jogo dramatúrgico do texto, no 35

equilíbrio com as outras personagens, no entrelaçamento com a ação e nos labirintos ocultos das suas expressões e dos conflitos internos que as habitam e as transformam em concentrações alquimistas de emoções, gestos e tempos dramáticos. (...) Era um artesão das palavras. Trabalhava-as com delicadeza e ternura, mastigava-as com prazer e ternura, soprava-as com beleza e ternura, deixava-as voar com encanto e ternura. Tomava-lhes o peso, sentia-lhes o sabor, adivinhava-lhes a textura e deixava-as habitar o palco na luz da sua ternura. A ternura do seu amor ao teatro. Que era a forma suprema da ternura do seu amor ao mundo e à vida. ✎✎ João Maria André Paradela da Cortiça, dezembro de 2017 Inauguração 14 de novembro às 21:00 Até 31 de Dezembro Galeria ACERT · Entrada Gratuita

24º FINTA — 14 A 17 NOVEMBRO 2018


FINTA24º 14/11 · 21:30 · CD MÚSICA DE CENA

CD O PEQUENO GRANDE POLEGAR MÚSICA DE CENA

As canções de O Pequeno Grande Polegar sobem ao palco para uma revisitação musical deste espetáculo. Alguns musicos coordenados por Tiago Sami Pereira farão desfilar temas originais, compostos a partir de letras de José Rui Martins, e os temas adaptados de músicas do cancioneiro popular. Tiago Pereira: voz, percussões e sopros / Marco Silva: bateria, beiroa e voz / Miguel Cordeiro: baixo e voz / Gustavo Dinis: guitarra, bombo e voz / Paulo Nuno Martins: guitarra, bombo e voz Qua, 14 de novembro às 21:30 Lançamento do Cd Bar ACERT · Entrada gratuita

24º FINTA — 14 A 17 NOVEMBRO 2018

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© RUI COIMBRA

Em 2016, o Trigo Limpo teatro ACERT estreou mais um espetáculo musical e teatral de rua. O protagonista: uma marioneta gigante que guarda nas suas imensas articulações a esperança e a necessidade de lutar pelos sonhos em que se acredita. Depois do espetáculo, que continua a circular pelo país em diversas apresentações, os músicos que deram vida a O Pequeno Grande Polegar fecharam-se no estúdio e gravaram a música de cena, nascida de referências musicais que fazem parte da memória coletiva, melodias e cadências do repertório tradicional. É esse disco que agora se apresenta, acompanhado de fotografias realizadas ao longo de diferentes apresentações do espetáculo.




FINTA24 14/11 · 22:00 · TEATRO

INSPEKTOR ESTE-ESTAÇÃO TEATRAL A liberdade e a vigilância em cena num espetáculo inspirado em Nikolai Gógol. Numa pequena cidade de província da Rússia de Nicolau I, os seus principais representantes, os diretores e responsáveis pelas suas instituições, agem a seu belo prazer, dissociados do interesse comum. Surge a notícia de que pode estar já ali presente um inspetor geral do reino para averiguar o bom funcionamento da sua edilidade. Notícia que põe todos em movimento, tal a instabilidade e preocupação que cria no ‘status’ há muito estabelecido por um grupo de caciques cujo burgomestre é o seu mais distinto impulsionador. Inspektor é uma obra que nasce de outra (tem como ponto de partida o famoso texto de Nikolai Gógol, O Inspector), nesse potencial que a arte tem de desdobramento em novas funções. ✎✎ Nuno P. Custódio

© DR

Encenação: Nuno Pino Custódio / Dramaturgia (a partir da obra de Nikolai Gógol): Nuno Pino Custódio, em co-criação com Joana Poejo, Pedro Fino, Roberto Querido, Samuel Querido e Tiago Poiares / Espaço Cénico: Pedro Novo / Figurinos: Maria Luiz / Desenho de Luz 39

e Operação: Pedro Fino / Co-Produção: Cine Teatro Avenida de Castelo Branco / Interpretação: Joana Poejo, Roberto Querido, Samuel Querido e Tiago Poiares Fundada em 2004, a ESTE – Estação Teatral da Beira Interior nasceu da premência de dar corpo a uma estrutura de raiz que pensasse o teatro como um verdadeiro interlocutor, promovendo contactos e parcerias mais transversais com a comunidade. O teatro não estaria mais cativo de um edifício, mas surgia da promoção da estação de trabalho. Este fulcro do teatro se constituir como uma NECESSIDADE no seio da sua zona privilegiada de intervenção jamais se percebeu como um movimento para dentro. Toda uma metodologia no campo da formação do ator e um padrão inspirado em formas tradicionais/populares (para que se relançasse uma linguagem moderna) foram introduzidos por Nuno Pino Custódio. Desde a fundação, em 2004, a ESTE tem estreado anualmente uma ou duas criações e produzido projetos específicos com outras entidades e agentes.

Preço: 7,50 € / Associados: 5 € Ver descontos na p. 87 Preço para todo o Festival na p. 87 Qua, 14 de novembro, às 22:00 Auditório 1 · M/12 · 60 min

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FINTA24º 15/11 · 22:00 · TEATRO

LA TORTILLA DE MI MADRE PERIPÉCIA TEATRO

Uma comédia sobre a solidão, a criação e o tempo que passa. memórias, com as personagens que teimam em conduzir o curso da intriga ou com a falta de inspiração.” ✎✎ Luisa Félix Professora de Português e autora do Blog “letras são papéis” - amaroinfinito.blogspot.pt

Criação, Dramaturgia e Interpretação: Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho / Técnica Vocal: Joana Valente / Caracterização e Maquilhagem: Maria Simões / Espaço Cénico: Peripécia Teatro / Figurinos: Peripécia Teatro e Cláudia Ribeiro / Iluminação: Pedro Pires Cabral / Produção Executiva: Sara Casal / Direção, Co-criação: José Carlos Garcia Preço: 7,50 € / Associados: 5 € Ver descontos na p. 87 Preço para todo o Festival na p. 87 Qui, 15 de novembro às 22:00 Auditório 2 · M/12 · 65 min

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© JOSÉ MIGUEL PIRES

“As notas de cómico, a que a companhia nos habituou desde os primeiros trabalhos, se, por um lado, atenuam a dimensão trágica da trama, por outro, revelam-se uma forma subtil de observar à lupa os pormenores quotidianos da existência que nos escapam ou que preferimos, porque nos doem, ignorar. A peça resulta, assim, numa reflexão perspicaz e acutilante sobre a impiedade do tempo, sobre as relações humanas, as incoerências da existência e sobre a solidão, a que nos forçam ou à qual nos forçamos, por comodismo ou por opção, e que é fruto da crescente desumanização que caracteriza o nosso tempo. É, ao mesmo tempo, a confirmação do efeito que livros e memórias podem ter nas nossas vidas, sobre como podem salvar-nos da loucura ou da solidão ou de ambas. Neste trabalho da Peripécia Teatro, ganha igualmente relevo o processo criativo da escrita, não raras vezes desassossegado e doloroso, em que o escritor se debate com as suas




FINTA24º 15/11 · 21:00 · CAFÉ TEATRO

NEM EU SEI COMO FIZ ISTO ZÉ MÁGICO

Juntar ilusionismo e improviso é o desafio que Zé Mágico propõe a si próprio e que o público poderá confirmar ao vivo.

© DR

José Pereira é um jovem mágico autodidacta que desde aos 15 anos se fascinou pelo ilusionismo, investigando os meandros deste fantástico e misterioso mundo da magia. O ilusionismo foi também o ponto de partida para a descoberta de outras artes performativas como o teatro, a dança e o novo circo, que acabaram por ser ferramentas essenciais para a construção dos seus espetáculos. Conta, no seu repertório, com vários espetáculos de magia para palco, diversas oficinas de magia para crianças e adultos e inúmeras soluções para espetáculos em formato close–up, com adaptação para a apresentação de eventos e galas. 43

Im.pro. vi.so ~ipru’vizu Discurso, poesia, ou trecho musical proferido, feito e /ou executado sem preparação. Algo que se inventa de repente, sem qualquer preparação anterior Um exercício de trapézio sem rede, sem espaço para quedas ou falhas de ilusão, em que o público é o grande maestro. Criação Artística e Interpretação: José Pereira / Banda Sonora: Luís Trindade Qui, 15 de novembro às 21:00 Bar ACERT · Entrada Gratuita · 60m

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FINTA24º 16/11 · 21:45 · NOVO CIRCO

MUNDO INTERIOR

CIA O ÚLTIMO MOMENTO (FRANÇA) De novo na ACERT uma figura incontornável do novo circo internacional.

Autores da ideia: João Garcia Miguel e João Paulo Santos / Textos a partir de 'Lenda de Destruição de Kash' de Joseph Campbell e um excerto da

'Divina Comédia' de Dante / Direção: João Garcia Miguel / Co Criação: Cia. João Garcia Miguel e Cia O Último Momento / Interpretação: João Paulo Santos / Voz: Miguel Borges / Música: Tiago Cerqueira / Figurinos: Ana Luena / Desenho de Luz: Luís Bombico Companhia franco-portuguesa criada em 2004 por João Paulo Santos e Guillaume Dutrieux. Sedeada em França, tem apresentado as suas criações em vários lugares do mundo. Em 2005, criam o seu primeiro espetáculo, Peut-être, que passa pela ACERT, onde começa a cimentar-se uma relação que volta a dar frutos entre 2009 e 2012, com uma residência artística em Tondela e uma colaboração intensa com o grupo de teatro Na Xina Lua. Multidisciplinar, a companhia Último Momento tem desenvolvido algumas disciplinas e técnicas do Novo Circo, cruzando-as com o teatro e a dança, nomeadamente o mastro chinês e a aerial rope.

Preço: 7,50 € / Associados: 5 € Ver descontos na p. 87 Preço para todo o Festival na p. 87 Sex, 16 de novembro às 21:45 Auditório 1

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© JOÃO CATARINO

Resultado de um sonho antigo de um professor, João Garcia Miguel, e de um aluno, João Paulo Santos, surge o espetáculo Mundo Interior. Partindo do livro homónimo de Jalâi Rûmi, os dois artistas constroem uma peça onde são as palavras, o corpo e a música, que a fazem acontecer. As palavras veiculam uma ideia, mas o mundo interior é muito mais profundo. Como se a palavra fosse a ponta de um iceberg e o resto submerso fosse o que realmente se quer dizer, pensar, sentir ou ver. Neste sentido, este espetáculo aborda a descoberta do mundo interior desconhecido, ao mesmo tempo que o confunde e o distorce em fragmentos. Um espetáculo de novo circo que questiona a formatação social e a constante procura pela segurança e tranquilidade, que é ilusória e nos afasta da noção do desconhecimento e da possibilidade do descobrimento.



3 PERGUNTAS A

JOÃO PAULO SANTOS

Como é que o mastro chinês chega à tua vida e passa a ser o vector central das tuas criações ou co-criações? Quando vi alguém fazer mastro pela primeira vez, num festival em França, soube logo naquele momento que era essa técnica que queria desenvolver para me expressar. A simplicidade do objeto agradou-me imenso e ver que havia mil possibilidades de contar historias, ou/e emoções, deixou-me a sonhar.

A tua relação com a ACERT é antiga, pelo menos desde 2005. Como sentes este regresso, agora para apresentar o espectáculo Mundo Interior? Como é óbvio, é sempre um grande prazer voltar à ACERT, que considero como uma segunda casa. Foi, aliás, o primeiro espaço que me acolheu em Portugal para estrear a minha primeira peça (Peut-être) em 2005, e sempre que há oportunidade passo por cá para ver os amigos.

© ADEMAR BRITO

A companhia que ajudaste a criar, a Último Momento, está sediada em França e tem andado pelo mundo a mostrar os seus espectáculos. Como tem sido essa experiência, desde 2004? Tem sido uma experiência de vida muito rica, cheia de encontros e novos desafios, mantendo a minha curiosidade sempre desperta, tenho aprendido muito mas confesso que é sempre bom voltar a casa e ver a família, tem sido esse o meu equilíbrio.



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FINTA24º 16/11 · 23:30 · CAFÉ TEATRO

O HOMEM DE LA MANCHA EXCERTOS EM CAFÉ TEATRO

CMAD - CONSERVATÓRIO DE MÚSICA E ARTES DO DÃO

© CARLOS TELES

A qualidade, o rigor, a alma e a emoção a que os alunos do Conservatório de Música e Artes do Dão já nos habituaram. À semelhança do ano transacto, e após a brilhante apresentação, voltámos a convidar o CMAD para uma versão - num palco mais reduzido - do espetáculo O homem de la mancha. O Conservatório de Música e Artes do Dão (CMAD), em parceria com Associação de Música e Artes do Dão (AMAD) e a parceria artística do Trigo Limpo teatro ACERT prossegue o seu projeto de criação de um MUSICAL que, desde 2009, atingiu uma notoriedade assinalável na afirmação da identidade de um território no panorama da formação e criação artística nacional. Os musicais produzidos em Santa Comba Dão pela AMAD atingiram grande notoriedade, pelo rigor artístico e participação talentosa dos numerosos jovens músicos, atores e bailarinos. Mais uma proposta artística ousada, inovadora e aliciante que revelarou o talento de mais de 70 alunos que, em vários meses de formação revelaram a matriz educativa que os diretores da AMAD acalentam. Um projeto que tem revelado artistas que prosseguem as suas 49

carreiras no ensino superior e em formações musicais de reconhecido prestígio nacional e internacional. Sobre o Conservatório de Música e Artes do Dão Escola privada do Ensino Artístico Especializado de Música que iniciou a sua atividade em agosto de 2008. O CMAD ocupa hoje um lugar de destaque na vida musical e cultural da região, sendo uma referência não só pela excelência do ensino musical, mas também pelo trabalho desenvolvimento noutras áreas artísticas, como o teatro musical e a dança.

Texto de: Dale Wasserman / Música de: Mitch Leigh e Letras de: Joe Darion / Direção da produção original: Albert Marre / Encenação e Direção Artística: José Rui Martins / Coordenação vocal, musical e coreográfica: Luís Rendas, César Oliveira e Juliana Gamas I Tradução e Adaptação de: R. M. Ribeiro e José Rui Martins / Coordenação geral: Paulo Gomes Sex, 16 de novembro às 23:30 Bar ACERT · Entrada Gratuita · 60m

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FINTA24º 17/11 · 9:30 > 18:00 · FORMAÇÃO

CONSTRUÇÃO DE MARIONETAS EM ESPONJA

© DR

TEATRO E MARIONETAS DE MANDRÁGORA Uma formação que ensina a construir marionetas, dirigida pelos mestres da construção e da manipulação do Teatro e Marionetas de Mandrágora. Nas oficinas de criação de marionetas de esponja, os participantes aprendem os fundamentos básicos de criação em esponja e as técnicas primárias de modelação da mesma pelo corte, dobragem e colagem, a partir das quais será possível criar todo e qualquer volume tridimensional. Através da criação de diversos sólidos geométricos simples e/ou através da utilização 51

de moldes previamente desenhados, criamos as nossas personagens. A imaginação de cada um será o único limite imposto à criação da marioneta, as formas resultantes são variadas e infinitas. Público alvo: educadores, professores, atores, estudantes e público geral. Preço: 20 € / Associados 15 € Limite Máximo de inscrições: 15 pessoas Sáb, 17 de novembro das 9:30 às 18:00 Sala Orgânica

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FINTA24º 17/11 · 16:30 · TEATRO TEATRO PARA FAMÍLIAS

PLIP

RED CLOUD TEATRO DE MARIONETAS A linguagem infantil e as suas revelações profundas, num espetáculo para os mais novos onde os mais velhos também se reconhecerão.

Um pequenino Planeta de sons Um Planeta de bolacha a cada que dia que passa Um bolo de planeta no jardim do planeta Ordenados e desordenados Pairam uns de pernas outros de cabeças

“As personagens de Plip são como as crianças: todos os dias se deixam surpreender e têm sempre uma perspectiva imprevisível sobre o que as rodeia.

Vale a imaginação, a liberdade e a pureza de quem ainda não tem preconceitos.” ✎✎ PÚBLICO - Guia do Lazer A Red Cloud Teatro de Marionetas é uma companhia portuguesa, sediada em Aveiro, que investiga e desenvolve a linguagem das marionetas em movimento, numa experiência cinemática com a junção de outros intervenientes artísticos. Ao longo do seu percurso tem participado em diversos festivais nacionais e internacionais e estabelecido parcerias com várias instituições públicas e privadas.

Encenação e Cenografia: Sara Henriques e Rui Rodrigues / Marionetas: Rui Rodrigues / Música: Husma / Interpretação: Sara Henriques / Desenho de luz: Rui Rodrigues Preço: 7,50 € / Associados: 5 € Ver descontos na p. 87 Preço para todo o Festival na p. 87 Sáb, 17 de novembro às 16:30 Auditório 2 · M/4 · 40 min

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© DR

Plip é um espetáculo de teatro de marionetas para crianças, falado na língua imaginária do planeta Plip. É uma viagem a um mundo sensível de sons delicados e personagens imaginárias que, como as crianças, experienciam o dia-a-dia de maneira sempre diferente. A sua visão sobre as coisas nunca é a mesma, procurando encontrar sempre novos e diferentes significados para momentos do seu quotidiano, de forma absolutamente livre de barreiras e explorando os caminhos da simplicidade.



FINTA24º 17/11 · 18:00 · EDIÇÃO ACERT

A PARTIR DO PRETO LANÇAMENTO DO TERCEIRO CADERNO DE TEATRO TRIGO LIMPO

dramaturgia: “(…) O mais interessante do espetáculo do Trigo Limpo é o trabalho dramatúrgico em que se baseia. Com efeito, a partir de pequenos textos retirados de obras do grande poeta, e de poemas, foi possível criar uma realidade dramática que opera com muita energia, tanto sob o ponto de vista da corrente de emoções que atravessa, como da ironia que tem o selo inconfundível de José Gomes Ferreira.” Sáb, 17 novembro às 18:00 Bar ACERT · Entrada Gratuita

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© DR

A ACERT iniciou, em 2017, a edição dos textos de teatro criados pelo Trigo Limpo teatro ACERT. Depois da edição de Silka e Á roda da noite apresentamos agora A partir do preto, um texto criado a partir da obra de José Gomes Ferreira. Em Dezembro de 1993, o Trigo Limpo teatro ACERT estreou em Tondela, nas instalações do antigo Hospital, a partir do preto, o último espetáculo que aí foi apresentado antes da passagem para o Novo Ciclo ACERT. Na crítica ao espetáculo que Carlos Porto escreveu no Jornal de Letras, em Fevereiro de 1994, diz ele sobre a


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FINTA24º 17/11 · 21:45 · TEATRO

CURRAIS

COMPANHIA DE DANÇA RASTRO (BRASIL) Não é um relato, ou mais um conto. É História!

O espetáculo é uma viagem pela memória de campos de concentração no Ceará. Um grito ao silêncio declarado pelo Governo que, no inicio do século XX, com as secas, a fome e a miséria que assolava o nosso sertão, criou campos cercados para confinar milhares de retirantes. Impedindo que famintos se dirigissem à capital. Trata-se de um espetáculo que busca retratar uma época de desprezo e negação de direitos. Aquela gente fedida, piolhenta, faminta e desesperada tinha de ser mantida à distancia. O espetáculo é uma pantomina; teatro, dança e música revelando na composição, e na sua estética, nos gestos ou nas expressões, o clamor, o caminho

e as tormentas vividas por aquela gente. Textos: Vernildo da Silva, tendo como referencia o livro "Migalhas do Sertão" de João Paulo Giovanazzi / Direção Artística e Coreográfica, Coreografia Seleção Musical: Gerlídia Tavares / Assessoria de coreografia: Érika Ursula / Assessoria de Dir. Artística: Érika Ursula, Eduardo Gomes, Matheus Dias, Willian / Assessoria de Plan. Financeiro: Kaline Helen Batista Lima / Figurinos: Jernilson Fernandes / Bailarinos: Andreza Sousa, Beatriz Batista, Eduardo Ferreira, Evila Uiara, Flávio Bergson, Felipe Nobre, Ingrid Souza, Neyla Hellen, Vernildo da Silva, Yasmin Barbosa / Atores: Ricardo Lima, Beatriz Batista, Neyla Hellen, Vernildo da Silva / Iluminação: Willian / Sonoplastia: Ana Paula Mikaelson / Produtora: Assum Preta / Audio visual: Haulivan e Allyson Preço: 7,50 € / Associados: 5 € Ver descontos na p. 87 Preço para todo o Festival na p. 87 Sáb, 17 de novembro às 21:45 Auditório 1

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© MARINA CAVALCANTE

Pela primeira vez em Portugal, a companhia de dança contemporânea oriunda do interior do Ceará, Brasil, que desenvolve a sua actividade de uma forma socioeducativa promovendo a inclusão social dos jovens desta região. Gerlídia Tavares é a professora e bailarina que, desde 2002, mantém a companhia na palma da mão e nas pontas dos pés para realizar o sonho de muitos jovens bailarinos talentosos e apaixonados por esta arte.



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FINTA24º 17/11 · 23:30 · CAFÉ TEATRO

PRÉZIDENTE

COLETTE GOMETTE (FRANÇA)

© PATRICE GOUVIER

Falsas estátuas de ouro e ilusões sociais de conforto desmontadas em registo clown por uma personagem fascinante. É uma sátira que desconstrói completamente o poder político, visto por Colette Gomette: um programa único! A nossa sociedade delinquente atrai Colette Gomette como um íman. Os adornos, o brilho, o desejo de riqueza e de glória aliciam-na - e inspiram-na ...! Colette Gomette embarca na política, atraída pela grandeza e pela seriedade da função. E adota gradualmente alguns dos excessos do personagem político: incompetência, arrogância, sedução, chantagem, corrupção. Incapaz de alinhar duas palavras, a sua língua é a rabugice. O esperanto do palhaço! Personagem clownesca, Colette Gomette vem de sabe-se lá que planeta. Animalesca e primitiva, ocupa-se descobrindo, mastigando, cheirando, explorando um mundo 59

anguloso com paixão. Colette Gomette é um caso. Um caso de estudo, até. Ela é única. Daí a dizer que é genial falta um pequeno passo que eu, alegremente, dou. Vamos lá! O compasso do seu tempo é tão rápido que tememos por ela. É vertiginosa. Tememos por ela porque ela arrisca a sua vida. O seu corpo põe-se ao serviço da sua alma imensa e ela mergulha, arrastando-nos para os seus alegres abismos. É frágil como um herói de melodrama travestido de Speedy Gonzalez. Agora a sério: é um grande palhaço. Uma pequeníssima mulher cujo coração contém o planeta e a inocência da infância. Alain Gautré, Auteur, actor e encenador

Interpretação e Direção: Hèlen Gustin Sáb, 17 de novembro às 23:30 Bar ACERT · Entrada Gratuita · 70 min.

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24 e 25 nov Sáb. e dom. formação

CONSTRUÇÃO DE UM FORNO PARA CERÂMICA COM MATERIAIS RECICLADOS

© ZITO MARQUES

CARLOS LIMA E XANA MONTEIRO Alguma vez sonhou com a possibilidade de fazer um fim-de-semana familiar à volta do barro e ter a possibilidade de cozer as peças que fez num forno executado, de forma artesanal, no seu quintal? É professor e gostava de motivar os seus alunos, fazendo oficinas de cerâmica e cozendo as peças num forno executado por todos? Agora esse sonho vai ser possível de realizar graças a esta oficina de construção de um forno para cerâmica, a lenha, simples e económico, apenas com materiais reciclados. Neste forno vai-se ainda realizar uma cozedura de peças cujo objetivo será chegar aos 1.000 °C, cozer em redução (a negro) e tirar partido do fogo na criação de efeitos cromáticos. 61

Formadores: Carlos Lima e Xana Monteiro Público-alvo: Interessados com ou sem experiência em cerâmica. Maiores de 16 Anos N.º de participantes: 15 a 20 24 e 25 de novembro Sábado: 10:00 às 18 :00 Domingo: 10:00 às 12:30 Preço: 35 € / Associados: 30 €

ACERT OUTUBRO A DEZEMBRO 2018



23 e 24 nov Sex e sáb, 21:45 teatro estreia

PARA TI, SOPHIA

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

© ZETAVARES

Novo espetáculo do Trigo Limpo teatro ACERT, a partir de textos de Sophia de Mello Breyer Andresen Enquanto nos sentimos “pequenos” o mundo ainda nos fascina e os ciclos da vida ainda são diários, próximos da natureza e inscritos na memória coletiva… a água (toda ela: na fonte, no lago, no rio ou no mar) lembra-nos sempre, talvez inconscientemente, o ventre materno, esse lugar mágico onde voámos por dentro do estado líquido. O sol, as flores, os animais, o dia e a noite nascem e morrem lembrando-nos que somos efémeros. Enquanto nos sentimos “pequenos” reinamos, fazendo de conta, e tudo tem a magia dos sonhos, lembrando-nos que a realidade é também o que imaginamos. « Florinda – disse o Rapaz de Bronze – vou-te ensinar um grande segredo: quando tu vires uma coisa acredita nela mesmo que todos digam que não é verdade. (…) As coisas extraordinárias e as coisas fantásticas também são verdadeiras…» Sophia descreve o mundo, através do olhar dos mais “pequenos”, de uma forma sublime. O Trigo Limpo teatro ACERT cria 63

parte desse mundo neste espetáculo de teatro para todos, inspirando-se em quatro livros da autora que fazem parte do Plano Nacional de Leitura. Texto: A partir de Sophia de Mello Breyner Andresen (A Menina do Mar, A Fada Oriana, O Rapaz de Bronze e A Floresta) / Dramaturgia: Pompeu José, Raquel Costa e Sandra Santos / Encenação: Pompeu José / Interpretação: António Rebelo, Ilda Teixeira, Pedro Sousa, Raquel Costa e Sandra Santos / 131º produção do Trigo Limpo teatro ACERT Sex. e Sáb, 23 e 24 novembro às 21:45 26 a 28 de novembro (para Púb. Escolar) 10:30 e 14:30 Preço: 7,50€ / Associados: 5€ Ver descontos p. 87 Auditório 2 · M/6 · 60 minutos Ante-estreia do espetáculo para público escolar no dia 14 de novembro

ACERT OUTUBRO A DEZEMBRO 2018



1 DEZ Sáb, 21:45 concerto

VI(R)VER SEM VER

DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Um espetáculo que promete fazer descobrir novos modos de percepcionar a música e o ambiente.

© DR

A ABAADV – Escola de Cães-guia para Cegos de Mortágua é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que tem como principal objetivo a educação de cães-guia para Pessoas Portadoras de Deficiência Visual. Sendo a única Escola do género no nosso país e tendo iniciado a sua atividade em 1999, produziu e formou até agora 200 duplas cego/cão-guia. O seu âmbito é nacional e proporciona gratuitamente cães-guia a todos os cegos portugueses que dele necessitam. Desde 2014 que a ABAADV promove, no início de cada ano, uma cerimónia (Gala ABAADV) para a qual é preparado um concerto onde são reproduzidas musicas escritas ou cantadas ao longo dos tempos por pessoas cegas e aqui interpretadas por jovens Mortaguenses, sob a direção do Professor de Música Ricardo Vicente. Na 65

apresentação “Vi(r)ver Sem Ver” que agora propomos, o público vai ser convidado a assistir de olhos vendados, pois “quando ficamos sem um sentido, os outros se tornam mais sensíveis” e assim, de olhos vendados, o público sentirá, apreciará e imaginará a música de outra maneira. Produção: Escola de Cães Guia Parceria: Escola de Cães Guia, ACERT, CLDS 3G – Tondela Inclusiva e o Núcleo Pais em Rede de Tondela Sáb, 1 de dezembro às 21:45 Auditório 1 · Entrada Gratuita

ACERT OUTUBRO A DEZEMBRO 2018



ASSOCIAÇÃO AMIZADE NO CASAMENTO

14 DEZ Sex, 21:45 teatro

ESCOLA DE MULHERES

© VALÉRIO ROMÃO

Dança e teatro num espetáculo sobre o amor e os modos como nos entregamos ou deixamos enganar por ele. Um ator e uma atriz dão corpo a diferentes personagens, independentemente do género, num texto em que as relações amorosas assumem particular destaque. Numa linguagem experimental, onde a dança e o teatro se fundem num objeto artístico peculiar que articulará as disciplinas, texto, corpo e sonoridade, de forma única e original. Neste texto são abordadas as relações amorosas, a encenação de Marta Lapa habita o terreno da experimentação, indiferentemente do género. Com um texto misterioso e delirante, este espetáculo articula as diversas linguagens, texto, corpo e música de forma única e original.

cénico: Marta Lapa / Interpretação: Margarida Cardeal e Vitor Alves Da Silva / Música original: Pedro Moura / Fotografia e design gráfico: Valério Romão / Desenho de luz e operação técnica: Paulo Santos / Produção executiva: Maria Albergaria / Direção de produção: Ruy Malheiro

Preço: 7,50€ / Associados: 5 € Ver descontos p. Sex. 14 de dezembro às 21:45 Palco do Auditório 1 · M/14 · 70 min

Texto: Nuno Moura / Encenação e espaço 67

ACERT OUTUBRO A DEZEMBRO 2018


CAFÉS CONCERTO A música étnica, no seu conceito mais abrangente, tal como a divulgação de projetos artísticos regionais, nacionais e internacionais emergentes, é o conceito que a Acert procura explorar na programação. O espaço Bar Acert é o espaço de excelência para o convívio e o encontro de associados e público. Aberto diariamente, oferece condições singulares para encontros de trabalho, de ócio, de estudo e para sentir o movimento dos criadores que habitam os espaços de preparação e apresentação dos espetáculos. O Bar Acert complementa com o seu serviço e iniciativas o ambiente cultural acolhedor, cooperando também para que a programação do espaço seja uma marca distintiva.


6 out.

© DR

Sáb, 23:30 Café Concerto

FLÁVIO TORRES UM ESPETÁCULO A SOLO ACÚSTICO, ÍNTIMO, TRISTE, ALEGRE, QUE COMEMORA OS CINCO ANOS DO DISCO CANÇÕES DE BOLSO. Músico, compositor e cantautor covilhanense, Flávio Torres trabalha na área musical desde 1995, tendo participado em vários projetos como compositor, cantautor e produtor. Colaborou e participou regularmente em programas da Antena 3, Antena 1, RTP, assim como outros de autor como A Música Portuguesa a Gostar dela Própria e Balcony TV, ingressou também na escolha de Henrique Amaro e Antena 3 para a coletânea Novos talentos Fnac 2014. No final de 2012, editou o seu primeiro trabalho a solo, Canções de Bolso, um disco acústico numa vertente com sonoridades de raiz que vão desde ambientes tradicionais ao folk, pop e blues. Canalha foi o seu último trabalho com edição de autor, em março de 2014 , e é um disco cantado em português com uma forte componente lírica interventiva, onde os temas e preocupações da atualidade e 69

do país são focados, mas também estão presentes o amor, a solidão ou o desespero. Em termos instrumentais, há sons e ambientes que enriquecem o trabalho de composição, estando também presentes o folk, os blues e os ritmos mais tradicionais portugueses, que remetem ligeiramente para a linguagem musical do trabalho anterior. Para além das letras e voz, Flávio Torres utiliza ainda guitarras acústicas, eléctricas e slide, ukelele, baixo, strings, percussões, órgão, samples, banjo e cavaquinho. Voz, guitarra, samples, pandeireta kick: Flávio Torres / percussões, cajon, adufe, bombo: Tiago Pereira Sáb, 6 de outubro às 23:30 Entrada Gratuita · Bar ACERT

ACERT OUTUBRO A DEZEMBRO 2018


13 out.

© JORGE CAMPOS

Sáb, 23:30 Café Concerto

URSO BARDO A BANDA LISBOETA TRAZ A TONDELA A MELANCOLIA E A DISTORÇÃO DE UM ROCK MELÓDICO CHEIO DE ENERGIA Urso Bardo é uma banda instrumental formada em Lisboa em 2014. A sua música está profundamente enraizada em torno da melancolia e da saudade, dois traços bem portugueses, combinando melodias lentas com guitarras distorcidas. Com influências que vão desde Radiohead até Marc Ribot, a sua mistura particular de rock melódico tornou-os populares na cena musical underground lisboeta. O seu primeiro disco (homónimo) foi lançado pela Raging Planet em Março de 2016.

Bateria: Ricardo Antunes / Baixo: Ricardo Canelas / Guitarra: Filipe Palha / Guitarra: Tiago Pedroso Sáb, 13 de outubro às 23:30 Entrada Gratuita · Bar ACERT

ACERT OUTUBRO A DEZEMBRO 2018

70


3 nov

© DR

Sáb, 23:30 Café Concerto

CAN CUN

DA SERRA DO MARÃO ÀS ÁGUAS DO PACÍFICO, UM CONCERTO PARA BARALHAR IMAGINÁRIOS E APROXIMAR OS MUNDOS DO MUNDO. Can Cun é a banda de Bruno André Azevedo, Bruno Coelho e Jorge Simões, um trio de Vila Real que se juntou em 2014 para desconstruir um imaginário complexo assente em sintetizadores, riffs, ritmos em loop e melodias sonhadoras. O nome sugere paisagens de areias brancas, águas límpidas e faunas tropicais, e a sonoridade itinerante viaja entre o dream pop e o psicadelismo. Uma espécie de natureza mutável na sua génese transformadora, com raízes na imponente Serra do Marão e horizontes que desaguam num azul cristalino do Oceano Pacífico. Após terem lançado, em 2015, o seu EP de estreia, Dancing (on a thin ice dancefloor), muito aclamado pela 71

crítica, editaram em Março de 2018 o primeiro longa-duração, Wanderlust. Bruno André Azevedo, Bruno Coelho e Jorge Simões Sáb, 3 de novembro às 23:30 Entrada Gratuita · Bar ACERT

ACERT OUTUBRO A DEZEMBRO 2018


10 nov

© JOSÉ CARLOS NERO

Sáb, 23:30 Café Concerto

THE HEARTMAN & FRIENDS UMA HOMENAGEM AOS U2, REVISITANDO AS CANÇÕES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DE TANTAS VIDAS. São versões, mas em modo de homenagem. Os The Heartman & Friends retomam as canções dos U2 assumindo a sua influência na formação musical e no percurso pessoal dos membros da banda, recriando-as em novas versões. Nas palavras de Peter De Cuyper: “Em criança, adorava a música dos U2. Quando me tornei músico, parei de ouvi-la e segui em busca de novos horizontes, para mim mais interessantes no momento. Agora, por respeito e por sentir necessidade de fechar o círculo, gravei com o Nuno Gelpi 15 músicas dos U2. São verdadeiramente as nossas versões, minhas e dos meus amigos/músicos portugueses.”

Diretor musical, bateria e voz: Pedro Frazão / Baixo, guitarra e voz: Carlos Borges / Teclados e voz: Sara Dancer / Clarinetes: José Conde / Guitarra e voz: William Fonseca Sáb, 10 de novembro às 23:30 Entrada Gratuita · Bar ACERT

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15 dez

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Sáb, 23:30 Café Concerto

BALEIA BALEIA BALEIA O ROCK’N’ROLL CONTINUA BEM VIVO E OS BALEIA BALEIA BALEIA PROMETEM CONFIRMAR-LHE A VITALIDADE E A CONSTANTE REINVENÇÃO. Há mais ou menos dois anos, por alturas do TRC ZigurFest, escrevíamos que “nada nem ninguém nos preparou para os Baleia Baleia Baleia”. Desde então que nos cruzámos com eles em palcos de norte a sul do país, numa antecipação crescente para este dia: aquele em que damos a conhecer o primeiro longa-duração da dupla portuense. E o mais provável é que mesmo assim ninguém esteja pronto para o que aí vem. Nascidos no seio da Zigur e formados por Manuel Molarinho (baixo e voz) e Ricardo Cabral (bateria), os Baleia Baleia Baleia são um daqueles casos em que apetece dizer que o todo é maior do que a soma das partes. É difícil não devorar o disco de um trago e levar a passear na mente as letras, melodias 73

e refrães pegajosos de temas que já fazem parte do imaginário colectivo da banda. Trocado por miúdos, o mesmo é dizer que os Baleia Baleia Baleia não estão para brincadeiras e prometem festa a rodos com o seu punk-rock dançável e sempre - mas mesmo sempre - mordaz. Baixo e voz: Manuel Molarinho / Bateria: Ricardo Cabral Sáb, 15 de dezembro às 23:30 Entrada Gratuita · Bar ACERT

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DIGRESSÃO DO TRIGO LIMPO AO BRASIL 2º ENCONTRO DE ARTES, SABERES E CULTURAS DOS SERTÕES

21 A 29 JULHO’18 QUIXADÁ, JUAZEIRO DO NORTE, FARIAS BRITO, BARBALHA, CRATO E FORTALEZA

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Um programa que contou com a participação de dezenas de organizações brasileiras, angolanas, cabo-verdianas, sendo a ACERT a representação portuguesa portadora de mais realizações no âmbito do Encontro.


anos da atribuição do Nobel da Literatura ao escritor de livros e de sonhos. O acolhimento do público às iniciativas artísticas que a ACERT promoveu demonstrou, uma vez mais, a identidade de um projeto que surpreende e que suscita reconhecimento, nomeadamente o espetáculo 20 Dizer que, para além das suas apresentações, experienciou em laboratório/ espetáculo com músicos repentistas e poetas cordelistas um trabalho que, por certo, se prolongará em outras criações da ACERT. Os laços estabelecidos com outros criadores e grupos — não só de teatro, mas com um trabalho pioneiro na animação cultural comunitária — revelaram uma afinidade traduzida numa relação que se prolongará numa permuta de experiências e de vivências de grande autenticidade. Entre as experiências vivenciadas de perto, não pode deixar de se registar a surpreendente e quase utópica presença dos Mestres de Saberes em várias comunidades do Sertão. São apelidados também como “Tesouros Vivos da Cultura” e obtêm um diploma que lhes é conferido,

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O Trigo Limpo teatro ACERT voltou, vinte e cinco anos depois, ao Nordeste do Brasil, mais propriamente ao Estado do Ceará. A convite de várias organizações oficiais brasileiras, coordenadas pela Casa de Saberes Cego Aderaldo de Quixandá e outras organizações públicas tuteladas pela Secretaria de Estado do Ceará, a companhia de teatro da ACERT integrou um vasto programa com espetáculos e várias atividades (apresentação de livros e discos, exposição de fotografia, conferências e encontros de reflexão sobre temáticas teatrais, culturais e comunitárias). Um programa que contou com a participação de dezenas de organizações brasileiras, angolanas, cabo-verdianas, sendo a ACERT a representação portuguesa portadora de mais realizações no âmbito do Encontro. Sem propósito declarado, a iniciativa celebrou afetuosamente José Saramago nos 20 da atribuição do Nobel da Literatura. Parte do programa desenvolvido pela ACERT tinha José Saramago como “patrono”, facto que mereceu uma afetuosa celebração do público pelos 20


por concurso anual, pelo Estado do Ceará, pela importância do que produziram, conservaram e transmitiram no âmbito da Cultura Popular. Ainda que não portadores de um saber académico, os Mestres possuem certificação para ministrar conhecimento em universidades. As casas onde exercem seus ofícios ou os lugares onde promovem a transmissão dos seus saberes ganham notoriedade tão ou mais especial do que os grandes teatros ou centros culturais onde, nos grandes centros urbanos, desfilam programações de grande contemporaneidade. O Governo do estado do Ceará concede, uma vez nomeados por concurso público anual, um auxílio vitalício de um salário mínimo por mês pela mestria, dedicação e delicado trabalho de transmitir às novas gerações as tradições culturais que nasceram e se afirmam de forma espontânea no Estado, cumprindo uma função dificilmente capaz de igualar pelo Governo. Foi assim que a comitiva cultural da ACERT conheceu e aprendeu com os Mestres da Cultura Aldenir nos ensaios do Reisado de Congo, no terreiro de sua casa, em 77

Cariri – dança e teatro integrando os jovens da comunidade num trabalho criterioso onde os códigos simbólicos do “encenador/ensaiador” são exercitados com rigor; Igualmente a vivência na oficina/casa do Mestre de Cultura, Stênio Diniz, xilogravador popular de Juazeiro do Norte que não se cansa de inovar estética e tecnicamente a sua arte e até de partilhar momentos musicais com Luísa Vieira, num duo vocal apenas acompanhado de um pendente percussivo artesanal. Em Faria Brito, a roda de conversa sobre “Teatro: entre a tradição e a Modernidade” reuniu mais de uma dezena de diretores de grupos de teatro, numa reflexão calorosa que explorou controvérsias e sublinhou o grande desafio de transformação “respeitosa” que se torna urgente pôr em marcha de forma plural e autêntica. Foi aqui que Ni de Sousa, do Grupo Mateo de Barbalha, fechou o encontro com uma “confissão” imprevisível:

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“— Estava a olhar para o Rui e me lembrei que o grupo dele se apresentou no Theatro José de Alencar com um dos espetáculos de minha vida, À Roda da Noite, do Mia Couto. Eu trabalhava na altura no teatro e é o único cartaz que guardo emoldurado nas paredes de minha casa.”

Que dizer da vida artística, quando 25 anos depois deixámos sinais intensos do que fizemos no coração das pessoas? O encontro em Barbalha impôs-se e a fotografia junto do cartaz ficou para memória futura… A comitiva artístico-cultural da ACERT foi convidada para reuniões de trabalho com o Secretário da Cultura do estado Ceará, Fabiano dos Santos Piuba, e Antônio

Gilvan Silva Paiva, Secretário da Perfeitura de Fortaleza, estabelecendo-se de imediato acordos de intercâmbio artístico que se traduzirão na presença em Portugal de grupos e criadores do Ceará, sendo a ACERT convidada a participar com as suas produções artísticas e experiências em acontecimentos que terão lugar em 2019 no Estado Cearense. Com o apoio do Município de Tondela, Carlos Lima e Xana Monteiro, nossos ceramistas, viajaram por outras paragens, dando a conhecer e trocando experiências com ceramistas dos Sertões. José Paiva, do projeto “Identidades” e Diretor da Faculdade de Belas Artes do Porto, desempenhou um papel primordial neste Encontro, rejuvenescendo o sentido que, em 1993, presidiu à organização do projeto CumpliCidades. Uma aventura da Gesto e da ACERT que fez deslocar ao Nordeste do Brasil mais de 100 artistas e grupos portugueses e acolheu, no nosso país, no ano seguinte (2014), idêntico numero de criadores brasileiros.

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Para a ACERT, sempre contou tanto a apresentação internacional dos seus espetáculos e realizações culturais, como a autenticidade das relações de cooperação entre artistas e instituições que prolongam os encontros em movimentos de multiculturalidade duradouros. 25 anos depois, esta matriz permanece. Para este projeto se realizar a ACERT contou com o precioso “apoio à internacionalização” da Fundação Calouste Gulbenkian.

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DIGRESSÃO TRIGO LIMPO TEATRO ACERT


UM URSO COM POUCOS MIOLOS 3 de outubro às 14:30 Centro Paroquial do Louro (Vila Nova de Famalicão)

20 DIZER 14 de dezembro Café Concerto do Teatro Municipal da Guarda, 22h00 15 de Dezembro Edifício Cultural de Gonçalo, 21h30 16 de Dezembro Casa da Cultura de Famalicão da Serra, 16h00 A propósito dos trágicos acontecimentos de 15 de outubro de 2017 o Trigo Limpo teatro ACERT vai apresentar o espetáculo “20 dizer” nas localidades de Oliveira de Frades, Vouzela, Santa Comba Dão, Mortágua, Tábua e Carregal do Sal em datas a anunciar.

FOGO 11 de outubro às 21:30 D’Orfeu (Águeda) 13 de outubro às 21:30 Naco (Oliveirinha)

ÁGUA 4 de outubro às 21:30 Outono Quente (Viseu)


Debaixo d’olho Livro

ENCICLOPÉDIA DA HISTÓRIA UNIVERSAL – BIBLIOTECA DE BRASOV AFONSO CRUZ

Editora Alfaguara A obra literária de Afonso Cruz espalha-se por algumas dezenas de livros, alguns arrumados nas estantes ditas para crianças, outros ao alcance de mãos mais adultas. Em registos muito heterogéneos, os livros do autor trabalham a narrativa e o romance enquanto unidades literárias, mas igualmente a ideia de fragmento. Mesmo em romances de grande fôlego, como Para Onde Vão os Guarda-chuvas (2013), essa ideia surge de um modo constante, não tanto na forma, mas antes na assunção de que o mundo e o que dele conseguimos ver e percepcionar é mais certamente um conjunto de fragmentos aos quais vamos dando forma e sentido ao longo da vida do que uma cronologia bem ordenada de acontecimentos. Na série Enciclopédia da História Universal, de que agora se publica o sexto volume (Biblioteca de Braşov), o fragmento assume-se como estrutura. Coligidas por um suposto Téophile Morel, estas enciclopédias reúnem pequenos textos, informações dispersas, aforismos, registos de outros

livros e uma infindável produção que, nascendo na cabeça do autor, configura um modo desordenado de apreender o mundo, um modo que talvez ecoe as deambulações, as viagens sem destino definido, as leituras aleatórias que podemos fazer numa biblioteca que nos é alheia, mas onde não deixamos de encontrar muitos fios para um novelo que pode ter uma forma, mas também outra, e ainda outra. Nesta Biblioteca de Braşov, voltamos à sabedoria de autores perdidos como Malgorzat Zajac ou Miroslav Bursa, espreitamos páginas do diário de uma atriz desaparecida, refletimos sobre as semelhanças entre a morfologia do cérebro humano e certas pinturas de Bosch e Miguel Angelo. Sem ordem nem cronologia, acrescenta-se mais um volume à potencialmente infinita enciclopédia que Afonso Cruz pretende criar, sabendo que cada entrada é um ponto mais na rede sem princípio nem fim onde existimos sem deixarmos de nos surpreender. ✎✎ SFC

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Debaixo d’olho Disco

RUÍDO VÁRIO – CANÇÕES COM PESSOA ANA DEUS E LUCA ARGEL

Editores Boca/ Casa Fernando Pessoa É um disco que é um livro que é um disco. Decidir se é mais disco ou mais livro ficará ao critério de quem o tiver nas mãos, mas certo é que o que há de verdadeiramente novo e vibrante neste objecto está contido no cd, integrado no verso da contra-capa. Ana Deus e Luca Argel seleccionaram poemas de Fernando Pessoa e a partir deles criaram canções que cruzam o universo lírico pessoano e as gramáticas sonoras de cada um dos músicos. Este disco nasce de um convite da Casa Fernando Pessoa a Ana Deus, desafiando-a a criar um concerto a partir de poemas do autor para os Dias do Desassossego de 2017. A cantora aceitou o desafio, convidando Luca Argel para integrar o projeto e assim nasceu concerto que deu origem à gravação que agora se pode ouvir em disco. Leitores habituados à cadência poética, os músicos escolheram sobretudo poemas de Pessoa em nome próprio, por ser «mais rico em rimas e métricas, de certa forma mais “pronto”

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para a música», como explicam no texto introdutório. O resultado é um disco de sonoridades serenas, marcado pelas cordas dedilhadas por Luca Argel, por vezes ecoando o samba, e pelas vozes de ambos os cantores conferindo aos versos de Pessoa toda uma nova leitura, puxando-os para o presente (ao qual, afinal, sempre pertenceram) e declinando-os em múltiplas leituras. Porque este disco também é um livro, importa referir que todos os poemas se apresentam numa pequena plaquete (paginada com um gosto tão exímio quanto discreto), onde se incluem as cifras, para quem queira tocar e cantar, e algumas fotografias de Fernando Pessoa e dos músicos.

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NÚCLEOS DA ACERT

NÚCLEO DE BASQUETEBOL ACERT Há mais de duas décadas a dinamizar a aprendizagem e a prática do basquetebol, o NBA oferece formação na área do Minibásquete para os mais novos e treinos regulares para atletas de todas as idades.

Minibásquete 2ª, 4ª e 6ª feira Pavilhão Mun. Tondela, 18:00 às 19:30 Contatos: Lino Dias 966 643 055 e-mail basquetebol@acert.pt

Sub 14 Masculinos/Femininos 2ª, 4ª e 6ª feira / Pavilhão Esc. Sec. Molelos, das 18:00 às 19:30

NÚCLEO DE KARATÉ DA ACERT Pretendemos promover a prática do Karaté de forma individualizada, gerindo a natureza lúdica, agonista e de solicitação das qualidades físicas das tarefas que prescrevemos. Traga inicialmente um fato de treino, venha conhecer-nos e decida depois se entra na nossa família de karatecas.

Treinos terças e quintas, no Pavilhão Mun. de Tondela Menores de 14 anos: 19:00 às 20:00 Maiores de 14 anos: 20:00 às 21:00 Treinadores: Sensei Ricardo Chaves e Sensei António Gouveia

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NÚCLEO DE ESCALADA ACERT Se gostas de adrenalina, de enfrentar os teus medos, se gostas de escalada, junta-te ao NEA. Vem manter-te em forma, tornar-te mais ativo… “Venga ai” como dizem os escaladores. Para pertencer ao NEA é necessário: "Ter vontade de escalar e inscrever-se na secretaria da ACERT. Terá de ser sócio e requerer seguro e licença desportiva."

Horário Jovens: Terças e Quintas: 17:45 às 19:00 Adultos: Terças e Quintas: 21:00 às 22:00 Pavilhão Mun. Tondela Responsáveis André Fernandes, Nélson Cunha e Rafael Lopes Contato escalada@acert.pt

INTERNATIONAL HOUSE NA ACERT CURSOS DE INGLÊS PARA CRIANÇAS E JOVENS Os cursos de inglês na Acert são organizados pela International House de Viseu, que faz parte da International House World Organization, mundialmente reconhecida pela qualidade do ensino. Os professores são ‘native speakers’ e possuem formação específica no ensino do inglês como língua estrangeira.

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Os alunos frequentam duas aulas de 90 minutos por semana, integrados em turmas de acordo com o seu nível de conhecimentos, completando dois níveis durante o ano letivo (outubro a junho).

ACERT


ACERT CORPOS SOCIAIS

COORDENADORES

Assembleia Geral

Núcleo de Basquetebol Acert

Roboredo e Melo

André Gonçalves, Nélson Cunha e Rafael Lopes

Pedro Tavares

Presidente: Luís Henrique P. Bráz Marques 1º Secretário: Margarida Amélia Gomes

Núcleo de Escalada Acert

2º Secretário: Carlos Manuel Marques Lima

Núcleo de Karaté da Acert

Conselho Fiscal

Ricardo Chaves

Presidente: António Elísio Miranda Lindo 1º. Secretário: Jorge Manuel Vaz Mendes 2º. Secretário: João Paulo Leão Borges

PROGRAMAÇÃO NOVO CICLO Equipa de Coordenação

Direção

Presidente: Luís Gonzaga Tenreiro da Cruz Vice-Presidente: Maria Lizete C. Lemos 1º. Tesoureiro: Pompeu José O. Cortez 2º. Tesoureiro: Carlos Alberto Antunes Silva 1º. Secretario: Miguel A. Beco Pinto Cardoso 2º. Secretário: José Manuel M. Silva Tavares 1º. Vogal: José Rui Martins Henriques 2º. Vogal: Carlos Alberto Teles de Figueiredo 3º. Vogal: Paulo Fernando F. Santos Neto 4º. Vogal: Carlos Gustavo Dinis de Figueiredo 5º. Vogal: Ricardo Miguel T. Chaves Ferreira

Ilda Teixeira, José Rui Martins e Marta Costa

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

AGENDA

Equipa Técnica

Luís Viegas e Paulo Neto

Produção

Marta Costa e Rui Coimbra

Gestão e Tesouraria

Pompeu José e Rui Vale

Secretariado Paula Pereira

Promoção e Imagem

Zétavares e Rui Coimbra

Limpeza

Efigénia Arede

Direção Artística

Contribuíram para esta agenda Gus-

Elenco Permanente

Edição Sara Figueiredo Costa Paginação Zétavares e Rui Coimbra Produção gráfica e acabamento

tavo Dinis, Ilda Teixeira, José Rui Martins, Marta Costa e Pompeu José

José Rui Martins e Pompeu José António Rebelo, Ilda Teixeira, José Rui Martins, Pedro Sousa, Pompeu José, Raquel Costa e Sandra Santos

Rainho & Neves, L.da

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INFORMAÇÕES E HORÁRIOS HORÁRIOS Bilheteira/Loja

Reservas

Deverá levantar as suas reservas durante o horário de funcionamento da bilheteira e até 24h antes da hora de início do espetáculo, ou ficarão sem efeito.

(Dias com programação) Das 15:00 às 17:00 e das 20:30 às 22:00

Secretaria e Tesouraria

09:30 às 13:00 e das 14:00 às 18:00

Bar Acert

Seg a sexta: 14:00 às 02:00 Sábado: 16:00 às 02:00 Encerra ao domingo

PREÇOS Admissão de Associados Acert

Preço de Família

Associados (e equiparados)

Auditórios, excepto quando devidamente anunciado

Num agregado familiar com 3 ou mais pessoas, um dos filhos, desde que menor de 18 anos, não paga.

Pagamento de uma joia de 0,50 € e uma quota semestral de 7,50 €

Preço de Associado da Acert e/ou sócio das entidades seguintes: Cine Clube de Viseu; d’Orfeu Associação Cultural; Viriato Teatro Municipal; Teatro Aveirense; Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo da Caixa Geral de Depósitos;

Bilhete: 7,5 € Associados: 5€ Descontos: 6€ Desempregado: 2,5€

Espetáculos público escolar: 2€. NU Palco

Descontos

Bilhete: 5 € Associados: 3€ Descontos: 4€ Desempregado: 2,5€

Estudantes, Reformados, Portadores de Cartão Jovem e Cartão Jovem Municipal.

Finta

Caderneta FINTA: 25€ / associado:20€

Crianças

Preço bilhete: 7,5€ / Associado: 5€ / Desconto: 6€ / desempregado: 2,5€

Espetáculos de Sala: grátis 3 a 5 anos. Espetáculos Infantis: Pagamento a partir dos 3 anos, inclusive.

Preço especial Estudante Finta: 3€

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ANTE\VISÃ0

© CARLOS FERNANDES

FIL’MUS “O REGRESSO” ESTREIA A 23 DE MARÇO DE 2019

Em Março do ano que vem, um regresso: Fil’Mus, o espetáculo que cruza imagens cinematográficas e performance musical, volta ao palco para um take II, depois de uma primeira apresentação em 2010. Novos

filmes e novas músicas, numa viagem pela cinematografia das nossas vidas acompanhada de música ao vivo, em interação constante entre o écrã e a interpretação musical.



A ACERT é uma estrutura financiada por

ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota, 14; 3460-613 Tondela t: (+351) 232 814 400 / www.acert.pt


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