Agenda ACERT abr, mai e jun 2016

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ABRIL MAIO JUNHO 2016



ABRIL MAIO JUNHO 2016 Programação cultural do Novo Ciclo Acert (Tondela) E informação sobre as atividades da Acert

A Acert é uma estrutura financiada por

Mecenas


Apoios media

Edição ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela R. Dr Ricardo Mota, 14; 3460-613 Tondela (+351) 232 814 400 www.acert.pt Março de 2016


Apoios


Os 40 da Acert com cheiro a primaveras num verão calorosamente cultural

Para os muitos que partilharam os distintos acontecimentos que os primeiros três meses do ano proporcionaram, não deixarão de ter passado sinais da forma com que desejamos celebrar instante a instante os 40 anos da Acert. Momentos memoráveis deixaram marcas a quem participou neste invernoso, mas não menos primaveril, aniversário. O segundo trimestre deseja-se igualmente advento de aliciantes momentos, quando se aproxima o Tom de Festa que terá lugar de 13 a 16 de julho. Cinco espetáculos de teatro percorrerão distintas abordagens cénicas, prosseguindo um roteiro com surpreendentes opções. O Teatro Meridional proporciona a primeira visita de Maria Rueff aos palcos da Acert. O Trigo Limpo teatro Acert regressa com E Agora?. O Teatro O Bando,

Montemuro e a estreia do Na Xina Lua completam condignamente oportunidades atrativas. Comemorar o 25 de Abril com a Filarmónica Tondelense, com a estreia de um Concerto de Gala. Um espetáculo singular junta músicos internacionais para celebrar a música de Abril. O lançamento de livros com temática associada ao Dia da Liberdade habitarão o Novo Ciclo Acert. Caixa de Pandora, um coletivo musical que se afirma no panorama musical nacional, revela a sua sonoridade singular no intimismo do Auditório 2. A música, nos mais distintos formatos, géneros e origens, faz antever ocasiões para encontros de descoberta de novos projetos. Os Conservatórios de Música de Coimbra e de Santa Comba Dão juntam-se generosamente


à festa de música. O calor tem a chave que irá proporcionar a abertura do Palco do Pátio. Os “Concertos NU palco” familiarizam os espectadores em tributos a músicos com ACERTinas vidas: Daniel Tapadinhas e Fran Pérez. As exposições, com uma forte componente de participação do público e dos estabelecimentos de ensino, trazem propostas convidativas. As portas abertas do Novo Ciclo Acert às atividades de coletividades, comunidade e estabelecimentos de ensino revelam a matriz do espaço Acert, contribuindo para o afirmar da participação associativa e de uma cidadania participativa. Depois de tão recheada ementa, poderá alguém optar

por ficar em casa no artificial sossego da sua solidão? Venham partilhar a primavera e o início de um verão que o encanto da vida reclama!

“Preço Família” favorece os espectadores com preço bonificado Para que não perca todas as atividades que lhe propomos e porque sabemos que tantas vezes, “o querer” não “é poder”, a direção da Acert criou o bilhete família. Num agregado familiar com 3 ou mais pessoas, um dos filhos, desde que menor de 18 anos, não paga.


1 ABR 2016

LANÇAMENTO DE LIVRO

A ACERT tem o privilégio de ser a primeira morada deste livro

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De R. M. Ribeiro

Dos Bitoques e dos Campos de Bola

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Sobre bitoques e campos da bola, aos chineses não faltaria o que dizer, uma vez que tudo inventaram. Aos Maias que porventura nomearam uma qualquer constelação “Bitoque” ou uma outra “Campo da Bola” (eles, que davam uns toques com cabeças decepadas), igualmente se encontraria por onde imortalizar o conhecimento destas realidades - e há quem diga que o fizeram. Ainda assim, são matérias para outros epicuristas. Quando Cícero, que era romano, escreveu a obra Da Natureza dos Deuses ou, antes dele, Lucrécio escreveu Sobre a Natureza das Coisas, quanto à natureza de algo ou apenas sobre algo, havia certamente, uma lacuna que não sabiam suprir. Sendo os ditos romanos mais hábeis no fabrico de pão e nos divertimentos circenses, desconheciam por certo os bitoques e o jogo da bola. Esse desconhecimento, e na linha de Einstein, que afirmava existirem ondas gravitacionais, mas apenas em 2016 se comprovou ser um facto, era intuído, ainda assim. Este Dos Bitoques e dos Campos da Bola vem dar corpo a essa

intuição. Da Natureza dos Bitoques e dos Campos da Bola seria a formulação que quer Lucrécio, quer Cícero tomariam para sua “Opus” maior. Viveram antes do tempo! Cumpre-se agora o desígnio desses vultos históricos. Menos belo, talvez. Eventualmente menos capaz. Contudo, esforçado... Sobre o Autor R. M. Ribeiro, “nasceu” em Alhais [de Baixo] em Setembro de 1980. Frequentou Direito; Concluiu Arte, vertente Património (UCP-Porto). A pós-graduação, o mestrado e o doutoramento são assunto melindroso, pela data do primeiro, ausência de dissertação do segundo, e a fase final em que o terceiro se encontra. Jogou à bola e comeu bitoques. Faltaria referir família e atividade profissional; mas não diz respeito a terceiros a primeira, nem vem ao caso a segunda. Sex. 1 de abril às 21:30 Galeria ACERT // Entrada gratuita Em parceria com o autor e a editora


RICARDO CHAVES ®

8/9 ABR 2016

TEATRO

Em E agora? escalpelizamos a atualidade através das palavras de Gonçalo M. Tavares e tentar perceber o que se está a passar neste nosso mundo

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Trigo Limpo teatro Acert

E Agora? Tem sido permanente em todo o percurso criativo do Trigo Limpo teatro Acert a colaboração com autores de língua portuguesa. No projeto “interiores”, desenvolvido de 2006 a 2008, um dos seis autores convidados foi Gonçalo M. Tavares, que escreveu “as conferências do Sr. Eliot”, texto integrado no espetáculo circOnferências. Dessa colaboração ficou a vontade de nos voltarmos a encontrar. Esse desejo foi concretizado.

Texto: a partir de “Os cansados”, “os animais, os suicidas”, “hotel”, “as cabeças rapadas” e “Matteo perdeu o emprego”, de Gonçalo M. Tavares // Dramaturgia e encenação: Pompeu José // Assistência de encenação: Raquel Costa // Interpretação: António Rebelo, Ilda Teixeira, José Rui Martins e Sandra Santos // Cenografia: Pompeu José e Zétavares // Desenho de luz: Paulo Neto // Música: Miguel Cardoso // Sonoplastia: Luís Viegas // Figurinos: Coletivo // Desenho gráfico: Zétavares // Adereços: José

Gonçalo M. Tavares escreveu, agora, um texto para a Acert e o espetáculo que dele fizemos não deixa de nos surpreender. Pensamos ter criado uma peça “três em um”. Um conjunto de três quadros (X cenas) que estranhamente se unem e dão forma a uma história que estava escondida nas palavras do autor. Partilhamos agora esta nossa criação com o público, conversando com ele do desemprego, da crise, da Europa, na tentativa de que no final do espetáculo alguém se levante e nos questione: - E agora?

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Pereira e Carlos Fernandes // Edição de vídeo: Zito Marques // Costureira: Sandra Rodrigues // Consultoria de ilusionismo: José Pereira // Produção: Marta Costa // 108ª Produção do Trigo Limpo teatro ACERT

Sex. e sáb. 8 e 9 abril às 21:45 Auditório 2 // 70 min. // m/12 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€ Bilhete família disponível (p. 91)


BAR ACERT

Cafés-concerto e teatro nos 40 anos da Acert A música étnica, no seu conceito mais abrangente, tal como a divulgação de projetos artísticos regionais, nacionais e internacionais emergentes, será o conceito que a Acert procurará explorar na programação de 2016. O espaço Bar Acert é o espaço de excelência para o convívio e o encontro de associados e público. Aberto diariamente, oferece condições singulares para encontros de trabalho, de ócio, de estudo e para sentir o movimento dos criadores que habitam os espaços de preparação e apresentação dos espetáculos. O Bar Acert complementa com o seu serviço e iniciativas o ambiente cultural acolhedor, cooperando também para que a programação do espaço seja uma marca distintiva.


9 ABR

DR

2016

CAFÉ-CONCERTO

GULA Uma banda de fusões e experimentações, onde o rock e a música ambiental assumem papel de destaque. Formação criada em 2011, o seu trabalho de composição musical partiu de improvisos que acabaram por levar à fusão do rock com sons ambientais. Assim começou a surgir a identidade dos Gula. Este será um concerto recheado de uma panóplia de sabores que vão do acre ao delicodoce, servido com uma consciência geracional e social que encontra na música uma ferramenta ígnea e loquaz a ser empenhada numa vocação interventiva. Os membros de Gula, que vêm de outras bandas e projetos, trazem consigo um universo musical diferente que veio enriquecer a sonoridade do coletivo.

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Gravaram o EP de estreia O Ano da Fome nos Malware Studios, com David Jerónimo (FF, Concealment), onde selecionaram cinco músicas intensas. Em 2013, “Portugal em Chamas” foi o single de estreia, cujo vídeo esteve em destaque no Myspace Portugal e no Palco Principal. Guitarra, voz: João Campos // Guitarra: Jorge Albuquerque // Bateria: Vitor Calado // Baixo: Luís Santos // Teclado e Synth: Teclas

Sáb. 9 abril às 23:30 Bar ACERT // Entrada gratuita


15 ABR

LUÍSA VIEIRA®

2016

CONCERTO NU PALCO Público e músico no palco. O instrumentista num diálogo musical e humano com os seus espectadores, que poderão partilhar a solidão bonita do músico com as suas predileções. Como se cada um estivesse com o músico na sala de sua casa, num momento de convivência informal. A música, a conversa e as revelações ocasionais que podem causar surpresas mútuas. Um encontro irrepetível, com uma partitura que se escreve com notas afetuosas por instrumentistas com afinidades com os 40 anos da Acert. (ver também p.66)

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Daniel Tapadinhas Um músico que tem com a ACERT uma relação fraterna, apresenta-se (NU) palco que é também a sua casa.

Daniel Tapadinhas tem vindo a namorar ternamente com a Acert desde que a conheceu. Sedutor pela alegria que transmite àquilo a que se entrega, é tripulante musical de muitas embarcações, sempre com uma generosidade e solidariedade ímpares. O palco vai pertencerlhe como morada partilhada com uma Acert que, tal como “a” sua trompete - “o” seu trompete, é também hermafrodita: “o” Acert – “a” Acert. Coincidências de género para dois instrumentos onde Daniel Tapadinhas deixa marcas de identidade subtis. Um fura-bolos engenhoso que reparte a sua atividade em múltiplos projetos. É professor de trompete no Conservatório de Música de Coimbra, onde começou os estudos, seguindo depois para a ESMAE, onde concluiu a Licenciatura em Trompete. Tudo começou em Taveiro, onde nasceu. Aos 9 anos era executante na Filarmónica União Taveirense onde deu

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os primeiros passos na música. Estendeu a sua ação como fundador e diretor artístico da Big Band e Banda Juvenil da F.U.T. e da Banda Sinfónica Juvenil do Centro. Foi um dos membros fundadores do Ensemble Sinfónico de Metais Português e executante do Grupo de Instrumentos de Sopro e Orquestra de Camara de Coimbra, Big Band de Jorge Costa Pinto, Sinfonieta e, mais recentemente no Alma de Coimbra, entre muitas outras colaborações. Colaborador em arranjos musicais para peças de teatro e, de forma mais aconchegada com a Acert, como maestro da Orquestra Aeminium, músico do Judas, A Viagem do Elefante, Terra Da Fraternidade (Tom de Festa) e como músico convidado de A Cor da Língua ACERT em vários espetáculos.

Sex. 15 de abril às 21:45 Palco do Auditório 1 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€ Bilhete família disponível (p. 91)



OS 40 DA ACERT COM UM CRAVO VERMELHO PERMANENTE O 25 de Abril é um acontecimento de celebração permanente, pelo que representou na formação da ACERT e, fundamentalmente, pelo sentido intemporal dos valores de liberdade, solidariedade e conquistas populares alcançadas. Tem um espaço cativo, fundamental na vida e na programação da ACERT.


22/23 ABR 2016

CONCERTO

Nos 40 anos da ACERT, tributo aos 114 anos da Filarmónica Tondelense num concerto de gala Historial Mais de 100 anos tem a Filarmónica Tondelense, fundada em 12 de setembro de 1902 e reorganizada em 1920. Com cerca de 50 elementos, entre os 13 e os 75 anos, a nossa filarmónica tem atuado de norte a sul do país, mantendo em Tondela uma escola de música que contribuiu para a formação e a cultura locais. A nossa Filarmónica passou por altos e baixos, parando hoje para ressurgir amanhã, e sempre tondelenses de alma dura se uniram para que não acabasse o

que tão belo se havia mantido. E que a nossa banda não era uma qualquer: ela era nossa e representava muito na vida da nossa região. Presentemente, Mário Meireles Cruz, natural de Santa Comba Dão, é o Maestro da Banda Filarmónica Tondelense. Embora bastante jovem, apresenta um vasto curriculum no que diz respeito à sua formação a nível musical e é hoje o responsável por orientar o som desta formação pelos caminhos que vamos percorrendo.

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Sociedade Filarmónica Tondelense

A Banda e a Canção Concerto de Gala A Canção É uma forma de expressão musical escrita para voz. A Canção PODE ser interpretada a uma ou mais vozes. Homem ou Mulher. A Canção PODE ser acompanhada por instrumentos. A Canção PODE até ser acompanhada por dança. A Canção PODE ser composta sobre os mais variados temas ou textos. A Canção PODE animar, informar, embalar, solenizar, intervir... A CANÇÃO VAI ser o tema do Concerto da Banda da Sociedade Filarmónica Tondelense, que traz a palco um espetáculo recheado de convidados. A CANÇÃO VAI ser rainha numa celebração pelos seus vários géneros: fado, intervenção, latina, metal, pop, rock.

Flautas: Estela Pinto e Tânia Borges // Clarinetes: José António, Inês Figueiredo, Barbara Figueiredo, Carolina Rodrigues, Patrícia Molchanova, Carolina Antunes, Ana Sofia Mateus, Rita Santos, Beatriz Rebelo, Vitória Martins, Lara Fernandes // Saxofones: João Nunes, Hilário

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Ferreira. Gabriel Carvalho, Afonso Viana, Joana, Inês, Dina Silva, Isabel Costa // Trompetes: José Gomes da Silva, Francisco Viana, Pedro Oliveira, David Borges, Rui Silva, Rafael Figueiredo, Vasco Chaves, Rui Coimbra Silva, Tomás Carvalho // Trompas: Nádia Meireles, Rodrigo Brito, Daniel Louro // Trombones: Cláudio Pereira, João Almeida, David Nunes, David Teixeira // Bombardinos: Francisco Coutinho // Tubas: Carlos Vale, Fernando Louro // Percussão: Daniel Figueiredo, Cristina Veloso, António Borges, Filipe // Piano: Pedro Figueiredo // Viola Baixo: António Coelho // Maestro: Mário Meireles Cruz // Vocalistas e Músicos Convidados: Sandra Martins (Voz); Carlos Lima (Voz); José Cardoso (Voz e viola acústica); Nuno Correia (Guitarra Elétrica)

Sex. e sáb. 22 e 23 de abril às 21:45 Auditório 1 Bilhete solidário com preço único: 5 € A reverter para a Sociedade Filarmónica Tondelense


3 PERGUNTAS À

Filarmónica Tondelense O Maestro Mário Cruz responde às duas primeiras e o Presidente da Filarmónica, Cláudio André Pereira responde à terceira

As filarmónicas e as associações culturais e/ou recreativas têm sido elementos essenciais na dinamização cultural e educativa das comunidades. Como vê esta parceria (que já não é a primeira) entre a ACERT e a Filarmónica?

É um facto que as bandas filarmónicas têm sido pedras basilares na vida artística e na formação musical em muitas localidades no nosso país. Tondela não é exceção. A nossa banda marca presença habitual nas ocasiões mais significativas e tem provido a comunidade de ferramentas educativas na área da música. A ACERT é desde há muito uma referência cultural na cidade e na região centro e tem desempenhado um papel, do meu ponto de vista fundamental, no fomento e na inovação na cultura na nossa região. As parcerias entre a ACERT e a Banda têm surgido e têm sido concretizadas de forma natural com resultados muito positivos. Juntos chegaremos mais ainda longe.

Que diferenças há na preparação de uma Filarmónica para um concerto com o repertório que interpretam habitualmente e um concerto com estas características?

O programa que levamos a palco neste concerto é diferente do que “normalmente” ouvimos no meio filarmónico, muito embora seja já comum a procura da diversidade neste tipo de formações. O foco do trabalho da Banda vai passar por trabalhar o grupo para receber e envolver os solistas e os músicos convidados que temos o prazer de ter a trabalhar connosco e na preparação da banda para abordar os diferentes estilos.

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DR

Tocar um repertório com estas características, com canções pop, rock, latinas e outras tantas, é um desafio? Se sim, em que sentido (que desafios concretos coloca à filarmónica)?

apenas e só a músicas clássicas e a serviços de arruadas e procissões. É importante trazermos para a banda o que gostamos de ouvir, a música que nos caracteriza, o estilo com que cada um mais se Claro que sim! Desta forma identifica, só assim conseguimos conseguimos captar outros públicos, ter uma banda tão jovem e nomeadamente faixas etárias motivada como é atualmente a mais jovens, e provar que uma Banda Filarmónica Tondelense. banda filarmónica não se restringe

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24 ABR 2016

LANÇAMENTO DE LIVRO

Um livro sobre a liberdade e a necessidade de questionarmos o mundo, na véspera de celebrarmos a Revolução dos Cravos 22


de Henriqueta Cristina e Yara Kono

Com três novelos O mundo dá muitas voltas

Em busca de um lugar mais livre, onde todos os meninos possam ir à escola, uma família muda-se para outro país. No entanto, apesar de diferente, o país novo que a acolhe está longe de ser perfeito e, neste novo mundo cinzento, a falta de liberdade sente-se em coisas tão simples como escolher a cor da camisola que se quer vestir pela manhã... É então que uma mãe entra em ação. Na verdade uma mãe, um par de agulhas e três novelos de lã... Com as cores de sempre, as mesmas cores de sempre, esta mãe vai lançar mãos à obra e despertar uma pequena revolução na cidade! Baseada em factos reais, esta história inspira-se na aventura de uma família portuguesa que, no final dos anos 60, fugiu à ditadura do Estado Novo e viveu uma experiência de exílio em vários países.

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Esta obra foi selecionada para os Prémios Amadora BD 2015 para Melhor Ilustração de Livro Infantil na categoria de Autor Português. Henriqueta Cristina nasceu em 1960, em Vila Nova de Gaia, numa família com muitos irmãos tios, primos e histórias. É professora há mais de 30 anos. Yara Kono nasceu em São Paulo, Brasil, em 1972. Começou os seus primeiros sarrabiscos na parede da saleta. A mãe, que de início não ficou nada satisfeita, acabou por ceder aos «dotes artísticos» da filha. Integra a equipa do Planeta Tangerina e tem vários prémios por livros ilustrados.

Dom. 24 de abril às 17:00 Bar ACERT // Entrada gratuita


24 ABR

DR

2016

EXPOSIÇÃO

Um olhar fotográfico e documental sobre José Afonso: “andarilho, poeta e cantor” 24


Associação José Afonso

Ver, Ouvir e Contar José Afonso Eu fiz uma canção (Grândola) que, vendo bem, já não me pertence. Agora é mesmo cantada em meios populares. Mas um cantante com as minhas características tem de fazer canções elaboradas a partir de elementos culturais que sejam da sua própria existência. O mundo social da música não me seduz grandemente, como não me seduzem os palcos e todo esse tipo de estruturas sobre que assenta a canção. Seduz-me, sim, aquilo que posso fazer em torno da música: os contactos que estabeleço, os amigos que arranjo, esta «irmandade» progressista que se vai estabelecendo à medida que vamos correndo as terras, descobrindo que nessas terras vivem indivíduos que tem determinado tipo de preocupações… Entrevista a Viriato Teles, in «Mundo da Canção», Fev./Mar. de 81

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Gostei muito de ensinar, mas o ensino não me ofereceu a diversidade de vivências que reti­ro da minha actividade de cantor. Estou indeciso quanto ao que, efectivamente, prefiro fazer. No fundo, não me desagrada exercer, alternadamente, as duas profissões: dois anos a ensinar, um ano a cantar… Entrevista a Cáceres Monteiro e Daniel Ricardo, in «A Capital», 24/12/70

Inauguração: 24 de abril às 21:00 Até 18 de maio Galeria ACERT // Entrada gratuita Em Parceria com Associação José Afonso


MARLENE SOIARES ÂŽ

24 ABR 2016

CONCERTO

Coletivo de reconhecidos mĂşsicos do Luxemburgo e Portugal juntam-se para celebrar o 25 de Abril em concerto, num tributo aos cantautores portugueses 26


Abri’lux

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O contrabaixista luxemburguês Marc Demuth tem vindo a partilhar o palco em vários projetos com cada um dos elementos do grupo. É uma espécie de “capitão do navio” — assim denominado pela cantora e multi-instrumentista portuguesa Luísa Vieira — por ser o elemento unificador que iniciou esta viagem cruzada de afetos e geografias emotivas. Desde 2011, Inuk Trio foi a formação que associou o pianista George Letellier, o contrabaixista Marc Demuth e a portuguesa Luísa Vieira em apresentações de sucesso nos palcos luxemburgueses. Em maio de 2015, o concerto único De Amália a Godinho, no Philarmonie do Luxemburgo abre caminho à descoberta e paixão pelos cantautores portugueses, facto de relevância para a criação deste espetáculo que apresentam em Portugal, no mês de Abril, e que culminará numa apresentação especial, dia 29, no Es’Cape Club, em Ettelbruck (Luxemburgo). O repertório incidirá nas obras de José Mário Branco, José Afonso e Sérgio Godinho, reinterpretadas com novos arranjos, onde o

jazz é elemento unificador que faz privilegiar momentos de improvisação e originalidade. Marc Demuth: contrabaixo // Michel Reis: piano // Paulo Simões: guitarra // Jeff Herr: bateria // Barbara Witzel: violino // Annemie Osborne: Violoncelo // Luísa Vieira: voz e flautas // José Rui Martins: Declamador convidado

Dom. 24 abril às 21:45 Auditório 1 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€ Bilhete família disponível (p. 91)


DR


3 PERGUNTAS A

Marc Demuth Como é que nasce este projeto, que junta músicos do Luxemburgo e de Portugal, e como é que trabalham em conjunto estando em países diferentes?

Este projeto surgiu na sequência de um convite muito específico, que me foi feito pela Philharmonie do Luxemburgo, para a criação de um projeto que de alguma forma estabelecesse uma ponte entre músicos portugueses e luxemburgueses, com o objetivo de ser apresentado na mesma noite do concerto de Cristina Branco na Philharmonie, em 2015. Eu, o George Letellier e a Luísa Vieira tocávamos já juntos desde há alguns anos, jazz sobretudo. O George é um pianista americano que antes de viver no Luxemburgo viveu 10 anos em Portugal e conhece bem a música portuguesa, portanto fazia todo o sentido neste projeto. Ao trio achei por bem juntar o guitarrista lusodescendente Paulo Simões e dois músicos provenientes do clássico: a violinista alemã Barbara Witzel e a violoncelista luxemburguesa Annemie Osbourne. Tudo para criar uma sonoridade rica e melhor explorar o universo da música portuguesa. Comunicamos por e-mail e ensaiamos nos dias que precedem os concertos.

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O concerto Abri’Lux revisitará o cancioneiro dos cantautores portugueses. Que importância têm esses músicos e as canções que popularizaram na sua formação musical (e cidadã)?

Para um músico de jazz como eu estas músicas são muito interessantes do ponto de vista harmónico e melódico, como é o caso das canções do Sérgio Godinho. Nos últimos 10 anos tenho sido bastante ativo em Portugal, estabeleci contatos com diversos músicos e fui descobrindo os autores portugueses. Por outro lado estas canções ajudam a entender a história de Portugal que eu acho fascinante.

Pensam levar este concerto a outros palcos, nomeadamente ao Luxemburgo (onde vive uma grande comunidade portuguesa)?

Sim, vamos tocar já no dia 29 de Abril, no Luxemburgo, no centro cultural de Ettelbrück, uma cidade com 25% de população portuguesa. Depois espero levar este projeto a outras cidades com uma grande comunidade portuguesa, como Paris ou Bruxelas, eventualmente em 2017, por altura do 25 de Abril.


30 ABR

MIFGUEL MARES ®

2016

TEATRO

Esperança, viajantes, lembrança, refugiados e emigração as premissas para esta criação poética politicamente implicada


Teatro O Bando

Ausência

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Um viajante, cheio de ausência, procura um novo território. Sem olhar para trás, movido pela esperança, percorre lugares com muitos dias e muitas noites, sem saber para onde vai. Se a boca fala, as pernas andam, os ouvidos escutam, os olhos vêem e os braços mexem, de que é feita esta ausência? Um caminhante com a certeza de todas as dúvidas, sem verdades absolutas nem direções cegas, persegue um horizonte sem limites, um futuro sem fronteiras de pedra. Integrada no projeto Internacional Documents of Poverty And Hope, que pretende refletir sobre as rotas de emigração entre diferentes países, Ausência é a nova criação do Bando dirigida à infância e juventude, uma coprodução com a companhia Dynamo Théâtre. Com direção de Nicolas Brites, cocriação de Jaqueline Gosselin - encenadora canadiana com vasta experiência na linguagem de teatro físico ligado às artes circenses - cenografia de João Brites e música de Jorge Salgueiro, pretendemos que Ausência partilhe histórias de êxodos e despedidas,

de desaparecimentos e retornos. O texto de João Neca tem nas palavras esperança, viajantes, lembrança, refugiados e emigração as premissas para esta criação poética e politicamente implicada. Em cena, os timoneiros da narrativa teatral, serão João Neca e Raul Atalaia. Texto João Neca // Encenação Nicolas Brites // Cocriação Jacqueline Gosselin // Cenografia João Brites // Música Jorge Salgueiro // Figurinos e Adereços Clara Bento // Apoio À Cenografia Fátima Santos // Desenho De Luz Guilherme Noronha // Com João Neca E Raul Atalaia // Criação Teatro O Bando // Co-Produção Dynamo Théâtre (Canadá) No âmbito do projeto internacional documents of poverty and hope

Sáb. 30 de abril às 21:45 Auditório 1 // 55 min. // m/6 Bilhete: 7,50€/ Associado: 5€ Descontos: 6€ / Desempregado: 2,50€ Bilhete família disponível (p. 91) Espetáculos público escolar Qui. 28 de abril às 14:30 Sex. 29 às 10:30 e 14:30 Preço: 2 €


30 ABR

DR

2016

CAFÉ-CONCERTO

Galo Cant’As Duas Uma viagem sonora por terrenos musicais inesperados. Uma banda que se inspira em ritmos variados, loops e batidas sincronizadas. A experiência que têm acumulado ao longo das suas atuações ao vivo favorece-lhes a incursão numa “viagem espacial” a bordo de um carisma musical caloroso e uma prática sonora que procura deixar marcas em quem assiste às suas apresentações. Bateria: Hugo Cardoso Guitarras: Gonçalo Alegre

Sáb. 30 de abril às 23:30 Bar ACERT // Entrada gratuita

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7 MAI LEONARDO SANTOS ®

2016

CAFÉ-CONCERTO

Branta Vânia Couto voa com a sua voz e muitos instrumentos, num enlace com as música do mundo Branta é um género de aves. Há muitas Brantas, e algumas migram, como a artista Vânia Couto. Neste seu projeto a solo, voa por vários países, sons, vozes, ritmos, raízes, revelando o seu gosto pelo nascer das músicas em pontos diferentes do mundo, que é tão pequeno e tão grande. Voo em loop entre muitos instrumentos que acordam as músicas que escolhe para esta rota. Vânia Couto dá voz ao projeto Pensão Flor, considerado um dos melhores álbuns de 2013, que tem vindo progressivamente a ser reconhecido pelo público nacional e internacional, destacando-se também o

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lançamento do novo Cd Sul, recémeditado em março deste ano. Vânia Couto integrou ainda o Gefac (Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra), Tuna da Fpceuc, Macadame (música tradicional portuguesa com interpretações contemporâneas), Tabacaria (poesia com interpretação musical e reinterpretações musicais), entre outros. Voz e multi-instrumentista: Vânia Couto

Sáb. 7 de maio às 23:30 Bar ACERT // Entrada gratuita


14 MAI

NUNO FIGUEIRA ©

2016

TEATRO

Teatro Meridional abre a porta para a primeira apresentação de Maria Rueff nos palcos da ACERT

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Teatro Meridional

António e Maria com Maria Rueff

O Teatro Meridional prossegue o seu trabalho de criação de novas dramaturgias baseadas em textos não teatrais, apresentando mais um projeto tão singular da identidade portuguesa. O objetivo foi partir do grande e profundo universo literário de António Lobo Antunes, com adaptação e escrita para cena de Rui Cardoso Martins, identificando um conjunto de personagens cujas vozes são quase corpóreas e cuja identidade é pertença de uma matriz lusitana.

Autor António Lobo Antunes // Dramaturgia e Adaptação Rui Cardoso Martins // Versão Cénica, Encenação e Desenho de Luz Miguel Seabra // Interpretação Maria Rueff // Espaço Cénico e Figurino Marta Carreiras // Música Original e Espaço Sonoro Rui Rebelo // Fotografia Nuno Figueira // Assistência de Encenação e Direção de Cena Vítor Alves da Silva // Assistência de Cenografia Marco Fonseca // Montagem Marco Fonseca e Rafael Freire // Operação Técnica Rafael Freire // Assistente de Produção Susana Monteiro // Produção Executiva Rita

Mulheres e Homens de diferentes extratos sociais, frágeis, fortes, pessoas ambíguas. Mulheres só desenhadas no silêncio de cenas quotidianas, outras explodindo ou implodindo na poética tantas vezes dolorosa do mundo com humor e intensidade, é o sentido deste espetáculo. Uma atriz, Maria Rueff, cuja versatilidade no entendimento e na capacidade de concretizar através da construção de personagens a ampla diversidade humana é muito particular, é o corpo, a sensibilidade e a voz que interpelará, na cena, o mundo.

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Conduto // Assessoria Jurídica Diogo Salema da Costa // Assessoria de Gestão Mónica Almeida // Direção Artística do Teatro Meridional Miguel Seabra e Natália Luiza // Coprodução TM e CCB

Sáb. 14 de maio às 21:45 Auditório 1 // 70 mins // m/16 Bilhete: 10 € / Associado: 7,50 € Bilhete família disponível (p. 91)


14 MAI

P. AMEZ

2016

CAFÉ-CONCERTO

Folk e blues por uma voz Tomwaitiana

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Tim Holehouse

Tim Holehouse é um bluesman nem sempre muito ortodoxo, com a sua voz grave de crooner e os ritmos compassados do blues cubista à Tom Waits. A sua carreira tem sido feita na estrada, ao mesmo ritmo que tem editado, o que tem feito do palco o seu habitat natural. É músico de folk e blues e começou a sua aventura a solo em 2005. Editou o seu primeiro álbum, Found Dead On The Shoreline, nos EUA e no Reino Unido. O sucesso deste trabalho empurrou-o para uma carreira que não havia planeado, contando já com uma discografia extensa. Desde então nunca mais parou. A sua discografia é extensa, mas a maior paixão do músico é a de tocar ao vivo. Tim Holehouse já

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percorreu o mundo e está sempre em viagem, motivado pelo prazer de tocar e partilhar a sua música. Sáb. 14 de maio às 23:30 Bar ACERT // Entrada gratuita


16/18 MAI

DR

2016

TEATRO – PÚBLICO ESCOLAR

Depois do êxito das apresentaçõe para o 5º e 6º ano realizadas em janeiro “Polichinelo” regressa para que mais alunos tenham o prazer de assitir ao espetáculo. 38


ZunZum Associação Cultural

Polichinelo Um grande e misterioso ovo apareceu num Reino muito distante. O Rei, atrapalhado, não sabia o que fazer. A Princesa, destemida, adorou a ideia de conhecê-lo melhor. Quanto ao vaidoso e ganancioso Conselheiro Mor… bem, na verdade, pouco lhe interessava o ovo. O importante era ser “O Melhor Conselheiro do Reino!”. Com a ajuda do Sábio, Polichinelo leva a sua missão a cabo: proteger o Rei e a Princesa do ganancioso Julião e trazer magia e alegria de volta ao reino e à vida da Princesa. No entanto ninguém esperava o que viria a acontecer: do grande e misterioso ovo nasceu Polichinelo, um ser diferente dos que até então se conheciam e capaz de ações prodigiosas e inesperadas. Com as suas feições bizarras assusta logo os mais céticos, mas encanta a princesa, que não perde uma oportunidade para entrar no mundo dos sonhos e da imaginação. O Palácio enche-se de fantásticas peripécias, aventuras e muitas surpresas, num espetáculo pensado para os mais novos,

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onde os valores do respeito pela diferença são alicerce fundamental da narrativa e da encenação. A partir do conto “As Maravilhosas Aventuras de Polichinelo”, de Henrique Marques Junior // Dramaturgia, Conceção e Direção: Mariana Veloso // Interpretação: Márcia Leite, Paulo Carrilho, Roger Bento, Rui Pêva e Vladimiro Pereira // Desenho de Luz: Paulo Neto e Rui Pêva // Escolha musical: Mariana Veloso // Vozes off: Pedro Duvalle // Figurinos e Adereços: Catarina Figueiredo e Daniela Fernandes // Caraterização: Mara Maravilha // Construção de cenários: Oficina do Zé Ferreiro e Rui Pêva // Design Gráfico: Luís Belo // Produção: Teatro Onomatopeia, Z1Z1-AC

Seg. a qua. 16 a 18 de maio às 10:30 e 14:30 Auditório 2 // 50 minutos // m/4 Preço: 2€


21 MAI 2016

EXPOSIÇÃO

Uma exposição que sustenta a democratização da criação e da divulgação artísticas colocando esses gestos ao alcance de todos nesta exposição e onde a comunidade desta região pode participar.

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Exposição de MailArt

desAMORes DesAMORES encerrará uma série de projetos relacionados com a temática AMOR criados pela estrutura Fértil Cultural. As intenções desta “chamada” à Arte Postal são, permitir aos artistas a oportunidade de mostrar a sua arte em diversos locais de Portugal, e ainda divulgar os conceitos de arte postal (mailart) e arte por correio (artbymail) seja através das várias exposições, seja através da oficina que acontece a propósito de cada uma delas. Os artistas são convidados a participar enviando obras, para um endereço postal, que correspondam ao tema “desAMORes”. Todas as obras serão integradas na exposição, com o mesmo nome, que terá uma digressão por diversos espaços de Portugal como Museus, Galerias, Bibliotecas e espaços não convencionais.

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Aquando cada exposição acontece uma oficina dirigida pelo artista plástico Monsenhor enVide neFelibata onde se exploraram materiais e técnicas de expressão plástica inerentes a esta forma de arte. Serão também debatidos assuntos históricos importantes e regulamentações dos nossos serviços postais nacionais.

Arte Postal Conhecida como MailArt tem oficialmente nome nos anos 50, todavia objetos artísticos do género já se realizavam no séc. XVIII. Com a massivação da WWW e das redes sociais esta forma de arte perde alguns seguidores e ganha outros. Surge também a e-mailart. A organização internacional IUOMA – International Union of Mail Artists surge pelas mãos de Ruud Janssen em 1988 e nasce um espaço online para a representar em 2008. Esta rede conta atualmente com mais de 4000 utilizadores.

Inauguração: 21 de maio às 21:00 Galeria ACERT // Entrada gratuita Workshop Mailart: 29 abril Inscrições e informações na ACERT As obras intergrarão a exposição na ACERT Informações na p. 76


3 PERGUNTAS A

enVide neFelibata Antes de mais, porquê a distinção entre MailArt (arte postal) e ArtByMail (arte por correio)?

Analisando a carreira de diversos artistas posso generalizar que grande parte dos criativos se inicia inconscientemente nesta área. A ArtByMail surge espontaneamente pela necessidade de enviar obras a amigos, artistas ou galerias, seja como oferta ou forma de autopromoção. A artbymail usa os serviços postais apenas como meio de transporte da obra e não depende desses serviços para existir. Já na MailArt, o caso é diferente. A mailart sucede à artbymail quando nasce a consciência desse veículo e a necessidade do mesmo. Ações aparentemente simples como a localização de selos e endereços postais fazem parte da criação artística mas acima de tudo é importante (na sua forma mais purista) integrar o veículo (por exemplo o carteiro) na criação conjunta da obra. Todo este processo e viagem do remetente ao destinatário é uma longa performance que culmina na receção.

A ideia da mailart passa pela democratização da criação e da divulgação artísticas, colocando esses gestos ao alcance de todos. Tem crescido essa consciência de que que é possível criar com poucos meios e sem um “nome” consagrado?

Diz-se na brincadeira que para criar mailart basta ter o dinheiro para pagar os selos. Mas é importante lembrar que se retirarmos o veículo de transporte “MAIL” à mailart deveríamos ter “ART”… e em muitas obras escasseia essa parte mais importante. Não consigo constatar se tem crescido a consciência de que é possível criar com poucos meios porque na realidade esse é o dia a dia dos artistas consagrados ou não… mas posso afirmar que tem sido vendida erradamente a ideia de que qualquer um é artista do dia para a noite sem esforço e exercício regular.

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Quando a arte passa de uma circulação mais livre para as galerias e as coleções, torna-se mais inacessível sob vários aspetos. Há risco de isso acontecer com a mailart?

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Considerar que a mailart vem de uma circulação mais livre é incorreto. Na sua forma mais pura ela é uma forma de comunicar muito pessoal e privada entre remetente(s), destinatário(s) e veículo(s) de transporte da obra e portanto esta forma de arte é bastante inacessível ao restante público. Transpor as obras para galerias vem de certa forma corromper e desvirtuar o conceito de mailart (e contra mim falo) assim como a sua natureza. Esta mostra é todavia essencialmente pedagógica e pretende elucidar o público sobre esta forma de arte.


20/21 MAI

FRIZ ®

2016

ESTREIA - TEATRO

Mais uma estreia de Na Xina Lua celebra a cooperação com o Trigo Limpo teatro ACERT para a realização de um sonho comum

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Na Xina Lua - Grupo de Teatro da Escola Secundária de Tondela

…não tens coragem?! “…não tens coragem?!” É um olhar sobre o eu, o nós e a sociedade. Um desafio aos nossos medos. Um teste à nossa coragem. Um desejo de ser livre! Um quebrar com o silêncio. E uma vontade incondicional de estar vivo e de viver!

elementos cénicos. Neste momento, o grupo está na fase inicial de ensaios, onde os atores começam a descobrir as suas personagens e a encontrar as motivações para que cada palavra e cada gesto chegue ao público com dedicação e verdade. Interpretação: Adriana Ferreira, Alexandra Costa, Andréa Fernandes,

Sobre o processo de trabalho Desde a sua criação que o Grupo de Teatro Na Xina Lua trabalhou textos dramáticos ou fez adaptações de textos para teatro. Este ano, pela primeira vez, o grupo aventurou-se na criação de um espetáculo original, com textos por nós criados e outros que foram surgindo a partir de alguns improvisos teatrais ou da pesquisa feita em torno de temas como o medo, a coragem, a solidão, a sociedade. Alguns destes temas já tinham sido abordados no projeto Circus Lab, do qual resultou o espetáculo Não tens coragem?!. A vivência nesse projeto foi tão intensa que motivou os improvisos que vieram a despoletar a criação deste novo texto, que mantivemos com o mesmo título e alguns

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Beatriz Brás, Beatriz Simões, Cátia Martins, Cátia Mota, Daniel Nunes, Daniel Paz, Daniela Sousa, Diana Mota, Inês Dias, Inês Silva, Joana Brás, João Costa, Luísa Campos, Madalena Almiro, Maria Inês Gomes, Mariana Adão, Marta Cardoso, Marta Rodrigues, Patrícia Sacras, Raquel Salomão, Sofia Cunha, Telmo Pedrosa, Tiago Clamote e Tomás Cabrito // Encenação: Sandra Santos // Assistência de encenação: João Almiro // Desenho de Luz: Paulo Neto // Apoio à produção: Trigo limpo teatro ACERT

Sex. e sáb. 20 e 21 maio às 21:45 Púb. escolar - Qua. 25 de maio às 15:30 Auditório 1 Bilhete: 2€ // Estudantes 1€ Espetáculo criado em Residência Artística no Novo Ciclo ACERT


21 MAI

DR

2016

CAFÉ-CONCERTO

O folk/blues interpretado por um músico nómada italiano


Gipsy Rufina (Itália)

Um projeto a solo do cantautor nómada Emiliano “Gipsy” Liberali. Nascido e criado entre as montanhas, no centro da Itália (santa Rufina), desejou sempre olhar o que estava para além delas. Foi assim que avançou para Roma, onde tocou em diferentes bandas punk-hardcore. Depois disso, quis ver o que havia do outro lado do oceano. Vagueou pelos Estados Unidos da América durante meses e começou a escrever canções com uma guitarra acústica que comprou em Chicago, por 10 dólares. De regresso à Europa, depois de muitas viagens pelo mundo, Gipsy gravou a sua primeira maqueta com um gravador de quatro pistas, em 2004, e começou a dedicar-se à música a tempo inteiro. Rapidamente a sua vida se transformou numa eterna digressão, seguindo o espírito dos antigos trovadores. Desde

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aí não tem parado, tocando as suas composições folk/blues por vários países, incluindo Portugal, onde deixou óptimos sinais das suas passagens em 2011 e 2013.

Sáb. 21 de maio às 23:30 Bar ACERT // Entrada gratuita


27 MAI

RICARDO CHAVES ®

2016

CAFÉ-CONCERTO

Nos 40 anos da ACERT, partilhar o prazer de mais de cem espetáculos realizados no aconchego da palavra dita e musicada

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Trigo Limpo Teatro Acert

20 Dizer A leitura poética voando em múltiplas geografias com sonoridades que a embalam e impacientam. A palavra migrando em sonhos, sobressaltos, pavores e coragens. Terna e insubmissa. Irreverente e encantadora. Palavras de sabor poético, ditas e musicadas. Momentos íntimos e despretensiosos espalham recados de indignação ou carinho pelos segredos da vida e por uma felicidade de compartilhar desassossegos. Poesia ambulante? Música à solta? Tão somente palavras e sonoridades cruzadas por um duo que naturalmente teatraliza situações e sentimentos sinceramente expressos. José Rui Martins e Luísa Vieira partilham o palco num exercício de comunicação, explorando a musicalidade da palavra e a simplicidade de dar voz a seduções emotivas. Os mais de uma centena de espetáculos realizados para audiências distintas, ampliando

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continuamente repertório, não provam mais nada que não seja o prazer de fazer de cada palco um espaço de relação emotiva com audiências que saboreiam um duo com muita gente dentro. Direção Artística, declamação: José Rui Martins // Voz, flautas e mbira: Luísa Vieira // Som: Luís Viegas // Luz: Paulo Neto // Desenho gráfico: Zétavares // Fotos: Ricardo Chaves // Produção: Trigo Limpo teatro ACERT

Sex. 27 de maio às 22:30 Bar ACERT // Entrada gratuita


28 MAI

RICARDOQUINTASPHOTO ®

2016

CONCERTO

Confirmar a opinião de Jorge Palma: “Tocam muito bem, aquilo é muita fruta! Estão na base dos virtuosos.”

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Caixa de Pandora Caixa de Pandora presenta-se publicamente em 2013, com diversas atuações em Portugal e no estrangeiro, mas é em 2014 que definitivamente se afirma, com o lançamento do seu primeiro Cd: Teias de Seda. Os membros que integram este Pandórico trio, já com uma sólida relação musical de 10 anos, inspiram e conspiram por entre o clássico e a world music, assinalado pelo talento e a criatividade na composição das Teias de Seda. Sem que possa ser rotulada, a sua música é proporcionadora de uma amplificação emocional, no sentido que promete suscitar as mais recônditas e tímidas emoções e transportá-las até onde o espectro criativo, de quem ouve esta música, o permitir. “Apesar das ruínas e da morte, Onde sempre acabou cada ilusão A força dos meus sonhos é tão forte

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Que de tudo renasce a exaltação E nunca as minhas mãos ficam vazias” ¶¶ Sophia de Mello Breyer Rui Filipe Reis: Pianista, multiinstrumentista, compositor e produtor musical // Cindy Gonçalves: Violinista // Sandra Martins : Violoncelista e clarinetista

Sáb. 28 maio às 21:45 Auditório 2 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€ Bilhete família disponível (p. 91)


28 MAI

DR

2016

CAFÉ-CONCERTO

Entre o folk e o rock, os Tanira trazem à ACERT um som onde as raízes não temem o futuro


Tanira Fundados em 2006, os Tanira passaram por diferentes formações e sonoridades e marcaram presença em festivais nacionais como o Andanças, Arredas Folk (Barcelos), Festival Máscara Ibérica (Lisboa), e por espaços como o Musicbox, o Teatro da Malaposta ou o Teatro São Luiz, tendo ainda atuado em festivais internacionais. Com um repertório composto por temas originais cantados em português, a banda editou em nome próprio o álbum Arcos Voltaicos, em 2013, que recebeu o prémio Revelação da Rádio Universitária do Algarve. Neste primeiro trabalho, inspirado pelo cruzamento entre a realidade e a lenda, pelas viagens e pela natureza, a energia do rock une-se às raízes da música tradicional, tocadas ao som de instrumentos como as gaitas de foles, flautas, bouzouki, baixo, percussão e vozes.

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Os Tanira estão a preparar o seu segundo álbum de originais, para o qual exploram já novas sonoridades e temáticas. vocal: Natacha Saraiva // Violino: Maria José Castro // Bateria: Ricardo Silva // Flautas e Gaitas de Foles: Miguel Quitério // Baouzouki, Sampler: Rui Cunha

Sáb. 28 de maio às 23:30 Bar ACERT // Entrada gratuita


4 JUN

DR

2016

CAFÉ-CONCERTO

Um dos mais originais projetos de reinvenção da música tradicional portuguesa.

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Omiri

Para reinventar a tradição, nada melhor que trazer para o próprio espetáculo os verdadeiros intervenientes da nossa cultura: músicos e sons de todo o país a tocar e a cantar como se fizessem parte de um mesmo universo. Não em carne e osso, mas em som e imagem, com recolhas transformadas e manipuladas em tempo real, servindo de base para a composiçãoo e improvisação musical de Vasco Ribeiro Casais. Para acompanhar a música, haverá um baile, onde todos os temas tocados são dançáveis segundo o ritmo e o balanço das danças tradicionais, e não só (Repasseados, Drum’n’bass, Malhões, Viras, Break Beat, Corridinhos...). Omiri é, acima de tudo, remix, a cultura do século XXI, ao misturar num só espetáculo práticas musicais já esquecidas,

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tornando-as permeáveis e acessíveis à cultura dos nossos dias, isto é, sincronizando formas e músicas da nossa tradição rural com a linguagem da cultura urbana. Em Omiri a música e cultura portuguesa é rica e gosta de si própria. Multi-instrumentista, Vasco Casais apresenta em tempo real uma mescla musical surpreendente, com uma singular interação com projeção vídeo. Vasco Ribeiro Casais: Gaitas de Foles, Bouzouki Português, Cavaquinho, Nyckelharpa, Eletrónica e Video em tempo real.

Sáb. 4 de junho às 23:00 Pátio ACERT // Entrada gratuita


9 JUN

MARIO RIBEIRO ®

2016

CAFÉ-CONCERTO

Generosidade e talento num demonstração de um Conservatório em relação permanente com os espectadores

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Conservatório de Música de Coimbra

CmC Big Band 15’16

Este coletivo surge como forma de proporcionar experiências performativas, no âmbito do grande ensemble, aos alunos do curso profissional de instrumentista de jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra. Funciona ainda como montra do trabalho realizado no referido curso. Esta formação centra a sua ação na escolha de um programa abrangente e idiomático, enaltecendo as potencialidades deste tipo de ensemble, com especial enfoque em aspetos histórico-culturais que, associados ao repertório próprio, conferem aos alunos uma perceção das singularidades de cada tema e compositor.

Saxofones: Rafael Gomes, Diana Sampaio, Tomás Santos, Leonardo Vasconcelos, Pedro Cortesão // Clarinete Baixo: Carina Simões // Trombones: Zé Rui Sampaio, Luís Rosa, Tomé Santos, Francisco Heleno // Trompetes: João Serrano, Diogo Catarino, Diana Mendes, Nuno Rodrigues // Baixo: Alexandre Figueiredo // Guitarra: Joaquim Festas, Miguel Coelho, Cristiano Neves, Bruno Sousa // Piano: Daniela Batista, Estela Albino // Vibrafone: Nuno Justino, Rodrigo Paredes // Bateria: Diogo Alexandre, Hugo Gonçalves, Beatriz Ventura, João Cardita // Voz: Joana Rodrigues, Jenyfer Santos, João Caldeira / Direção: Rui Lúcio

Qui. 9 de junho às 23:00 Pátio ACERT // Entrada gratuita


ZETAVARES 速


3 PERGUNTAS A

Rui Lúcio A relação do Conservatório de Música de Coimbra com a ACERT é antiga e tem dado muitos frutos. Como é que se tem desenvolvido esse diálogo, essa parceria?

Protocolos de cooperação institucional são o processo formal, paixões mútuas afetos comuns e ideologias culturais semelhantes são o processo emocional.

A Big Band permite aos alunos do conservatório a experiência de tocarem numa formação de grande ensemble. Que importância tem esta experiência no percurso musical e formativo destes alunos? É fundamental o contato com o público, confrontando assim os preceitos e os medos, construindo a experiência que vai ser fundamental para o futuro de cada um.

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A integração de alunos de música em formações e concertos com estas características cumpre um papel no entusiasmar de mais pessoas para o estudo e a prática musical?

Cumpre o papel de entusiasmar incentivar, motivar, apaixonar, envolver. Acima de tudo querer pela música, tocar no mais íntimo de cada um dos ouvintes.


10 JUN 2016

Convidámos o Professor Arsélio Martins e o historiador José Pacheco Pereira, com a moderação do jornalista João Paulo Guerra 60


Ó Portugal, se fosses só três sílabas… A segunda de um ciclo de 4 Conversas #ACERT40, em que a propósito dos 40 anos da ACERT vamos trazendo até nós gente que nos faz bem ouvir! Em registo de “conversas vadias”, como lhe chamou de forma feliz Fernando Palouro na primeira Conversa, trocam-se ideias sobre assuntos que de alguma forma marcam a nossa vida coletiva. Um matemático e um historiador vão falar sobre Portugal, a independência e soberania. Estaremos condenados a perder a nossa independência no quadro da União Europeia? E só nos resta como alternativa a União Europeia? Qual é o nosso futuro coletivo? Como está cada um de nós a contribuir para esse futuro? Desta vez com o titulo: “Ó Portugal, se fosses só três sílabas…”

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Como mote? O Portugal futuro é um país aonde o puro pássaro é possível e sobre o leito negro asfalto da estrada as profundas crianças desenharão a giz esse peixe da infância que vem na enxurrada e me parece se chama sável Mas desenhem elas o que desenharem é essa a forma do meu país Portugal será e lá serei feliz Poderá ser pequeno como este ter a oeste o mar e a Espanha a leste tudo nele será novo desde os ramos à raiz À sombra dos plátanos as crianças dançarão e na avenida que houver à beira-mar pode o tempo mudar será verão Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz mas isso era passado e podia ser duro edificar sobre ele o portugal futuro Ruy Belo - O Portugal Futuro (cont.)


JOÃO PAULO GUERRA Moderador

E, “...também os homens de hoje estão levando a história do nosso Povo para além do minuto que passa e contribuem para o futuro e a felicidade ou infelicidade não apenas dos homens mas da coletividade em geral. Não; a história construimo-la todos mesmo aqueles que parece nada fazer por isso; mesmo aqueles que parece deitarem abaixo aquilo que os outros estão erguendo. Todos vão tornando mais sólido e mais firme (ou mais esburacado) o edifício.” Flausino Torres – Portugal uma perspectiva da sua história O pretexto é a conversa, e esta será seguramente melhor que o pretexto que a convoca.

Sex. 10 de junho às 15:00 Auditório 2 // Entrada gratuita

É definitivamente, uma das maiores referências da nossa Rádio. Um dos jornalistas mais experientes, com uma longa carreira repartida, nomeadamente, entre a Imprensa, a rádio e televisão. Iniciou a carreira no Serviço de Noticiários do antigo Rádio Clube Português, foi correspondente da Rádio Nacional de Angola, cofundador da Telefonia de Lisboa e repórter e editor da TSF. Na imprensa, escreveu na Mosca, do Diário de Lisboa e na Memória do Elefante. Foi redator de O Diário colaborador permanente do Público e de O Jornal e ainda editor e redator principal do Diário Económico. Edita a Revista de Imprensa na Antena 1. Guionista e repórter de televisão. Entre as suas muitas obras publicadas, editou no mês de Março “Corações Irritáveis”.

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JOSÉ PACHECO PEREIRA

ARSÉLIO MARTINS

Iniciou, desde cedo, a sua atividade política em movimentos de oposição ao anterior regime. Licenciou-se em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto em 1978. É historiador, Professor, Universitário e comentador político português. Foi desde muito novo participante ativo em movimentos políticos de oposição ao anterior regime. Foi deputado pelo Partido Social Democrata durante três legislaturas, tendo sido líder parlamentar deste partido. Foi membro da Delegação da Assembleia da República à Assembleia da NATO e Presidente do Subcomité da Europa de Leste e da ex-URSS da comissão Política da Assembleia do Atlântico Norte. Foi também Vice-Presidente do Instituto Luso-Árabe de Cooperação.

Com verdadeira paixão fala da sua intervenção cívica. Foi dirigente associativo, envolveu-se na política (é deputado municipal pelo Bloco de Esquerda), tem um blogue (aveiro.blogspot.com). No campo da educação, foi presidente do conselho executivo da José Estêvão, orientou estágios, dirigiu o Centro de Formação de Escolas de Aveiro, foi coautor dos programas da disciplina de Matemática, fundou o Sindicato dos Professores do Norte.

Historiador, professor universitário e político

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Professor e ativista


10 JUN

TEATRO DE RUA

O jardim do Novo Ciclo banhado de teatro

LEONEL BALTEIRO 速

2016


Teatro Regional da Serra do Montemuro

Caídos do Céu

“Conhecidos santos chegam à terra, num estranho portal. De acordo com as regras estatutárias têm agora a possibilidade de desfrutarem de umas merecidas férias. É lhes dada a possibilidade de concretizarem sonhos nunca alcançados, uma outra profissão, descobrir novos horizontes. Numa desenfreada vontade, descobrem a praia, o futebol, o álcool, demasiadas tentações para querer voltar… E nessa hora, na hora do regresso, tudo se complica quando um não aparece.” Este projeto de rua estreou em 2015 e contou com 17 apresentações por todo o país, para um total de aproximadamente 6000 espetadores. Esta digressão permitiu experimentar e perceber a melhor forma de comunicar o espetáculo. A música, a história simples e clara, a comédia,

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a versatilidade do espaço cénico permitiram apresentar com confiança o projeto em qualquer largo, praça, jardim… Criação Coletiva // Encenação e Dramaturgia Peter Cann // Cenografia e Figurinos Ana Brum // Interpretação Abel Duarte, Eduardo Correia, Frankie Fox, Paulo Duarte e Ricardo Rocha // Direção Musical Peter Cann e Ricardo Rocha // Construção de Cenários Carlos Cal // Assistência á Construção de Cenários Maria da Conceição Almeida // Desenho de Luz Paulo Duarte // Direção de Produção e Comunicação Paula Teixeira // Direção de Cena Abel Duarte // Cartaz Ana Brum

Sex. 10 de junho às 21:45 Jardim ACERT // Entrada gratuita


11 JUN

DR

2016

CAFÉ-CONCERTO

A vitalidade da música africana revelada por um músico reconhecidamente virtuoso

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Guto Pires (Guiné-Bissau)

Cantor multifacetado, criador de temas sobre África e, principalmente, sobre a sua Guiné‑Bissau, Guto Pires é portador de um vasto curriculum que há muito extravasou o seu sonho inicial, tendo conseguido, com o decorrer da sua carreira, definir uma estética musical própria, marcada pela unidade na diversidade polifónica. Com temas próprios e temas populares da Guiné-Bissau, Guto Pires introduz-nos na riqueza musical da sua terra mãe, dando voz ao amor, à paz e à liberdade. Encontra-se representado em várias coletâneas nacionais e estrangeiras. Sol Na Manssi (2002) foi o seu primeiro Cd a solo. Desde que se fixou em Portugal, no final dos anos 70, participou em inúmeros projetos, dos Issabary, grupo do qual foi fundador, aos

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coletivos Sons da Lusofonia e Sons Da Fala (grupos que integram, entre outros, Sérgio Godinho, Vitorino, Filipa Pais, Rui Veloso, Tito Paris, Dany Silva, Bana e Filipe Mukenga).

Guto Pires: Voz e guitarra // Zeca Lokassa: Guitarra // Tony Bat: Bateria e voz // Sanhá Natamba: Baixo

Sáb. 11 de junho às 23:00 Pátio ACERT // Entrada gratuita


24 JUN

RICARDO CHAVES ®

2016

CONCERTO NU PALCO*

Um tondelense da Galiza, ACERTino de alma e coração, apresenta a sua música na casa que também é a sua * ver informação na p.12

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Fran Pérez Muita da música para teatro criada para o Trigo Limpo teatro Acert tem em Fran Pérez um distinto construtor de encantos. Entrou para a família ACERTina em 1994. Já lá vão 22 anos, desde que recebeu, com seus companheiros da Sala Nasa, em Santiago de Compostela, uma Acert que vem contando desde aí com a sua apaixonada companhia. É da casa, como todos reconhecem pela forma como semeia amizades e constrói sonhos comuns. É tondelensemoçambicano pelas ligações que tem sabido prolongar da afinidade iniciada com a Acert. O seu nome é de uma Galiza que pulsa com a sua identidade numa Tondela onde tem deixado raízes profundas do seu talento e da sua paixão. Frán Pérez é um compositor e intérprete que reparte a sua atividade entre o mundo da canção, a composição e o teatro. Publicou quatro discos, sob o nome artístico de Narf e, mais recentemente, com Uxía, “Baladas da Galiza Imaginária”.

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Compôs obras sinfónicas, filmes de animação e apresentou os seus concertos em importantes teatros de muitas cidades espalhadas pelo mundo. Foi um dos fundadores da sala Nasa, em 1992, onde atuou como ator e músico até 1998. Compositor de música de cena para mais de uma dezena de espetáculos do Trigo Limpo teatro Acert, sendo de destacar que fez também parte do seu elenco em algumas delas. Tem sido criador e diretor musical, ao longo de mais de quase duas décadas, dos espetáculos de rua Judas da companhia de teatro da Acert e dos engenhos cénicos Memoriar e Golpe d’Asa.

Sex. 24 de junho 21:45 Palco do Auditório 1 Bilhete: 7,50€/ Associado: 5€ / Descontos: 6€ / Desempregado: 2,50€ Bilhete família disponível (p. 91)


25 JUN

DR

2016

CAFÉ-CONCERTO

Meu General Um concerto que promete uma viagem pelo universo do rock’n’roll. Este projeto musical compõe um universo onde se notam as fortes influências do rock português. O poder das guitarras e a atitude combativa dos músicos e da sua interpretação são o seu melhor cartão de visita. Em 2003, o Meu General edita o Cd Primeiras Impressões, cujo tema “Voz Dormente” tem como convidado Zé Pedro, dos Xutos e Pontapés, contando também com a participação de Marco Nunes (Ex-Blind Zero, Ex-Jorge Palma e Pedro Abrunhosa). Para este ano de 2016, prepara-se já um novo Cd, sendo o concerto no Bar Acert uma boa forma de o antecipar.

Sáb. de 25 junho às 23:00 Bar ACERT // Entrada gratuita

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MAIS ACERT PROJETO CIDADANIA E TERRITÓRIO OFICINA TEXTO TEATRAL FORMAÇÃO ARTES PLÁSTICAS OFICINA DE TEATRO E EXPRESSÃO PLÁSTICA FORMAÇÃO INGLÊS E YOGA SECÇÕES DA ACERT DEBAIXO D’OLHO INFORMAÇÕES ANTEVISÃO

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DR


PROJETO CIDADANIA ATIVA Reflexões e Recomendações para Políticas Publicas Territoriais Participadas

Encerrado o projeto Cidadania Ativa, a parceria de organizações e associações envolvidas nesta discussão sobre os territórios e as políticas públicas propõe agora um colóquio/mesa redonda que permita aprofundar e tornar claras as policias públicas mais urgentes neste contexto. No próximo dia 14 de abril, o Instituto de Ciências Sociais, em

Lisboa, acolherá o encontro O Interior, Território De Valor , que conta com as organizações e redes que associam e ligam organizações e agentes de desenvolvimento local e territorial. Naturalmente, a ACERT estará presente. Qui. 14 de abril no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

PROGRAMA

Reflexões e Recomendações para Políticas Publicas Territoriais Participadas – Perspetiva das Organizações de Desenvolvimento Local e Territorial 14.30 Saudação do ICS / ULisboa - João Ferrão Apresentação do Projeto “Cidadania & Território: Desenvolvimento Local Sustentado” Síntese das Recomendações para Políticas Públicas Territoriais Participadas 15.00 Mesa Redonda Moderador: Jorge Wemans ( Jornalista ) Protagonistas • Regina Lopes – Presidente da Federação Minha Terra • Eduardo Figueira – Presidente da Animar • Conceição Matos – Membro da Equipa de Coordenação • do Fórum Cidadania & Território A Palavra a Participantes 17.30 h Sessão de Encerramento • Intervenção de Representante da Parceria “Cidadania & Território: Desenvolvimento Local Sustentado” • Intervenção da Coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior - Helena Freitas

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OFICINA TEXTO TEATRAL Com Sónia Barbosa

Karamazov – da Literatura para o Teatro O ateliê inclui-se no Projeto Karamázov de Sónia Barbosa, cujo propósito é a pesquisa e criação teatral a partir da obra literária Os Irmãos Karamazov, de Fiódor Dostoiévski. Karamázov é pensado para um período mínimo de realização de 3 anos (que poderá eventualmente ser alargado), com o objetivo de, através de uma profunda pesquisa, investigação e experimentação (que compreenderá também uma vertente pedagógica) com base na obra Os irmãos Karamazov, envolvendo diversos artistas e estruturas, chegar a três espetáculos teatrais, nomeadamente: Ivan ou a Dúvida, Aleksei ou a Fé e Dmitri ou o Pecado. Neste ateliê será partilhada uma breve apresentação cénica sobre a temática em questão e depois proposta uma experiência de criação/improvisação teatral feita pelos participantes, a partir de um excerto da obra, pertinente sobre a temática de Ivan ou a dúvida, que será abordado a

partir de vários pontos de vista. O ateliê tem a duração de 3 horas. Os participantes devem trazer roupas confortáveis para trabalho corporal e vocal. Destina-se a alunos do ensino secundário ou superior, preferencialmente das áreas humanísticas e artísticas, ou a grupos de pessoas com experiência teatral. Sónia Barbosa Atriz, encenadora e formadora, licenciada em Estudos Teatrais/ Interpretação na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto, em 1999. Como atriz e encenadora, trabalha em Portugal e em Itália, onde integrou vários projectos. É artista associada do Teatro Viriato desde 2011 e tem orientado aulas e laboratórios de teatro em diferentes instituições. Sáb. 2 abril 15:00 às 18:00 Auditório 1 / Formação Gratuita Inscrição na secretaria da ACERT

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2 ABR

NUNO RODRIGUES ®

2016

FORMAÇÃO

Ateliê de criação teatral a partir do texto literário “Os Irmãos Karamazov”

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FORMAÇÃO ARTES PLÁSTICAS Formadora Vanessa Chrystie

Curso de aguarela

Depois do primeiro módulo dedicado à observação através do desenho, usando pastel seco, um material muito versátil, a segunda parte vai ser dedicada à Aguarela.

1 aula por semana Qui. das 20:30 às 22:30 Preço: 50 Euros/mês Associados: 45 Euros/mês Início 7 de abril 2016 Duração: 2 meses

É um curso bastante intenso, ao longo do qual vamos abordar muitos temas, todos para explorar as possibilidades plásticas destes dois materiais, interligando com os interesses estéticos e criativos de cada aluno, com aulas dentro do espaço do Acert, mas também com umas saídas de campo. Não há nada melhor do que desenhar diretamente da natureza. Venham experimentar!

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7 ABR

DR

2016


WORKSHOP MAILART Formador enVide neFelibata

MailArt

Um dia de trabalhos com enVide neFelibata sobre a maiArt onde se lançam as base que permitirão aos participantes/artistas Nas palavras do formador: “apenas espero que apareçam e se questionem sobre a mailart. Se surgir essa questão já é meio passo andado para a virem a compreender pois decerto vão receber uma resposta. E depois sim, poderão questionar-se um pouco mais ao mesmo tempo que realizam uma obra que poderá vir a integrar a exposição desAMORes.”

Monsenhor enVide neFelibata É um artista plástico ativo na comunidade MailArt e ArtByMail desde 2009 e que possui de momento uma coleção particular de cerca de 200 obras de diversas nacionalidades que poderão integrar esta e outras exposições. Este evento pretende incentivar jovens artistas a participar num movimento internacional apresentando como contrapartida diversas regalias aos participantes.

29 de abril, das 14:00 às 18:00 Formação gratuíta Os trabalhos resultantes deste workshop podem integrar a expoisçõde 21 de maio desAMORes

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29 ABR 2016


OFICINA

13 JUN 2016

17 JUN 2016

1ª semana Oficinas Verão ACERT’2016

Oficina de teatro Pelo oitavo ano consecutivo, oficinas criativas com crianças geram espetáculo. Tudo numa semana mágica! No oitavo ano das Oficinas de Verão ACERT, vamos fazer diferente. As duas primeiras semanas dividem-se em atividades distintas. Na primeira semana Oficina de Teatro, na segunda semana as expressões plásticas. Este ano, o texto do nosso pequeno espetáculo de teatro conta uma história… O desafio é maior! No último dia, como habitualmente, apresentaremos essa história aos nossos convidados.

Formadora: Raquel Costa 13 a 17 de junho das 9:00 às 17:30 Destinatários Crianças dos 6 aos 12 anos; Nº de participantes: 8 a 12 Inscrições até 7 de junho na secretaria da ACERT Preço: 40 € // Associados: 30 € Em opção: almoço e lanches da manhã e da tarde por 5 €/dia

Senhoras e Senhores bem-vindos ao Novo Ciclo ACERT. Vamos assistir a um espetáculo construído durante uma semana de Oficina… Preparados? Música, abre o pano e…

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20 JUN 2016

24 JUN 2016

2ª semana Oficinas Verão ACERT’2016

Oficina de Expressão Plástica Na segunda semana, realizar-se-ão atividades de expressão plástica. Na segunda semana, realizar‑se‑ão atividades de expressão plástica. Propõe-se uma semana repleta de cor e divertimento, onde a criação será uma constante. Os fantoches irão animar os primeiros dias e serão, com certeza, um bom motivo para contar e recontar todas as histórias e aventuras vividas. No terceiro dia, os exercícios de cadavre exquis* e imagens com muita imaginação irão ser desenhadas para dar origem à construção de uma escultura. No final da semana, todos os trabalhos serão expostos para animar os espaços e exibir o que foi desenvolvido pelos participantes. *Cadavre exquis

Técnica adotada por artistas surrealistas, com base no jogo gráfico sobre papel dobrado, para provocar a livre associação de imagens fora do contexto habitual. Trata-se de um jogo gráfico sobre papel dobrado.

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Formadora: Adriana Ventura 20 a 24 de junho das 9:00 às 17:30 Destinatários Crianças dos 6 aos 12 anos; Nº de participantes: 8 a 14 Inscrições até 14 de junho na secretaria da ACERT Preço: 40 € // Associados: 30 € Em opção: almoço e lanches da manhã e da tarde por 5 €/dia


FORMAÇÃO NA ACERT Cursos de inglês para crianças e jovens Os cursos de inglês na Acert são organizados pela International House de Viseu, que faz parte da International House World Organization, mundialmente reconhecida pela qualidade do ensino. Os professores são ‘native speakers’ e possuem formação específica no ensino do inglês

como língua estrangeira. Os alunos frequentam duas aulas de 90 minutos por semana, integrados em turmas de acordo com o seu nível de conhecimentos, completando dois níveis durante o ano letivo (outubro a junho).

Aulas de Yoga A prática do yoga ajuda ao equilíbrio corpo-mente e à redução do condicionamento do pensamento. O relaxar da mente permite perceber que podemos experimentar a vida na sua totalidade e intensidade de um modo plenamente satisfatório.

Professor de yoga: Mário Martins Horários Quinta-feira, das 20:30 às 22:00 Sala Orgânica/ Acert

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NÚCLEOS ACERT Núcleo de Escalada Acert Se gostas de adrenalina, de enfrentar os teus medos, se gostas de escalada, junta-te ao nea. Vem manter-te em forma, tornar-te mais ativo… “Venga ai” como dizem os escaladores. Para pertencer ao nea é necessário: Ser sócio da Acert; Inscrever-se e ter seguro (mínimo nível 3) pela Fpme (Federação Portuguesa de

Montanhismo e Escalada). Horário terça-feira das 21 às 22h Ginásio do Pavilhão Desp. de Tondela. Participantes A partir dos 16 anos Sessões de treinos custam 10 euros /mês. Coordenador André Fernandes Contato 962375043 / escalada@acert.pt

Núcleo de Basquetebol Acert Há mais de duas décadas a dinamizar a aprendizagem e a prática do basquetebol, o nba oferece formação na área do Minibásquete para os mais novos e treinos regulares para atletas de todas as idades. Sub 14 Masculinos Nascidos em 2001 e 2002 2ª, 4ª e 6ª feira / Pavilhão Esc. Sec.

MiniBasket Nascidos de 2003 a 2008: 2ª, 4ª e 6ª feira Pavilhão Mun. Tondela, 18h às 19:30h

Contatos: Pedro Tavares 966 283 153 Isabel Fernandes 918 792 557 Tiago Vale 967 186 594 e-mail basquetebol@acert.pt

Molelos, das 18:00 às 19:30

Núcleo de Karaté da Acert Pretendemos promover a prática do Karaté de forma individualizada, gerindo a natureza lúdica, agonista e de solicitação das qualidades físicas das tarefas que prescrevemos. Traga inicialmente um fato de treino, venha conhecernos e decida depois se entra na nossa família de karatecas.

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Treinadores: Sensei Ricardo Chaves e Sensei António Gouveia Treinos: terças e quintas-feiras, no Pavilhão Municipal de Tondela menores de 14 anos: 19h - 20h maiores de 14 anos: 20h - 21h


TRIGO LIMPO

TEATRO ACERT


UM TRIMESTRE DE/EM CONSTRUÇÃO

13 JUL

ESTREIA

O Pequeno Grande Polegar Ou a estória de um menino pequeno no mundo dos grandes No ano da comemoração dos 40 anos, o Trigo limpo teatro Acert, vai criar um novo espetáculo de teatro de rua com estreia marcada para 13 de julho de 2016. Uma marioneta gigante será a personagem principal de uma nova versão do conto tradicional O Polegarzinho.

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Para o ano de 2016, e na sequência de um percurso criativo que tem apostado na criação teatral de rua, propomo-nos construir um bebé (um ícone, um gigante, bebé chorão, o boneco da infância, ele mesmo representante dessa infância, um menino pequeno, brincalhão e traquina, que gosta de “reinar”, como todas as crianças pequenas). O menino, uma marioneta gigante inspirada no imaginário universal do Polegarzinho, será a personagem principal do espetáculo O Pequeno Grande Polegar, que cruza a

experiência artística de A Viagem do Elefante e de A Fantástica Aventura de uma Criança Chamada Pinóquio. A direção artística está a cargo das equipas artísticas e técnicas do Trigo Limpo teatro Acert, que farão as adaptações dramatúrgicas e cénicas a cada local de apresentação e darão formação em exercício para uma integração capacitada dos elementos de cada comunidade. O envolvimento comunitário centrar-se-á no trabalho de ensaios e montagem, que decorre ao longo da semana que antecede a apresentação, procurando-se que, também ela, corresponda a um forte envolvimento das populações com as equipas artísticas e, proeminentemente, numa perspetiva de acolhimento hospitaleiro de públicos diferenciados de cada localidade.


TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

RICARDO CHAVES ®

ESPETÁCULOS EM ITINERÂNCIA/2016

E AGORA? O escalpelizar da atualidade através das palavras de Gonçalo M. Tavares para tentar perceber o que se está a passar neste nosso mundo. E agora, partilha-se esta nossa criação com o público. Os personagens dialogam “caoticamente” sobre universos como o desemprego, a crise, a Europa. Acreditam mesmo que se torna mesmo necessário criar uma máquina para “fazer adultos mais rapidamente por via de choques eléctricos”. E agora?, deixa de ser somente uma pergunta, para ser também um enredo tecido de muitas teias que questiona a crueldade desumana..

EM MEMÓRIA OU A VIDA INTEIRA DENTRO DE MIM Um monólogo às voltas com a memória e as memórias de que todos somos feitos. O romance Até ao Fim, de Vergílio Ferreira, pelas suas características e a sua temática de conflito/confronto de gerações, mantém uma atualidade que nos levou a querer levá-lo para o palco, num gesto que quer beliscar, intimidar e até mesmo questionar.

CARLOS TELES ®

70 minutos // m/12

Coprodução: Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela | Trigo Limpo Teatro Acert 55 minutos // m/12

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40 anos a pôr tudo em palcos limpos…

RICARDO CHAVES ®

CICATRIZ OU A MULHER QUE FOI MORDIDA POR UM LEÃO Humor satírico em tempos absurdos e surrealistas Nos tempos que correm, a realidade cavalga desbragadamente o absurdo. O humor tem de se reinventar a cada momento, tal é a velocidade com que o fantástico das situações e as personagens que lhe dão sustento trocam de pele. O Trigo Limpo teatro Acert volta a fazer uma incursão por um género dramático desafiante. O teatro que não se confina à gargalhada, mas ao sortilégio emotivo que ativa o pensamento.

CARLOS TELES ®

75 minutos // m/12 anos

A VIAGEM DO ELEFANTE O espetáculo teatro-musical de rua, criado a partir do conto homónimo de José Saramago prossegue uma já longa jornada teatral. Um espetáculo comunitário de teatro de rua, que revisita o caminho de Salomão, celebrando territórios e as suas gentes nas urgências sentimentais e literárias da vida de um criador de livros e de sonhos: José Saramago. 90 minutos // m/6

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CARLOS TELES ®

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

O FASCISMO DOS BONS HOMENS O envelhecimento que fala português. Impiedoso, comovente, poético, satírico… com desvarios amorosos. Um espetáculo conduzido por um romance que cruelmente comove (A Máquina de Fazer Espanhóis, de Valter Hugo Mãe), satiriza e, sobretudo, revela o envelhecimento de todos aqueles que, proveitosa e dignamente, não abdicam de nos fazer refletir sobre as suas lembranças. As mesmas lembranças que, no final de contas, se mantêm arreigadas no lar “Para Todas as Idades” que habita indiscriminadamente em cada um de nós.

CARLOS TELES ®

105 minutos // m/12

FAZ DE CONTA De várias histórias é feito o Faz de conta Um espetáculo de bichos pequenos, pensado para gente pequena, que vai ser grande, e para grandes que pequenos já foram. O espetáculo respira sem necessitar de recursos que o confinem a um palco. Poderá ser apresentado em locais não convencionais, como bibliotecas, salas de aula, etc… 45 minutos // m/4 Pré-Primária, 1º e 2º Ciclo

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RICARDO CHAVES ®

ESPETÁCULOS EM ITINERÂNCIA/2016

20 DIZER A interpretação poético-musical tendo como trilho a palavra com som, cor, corpo e alma A mestiçagem da declamação poética-teatral com a música, encantando viagens cruzadas por muitas geografias literárias emotivas. O prazer de fazer de cada palco um espaço de partilha emotiva. Um duo com muita gente dentro. Um momento de comunicação artística em que se procura autenticar o sábio pensamento de Millôr Fernandes: “Entre o riso e a lágrima há apenas o nariz”. 60 minutos // m/12 · Também em formato

CARLOS TELES ®

especial para público escolar

UM URSO COM POUCOS MIOLOS Diálogos e situações bem-humoradas que nos mostram uma nova forma de olhar o habitual, o quotidiano e a poesia “Todas as pessoas têm um herói e o herói do Senhor Pina é o ursinho Puff, personagem do seu livro preferido: As aventuras de Joanica Puff… Mas como é que um poeta com muitos miolos admirava um urso com poucos miolos? Só vendo, não é?”… Este espetáculo trata um bocadinho disso. A partir do livro de Álvaro Magalhães, O Senhor Pina, escrito em homenagem ao poeta Manuel António Pina. Duração: 45 min / M/3 Pré-Primária, 1º e 2º Ciclo


DEBAIXO D’OLHO

Osso Rui Zink

Editor Teodolito

​ mais recente livro de Rui Zink O encerra uma tetralogia que começou com O Destino Turístico e se prolongou com A Instalação do Medo e A Metamorfose e Outras Fermosas Morfoses. Em Osso, acompanhamos o diálogo entre duas pessoas: um homem apanhado na fronteira de um país que não sabemos qual, acompanhado de uma bomba, e o agente da autoridade que o detém e o interroga, procurando saber se integra uma célula terrorista, quem mais está envolvido na tentativa de atentado, que outras ramificações pode ter o episódio que acabou de evitar. Num registo de diálogo constante, mesmo a pedir uma adaptação para teatro (como já acontecia com A Instalação do Medo), os dois homens percorrem

um caminho que é o da retórica, mas também o do desmantelamento da linguagem como forma de pensar. ​Os quatro livros deste ciclo são um retrato do nosso presente, com a crise, as várias crises, na verdade, as mudanças aceleradas, a escolha de valores nem sempre pacífica. Osso alinha no tom desta tetralogia, compondo uma espécie de farsa marcada pelos enganos, pelos jogos de palavras e por um trabalho de linguagem que nos obriga a questionar as ideias sempre tão arrumadas de que nos vamos socorrendo. ¶¶

SFC


DEBAIXO D’OLHO

Né So

Rokia Traoré Editor ​Nonesuch

A música feita no Mali tem sabido conquistar, aos poucos, os ouvintes de todo o mundo. Em Portugal, as passagens de músicos malianos por festivais e alguns concertos isolados, a par com a divulgação de uma fortíssima cena musical que os jornais e revistas da área têm feito, ajudou a conquistar ouvidos e corações. O último álbum de Rokia Traoré merece integrar essa conquista, mostrando um conjunto de músicas onde é impossível ignorar a situação no Mali, depois de uma guerra civil cujas marcas demorarão muito tempo a desaparecer, entre ecos da jihad e a destruição dos muitos lugares que integravam as vivências coletivas quotidianas. ​Né So reflete esse ambiente, mas não deixa de ser um disco de

esperança. A voz de Rokia Traoré e as guitarras ritmadas da banda que a acompanha deixam ouvir os cenários dolorosos e a vista para a devastação, mas também se erguem contra os recuos sociais no que aos direitos humanos diz respeito, apontando caminhos para um futuro que se quer diferente e procurando firmar os pés num lugar que possa ser de recomeço. ¶¶ SFC


ACERT CORPOS SOCIAIS

PROGRAMAÇÃO NOVO CICLO

Assembleia Geral Presidente: Luís Henrique P. Brás Marques 1º Secretário: Ana Maria Pereira Bastos 2º Secretário: Carlos Manuel Marques Lima

Equipa de Coordenação Carlos Silva, José Rui Martins, Luís Cruz, Marta Costa e Miguel Torres

Conselho Fiscal Presidente: António Elísio Miranda Lindo 1º Secretário: Jorge Manuel Vaz Mendes 2º Secretário: Margarida Amélia G. R. Melo

Equipa Técnica Luís Viegas e Paulo Neto Produção Marta Costa e Rui Coimbra

Direção Presidente: Luís Gonzaga Tenreiro da Cruz Vice-Presidente: Maria Lizete C. Lemos 1º Tesoureiro: Pompeu José Oliveira Cortez 2º Tesoureiro: Carlos Alberto Antunes Silva 1º Secretário: Miguel Cláudio Torres Bruno 2º Secretario: José Manuel M. Silva Tavares 1º Vogal: José Rui Martins Henriques 2º Vogal: Carlos Alberto Teles de Figueiredo 3º Vogal: Paulo Fernando F. Santos Neto 4º Vogal: João Paulo Leão Borges 5º Vogal: Ricardo Miguel T. Chaves Ferreira

Gestão e Tesouraria Pompeu José e Rui Vale

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

AGENDA DE PROGRAMAÇÃO

Direção Artística José Rui Martins e Pompeu José

Contribuíram para esta agenda Carlos Silva, José Rui Martins, Marta Costa, Miguel Torres e Pompeu José

Elenco Permanente António Rebelo, Ilda Teixeira, João Silva, José Rui Martins, Pedro Sousa, Pompeu José, Raquel Costa e Sandra Santos

COORDENADORES Núcleo de Basquetebol Acert Pedro Tavares Núcleo de Escalada Acert André Fernandes Núcleo de Karaté da Acert Ricardo Chaves

Secretariado Paula Pereira Promoção e Imagem Zétavares Limpeza Efigénia Arede

Edição Sara Figueiredo Costa Paginação Zétavares Fotografias Carlos Teles, Ricardo Chaves e das companhias e produtores programados Pré-impressão, impressão e acabamento Rainho & Neves, L.da

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INFORMAÇÕES E HORÁRIOS HORÁRIOS Bilheteira/Loja (Dias com programação) Das 15:00 às 17:00 e das 20:30 às 22:00 Secretaria e Tesouraria 09:30 às 13:00 e das 14:00 às 18:00

Bar Acert 14:00 às 02:00 Reservas Deverá levantar as suas reservas durante o horário de funcionamento da bilheteira e até 24h antes da hora de início do espetáculo, ou ficarão sem efeito.

Preços Admissão de Associados ACERT Pagamento de uma joia de 0,50 € e uma quota semestral de 7,50 € Associados (e equiparados) Preço de Associado da Acert e/ou sócio das entidades seguintes: Cine Clube de Viseu; d’Orfeu Associação Cultural; Viriato Teatro Municipal; Teatro Aveirense; Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo da Caixa Geral de Depósitos; Descontos Estudantes, Reformados, Portadores de Cartão Jovem e Cartão Jovem Municipal.

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Auditórios (excepto quando quando devidamente anunciado) Bilhete: 7,5 € Associados: 5€ Descontos: 6€ Desempregado: 2,5€ Espetáculos público escolar: 2€. Preço de Família Num agregado familiar com 3 ou mais pessoas, um dos filhos, desde que menor de 18 anos, não paga. Preço Especial Desempregados: 2,50€ Crianças Espetáculos de Sala: grátis 3 a 5 anos. Espetáculos Infantis: Pagamento a partir dos 3 anos, inclusive.


YOURI LENQUETTE

ANTEVISÃO

Vem aí o 26º Tom de Festa Festival de Músicas do Mundo ACERT 13 a 16 de julho de 2016 Uma edição que se deseja singular, por ocorrer no ano de celebração dos 40 anos da ACERT. Um Festival que continuará a revelar espetáculos nacionais e internacionais que perdurem na memória de um público que tem a ACERT como sua casa. Uma ocasião de festejo em que a matriz da ACERT se assume integralmente nas suas múltiplas visões de partilha. Um momento em que, para além da música que o referencia, a

ACERT revela as suas distintas atuações: a difusão artística, a relação com a comunidade e o público que tão acolhedoramente lhe tem feito companhia ao longo dos 40 anos da sua existência. Uma pontinha do véu artístico se revela de antemão. Cheikh Lô, um dos maiores expoentes da música africana. Uma lenda viva, da música do mundo, transformando cada concerto num hino de fusão entre a música do Senegal e um olhar inovador sobre os ritmos cubanos, jazz, reggae e rap.



A ACERT é uma estrutura financiada por

ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota, 14; 3460-613 Tondela t: (+351) 232 814 400 / www.acert.pt


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