Liderança Empresarial acic dez 2019

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LIDERANÇA EMPRESARIAL ANO 14 | DEZEMBRO 2018

No caminho, um futuro promissor para o Sul Entidades se mobilizam no Projeto O Futuro da Região para alavancar o desenvolvimento socioeconômico P. 1 0 a 1 3

ExpoMAIS Com programação de alto nível, evento trouxe tendências e novidades do mercado P. 30 a 39

Prêmio Ser Humano Acic é reconhecida pelos projetos Prêmio Acic de Matemática e Triple C P. 47

Inovação Nas startups, a ousadia e a renovação para o desenvolvimento P. 26 a 29

O P I N I ÃO

Planejamento para 2019 Arthur Igreja P. 41



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Palavra do Presidente M O A C I R

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ivenciamos um ano proveitoso, de muitas realizações e conhecimento. Vivenciamos um 2018 de muitos eventos, muita cultura, inovação e tecnologia e em todos os sentidos a Acic respirou com muita ênfase esses novos ares. Também é verdade que acabamos de sair de um processo eleitoral sem precedentes na história do país. Das urnas, uma lição a ser tirada e absorvida não somente pelos agentes políticos, mas por todos que exercem de alguma forma papel de lideranças na sociedade. A população brasileira mostrou que chegamos ao fim de um ciclo e, que o mais importante, é iniciar um novo momento balizado por mudanças concretas em que as ações possam se sobressair às promessas e que as novas práticas devolvam ao Brasil o papel tão relevante que tem sobre a economia mundial. A Acic, como importante agente de conexão entre as demandas do Sul e os nossos representantes políticos, deposita total confiança nos próximos governantes e acredita que com novas formas de fazer política conseguiremos dar um novo eixo de desenvolvimento ao país com destaque as tão relevantes características do nosso povo. Um povo empreendedor, batalhador e com esperança em um futuro mais próspero.

D I R E T O R I A Moacir Dagostin P R E S I D E N T E Valcir José Zanette V I C E - R E S I D E N T E Edmilson Zanatta S E C R E T Á R I O Carlos Antônio Ferreira T E S O U R E I R O DIRETORES

Aldo Sérgio Ghislandi Caio César Rodrigues Binotti Edio José Del Castanhel Eduardo Zini Bertoli Iara Maria Silva Gaidzinski Luciane Bisognin Ceretta

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D A G O S T I N Nossa associação já consegue observar movimentos otimistas e que refletirão não somente na economia regional, mas nacional. Toda essa conjectura nos traz muito otimismo. Em 2019, continuaremos a reforçar a aproximação entre a Acic e todas as entidades representativas do Sul catarinense, unindo nossas metas e bandeiras em uma voz única para o desenvolvimento da tão valorosa região. No próximo ano chegaremos aos 75 anos de história da nossa Acic, que serão completados em 18 de junho. Ao longo dessas sete décadas e meia, a Associação Empresarial de Criciúma foi se consolidando como importante referência. Foram anos marcados por progresso e conquistas que refletem no desenvolvimento econômico e social não somente da cidade sede, mas de todo o Sul. Temos a certeza que todos os pilares que nos trouxeram até aqui se fortalecerão ainda mais nos anos que virão. Desejo que o fim de ano seja de comemorações e que 2019 venha recheado de progresso e de sucesso aos nossos empresários e que o ciclo que se inicia possa consolidar novas matrizes econômicas para o Sul de Santa Catarina traçando um caminho para o desenvolvimento, gerando conhecimento, cultura, educação, emprego e renda ao nosso povo.

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Manoel Pinto Moreira Mario Henrique Soratto Gaidzinski Nivaldo Bússolo Volpato Oscar Kaastrup Balsini Priscila Hertel Zanette Vieira Rafael Amante Rafael Pereira Antunes Reginaldo José Cechinel Rubison Olivo Xandrus Galli Zalmir Antonio Casagrande

2 0 1 9 DIRETORIA EXECUTIVA

Maria Julita Volpato Gomes executivo@acicri.com.br ASSESSORIA DE IMPRENSA

Deize Liliane Felisberto imprensa@acicri.com.br www.acicri.com.br instagram.com/acicri facebook.com/associacaoempresarialcriciuma



Su má rio 4 Palavra do Presidente 14 Construção civil, a alavanca

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da economia

16 Opinião Sérgio Juchem

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Plano regional e Projeto O Futuro da Região foram ações protagonizadas pela Acic em 2018

18 Perfil História pautada no trabalho e seriedade

20 Opinião Rose Reynaud 22 Setor plástico, conscientização e novas alternativas

48 Viajando através dos números 51 Escolas na Acic 52 Números da saúde de Criciúma chamam a atenção

Inovação: um caminho sem volta para o desenvolvimento

30 ExpoMAIS 2018 Programação intensa e de alto nível

53 Opinião Narbal Teixeira

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54 Cultura Acic 56 Série “Diálogos” propõe uma reflexão sobre Criciúma

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Opinião Arthur Igreja

“Do Sul pelo Sul” mantém representatividade política

58 Opinião Débora Mabel Sônego e Maria Cristina Carpes

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5º Prêmio Acic de Matemática atinge mais de 16 mil alunos

60 Núcleos setoriais 67 Opinião Marcelo Raupp

47

Projetos da Acic são vencedores do Prêmio Ser Humano da ABRH-SC

68 Tenente-coronel Evandro Fraga se despede de Criciúma

50

Acic lança premiação voltada à valorização do profissional da educação

70 Grupo fortalece gestores de RH

EXPEDIENTE A Revista Liderança Empresarial é uma publicação da Associação Empresarial de Criciúma. Textos: Deize Felisberto, Carol Paris, Francieli Oliveira e Mayra Lima. Edição: Deize Felisberto JP/SC 02715 Diagramação: Rodrigo Lodetti | Arte da capa: Rodrigo Lodetti - Fotos: Banco de imagem Fotos desta edição: Deize Felisberto, Carol Paris, Everton Miranda e Divulgação. Contatos: (48) 3461 0921 – imprensa@acicri.com.br Colaboradores: Moacir Dagostin, Ápice Comunicação, Sérgio Juchem, Rose Reynaud, Arthur Igreja, Assessoria de Imprensa do Observatório Social, Débora Sônego Búrigo, Maria Cristina Carpes, Timóteo Farias, Marcelo Raupp e Narbal Teixeira da Rosa. ACIC - Associação Empresarial de Criciúma Rua Ernesto Bianchini Góes, 91, Próspera, Criciúma - SC – CEP: 88815-030



E D I T O R I A L

O futuro é agora

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m 2018, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) propôs uma agenda ainda mais enfática no que se refere as ações para o desenvolvimento econômico e sustentável da região Sul. Para isso, trouxe como base bons exemplos que pudessem contribuir com este movimento por meio do Projeto “O Futuro da Região – Reflexos do Amanhã”. O projeto trouxe a palestra com o empresário e prefeito de Joinville, Udo Döhler, e com o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz. O recado de Döhler foi gestão pública eficiente, planejamento e união e é justamente com união que a Acic tem buscado pautar suas ideias, sempre angariando o apoio de entidades tanto do setor público quanto do privado. Já Vinicius Lummertz deixou como direcionamento para potencializar o turismo da região, as palavras-chaves ‘sinergia e visão estratégica’. Ainda dentro do movimento de buscar um futuro promissor ao Sul, a Acic, tem trabalhado, juntamente com outras entidades da cidade, para a elaboração de um Planejamento de Desenvolvimento Regional. A Acic também tem destacado fortemente a ban-

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deira da educação como uma de suas ações prioritárias. Neste ano, lançou um novo projeto educacional, cujo foco é chamar a atenção da sociedade para a importância e a necessidade de valorização dos profissionais de educação, em especial, aos professores da educação básica, pilar que fundamenta a base educacional de todo cidadão. O trabalho da entidade na área da educação foi reconhecido com a seleção para receber o Prêmio Ser Humano da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) Santa Catarina por meio do desenvolvimento do Prêmio Acic de Matemática e do Projeto Triple C. A Revista Liderança Empresarial traz também uma cobertura completa da terceira edição da ExpoMAIS, sucesso de público e qualidade. O tema inovação, também bandeira da entidade, está presente na reportagem que aborda iniciativas como as startups, que dão novo ânimo à economia do Sul catarinense. O time de articulistas também aborda importante temas como terceirização, educação, economia, comércio internacional, gestão empresarial e economia circular. Boa leitura!

Deize Felisberto, editora.


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D E S E N V O L V I M E N T O

R E G I O N A L

Pensar e agir em busca de um futuro promissor ao Sul A viabilização do Plano de Desenvolvimento Regional e o Projeto O Futuro da Região foram algumas ações protagonizadas pela Acic em 2018, visando a evolução econômica regional

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FRANCIELI OLIVEIRA

ensar o futuro é necessário em diversas situações. Nas nossas casas, nas nossas empresas e não deve ser diferente com uma região. E é com esse objetivo que a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) passou a propor, com mais ênfase a partir de 2018, para o Sul de Santa Catarina, uma agenda propositiva com base em bons exemplos e, acima de tudo, mostrando os potenciais necessários ao desenvolvimento econômico. O presidente da entidade empresarial, Moacir Dagostin, lembra que os indicadores do Sul deixam a desejar em comparação com outras regiões, especialmente, com o Norte do estado. “Ao assumir a Acic nos deparamos com dados mostrando que nos anos anteriores a economia da região ficou estagnada e com índices de crescimento negativos”, afirma. “A própria sociedade de Criciúma e região começou a exigir da associação empresarial algo que pudesse mudar esse cenário, para que se retome o desenvolvimento. Então, estamos buscando a sensibilização da classe política, dos órgãos públicos, dos próprios empresários, para atrair novos investimentos, mostrando que hoje temos toda a infraestrutura necessária para

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atender as empresas”, acrescenta a presidente da associação empresarial. O economista Ênio Coan concorda que a economia do Sul de Santa Catarina, mais notadamente da Região Carbonífera, cresceu menos em comparação as demais regiões do estado nas últimas décadas. “Criciúma figurava entre as cinco maiores cidades em arrecadação pública na última década do século passado e hoje sua posição é de décima cidade”, pondera Coan. Para ele, isso ocorreu não somente porque Criciúma deixou de crescer, mas especialmente porque as demais regiões cresceram em ritmo mais acelerado. “Principalmente a região Oeste, com a explosão das atividades relacionadas ao agronegócio e a região do Vale do Itajaí, com o crescimento das exportações canalizadas via porto. As regiões ao Norte, com a indústria de bens de capital, também obtiveram maior crescimento em função da forte demanda por esses bens pela indústria nacional e também pelas exportações de bens de consumo duráveis de Joinville e Jaraguá do Sul. A região da Capital foi amplamente favorecida pelo crescimento das atividades relacionadas ao setor público e pelos setores ligados à tecnologia e turismo”, analisa o economista.


COM INFRAESTRUTURA PRONTA O QUE FALTA AO SUL? A pergunta é pertinente entre todos que se preocupam com o baixo desenvolvimento econômico da região. “Nós temos um porto que tem um crescimento cada vez maior, nós temos a BR-101 duplicada, tivemos a inauguração da Via Rápida há um ano, o que proporcionou uma melhora no fluxo de veículos entre as cidades e a BR-101 facilitando muito a nossa mobilidade”, elenca Dagostin. UM DOCUMENTO COMO DIRETRIZ AO DESENVOLVIMENTO Foi então que se chegou à conclusão que a região Sul precisa de organização e planejamento. A região precisa de um Plano de Desenvolvimento Regional. A ideia foi abraçada por todas as associações empresariais do Sul. Além disso, somou a força do Poder Público e de instituições de ensino. E foi aí que se avistou o ponto inicial da elaboração do plano: a busca de recursos. “Desde o ano passado já existia esse sentimento, essa intenção por parte dos empresários, de elaborar o Plano de Desenvolvimento do Sul. Então, foi incluído no nosso planejamento a busca de recursos para a realização. Descobrimos que um dos caminhos para angariar apoio junto ao Governo do Estado era o Porto de Imbituba, que tem recursos disponíveis. Procuramos a SCParcerias, que administra o local, realizamos um evento aqui na ACIC e explicamos todas as condições da região, eles também nos apresentaram a SCParcerias e o Porto de Imbituba. Foi quando se abriu uma porta”, detalha o presidente da Acic. Conforme ele, o presidente da SCParcerias, José João Tavares, explicou que os recursos da autarquia e, principalmente, do Porto de Imbituba, precisam ser aplicados em interesses do próprio porto. “Esses recursos não podem ser desviados para outros fins, mas que houve uma exceção em Imbituba em que estão pavimentando uma rua que dá acesso ao porto, danificada pelo auto fluxo de veículos pesados que se direcionam ao porto. Então, explicamos para

ele que o desenvolvimento do Sul de Santa Catarina irá fomentar ainda mais o porto”, relata o presidente da associação empresarial, Moacir Dagostin. O governador Eduardo Moreira, por sua vez, sinalizou a liberação da verba necessária, R$ 1,8 milhão. “O plano precisa fazer todos os levantamentos socioeconômicos, mas também precisa ser um plano que já indica onde existem os recursos, quais são os ministérios em que se pode buscar esses recursos, para que realmente possamos colocar em prática e não fazer apenas um plano teórico”, alerta Dagostin. A fórmula apresentada para que esse não seja somente mais um plano, mas o real norteador do desenvolvimento dos 45 municípios é envolver a sociedade. “A ideia é já na realização envolver as pessoas para que não recebamos uma pilha de papel e sem possibilidade de implantação”, analisa o presidente. Para o presidente do Fórum Criciúma (Forcri), que reúne várias entidades de classe, Fernando Zancan, “a região sul precisa de um plano de desenvolvimento para desenvolver suas vocações de forma organizada, otimizada, visando maximizar o uso de nossos recursos e diminuir os custos de nossos produtos”, analisa Zancan. Para ele, há alguns caminhos a serem seguidos. “Poderemos buscar os investimentos necessários de capital externos e fomentar os investidores locais para alcançar a nossa região. Por outro lado, olhando as megatendências, poderemos incentivar e estruturar a inovação que alavanque a criação de startups e acelere a participação de nossa região no mundo 4.0. O novo mundo passa por ações colaborativas de todos no desenvolvimento de nossa região. O Forcri trabalha de forma voluntária e colaborativa para que tenhamos uma Criciúma melhor para todos”, salienta. Durante esse processo, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) se apresentou para participar da união de forças em prol do desenvolvimento. Foi uma iniciativa da instituição de ensino, também, a realização do Fórum do Amanhã, que por sua vez, chegou à conclusão da necessidade

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da elaboração de um documento norteador da das empresas e das pessoas. economia regional. “O envolvimento de uma insA série visa pensar, dialogar e refletir sobre os desafios tituição consolidada e respeitada como a Unesc futuros enquanto pessoas, comunidades e região. Por em um assunto de tamanha importância para a isso, a Acic se propôs a provocar reflexões a cerca da região é fundamental. Sabendo disso, colocamos vida, economia, potencialidades regionais e aprofunà disposição do Governo do Estado toda a nossa dar conversas sobre o que se deseja para o futuro de expertise para fazer o Plano de Desenvolvimento uma região tão rica culturalmente e com uma caracRegional com a intenção total de participar como terística empreendedora tão forte. protagonista nesse trabalho, tendo recebido a siCom isso, a Acic buscou em cases bem-sucedidos a nalização positiva para isso”, prospecta a reitora inspiração aos empreendedores do Sul. Além do enLuciane Bisignon Ceretta. “Temos a convicção de contro com a SCParcerias, o prefeito de Joinville, Udo que a união de nossos profissionais mestres e douDölher, esteve na associação tores, profundos conhecedoempresarial para uma troca de res de suas áreas de atuação, “O desenvolvimento sustentável ideias com lideranças políticas fará com que tenhamos um se constitui sob os dois pilares, o e empresariais com o tema resultado fantástico. Todo o aprendizado que já circula do desenvolvimento econômico e “Experiências positivas na gesdentro da universidade, em social, sem os dois, seguramente, o tão pública de Joinville”. ensino, pesquisa e extensão, A frente da maior prefeitura futuro não será promissor”. se reflete em conhecimendo Estado, Udo não reúne sotos teóricos avançados, mas Udo Dölher, mente bons exemplos no semuito mais que isso, um protor público. Antes de ser prePrefeito de Joinville fundo conhecimento prático feito é empresário, presidente dentro do que diz respeito à da indústria têxtil Döhler S/A e nossa região e isso já é uma grande contribuição já foi presidente da Associação Empresarial de Joinville com o desenvolvimento do Sul. A partir desse Plae da Federação das Associação Empresariais do Estano de Desenvolvimento Regional estaríamos cendo de Santa Catarina (Facisc). tralizando todo esse conhecimento, enriquecido O recado deixado por Döhler foi gestão pública eficom pesquisas dos mais variados tipos, e unindo ciente, planejamento e união e é justamente com de fato os esforços para traçar um rumo para o união que a Acic tem buscado pautar suas ideias, semfuturo”, complementa a reitora.

NOS BONS EXEMPLOS, A INSPIRAÇÃO PARA O FUTURO DO SUL

pre angariando o apoio de entidades tanto do setor público quanto do privado.

E foi justamente em meio a este sentimento que surgiu o Projeto “O futuro da região – Reflexões para o amanhã” encabeçado pela Acic e com a parceria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma e da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC). Ele reflete a luta ao longo dos anos e que tornou a Acic a entidade agente de integração da sociedade e motivadora de desenvolvimento da região,

O prefeito de Joinville ainda deixou outra valiosa dica. “O desenvolvimento sustentável se constitui sob os dois pilares, o do desenvolvimento econômico e social, sem os dois, seguramente, o futuro não será promissor. Essa tem sido a nossa busca constante. E isso se conquista à medida que tivermos a oportunidade de empoderar as pessoas. Por isso, o essencial é que se estimule o trabalho em equipe”, ressalta.

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“A Baleia Franca é um dos produtos do Sul de forma integrada. O Museu Ferroviário, em Tubarão, também. É preciso que todos conversem porque não há sinergia de projetos”. Vinicius Lummertz, Ministro do Turismo

A LIGAÇÃO COM O SETOR PÚBLICO Dentro da iniciativa O Futuro da Região – Reflexos do Amanhã também se procurou fazer o elo do setor privado com o público. A vinda do ministro do Turismo, o catarinense Vinicius Lummertz, foi um desses passos, assim como o encontro com a SCParcerias. Lummertz tem toda uma trajetória com o turismo e conhece o Sul do Estado. Para ele, são necessários um novo conceito e uma visão estratégica para a atividade turística. “A Baleia Franca é um dos produtos do Sul de forma integrada. O Museu Ferroviário, em Tubarão, também. É preciso que todos conversem porque não há sinergia de projetos. Se Santa Catarina tem uma estratégia de turismo, já que somos um estado turístico, então esse alinhamento estratégico precisa ser central”, explicou o ministro. “Entender que projetos como o Serramar, aqueles ligados à tecnologia e os projetos de cooperação internacional não como uma concepção antiga de turismo, mas sim uma nova forma de pensar o setor”, acrescentou aos presentes. O presidente da CDL de Criciúma, Gelson Philippi, também ressalta a união entre toda a sociedade. “Nossos problemas são comuns e se não nos unirmos, entidades, comunidade e Poder Público não conseguimos avançar”. “Devemos nos unir, tomar iniciativas em conjunto e mostrar que o Sul está pronto para crescer”, acrescenta o presidente da Amrec, Hélio Roberto Cesa, que ao assumir a presidência da associação levantou a bandeira de melhorar o desempenho econômico da região. Para o governador de Santa Catarina, Eduardo Moreira (MDB), o Poder Público deve colaborar para que uma região possa se tornar competiti-

va. Ele lista algumas ações que estão sendo colocadas em prática. “Nós estamos fazendo obra de infraestrutura, porque elas são fundamentais para qualquer empreendimento, fizemos a Via Rápida, estamos fazendo a rodovia do contorno Norte de Tubarão, chamada Ivane Fretta, e é uma rodovia que vai promover o novo eixo de desenvolvimento de Tubarão, a Udesc está em Laguna, nós temos o Porto de Imbituba, que está em franco desenvolvimento quebrando recordes de movimentação todos os meses. É uma série de ações que estão sendo realizadas”, elenca o governador. O prefeito de Criciúma, maior cidade do Sul, Clésio Salvaro (PSDB), destaca que “o Poder Público não é gerador de empregos, é investidor da infraestrutura de modo global para atrair investimentos e nesse sentido o governo está com um pacote de ações intensas e que no próximo ano teremos um incremento muito forte de investimentos nessa área”, garante. Entre as ações desenvolvidas pela Administração Municipal de Criciúma, o prefeito destaca a volta da Casa do Empreendedor, que pretende diminuir drasticamente o tempo de abertura de uma empresa e agrupa em um único local os órgãos responsáveis pela liberação de alvarás, facilitando a vida dos empreendedores. LUTA SEGUE EM 2019 Dagostin salienta que em 2019 esse movimento seguirá forte e a Acic manterá a posição de liderança regional. “Estamos estudando a volta de alguns projetos e analisando novos. É uma luta constante para vários anos. Sempre procurado atrair várias entidades para o trabalho em conjunto”, pontua o presidente.

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S I N D U S C O N

Construção civil, a alavanca da economia Presidente do Sinduscon avalia setor que está em expansão e é destaque no cenário catarinense

U

m setor em franca evolução. Este é o panorama da construção civil da região destacado pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Catarinense (Sinduscon), Olvacir Bez Fontana, com base em levantamentos realizados pela própria Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que consolidam a expansão da construção civil local no cenário catarinense. Composto por 40 empresas, o Sinduscon abrange desde Morro da Fumaça a Passo de Torres, no Extremo Sul.

mostram isso, pela queda do dólar e elevação da bolsa de valores. Este cenário já vem se modificando”, complementa.

Como forma de avaliar e organizar ainda mais o setor, considerado a alavanca da economia, os empresários atuantes participam de reuniões mensais para discutir e avaliar as demandas. Com aspecto otimista para 2019, Fontana analisa o atual cenário econômico do setor e as perspectivas com o novo cenário político. As notícias são positivas e tendem a melhorar. O mercado da construção civil, nos primeiros sete meses de 2018, já apresentou aumento de 4% no volume de negócios em relação a 2017.

“O nosso país é novo ainda e no qual existem muitos empreendedores. Aliás, está no sangue do brasileiro o empreendedorismo, o trabalho. Entendo que a solução não está somente nas mãos do governo, mas está nas mãos do trabalhador. O governo deve concentrar seus esforços nas questões de saúde, educação e segurança. O restante, a iniciativa privada, sem essas amarras, sem a dificuldade de desenvolvimento da qual enfrenta a iniciativa pública, resolve”, acredita o presidente do Sinduscon.

“O nosso país vinha de uma política antiga, retrógrada, mas a partir do comando do presidente Michel Temer foi tomada outra direção, que vem dando fôlego e, consequentemente, a retomada do crescimento. Com o limite de gastos, a reforma trabalhista e a terceirização, foi possível nivelar e tomar a direção de sincronia com o mercado mundial”, destaca o presidente do Sinduscon.

Fontana caracteriza o setor como sendo a alavanca e o motor da economia. “Em um país onde a construção não é forte, não há crescimento.”, coloca.

Como base econômica, as expectativas são positivas quanto à mudança para o governo de Jair Bolsonaro. “Ele tem sinalizado abrir novos horizontes e perspectivas, o que vai atrair investimento, interno e externo e, com esta nova plataforma nosso país vai se desenvolver. Os números já

14 Liderança Empresarial

EMPREENDEDORISMO O presidente do Sinduscon atenta que, para acompanhar a evolução do setor da construção civil, como alavancar o crescimento do país, é mais que necessário investimento na infraestrutura, como em rodovias, hidrovias e ferrovias, bem como reaver as altas cargas tributárias.

REPRESENTATIVIDADE O Sinduscon se destaca ainda pela forte representatividade. De acordo com Fontana, o Sindicato da Indústria é composto por fortes e importantes empresas e de intensa dimensão no cenário de Santa Catarina. “Estamos reunidos constantemente e tratando da defesa dos empresários. Muitos são os próprios fundadores das empresas, que ajudaram a dar forma à cidade, a construí-la e par-


ticipar ativamente do crescimento do município, mudando a sua paisagem. Sempre respeitando a legislação, com obras 100% regulares”, afirma. Conforme Fontana, o Sinduscon tem também participado intensamente de encontros e ações junto à Câmara Catarinense da Construção Civil e a Fiesc, como participado das decisões do município, haja vista a influência do setor. Como forma de fortalecimento, integração e de olho no futuro, o Sinduscon sempre marca presença em feiras e encontros regionais. Destaque para a presença dos empresários na Feira Internacional da Construção, a Construsul, em Porto Alegre (RS), em agosto deste ano, e na Feira Internacional de Construção e Habitação, a Expo Hábitat, realizada na Cidade do Panamá, a capital do Panamá, no mês seguinte. E é na inovação e na tecnologia que o Sinduscon focaliza. Segundo o presidente, o setor tem se atualizado, se adaptado as constantes modificações e mudando a maneira de construir. “Seja em equipamentos, produtos, gruas, material paletizado. Assim, nos inserimos ainda melhor no mercado e aumentamos a produtividade. Cito ainda o respeito e a valorização para com a sustentabilidade. A reciclagem está cada vez mais presente nas obras”, garante. UM EXÉRCITO DE 7 MIL TRABALHADORES São exatos 7.012 trabalhadores da construção civil nas empresas que compõem o Sinduscon. Segundo Fontana, muitos têm o seu primeiro emprego na construção civil e o setor tem motivado o aperfeiçoamento do trabalho, com cursos e treinamentos, para gerar ainda mais eficiência. “Reconhecemos a importância deles na construção de casas, escolas, vias, prédios, de uma cidade, de um país. Este trabalho manual é o que constrói abrigos para morar, empresas para trabalhar e estradas para caminhar. São a peça fundamental de toda uma infraestrutura e que merecem todo respeito, pois nada se faz, nada se constrói sem eles”, conclui.

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O P I N I Ã O

A terceirização e o resgate da liberdade de contratar serviços determinados e específicos S E R G I O

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ano de 2017 foi marcante no Congresso Nacional, com a edição das Leis 13.429 e 13.467, a primeira das quais, parcialmente modificada pela segunda, decretou o fim dos problemas com a terceirização (sob essa equivocada denominação) e resgatou a liberdade das empresas para contratar serviços determinados e específicos, direito assegurado nos artigos 1º, IV e 170, IV e § único, da Constituição da República. Para evitar polêmica, a nova lei alterou a Lei do Trabalho Temporário (Lei 6.019/74), legislação nunca contestada, optando por não tratar do tema em uma lei dedicada exclusivamente à terceirização. O legislador foi sábio, eliminando o termo pejorativo terceirização, que comprometeu a contratação de serviços desde o início, gerando uma vitimização do terceiro e com isto trazendo o debate para o incorreto âmbito da área trabalhista, onde sempre foi hostilizada. Os empregados, erroneamente chamados de terceiros, não foram afetados pela nova lei, eis que os seus contratos de trabalho com a empresa prestadora de serviços sempre foram e continuam sendo regidos pela CLT.

civil, consagrada no Direito Romano e hoje regulada nos artigos 593, 594 (toda espécie de serviço ou trabalho lícito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante retribuição) e seguintes do Código Civil Brasileiro. Tratase de contrato entre empresas, contratante e prestadora de serviços (contratada), ambas com seus respectivos empregados, todos regidos pela mesma CLT. Onde estaria o terceiro? Nunca houve terceiro! A lei foi recentemente interpretada de forma definitiva pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou “lícita a terceirização [termo usado pelo Ministro Relator Barroso] de toda e qualquer atividade, meio ou fim, não se configurando relação de emprego entre a contratante e o empregado da contratada”, o que traz finalmente segurança jurídica para as empresas e para a economia do país.

“A contratação deve ser com empresa idônea [...] para evitar risco à contratante diante da responsabilidade subsidiária pelo inadimplemento da lei trabalhista e previdenciária pela contratada”.

A nova lei foi hábil também em definir conceitos, reservando ao trabalho temporário as denominações Empresa Fornecedora de Mãode-obra e Empresa Tomadora, e à prestação de serviços as denominações Empresa Prestadora de Serviços e Contratante. A Empresa Prestadora executa para a Contratante serviços determinados e específicos em quaisquer atividades, inclusive na principal. A matéria – prestação de serviços – é de natureza

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J U C H E M

Os serviços da empresa prestadora devem ser executados por seus empregados, sob comando da prestadora e jamais da contratante.

A contratação deve ser com empresa idônea, estruturada, que possua capacidade econômica compatível com suas atividades e que respeite normas de segurança e medicina do trabalho, para evitar risco à contratante diante da responsabilidade subsidiária pelo inadimplemento da lei trabalhista e previdenciária pela contratada. Deve a contratante fiscalizar o cumprimento da lei, inclusive FGTS, exigindo da contratada a apresentação de comprovantes como condição para pagamento dos serviços.

Sergio Juchem Negociador e Advogado Trabalhista


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P E R F I L

História pautada no trabalho e na seriedade Empresário Emir Luiz Bressan foi homenageado com a Ordem do Mérito Industrial da Fiesc

a Escola Técnica Federal, em Florianópolis, e formou-se em técnico em mecânica, e na sequência foi trabalhar em São Paulo. “Estagiei e trabalhei lá uando o empresário Emir Luiz Bressan, nas principais empresas do segmento de usinagem de 65 anos, fundou a Usipe Fundidos e e metalurgia durante dois anos. Em 74, decidi volUsinados há exatos 31 anos, com apenas tar para Santa Catarina onde também trabalhei por dois funcionários, não imaginava que a muitos anos em Blumenau, adquirindo muita expeempresa trilharia um caminho de riência”, conta. No início dos anos tanto sucesso. Com muito trabalho, “Em 1986, com o Plano 90, o empresário volta para a região planejamento e seriedade, Bressan Cruzado, as empresas e passa a residir em Criciúma para transformou a empresa em uma ficar mais próximo à família, época estavam com grandes das principais do seu segmento na também trabalhou na Siderúrgiregião Sul. Todo este reforço foi redemandas, com carteiras que ca Criciumense (Sidesa). “Foi neste conhecido com a conquista da Orlotadas de pedidos, e momento que surgiu a oportunidadem do Mérito Industrial 2018 conde de empreender e fundar a Usipe. foi neste momento que cedida pela Federação das Indústrias Em 1986, com o Plano Cruzado, do Estado de Santa Catarina (Fiesc). resolvi iniciar meu próprio as empresas estavam com grandes A honraria é considerada a mais signegócio”. demandas, com carteiras lotadas de nificativa homenagem da indústria pedidos, e foi neste momento que catarinense. Emir Bressan resolvi iniciar meu próprio negócio”, explica. De forma muito rápida, para atender a um Natural de Lauro Müller, Emir Luiz Bressan, é filho grande cliente do setor, o empreendedor abriu seu de mineiro, e ainda quando muito jovem decidiu negócio, ao lado do cunhado, Laércio de Araújo, caminhar na direção do que na época pulsava a que veio a falecer dois anos depois. A Usipe nascia economia da região, a mineração. Para isso, cursou DEIZE FELISBERTO

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em 1987 com apenas uma plaina, um torno e dois funcionários. “Por ter um importante cliente e bastante experiência tive facilidade no início do negócio. Porém, sempre trabalhei a finco, acreditando que a viabilidade econômica e a gestão apurada são os grandes segredos de uma empresa de sucesso. Tudo que eu ganhava reinvestia na empresa. Prova disso, que em apenas um ano de negócio já consegui adquirir sede própria. Passei por dificuldades, é claro. No começo, tinha que fazer tudo, viajar, vender. Minha esposa me

observa. A empresa conta com um software de simulação para peças de fundição. “Isso é o que há de mais moderno no mundo, tecnologia alemã, que adquirimos há pouco mais de um ano. É um grande diferencial que temos no mercado”, completa. EXEMPLO E SUCESSÃO Há 14 anos, ao lado do pai, a filha mais velha do empresário, Cristiane Bressan, se prepara para futuramente assumir a cadeira do empresário. Engenheira mecânica, Cristiane cuida da área industrial e

“É uma grande satisfação receber essa honraria. Ao longo de minha trajetória sempre tive uma atuação muito forte com o sindicato empresarial e com a própria Fiesc”. Emir Bressan

ajudava a redigir os contratos dos clientes”, relembra o empresário. EXPANSÃO E DESENVOLVIMENTO Além da Usipe, que foca a área de usinagem, o empreendedor fundou ainda a Fundição Fusil, em Siderópolis, que logo após foi agrupava à Usipe dentro do planejamento de expansão dos negócios. Em 2002, a empresa transferiu sua sede de Criciúma para Içara. Atualmente, a Usipe conta com 280 colaboradores, atendendo empresas de ponta do Brasil e do exterior nas áreas de mineração, siderurgia, termoelétrica, química e de equipamentos. A empresa produz mensalmente quase 10 mil peças. “Nos tornamos uma empresa sólida, em constante transformação, acompanhando a evolução do mercado, estando tecnologicamente preparada. A atenção com a qualificação da nossa mão de obra é constante. Oferecemos aos colaboradores bolsa de estudos de 50% a 100% em determinados cursos de especialização. Além disso, temos parcerias para troca de experiências com diversas institucionais de ensino de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul”,

de engenharia da empresa. “Meu pai é um grande exemplo de empreendedor e de profissional. É um empresário firme e com vasto conhecimento técnico, que não parou no tempo. Definiria meu pai em quatro palavras: foco, garra, determinação e fé. Valores estes que ele também conseguiu transmitir para mim, para nossa família e para toda a empresa”, ressalta Cristiane. HOMENAGEM E RECONHECIMENTO Ser homenageado com a Ordem do Mérito Industrial é um grande reconhecimento e orgulho para o empresário. “É uma grande satisfação receber essa honraria. Ao longo de minha trajetória sempre tive uma atuação muito forte com o sindicato empresarial e com a própria Fiesc”, pontua. Além do empresário Emir Luiz Bressan, representando o Sul, foram reconhecidos os industriais: Gilberto Luiz Zanette (Indústria Santa Luzia, de Braço do Norte), Irani Pamplona Peters (Pamplona Alimentos, de Rio do Sul), Miguel Abuhab (Neogrid, de Joinville) e o presidente do Conselho Nacional de Educação, Eduardo Deschamps.

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O P I N I Ã O

Índices da Educação Básica: Nosso futuro pode ser promissor? R O S E

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Acic mais do que chamar atenção das autoridades sobre os resultados de desempenho dos alunos das escolas públicas, vem contribuindo para a melhoria da qualidade e, na última década, elegeu a educação como uma das suas principais bandeiras. Os projetos educacionais desenvolvidos: Prêmio Acic de Matemática; Uma Escola, Uma Empresa; Escolas na Acic e Prêmio de Valorização do Profissional da Educação visam chamar a atenção da sociedade mobilizando-a em prol da educação, superando o discurso denunciante. Os resultados do último IDEB (2017) apontam para a necessidade de ações eficazes e eficientes, se desejamos um futuro promissor. O estado de Santa Catarina destaca-se entre os estados brasileiros com os melhores índices, mas ainda não há motivos para comemorar. Há muito o que se fazer, principalmente, nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, pois a maioria dos municípios não atingiu sequer a meta projetada pelo MEC. Quando se volta o olhar para a região da AMREC observa-se que seus municípios têm alcançado as metas projetadas pelo MEC e, alguns ultrapassado, a exemplo do Município de Içara que se destaca, tanto nos anos iniciais (6,8), como nos anos finais do ensino fundamental (5,7). Há avanços, mas, o desempenho muito aquém do esperado, em algumas escolas, acende um sinal de alerta. Em Criciúma, nos anos iniciais, destacam-se escolas com a maior média (8,4 e 7,3). Este resultado certamente é fruto de um trabalho planejado e comprometido ao longo destes 10 anos, com envolvimento de todos. Estas unidades escolares tornam-se exemplos de que é possível fazer mais e contribuem para aumentar a média geral do município. No entanto, aquelas escolas que não evoluem, evoluem pouco ou retrocedem, com baixos índices (4,6 e 5,1) contribuem para reduzir a média. Nos anos finais, destaca-se uma escola com resultado (6,2), acima da média do estado (5,2), e outra é destaque no Estado por ter tido o maior crescimento do IDEB nos últimos 10 anos (2007 -

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R E Y N A U D 2,7; 2017 -5,8 com um crescimento de 3,1). Afora os destaques, há ainda muitas escolas que se mantem abaixo da média e algumas com índice abaixo de 4,0 (3,9 e 3,8). A preocupação aumenta quando observamos que, dentre elas, há escolas em turno integral, cujos resultados não evoluem ou até retrocedem. Esta modalidade de ensino amplia as horas de permanência do aluno na escola, bem como o leque de possibilidades didáticopedagógicas ofertadas no contraturno, incluindo o reforço escolar para a superação das dificuldades no processo de aprendizagem. Os resultados educacionais de sucesso no Brasil, quando analisados, apresentam muitas similaridades. Resguardadas as diferenças, os bons resultados dependem de um conjunto de fatores comuns: a) A Educação e a Saúde são áreas prioritárias no orçamento dos municípios; b) As Secretarias de Educação têm as condições de atender as demandas administrativas, pedagógicas e de infraestrutura e sua presença é sentida no dia a dia dos gestores e professores; c) Oferecem um programa de formação continuada de qualidade, com base nas necessidades; d) Os docentes utilizam com eficiência e eficácia o terço da sua carga horária (horas-atividades) destinadas ao planejamento das atividades pedagógicas desenvolvidas em sala de aula e à sua autoformação; e) A equipe de gestão escolar realiza a gestão do processo didático-pedagógico e administrativo, apoiando os professores na gestão conhecimento das turmas e, por último, f) Fomentam, a participação e o apoio dos pais e da comunidade ao trabalho realizado pela escola, por meio da boa comunicação e ações planejadas coletivamente. Educação de qualidade exige responsabilidade social e compartilhada. Cabe a Acic e a cada cidadão, fiscalizar a aplicação dos recursos investidos em educação, acompanhar a qualidade da educação oferecida; cobrar responsabilidades das autoridades competentes e, concomitantemente, incentivar, apoiar e cooperar com as ações educacionais.

Rose Reynaud Mestre em Educação e coordenadora dos Projetos Educacionais da Acic


Levar inclusão social e financeira nas comunidades onde a Credisulca está inserida é um dos propósitos da cooperativa e base para suas ações e projetos. Cooperar significa muito mais do que apenas ter associados e contribuir para eles, significa estar preocupado com o futuro do nosso país e com a melhoria da qualidade de vida da nossa comunidade. Foi pensando nisso que o SICOOB Credisulca criou em 2010 o projeto chamado A Turminha do Sulca, levando educação financeira de forma continuada para crianças e adolescentes de sete a quatorze anos, do primeiro ao nono ano do ensino fundamental, desenvolvendo atividades em escolas públicas municipais e estaduais e também em escolas particulares do sul de Santa Catarina e litoral norte do Rio Grande do Sul. São contemplados anualmente mais de

vinte mil estudantes através de diversas ações, dentre elas: dinâmicas lúdicas, teatro, produção de vídeos colaborativos para o canal do Youtube, Semana de Educação Financeira ENEF e a Revistinha do Sulca Todas essas iniciativas buscam desenvolver habilidades e práticas de educação financeira que despertam e auxiliam na tomada de decisões seguras diante de inúmeros problemas e dúvidas de ordem econômica, formando assim cidadãos mais conscientes e preparados para essas situações. É dessa maneira que é possível compreender realmente o é importante para a construção de uma sociedade mais justa, com menos desigualdades e com maior senso crítico, por isso, o SICOOB Credisulca investe e acredita no que realmente fará a diferença no futuro: a educação.

SICOOB Credisulca realiza o 1º Concurso de Fotografia O SICOOB Credisulca promoveu a primeira edição do Concurso de Fotografia Foco no Cooperativismo, que tem em sua essência o caráter cultural e visa valorizar a arte da fotografia, fomentar a cultura e a responsabilidade socioambiental e sustentável, além é claro, de incentivar a participação da nossa comunidade em ações colaborativas que visam destacar talentos, divulgar as belezas naturais, provocar o debate socioambiental e despertar para a consciência sustentável. Foram quatro categorias, sendo “Minha Agência, Minha Cooperativa” (exclusiva para colaboradores), “Minha Povo, Minha Terra” (para associados), “Sustentabilidade” (para não associados) e “Sustentabilidade” (para profissionais). A premiação aconteceu no dia 28 de setembro de 2018, na sede da cooperativa e contou

com a presença dos vencedores das categorias, dos quatro jurados técnicos, de diretores e de conselheiros. Sr. Romanim, presidente do SICOOB Credisulca, destaca que estas iniciativas vão ao encontro dos princípios do cooperativismo e dos propósitos da Credisulca, que é participar ativamente da nossa comunidade, melhorando a qualidade de vida e incentivando a cultura e a arte. Por todas essas razões, o projeto vai ao encontro da responsabilidade do SICOOB Credisulca em contribuir de forma significativa com o desenvolvimento de nossa comunidade, através da arte (fotografia) como ferramenta colaborativa

para conectar a sociedade a estes temas tão importantes para a atualidade.dos quatro jurados técnicos, de diretores e de conselheiros. Sr. Romanim, presidente do SICOOB Credisulca, destaca que estas iniciativas vão ao encontro dos princípios do cooperativismo e dos propósitos da Credisulca, que é participar ativamente da nossa comunidade, melhorando a qualidade de vida e incentivando a cultura e a arte. Por todas essas razões, o projeto vai ao encontro da responsabilidade do SICOOB Credisulca em contribuir de forma significativa com o desenvolvimento de nossa comunidade, através da arte (fotografia) como ferramenta colaborativa para conectar a sociedade a estes temas tão importantes para a atualidade.

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Educação Financeira é uma das Bandeiras do SICOOB Credisulca


M E R C A D O

Conscientização e novas alternativas, aliados do setor plástico Destaque estadual e nacional, a indústria plástica do Sul tem realizado diversas ações e projetos para fomentar negócios e soluções que envolvam a reciclagem do plástico

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DEIZE FELISBERTO

onsiderado o principal polo nacional na fabricação de descartáveis, com destaques também em embalagens, a região Sul do Estado também é um importante polo reciclador de plásticos, representando um dos principais setores da economia no Estado. Com uma posição significativa para o desenvolvimento econômico, o Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense (Sinplasc) vem atuando fortemente na representatividade, na defesa dos interesses e na busca por fomentar negócios e soluções que envolvam a reciclagem dos plásticos. O setor plástico está entre os 16 setores industriais mais importantes, considerados vetores de crescimento econômico do estado, de acordo com estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). “Estamos muito atuantes na representação do nosso setor, sempre monitorando temas relevantes e abastecendo as empresas de informações. Levamos a voz da indústria onde ela precisa chegar, seja na Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Câmaras de Vereadores, e até mesmo na Câmara Federal e Senado, levando dados, informações técnicas e subsidiando os principais tomadores das decisões que impactam os negócios das empresas”, destaca o diretor executivo do Sinplasc, Elias Caetano. O setor plástico também tem buscado conscientizar legisladores e a sociedade civil sobre a responsabilidade dos impactos ambientais provocados pelo descarte inadequado de resíduos que produzimos. Os plásticos tem sido equivocadamente responsa-

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bilizados como vilões do meio ambiente. “A prática mais sustentável e adequada quando tratamos de resíduos segue a metodologia que prioriza a não geração, redução, reaproveitamento, reciclagem e, por fim, a destinação correta dos resíduos. O desafio é a implementação em escala dessa metodologia, pois requer educação do cidadão para o consumo consciente. Somos responsáveis pelo que consumimos desde a compra até a hora do descarte”, coloca Caetano. ALTERNATIVAS E RELEVÂNCIA DO SETOR Conforme o diretor executivo, a falta de informações ou informações controversas e polêmicas têm promovido o surgimento de iniciativas para a substituição, restrição, proibição e banimento de diversos produtos plásticos. “Propomos uma série de alternativas, por exemplo, ao projeto que tramita no legislativo do Estado sobre a proibição de sacolas plásticas algumas delas como: sacolas 100% recicláveis e mais resistentes, com capacidade para transportar até seis quilos. Uma sacola mais resistente não irá rasgar, com isso, não preciso sobrepor duas sacolas para transportar as compras, reduzindo a quantidade de resíduo gerado, permitindo também a reutilização. Posso voltar ao mercado levando a sacola adquirida em compras anteriores, ou posso ainda reutilizá-la para embalar o meu lixo residencial, dessa forma, estou reutilizando”, explica Caetano. “Por fim, ao encaminhar para a reciclagem, a sacola será transformada em novos produtos, evitando o impacto no ambiente e a extração de novas matérias primas da natureza.” Existem ainda projetos de lei que tramitam na Câmara Federal que proíbem o uso plásticos em todo o


país. Trouxemos o relator de alguns destes projetos, o deputado federal Carlos Gomes PRB-RS, que esteve na região para conhecer o setor, sua representatividade, qual a importância econômica do segmento para os municípios e como o setor está se preparando para se adaptar e ampliar o índice da reciclagem. O Sinplasc vem sugerindo uma série de propostas do setor para a redução do impacto ambiental dos plásticos para fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes por meio da logística reversa, acordo setorial, separação e destinação ambiental-

do Sinplasc, Reginaldo José Cechinel. O Projeto Brinquedo Educativo entrega brinquedos pedagógicos gratuitamente à crianças de creches e escolas da rede pública e instituições de apoio a crianças carentes das cidades da região Sul de Santa Catarina. O objetivo da iniciativa é despertar o interesse da criança no desenvolvimento do exercício da imaginação e do raciocínio lógico. A iniciativa tem a parceria da Satc, por meio do curso de Engenharia Mecânica. “Este trabalho também tem capacitado os alunos do curso a atuarem no desenvolvimento e fabricação de moldes para injeção de termoplásticos, o que permitiu uma grande aproximação da indústria com a instituição de ensino”, reforça o presidente do sindicato. CAPACITAÇÃO, BENEFÍCIOS E MÃO DE OBRA Ainda neste ano, o Sinplasc lançou o primeiro curso Técnico em Plástico e o primeiro Seminário Sul Catarinense das Indústrias Plásticas, além de muitas outras qualificações. Os associados ao sindicato recebem benefícios fiscais e tributários através de assessoria especializada contratada.

mente adequada dos resíduos, implementação da coleta seletiva, educação ambiental, prioridade nas compras públicas para produtos feitos a partir de matérias-primas recicladas, desoneração e incentivos, linhas de crédito e redução de impostos para a cadeia.

Em recente pesquisa realizada com os associados, os maiores benefícios percebidos pelos empresários foram uma boa representação em defesa dos interesses do setor perante o Poder Público e a sociedade, e a expansão da rede de relacionamento com outros empresários, indústrias e fornecedores do setor.

Setor Plástico

SETOR É DESTAQUE EM PRÊMIO DE BOAS PRÁTICAS O resultado de todo este trabalhado realizado pelo sindicato tem sido reconhecido. O Sinplasc participou do Prêmio de Boas Práticas, uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o Projeto Brinquedo Educativo. “Foi a nossa primeira participação no prêmio e ficar em 4ª lugar no ranking estadual entre mais de 140 sindicatos da indústria é bastante satisfatório. Além disso, estamos continuamente ampliando nossa atuação e exercitando diversas outras boas práticas em temas relevantes ao setor”, reforça o presidente

200 empresas

$

8 mil

trabalhadores

De Passo de Torres a Morro da Fumaça

25% do Estado

2 Bilhões

100 mil ton.

Faturamento Anual

Produzidas por ano

2,4%

De Crescimento de Jan. a Set. de 2018

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O P I N I Ã O

Economia Circular! T I M Ó T E O

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ada dia que passa somos mais impactados com a nova economia e o estado de atenção pode gerar reações como ansiedade, desconforto, criação e reconstrução. Ao longo da evolução comercial do mundo, as relações econômicas foram migrando para um sentido de criação e exclusividade, o que culminou na criação de um sistema linear de produção e cultura comportamental. Este sistema tem sido responsável pela nossa evolução enquanto humanos, comunidades, povos e nações, mas ele não tem conseguido se sustentar. O que quero trazer à tona são nossas potencialidades enquanto região, para ampliar nossa consciência, criar novas atitudes nas empresas e trabalhar em nossas cidades de forma mais integrada. É preciso enfrentar os problemas sociais e ambientais da globalização dos mercados que alimentam o modelo tradicional de extração, produção e eliminação. Uma economia “mais circular” se apresenta como um conceito operacional no caminho para a mudança desses paradigmas. Criar um modelo mais sustentável não está relacionado somente a aspectos ambientais, mas sim a reorganização dos modelos de negócios tradicionais que estão passando por crises existenciais. A indústria tem enfrentado grandes desafios com a revolução da produção, o comércio está cada vez mais impactado com o novo comportamento digital dos clientes e os serviços têm tido uma grande ascensão, se destacam com o crescimento de plataformas compartilhadas, como hospedagens e transporte. As novas gerações não estão mais preocupadas em ter posse e sim em experiência, utilizando os recursos de forma mais colaborativa. A economia circular afasta-se do conceito linear de “extração, produção e eliminação”, focandose na preservação e valorização do capital natural e na minimização de desperdícios centrada no “fecho do ciclo” em toda a cadeia de valor desde estágio inicial: Concepção/design – Com o desenho de produtos e serviços projetados para vários ciclos de vida, economicamente viáveis e ecologicamente eficientes. Desenho ou redesenho de produtos de

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F A R I A S concepção mais duradoura e utilizando menos recursos. Produção – Com a adoção de processos de produção mais limpos, limitando a utilização de substâncias tóxicas, promovendo a eficiência energética, de materiais e identificando novas utilizações para subprodutos. Distribuição – No desenvolvimento de formas de distribuição conjunta, isto é, organização de serviços de logística para compartilhar redes de distribuição, escolhas mais sustentáveis de meios de transporte, bem como preocupações com a utilização de materiais recicláveis e redução de embalagens. Utilização – Melhoria da eficiência energética, maximização da vida útil do produto e otimização da reparação e reutilização. Eliminação (ou melhor, reentrada no ciclo) – Dinamização de redes de retorno, reuso, remanufatura ou reciclagem. Foco no upcycling (“reutilização criativa”, processo de reconversão de resíduos em novos materiais ou produtos de maior valor acrescentado) ou no downcycling (processo de reconversão de resíduos em novos materiais ou produtos de menor qualidade/funcionalidade reduzida). Portugal vem liderando este processo de sensibilização na União Europeia desde 2016, com políticas públicas que estimulem a disseminação de conceitos de economia circular por meio do Ministério do Ambiente, que assume o papel de moderador no contexto de apoio aos agentes desta transição para a economia circular, atuando como facilitador para - cultura, mercado e política. Diante destes desafios globais e de nossa potencialidade regional no que tange a qualidade de vida e recursos naturais, deixo essa reflexão para que possamos pensar: O que podemos fazer hoje em nossa casa, nossa empresa e nossa cidade para potencializar este movimento circular e sustentável?

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Inovação: um caminho sem volta para o desenvolvimento Nova legislação, implantação de um Centro de Inovação e iniciativas como as startups dão novo ânimo à economia do Sul catarinense FRANCIELI OLIVEIRA

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Mapa Estratégico da Indústria 2018/2022, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a participação de líderes empresariais, vem para ratificar que o novo caminho para a recuperação e desenvolvimento da economia passa necessariamente pela inovação. Para a CNI, uma das frentes a ser alavancadas é o “desenvolvimento de competências para construir o futuro, o que requer iniciativas como o aumento da capacidade de inovação das empresas, a inserção na Indústria 4.0 e a participação na economia de baixo carbono”. Em Criciúma, esse assunto já vem sendo tratado há alguns anos e a Associação Empresarial (Acic) tem feito sua parte, especialmente, quando se fala na implantação do Centro de Inovação. Para acompanhar todas essas mudanças surgiu, dentro da Acic, o Comitê de Implantação do Centro de Inovação, que tem como presidente Mário Gaidzinski e abrange toda a área. “Desde que o mundo é mundo a inovação existe, faz parte do processo de crescimento humano. Mas, especialmente nesses últimos anos em que estamos vivendo a era da informação, nunca se existiu tantos produtos novos e uma base de dados tão grande. Tudo está vindo para facilitar a vida do consumidor e é dentro desse novo ambiente que

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nós temos que se envolver e criar novos produtos e acelerar o processo”, ratifica Gaidzinski. Para ele, a entidade empresarial tem o papel de incentivar e proporcionar opções aos associados. “Nesse ambiente de colaboração, de coworking, de tecnologias disruptivas, e sendo a entidade empresarial o local que catalisa todos os pensamentos e objetivos dos empresários de uma macrorregião, a inovação tem que fazer parte do DNA e é isso que estamos querendo fazer. É isso que estamos buscando como presidente do Comitê de Implantação do Centro de Inovação e de certa maneira junto com as academias e estruturas de inovação que já existem na região”, acrescenta. Caminhando em paralelo e, muitas vezes, com o incentivo direto de representantes da sociedade, o Poder Público também passa a voltar o olhar para o setor da inovação. Em 2018, Criciúma passou a contar com a Lei da Inovação – que colocada em prática irá incentivar novos investimentos na área especialmente a aqueles que possuem a ideia, mas não recursos suficientes para tirá-la do papel. Isso será possível com uma boa gestão do recém-criado Fundo Municipal de Investimentos em Inovação. Atualmente, do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) recolhido na cidade, 8% já é advindo de empresas de tecnologia. A previsão é de um investimento de até R$ 800 mil por ano em projetos de inovação.


Os exemplos que vêm das startups Luís Felipe Cardoso, Rodolfo Gaidzinski, Eduardo Mazzucco Cividini e Rodrigo Búrigo buscaram uma solução mais prática para algo que faz parte dos momentos de lazer de muitas pessoas e foram em busca da automatização da criação de eventos. Criaram a startup WIZED - Seu evento inteligente, plataforma de venda de tickets utilizando a tecnologia Blockchain e já colhem bons resultados. Participaram e chegaram, como única representante de Santa Catarina, até as fases finais de Startup Show, e ficaram entre as nove melhores startups do Brasil da maior competição do setor. O responsável pela área administrativa e comercial da empresa, Luís Felipe, destaca que a WiZED busca a segurança para os organizadores e frequentadores do evento, como também a simplicidade de ter na palma da mão todo o controle e gestão do seu evento.

DA AMIZADE AO NOVO NEGÓCIO A WIZED surgiu no final de 2017. “Foi quando nos reunimos, e trouxe o assunto de montarmos uma empresa de tecnologia porque desde 2014 eu procurava empreender nesse ramo. Montei a confecção Juicy Company em 2014, mas sempre via reportagens, lia livros, participava de palestras, cursos, sempre estive interessado pelo assunto. Até que surgiu a ideia da Blockchain, que é uma estrutura descentralizada composta por milhares de computadores no mundo inteiro que validam as transações, totalmente passível de auditorias. Decidimos trazer a aplicação da Blockchain para sanar a situação das fraudes e duplicações de ingressos no segmento de eventos”, detalha. O negócio que nasceu da amizade dos quatro amigos que se conheceram no Jardim de Infância do Colégio Marista de Criciúma, em 1996, já está dando bons frutos e mostrando que com uma boa ideia e força de vontade é possível tirar do papel a nova tecnologia.

DOS JOVENS SONHADORES, O MAIOR SOFTWARE ODONTOLÓGICO DA AMÉRICA LATINA É do Sul de Santa Catarina a startup do maior software para a área odontológica da América Latina. Aos 21 anos, Ramon Maciel e mais quatro sócios decidiram criar um software só que para a área de despachantes, os planos não saíram exatamente como o esperado e logo os jovens de Praia Grande descobriram que essa área já contava com um forte concorrente. Mas, a persistência falou mais alto e nem se pensou em desistir. A ideia de migrar de área veio justamente nas aulas da faculdade de Odontologia. Enquanto o professor apresentava um software desenvolvido para dentistas, Ramon entendeu que precisava e podia descomplicar o sistema. “A gente pensou ‘podemos criar algo melhor e mais

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simples de ser utilizado’. E foi nesta época que surgiu o Simples Dental”, conta. Só que o caminho a ser percorrido não seria tão simples assim. A persistência mais uma vez venceu e os jovens inscreveram o Simples Dental em inúmeros projetos de incentivo a startups. A história começou a mudar quando conquistaram R$ 50 mil, o pontapé tão lutado. A ideia ganhou força total quando a gigante Dental Cremer resolveu investir na Simples Dental, hoje, o software é o maior da América Latina, com mais de oito mil clínicas atendidas. A IMPORTÂNCIA DOS INCENTIVOS Muitas vezes há a ideia, a vontade de empreender, mas falta o incentivo. Com a Simples Dental tudo mudou com a participação em projetos. “Eles fizeram total diferença. Na nossa primeira participação conseguimos os R$ 50 mil, o que permitiu manter o Simples Dental por aproximadamente um ano. Depois participamos do Startup SC que mudou completamente o jeito que a gente pensava o Simples Dental. Os mentores mostraram o caminho, a gente foi em frente e conseguiu chegar onde chegou. Os programas de incentivos foram fundamentais para chegarmos onde estamos”, garante Ramon. UM CICLO DE DESENVOLVIMENTO A inovação proporciona um ciclo de desenvolvimento, independente de setor. “Não tem outro viés de crescimento que não seja através da inovação, indiferente do setor que você esteja inserido, para agregar valor vai ter que inovar de alguma maneira ou no setor produtivo ou com novos produtos e novas tecnologias”, salienta Mário Gaidzinski. Para ele é importante que cada vez se fomente mais a área e se gere mais startups, que são na verdade, pequenas empresas do setor, que fazem a união entre empresários locais e a universidade, que é o berçário da mão de obra, e com isso acelera o processo. “O nosso objetivo aqui na Acic é trabalhar de forma sinérgica fazendo com que toda nossa região pense de uma maneira sincronizada”, define. Gaidzinski destaca ainda que a Inovação é o caminho para que a região volte a se desenvolver de forma mais acelerada. “Eu costumo dizer que o caos leva ao desenvolvimento e leva à inovação. Se for analisar o nosso passado, nós tínhamos um grande problema ambiental que nos levou a ter uma consciência ambiental muito maior e melhorou todo o nosso sistema produtivo. E agora, através das nossas dores, vamos conseguir gerar novas ideias e através dessas novas ideias gerar novos negócios de valor agregado e melhorarmos a nossa situação econômica e qualidade de vida”, enfatiza. Luís Felipe Cardoso, um dos criadores da plataforma WIZE, também tem experiência no ramo tradicional, da indústria, para ele “uma startup significa quando duas ou mais pessoas se unem para solucionar a dor de um determinado público. As startups precisam ser formadas por equipes, precisam solucionar uma dor e precisam ser escaláveis, ou seja, o custo não acompanha o crescimento da startup”, define.

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Centro de Inovação é “fundamental porque teremos um local de referência, onde as pessoas poderão se encontrar para discutir a inovação, discutir ideias de novas startups, buscar ideias, também será o local onde as startups vão se instalar por um determinado período como se fosse uma incubadora. Que a academia se encontre lá, que os empresários também busquem lá as alternativas de desenvolvimento de novos produtos”, enfatiza o presidente. “Outras cidades já saíram na frente mesmo sem ter o Centro de Inovação e a Acic já está fazendo movimentos de preparação para que não se espere que o prédio fique pronto e 2019 será o ano da Inovação e Tecnologia para a Acic”, completa.

CENTRO DE INOVAÇÃO: A LUTA SEGUE EM 2019 Todo esse crescimento dentro do ramo tecnológico precisa receber incentivos. E umas das principais lutas da Acic em 2018 e que seguira em 2019 é a concretização do Centro de Inovação de Criciúma. “O Centro de Inovação é o espaço onde vai congregar a tripla hélice – toda academia, todas as empresas e sociedade civil organizada e o Poder Público”, define o presidente do Comitê para Implantação do Centro de Inovação, Mário Gaidzinski. Ele ainda destaca a importância de um espaço específico para isso. “A Acate (Associação Catarinense de Tecnologia) é um bom exemplo em Florianópolis. Todas as empresas ficam situadas ali, não existe concorrência, naquela situação. Ali existe uma cocriação, as pessoas sentam juntas para fazer um novo amanhã, naquele espaço tem berçários de empresas, coworking, cafeteria, aceleradoras, startups, área de P&D de empresas locais que estão lá para buscar talentos. Na verdade, ela é o catalizador de todo um sistema e inovação regional”, exemplifica Gaidzinski. Para o presidente da Acic, Moacir Dagostin, o

O presidente ainda relembra todo o esforço empreendido até o momento. “O Centro de Inovação, quando nós tomamos posse, já tinha um histórico, e foi nos apresentado a necessidade da reelaboração de dois projetos: o projeto arquitetônico e o estrutural e que com esses dois projetos já poderia ser feito o convênio e a licitação para a construção, uma vez que recurso financeiro não seria problema”, relata. Como o Governo do Estado, naquele momento, não tinha como fazer a licitação para a elaboração desses dois projetos, a Acic se propôs e pagou por eles. “Só que quando esses estavam encaminhados se verificou a necessidade de adequação de outros projetos, que agora estão sendo licitados, mas que estão impossibilitando o lançamento do edital para a construção do prédio, conforme nos relata a Secretaria Estadual da Fazenda. Acreditamos que ficará realmente para 2019”, pondera o presidente. “Acreditamos que em março deva ser assinado. Vamos seguir cobrando”, ratifica Dagostin. O valor para a Construção do Centro de Inovação de Criciúma é proveniente do Pacto por Santa Catarina e é especificamente dedicado a isso, ou seja, a verba está carimbada. São R$ 5 milhões, o que possibilita o andamento de mais da metade da obra, que tem previsão de dois anos de duração. Os outros R$ 4,3 milhões, dependem do Governo do Estado.

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Foto: Everton Miranda

E X P O M A I S

ExpoMAIS 2018 movimentou Criciúma com programação intensa e de alto nível Terceira edição do evento recebeu palestrantes de renome internacional como a pensadora digital Martha Gabriel

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riciúma foi palco da terceira edição da ExpoMAIS - Encontro Sul Brasileiro de Marketing, Administração, Inovação e Sinergia. O evento, que ocorreu nos dias 17 e 18, na Acic, é uma cocriação entre entidades empresariais e instituições educacionais aliadas ao desafio de proporcionar momentos únicos de conhecimento, que navegam entre os conteúdos apresentados pelos seus palestrantes. Foram cocriados da ExpoMAIS 2018: Acic, CDL de Criciúma, Esucri, IFSC, Satc, Sebrae, Senac, Senai e Unesc. A ExpoMAIS contou com inúmeros apoiadores, sendo apresentada pela Betha Sistemas e Sicredi. A edição deste ano contou com a participação de profissionais de toda a parte do Brasil, além de palestrantes de renome nacional e internacional, que compartilharam suas experiências com temas como nanotecnologia, economia criativa, transformação digital, improviso, criatividade, entre outros. Nomes como Martha Gabriel, Marcio Ballas, Ana Cainha e Arthur Igreja passaram pela ExpoMAIS durante os dois dias de evento. Como palestra internacional, o evento recebeu Paulo Bago D’UVa, que veio diretamente da Europa para falar sobre Design. Esta edição também foi marcada por inúmeras novidades que ocorreram ao longo da programação como: lançamento de livro com sessão de autógrafos, preview do evento exclusivo para acadêmicos, inserção de atividades culturais na programação, entrega do Mérito Lojista, participação dos núcleos setoriais; criação de experiências com uso de tecnologias e showroom das cocriadoras. Segundo Paulo Bago D’UVa, o evento surpreendeu pela diversidade de áreas entre os profissionais participantes, além da união de setor empresarial e comunidade acadêmica. “Em Portugal, essa junção sempre é muito burocrática. Em Criciúma, a realida-

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de é outra, o trabalho é extremamente permeável. Além disso, o público eclético cria situações de provocação. É nesse cruzamento de ideias que nascem novas formas de se projetar a sociedade”, comenta. O membro do comitê gestor da ExpoMAIS, Timóteo Paes de Farias, comenta que a sensação é de dever cumprido. “Tivemos feedbacks muito positivos, principalmente de nossos palestrantes, de que esse é o caminho para manter essa sinergia entre instituições de ensino, o meio empresarial e a comunidade. Entre os participantes estava Daniel Espíndula, que veio de Tubarão para participar do encontro. Daniel é design na empresa Trier Comércio de Software e veio para a ExpoMAIS com o intuito de multiplicar os conhecimentos adquiridos no evento. “Além de ter a oportunidade de ouvir grandes profissionais como o Marcio Ballas, que para mim foi a melhor das palestras, a ideia é levarmos essas informações aos nossos colegas da empresa. Também criamos diversas oportunidades, conhecendo outros profissionais e garantindo um networking de qualidade”, afirmou. O sócio-fundador da Betha Sistemas, apresentadora do evento, César Smielevski, destaca a importância de fazer um encontro como esse em Criciúma. “É algo diferente, que carecia na região. Esse movimento, que traz pessoas de todos os lugares, fortalece o município. Sempre afirmo que tem sucesso quem tem atitude e é isso que a ExpoMAIS vem mostrar”, conclui Smielevski, que também é presidente do Conselho Superior da Acic. Já o presidente da Sicredi Sul SC, também apresentadora do evento, Aloísio Westrup, comenta que as parcerias desenvolvidas junto a cooperativa são de suma importância para o desenvolvimento da região. “Para nós é muito importante estarmos presentes nesse encontro, que só melhora a cada ano”, lembra.


I N T E R A Ç Ã O

Game de aplicativo inovador garantiu bolsas de estudos aos participantes

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Aplicativo do evento proporcionou acesso à programação, envio de perguntas durante as palestras e a participação no game, onde a interação era a base de pontos

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o fim do evento, Tatiane Ricardo, que trabalha na área administrativa da URC, ganhou uma bolsa de pós-graduação e nem acreditou. Ela garantiu uma especialização por meio do game que ocorreu no aplicativo da ExpoMAIS. A ação foi pioneira na região, e, segundo Tatiane, trouxe uma experiência diferenciada aos participantes. “Interagir com outros profissionais, trocar conhecimento, e ainda ganhar uma bolsa de estudos? Foi espetacular! Só tenho elogios para o evento. E que venha 2019”, brinca Tatiane. Junto com ela, sua colega de trabalho também garantiu uma bolsa de estudos. “Essa interação junto à tecnologia tem tudo a ver com o evento. Além de conhecimentos únicos, também tive a sorte de ser uma das pessoas com mais pontuação. Não esperava por isso, estou muito feliz com toda a experiência”, comentou Ana Paula Machado. O aplicativo, pioneiro na região, proporcionou aos participantes acesso à programação, contato com outros profissionais, envio de perguntas durante as palestras e a participação no game, onde a interação era a base de pontos.

ATIVIDADES PARALELAS FORAM ATRAÇÃO À PARTE Além de contar com palestrantes que são referência em suas áreas, a ExpoMAIS também trouxe atividades paralelas. Os participantes puderam ter experiências práticas, participar de debates junto à profissionais diversos, além de se inspirar com cases de sucesso e ter contato com os showrooms das cocriadoras, que tiveram um espaço reservado no evento para mostrar um pouco mais do trabalho que desenvolvem. Entre os ministrantes do LabMais, em que os participantes aprendem na prática, esteve Leonardo Alano. Ele tem um projeto super bacana, o The Fools Imersão, em que o participante adquire uma língua nova na prática, por meio de vivências. Segundo ele, esse tipo de experiência tem ganhado espaço entre o mundo empresarial, já que o processo de imersão é muito mais natural. “Os participantes absorvem de forma dinâmica e leve por meio das atividades, um auxiliando o outro. No acampamento do The Folls se cria quase que um ambiente de família. É como se fossem crianças aprendendo um novo idioma. Eles passam de um a 30 dias conosco e veem que a língua não é um bicho de sete cabeças, ela é simplesmente comunicação, e para fazer isso é bem simples, há diversas maneiras”, comenta Leonardo.

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T E C N O L O G I A

Nanotecnologia e suas incríveis inovações foram o tema do preview Leandro Berti, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do Brasil, palestrou aos acadêmicos

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objeto abordado é bem pequeno, na verdade minúsculo, impossível de ver a olho nu, mas o tamanho não transparece sua significância na vida das pessoas. Estamos falando de nanotecnologia, e você, sabe onde ela está? O assunto foi debatido durante o preview da ExpoMAIS, que ocorreu no dia 16 de outubro. O evento contou com Leandro Berti, coordenador geral de Tecnologias Convergentes e Habilitadoras do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações do Brasil. Leandro conta que, na área da plo, a nanotecnologia pode trazer transformações incríveis, contribuindo para a sua evolução de forma drástica. “Quanto mais nós entendemos de nanotecnologia, mais percebemos como funcionam as doenças em nosso corpo. Logo será possível curar de dentro para fora, de forma menos invasiva, sem a necessidade de cirurgias que necessitem de corte”, comenta.

EXPERIÊNCIAS ALÉM DA SALA DE AULA

O preview foi direcionado aos estudantes das instituições de ensino cocriadoras da ExpoMAIS. Segundo a coordenadora do curso de Admisaúde, por exemnistração da Esucri, Mariesa Toldo, essa é uma grande oportunidade para os “Quanto mais nós entendemos alunos. “Participar de eventos como a ExpoMAIS leva os alude nanotecnologia, mais percebemos como funcionam as nos para além do ambiente de sala de aula. Aqui, eles consedoenças em nosso corpo. Logo guem criar redes de contato será possível curar de dentro e interagir com outros profissionais, isso é fundamental. para fora, de forma menos Eles percebem a questão do invasiva” aprendizado diferenciado que ambientes como esse proLeandro Berti porcionam”, ressalta.

Sabonete, algodão doce, leite, queijo, são diversos os produtos que são formados por nanotecnologia. Ela está presente até mesmo na natureza. “Porque passarinho não fica grisalho? As penas possuem nanoestruturas de queratina organizadas de tal forma que, de acordo com a incidência do sol, reflete uma cor específica, ou cores específicas. A cor dele não é pigmento, é estrutural, isso é nanotecnologia”, esclarece.

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Na indústria de cosméticos, por exemplo, ela tem avançado cada vez mais, transformando produtos e trazendo novos olhares. “A nanotecnologia consegue atacar diretamente no problema. A L’Oréal, por exemplo, é a sexta maior depositária de patentes em nanotecnologia nos EUA, trabalho com nanoencapsulamento desde 1995”, afirma.

A estudante do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Unesc, Elaine Adriano, ficou encantada com o assunto. “Eu não sabia o quanto a nanotecnologia está presente em nossas vidas e na minha área. É importante estarmos atualizados. Encontros como esse proporcionam novas experiências”, comenta.


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E C O N O M I A

C R I A T I V A

Cidades do futuro são aquelas que transformam problemas em solução Tema abriu a ExpoMAIS e foi debatido pela consultora em economia criativa Ana Cainha

Sustentabilidade e o futuro

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As cidades, como centros de civilização, trazem desafios diversos. Elas se revelam como estruturas cada vez mais complexas e dinâmicas, contribuindo para a própria formação da identidade de sua população. Segundo Ana, resolver os desafios da cidade é ir além da promoção da qualidade de vida local. “A situação não é o que acontece só na cidade, mas sim o impacto que ela traz para todo o planeta. Essa promoção é mundial, ela vai além das fronteiras da cidade”, comentou. Dentro desse contexto, a criação de cidades criativas contribui para o desenvolvimento de habilidades para o futuro, tanto no desenvolvimento urbano quanto no mercado de trabalho. Para que isso aconteça, é preciso unir setores. “É preciso agir junto, trabalhando governo, empresas, cidades, academia e sociedade civil, todos juntos. Temos que encarar o futuro de frente, e fazer das cidades suas aliadas. Para isso, devemos ler os desafios urbanos como vocações econômicas potenciais”, coloca. Sobre o futuro do trabalho, Ana ressalta que metade das atividades profissionais atuais serão automatizadas nos próximos anos. “Para lidar com o futuro do trabalho é preciso exercitar habilidades básicas, como inteligência emocional, capacidade de lidar com os outros, competência em negociação, flexibilidade cognitiva, entre outras questões. São competências que você sempre deve carregar na mala, mesmo sem saber para onde você vai viajar”, brinca.

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futuro mudou e, junto com ele, o conceito de cidades criativas surge em meio às discussões de uma economia diferente, focada na inovação. Profissões morrem, outras nascem, e dentro desse contexto, o que nós podemos esperar? O assunto foi debatido na ExpoMAIS, com a consultora em economia criativa, Ana Carla Fonseca Cainha. Segundo ela, diante de um mundo em constante movimentação é preciso saber para onde ir.

Shelley Carneiro, assessor especial da Confederação Nacional da Indústria, debateu na ExpoMAIS sobre a sustentabilidade e o futuro. Segundo ele, com todo o conhecimento e tecnologia que temos, podemos transformar momentos de crise em grandes oportunidades. Para que isso aconteça, Carneiro, que é mestre em Engenharia Nuclear, ressalta a importância de conexões. “Em um mundo tão integrado pelos processos de informática, é preciso lidar com a multidisciplinaridade de forma conjunta. Nós estamos indo para um mundo totalmente diferente, que sofre mudanças por meio de novas tecnologias e movimentos da sociedade. Precisamos nos apoiar no conhecimento contínuo, unindo setores em prol do desenvolvimento”, ressalta.

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H A B I L I D A D E

“Criatividade nada mais é que uma ferramenta para resolver problemas” Maior referência em improviso no Brasil, Marcio Ballas, encantou a plateia da ExpoMAIS

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om um mercado em constante mutação, a criatividade é ferramenta essencial. Mas em meio ao nosso dia a dia, como podemos desenvolver essa habilidade? Isso é possível? Segundo a maior referência em improviso do Brasil, sim! Foi divertindo o público e trazendo insights diversos, que Marcio Ballas abriu o segundo dia de trabalhos da ExpoMAIS. Marcio Ballas é ator, diretor e dramaturgo com formação na França e Bélgica e traz a criatividade e a inovação para as organizações fruto da sua percepção clown. Segundo Ballas, a busca pela criatividade é cons-

Design, um GPS para novos mercados

tante. “É possível criar em qualquer lugar. Muitas pessoas ainda associam a criatividade apenas a algumas áreas mais criativas, como artistas ou profissionais da área de marketing, por exemplo, mas a criatividade não está restrita a área nenhuma. Todo mundo é criativo, nós nascemos espontâneos. A criatividade nada mais é do que uma ferramenta para resolução de problemas”, comenta o artista. Ballas ainda ressaltou a importância de dizermos “sim”. “A aceitação é o primeiro passo do processo seletivo. Nós não podemos ter medo de errar. A criação fica muito mais fértil a partir do sim. Temos que deixar o filtro de lado em momentos criativos, já que os bloqueios contribuem para que percamos ideias rapidamente”, ressalta.

Já Paulo Bago D’Uva trouxe exemplos de inovações na área do Design, com referências vindas de Portugal e de outras partes do mundo. Segundo ele, é preciso estar atento às linguagens e não se ater aos problemas que surgem. “Limitações produtivas nos afastam das tendências”, comenta. Ele destaca ainda que basta estar atento para desenvolver novas estratégias. “No Centro Português de Design nós tivemos que nos reinventar e cativar as empresas para a importância do Design como alavanca dos negócios para o mundo, que é claro, não servem as receitas antigas.”, ressalta Paulo. Paulo Bago D’Uva foi diretor-fundador do Mestrado em Engenharia e Design na Universidade de Aveiro, em Portugal onde Leciona no Departamento de Comunicação e Arte.

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T E C N O L O G I A

Observar o consumidor é a chave para o sucesso Arthur Igreja mostra como a evolução da tecnologia transformou os consumidores M AY R A L I M A | B O S S A E X P E R I Ê N C I A S C R I AT I VA S

Segundo ele, a evolução tecnológica transformou os consumidores. “O que empresas como a Uber, Amazon e Netflix fizeram com o sucesso? Elas apenas respeitaram humildemente o consumidor. O negócio do futuro é aquele que consegue atender o universo de individualidades do ser humano por meio do seu produto final. Não existe esse papo de negócio que desaparece. Crescem os negócios que respeitam a mudança de comportamento dos seus usuários”, ressaltou. Arthur comenta ainda que a mudança daqui para frente é a evolução da inteligência artificial, que na verdade já está mais presente em nossas vidas do que imaginamos. “Inteligência artificial pode parecer algo completamente complexo, mas todos vocês são usuários diários dela. Google, por exemplo, traz uma busca diferente para cada usuário que pesquise a mesma coisa. A tecnologia está permitindo algo único na história, coletores de dados para monitorar o comportamento do usuário”, esclarece. Arthur Igreja é um dos A’s da plataforma AAA com Ricardo Amorim, do Manhattan Connection, e Allan Costa. Investidor anjo e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Igreja tem experiência profissional e acadêmica em mais de 25 países.

O Futuro da Economia Brasileira Foto: Everton Miranda

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ão é com a tecnologia ou com as máquinas que você tem que se preocupar, essa questão é muito mais profunda. O que nós devemos nos questionar é a mudança de comportamento que a tecnologia está causando nas pessoas”. Foi assim, desmistificando a inovação, que Arthur Igreja atingiu a plateia da ExpoMAIS.

Em 2018, chegamos em uma situação ímpar na história da humanidade. Pela primeira vez a população mundial, que podemos caracterizar como classe média, é a maior do mundo. São cerca de 3,8 bilhões da população mundial. A afirmação é de Carlos Alberto Primo Braga, professor associado da Fundação Dom Cabral, que esteve na ExpoMAIS para debater sobre o futuro da economia brasileira. Após a crise financeira global, todos acreditavam que o endividamento iria cair, mas segundo Carlos, ela aumentou. Entre os países que estão com problemas está a China, que traz grande importância para a economia brasileira. “Isso causa uma desaceleração econômica também no Brasil, já que a China é um dos países de principal destino da exportação de nossos produtos”, comenta. Carlos Alberto Primo Braga é mestre e doutor em Economia pela Universidade de Illinois, professor de Economia Política na escola suíça de negócios International Institute for Management Development.

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G E S T Ã O

“As regras fundamentais para uma empresa ter um bom funcionamento” Especialista em governança corporativa, Marcos Assi, deu dicas de como implementar o Compliance durante a ExpoMAIS atividades e tomada de decisões.

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CAROL PARIS

specialista em governança corporativa, Compliance e gestão de riscos, Marcos Assi, esteve presente na terceira edição da ExpoMAIS, conversando sobre o Compliance, técnica para deixar a empresa e os colaboradores em conformidade com todas as regras pertinentes às atividades dele e da organização. A técnica também é detalhada no livro Compliance - Como Implementar - de sua autoria e da coautora Roberta Volpato, que também esteve presente no evento. Muitas vezes deixado de lado por algumas empresas, conhecer os procedimentos internos da organização (processos, clientes, fornecedores e colaboradores) é mais que uma obrigação, é um compromisso com a segurança organizacional, a fim de evitar fraudes e/ou adulterações em seus processos. Segundo Marcos Assi, esses são controles fundamentais não apenas em caráter preventivo, mas também pela eficácia que oferece na gestão do negócio em diversas esferas, como planejamento estratégico, execução das

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Segundo o especialista, as regras mais importantes para uma empresa ter um bom desenvolvimento estão relacionadas a conduta e a ética. “A Odebretch é uma empresa que já tinha um perfil agressivo, visando conquistar projetos e resultados, e os funcionários receberam as ordens e as instruções para fazer as coisas de maneira errada”, exemplifica. Visando a necessidade de mudança, as empresas estão sendo obrigadas a buscar pelo Compliance, segundo a ex-aluna de Assi, Roberta Volpato, a procura pela técnica ainda é feita pela dor e não por amor. “Falta monitoramento em todos os âmbitos, principalmente em empresas que trabalham com terceiros. Os empresários, muitas vezes, esquecem que tudo que o terceiro faz em seu nome, é de sua responsabilidade”, declara a advogada e auditora, Roberta Volpato. Segundo Assi, para que esse cenário mude “é preciso uma mudança de postura na condução de negócios, tudo começa na postura dentro da empresa”.


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M A R K E T I N G

Growth Hacking, a evolução do marketing Um das pensadoras digitais mais influentes do Brasil e do mundo, Martha Gabriel fechou a ExpoMAIS com chave de ouro estratégias para encontrar atalhos no sistema de marketing que contribuam para o crescimento de uma empresa”, ressalta Martha.

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esultados rápidos, baseados em experiências e dados. É assim que o Growth Hacking vem conquistando espaço dentro do mundo do marketing. O termo, relativamente novo, foi o tema da palestra de encerramento da ExpoMAIS, que contou com uma das maiores influencers digitais do mundo: Martha Gabriel.

Segundo ela, o marketing trabalha para que as pessoas queiram o produto, já o Growth Hacking, faz o produto que as pessoas querem. “Antes mesmo de aplicar qualquer técnica de atração para escalar o crescimento é essencial ter certeza que o produto tem aceitação no mercado. Eu preciso entender muito bem como funciona o sistema da minha empresa para ver onde eu consigo modificar e, assim, promover o crescimento”, comenta.

Por ser uma expressão, Growth Hacking não tem uma tradução para o português, mas Martha explica, “Growth” significa crescimento, e “Hack”, uma modificação de um programa ou dispositivo para dar ao usuário nada mais nada menos que atalhos. “Podemos definir como um conjunto de

Martha Gabriel é uma das pensadoras mais influentes do Brasil e do mundo quando o assunto é business, inovação e tendências digitais.

Prêmio Mérito Lojista é entregue durante a ExpoMAIS

marketing da entidade, por ter sido escolhida profissional do Ano de Marketing e Vendas da região Sul de Santa Catarina e na etapa estadual do Prêmio Antunes Severo da ADVB.

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Confira os premiados

Durante a ExpoMAIS foi entregue pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, uma das cocriadores do evento, o Prêmio Mérito Lojista Osmar Rocha, que tem o objetivo de reconhecer as melhores iniciativas do varejo de Criciúma. Durante a solenidade, também foram homenageados Júlio e a Francisca Wessler, das Lojas Fátima, pelos seus 60 anos de varejo e Lúcia Búrigo, gestora de

Ação Institucional

Óticas Diniz Ação Promocional/Vendas

Nações Shopping Endomarketing

Locativa Inovação Tecnológica

Laboratório Búrigo Jovem Talento

Natalia Mota Lourenço - Scarpan Calçados Sócio Honorário

Irmã Líbera Mezzari - Hospital São José

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MOMENTOS


EXPOMAIS


O P I N I Ã O

2019 já começou A R T H U R

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Brasil tem a característica de ter ciclos econômicos dentro do ano calendário. Primeiro, a tradicional lentidão do começo do ano até o Carnaval, depois, a retomada até meados do ano, nova pausa em julho, e grande agitação até dezembro. Claro que existem variações na sazonalidade entre diferentes setores, mas o que quero chamar a atenção é sobre a quantidade de novos elementos que encontraremos em 2019 e sobre a importância de deixar a casa em ordem antes do merecido descanso. Passamos por dois anos muito intensos e com grandes transformações, economia estagnada desde 2015, impeachment em 2016, paralisia com o escândalo JBS em

“No campo das inovações, nada indica que o ritmo esteja diminuindo [...] Tecnologias mais acessíveis estão democratizando o empreendedorismo e possibilitando saltos de produtividade, conhecimento e benefícios sociais.”

de inesre-

No campo das inovações, nada indica que o ritmo esteja diminuindo, muito pelo contrário. Tecnologias mais acessíveis estão democratizando o empreendedorismo e possibilitando saltos de produtividade, conhecimento

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e benefícios sociais. Sempre afirmo que o mundo não está esperando o Brasil amarrar o cadarço para correr, precisamos entender com mais presteza tais tendências e entrar na onda da economia do conhecimento. Dito isso, meu conselho para empresários e profissionais é que aproveitem o final do ano para refletir sobre a estratégia para 2019. Com muita frequência vejo planejamentos sendo feitos em fevereiro e março, é como largar para os 100 metros rasos com segundos de atraso, é bem possível que não se recupere mais a distância perdida. Recomendo que se tenha como prática reservar esse tempo para planejamento no fim do ano para que se possa cele-

“Sempre afirmo que o mundo não está esperando o Brasil amarrar o cadarço para correr, precisamos entender com mais presteza tais tendências e entrar na onda da economia do conhecimento.”

2017, greve dos caminhoneiros em 2018 e, por fim, as eleições. Nesses dois anos pouco se avançou nas reformas que o país tanto precisa e faltou um norte claro que trouxesse confiança para investimentos. A ansiedade e frustração agora podem se transformar em força motriz da recuperação, certamente teremos contratempos pelo caminho, porém é consenso de que já perdemos tempo demais. Somado a isso, o mundo ainda desfruta substancial crescimento que pode puxar vestimento externo e exportações, basta tabelecer melhores relações comerciais e estabelecer a confiança.

I G R E J A

brar com a família, já com a mente tranquila, de que o plano está traçado e não com a ansiedade de perceber que na virada do ano… tudo se reinicia e o tempo ficará cada vez mais escasso. Os vencedores de 2019 começam a ser definidos de agora até o fim do ano. Avalie o que deu certo, quais as mudanças econômicas e tecnológicas trarão impacto para sua empresa e principalmente, quais transformações o seu consumidor passará a enfrentar para melhor atendê-lo. Bons negócios! Arthur Igreja É um dos A’s da plataforma AAA com Ricardo Amorim, do Manhattan Connection, e Allan Costa. Investidor anjo e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV)


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Empresa fundada em 1993 é uma das referências do Sul do Estado no setor de tintas

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m 2018, a empresa Tintas Farben está completando 25 anos de história. As comemorações dos 25 anos serão com investimentos de R$ 25 milhões para os próximos cinco anos com objetivo de fazer o plano estratégico traçado até 2022. Os investimentos serão aplicados na nova unidade de produção de thinner, na remodelação do layout de tintas, na matriz, em Içara, na ampliação da capacidade de fabricação de resina, em ações voltadas ao ambiente de trabalho, na melhoria da eficiência logística e na implantação de uma unidade fabril fora do país. “São investimentos para melhorar nossa competitividade, eficiência, segurança e qualidade de trabalho de nossos profissionais”, pontua o vice-presidente Edilson Zanatta. Os investimentos anunciados são para que a Farben continue sendo uma das principais empresas de Santa Catarina. A Farben desenvolve tintas para os setores moveleiros, automotivos, industrial e imobiliário. Os números mostram um pouco a força da empresa nesta trajetória com um parque fabril de 23.000 m² de área construída até 2018, capacidade de produção de 3,5 milhões de litros mês, autossuficiência na fabricação de resinas com 850 toneladas por mês e conta com 350 colaboradores, gerando ainda mais de 2.500 empregos indiretos. Além da matriz em Içara, a Farben ainda tem filiais em Arapongas, no Paraná; Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul; e um Centro de Distribuição em São Paulo. PREMIAÇÕES O bom momento da empresa reflete nas premiações que tem recebido nos últimos anos. Neste mês de novembro, a Farben foi premiada no Top de Marketing e Vendas da ADVB, na categoria Indústria. Ainda em 2018, a Farben recebeu pelo terceiro ano consecutivo o Prêmio Top Móbile, com a empresa ficando com a segunda colocação entre as mais lembradas do Brasil do setor moveleiro. Os vice-presidentes da Tintas Farben, Edmilson Zanatta e Edilson Zanatta, comentam que receber o Prêmio Top Móbile é motivo de orgulho. Para a diretoria da empresa a conquista vem premiar o esforço de toda equipe. “É muito significativo porque é o reconhecimento do trabalho ético e sério que temos feito nesses 25 anos. Isso nos deixa ainda mais feliz e precisamos dividir com todos os profissionais da empresa, pois todos estão preocupados em levar novidades e oferecer ao mercado um produto de qualidade”, afirma Edmilson Zanatta.

Edilson Zanatta acrescenta que os clientes percebem a busca da Farben por produtos inovadores. “Somos uma empresa que consegue inovar e ser competitiva ao mesmo tempo. Crescemos ano a ano graças a todos que fazem parte da nossa cadeia: nossos fornecedores que entregam produtos melhores, nossos profissionais e nossos clientes”, afirma. Para o diretor técnico-comercial da empresa, Ilmar Broch, estar entre as principais marcas de tintas e vernizes para móveis é reflexo também da forma de atuação da Farben, com base no tripé estratégico de intimidade com o cliente, inovação e eficiência operacional. “Nós implantamos uma estrutura para atender a indústria moveleira de forma personalizada, oferecendo o que o cliente quer e no tempo que ele precisa”, explica. A Farben também foi apontada pela revista Amanhã uma das 500 maiores empresas do Sul do Brasil. Também aparece na 5ª colocação geral entre as 50 empresas mais inovadoras do Sul do Brasil e a 2ª colocada em Santa Catarina. Os vice-presidentes Edilson e Edmilson Zanatta receberam o Prêmio Nota 10 da Petrobrás, e a empresa também foi apontada pelos colaboradores como uma empresa excelente para trabalhar, recebendo o selo Great Place To Work. De cada dez funcionários abordados, sete afirmaram que é bom trabalhar na empresa. História – A empresa foi projetada em 1991, quando foi definida que a sede seria em Içara. No dia 17 de julho de 1993 foi realizado o primeiro faturamento, que marca oficialmente a fundação da empresa. Em março de 1997, a empresa participa pela primeira vez como expositora de uma feira técnica. Em 1999, vai pela primeira vez em uma feira internacional na Argentina. O primeiro faturamento para o exterior foi no ano de 2001. Em 26 de julho de 2003, na Convenção de Vendas, foi feita uma grande celebração pela primeira década de produção. Ainda em 2003, conseguiu a primeira certificação ISO 9000. Em 2004, construída a fábrica de resina. Em 2008, foi implantado o Conselho de Administração e o Conselho de Família. Em março de 2011, a Farben adquire a empresa Imagraf, em Arapongas, no Paraná. Em 2012, a Farben contrata o piloto de Stock Car Cacá Bueno como garoto-propaganda. Em julho de 2017, a Farben adquire a filial de Caxias do Sul e em janeiro de 2018 entra em operação o novo pavilhão de logística.

INFORME PUBLICITÁRIO

Farben comemora 25 anos de história


P O L Í T I C A

Movimento “Do Sul pelo Sul” mantém representatividade política regional Foram eleitos no dia 07 de outubro três deputados federais e oito estaduais com domicílio eleitoral no Sul a aproximação das entidades com os eleitos. “Vamos convocar todos os eleitos, juntamente com as associações empresariais de todo Sul, para que possamos buscar a aproximação e cobrarmos as demandas necessárias à região. Como houve bastante renovação, queremos mostrar nossas necessidades e também ouvir o que pensam para que possamos trabalhar em prol do crescimento da região Sul”, reforça.

DEIZE FELISBERTO

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resultado da Campanha “Do Sul pelo Sul”, promovida pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, também encabeçada pelas associações empresariais do Sul, foi considerado positivo. O Sul elegeu nestas eleições três deputados federais e oitos estaduais, mantendo a representatividade na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e na Câmara dos Deputados.

Para o presidente da CDL de Criciúma, Gelson Philippi, o Sul mais uma vez mostrou a sua força. “Conseguimos manter o número de representantes que tínhamos e ainda existe há possibilidade de alguns suplentes daqui assumirem. Quanto a bancada de deputados federais vale destacar que os três são de Criciúma. Podemos, com certeza, considerar a campanha vitoriosa”, observa Philippi.

“Ficamos muito satisfeitos com o resultado. A população respondeu a nossa campanha e valorizou o seu voto, escolhendo candidatos da região”, destaca o presidente da Acic, Moacir Dagostin. Ainda, de acordo com Dagostin, agora começará

Deputados Federais

Candidatos do Sul Eleitos

Daniel Freitas (PSL)

Geovania de Sá (PSDB)

Ricardo Guidi (PSD)

Deputados Estaduais

Ada De Luca (MDB)

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Felipe Estevão (PSL)

Jessé Lopes (PSL)

José Milton Scheffer (PP)

Júlio Garcia (PSD)

Luiz Fernando Vampiro (MDB)

Rodrigo Minotto (PDT)

Volnei Weber (MDB)


A CAMPANHA A Campanha Do Sul pelo Sul foi lançada pela Acic e CDL Criciúma no mês de agosto com o intuito de ampliar a representatividade política do Sul nas diversas esferas e unificar a voz da classe empresarial. Durante toda a campanha eleitoral, o movimento promoveu ações ordenadas entre as entidades e os candidatos que apresentaram suas propostas puderam conhecer as principais reivindicações de cada município. Além dos encontros, também foram feitas divulgações através de diversos meios de comunicação.

Pleitos do setor produtivo são entregues aos candidatos A Acic também recebeu no dia 13 de setembro os candidatos a senador, deputado federal e estadual, com domicílio eleitoral no Sul, às eleições 2018, para a entrega do documento Voz Única. Recepcionados pelo presidente da Acic, Moacir Dagostin, e pelos vice-presidentes das regionais Sul e Extremo Sul da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Samuel Ramos de Lima e Filipe Pavei, respectivamente, os 20 candidatos presentes receberam o documento. O Voz Única possui 44 páginas e traz um resumo das opiniões de 80 mil empresários filiados às entidades que fazem parte da federação.

trutura continua sendo o carro-chefe, com mais de 65% das solicitações. As associações destacaram entre os 70 itens, as cinco prioridades de extrema urgência: - Construir a Ferrovia Litorânea. - Ampliar a pista e construir o terminal de cargas do Aeroporto Regional. - Pavimentar a Serra do Corvo Branco. - Adequar e recuperar a SC-370 trecho Tubarão x Rio Fortuna x São Ludgero. - Ampliar o efetivo e os investimentos em equipamentos para Polícias Civil e Militar.

“Este documento é muito valioso para os que forem eleitos, pois ajudará a direcionar o trabalho e contribuirá para o desenvolvimento da região e de todo Estado”, destaca o presidente da Acic.

PRIORIDADES DO EXTREMO SUL

Entre os candidatos presentes estiveram nove candidatos a deputado federal, nove a deputado estadual, e o candidato ao Senado, Lucas Esmeraldino. O presidente da Facisc, Jonny Zulauf, ressaltou a pergunta que a cartilha responde: O que SC precisa?. “Levantamos junto as nossas associações empresariais e cerca de 80 mil empresários as principais necessidades catarinenses voltadas ao desenvolvimento sustentável para que possamos juntos sim fazer um Estado melhor para se viver”. A Facisc apurou 702 demandas dos empresários, nos setores de infraestrutura, gestão pública, questões tributárias, segurança, educação, saúde, entre outros. PRIORIDADES DO SUL As associações empresariais de Braço do Norte, Capivari de Baixo, Garopaba, Gravatal, Imbituba, Jaguaruna, Laguna, Pedras Grandes, Rio Fortuna e Tubarão apresentaram ao todo 70 pleitos. A infraes-

As associações empresariais de Araranguá, Balneário Rincão, Criciúma, Forquilhinha, Içara, Jacinto Machado, Nova Veneza, Orleans, Sombrio, Urussanga apresentaram ao todo 56 pleitos. A infraestrutura continua sendo o carro-chefe, com mais de 39% das solicitações. As associações destacaram entre os 56 itens, as cinco prioridades de extrema urgência: - Construir o Centro Regional de Inovação, sediado em Criciúma. - Concluir a pavimentação da Serra da Rocinha (BR285). - Extinguir as ADRs, antigas SDRs. Diminuir o número de comissionados e utilizar os funcionários concursados que estão em outros órgãos. - Estadualizar o Hospital Materno Infantil Santa Catarina. - Elaborar o Plano de Desenvolvimento para o Sul do Estado com metodologia de implantação, incluindo políticas de atração de novas empresas. Confira a cartilha VOZ ÚNICA no site www.vozunica.com.br.

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P R Ê M I O

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M A T E M Á T I C A

Incentivo e preparação ao futuro Quinta edição da premiação selecionou 229 finalistas de cinco municípios DEIZE FELISBERTO

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moção, reconhecimento e muita alegria marcaram a entrega da quinta edição do Prêmio Acic de Matemática no dia 26 de novembro, na sede da Acic. A iniciativa que selecionou 229 vencedores em 2018 entregou as premiações aos 127 estudantes das escolas municipais, estaduais e particulares de Criciúma. Com o auditório lotado de estudantes, pais e professores, a cerimônia surpreendeu os medalhistas do concurso. Além de certificados e medalhas, os campeões ouro receberam cada um bolsa de estudos integral no Colégio Satc e bolsa de estudos para curso de inglês. Ainda levaram para casa um tablet. “Fiquei nervoso com tantas premiações, porém muito feliz. Meu sonho é estudar na Satc. Iria tentar uma bolsa para estudar lá no ano que vem”, conta o aluno Christian Hederson Giuliani Cypriano, do 9º ano, da Escola Municipal Érico Nonnenmacher. Cypriano é pelo quarto ano consecutivo medalha ouro no Prêmio Acic de Matemática e também conquistou neste ano medalha ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). “Acho que tenho facilidade com a matemática porque não estudo tanto em casa, mas procuro prestar muita atenção em sala de aula”, conta. IMPORTÂNCIA DA MATEMÁTICA E DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA O presidente da Acic, Moacir Dagostin, reforçou aos estudantes a importância do estudo da matemática e a participação de toda a família neste processo. “Primeiro quero dar os parabéns aos pais que aqui estão com seus filhos finalistas porque a família está sendo bem constituída e também aos professores que são fundamentais na educação. Logo que as-

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sumi a presidência da Acic, não tive dúvida em dar continuidade aos projetos que estavam em andamento, um deles o Prêmio Acic de Matemática”, destaca Dagostin. O idealizador do Prêmio Acic, o empresário César Smielevski, presidente do Conselho Superior da Acic, ressaltou a preocupação da entidade em preparar os estudantes para as profissões do futuro. “Estamos de fato alcançando os nossos objetivos, um deles incentivar o raciocínio lógico. A vida é cada vez mais competitiva e nós enfrentamos momentos de stress diário e ao participarem do prêmio os alunos treinam o autocontrole. Parabéns aos alunos pelo esforço e disciplina, e também a todos os professores e escolas”, coloca. PREMIAÇÕES E HOMENAGENS AOS PROFESSORES O 5º Prêmio Acic de Matemática entregou aos vencedores medalhas e certificados. Os 15 alunos medalhistas ouro de Criciúma também foram premiados com uma bolsa integral pelo período de um ano para curso de inglês, além de tablets. Entre os medalhistas ouro, 10 deles das escolas públicas municipais e estaduais receberam ainda uma bolsa de estudos integral do Colégio Satc. Os vencedores prata (43) e bronze (69) também receberam bolsas parciais para curso de inglês. A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), o Colégio Leme e a Escola de Idiomas Rockefeller também foram parceiros desta edição do concurso. Os professores e diretoras também receberam uma menção honrosa pelas melhores médias no concurso. A Acic também realizou um evento de premiação nas demais cidade participantes do projeto, Siderópolis, Içara, Cocal do Sul e Nova Veneza.


R E C O N H E C I M E N T O

Projetos da Acic são vencedores do Prêmio Ser Humano da ABRH-SC Prêmio Acic de Matemática e Triple C conquistaram a premiação estadual

DEIZE FELISBERTO

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Prêmio Acic de Matemática e o Triple C – Espaço Corporativo, Colaborativo e Cultural Iara Gaidzinski conquistaram o Prêmio Ser Humano da Associação Brasileira de Recursos Humanos – ABRH - SC 2018, nas categorias Sustentabilidade e Desenvolvimento, respectivamente. O evento de premiação ocorreu em Itajaí, no dia 22 de novembro. A premiação foi recebida pela diretora executiva da Acic, Maria Julita Volpato Gomes, e pela coordenadora de projetos educacionais da entidade, Rose Reynaud. A coordenadora considera que esta premiação consolida o sucesso do projeto da entidade empresarial. “O prêmio da ABRH representa o reconhecimento externo de uma ação educacional que tem contribuído no município e na região com reflexos muito positivos”, observa Rose. Para o presidente da Acic, Moacir Dagostin, a

conquista ratifica o trabalho da entidade. “Essas premiações, além de nos orgulharem, vêm referendar a direção da entidade no sentido de fomentar e apoiar, por meio do associativismo, o desenvolvimento das pessoas e das organizações”, coloca. Em sua quinta edição, o Prêmio Acic de Matemática envolveu neste ano quase 16 mil alunos, com o objetivo de promover a valorização da matemática na vida cotidiana da sociedade. Já o Projeto Triple C tem o intuito de atender às necessidades e fomentar o desenvolvimento humano da região por meio de ações corporativas. PRÊMIO ABRH-SC O Prêmio Ser Humano da ABRH-SC se consolidou como instrumento de reconhecimento às melhores iniciativas dedicadas ao desenvolvimento das pessoas dentro e fora das organizações, assim como de estímulos ao pensamento criativo e identificação de novos talentos. Nesta edição, o Prêmio Ser Humano recebeu 148 trabalhos inscritos, sendo 48 premiados.

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D E S T A Q U E

Viajando através dos números Acompanhados pela matemática, os alunos da Escola Municipal Jorge da Cunha Carneiro ganham medalha de bronze na Tailândia

CAROL PARIS

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Prêmio Acic de Matemática, é muito mais que uma prova de raciocínio lógico que desafia o aluno, ele é também um instrumento que objetiva incentivá-lo a gostar da disciplina e a se tornar mais íntimo dos conteúdos por ela abordados. Um exemplo concreto dessa relação entre o aluno e a matemática, é a história de três estudantes da rede municipal de ensino de Criciúma, que participaram das Olimpíadas Internacionais de Matemática da Ásia (AIMO), em Bangkok, na Tailândia, entre os dias 3 e 7 de agosto. Gabriel Domingos Zanoni, Sofia da Silveira Joaquim e Lucas Rodrigues, de 14, 13 e 11 anos, respectivamente foram premiados e receberam menção honrosa. Participaram quase 2 mil alunos do Ensino Fundamental e Médio das escolas públicas e privadas, de mais de 13 países.

Catarina. Do Brasil, ao todo, viajaram 225 estudantes de 12 Estados – uma das maiores delegações de estudantes brasileiros em uma competição internacional desta natureza. A SURPRESA DA NOTÍCIA A surpresa do resultado foi recebida com muita alegria pelos alunos e a professora. “Quando recebi o e-mail de que os alunos tinham passado para a próxima fase, que era na Tailândia, eu mal acreditei. Foi um momento único e de muita felicidade saber que eu fiz parte dessa conquista”, conta a professora Karine Callegari.

“Soubemos da notícia de que tínhamos passado para a próxima etapa em sala de aula, anunciaram nos alto-falan“Foi na Acic que eu me tes das salas e foi muito legal”, apaixonei pela matemática, na conta o aluno Gabriel Dominprimeira vez que participei do gos Zanoni.

Prêmio Acic de Matemática e ganhei”.

“Nossos colegas ficaram muito felizes por nós, nossos professores também. Nunca imaginei Sofia da Silveira, que a matemática me levaria tão Levando o nome de Criciúma aluna longe. Ainda não sei exatamente para o mundo, eles contam o que quero ser, mas penso em como a matemática se tornou paixão em suas vifazer faculdade de Engenharia Cívil, porque endas. “Foi na Acic que eu me apaixonei pela matevolve muito os números e a matemática é minha mática, na primeira vez que participei do Prêmio matéria favorita”, relata Lucas Rodrigues. Acic de Matemática e ganhei, foi no quinto ano, e depois disso eu sempre me esforçava para cada O MEDO DO NOVO vez mais me preparar para essas provas”, relata a Coragem é a palavra que define esses três alunos aluna, Sofia da Silveira Joaquim. da escola Jorge da Cunha Carneiro, que ainda tão Eles foram os representantes de Santa Catarina na jovens, levantaram a cabeça e mesmo com medo disputa, algo inédito para a cidade e para Santa enfrentaram as provas e obstáculos para não per-

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der a oportunidade. “A primeira fase da prova foi fácil, era parecida com a maioria das provas que fazemos, como a da Acic e da OBMEP, era mais de raciocínio lógico. Mas a prova na Tailândia foi bem difícil e, além de tudo, em inglês. Fiquei bem nervoso quando li, mal conseguia me concentrar, mas depois fui me acalmando em cada exercício que eu terminava”, relata o aluno, Lucas Rodrigues. A ansiedade e o nervosismo na hora da prova não foram o bastante para abalar a coragem dos alunos. “Sempre fico ansiosa, para fazer qualquer prova, até tremo, mas estávamos bem preparados e deu tudo certo”, conta a aluna Sofia da Silveira Joaquim. PARA ALÉM DA SALA DE AULA

observamos a mudança. Muitos alunos perceberam que o estudo é realmente importante e que dá pra mudar alguma coisa na vida com ele. Não precisa ser necessariamente na matemática, pois cada um se destaca em uma matéria diferente, o importante é não ter medo de tentar e sempre buscar dar o melhor de si”, conclui a professora. A GESTÃO COMO ELO ENTRE OS ALUNOS E AS OPORTUNIDADES Para a diretora da escola, Daniele Schlichting Fusinato, não foi esforço apoiar e procurar meios de levar as crianças a Tailândia. A escola deu todo apoio e amparo que os alunos precisavam. “Depois que soubemos do resultado fiz tudo que estava ao meu alcance. A escola não tinha recursos para custear a ida deles para outro país, mas isso não nos fez desistir. Marcamos uma reunião com o prefeito e conseguimos o apoio”, conta Daniele.

A professora Karine Callegari Mrotskosk, apaixonada pela profissão e pela matemática, relata com um brilho nos olhos o orgulho de estar colhendo os frutos do seu empenho e dedicação em sala de “Nunca imaginei que a aula. O trabalho que vai além das salas de aulas, às vezes, dematemática me levaria manda algo muito precioso, o tão longe. Penso em fazer tempo, mas quando se faz algo por amor, isso não se torna um faculdade de engenharia civil porque envolve muito os fardo e sim uma satisfação. “É por amor, é por amar o que eu números, a matemática é a faço e querer sempre dar o meu minha matéria favorita”. melhor. Quero dar oportunidades a essas crianças e mostrar Lucas Rodrigues, que são capazes de irem longe”, aluno conta Karine. Os alunos não só foram para Tailândia fazer a prova, mas também aproveitaram a oportunidade para conhecer um novo país, com uma cultura totalmente diferente daquela que estavam habituados. “Acredito que nosso papel como educador é isso, mostrar para essas crianças que o impossível é sim possível”. E não foi só a visão do Gabriel, da Sofia e do Lucas que mudou em relação aos estudos, outros estudantes também se inspiraram com essa história afirma a professora Karine. “Hoje na escola

Não só valorizar o empenho dos alunos é necessário, mas também o trabalho e empenho do professor. Para Daniele ter professores como a Karina que levam seus trabalhos com paixão, faz toda a diferença em uma escola. “Eu sempre apoio essas ideias, e procuro também incentivar os outros professores a fazer o mesmo. Temos que valorizar os professores porque são eles que estão construindo os futuros profissionais de todas as áreas”, conclui a diretora.

“Percebe-se com esta experiência, o quanto o Prêmio Acic de Matemática tem efetivamente contribuído para incentivar alunos e professores no estudo da matemática. Para além disto, tem estimulado aos estudantes e professores a descobrirem a alegria de aprender e ensinar, desafiando-os a dar passos mais amplos e a vencer com coragem o estresse que acompanha os novos desafios, cumprindo, com louvor, seus objetivos”, conclui a coordenadora dos Projetos de Educação da Acic, Rose Reynaud.

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E D U C A Ç Ã O

Acic lança premiação voltada à valorização do profissional da educação Ação tem o objetivo de resgatar a importância deste profissional e incentivar o desenvolvimento de propostas inovadoras em sala de aula

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DEIZE FELISBERTO

s profissionais da educação terão um incentivo a mais para desenvolverem propostas inovadoras em sala de aula. A Associação Empresarial de Criciúma lançou este ano a primeira edição do Prêmio de Valorização do Profissional de Educação, uma ação mobilizadora para o resgate da importância deste profissional para a formação da atual e das futuras gerações. A primeira edição do prêmio tem como foco os professores que atuam na área de Matemática do sexto ao nono nas escolas públicas (municipais e estaduais) e nas escolas privadas de Criciúma. “Um dos objetivos da criação deste prêmio é estimular os professores de Matemática a desenvolver práticas educativas inspiradoras, tendo como base os resultados obtidos pelos alunos no Prêmio Acic de Matemática, sempre focados no compromisso com a melhoria da aprendizagem e de resultados. A intenção é que nas próximas edições possamos estender o concurso para as demais disciplinas e também para outros municípios da região”, destaca a coordenadora de projetos de educação da Acic, Rose Reynaud. O presidente da Acic, Moacir Dagostin, reforça a importância do incentivo à educação. “Entende-

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mos serem as pessoas o maior tesouro de uma cidade e o processo de formação humana e profissional é um dos pilares importantes e fundamentais para o desenvolvimento regional. Sendo assim, cada vez mais temos envidado esforços e recursos com este fim e, na última década a entidade elegeu a educação como uma das suas bandeiras”, ressalta. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E PREMIAÇÃO Os professores inscritos na premiação serão avaliados pela média geral de todas as turmas inscritas no 5º Prêmio Acic de Matemática; pelo fator social do bairro onde a escola está localizada, prova escrita com os conteúdos do sexto ao nono ano e a comprovação de uma prática inspiradora por meio de vídeo. Os professores vencedores receberão diploma de “Professor Excelência em Educação Matemática”, troféu, bolsa para curso de inglês e a quantia de R$ 2,5 mil em dinheiro. Nesta ação, a ACIC conta com a cooperação da Instituição Técnica Conveniada (ITC) e a parceria da Secretaria Municipal de Educação, da GERED e outras instituições educacionais. Os vencedores foram revelados no dia 13 de dezembro.


I N C E N T I V O

Inspiração e sonhos no Projeto Escolas na Acic Alunos tiveram a oportunidade de ouvir o medalhista olímpico Edson Luciano e conhecer a associação empresarial DEIZE FELISBERTO

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ma manhã de muita inspiração e sonhos compartilhados marcou a edição do mês de setembro do Projeto Escolas na Acic, que recebeu mais de 150 alunos do sétimo ano das escolas Jorge da Cunha Carneiro e José Cesario da Silva. O projeto oportuniza os estudantes conhecerem mais sobre o meio empresarial e escutar palavras de incentivo motivacional.

Ribeiro ainda defendeu as cores da bandeira brasileira em Atenas. Também é coordenador o projeto social Atletismo Cidadania. Mesmo vindo de família humilde e sem condições para comprar os sapatos adequados para a modalidade, Edson nunca desistiu de seus objetivos “Vocês podem não acreditar hoje, mas os nossos sonhos se realizam. Ninguém acredita que podemos alcançar alguma coisa, mas assim é melhor, porque desta forma conseguimos o que realmente queremos”, destaca o medalhista, que ainda lembra da importância de se preparar para os desafios da vida. “É preciso ter foco sempre, pois mais importante do que a vontade de vencer, deve ser a vontade de se preparar”, pontua. EDIÇÃO DO PROJETO RECEBEU CASE DE EMPRESÁRIO E ATLETA Ainda no mês de junho de 2018, a entidade recebeu mais de 140 estudantes do oitavo ano das escolas municipais Jorge da Cunha Carneiro e José Cesario da Silva de Criciúma para participarem do projeto. Além da mensagem do presidente da Acic, Moacir Dagostin, os alunos também escutaram a experiência do empresário Ismael Trombim, que também foi aluno de escola pública.

O presidente da Acic, Moacir Dagostin, frisou a importância da educação para o futuro e o desenvolvimento dos alunos. “Meus pais não tinham muitas condições financeiras para me dar as coisas, mas me prometeram que nunca me faltaria educação, e tudo o que conquistei foi fruto do estudo e conhecimento”, reforça Dagostin.

Os estudantes ainda tiveram uma palestra motivacional com o multicampeão de bicicross, Marco Aurélio Tocha, que falou aos alunos sobre a sua trajetória de vida e os títulos conquistados na carreira nestes 23 anos. O Escolas na Acic conta com a parceria da Faculdades Esucri

UMA HISTÓRIA DE MOTIVAÇÃO Além da recepção realizada pela Acic, os estudantes ainda tiveram uma palestra motivacional com o medalhista olímpico Edson Luciano Ribeiro, que contou sobre a sua trajetória de vida, títulos conquistados, competições e sonhos realizados. O paranaense Edson Luciano Ribeiro é medalhista olímpico em Atlanta (bronze/1996) e em Sidney (prata/2000), nos 4x100 metros rasos. Em 2004,

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O B S E R V A T Ó R I O

S O C I A L

Números da saúde de Criciúma chamam a atenção Quantidade de afastamentos é mais que o dobro de servidores efetivos e comprimidos distribuídos reduzem em cinco milhões

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om a intenção de chamar a atenção da sociedade para os números atuais da Saúde em Criciúma, o Observatório Social, por meio da Câmara de Saúde, elaborou um relatório de informações referente ao ano de 2017. Como nos anos anteriores, a quantidade de comprimidos distribuídos chamou a atenção, assim como o valor empenhado na pasta, que é o menor nos últimos três anos. Mas, o destaque fica para o número de afastamentos de servidores no último ano, que chega a quase três mil, mais que o dobro do número de funcionários. Em 2017, os números cedidos pela Secretaria de Saúde mostram que a pasta possuía 707 servidores efetivos, 407 contratados e 47 comissionados, totalizando 1.161 servidores, porém, o número de afastamentos chega a 2.753 no ano, mais que o dobro de trabalhadores. QUANTIDADE DE COMPRIMIDOS DISTRIBUÍDOS DIMINUI MAIS DE CINCO MILHÕES Em 2016, a quantidade de comprimidos distribuída ultrapassava 30 milhões anualmente. Em 2017, os números tiveram uma redução significativa,

cinco milhões de comprimidos a menos que o relatório do ano anterior. Segundo as informações da Secretaria de Saúde, são consumidos em torno de 240 tipos de medicamentos, que somados totalizam 25.549.035 unidades de comprimidos. Em 2016, o número era de 30.628.284. CUSTO POR HABITANTE Na média com cidades de mesmo porte no estado, Criciúma apresenta números bem parecidos. O Custo Per Capita por habitante em Criciúma ficou em R$ 1.053,11 anuais para 211.369 habitantes. A cidade de Chapecó, com 213.279 habitantes possui um custo de R$ 1.231,75 e Itajaí, com 212.615 habitantes possui um custo de R$ 1.302,01 anuais por habitante. RECEITA MAIOR, INVESTIMENTO MENOR Outro dado que chamou a atenção do OS Criciúma foi a redução do valor empenhado em Saúde em referência aos anos anteriores. Em 2017, foram empenhados na Saúde R$ 222.594.809,59 e a receita foi de R$ 666.388.728,54. Em 2016, por exemplo, a receita do município foi de R$ 587.294.748,25 e foram empenhados em Saúde R$241.443.695,35.

Lista dos dez remédios mais consumidos 1 Clonazepam 2mg - 1.476.221 - Ansiolítico 2 Losartana potássica 50mg - 1.422.893 - Anti-hipertensivo 3 Omeprazol 20mg - 1.405.378 - Antiulceroso 4 Aas (ácido acetilsalicílico) 100 mg - 1.305.890 - Anti-inflamatório e anti-agregante plaquetário

5 Fluoxetina 20mg - 1.081.611 - Antidepressivo 6 Hidroclorotiazida 25mg - 1.073.810 - Anti-hipertensivo 7 Metformina, cloridrato 850mg - 1.032.168 - Antidiabético 8 Enalapril 10mg - 1.029.018 - Anti-hipertensivo 9 Amitriptilina 25mg - 917.836 - Antidepressivo 10 Paracetamol 500mg - 763.419 - Analgésico e antitérmico

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O P I N I Ã O

Gestor: compromisso com o resultado N A R B A L

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echou o mês? Qual foi o resultado? Perguntas corriqueiras que acontecem todos os meses, e que tiram o sono de muitos diretores e donos de empresas. Não estou falando da área financeira, do dinheiro, e sim da produção e das vendas. Quanto desperdício nas organizações, em pleno século XXI, onde a corrida do ouro agora é voltada para a inovação, caminho sem volta, porém estão esquecendo o básico, aquilo que garante no fim do mês, o dinheiro no caixa, a folha de pagamento, o cumprimento das dívidas, a melhoria para os funcionários e tantos outros benefícios. Me chamem de conservador, mas não “arredo” o pé - o que hoje ainda garante a sobrevivência, a competitividade, é aquela gestão, que faz planejamento, que tem um sistema de gestão com avaliação no mínimo semanal das metas, que cobra plano de ação da equipe para as metas não alcançadas, que investe maciçamente em treinamento e desenvolvimento, que supervisiona, que sai da sala e vai a campo, e que acima de tudo, se comprometa em fechar o mês com resultados positivos. Não estou questionando se o mercado está ruim ou se está bom, e sim o comprometimento do gestor em gerir a sua organização com a verdadeira responsabilidade, tal qual é o seu conceito, o de realizar de fato, entregar o que lhe foi confiado, sem desculpas. Aliás, se desculpas fossem resultado, as empresas já estariam milionárias. Chega de desculpas, e mais ação. Em minhas consultorias tenho observado sistemas de gestão que não agregam valor à organização, principalmente em empresas que iniciaram pequenas e cresceram sendo geridas como pequenas, e aí a desorganização gerencial se instala, sem controle, onde cada um realiza a sua atividade e produz o que for possível. Conhece a sua responsabilidade mas não conhece o resultado. Os problemas não são resolvidos, as decisões não são tomadas. O planejamento não é bem formulado, a execução “a la vonte”, registro do produzido nem sempre, a avaliação de desempenho das metas, raramente, ou quando muito, sem uma sistemática que dê condições de recuperação da meta perdida.

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O tempo passa, o dinheiro vai saindo pelo “ralo” e quando se dá conta muitas vezes já é tarde. O futuro das empresas está no desenvolvimento dos seus talentos. Não se consegue melhor qualidade e maior produtividade, sem treinamento, sem desenvolvimento. E o gestor, aquele que tem sob sua responsabilidade, pessoas para serem geridas, com metas a serem cumpridas, necessita de desenvolvimento, sempre. Muitos deles, despreparados, promovidos por necessidade emergencial, e ali permanecem, mês a mês, oferecendo o seu máximo, dentro das possibilidades, e o setor de RH, muitas vezes, também despreparado, ou desamparado, não consegue somar e evoluir no desenvolvimento e crescimento dos seus gestores. Não são poucos os gestores de RH que reclamam de falta de apoio. Esse paradigma precisa ser quebrado para quem deseja se manter no mercado. As desculpas, muitas vezes, vem carregadas dessas deficiências, quanto dinheiro perdido. Tudo que uma empresa necessita são de pessoas capacitadas, competentes. Empresa não dá resultado, quem dá resultado são pessoas. Uma empresa é melhor do que a outra quando as pessoas dessa empresa são mais competentes do que as pessoas daquela outra empresa. Parece óbvio, mas não é, muitos não conseguem enxergar, o que é óbvio. No planejamento estratégico das empresas, na análise interna dos pontos fortes e fracos, de cada área, merece atenção especial o item “TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO, principalmente dos gestores, principais responsáveis pelo atingimento das metas, dos seus setores. É deles a responsabilidade maior, que diariamente, precisam estar atentos aos movimentos do seu quadro de pessoal, e aos processos, que, muitas vezes, já não agregam mais valor, mas que continuam ali, gerando despesas para a organização. O apoio que eles necessitam, vem de cima, é preciso estar atento. Chega de desculpas, e mais ação.

Narbal Teixeira da Rosa, Consultor/Diretor do IORG - Instituto organizacional

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C U L T U R A

Diversidade marcou exposições do Cultura Acic em 2018 Trabalhos em madeira, papelão, fotografias e bonecas foram trazidos à galeria pelos artistas da região

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DEIZE FELISBERTO

ar visibilidade ao trabalho dos artistas da região, criando uma agenda cultural tem sido o propósito do Projeto Cultura Acic. Em 2018, a entidade trouxe para a galeria de arte trabalhos inovadores, que surpreenderam o público. A primeira exposição do ano trouxe trabalhos em madeira desenvolvidos pelo artista plástico Gil Galant. “Utilizo na abstração da forma, uma maneira de permitir que o próprio material seja respeitado e renasça com uma identidade que nos remeta ao movimento da água e fogo, misturadas as formas sacras tradicionais, respeitando a harmonia entre o natural e a expressão artística”, explica o artista criciumense, que em 2008 foi eleito o melhor escultor no Prêmio Jovem Artista. Na Mostra “Ilustres Ilustradas”, do também artista plástico Sérgio Honorato, retratos de astros da música desenhados em giz pastel sobre o papelão.

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Acadêmicos destacam personalidades femininas A Mostra “Eu, tu, elas, mulheres que marcam história”, dos acadêmicos do curso superior de Tecnologia em Design de Moda da Faculdade Senac de Criciúma, trouxe personalidades femininas, representadas em bonecas estilo Barbies. Ao todo, foram 18 mulheres sendo representadas nas obras, entre elas: Carmem Miranda, Frida Khalo, Madona e Coco Chanel.


“Registros” traz a arte contemporânea à galeria da Acic A renomada artista visual Helen Rampinelli impressionou com a arte contemporânea no Cultura Acic. A Exposição “Registros” contou um pouco da trajetória da artista, reunindo materiais que por elas foram utilizados ao longo dos últimos anos.

Exposição reúne registros de aves do Sul de SC Saíra-preciosa, Saíra-ferrugem, Sanhaçu-defogo e Garibaldi foram alguns tipos de aves que puderam ser conhecidos no Projeto Cultura Acic, por meio da exposição “Aves do Sul de Santa Catarina”. A exposição do Clube de Observadores de Aves de Santa Catarina (OBA) reuniu mais de 130 fotografias de aves da nossa região, contando também com a participação do Museu de Zoologia Profª Morgana Cirimbelli Gaidzinski da Unesc, que apresentou aves na técnica de empalhamento.

Café Concerto homenageia homens contemporâneos

Referência na música instrumental, a banda catarinense Brass Groove Brasil encantou o público durante apresentação no mês de julho na sede da Acic.

A Acic foi palco de mais uma edição do Café Concerto, que homenageou homens que se destacam na sociedade criciumense. Foram homenageados com o título “Homem Contemporâneo”: Alexandre Kronemberger, Aloísio Rocha, Altanir Machado, André Marcelo Borges Freitas, Arcílio Pipo Olivo, Archimedes Naspolini Filho, Douglas Nazário, Edson Pires, José Jair Cardoso, Moacir Dagostin, Nerçoli Moraes, Padre Antônio Vander da Silva e Paulo Otaran.

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D E B A T E

Série “Diálogos” propõe uma reflexão sobre Criciúma Ao longo do ano foram discutidos temas como desenvolvimento, mobilidade urbana, infância e a terceira idade DEIZE FELISBERTO

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ropor debates que envolvam assuntos da cidade de Criciúma foi o foco da série “Diálogos – Pensar a Cidade” do Projeto Cultura Acic durante 2018. “Nossa intenção foi debater e conversar sobre a cidade de Criciúma, trazendo profissionais das mais diversas áreas como: psicanálise, filosofia, educação e urbanismo. Lançamos um olhar caleidoscópio, unindo várias vozes para dialogar e refletir a nossa cidade”, explica a coordenadora do Projeto Cultura Acic, Iara Gaidzinski. Espaço urbano, educação, infância e terceira idade fizeram parte das reflexões propostas pela série, que elaborará um documento reunindo as diretrizes debatidas, e que será encaminhado ao Poder Público e às instituições da sociedade civil organizada. A série tem a curadoria das psicanalistas Débora Sônego Búrigo e Maria Cristina Carpes. A Série “Diálogos” também faz parte das ações e debates da Acic que serão promovidos até 2019, abordando temas para pensar o futuro da região. “Nosso propósito é unir vozes para debater esses temas, pois o coletivo é mais ouvido que o individual. Dessa forma cada um pode se sentir envolvido e se responsabilizar nesses afazeres”, reforça Maria Cristina Carpes.

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OLHARES SOBRE A CIDADE O primeiro encontro da série trouxe para o debate o tema “Olhares sobre a cidade”, provocando o público a pensar o desenvolvimento de Criciúma. O presidente da Acic, Moacir Dagostin, o jornalista Adelor Lessa, a economista Melissa Watanabe e a psicanalista Débora Sônego Búrigo, com mediação da psicanalista Maria Cristina Carpes, foram os especialistas convidados. Pluralidade, crescimento, mudança, união e esperança foram as palavras-chaves definidas como norteadoras para potencializar o desenvolvimento de Criciúma durante o encontro. O presidente da Acic, Moacir Dagostin, foi um dos debatedores do encontro e chamou a atenção para as áreas de educação e Administração Pública. “Um dos nossos grandes problemas quando falamos de educação é o nosso baixo índice do desenvolvimento da educação básica, precisamos trabalhar para melhorar esse índice. Precisamos também externalizar os trabalhos dos acadêmicos e trazê-los efetivamente para a prática. Temos que tirá-los das gavetas”, observa. A economista Melissa Watanabe, coordenadora do Programa de Pós-Graduação da Unesc, destacou que as formas diferentes de pensar de Criciúma são oportunidades para o crescimento.


FOCO NO AUMENTO DA ARRECADAÇÃO MUNICIPAL O jornalista Adelor Lessa também expôs seu olhar sobre a cidade durante o encontro. “Acredito muito na organização da sociedade, quanto mais organizada ela estiver fora da estrutura oficial, resultados melhores teremos. Criciúma possui gravíssimos problemas estruturais e acredito que a questão principal é aumentar a receita da cidade”, pontua. MOBILIDADE URBANA NA PAUTA Para falar sobre mobilidade urbana, a série trouxe os especialistas, o engenheiro Edio José Del Castanhel, diretor da Acic; o arquiteto e urbanista Giuliano Elias Colossi, representando a Prefeitura Municipal de Criciúma, a doutora em Planejamento de Transportes e Desenvolvimento Urbano, Natália Martins Gonçalves, e a psicanalista Maria Cristina Carpes, com mediação da psicanalista Débora Sônego Búrigo. O engenheiro Edio José Del Castanhel destacou o crescimento acelerado de Criciúma nas últimas décadas, especialmente na área central. Conforme o especialista, é preciso planejar. “Temos que pensar o que queremos e realizar planejamento, uma vez que projetos de infraestrutura são realizados a longo prazo”.

Em debate, também a infância e a terceira idade

O que fazer para a criança crescer? O que fazer para que a cidade seja um lugar de crescimento? O que a cidade pode fazer nesse tempo da infância para que as crianças tenham seu espaço e no seu tempo cresçam? Estes foram alguns dos questionamentos que nortearam o terceiro encontro da série. Para tratar o tema “A infância na cidade” os especialistas: o arquiteto e urbanista Jorge Luiz Vieira, a psicanalista Ana Paula Gramacho, a médica Ana Maria Pizolati Cardoso e a mestre em educação Rose Reynaud. O último encontro da Série “Diálogos – Pensar a cidade” em 2018 tratou ainda do tema “Terceira Idade”, que trouxe os especialistas: a professora Maria Dal Farra Naspolini, a psicanalista Débora Sônego Búrigo, a médica geriátrica Claudia Heluany, a doutora em arquitetura Aline Eyng Savi, com a mediação da psicanalista Maria Cristina Carpes.

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O P I N I Ã O

Dialogar é preciso? D É B O R A

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S Ô N E G O

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palavra original grega diálogos, é formada por dia - que significa “por intermédio de” e logos- que significa “palavras”. Assim, diálogo se define desde sua etimologia pela “circulação da palavra”. É uma conversa, um colóquio entre duas ou mais pessoas, uma troca de ideias, de opiniões, de conceitos, com vista à solução de problemas ou, muitas vezes, a explicitar diferenças na singularidade de cada um. Dialogar é jogar conversa fora, na melhor acepção desta expressão coloquial, pois que neste brincar de fora-dentro com as palavras, seus interlocutores trocam opiniões e submetem-se não só a falar, mas também, a escutar o outro. Dialogar é fazer laço social. Em 2016, a Cultura Acic, escuta e acolhe a Série Diálogos. Este projeto nasceu do desejo de conversar sobre temas da contemporaneidade com a mediação da psicanálise. O saber psicanalítico se ocupa, desde sua origem, a escutar o ser humano na busca da felicidade e nos impasses vividos neste percurso. A Curadoria e a Cultura Acic, em 2017, chamam a cidade de Criciúma e região para dialogar sobre o mal-estar: a minha, a vossa e a nossa dor de existir. O tema trabalhado: A busca do bem-estar na contemporaneidade. Uma possibilidade ou ilusão?

M A R I A

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É chegado o ano de 2018 e, com ele, o tema que animou Diálogos esteve no ar, nas ondas do rádio, na voz do cidadão comum. A cidade é por excelência o lugar do simbólico, nesta bolha de linguagem, a conversa é livre, mas nem sempre

C A R P E S

a prosa é fácil. As vozes que habitam a cidade se fizeram ouvir... As curadoras da Série Diálogos, mais uma vez, ouvem e escutam as vozes da cidade e propuseram que os cidadãos da cidade conversassem interrogados pela questão: Por que Criciúma não cresce? A nossa pequena menina Criciúma, nascida em berço plasmado em carvão, não cresce faz três décadas. Com Sigmund Freud, o criador da psicanálise, aprendemos que o sintoma é uma formação de compromisso entre o que sabemos e o que desconhecemos de nós mesmos. Aprendemos, ainda, que não devemos temê-lo e nem medicá-lo, pois precisaremos dele mesmo para decifrá-lo.

“Por que Criciúma não cresce? A nossa pequena menina Criciúma, nascida em berço plasmado em carvão, não cresce faz três décadas”.

No vai-e-vem das palavras os Diálogos se sucederam ao longo do ano de 2017. Lugar onde cada qual pode submeter/compartilhar suas ideias aos ouvintes e concidadãos. Da filosofia ao direito, passando pela psicanálise e a literatura, a curadoria coloca estas áreas do conhecimento, através de seus convidados, frente à frente com a comunidade, numa distância feita e própria ao Diálogos, com o intuito de provocar e fomentar a conversação. Ora, dialogar parece ser a verdadeira elevação do homem à humanidade. As palavras nos separam da natureza dos outros entes do nosso planeta.

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Se a pequena menina Criciúma faz seu sintoma – não crescer – precisamos olhá-la interrogando a sua fala. Ouvi-la nas entrelinhas do que é dito pelos seus cidadãos, no(s) movimento(s) do(s) corpo(s), no silêncio do(s) seu(s) vazio(s), no(s) seu(s) ruído(s) e sussurro(s), no seu cheiro piritoso, nas suas curvas e vias que rasgam seu corpo, foi o mote para as conversas dos Diálogos de 2018.

Do jornalismo à arquitetura, passando pela economia, educação, filosofia e psicanálise, a Série Diálogos 2018 buscou com o olhar caleidoscópico do conhecimento interdisciplinar, pensar a cidade, seus sintomas na tentativa de decifrar seu enigma. Afinal, porque Criciúma parou de crescer? Diálogos aconteceram duas vezes a cada semestre sempre nas quintas-feiras com os temas: Olhares sobre a cidade; Movimento no espaço urbano; A infância na cidade e A velhice na cidade. Em psicanálise se diz, que a significação é feita a posteriore de uma primeira marca deixada. Desejamos que a Série Diálogos tenha deixado marcas para significações futuras. Agradecemos a todos que estiveram juntos nestes encontros.

Débora Mabel Sônego e Maria Cristina Carpes Psicanalistas e Curadoras da Série Diálogos do Cultura Acic


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N Ú C L E O S

S E T O R I A I S

No setor de móveis, qualidade, inovação e funcionalidade Núcleo de Movéis da Acic tem contribuído para a evolução e o desenvolvimento do segmento na região

CAROL PARIS

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companhar a evolução do mercado de trabalho é uma tarefa primordial para o setor de móveis. Alinhar pontos como qualidade, funcionalidade e inovação é o que diferencia o atual showroom do Núcleo de Móveis da Acic, que trabalha pela conquista de novos fornecedores e parcerias com a indústria de insumos e produtos moveleiros, sendo referência do setor na região. Uma das propostas da atual gestão do Núcleo de Móveis é promover a união do setor, compartilhando experiências, parcerias, dificuldades e vitórias. “O showroom é um local para expor ideias, dificuldades e dividirmos conhecimentos, aprendemos uns com os outros e crescemos juntos, sempre contando com a união e novas qualificações para ficarmos por dentro das novidades do mercado”, relata o presidente do Núcleo de Móveis, Jairo Menegasso. CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO REGIONAL Além de dar a oportunidade de qualificação aos profissionais, o Núcleo de Móveis ainda movimenta outros setores da região que trabalham diretamente ligados ao showroom. “Este é um mercado que movimenta os demais, trabalhamos com granito, acabamentos e decoração, englobando outros setores que são somados ao nosso. Esse é um segmento que fomenta muitos outros e contribui no desenvolvimento e crescimento da nossa região”, destaca Jairo. POR DENTRO DAS NOVAS TENDÊNCIAS Atuante há 20 anos, o núcleo vem crescendo, inovando, pensando no futuro do negócio, procuran-

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do por novidades e inspirações em outros países que são referência na área de móveis, como a Itália, que anualmente conta com a Feira de Milão. “A pesquisa é primordial, estudar as novidades, tendências e o que tem de mais novo no mercado de trabalho é fundamental para entregar um trabalho de qualidade para nossos clientes”, destaca a designer de interiores do Núcleo de Móveis, Bruna Corrêa Pereira. Mas, nem só beleza e criatividade são as características procuradas pelo mercado, a qualidade e funcionalidade ainda são os fatores chave para quem quer planejar ou repaginar sua casa. “Existem muitos lugares que fazem um trabalho parecido ao que fazemos, o nosso maior diferencial ainda é receber o cliente com atenção, respeitando suas exigências, gostos e acima de tudo seus prazos. Trabalhamos não só com a beleza, criatividade e novas tendências, claro que isso é importante, mas nossa maior preocupação é entregar um trabalho de qualidade”, conclui Bruna. O Núcleo de Móveis está localiado na Avenida Santos Dumont, 2163, Bairro São Luiz.


C O M U N I C A Ç Ã O

Nem só de tecnologia se vive o marketing Criado há dois anos, Clube do Marketing da Acic tem contribuído para o desenvolvimento e valorização dos profissionais

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CAROL PARIS

ssim como todos os segmentos atuais do mercado, o marketing tem se renovado a cada dia para acompanhar as novas ondas tecnológicas e não ficar para trás. Que o mundo está caminhando para uma era digital, não é novidade para ninguém, mas o que não pode ser esquecido, nem deixado de lado, é que o marketing não é apenas isso. “O marketing continua sendo marketing em qualquer canal, por isso temos que lembrar sempre de três palavras chaves essenciais, a convergência, a experiência e o posicionamento”, ressalta o coordenador do Clube de Marketing da Acic, Vitor Marcelo. Criar um núcleo setorial para profissionais de marketing tem dado ótimos resultados, prova disso é o engajamento dos associados no clube. “Durante esse ano foi desenvolvido algumas propostas. Realizamos eventos onde cada participante do núcleo que domina certo assunto dá uma aula e faz os nucleados trabalharem em cima daquilo”, conta Marcelo. O objetivo principal do clube é promover a troca de experiências e a capacitação, desenvolvendo e valorizando os profissionais de marketing em Criciúma e na região. “Costumo dizer que éramos como peixes em aquários separados. O núcleo trabalhou como um oceano onde fomos inseridos, podendo transitar, trocar experiências, fazer contatos, conhecer e aprender uns com os outros”, relata Marcelo. O CLUBE DE MARKETING COMO AMBIENTE DE APRENDIZADO Ainda hoje o marketing não é entendido da manei-

ra clara nas empresas e negócios. Um dos pontos tratados no clube é quebrar esse tabu que o setor enfrenta na sociedade. “Muitas vezes a empresa vê só o produto final, a ponta do iceberg, o marketing vai muito além. Queremos aculturar o nosso negócio no mercado, mostrando a importância de ter um profissional desta área, podendo permear em todos os setores de uma empresa, e assim conseguindo entregar um trabalho de qualidade”, justifica. O clube surgiu em 2016 como facilitador e ponto de troca de experiência e aprendizado para cada associado. DE OLHO NO FUTURO Se projetar para o futuro já é um ponto discutido no Clube de Marketing. Dentre as ações pensando no amanhã, o clube constrói uma ligação entre profissionais e comunidade acadêmica. “Estamos presentes nas universidades, ajudando os alunos a conhecerem melhor a realidade da nossa profissão e também conhecendo os futuros profissionais e colegas de profissão”, pontua o coordenador. Outra ação em andamento é o site do Clube de Marketing, assim como a profissionalização das redes sociais. “Nosso desafio será fortalecer ainda mais o clube, para isso pretendemos mapear as empresas da região e atrair profissionais de peso que precisam estar conosco. Outro movimento será uma aproximação com a academia, entendemos que além da soma, precisamos compartilhar e ser uma importante referência para os futuros profissionais. Somar e compartilhar o que existe de mais atual, formar uma rede de inteligência de mercado que contribua para o crescimento sustentável das empresas da região”, relata a futura coordenadora do Clube de Marketing, Gabriela Pereira.

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M U L H E R

E M P R E S Á R I A

Bom humor e empatia são ingredientes para uma vida mais leve Jornalista e escritora Leila Ferreira encantou o público em evento do Núcleo da Mulher Empresária DEIZE FELISBERTO

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palestra da mineira Leila Ferreira, jornalista e escritora, atraiu e encantou um grande público durante o mês de agosto, na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic). A palestra promovida pelo Núcleo da Mulher Empresária de Criciúma celebrou os 21 anos de fundação do núcleo. Para a coordenadora do Núcleo da Mulher Empresária, Vera Antonini, as empresárias celebraram neste evento a união como associadas. “Estes 21 anos representam a consolidação no espaço empresarial, gerando negócios, associativismo e capacitações. Nossas nucleadas estão juntas, com o propósito de trazer a mulher para integrar-se ao meio empresarial”, relata. “Devemos ter leveza, gentileza e bom humor em todos as áreas da nossa vida, principalmente no meio empresarial e de negócios. Esse evento com a Leila Ferreira vem para isso, para ajudar na gestão”, conclui Vera. Com o tema “A arte de ser leve”, Leila Ferreira contou histórias e provocou diversas reflexões sobre o comportamento humano e o que podemos fazer para ter uma vida mais suave. Para falar do assunto, que também é título de um livro de sua autoria, Leila viajou o mundo investigando a leveza. “Não podemos esperar não ter problemas para sermos leve. Ter problemas faz parte do existir. A visão que temos da felicidade é muito idealizada. Ter uma vida com mais suavidade, com mais ele-

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gância, bom humor e empatia, mesmo diante da loucura do dia a dia, é possível”, coloca. “Outra observação importante, a elegância nas relações está acabando. Como nos encaixamos nos ambientes que vivemos, como estamos interagindo com o nosso entorno”, questiona. Conforme ela, entre tantos países e experiências que viveu para se aprofundar do tema, um depoimento resume o que considera como um dos principais fatores para a felicidade. “Fui à Holanda na Universidade de Rotterdam entrevistar o sociólogo e psicólogo que coordena o maior banco de dados no mundo sobre a felicidade e foi durante o cafezinho que ele me disse uma frase que considerei a mais importante, “o que mais nos aproxima da felicidade e do bem-estar é a qualidade dos nossos relacionamentos pessoais. Vive bem, quem convive bem”, relata. “CORPOS MAGROS E ALMAS OBESAS” A autora ainda desafia. “A leveza e a gentileza estão acabando. Estão todos obcecados pelo peso do corpo, mas o que está engordando de forma assustadora é o espírito. Lá dentro estamos cada vez mais pesados, mais intolerantes, impacientes e estressados. O mundo está cheio de corpos magros e almas obesas”, opina. Leila Ferreira é formada em Letras e Jornalismo. Foi repórter da Rede Globo Minas. É autora do best-seller “Viver não dói” e dos títulos “A arte de ser leve” e “Mulheres: Por que será que elas…?


L O G Í S T I C A

Acic abre núcleo setorial na área de transporte e logística Necessidade das empresas em fomentar o setor provocou a abertura do novo núcleo

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DEIZE FELISBERTO

mpresários do setor de transporte e logística de Criciúma e região passam a integrar o novo núcleo setorial da Associação Empresarial de Criciúma (Acic). O lançamento oficial foi realizado na sede da entidade empresarial para as empresas que passam a formar núcleo. Com 13 empresas já confirmadas, o Núcleo de Solução em Transporte e Logística tem na diretoria os empresários Hugo Nascimento, coordenador; Sérgio Pelegrim, vice-coordenador; e Jhonatan Bongiolo Francisco, coordenador-secretário. “Estávamos trabalhando desde o início do ano para abrir o núcleo porque há uma necessidade de qualificar, fortalecer e inovar o nosso setor. Também queremos trazer todas as empresas deste segmento, que inclui não só o modal de transporte rodoviário, mas todos os demais, esquecendo a concorrência”, coloca o coordenador do núcleo, Hugo Nascimento. Conforme o vice-coordenador, o segmento sofre com a falta de mão de obra qualificada. “Unidos em um núcleo podemos promover treinamentos para o crescimento de todos”, reforça. A estimativa é que a região concentre cerca de 150 empresas deste segmento.

Nossa Casa recebe doações do Núcleo de Transporte e Logística

Empresários do Núcleo de Transporte e Logística da Acic fizeram a entrega de alimentos para a Associação Beneficente Nossa Casa. Os nucleados fizeram a coleta de alimentos não perecíveis na palestra sobre Segurança e Roubo de Cargas com o delegado Ulisses Gabriel. “Visamos qualificar, inovar e fortalecer o setor, mas nesse caminho também queremos ajudar essas entidades que fazem um trabalho tão bonito”, relata o coordenador do Núcleo de Transporte e Logística, Hugo Nascimento.

PROGRAMA EMPREENDER Os núcleos setoriais seguem a metodologia do Programa Empreender, lançado em Santa Catarina pela Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e pelo Sebrae, reunindo empresários em grupos de trabalho, com o objetivo de quebrar o isolamento da micro e pequena empresa e ainda promover o associativismo e o desenvolvimento do negócio por meio de iniciativas empreendedoras. Atualmente a Acic possui 19 núcleos setoriais.

A Nossa Casa é uma entidade que tem como objetivo o acolhimento institucional de crianças e adolescentes em situação de risco social. “A associação beneficente depende e sobrevive diretamente de doações da comunidade e ações solidárias como essas que nos auxiliam todos os meses”, conta a coordenadora da Nossa Casa, Santina Pereira Muniz. A entidade mensalmente faz uma lista com itens mais necessários e disponibiliza em sua rede social. Para ajudar, acesse o facebook.com/nossacasacriciuma.

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J O V E N S

E M P R E E N D E D O R E S

Presidente da Acic dá dicas de sucesso para jovens empreendedores Moacir Dagostin falou sobre sua experiência como empresário e como chegou a presidência da entidade

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DEIZE FELISBERTO

trajetória do presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin, serviu de inspiração para os jovens empresários em uma mesa-redonda promovida pela Associação dos Jovens Empreendedores de Criciúma (AJE), na sede da Acic. Dagostin falou sobre sua experiência como empresário, como chegou a presidência da Acic e deu dicas de administração aos jovens empresários. O espírito empreendedor e de liderança sempre foi uma marca forte de Moacir Dagostin desde muito cedo. “Aos 12 anos, já vendia picolés de casa em casa. Depois fiz muitos serviços de office boy até iniciar em uma empresa com o cargo de office boy e chegar a gerência”, conta Dagostin. Um dos grandes sonhos do presidente da Acic era lecionar. O sonho de ser professor se concretizou. Atuou como professor por mais de 20 anos. Com formação em contabilidade, aos 43 anos também se graduou em Direito. Atual-

Feirão do Imposto alerta sobre carga tributária A Associação de Jovens Empreendedores de Criciúma (AJE) realizou a edição anual do Feirão do Imposto. A ação faz parte de um movimento nacional de núcleos de jovens empreendedores. Em Criciúma, o grupo esteve na Praça Nereu Ramos, durante o mês de maio de 2018, servindo pipoca gratuitamente e conscientizando sobre a quantidade de impostos embutidos em alimentos e veículos. Um carro foi plotado com referência aos impostos, bem como as pipocas eram servidas com a metade do saquinho. Das centenas de pessoas que passaram pelo Feirão do Imposto, a grande maioria criticou o retorno desses impostos.

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mente é sócio diretor TWA Fomento Comercial. “Há 20 anos buscava investir em uma empresa e o negócio voltado para o fomento mercantil nos atraiu e deu muito certo. Com a experiência que tenho diria a vocês que ao abrir um negócio é importante ter uma cartela de clientes. Fizemos isso por meio da experiência e conhecimento de alguém que já estava nesta área”, destaca Dagostin. Ainda conforme o presidente da Acic, transparência, honestidade, simplicidade e otimismo são adjetivos essenciais para aqueles que desejam sucesso na vida pessoal e profissional. “O evento superou as expectativas. Além de toda a expertise empresarial que tivemos a oportunidade de conhecer do presidente da Acic, pudemos conhecer a sua vida pessoal. Em todo o seu discurso buscou transmitir aos jovens um ensinamento, uma lição e nos mostrar que o equilíbrio é um dos grandes segredos da vida, o equilíbrio entre religiosidade, família, amigos e trabalho”, ressalta o presidente da AJE, Giovani Pagani.


N Ú C L E O S D E M O T O M E C Â N I C O S , A U T O M E C Â N I C O S E M E C Â N I C A P E S A D A

Empresários de oficinas mecânicas recebem qualificação Os empresários integrantes dos núcleos de Motomecânicos, Automecânicos e Mecânica Pesada da Acic participaram de uma qualificação direcionada à melhoria da gestão de estoques e ajuste dos preços de serviços e peças. O treinamento de três dias foi ministrado pelo consultor Alessandro Ramos. “Abordamos o controle de estoques e de contas e a precificação voltada para os núcleos de oficinas mecânicas. Todo esse passo a passo tem o objetivo de fazer com que a oficina consiga ter uma situação mais verídica do seu dia a dia, melhorando a gestão financeira da empresa. As oficinas mecânicas são na grande maioria pequenas e familiares, com uma economia direta e uma forte concorrência, por isso a importância deste treinamento”, coloca Ramos.

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A U T O M E C Â N I C O S

Motoristas realizam check-up gratuito em veículos Com objetivo de conscientizar os motoristas sobre a importância da manutenção preventiva do veículo, o Núcleo de Automecânicos da Acic realizou no mês de agosto mais uma edição da Inspeção Veicular. O evento gratuito foi promovido nas oficinas vinculadas ao núcleo. Conforme o coordenador do Núcleo de Automecânicos, Evandson Baggio, a inspeção é uma ação com o intuito de criar o hábito da manutenção do veículo por parte dos motoristas. “Nosso propósito é conscientizar a população a procurar uma inspeção antes de o carro precisar de reparo porque quando chega nesse ponto o valor acaba sendo mais elevado”, destaca Baggio.

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Empresa referência no segmento de seguros participa de treinamento com nucleados Com o objetivo de ampliar a representação frente ao mercado de seguros, o Núcleo de Corretores de Seguros da Acic, juntamente com a Sul América Seguros, promoveu um evento com a Mondial Assistence, a maior prestadora de assistência 24h do mundo, na sede da entidade empresarial. Foi a primeira vez que os profissionais do mercado de seguros de Criciúma tiveram a oportunidade de participar de uma troca de experiências e debates com uma empresa referência no segmento. “Os corretores de seguros têm um papel fundamental, que é de trazer o cliente para a seguradora. O mais importante deste evento é a qualificação deste profissional e a aproximação com o prestador de serviço”, ressalta o gerente comercial da Sul América Seguros, Wagner Simon.

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S A Ú D E E D O T R A B A L H O

Profissionais conhecem novas tecnologias no Centro de Inovação do Sesi O Núcleo de Saúde e Segurança do Trabalho, juntamente com os núcleos de Braço do Norte e Tubarão, realizaram uma visita técnica ao Centro de Inovação Sesi em Tecnologia para Saúde, localizado em Florianópolis. O coordenador do centro, Marcelo Tournier, apresentou aos profissionais os projetos e alguns produtos do Sesi nesta área. “Estamos desenvolvendo um aplicativo para dispositivos móveis para promoção da saúde e bem-estar com aplicação individual ou corporativa, e uma plataforma de monitoramento e gestão de segurança, através de software e aplicativo para dispositivos móveis, que permite a gestores e equipes de segurança acompanharem o status de segurança das operações em uma empresa, em tempo real, evitando acidentes, multas por inconformidade e ações trabalhistas”, conta o coordenador.

Nova coordenação

O Núcleo de Segurança e Saúde no Trabalho da Associação Empresarial de Criciúma empossou nova coordenadoria durante o mês de agosto. Assumiram o comando do núcleo para o mandato de um ano Amélio Colombo (coordenador), Juliana do Nascimento Eloy (vicecoordenadora), Mariezi Olivo de Brida (secretária) e Roberto Claudio Lodetti (tesoureiro).

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O P I N I Ã O

Em outras palavras: o despachante aduaneiro M A R C E L O

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despachante aduaneiro é o símbolo do comércio exterior. Se alguém quer entrar no mercado internacional já é direcionado ao milagre do despachante. Questionado por muitos, precisa explicar ainda que não faz emplacamentos para quem não entende das nuances internacionais. Na lida com tantas Portarias na legislação, ele acaba sendo o acesso das informações oficiais de todos os produtos que entram e que partem do país (legalmente falando, é claro!). Aquelas incontáveis mercadorias que muitas vezes ele nem vê e conhece apenas virtualmente, em NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul). Aí, o dia a dia transforma também os produtos fora do escritório em códigos. O brinquedo do filho perde as quatro rodas e ganha oito dígitos. A mercearia ganha requintes de classificações fiscais e, a cada ida, é uma aventura diferente. O bom disso tudo é que sempre haverá um novo capítulo. Mesmo que seja da TEC (a Tarifa Externa Comum). Nos processos, é certamente quem faz o coração bater mais forte, mesmo que não seja importação

R A U P P de desfibrilador. Mais que Receita Federal, Anvisa e Mapa, já que acaba sendo o porta-voz de todos eles. Ele que dá a notícia ruim. E a boa também, mas que não é tão valorizada porque é sempre o que esperamos. Às vezes é até responsabilizado por algo que seguiu um caminho inesperado. Como, por exemplo, o inseto encontrado na madeira e que não está homologado nas instituições brasileiras. Como não previu isso?! Talvez pela confiança depositada, seja cobrado além do que pode. Simplesmente, porque trabalha não apenas com importação e exportação, mas sim com muitos sonhos de diferentes empresários brasileiros. Por isso, são profissionais indispensáveis ao mundo dos negócios que, agregados a esta cadeia de especializações, completam as oportunidades globais. Esperamos um canal verde na próxima!

Marcelo Raupp Sócio-Diretor da UNQ Import Export Coordenador do Portal O Mundo dos Negócios Consultor em Negócios Internacionais

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S E G U R A N Ç A

Cultura de aprendizagem e de resultados marca trajetória de Fraga Trajetória do tenente-coronel Evandro de Fraga no comando 9º Batalhão da Polícia Militar de Criciúma mudou atuação da polícia na cidade as policias”, explica. DEIZE FELISBERTO

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uando o tenente-coronel Evandro de Andrade Fraga assumiu o 9º Batalhão da Polícia Militar de Criciúma em 2015, a cidade vivia sérios problemas de criminalidade, sendo considerada uma das cidades mais violentas. Três anos depois, é uma das mais tranquilas de Santa Catarina. Isso só foi possível com uma série de ações, articulações e com a mobilização de várias entidades e da comunidade para apoiar as polícias Civil e Militar. Ao deixar o cargo, Fraga que assume a coordenadoria de programas preventivos da corporação, em Florianópolis, conta um pouco dos desafios e do orgulho do trabalho realizado. “Quando assumi o comando já tinha noção do que iríamos enfrentar. Os números de 2015 comparados aos dois anos anteriores eram preocupantes, porém não esperávamos que aumentassem. Tivemos que estabelecer estratégias, antecipando algumas decisões que iriam impactar na nossa atividade policial”, relembra o tenente-coronel. Uma das primeiras ações, conforme Fraga, foi promover uma palestra sobre audiência de custódia, na sequência, encorajar os policiais a realizarem as abordagens, sem medo. “Prendíamos criminosos em flagrante e logo, em seguida, o flagrante não era realizado. Precisávamos fazer este ajuste entre

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A inteligência foi uma das grandes aliadas para o combate ao crime. “As mortes quando registradas tinham um perfil de autoria e de vítimas. Começamos a fazer uma abordagem, além da quantidade de mortos, mas quem era a vítima, quem praticava o homicídio, quem estava envolvido, qual a comunidade mais impactada, tudo isso para melhorar a resposta do nosso trabalho à sociedade”, revela Fraga. A diminuição de roubos, homicídios e latrocínios, assim como a sensação de insegurança, foi gradativa. “Hoje temos um perfil voltado para o traficante, para o facionado, para o assaltante de banco, de carga, de residência e veículo. Criamos algumas estratégias de pós crime, que também possibilitou esse ganho de escala e a contribuição com a investigação da Polícia Civil”, completa. TREINAMENTO E SEGURANÇA PREVENTIVA Ser convidado para assumir a coordenadoria de programas preventivos não foi à toa. Em sua atuação no 9º Batalhão da PM, Fraga buscou treinamentos aos policiais, lideranças comunitárias e aos membros dos conselhos comunitários de segurança e conseguiu uma ampliação considerável das redes de proteção como a Rede de Vizinhos, Rede de Segurança Escolar e a Rede Catarina de Prote-


ção a Mulher. “A cultura de aprendizagem e voltada para os resultados está cada vem mais evidente na nossa polícia e isso vai ser muito aproveitado com a chegada do comandante Dimitri. O envolvimento comunitário não vai perder e a operacionalidade só tem a crescer”, destaca.

mando e teve a resposta adequada por parte da Polícia Militar, e de forma inovadora, compreendendo toda a dinâmica. Também sempre contamos com o apoio da entidade como uma voz que pudesse pressionar as lideranças com relação as demandas da polícia. Nessa trajetória construímos muitas pontes que levaram a mudança de realidade e de qualidade de vida de muitas pessoas. Saio com uma satisfação muito grande por ter conseguido concretizar tudo que planejei durante esses três anos”, conclui.

A relação e o apoio da Acic, que elegeu nos últimos anos a segurança como uma de suas bandeiras, também é destacada pelo tenente-coronel. “A Acic, em vários momentos que tivemos possibilidade de manifestações grevistas, veio até o co-

De estagiário a comandante Para o novo comandante o tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade assumir o cargo é um sonho. “Fico extremamente honrado de estar nessa sucessão do comando, unidade que cheguei como aspirante oficial em 1995”, destaca. Natural de Porto União, Norte do estado, Dimitri encontrou no coronel Cosme Manique Barreto, comandante da 6ª RPM, e no coronel Fraga grandes inspirações para sua formação. Dimitri possui 16 anos de trabalho no 9º Batalhão da Polícia Militar de Criciúma, também teve passagens pelo BOPE em Florianópolis, sendo

ainda comandante e subcomandante do batalhão de Araranguá. “Ser comandante do 9º Batalhão PM de Criciúma era um sonho desde a academia da Polícia Militar. É o batalhão que cheguei para estagiar, de estagiário cheguei a comandante”, destaca. Conforme Dimitri, o trabalho desenvolvido pelo tenente-coronel Fraga terá continuidade. “Vamos dar continuidade a capacitação da tropa, aos projetos atuais e agregar novos, além de reforçar as parcerias com as entidades como a Acic, uma grande parceira nas crises de segurança”, ressalta.

Classe empresarial homenageia tenente-coronel Fraga O tenente-coronel Evandro de Andrade Fraga foi homenageado pela Acic, durante a reunião de diretoria da entidade, com uma placa em reconhecimento ao trabalho desenvolvido na cidade. A homenagem foi entregue pelo presidente da Acic, Moacir Dagostin. “Agradecemos o excelente trabalho desempenhado pelo tenente-coronel Evandro Fraga e a parceria que conseguimos estabelecer nos últimos anos. A Acic está de portas abertas para contribuir com as ações de segurança à nossa cidade”, destaca Dagostin.

Sindicatos empresariais também prestam homenagem A Câmara de Relações Institucionais da Acic, que congrega os sindicatos empresarias da região, também homenageou o tenente-coronel. Fraga recebeu um retrato ilustrado em aquarela, desenhado pela profissional em design de Içara, Gisele Daminelli, em reconhecimento ao seu trabalho à frente do BPM. “Fizemos essa homenagem pelo excelente trabalho desenvolvido nesses anos. Os indicadores de violência caíram no período da sua gestão, fruto do grande trabalho realizado pela Polícia Militar”, ressalta o diretor da Acic, Caio Binotti, também diretor da Câmara de Relações Institucionais da entidade.

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R E C U R S O S

H U M A N O S

Da união, o debate de ideias e o fortalecimento dos gestores de RH Grupo formado em 2018 une profissionais da área em torno de temas comuns e na busca de conhecimento com reflexos diretos na relação com os trabalhadores das empresas

FRANCIELI DE OLIVEIRA

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oi com a ideia de fortalecer o networking entre os profissionais de Recursos Humanos (RH) que surgiu, no início de 2018, o Grupo Temático de RH, uma parceria da Associação Empresarial de Criciúma (Acic) com a Associação Brasileira de RH - Núcleo Criciúma, e que vem dando excelentes resultados por meio de discussões de temas importantes para a classe com encontros mensais. A busca pelo conhecimento também ultrapassou as barreiras da região e o grupo foi até o Norte de Santa Catarina aprender um pouco mais com o case da Weg, em Jaraguá do Sul. Para 2019, os pla-

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nos seguem e ainda mais concretos. Foi em um curso de Analista de Cargos e Salários, na Acic, no fim de 2017, que nasceu a ideia de se criar um grupo entre os gestores de RH. Juntando a necessidade repassada pelos participantes com as visitas já realizadas em empresas e também por meio da Câmara de Relações Institucionais (CRI) da Acic o pedido foi levado para frente. “A Acic é um guarda-chuva que abriga vários eixos, um deles é a CRI. Quando a ideia do Grupo Temático de RH foi apresentada e imediatamente acolhida pela Acic, que tem justamente esse papel de fortalecimento da classe empresarial. Com a troca de ideias, os profissionais saem mais capacitados, renovados, e com energia para levar esse conhe-


cimento para dentro de suas empresas”, apoia o presidente da Acic, Moacir Dagostin. “A Acic tem esse papel de abraçar as demandas que são da região, das empresas associadas, e o fortalecimento dos RHs, buscando melhorias, capacitações e o aprimoramento da própria área de RH na nossa região, foi uma necessidade constatada e imediatamente abraçada pela Acic”, reforça a coordenadora de cursos e eventos da Acic, Aline Mangili. Como a união é a palavra-chave, Aline também sentiu a necessidade de buscar colaborações. Foi então que entraram em ação os profissionais da área Jarbas Cargnin Nunes e Ivanize Bez Batti Gonçalves que uniram forças ao projeto. Ivanize é gestora de RH na Librelato, que tem sua matriz em Içara e unidade em Criciúma, hoje, com 1,4 mil colaboradores. Para ela, a iniciativa agrega conhecimento e fortalece a própria empresa. “Esse networking, esse estudo, acaba contribuindo dentro das empresas com as práticas que são compartilhadas e o elo entre os gestores e colaboradores acaba se fortalecendo”, relata Ivanize. Jarbas agregou a experiência que teve quando trabalhou em Joinville, no Norte do estado, ao projeto de Criciúma. Para ele, cada empresa tem a sua realidade e quanto mais experiência se troca aumenta o número de ingredientes para se buscar as soluções. “A partir do curso realizado na Acic com uma turma muito boa, de bom nível, iniciamos os encontros mensais que estão cada vez mais fortalecidos. Também trouxe um pouco dessa experiência da ABRH de Joinville e que deveríamos seguir esse exemplo para fortalecer as nossas empresas e ajudar no desenvolvimento”, pontua Jarbas, que atua como gerente de gestão da Construtora Fontana, de Criciúma. MERITOCRACIA E COMUNICAÇÃO: OS TEMAS DE 2018 O primeiro tema escolhido pelo Grupo Temático de RH foi a meritocracia. Após apresentações de cases e dúvidas debatidas e sanadas entre os participantes, uma viagem a Weg, de Jaraguá do Sul, encerrou o estudo abrindo caminho para o segundo assunto escolhido: a comunicação. O encerramento de 2018 foi em novembro com a participação das profissionais de marketing Lúcia Búrigo e da jornalista Andressa Fabris, que compartilharam sua trajetória na área de comunicação. EMPRESAS SAEM FORTALECIDAS Taciana Fontanella, que também integra o grupo como representante da CRI, lembra que o relacionamento entre os profissionais melhorou com os encontros mensais. “Ter essa teia de relacionamento mais fortalecida é muito importante. Na medida que as pessoas se conhecem se sentem mais confortáveis para a troca de conhecimento”, ressalta. Outro ponto de acordo entre os participantes do Grupo Temático de RH é os reflexos dentro das empresas. empresas. “O RH é estratégico para a empresa, é quem faz a ponte entre os gestores e os colaboradores, sintonia importante pois as empresas se fortalecem por meio das pessoas, quanto mais profissionais capacitados e realizados em suas profissões, mais ganhos as empresas terão com um clima organizacional favorável e isso é possível por meio do RH”, destaca Taciana. APOIO DA ABRH A ABRH Núcleo Criciúma é parceira no Grupo Temático. “Esse modelo a ABRH mantém em todas as regionais no estado e no país, sempre discutindo os principais temas dentro do nosso hall de atuações”, conta o presidente da ABRH Criciúma, André Topanotti. Para ele, essas discussões vêm ao encontro do fortalecimento da classe. “É importante pelo fato de que tem uma comunicação, tem a troca de informação. Geralmente são problemas comuns enfrentados por esses profissionais e a interação é bem-vinda”, defende o presidente da ABRH.

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T E C N O L O G I A

Inovação na performance e manutenção de seu veículo Performance eletrônica oferecida pela Eurochip ajuda no desempenho do automóvel

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CAROL PARIS

serviço de Performance eletrônica oferecida pela Eurochip ajuda no desempenho dos veículos, melhora no retardo da aceleração, trabalha no reparo de falhas e na retirada do limitador de velocidade entre outras melhorias. “Com o equipamento chamado dinamômetro conseguimos realizar diagnósticos de falha, vazamento e testes de velocidade para monitorar o veículo antes de ele sair para a estrada, ainda é possível dar um ‘up’ no desempenho do carro sem perder a garantia. Com essa modalidade se tem mais potência e torque, possibilitando, muitas vezes, diminuição do consumo de combustível”, explica o diretor da Eurochip, Gesiel de Costa. Alcançar melhor performance com ajuste eletrônico do veículo é um dos destaques da Eurochip do Brasil, percursor no atendimento automobilístico de marcas importadas Premium na região Sul de Santa Catarina. Com um trabalho diferenciado há quase uma década no Brasil, e outra década na Itália, a empresa oferece uma tecnologia que melhora a aceleração, a potência e a curva de torque, proporcionando assim melhor aproveitamento do conjunto motor/câmbio e, com isso, obtendo melhora na autonomia do combustível e melhor dirigibilidade

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com mais segurança. A tecnologia de aumento de potência pode parecer algo novo e incomum no mercado, mas internacionalmente, já é usada há muito tempo. “Muitos ainda não tem conhecimento deste trabalho que prestamos e dos benefícios que podem vir a ter”, reforça Costa. Já potencializamos mais de dois mil veículos em todos esses anos na Itália e Brasil, 15 anos somente nessa tecnologia. A performance eletrônica produz uma mudança imediata no veículo sendo percebida pelos motoristas facilmente. “Você pode sentir nitidamente a mudança, por isso, nosso trabalho é valorizado por quem conhece, pois sabe da seriedade e do resultado que entregamos”, ressalta Costa. Além da performance eletrônica, a oficina oferece outros trabalhos como a manutenção e revisão de veículos Premium de última geração. “Estamos sempre atualizados sobre as novidades e tendências na área automotiva, garantindo um trabalho de qualidade aos nossos clientes”, conclui o diretor da Eurochip do Brasil, empresa associada ao Núcleo de Automecânicos da Acic e ao Grupo Mecânicos Premium Brasil (AMPB) A Eurochip possui sede própria na Avenida Gabriel Zanette, 475, em Criciúma.


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I M P O S T O

D E

R E N D A

Fiesc e Sesi estimulam uso dos incentivos fiscais Acic é parceira do projeto Fundo Social em Criciúma, que realizou em novembro uma capacitação sobre o assunto na cidade DEIZE FELISBERTO

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mpulsionar a cultura do uso dos incentivos fiscais em Santa Catarina, agindo sobre as lacunas socioculturais e contribuindo para melhoria dos indicadores sociais dos municípios é o propósito do Fundo Social, iniciativa desenvolvida pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), por meio do Sesi. Lançado em 2017, o projeto chega a Criciúma em parceria da Acic, que recebeu no dia 07 de novembro uma capacitação gratuita com a participação de mais de 130 pessoas. Direcionada às entidades de Criciúma e região, o evento Capacitar, realizado em parceria com a ENGIE Brasil Energia e a empresa Incentive, teve o objetivo de auxiliar as organizações da sociedade civil a serem proponentes de projetos junto às leis federais de incentivo fiscal. “Essa capacitação ao terceiro setor é muito importante para possibilitar esclarecimentos a fim de que tenhamos bons projetos em nossa cidade. As organizações e os produtores culturais são fundamentais para que tenhamos projetos relevantes em Criciúma”, destaca o presidente da Acic, Moacir Dagostin. “Essa parceria entre Fiesc, Sesi e Acic é uma iniciativa que se faz em prol da região Sul. São 5,7 mil indústrias na região e esse momento é oportuno para alertamos as empresas sobre este trabalho desenvolvido pelo Sesi”, acrescenta o vice-presidente Regional Sul da Fiesc, Diomício Vidal.

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Podem fazer uso dos incentivos fiscais federais as empresas de lucro real, destinando até 9% do imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ) para projetos por meio das leis federais; Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS), Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), Lei de Incentivo ao Esporte, Lei Rouanet, Fundo do Idoso e Fundo da Infância e da Adolescência. “As carteiras das pessoas e das indústrias estão cada vez mais escassas, e entendemos que cada uma dessas leis é uma possibilidade para fazer esse direcionamento dos recursos”, destaca Simone Geneves, da equipe do Fundo Social, que apresentou à diretoria da Acic os detalhes do projeto. R$ 200 MI PODEM SER REDIRECIONADOS De acordo com o Sesi, são aproximadamente 2 mil empresas que apuram seu imposto de renda pelo lucro real em Santa Catarina, somando cerca de R$ 200 milhões que poderiam ser redirecionados, anualmente, a projetos por meio do uso dos incentivos fiscais federais. “Atualmente, em Santa Catarina usamos apenas R$ 60 milhões. Em Criciúma, existem 70 empresas que apuram seu imposto de renda pelo lucro real, com potencial de R$ 15 milhões”, revela Simone. O Sesi desenvolveu uma plataforma virtual em que os empresários parceiros do projeto se cadastram e do mesmo modo as organizações do terceiro setor.


A P R O X I M A Ç Ã O

Missão do Sul visita Braskem Sinplasc em parceria com o Comitê de Implantação do Centro de Inovação estiveram na empresa da área química e petroquímica

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Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense (Sinplasc) em parceria com o Comitê de Implantação do Centro de Inovação realizaram no mês de novembro mais uma edição da Missão Sul Catarinense do Setor Plástico à Braskem, em Triunfo (RS), no Polo Petroquímico. “O objetivo da missão do setor plástico a Braskem é gerar sinergia entre as empresas e as instituições de ensino, ciência e tecnologia da região, juntamente com as demais entidades da sociedade civil organizada, para o desenvolvimento do setor na região fomentando o crescimento regional”, destaca o di-

retor executivo do Sinplasc, Elias Caetano. O presidente do Comitê do Centro de Inovação da região de Criciúma, Mário Gaidzinski, diretor da Acic, também ressaltou a importância deste tipo de missão que busca a aproximação da empresa, líder nacional no segmento de polímeros, com as instituições de ensino da região Sul, assim como com as empresas e o setor público. Participaram da missão os representantes do Sinplasc, Acic, Unesc, Satc, IFSC Criciúma, AJE, Câmara de Vereadores, Prefeitura de Criciúma, Senac, Guará Embalagens e Plurall.

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I N C E N T I V O

Mais sustentabilidade e pensamento voltado ao futuro Acic firmou parceria com a empresa Weee.do® e possibilita aos seus associados acesso ao programa de logística reversa FRANCIELI DE OLIVEIRA

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ão é mais possível imaginar um futuro em que o desenvolvimento trilhe caminho separado da sustentabilidade. E, para isso, há várias alternativas que são apresentadas. Para o mundo empresarial, a logística reversa vem ao encontro da necessidade de três ações necessárias na colaboração para um futuro melhor às novas gerações: reduzir, reutilizar e reciclar. Neste ano, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) firmou parceria com a empresa Weee.do®, pioneira em Santa Catarina quando o assunto é exportação de placas eletrônicas, assim como na implantação de Pontos de Entrega Voluntária (PEV) de resíduos eletroeletrônicos. Já são mais de 70 em todo o estado em parceria com diversas entidades. A intenção da Acic, através da Weee.do®, é proporcionar aos associados a logística reversa dos resíduos eletroeletrônicos assegurando a destinação ambientalmente adequada, gerando valor para clientes e sociedade por meio de um modelo de negócio sustentável, responsável e de qualidade. A empresa parceira irá atuar no planejamento, implantação e na operação de sistemas de coleta, processamento e destinação de todos os componentes presentes nos equipamentos eletroeletrônicos. “A Weee.do® é habilitada para oferecer uma solução completa para seus clientes e parceiros, permitindo que estejam alinhados com as exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos e valorizem seu posicionamento perante clientes, consumidores e sociedade”, aponta o diretor-executivo da Weee.do®, Mark Jacobowitz Rae. Para o presidente da Acic, Moacir Dagostin, o caminho da sustentabilidade é sem volta e cada vez mais empresários estão em busca de alternativas que venham ao encontro da preservação do meio ambiente. “Com essa parceria, a Acic faz essa ponte entre uma empresa que tem o gabarito necessário para fazer essa logística e os nossos associados que, por sua vez, se adaptam ao novo modelo sustentável proposto. Ao mesmo tempo que as empresas sigam a Lei Federal 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, onde o

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poder público, o setor empresarial e a coletividade são corresponsáveis por assegurar o cumprimento de todas as diretrizes e demais determinações”, destaca Dagostin. RESPONSABILIDADE SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICA O tripé da sustentabilidade inclui o social, o econômico e o ambiental. E a logística reversa vem exatamente nesse sentido. Todos os resíduos recolhidos nos Pontos de Entrega Voluntária e com possibilidades de reuso são recuperados e utilizados como instrumento de inserção social, promovendo o acesso à tecnologia da informação para melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda, fomentar o exercício pleno da cidadania e proporcionar maiores oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Isso é possível através do programa ReciclaTec, proporcionado pelo Comitê para a Democratização da Informática, localizado em Florianópolis. Já os resíduos que não dispõem de possibilidade para reuso são de responsabilidade da Weee.do®, que garante sua destinação ambientalmente adequada. Os resíduos eletrônicos somaram 50 milhões de toneladas no mundo em 2015. No Brasil foram cerca de 1,4 milhão de tonelada, representando 36% da geração da América Latina. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a maior parte destes resíduos – de 60% a 90% – são negociados ilegalmente ou simplesmente aterrados ou depositados em lixões a céu aberto. “O ‘lixo eletrônico’ é composto por até 60 diferentes tipos de componentes, entre eles metais com alto potencial de reutilização e reciclagem. Inseri-los novamente na cadeia produtiva poupa a extração de novos recursos naturais, agrega valor e contribui para a sustentabilidade”, enfatiza Mark. Já no que se refere ao economicamente viável, o diretor da Weee.do® coloca que “toda a parte operacional do sistema – da coleta até a destinação final – é planejada para operar sempre de forma viável, buscando, quando possível, gerar custo zero ao parceiro promotor e adepto à rede. Considerando estrategicamente as questões e operações logísticas da Acic, entende-se ser ainda mais viável


a operação de um sistema reverso, que permita a centralização dos resíduos eletroeletrônicos arrecadados em sua rede de lojas nos Centros de Distribuição (CD) da empresa, local de onde podem ocorrer as coletas de maiores volumes pela Weee. do®, no âmbito do encaminhamento adequado dos resíduos arrecadados”. Mark ainda destaca que uma recente pesquisa da

Nielsen referente a sustentabilidade empresarial mostrou o crescimento anual de consumidores dispostos a pagar mais por produtos e serviços provenientes de empresas comprometidas com um impacto social e ambiental positivos. Varejistas que se preocupam com a sustentabilidade cresceram 4% em 2015, ao passo que aqueles que não se preocupam cresceram menos de 1%.

Quais resíduos não são recebidos:

Quais resíduos são recebidos: - CPU e servidor; - Componentes (fonte, placa eletrônica, memória, processador, HD, drive de CD e DVD, cooler) - Periféricos (mouse, teclado, estabilizador, no-break, impressora, fax, scanner, copiadora, multifuncional, modem, roteador, decodificador, fonte); - Notebook e fonte; - Celular, central telefônica, walkie-talkie, aparelho telefônico, rádio comunicador; - Aparelhos de CD/DVD/Bluray, Som; - Monitor/Televisor CRT, LCD, LED, Plasma; - Equipamentos diversos com placas de circuito impresso; - Cabos e fios em geral; - Eletrodomésticos diversos (liquidificador, forno micro-ondas, aspirador de pó, forno elétrico, ventilador, ferro elétrico, ou seja, qualquer um que não seja de “Linha Branca”).

- Pilhas e baterias de celular (lotes ou avulsas); - Toners e cartuchos de impressora (lotes ou avulsos); - Eletrodomésticos contendo gases perigosos (geladeiras, aparelhos de ar condicionado, etc.); - Lâmpadas de qualquer natureza; - Eletrodomésticos de “Linha Branca”; - CD, DVD, fita VHF, disquete.

Como funciona Comunidade e consumidores entregam seus resíduos eletrônicos no PEV para reciclagem

Resíduos coletados gratuitamente e garantia de destinação adequada com apoio a projetos sociais. Todos saem ganhando!

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Setor atende aos dispositivos legais da Política Nacional de Resíduos Sólidos e fortalece sua relação com associados e parceiros

Permite engajamento com a sustentabilidade e valorização da imagem do setor perante clientes e comunidade

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M E I O

A M B I E N T E

Criciúma sedia Fórum de Pintura Acic foi palco de debates e palestras sobre as mais recentes inovações do setor em gestão e tecnologia

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38º Fórum Paint & Pintura de Tecnologia e Gestão em Tintas foi realizado no mês de setembro, no auditório Jayme Antônio Zanatta, na sede Associação Empresarial de Criciúma. Este é o quinto ano seguido que o fórum é realizado na cidade. Durante todo o dia 11 foram realizadas palestras e debates sobre as novidades do setor. O presidente do Sindicato das Indústrias Químicas do Sul Catarinense (Sinquisul), Edilson Zanatta, deu boas-vindas aos palestrantes e participantes do evento. “Esta discussão sobre o setor de tintas realizado na região mostra a força das empresas de Santa Catarina”, frisa Zanatta. A primeira palestra com o tema “Retorno sobre investimento e tintas no Brasil- atratividade dos segmentos e o futuro” levou ao público casos de sucesso atual de indústrias brasileiras e seu retomo real sobre investimentos em vários segmentos. Baseado no atual cenário da indústria de tintas do Brasil e as projeções para 2022, foram discutidas as previsões de retorno sobre investimento com várias alternativas de direcionamento. O palestrante Francisco Racz, sócio da Racz, Yamaga & Associates, tem mais de 40 anos de experiência no segmento de tintas e correlatos na América Latina. Já a Croda, multinacional com foco em especialidades química, apresentou, a palestra “Surfactantes reativos e poliméricos para produção de resinas base água em formulações de alta performance”, com Diego Moreira, cientista de aplicação; e Carla Neumann, representante de vendas. A Croda utiliza a sua vasta experiência em surfactantes para

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desenvolver emulsões de resina de alto desempenho, oferecendo também suporte técnico especializado de acordo com a necessidade do cliente. Com base nisso, a Croda apresentou o passo a passo e possíveis variáveis do processo de emulsificação com o uso de surfactantes poliméricos de alta performance em resinas alquídicas (longas e médias) e epóxis para a obtenção de desempenho de revestimentos base água, comparáveis aos base solvente. Em seguida, a Rhodia abordou “O uso de surfactante e polímeros especiais para polimerização em emulsão”, com Bruna Sampaio, pesquisadora do laboratório de Coatings, e Leandro Alves, gerente de novos negócios - Rhodia Solvay Group. DIGITALIZAÇÃO NA INDÚSTRIA DE TINTAS Outro tema abordado foi a digitalização na indústria de tintas: complexa, mas essencial esclareceu que a digitalização tem impactado diversos processos em muitas áreas de negócios e em tintas não estaria diferente. Foi discutida uma visão global da digitalização na indústria de tintas apontando possíveis decisões prioritárias na implementação em mercados como o Brasil. O evento contou ainda com a palestra de Aguinaldo Nabarro, head of sales do Grupo MAST, abordando o tema “Tintas, o que controlar hoje e no futuro?”. O palestrante pontuou que todos os dias, as empresas buscam crescer no seu valor econômico, através de melhores resultados financeiros, com uma maior participação de mercado.


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