Revista Liderança Empresarial - Ano 15 - Jun/2019

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LIDERANÇA EMPRESARIAL ANO 15 | JUNHO 2019

Fatos que marcam uma trajetória em prol do Sul Associação Empresarial de Criciúma completa 75 anos como uma das mais respeitadas e consagradas entidades do Sul do país

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Lutas e conquistas Entidade levanta bandeiras positivas à região P. 6 8

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Modelo

Legado

A representatividade do Centro Empresarial

A liderança e a dedicação dos ex-presidentes

P. 5 2

P. 26

E N T R E V I S TA

Moacir Dagostin Orgulho e responsabilidade na celebração dos 75 anos P. 44




Palavra do Presidente M O A C I R

E

Este é um ano muito importante para a Associação Empresarial de Criciúma. Ano que completamos 75 anos de história. Uma trajetória pautada no trabalho, compromisso coletivo e muitas conquistas. Uma história marcada e construída por muitas mãos, que iniciou com um grupo de visionários na manhã do dia 18 de junho de 1944, no tradicional cinema Cine Rovaris, no Centro de Criciúma. A base sólida da atual Associação Empresarial de Criciúma é fruto da ousadia e do empreendedorismo de todos que assinaram a sua ata de fundação, dos seus ex-presidentes e de todos os empresários que compuseram sua diretoria ao longo dessas décadas. Empresários que doaram seu tempo, seu conhecimento e sua experiência para construírem uma das maiores e mais respeitadas associações empresariais do Sul do país. Com total igualdade, queremos enaltecer os nossos associados, pois, sem eles, não chegaríamos até aqui. O trabalho e a dedicação de todos os diretores executivos e colaboradores merece o reconhecimento. Ao agradecer os protagonistas dessa história, meu sentimento é de orgulho e responsabilidade por estar à frente desta entidade que assume uma posição de destaque nas discussões que tratam do desenvolvimento regional e do fortalecimento da classe empresarial. O ato de ousadia e coragem à época, com a criação da entidade, se mantém até os dias atu-

D I R E T O R I A Moacir Dagostin P R E S I D E N T E Valcir José Zanette V I C E - R E S I D E N T E Edmilson Zanatta S E C R E T Á R I O Carlos Antônio Ferreira T E S O U R E I R O DIRETORES

Aldo Sérgio Ghislandi Caio César Rodrigues Binotti Edio José Del Castanhel Eduardo Zini Bertoli Iara Maria Silva Gaidzinski Luciane Bisognin Ceretta

4 Liderança Empresarial

D A G O S T I N ais quando celebramos mais de sete décadas. A Acic se mantém jovem, busca o protagonismo, a inovação, incluindo as novas tecnologias, sempre atenta às transformações do mercado. Possui a maturidade de uma entidade com 75 anos, porém atitude de se renovar, acompanhando as mudanças do tempo presente. O segmento empresarial acredita que somente por meio da educação um país se transforma. Por isso, tem investido em diversos projetos voltados à área da educação, da cultura, e enriquecido seu portfólio de capacitação e treinamento. Uma indústria forte, só é possível por meio de profissionais qualificados e fábricas preparadas e modernizadas. Ao celebrar esta data não poderíamos deixar de reconhecer àqueles que são a base de sustentação da entidade, os empresários. Homenagear, destacar e valorizar o papel dessas lideranças que contribuem de forma efetiva com o desenvolvimento da associação e da região faz-se necessário. Com este objetivo anuncio o lançamento do Prêmio Acic do Empresário, que terá sua 1º edição em 2019. Concluo, ressaltando o compromisso da Acic em permanecer atenta às demandas de Criciúma e região e olhando sempre para o futuro. Honrado pela oportunidade de estar à frente desta associação, quero ser porta voz da gratidão e reconhecimento aos ex-presidentes e a todos os associados, diretores, conselheiros e colaboradores. Muito obrigado!

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/

Manoel Pinto Moreira Mario Henrique Soratto Gaidzinski Nivaldo Bússolo Volpato Oscar Kaastrup Balsini Priscila Hertel Zanette Vieira Rafael Amante Rafael Pereira Antunes Reginaldo José Cechinel Rubison Olivo Xandrus Galli Zalmir Antonio Casagrande

2 0 1 9 DIRETORIA EXECUTIVA

Maria Julita Volpato Gomes executivo@acicri.com.br ASSESSORIA DE IMPRENSA

Deize Liliane Felisberto imprensa@acicri.com.br www.acicri.com.br instagram.com/acicri facebook.com/associacaoempresarialcriciuma


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Su má rio 4 Palavra do Presidente

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24 Opinião Archimedes Naspolini 40 Palestra e logo comemorativa dão início as celebrações dos 75 anos

44 Entrevista Presidente da Acic 46 Autoridades reforçam a importância da Acic

50 História de vida e de trabalho que se

Fatos que constroem e marcam a história

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Perfil

Liderança

Rubens Costa O relato fiel do 18 de junho de 1944

A dedicação dos expresidentes à frente da Acic

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Linha do Tempo

funde na Acic

58 Opinião Joice Quadros 60 Núcleos setoriais fortalecem profissionais e empresas

66 Opinião Timóteo Farias 78 Opinião Lúcia Búrigo 80 Satc transforma realidades há 60 anos 84 Comarca de Criciúma também celebra 75 anos

86 Soluções empresariais acompanham o crescimento da Acic

88 Opinião Marco Aurélio Rosa 90 Sicredi: instituição que nasceu na Acic

Endereços acompanham o crescimento da entidade

Lutas e conquistas, entidade levanta bandeiras pelo Sul

comemora 20 anos

94 Opinião Jonny Zulauf

EXPEDIENTE A Revista Liderança Empresarial é uma publicação da Associação Empresarial de Criciúma. Textos: Bruna Borges, Carol Paris e Deize Felisberto Edição: Deize Felisberto JP/SC 02715 Diagramação: Rodrigo Lodetti Fotos: Deize Felisberto, Carol Paris, Daniel Búrigo, Faustino Zappelini, Arquivo Mário Belolli, Arquivo Acic e Divulgação. Contatos: (48) 3461 0921 – imprensa@acicri.com.br Colaboradores: Moacir Dagostin, Archimedes Naspolini, Joice Quadros, Timóteo Farias, Lúcia Búrigo, Assessoria de Imprensa da Satc, Assessoria de Imprensa do Sicredi Sul SC, Assessoria de Imprensa da Comarca de Criciúma, Marco Aurélio Rosa e Jonny Zulauf. ACIC - Associação Empresarial de Criciúma Rua Ernesto Bianchini Góes, 91, Próspera, Criciúma - SC – CEP: 88815-030


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E D I T O R I A L

para a história da cidade e região.

Uma trajetória de associativismo, lutas e conquistas

Promover o desenvolvimento econômico, político, social e cultural de Criciúma e região, representando e prestando serviços aos associados e ao meio empresarial é a Missão da Acic, que se renova a cada ano. Bandeiras, lutas e ações são pautadas e trabalhadas diariamente desde a sua concepção.

A

Revista Liderança Empresarial traz uma edição especial sobre a trajetória da Associação Empresarial de Criciúma. Ao completar 75 anos no dia 18 de junho, a entidade se consolida como uma das mais respeitadas entidades do Sul do país, reconhecida pela sua solidez, credibilidade e espírito inovador. Nesta data tão importante, a associação homenageia empresários, entidades, parceiros, colaboradores e associados que juntos ajudaram a construir essa trajetória de associativismo em prol do desenvolvimento da região Sul. A liderança e o empreendedorismo dos ex-presidentes faz-se necessário exaltar. Foram empresários visionários que contribuíram para que hoje pudéssemos usufruir deste legado tão significativo

Na pauta de aniversário, a Revista Liderança Empresarial destaca ainda uma reportagem com o empresário Rubens Costa, que aos 94 anos faz o relato fiel daquele 18 de junho de 1944, quando a Acic era fundada no Cine Rovaris. Os endereços pelas quais a entidade passou até chegar ao tão sonhado Centro Empresarial também merecem destaque nesta edição, além da forte atuação dos empresários junto aos núcleos setoriais. O time renomado de articulistas, como a jornalista Joice Quadros, o historiador e jornalista Archimedes Naspolini, o presidente da Facisc, Jonny Zulauff, a especialista em Marketing, Lúcia Búrigo, o consultor Timóteo Farias, também reforça a relevância e atuação da entidade. Boa leitura!

Deize Felisberto, editora



D É C A D A S

Fatos que constroem e marcam a história Acic nasceu da necessidade de organização de uma entidade que representasse a classe empresarial e buscasse o crescimento econômico da cidade e da região. Durante 75 anos, missão é renovada e ampliada com foco na evolução coletiva

BRUNA BORGES

O

relógio marcava 10 horas quando um grupo de lideranças políticas e comerciantes de Criciúma se reuniu no Salão do Cine Rovaris, na Praça Nereu Ramos, Centro da cidade. Era 18 de junho de 1944 e, sob o comando do prefeito Elias Angeloni, nascia a Associação Comercial de Cresciúma. Naquela manhã foi lido e aprovado o estatuto da entidade, assim como aclamados os membros da primeira diretoria, que teve como presidente Antônio Roque Júnior. Aqueles que estavam presentes sabiam que o passo dado naquela manhã não seria em vão e, percebendo a relevância do fato, Heriberto Hülse, que mais tarde se tornaria governador do Estado, apresentou uma moção de solidariedade aos poderes constituídos, propondo que fossem passados telegramas dando notícia da instalação ao senhor Interventor Federal no Estado, ao senhor Secretário da Fazenda e à Associação Comercial de Florianópolis. A iniciativa da reunião realizada após a missa da manhã de domingo foi direcionada ao associativismo e ficou registrada em sete páginas, escritas à caneta, na Ata da Sessão de Fundação da Associação Comercial de Cresciúma. O primeiro documento da Acic teve 117 assinaturas, sendo a primeira do prefeito Elias Angeloni e, na sequên-

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D E

H I S T Ó R I A

Foto: Faustino Zappelini - Arquivo Mário Belolli

S E T E

O Salão do Cine Rovaris, na Praça Nereu Ramos, foi o local para a fundação da Acic cia, nomes como o de Heriberto Hülse (mais tarde governador), Cincinato Naspolini (prefeito de 1930 a 1933), Paulo Preis (prefeito de 1951 a 1955) e de Carlos Otaviano Serra (prefeito em 1947). Euclides de Cerqueira Cintra, primeiro juiz da Comarca de Criciúma, instalada no mesmo ano, também deveria estar presente, mas enviou um telegrama justificando sua ausência por motivos de saúde e dando parabéns a Antônio Roque Júnior e demais diretores pela iniciativa. Representando o Poder Judiciário, porém, estava presente o primeiro promotor público da cidade, Francisco José Rodrigues de Oliveira. A Comarca de Criciúma havia sido recém-criada, mas, segundo o historiador Mário Belolli, a experiência que o promotor trazia fez a diferença para o nascimento da associação. Foi ele que proferiu as primeiras palavras na manhã do dia 18 de junho de 1944, passando a presidência da assembleia de fundação ao prefeito Elias Angeloni. “Sendo uma autoridade de grande experiência em outras praças, e depois de ter assumido a promotoria pública de Criciúma, sabendo da necessidade da existência de uma entidade representativa da classe empresarial, a pedido de vários empresários, presidiu a primeira assembleia geral de fundação da Associação Comercial de Criciúma, onde compareceu um grande número de empreendedores, que lotaram as dependências do Cine Rovaris, localizado na Praça Nereu Ramos”, conta Belolli.


O COMEÇO E AS MUDANÇAS O início foi em uma sala emprestada por Célio Rolim, localizada no prédio onde por anos funcionou o Café Rio, na Praça Nereu Ramos. Nos poucos metros quadrados que formavam a primeira sede, decisões importantes foram tomadas. Até então essencialmente constituída por comerciantes, a Acic mudou sua denominação em 1952 para Associação Comercial e Industrial de Criciúma, abrindo as portas para outras atividades, em especial a ceramista que, ao lado da extração de carvão mineral, começava a se tornar a vocação da cidade.

“A Acic é a maior entidade da nossa região, a que mais representa a sociedade”. Carlos Alberto Barata, Ex-presidente da Acic (1991-1993)

Primeira página da ata de fundação

Primeira Diretoria da Acic Antônio Roque Júnior PRESIDENTE

Lindolfo Corrêa 1º VICE-PRESIDENTE

Abdon Francisco Alexandrino 2º VICE-PRESIDENTE

Edgar Carneiro

DIRETORES

Bernadino Campos Ernesto Lacombe Filho Vitório Serafim José Gomes Jorge Frydberg CONSELHO FISCAL

Efetivos

João De Bona Castelan

Adolfo Starosta Lino De Bona Castelan Esperandino Damiani

2º SECRETÁRIO

Suplentes

1º SECRETÁRIO

Firmino Guedes TESOUREIRO

Antônio Isaias Coelho Cesar Lodetti Joaquim Goulart

Ali, naquele espaço pequeno, líderes entusiasmados encamparam importantes lutas para Criciúma e região, como a construção da Usina Termelétrica Jorge Lacerda – que transformaria o carvão mineral em energia elétrica – e a construção do Aeroporto Leoberto Leal. Entre eles, como bem lembra Belolli, destaca-se a primeira diretoria da Acic, composta por Antônio Roque Júnior (presidente), Lindolfo Corrêa (1º vice-presidente), Abdon Francisco Alexandrino (2º vice-presidente), Edgar Carneiro (1º secretário), João De Bona Castelan (2º secretário), Firmino Guedes (tesoureiro), Bernadino Campos, Ernesto Lacombe Filho, Vitório Serafim, José Gomes e Jorge Frydberg (diretores). No Conselho Fiscal, participavam Adolfo Starosta, Lino De Bona Castelan e Esperandino Damiani (efetivos) e Antônio Isaias Coelho, Cesar Lodetti e Joaquim Goulart (suplentes). Nomes que marcaram uma época e que foram substituídos nesses 75 anos por outros nomes, que igualmente se tornaram importantes tanto para a classe empresarial, a qual representavam, quanto para a sociedade em geral, que tem na Acic uma de suas forças para lutar por seus objetivos. “A Acic é a maior entidade da nossa região, a que mais representa a sociedade”, afirma Carlos Alberto Barata, ex-presidente da entidade.

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Em 1992, o presidente à época Carlos Alberto Barata inaugurava as novas instalações na sede localizada no Edifício Manique Jornal da Manhã - 01/12/1992

POR 30 ANOS, DEBATES OCORRERAM NO EDIFÍCIO MANIQUE O segundo local que sediou a associação foi o Edifício Manique, primeiro uma sala e mais tarde todo o primeiro andar. Foram metros quadrados que por cerca de 30 anos receberam empreendedores, membros da sociedade civil organizada e líderes políticos, conforme conta o ex-presidente Jayme Zanatta, que lembra ter recebido ali deputados, senadores e governadores para tratar de temas de relevância para o crescimento da Região Sul. Também naquele endereço, os ex-presidentes Domerval Zanatta e José Antônio Bongiolo definiram quais seriam as estratégias para pressionar os governos para assuntos que se faziam urgentes à época, como a redu-

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ção da carga de impostos, que inviabilizava o crescimento de novos empreendimentos e a construção de uma barragem que garantisse o abastecimento de água para toda a população. Batalha que se tornou realidade em 2006 com a inauguração da Barragem do Rio São Bento, em Siderópolis. Daquele período, da presidência de Bongiolo, o historiador Mário Belolli lembra como pessoa participante do processo. “Quando era presidente o Bongiolo, ainda nas dependências antigas na Rua Miguel Giacca, no Edifício Manique, fui assessor da presidência da Acic, depois fui para a Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo. Lá eu conheci muito o trabalho da Acic e promovemos diversas palestras, inclusive com os candidatos a governador do Estado, na época das eleições”, relembra.


CRESCIMENTO E FORTALECIMENTO Se em 1944 pioneiros notaram que Criciúma precisava se igualar à capital e às cidades maiores que já possuíam suas associações comerciais, com o passar dos anos a presença da entidade só fez se destacar cada vez mais. E teve que se reinventar, como quando decidiu vender uma de suas principais fontes de renda, seu acervo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), para a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade, em 1991. Jayme Zanatta foi contra. “Eu sempre achei que a cidade deveria ter uma associação só, que todos ficassem unidos. Por isso, também fui contra a emancipação de Forquilhinha, porque eu acredito que é a união que faz o crescimento. Por isso, fui contra”, relata o ex-presidente.

Em 1995, a entidade adquiriu sua primeira sede na Rua XV de Novembro

E foi com esse diálogo, de opiniões por vezes contrárias, mas sempre focadas no melhor para o coletivo, que a Acic seguiu seu caminho, levantando bandeiras definidas como prioritárias junto à comunidade. Para acompanhar a evolução da cidade e da região, em 1995 a entidade adquiriu sua sede própria, sonho de presidentes e diretores de mandatos anteriores e que agora se concretizava, dando a oportunidade para que outros serviços pudessem fazer parte do dia a dia da associação, como a oferta de cursos de aperfeiçoamento nos mais variados setores da economia. O prédio localizado à Rua XV de Novembro foi adquirido por uma permuta com outro imóvel de propriedade da associação – esse na Avenida Getúlio Vargas – e com o pagamento de R$ 120 mil em 36 parcelas. O presidente no período, Guido Búrigo, lembra o quanto aquela compra fez a diferença para a entidade. “A Acic foi uma boa escola, os parceiros de diretoria, quero valorizar todos, que participaram daquela mudança. Foi uma turma que pegou junto, que fez a Acic ser um diferencial da época”, comenta Búrigo.

“A Acic foi uma boa escola, os parceiros de diretoria, quero valorizar todos, que participaram da mudança para a sede própria”. Guido Búrigo, Ex-presidente da Acic (1993-1997)


APROXIMAÇÃO COM OS SINDICATOS EMPRESARIAIS Também os sindicatos patronais começaram a estar mais presentes na rotina da associação. Dessa parceria, nasceu em 1999 a Cooperativa de Crédito Mútuo dos Confeccionistas do Vestuário da Região Sul Catarinense, a Acicred. Uma instituição daquele porte serviu como alavanca especialmente para a conquista de crédito para empreendedores que

DE ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL PARA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL Os anos 2000 chegaram e, com eles, também a Acic viveu transformações. A principal delas foi a mudança em sua denominação, que em 2001 passou de Comercial e Industrial para Associação Empresarial de Criciúma, como permanece atualmente. “Fomos a segunda associação a trocar o nome para empresarial, a primeira foi Florianópolis. A mudança foi necessária porque a denominação antiga não dava espaço para que pudéssemos incluir no quadro de associados os prestadores de serviços. A partir da troca de nome, pudemos abranger também profissionais como os advogados, por exemplo”, conta o presidente do período, Diomício Vidal.

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precisavam de incentivo para se fortalecerem economicamente. Em 2007, a cooperativa migrou suas operações para o Sistema Sicredi, onde permanece até hoje. Neste 2019, a Sicredi Sul escolheu a Acic para iniciar suas comemorações de 20 anos de história e, em evento no Auditório Jayme Zanatta (foto), mostrou seus resultados e projeções acima do observado em outras instituições bancárias do país.

“A mudança de nome foi necessária porque a denominação antiga não dava espaço para que pudéssemos incluir no quadro de associados os prestadores de serviços”. Diomício Vidal, Ex-presidente da Acic (2000-2003)


CONSOLIDAÇÃO DO TRABALHO De um começo formado por comerciantes, passando pela inclusão de industriais e chegando à abrangência de empreendedores como um todo, a Acic foi aos poucos, mas com determinação, conquistando o seu lugar perante a sociedade. São os homens e mulheres que passaram pela entidade os responsáveis pela trajetória que permite uma comemoração orgulhosa nesse 2019. Orgulhos como a inauguração, há 10 anos, do Centro Empresarial. De um terreno em uma área ainda pouco explorada, no Bairro Próspera, surgiu o sonho de uma construção que servisse de base para novos tempos para a associação. Da compra da área pelo presidente Jayme Zanatta até a abertura oficial pelo presidente Santos Longaretti se passaram 20 anos. Duas décadas de consolidação do papel da Acic. “Sempre considerei a Acic o terceiro poder da cidade. Tem a Prefeitura, a Câmara de Vereadores e em terceiro lugar está a Acic”, pontua o ex-presidente à época da construção do Centro Empresarial, Edilando de Moraes. Hoje, a associação se mantém ativa dentro dos seus mais de sete mil metros quadrados de área construída, mas amplia a sua participação e se faz presente nos bairros, nas cidades vizinhas, na capital do estado, na capital federal e mesmo fora do país, buscando o crescimento coletivo. Educação de qualidade e busca pela inovação deixaram de ser apenas expressões e tornaram-se verdadeiras metas que permeiam os caminhos e que dão o norte para que aos 75 anos de idade a Acic possa continuar perseguindo a sua Visão que é a de “ser a principal entidade interlocutora dos interesses empresariais de Criciúma e região, propulsora do desenvolvimento regional e do crescimento sustentável dos seus associados”.

Da compra da área do Centro Empresarial pelo presidente Jayme Zanatta até a abertura oficial pelo presidente Santos Longaretti se passaram 20 anos.

Primeira maquete do projeto do Centro Empresarial

“Sempre considerei a Acic o terceiro poder da cidade”. Edilando de Moraes, Ex-presidente da Acic (2004-2007)

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Jornal da Manhã - 04/07/1992

BRAÇO FORTE DA CAPITAL DO CARVÃO Criciúma, sede da Acic e capital do carvão mineral. As duas histórias – carvão e associação – se misturam e ajudam uma a outra a escrever capítulos da construção do maior município do Sul Catarinense. Principal atividade econômica da cidade por muitos anos, foi a extração do minério que colocou os criciumenses no mapa nacional, ainda no início do século passado e, quando a atividade passou por crises, lá estava a associação empresarial para defendê-la e buscar a sua manutenção de maneira firme, como conta o historiador Mário Belolli. “Com o advento do término da hecatombe mundial em 1945, e com a retomada do mercado nacional, as empresas estrangeiras produtoras de carvão, como a Alemanha, África e Estados Uni-

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dos, voltaram a fornecer o seu carvão a seus antigos clientes brasileiros, os quais, na sua maioria, deixaram de renovar os seus contratos de compra, alegando que o carvão brasileiro, principalmente o de Criciúma e região, estava inflacionado, devido à carência de transportes mais modernos”, relata. Uma ação conjunta entre mineradores, comerciantes, agricultores, políticos, trabalhadores e representantes do poder público e de setores de prestação de serviços foi necessária para pressionar o governo a continuar comprando o carvão nacional. “Nessa união de esforços, a Associação Comercial de Criciúma, teve papel fundamental”, declara o historiador. Entre discussões sobre como manter viva a atividade, a mais recorrente era o aproveitamento do carvão para a geração de energia elétrica.


“Associação Comercial e Industrial de Criciúma, engajava-se à luta para a construção, em Santa Catarina, de um equipamento do setor elétrico, a Sociedade Termelétrica de Capivari Sotelca”.

Foto: Arquivo Mário Belolli

Mário Belolli, Historiador

Assinatura do contrato entre o governador de Santa Catarina, Jorge Lacerda e o ministro da Justiça, Nereu de Oliveira Ramos, para a construção da Sociedade Termelétrica de Capivari em 1957

“Diante disso, a Associação Comercial e Industrial de Criciúma, engajava-se à luta para a construção, em Santa Catarina, de um equipamento do setor elétrico, de maior capacidade, quando então, em julho de 1957, assinava-se o contrato para a realização de assembleia geral para a formação da Sociedade Termelétrica de Capivari - Sotelca, iniciando com a produção de 50.000 kw, e com um projeto de ampliação sucessiva na sua capacidade produtiva. Essa referida usina foi inaugurada, em 1965, pelo presidente da República Carlos Humberto Castelo Branco”, conta. Com esse registro histórico, Mário Belolli retoma uma época em que a união resultou em um empreendimento que não só impediu o fechamento de diversas empresas carboníferas, como garantiu a geração de energia elétrica, mantida

A histórias do carvão e da Acic se misturam e ajudam uma a outra a escrever capítulos da construção de Criciúma

até hoje na cidade de Capivari de Baixo. Para o historiador, a entidade teve desde o início e continua tendo uma atuação fundamental na cidade e na região. “A Acic teve papel preponderante para as principais reivindicações, que vão além da classe, pois, sempre esteve preocupada pelo desenvolvimento regional. Por isso, tem realizado, no passado, como no decorrer de suas gestões, palestras nas suas dependências, contando com personalidades estaduais e nacionais, para debaterem com os seus associados os mais diversos assuntos com relação à economia e à implementação de mecanismos modernos, com o objetivo de levar o conhecimento aprofundado pelo avanço tecnológico em todas áreas do comércio, da indústria e dos serviços em geral”, declara Belolli.

Liderança Empresarial 17


18.jun

21.jan

1944

1952

30.jun

1957

Linha do Tempo Fundação da Associação Comercial de Cresciúma. Assembleia presidida pelo prefeito Elias Angeloni, no Cine Rovaris, declara Antônio Roque Júnior como primeiro presidente. Primeira sede localizava-se na Praça Nereu Ramos, no andar de cima do Café Rio.

29.nov

2013

Acic muda a sua denominação para Associação Comercial e Industrial de Criciúma. A alteração marcava importante evolução para a entidade, que naquele momento abria-se para outros setores econômicos, além do comércio e da extração de carvão.

26.mar

2009

2004

Resultado da união de esforços entre empresários e líderes políticos, é inaugurado o primeiro aeroporto de Criciúma, mais tarde batizado de Aeroporto Leoberto Leal. A estrutura se localizava onde hoje fica o Parque Centenário.

31.mai

2001

Inauguração da ampliação do Centro Empresarial. Acic agora conta com o Auditório Jayme Antônio Zanatta, com 940 metros quadrados e capacidade para 540 pessoas. Novo bloco, aumenta a área construída da entidade para mais de 7 mil metros quadrados.

Inaugurado o Centro Empresarial, nova sede da Acic, localizada na Rua Ernesto Bianchini Góes, no Bairro Próspera. Imóvel com 4,5 mil metros de área construída se tornou o maior centro empresarial entre Florianópolis e Porto Alegre.

10.set

2014

Lançamento da primeira edição do Prêmio Acic de Matemática, iniciativa em prol da educação e que visa diagnosticar a qualidade do ensino nas escolas de Criciúma, além de premiar os alunos destaque. Em 2019, a premiação contará com a participação de 17,5 mil alunos de 110 escolas da região.

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Acic lança o Acicard, um cartão de débito. O modelo, até então inédito em Santa Catarina, visava principalmente a movimentação de compras dentro da própria cidade e região, nos estabelecimentos cadastrados para receber os usuários do cartão.

Associados aprovam em Assembleia Geral Extraordinária alterar a denominação da entidade de Associação Comercial e Industrial de Criciúma para Associação Empresarial de Criciúma, como permanece até os dias atuais.

31.ago

2016

Acic inaugura o Espaço Corporativo, Colaborativo e Cultural Iara Gaidzinski, Triple C, concluindo o projeto do Centro Empresarial. Intenção é promover o desenvolvimento de pessoas e de conhecimento, com ações que integrem sociedade, poder público, instituições de ensino e empresários.


1971

1989/ 1990 Compra do terreno com 10 lotes na região do Bairro Próspera (Rua Ernesto Bianchini Góes) e realização de concurso para a escolha do melhor projeto para a construção de uma sede própria. Escritório de Arquitetura Zaniboni vence a competição e obras são iniciadas, mas precisam ser paralisadas por motivos financeiros.

Atividades da Acic são transferidas para sala do Edifício Manique, na Travessa Cônego Miguel Giacca, Centro de Criciúma. Mais tarde, entidade passa a ocupar todo o primeiro andar do imóvel.

15.out

1991

Associados aprovam em assembleia a venda do acervo do Sistema de Proteção ao Crédito (SPC) para a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Foram transferidas 222.479 fichas, contidas em nove caixas. O valor da transação foi de 9 milhões e 600 mil cruzeiros.

18.jun

1992

Acic completa 48 anos de fundação, mas decide não fazer festa ou qualquer evento de comemoração. O motivo é a situação econômica delicada em que se encontra a região por conta da crise em torno da extração de carvão mineral.

jun

13.jul

2000

1999

26.jan

1995

Realizada a primeira reunião de diretoria da Acic em uma sede própria. O imóvel localizado na Rua XV de Novembro foi adquirido por permuta de um terreno que a entidade possuía na Avenida Getúlio Vargas. Nesta sede, a Acic teve a oportunidade de ampliar seus serviços, e firmou parcerias com entidades como o Sebrae e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

Entidade comemora 56 anos e lança o Prêmio Acic de Jornalismo. Objetivo da iniciativa era o de valorizar o talento e a criatividade na divulgação jornalística de assuntos socioeconômicos que elevassem o nome da cidade.

Nascia a Cooperativa de Crédito Mútuo dos Confeccionistas do Vestuário da Região Sul Catarinense – Acicred. Iniciativa idealizada pela Acic e que se tornou realidade com a atuação do Sindicato do Vestuário do Sul Catarinense. Após quase 10 anos ligada à Acic, em 2007 a cooperativa migra suas operações para o Sistema Sicredi, um dos maiores do país.

13.dez

2018

Acic faz a entrega da primeira edição do Prêmio Acic de Valorização do Profissional da Educação, uma iniciativa do presidente da entidade, Moacir Dagostin. O prêmio visa reconhecer os profissionais da região que atuam na área da educação.

18.jun

2019

Acic completa 75 anos consagrada como uma das entidades mais representativas de Criciúma e região. Segue oferecendo serviços e vantagens à classe empresarial, como também se envolve em questões importantes da sociedade, carregando firmemente a bandeira do desenvolvimento por meio da educação, da cultura e do incentivo à inovação.

Liderança Empresarial 19


E N T R E V I S T A

O relato fiel do 18 de junho de 1944 Empresário Rubens Costa, que assinou a ata de fundação da Acic, conta os detalhes daquela reunião no Cine Rovaris durante uma manhã de domingo

BRUNA BORGES

A

fascinação que hoje leva milhares de jovens para as salas de cinema em todo o mundo é a mesma que sentia o adolescente Rubens Costa nos anos 40, quando seguia com seus amigos para as sessões no Cine Rovaris, na Praça Nereu Ramos, em Criciúma. Aquele era um dos seus locais preferidos de lazer, mas também foi naquela sala que, aos 18 anos, ele participou do início da história da Associação Empresarial de Criciúma, ainda sob a denominação de Associação “O Abílio Comercial de Cresciúma, a Acic.

gente naquele dia, muitos que tinham loja, como o meu pai. Quando chegou na hora de fazer a votação, cada um tinha que assinar a ata e o Rubens Costa foi lá, com 18 anos, representando o pai”, conta.

VIDA EMPRESARIAL Talvez o jovem Rubens não soubesse o quanto aquela assinatura significaria para a história da cidade. Também não imaginava que, anos mais tarde, tornaria-se genro de Elias Angeloni, prefeito que presidiu a assembleia de fundação da Acic. Mas, certamente começava ali, ainda que de forma despretensioPaulo era o sa, uma carreira de sucesso no cinema e nesse mundo dos negócios, exemplo para o mundo empresarial.

dono do No aniversário de 75 anos da entidade, Rubens Costa, agora dia ele colocou a sala com 94 anos de idade, conta os Três anos após a fundação da à disposição para a detalhes daquele 18 de junho de entidade, Rubens Costa prestou 1944, momento que testemumais um serviço de destaque reunião”. nhou ao deixar a sua assinatura para a cidade ao trabalhar na Rubens Costa, na ata de fundação. “O Abílio primeira agência da Caixa Ecosobre o dia da fundação da Acic Paulo era o dono do cinema e nômica Federal, ao lado de dois nesse dia ele colocou a sala à outros colegas. Ficou dois anos disposição para a reunião. Era domingo, estavam no setor de Cadastro e Abertura de Contas do bantodos na missa e, depois, foram todos para lá, os co. Por esse pioneirismo, é lembrado até hoje em homens arrumados, vestindo as gravatas, porque homenagens constantes que recebe da instituição era domingo, dia de missa”, relembra Costa. bancária. A ocasião reunia em sua maioria comerciantes e políticos – nomes que já tinham peso na sociedade e alguns que despontavam no cenário local e estadual – e o convidado especial para participar da assembleia era o pai de Rubens, senhor Mansueto Costa. Porém, ele não pôde estar presente e mandou o filho para lhe substituir. “Tinha muita

20 Liderança Empresarial

Já em 1949, quando a cerâmica começava a se tornar a atividade com maior expansão na cidade – parte importante na decisão da mudança de denominação da Acic –, decidiu Costa ir trabalhar no setor administrativo da Cerâmica Santa Catarina, a Cesaca, empresa que teve o seu pai, Mansueto,


como um dos idealizadores. Prestou, ainda, mais um papel importante a partir de 1957, quando passou a trabalhar como escrevente e mais tarde se tornou tabelião do Cartório de Registro de Imóveis, sucedendo a seu sogro, Elias Angeloni. E em 1967, ao lado de sócios, deu início à Forauto Veículos, revendedora Ford que se mantém ativa até os dias atuais e hoje é administrada por seu filho, Renato Costa, empresário que também já participou da diretoria da Acic. Na sede da empresa, em Criciúma, Rubens continua dando o seu expediente. “Eu venho todas as manhãs e também à tarde”, conta.

uma transformação lá dentro.Ficou quatro anos e nesse tempo o que ele fez foi muita coisa”, comenta. Por toda a sua contribuição, Rubens Costa já foi lembrado pela Acic em diversas ocasiões, como em 1994, quando recebeu uma homenagem no aniversário de 50 anos da entidade. Essa passagem está retratada no livro “Rubens Costa – caminhando com a história de Criciúma”, de autoria do historiador Mário Belolli. Mais recentemente, ao completar 70 anos, a associação empresarial voltou a prestar suas homenagens ao empresário. O nome do fundador está eternizado em uma das salas do Centro Empresarial. Essa honraria, Rubens

Rubens Costa foi homenageado na comemoração dos 70 anos da Acic

HOMENAGENS E RECONHECIMENTO Toda a história de Rubens Costa confunde-se com a da própria Acic e da cidade de Criciúma. Mas, humilde, ele prefere elogiar e destacar a trajetória de outros personagens que passaram pela entidade nesses 75 anos, como o empresário Jayme Zanatta, primo de Rubens e presidente da associação de 1987 a 1991.

Costa também recebeu com humildade. “Quando passou para essa sede nova, a Acic me deu uma sala com o meu nome. Eu fiquei meio assim, porque eu só assinei a ata, tinha 18 anos, mas me disseram que eu era, sim, fundador. Eu agradeço”, afirma.

“O Jayme, eu sempre gostei de estar com ele, porque sempre foi muito positivo. Eu ia com ele nas ideias que tinha porque também gostava de coisas assim, que fossem para frente. Como aquela vez que ele quis fazer a plataforma lá na praia, fez uma reunião e ninguém foi lá, todo mundo dizia que não ia conseguir, mas ele deu um jeito, fez bilhetes para vender, foi lá na nossa firma, cada um deu um pouco, e fez a plataforma, está aí até hoje”, relembra. Ele também demonstra que acompanha a evolução da entidade e menciona o trabalho realizado pelo ex-presidente da Acic, César Smielevski. “A Acic nesses últimos 10 anos ganhou uma força muito grande. O último presidente, o César, fez

Renato Costa, filho de Rubens, fez parte da diretoria da associação empresarial

Liderança Empresarial 21



INFORME PUBLICITÁRIO

O MAIOR EMPREENDIMENTO DE SAÚDE DO SUL DO BRASIL SERÁ EM CRICIÚMA

DIFERENCIAIS DO SANTA VITA

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m cinco anos, Criciúma poderá tornar-se referência em serviços que visam trazer benefícios para o bem-estar e a saúde da população do sul catarinense, com o nascimento do Santa Vita Saúde Center.

O Santa Vita Saúde Center será a maior obra arquitetônica que a cidade de Criciúma já registrou. Um projeto desafiador para todos os envolvidos, que compõem dezoito equipes entre idealizadores, investidores, engenheiros, arquitetos, equipes de segurança, de logística, de comunicação, entre outros.

Um projeto ousado, que contará com espaços planejados e modulares para diferentes segmentos de atuação da área da saúde, e pensado para atender todas as necessidades do profissional e do paciente em um só lugar. Localizado no coração de Criciúma, o Santa Vita Saúde Center terá 31 andares, com espaço para implantação de mais de 500 consultórios, acesso para pedestres e automóveis por duas ruas centrais da cidade e estacionamento rotativo e privativo com mais de 1450 vagas, 28 elevadores, além de exclusiva ligação via passarelas ao Hospital São José, que realiza, hoje, o maior número de atendimentos para as regiões da AMREC e AMESC. O empreendimento, devido à sua grandiosidade e estrutura, precisará dividir sua obra em duas etapas. A primeira fase, dos nove andares de garagens, térreo e mezanino, funcionará em até dois anos e meio, a fim de garantir a melhora do fluxo de veículos que transitam a região do Hospital São José, das clínicas particulares e dos laboratórios em seu entorno. A segunda parte, dos pavimentos tipo, deverá ser entregue em até cinco anos. Mais que um completo centro de saúde, o Santa Vita surge como um presente para toda a região sul de Santa Catarina e seus habitantes, oferecendo diferenciais antes só vistos em grandes cidades. *As características e ilustrações deste empreendimento imobiliário encontram-se em fase de aprovação junto à Prefeitura Municipal de Criciúma, sob protocolo n° 1238924. Estão sendo comercializadas as frações ideais do terreno a ser vinculadas às unidades do empreendimento na forma do par. único do art. 29 da Lei n. 4.691/64.

O Santa Vita possuirá mais de 40 diferenciais se comparado com empreendimentos do mesmo segmento na região. Entre os principais estão as duas passarelas climatizadas que farão a ligação com o Hospital São José, otimizando tempo e privacidade, principalmente para pacientes, que poderão se locomover do consultório médico ao hospital em tempo médio de dois minutos.

auditórios e salas de reunião. No topo de seus 115 metros de altura, um heliponto irá facilitar o acesso aéreo de pacientes a consultas, tratamentos ou atendimentos de emergência no Hospital São José. Completando seus principais diferenciais, toda a estrutura de salas aéreas e espaços para clínicas e consultórios do Santa Vita estará preparada em conformidade com a RDC 50 da ANVISA, quesito fundamental para garantir segurança e confiabilidade ao atendimento de pacientes e profissionais na área da saúde. PRESENTE PARA A CIDADE

O acesso controlado na recepção para consultórios e clínicas também será outro grande diferencial para a segurança do prédio e de seus usuários, com credenciamento de todas as pessoas que forem acessar os andares superiores do Santa Vita.

Para os idealizadores e investidores do projeto, é uma enorme satisfação começar as obras do Santa Vita Saúde Center na mesma época que uma associação como a ACIC completa seus 75 anos de vida. Uma entidade que, durante toda a sua história, esteve sempre ao lado do desenvolvimento econômico, político e social de Criciúma e região.

Para oferecer conveniência e comodidade aos pacientes, acompanhantes e público em geral, o Santa Vita contará com praça de alimentação e alameda de serviços no térreo e mezanino, e uma exclusiva praça elevada no décimo andar do edifício que, além de uma bela vista da cidade, contará com fonte de água, árvores, centro ecumênico,

É inspirado no perfil empreendedor e mobilizador da ACIC, que o Santa Vita Saúde Center espera gerar ainda mais desenvolvimento e novos negócios para a nossa cidade, tornando-se referência em saúde e bem-estar no sul de Santa Catarina, e ajudando a fazer de nossa região um local cada dia melhor para viver.


O P I N I Ã O

Acic: 75 anos de bons frutos A R C H I M E D E S

É

lugar comum lembrar que Criciúma foi fundada por um grupo de destemidos italianos, que vieram à “Mérica” em busca do eldorado americano, fato ocorrido em 1880.

Também é do domínio público que se tornou autossuficiente, politicamente, em 1925, quando nascia o município e faleciam os vínculos à cidademãe, Araranguá. Em 1880 havia 15 municípios em todo o estado, três dos quais em nossa macrorregião: Laguna, Tubarão e Araranguá. Em 1925, Santa Catarina contava com 35 Municípios: Cresciúma (a velha grafia do nosso topônimo) seria o 36º. O mundo girava devagar, como devagar andava o Brasil, assim como muito devagar caminhava Santa Catarina. Não é exagero afirmar que estávamos condenados à estagnação. Mas, foi descoberto o carvão mineral que, a partir de sua exploração, impulsionou o pulmão empreendedor de nossa gente: era extraído em nossa região, transportado para Tubarão, onde era lavado, e embarcado em Laguna – num primeiro momento – e pelo Porto de Imbituba, até hoje.

F I L H O

tête entre o comerciante e/ou o industrial e/ou o consumidor e o caixeiro-viajante. Eles abundavam na cidade. E foram eles, os caixeiros-viajantes que incentivaram os nossos comerciantes daquela década, a fundarem um organismo próprio que os representasse. Falavam de experiências análogas havidas em outras cidades por eles atendidas e os benefícios que poderiam resultar de tal iniciativa. O setor industrial era fraco, mas, em contrapartida, o comercial se fortalecia dia a dia. E os nossos comerciantes, especialmente à hora do cafezinho, no São Paulo ou no Rio – consagrados cafés da Praça – além de captarem as sugestões dos vendedores, despertaram para a criação de tal entidade. À mente, especialmente, a modernização dos seus métodos de compra e venda.

“A Acic é a vanguardeira na defesa dos interesses sócio empresariais de Criciúma, estendendo seus tentáculos aos municípios vizinhos”.

A década de 1940 fotografava uma Cresciúma pacata, suja, empoeirada, triste, uma igreja, algumas casas sobradadas em volta da Praça Nereu Ramos, um trem cortando a cidade ao meio e expelindo fumaça e fuligem, mas endinheirada como consequência da II Guerra Mundial: a crise de energia apontou a busca de solução energética nas minas de carvão do Sul do estado. E houve o “boom salvador da pátria” provocado pelo aumento considerável no fornecimento do mineral aos fornos dos navios e das siderúrgicas. O dinheiro era visto a olho nu. E não parou mais. Comprar para o consumo da população, comprar matéria prima para as poucas indústrias, enfim, as compras eram resultado de visitas semanais que os caixeiros-viajantes faziam à cidade oferecendo seus produtos. Não havia rádio, nem jornal, nem televisão, nem internet, nem WhatsApp, nem telefones, nem estradas. Tudo era feito no tête à

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N A S P O L I N I

E foi assim que foi discutido, planejado e executado o projeto da fundação da Associação Comercial de Cresciúma que nasceria, oficialmente, a 18 de junho de 1944. No Velho Continente o ruído estúpido dos canhões dos alemães e os dos aliados e, aqui em Cresciuma, o espocar de fogos anunciando a boa nova: fundada a Acic.

Paralelamente, o setor industrial também deixava a mono indústria da extração do carvão mineral e enveredava por outras iniciativas. E, a 21 de janeiro de 1952, aquela entidade passou a ser chamada de Associação Comercial e Industrial de Criciúma. Foi seu primeiro presidente o Senhor Antônio Roque Júnior, da Casa Roque, estabelecida na esquina da Rua Conselheiro João Zanette com a Rua Marechal Floriano. Depois vieram outros tantos e o atual Moacir Dagostin. Cada um, ao seu tempo, merecedor das melhores referências. Todavia, há que ser mencionado Guido Búrigo, que dedicou tempo integral à administração da entidade, o que daria uma nova dimensão à Acic, e Jayme Antônio Zanatta, que fez erguer a construção da moderna e


imponente sede da entidade.

empresário forte, cidade forte, região forte, Acic forte.

A Acic – como é conhecida – é a vanguardeira na defesa dos interesses sócio empresariais Olha-se para o distante 1880 e para 1925 e para a de Criciúma, estendendo seus tentáculos aos década de 1940 e toma-se um susto: dos caminhos municípios vizinhos. Nesse dos tropeiros, as modernas estradas aspecto, a Acic adota os e rodovias; daquela cidade pacata, “Alheia às turbulências postulados da cidade-sede de suja, de algumas casas assobradadas, uma microrregião, referência político-administrativas brotou uma metrópole com macrorregional, polo de arranha-céus, avenidas, parques, do Estado brasileiro, região metropolitana. É a mais catedral católica, modernos templos forte associação do gênero evangélicos, uma universidade atravessou todas as havida no eixo Florianópolisforte e duas outras em formação, tempestades, de cabeça imensurável diversificação industrial, Porto Alegre. de mais de 200 mil erguida, sempre voltada população Nos dias atuais, planejamento habitantes; os trens deixaram o macrorregional de ao seu Norte: empresário centro e deram fim à fumaça e desenvolvimento integrado, fuligem dando espaço à maior forte, cidade forte, região àavenida tornou-se pauta diária nos urbana que se conhece no gabinetes e salas da Acic: concerto municipalista catarinense. forte, Acic forte”. quando não está à frente, chamando e coordenando, A fotografia é outra, mostrando é partícipe de presença maiúscula, dada a sua sempre o DNA ou a digital da Associação Empresarial capacidade de desenvolver o tema e da sua de Criciúma e Região, a nossa respeitável e quase representatividade. octogenária Acic. Alheia às turbulências político-administrativas do Estado brasileiro, atravessou todas as tempestades, de cabeça erguida, sempre voltada ao seu Norte:

Archimedes Naspolini Filho Jornalista e historiador


L E G A D O

D O S

E X - P R E S I D E N T E S

A dedicação de empresários à frente da Acic Durante esses 75 anos, entidade contou com a liderança e a experiência de 16 empreendedores que deixaram suas marcas no associativismo

BRUNA BORGES

M

uitos foram os nomes que contribuíram e contribuem até hoje com a construção da trajetória da Acic. Se no dia de fundação lá estavam mais de 100 pessoas para testemunhar o acontecimento, atualmente já são milhares os que tocaram e foram tocados pela entidade em algum momento de suas vidas. Entre funcionários, diretores e

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parceiros, é a figura do presidente que carrega a responsabilidade de ser a voz e o rosto da associação. Nessa data especial, aos 75 anos da entidade, a Acic relembra parte da trajetória e colaboração dos 16 ex-presidentes para o crescimento da região. São empresários que, paralelo à função de desenvolver seus próprios negócios, doaram seu tempo, sua experiência, sua coragem e seu amor para fortalecer o associativismo.


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PRIMEIRO PRESIDENTE FOI UM GRANDE COMERCIANTE E LÍDER COMUNITÁRIO Quando o prefeito Elias Angeloni presidiu a primeira assembleia geral que fundou a Associação Comercial de Cresciúma, o nome para comandar a entidade já estava definido. Antônio Roque Júnior era comerciante na cidade, proprietário da Casa Roque, e também muito conhecido por sua boa relação com a comunidade.

Antônio Roque Júnior

Homem de visão, percebeu, ao lado de outros amigos com a mesma coragem, que Criciúma estava crescendo com a ascensão da atividade de extração de carvão mineral e que o crescimento populacional impulsionava o comércio. Decidiu que era hora de a cidade ter um elo entre aqueles que desejavam o seu desenvolvimento e se colocou à disposição para liderar esse movimento.

Antônio Roque Júnior e seus pares foram aclamados por unanimidade para a primeira diretoria da Acic. Ele permaneceu no cargo de presidente por sete anos, quando a entidade ainda estava estabelecida em uma pequena sala emprestada no andar de cima do Café Rio, na Praça Nereu Ramos. Participativo das questões sociais, Roque Júnior ainda contribuiu com a fundação do Asilo São Vicente de Paulo, instituição que permanece até os dias atuais, prestando o serviço de acolhimento de idosos. Antônio Roque Júnior não está mais entre nós.

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RIO CRICIÚMA E A VINDA DOS CORREIOS FORAM BANDEIRAS DE JOSÉ PIMENTEL Para o advogado José Pimentel, nascido no Espírito Santo, mas criciumense de coração, caiu a missão de suceder o pioneiro da Acic. O segundo presidente da associação levou para dentro da entidade o seu entusiasmo e a sua luta para ver desenvolvida a sociedade criciumense. Fundador do Jornal Tribuna Criciumense, Pimentel fez de seu veículo de comunicação um porta-voz dos pleitos da Acic e dos demais que atingiam a comunidade.

José Pimentel

Brigou para que o Governo Federal auxiliasse na limpeza do Rio Criciúma que atravessava a cidade e que estava em situação complicada, prejudicando as atividades comerciais e o dia a dia dos moradores. Batalhou, ainda, pela instalação de uma agência dos Correios em Criciúma. Alcançou essas e outras conquistas.

Foi também sob a liderança de Pimentel que, em 1952, a Acic passou a ser denominada como Associação Comercial e Industrial de Criciúma. Os tempos estavam mudando, novas atividades despontavam na região – em especial a cerâmica – e o presidente, com o apoio de sua diretoria, decidiu que era hora de dar esse passo no sentido da inclusão e do fortalecimento da entidade. Por sua contribuição, José Pimentel empresta seu nome à casa que abriga a Academia Criciumense de Letras. José Pimentel não está mais entre nós.

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WILSON BARATA CONTRIBUIU COM A FUNDAÇÃO DE IMPORTANTES ENTIDADES

Wilson Barata

O cálculo da quantidade de anos em que o terceiro presidente da Acic permaneceu no cargo já reflete a sua dedicação ao trabalho. Wilson Barata possui a marca de maior mandato na presidência da associação, acumulando 16 anos de dedicação. Nesse período, viveu intensamente o dia a dia da entidade e participou ativamente para a mudança de sede, passando da Praça Nereu Ramos para uma sala na Rua Cônego Miguel Giacca, onde mais tarde a Acic ocupou todo o primeiro andar.

Ainda que dedicado ao crescimento da associação, Barata também construiu uma história de sucesso em suas atividades empresariais, como a abertura do Posto de Combustíveis Wilson Barata. Contador por formação, possuía, ainda, um escritório de contabilidade, além da Gráfica Wilson Barata. Outra grande contribuição, como empresário e presidente da Acic, foi a sua liderança na fundação da Companhia Criciumense de Telefonia. Em 1965, anunciou a ampliação da rede telefônica para as regiões de Nova Veneza, Siderópolis, Forquilhinha e Içara. Paraense de nascença, adotou Criciúma como sua cidade e contribuiu de forma voluntária não só com a Acic, mas também na fundação da Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (Satc), fundação da Escola Técnica de Contabilidade de Criciúma – onde também foi professor –, fundação do Rotary Club de Criciúma e fundação do Bairro da Juventude. Wilson Barata faleceu em 2006.

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ANTÔNIO CALDEIRA GÓES LIDEROU DIVERSAS MISSÕES EMPRESARIAIS

Antônio Caldeira Góes

Laguna foi a cidade que viu nascer o quarto empresário que esteve à frente da Acic. Nascido em 1920, Antônio Caldeira Góes passou a residir em Criciúma em 1942 e estabeleceu sua vida profissional na terra do carvão, trabalhando inicialmente na Companhia Siderúrgica Nacional. Dedicou oito anos de sua vida para a presidência da associação empresarial e, mesmo em épocas de difícil transporte, liderou viagens de grupos de empreendedores ao norte catarinense, à época mais avançado em modelos de gestão.

Iniciou suas atividades comerciais com um armazém de secos e molhados e com a representação de farinha de trigo dos Moinhos Germânia. Posteriormente, fundou a Loja Santo Antônio, que teve como endereços as ruas João Pessoa, Coronel Pedro Benedet, a Avenida Centenário e, por último, a Rua Seis de Janeiro, onde funciona até hoje no segmento de móveis, decorações e artigos para presentes. Além da sua contribuição de quase uma década na presidência da Acic, Antônio Caldeira Góes foi, também, fundador da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma, ocupando a vaga de primeiro presidente da entidade. Foi, ainda, vice-presidente da Fiesc, sócio-fundador do Sindicato do Comércio Varejista de Criciúma e presidiu o Rotary Club da cidade, ao lado de sua esposa, Ieda, que conquistou junto a empresários a concretização da Casa da Amizade, entidade dentro do Rotary que presta serviços assistenciais à comunidade. Em 2004, Antônio Caldeira Góes recebeu da Câmara de Vereadores o título de Cidadão Honorário de Criciúma. Antônio Caldeira Góes faleceu em 2006.

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1 9 7 9 ATUAÇÃO MARCANTE NAS DEMANDAS DA ACIC Octacílio João de Bem nasceu em Tubarão e passou por cidades como Araranguá, Joinville e São Paulo até que, em 1944, mesmo ano de fundação da Acic, estabeleceu sua residência em Criciúma, onde começou a trabalhar como alfaiate e mais tarde abriu o seu negócio, a De Bem Alfaiate. Foi presidente da associação empresarial por um espaço mais breve de tempo, mas em muitas outras ocasiões ocupou a posição de vice-presidente, dando apoio aos demais companheiros e considerado uma peça importante nos bastidores da entidade. Ao lado de sócios, teve o pioneirismo da confecção infantil na região quando abriu a Malharia Sabrina. Anos depois também foi proprietário da Comércio de Tecidos De Bem e da Casa das Tintas, que permaneceu sob a sua liderança até 1993. A participação de Octacílio na Acic perpetuou para seu filho, Joaquim Arantes de Bem, biólogo e advogado, e vice-presidente do Conselho Administrativo da associação, além de idealizador e ex-presidente da Câmara Ambiental da Acic.

Octacílio João de Bem

Membro ativo das atividades sociais da cidade, Octacílio foi fundador e presidente da Guarda Noturna Municipal, integrou o grupo fundador da Sociedade Criciumense de Assistência aos Necessitados, atual Bairro da Juventude, foi fundador e instalador da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que teve como primeira presidente sua esposa, Zulmira Arantes de Bem, fundou e presidiu a Câmara de Diretores Lojistas e, foi agente credenciado pela Carteira de Comércio Exterior, representando a região junto à Fiesc. Octacílio João de Bem faleceu em 1996.

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DISCURSO PAUTADO NA EDUCAÇÃO COMO CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO Natural de Morro da Fumaça, Domerval Zanatta buscou a formação em contabilidade para ser a base da sua carreira profissional. A partir deste estudo, trilhou um caminho de empreendedorismo e de associativismo, presidindo a Acic de 1979 a 1981. Destacou-se durante o período com a realização de cursos para o aprimoramento das atividades empresariais, trazendo especialistas de diversos lugares do país para repassar seus conhecimentos aos criciumenses.

Domerval Zanatta

Sua presidência ainda foi marcada pela luta contra a alta carga de impostos da época, o que prejudicava tanto os empresários quanto os trabalhadores, que eram impedidos de avançar em investimentos. Acreditava, ainda, que a educação era o caminho para o desenvolvimento e reivindicou junto a grandes bancos nacionais recursos para auxiliar projetos em escolas da cidade, em especial nas áreas mais desfavorecidas economicamente, onde a oferta de vagas e de materiais escolares era mais escassa. Domerval Zanatta teve intensa vida empresarial. Foi proprietário, em sociedade com os irmãos Dorival e Fernando, da loja Casa Americana, que vendia materiais de construção, ferragens e outros utensílios do gênero. Fundou, ainda, a Icopp, a Barriga Verde Transportes, a DZ Empreendimentos e a Copaza, atuante na área dos plásticos descartáveis e que hoje está sob o comando de seu filho, Claudio. Na sociedade, presidiu o Criciúma Esporte Clube, foi colaborador do Bairro da Juventude e se candidatou a vice-prefeito de Criciúma. Domerval Zanatta faleceu em 2015.

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BONGIOLO ESTREITOU O RELACIONAMENTO ENTRE EMPRESÁRIOS E OS REPRESENTANTES POLÍTICOS Em meio a sua vida empresarial, em especial na direção da Crivel, concessionária Volkswagen, José Antônio Bongiolo não se furtou de dedicar parte do seu tempo ao associativismo. Foi presidente da associação empresarial por seis anos consecutivos, mas antes disso já participava ativamente das atividades da entidade, atuando como secretário durante a gestão de Domerval Zanatta, que o precedeu na presidência. Enquanto líder da Acic, incentivou a visita de representantes políticos e o estreitamento de relações entre os empresários e os eleitos. Declarou que as portas da associação empresarial José Antônio Bongiolo estavam abertas a todos que quisessem debater as pautas de interesse da região Sul. Entre os temas que defendeu estava a preocupação com o desabastecimento de água e a necessidade de construção de uma barragem. Continuou, ainda, o ataque à alta da taxa de juros que se abatia no país, enviando telegramas ao presidente do Brasil, José Sarney, protestando contra as medidas que inviabilizavam o trabalho, especialmente das micro e pequenas empresas. Batalhou, ainda, pela implantação de uma escola técnica industrial em Criciúma, conquistando à época o apoio do ministro da Educação, Jorge Borhausen. Durante o seu mandato, ainda acumulou de 1985 a 1986 o cargo de presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), sendo o primeiro representante do Sul na entidade. José Antônio Bongiolo faleceu em 2009.

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LIDERANÇA VISIONÁRIA Falar de associativismo no Sul de Santa Catarina é se deparar diversas vezes com a história do presidente da Acic de 1987 a 1991. Rotulado como visionário por colegas empresários de todo o estado, Jayme Antônio Zanatta tem seu nome ligado à criação de empresas como a Indústria de Plásticos Canguru, Indústria de Plásticos Zanatta (Inza), Imbralit, Indústria de Tubos e Conexões Zanatta (Tubozan) e Tintas Farben. Enquanto presidente da Acic, foi o idealizador da construção de uma sede grande e que representasse o empresário Jayme Antônio Zanatta do Sul. Adquiriu ainda nos anos 1980 um terreno na região do Bairro Próspera e começou a construção da sede, sendo chamado de louco à época, já que se tratava de um projeto ousado. Nesse mesmo local adquirido pelo presidente Jayme, hoje a Acic mantém um dos centros empresariais mais espaçosos e modernos de todo o estado. Em 2013, é inaugurado o Auditório Jayme Antônio Zanatta, com capacidade para 540 pessoas, em homenagem à coragem do ex-presidente. Na Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), foi presidente de 1993 a 1995 e criou braços regionais da entidade durante a sua gestão. A marca do empresário também está presente na história do Criciúma Esporte Clube, onde foi diretor financeiro; no Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul de Santa Catarina, o Sindiplast, do qual foi presidente; no Rotary Club, no qual lutou pela construção de uma escola no Bairro Paraíso. Conquistou, ainda, o sonho da construção da plataforma de pesca no Balneário Rincão, mais uma obra que viabilizou por meio da união dos empresários. Aos 84 anos de idade, Jayme Antônio Zanatta ainda participa das decisões em sua empresa, a Tintas Farben, hoje administrada pelos filhos.

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CARLOS ALBERTO SEGUE OS PASSOS DO PAI

Carlos Alberto Barata

O sobrenome não é coincidência. Carlos Alberto Barata, presidente da Acic de 1991 a 1993, carrega desde criança o DNA do associativismo, pois cresceu vendo o seu pai, Wilson Barata, dedicar-se às causas coletivas, tornando-se o empresário que mais tempo permaneceu na presidência da entidade (16 anos). Seguindo os passos, foi também o primeiro presidente Regional Sul da Federação Catarinense das Indústrias (Fiesc) e participou, ainda, da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc).

Durante o seu mandato na Acic, protagonizou um importante episódio, que foi a venda do acervo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) para a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Com essas e outras ações, atraiu mais industriais para a entidade que até então permanecia com mais associados voltados ao ramo do comércio. Ainda na gestão de Carlos Alberto Barata, a Acic ampliou a sua sede, deixando de ocupar apenas uma sala no Edifício Manique e passando a utilizar todo o primeiro andar do imóvel. Outro ponto marcante de seu período na presidência foi a luta para a elaboração de um levantamento socioeconômico das potencialidades da Região Sul. Engenheiro Civil por formação, presidiu também o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Catarinense (Sinduscon), além de se dedicar empresarialmente na área e em outras atividades, como a construção de caminhões. Já foi conselheiro do Criciúma Esporte Clube, secretário municipal de governo e vice-prefeito de Criciúma. Ao lembrar de seu tempo na Acic, Barata destaca nomes como o de Jayme Zanatta e Santos Longaretti e faz questão de afirmar que “a Acic é a maior entidade da nossa região”.

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NA GESTÃO DE GUIDO BÚRIGO, ACIC ADQUIRE SUA PRIMEIRA SEDE PRÓPRIA Empresário do ramo metalmecânico, Guido José Búrigo emprestou sua experiência profissional para a Acic por dois mandatos, além de presidir também o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Extremo Sul Catarinense (Sindimetal), fundado por seu pai, Mário Búrigo. Como destaque de seu período à frente da associação empresarial está a compra da primeira sede própria da Acic. Em 1994, o espaço que a entidade utilizava no Edifício Manique já não mais acomodava todas as atividades planejadas. Junto Guido José Búrigo aos seus colegas de diretoria, Búrigo colocou em votação na assembleia de associados a sugestão de compra de um imóvel localizado na Rua XV de Novembro. Para efetuar a aquisição, a Acic daria em troca um terreno que possuía na Avenida Getúlio Vargas e pagaria R$ 120 mil em 36 parcelas. A proposta foi aceita e em janeiro de 1995 a entidade mudava-se para o seu primeiro endereço próprio. A conquista de novos associados foi mais uma vitória que marcou a passagem de Guido Búrigo pela presidência da associação empresarial. A união dos empresários naquele período levou Criciúma a dar mais um importante passo em sua história. Foi com a persistência de Búrigo que saiu do papel a construção da sede do Batalhão de Polícia Militar da cidade. Os recursos para a obra foram garantidos com o pagamento de ICMS pelos empresários da região ao Governo do Estado. À época, ficou acordado que o dinheiro desses impostos seria todo destinado à construção da sede dos policiais militares que até hoje servem à população no mesmo endereço, no Bairro Jardim Maristela.

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UMA ENTIDADE MAIS PROFISSIONALIZADA

Álvaro de Freitas Arns

Quando tornou-se presidente da Acic, Álvaro de Freitas Arns tinha sob a sua liderança uma entidade com mais de 50 anos de existência e que durante as décadas passadas viveu diferentes fases. Respeitando a história da associação, Arns percebeu que era o momento de profissionalizar ainda mais o trabalho que vinha sendo desenvolvido pelos antigos presidentes, colaboradores e demais membros da diretoria. Naquele período, de 1998 a 1999, foi elaborado um planejamento estratégico e uma das conclusões foi a de que o nome da Acic deveria ser alterado para a associação empresarial, porque incluía os serviços. A alteração foi aprovada mais tarde, em 2001, durante assembleia geral.

Mais uma necessidade elencada nesse planejamento, elaborado naquele período, foi a criação de um cartão de crédito regional, o que também se concretizou anos depois, com o Acicard. Sob a presidência de Arns, a Acic ainda liderou o Fórum Regional de Desenvolvimento. A principal reivindicação deste fórum – e que foi alcançada – foi a construção da Barragem do Rio São Bento. A construção de um aeroporto regional foi mais um dos assuntos do fórum. O ex-presidente da Acic sugeriu um local para instalar a estrutura e que ela se tornasse regional, o que depois se tornou o Aeroporto Regional de Jaguaruna. Álvaro de Freitas Arns atuou na administração de empresas de setores como o químico e o imobiliário, também esteve envolvido com o mundo do futebol e, por seu trabalho social, recebeu o título de Cidadão Benemérito de Criciúma em 2009.

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DIOMICÍO VIDAL CRIA O PRÊMIO ACIC DE JORNALISMO Diomício Vidal não havia completado nem 20 anos quando decidiu empreender pela primeira vez. Após completar seu curso técnico em confecção industrial, abriu, ao lado do irmão, Orestes Vidal, a Modal Indústria do Vestuário, empresa que mantém suas portas abertas até os dias atuais, com quase 60 anos de existência. Toda essa experiência, Vidal também levou para a Acic, especialmente em seus anos como presidente, de 2000 a 20003.

Diomício Vidal

Foi nesse período que a entidade passou efetivamente a se chamar Associação Empresarial de Criciúma, passo que abriu mais portas para a ampliação do associativismo. Outra ação realizada sob a presidência de Vidal foi a aproximação com os bairros, concretizada em reuniões realizadas nas comunidades. A intenção com essa prática era a de apresentar a Acic para os empresários, mesmo os mais distantes, e demonstrar que todos poderiam se beneficiar com o seu potencial de liderança. Ainda naquele mandato, a Acic aproximou-se de forma mais efetiva da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), parceria que atualmente ainda se mantém forte. E foi também sob a presidência de Vidal que a entidade lançou em 2000 o Prêmio Acic de Jornalismo, o objetivo era mais uma vez o de aproximação, dessa vez com a imprensa, incentivando reportagens positivas sobre o meio empresarial. Diomício Vidal foi, ainda, fundador e presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Criciúma, é Cidadão Benemérito da cidade e ocupa atualmente o cargo de vice-presidente Regional Sul da Fiesc. Seu nome está eternizado em um dos auditórios do Centro Empresarial.

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CENTRO EMPRESARIAL VIRA REALIDADE

Edilando de Moraes

Quando assumiu a presidência, em 2004, Edilando de Moraes decidiu que era hora de retomar um sonho antigo da Acic, iniciado ainda na década de 80, por Jayme Zanatta: a construção do Centro Empresarial. O terreno já estava comprado desde aquela época, algumas estacas até já haviam sido fincadas, mas era preciso remodelar o projeto e, o mais difícil, conseguir os recursos para a obra. Encontrou relutância, pois se tratava de um projeto ousado, mas seguiu firme em seu propósito e, com o apoio dos demais diretores, concretizou o planejamento.

Para que a obra pudesse sair do papel, vários ajustes foram feitos, orçamentos recalculados e, diversas empresas ligadas à construção civil da região foram abordadas e prestaram seus serviços gratuitamente, assim como doaram seus produtos para a construção. Faltavam poucos meses para a inauguração do Centro Empresarial quando o mandato de Edilando de Moraes encerrou. Ele comenta que, mesmo com o desejo de estar presidente na inauguração, ficou feliz por saber que o líder seria Santos Longaretti. Além do Centro Empresarial, Moraes também esteve à frente do lançamento do Cartão Acicard.Também foi um incentivador do fortalecimento do Hospital São José e da concretização do Aeroporto Regional de Jaguaruna. Atualmente, lidera a construção do Santa Vita Saúde Center, um empreendimento projetado para ser o maior em sua categoria em todo o Sul do país.

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SANTOS LONGARETTI DEIXOU SUA MARCA POR VÁRIAS DÉCADAS Os dois anos em que assumiu a presidência da Acic demonstram apenas um pouco do período de tempo que Santos Longaretti dedicou à associação empresarial. A história de envolvimento do 14º presidente com a Acic começou muito antes, ainda na década de 60. Longaretti, além de associado, passou pelos cargos de vice-presidente, tesoureiro, membro do Conselho Deliberativo e deixou sua marca por décadas, trabalhando para o crescimento da entidade.

Santos Longaretti

Cuidou das contas da associação empresarial durante a sua maior empreitada até o momento, a construção do Centro Empresarial, e foi durante a sua gestão que ocorreu a inauguração da primeira etapa da obra, em 2009. Na vida empresarial, esteve sempre ligado ao setor da confecção, iniciando como empregado da Tecidos Manique. Anos mais tarde, adquiriu a Fábrica de Confecções Calcutá e abrindo logo em seguida a Calcutá Tecidos, loja que permanece no comércio de Criciúma até os dias atuais. Ainda na década de 70, liderou a fundação do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Criciúma, ocupando os cargos de tesoureiro e presidente. Lutou, também, pela implantação do Serviço Nacional da Indústria (Senai) em Criciúma, apostando no desenvolvimento através da educação, e atuou junto à Fiesc. É um dos incentivadores do crescimento do Bairro da Juventude e, por seu trabalho junto ao meio empresarial e social, é detentor da Medalha Mérito Industrial da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), uma das maiores honrarias do setor econômico estadual.

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CONSTRUÇÃO DA VIA RÁPIDA E DO BLOCO DO CENTRO EMPRESARIAL MARCAM PRESIDÊNCIA DE OLVACIR FONTANA

Olvacir Bez Fontana

Parte da história mais recente da entidade, Olvacir Bez Fontana presidiu a Acic de 2010 a 2013, mas antes disso também já emprestava sua experiência de empresário à entidade, ocupando outros cargos em diretorias anteriores. Foi com a sua influência e insistência enquanto líder da associação empresarial que uma importante obra para Criciúma e toda a Região Sul saiu do papel: a construção da Via Rápida. À época, a Acic promoveu panfletagens e outros movimentos para pressionar o Governo do Estado. A rodovia que liga Içara e Criciúma à BR-101 em menos de 10 minutos ficou pronta em 2017.

Outro importante feito de sua trajetória na presidência foi a construção de mais um bloco do Centro Empresarial. Foi sob o comando de Fontana que a Acic inaugurou o Auditório Jayme Antônio Zanatta, homenageando o ex-presidente que adquiriu o terreno para a construção da sede. O auditório possui sistema de som moderno, tem capacidade para 540 pessoas e ainda pode ser modulado em dois ambientes. Proprietário da Construtora Fontana, que ocupa posição de destaque no cenário nacional, Olvacir Bez Fontana é o atual presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil Catarinense (Sinduscon Sul). O empresário também faz parte da atual diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), no cargo de diretor. Fontana também já compôs a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc).

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INOVAÇÃO E OUSADIA O último ex-presidente da Acic, assim como os demais que o antecederam, deixou a sua marca na entidade. César Smielevski presidiu a associação empresarial por dois mandatos e foi durante a sua gestão que o projeto do Centro Empresarial foi concluído. Em 2016, a Acic inaugurou o Espaço Corporativo, Colaborativo e Cultural Iara Gaidzinski, Triple C, totalizando mais de sete mil metros quadrados de área construída. Mas, a contribuição que Smielevski considera mais marcante não tem caráter físico, e sim intelectual. O investiCésar Smielevski mento que a Acic fez em educação é a característica mais evidente da última gestão. Foi em 2014 que a entidade lançou o Prêmio Acic de Matemática, iniciativa que busca avaliar a qualidade do ensino de raciocínio lógico nas escolas da região. A intenção, além de premiar os bons exemplos, é identificar como está a evolução da formação de mão de obra na região e apostar no futuro das novas gerações. Quando o setor da tecnologia ainda não era o que mais despontava no mundo, César Smielevski, ao lado do sócio Cláudio Balsini, fundou a Betha Sistemas, que hoje tem 33 anos de história. A mesma visão o empresário trouxe para a Acic ao liderar outros projetos como o Prêmio Acic de Matemática, a ExpoMais e o Observatório Social de Criciúma. Outro ponto alto de sua gestão foi a conquista de equipamentos para as forças de segurança pública, como câmeras de monitoramento e a vinda de um helicóptero para o Serviço Aeropolicial (Saer). César Smielevski deu lugar a Moacir Dagostin, atual presidente da Acic.

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O P I N I Ã O

A Assessoria de Imprensa na Acic J O I C E

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ma escada que me parecia muito longa, estreita, em curva e com pouca iluminação era o acesso à sede da Associação Comercial e Industrial de Criciúma (Acic) no início da década de 1990. Chegando ao fim da escada, mais uns degraus à esquerda e o acesso a um pequeno auditório, com capacidade para 30 ou 40 cadeiras e uma mesa para umas cinco ou seis autoridades, onde aconteciam as reuniões dos empresários. Voltando a descer os degraus, e agora à direita do topo da escada, estava uma sala ampla, cheia de mesas, de máquinas de escrever, de armários e papeis, muitos papeis. Ali era a administração da Acic junto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Nessa época aconteceram alguns dias tensos com discussões em torno da liberação do SPC, que passou para o então Clube de Dirigentes Lojistas (CDL). O endereço era no Edifício Manique Barreto, na sobreloja da atual Calcutá Tecidos, na Rua Cônego Miguel Giacca, Centro de Criciúma. Foi neste ambiente que iniciei minhas atividades de Assessora de Imprensa da ACIC, na gestão do empresário Carlos Alberto Barata (1991/1993), logo após a gestão de Jayme Zanatta. Comecei por organizar os jornais com notícias de interesse da entidade, que algum funcionário mais atento teve o cuidado de ir guardando durante o tempo. O serviço de clipping era tanto que passei dias lendo, recortando, colando e organizando as pastas de clipping. O trabalho era de muito contato pessoal com os redatores. Acompanhava as reuniões, preparava os textos com várias cópias e saia para entregar aos veículos de comunicação que atuavam na época. O espaço da Assessoria de Imprensa era uma escrivaninha e uma cadeira. A máquina de escrever, uma verdinha, portátil, era minha. Ali na sede eu permanecia todos os dias, no período da manhã, e acompanhava as reuniões, ao final da tarde. Foi em uma destas reuniões que ouvi o empresário Jayme Zanatta falar que se não fossem feitos os investimentos necessários, dentro de alguns anos teríamos apagões de energia. Aconteceram. Ele era muito bem informado, diziam, porque participava de reuniões dos empresários em Florianópolis e viajava muito.

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Q U A D R O S Jayme Zanatta falava também em um terreno que estavam vendo para comprar, onde seria construída a sede própria da Acic. Mas, era tão longe do centro e um sonho tão distante, que poucos davam muito crédito ao assunto. Os empresários andavam muito preocupados nesta época. Faziam muitas reuniões, recebiam autoridades e as dependências da sua sede já não atendiam mais aos seus interesses. Estamos falando de uma época em que Criciúma recebeu, entre outros empreendimentos, uma sede do Banco Francês e Brasileiro (BFB), com sua diretoria baixando de São Paulo direto em Criciúma. Um acontecimento. Depois de Barata, e em meio a crise desencadeada na região com a desregulamentação do carvão mineral, assumiu a presidência da Acic o empresário Guido Búrigo (1993/1997). Estávamos ainda na mesma sede, mas a mudança estava a caminho. Muitas mudanças. Não só de sede. A nova sede foi na Rua XV de Novembro e o acesso aos vários andares era pelo elevador. Os trabalhos da Assessoria de Imprensa, como todos, começaram a se modernizar, com a chegada dos computadores, dos celulares e, mais tarde, dos correios eletrônicos e... mais ainda, dos e-mails. Chegávamos a era da internet. Uma gestão marcada pelas Missões Empresariais à Europa, que foi mudando o cenário das empresas de pequeno e médio porte, principalmente da confecção. As grandes, como a Cecrisa e a Eliane, já estavam sempre com seus profissionais pesquisando no exterior. Quando a Acic completou 50 anos, em 1994, o presidente Guido Búrigo acendeu as velinhas de um bolo para comemorar a data, com seu isqueiro, e pediu para eu guardar. O isqueiro estava com um selo comemorativo. Guardei. Depois de Guido Búrigo, veio a gestão de Álvaro Freitas Arns, quando me despedi da Acic para focar em outros projetos.

Joice Quadros Jornalista



A N I V E R S Á R I O

Palestra e nova logo dão início às comemorações dos 75 anos da Acic Marca comemorativa foi desenvolvida pelos cadêmicos do curso de Design da Satc e apresentada ao público pelo presidente Moacir Dagostin DEIZE FELISBERTO

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Associação Empresarial de Criciúma (Acic) entra em 2019 em um momento importante de sua trajetória. São 75 anos de uma história que se iniciou com um grupo de empresários em 18 de junho de 1944, com a missão de promover o desenvolvimento econômico, político, social e cultural de Criciúma e região. Para dar o pontapé às celebrações do calendário comemorativo, a entidade promoveu no dia 26 de março a palestra com o superintendente de economia e riscos do Banco Cooperativo Sicredi,

Economista reforça a importância da Reforma da Previdência Principal rombo nas contas públicas, a Previdência é um dos principais obstáculos que precisam ser solucionados para destravar o crescimento econômico do Brasil, conforme o superintendente de

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Alexandre Englert Barbosa, com o tema “Cenário Econômico e Perspectivas para 2019”. “Me sinto honrado em presidir esta associação neste período tão especial e significativo de comemoração. Completamos 75 anos, porém não nos sentimos nada ultrapassados. Somos uma entidade que se renova a cada tempo, se inova a cada dia e acolhe os desafios. Tudo isso faz com que sejamos reconhecidos com muita credibilidade pela comunidade, exercendo um papel primordial no desenvolvimento de Criciúma e região”, destaca o presidente da Acic, Moacir Dagostin, evidenciando, ainda,todos os ex-presidentes, diretorias, conselheiros e colaboradores que contribuíram com a trajetória da entidade.

Economia e Riscos do Banco Cooperativo Sicredi, o economista Alexandre Barbosa. “A Reforma da Previdência é o gatilho para retomarmos o crescimento da economia brasileira, que registrou nos anos de 2015 e 2016 seu pior desempenho, desde 1930, com PIB negativo de 3,5%. O ajuste nas contas públicas possibilitará o aumento do consumo e espaço


definições que remetem à história e os ideais da entidade. As propostas foram apresentadas e encaminhadas para refinamento no laboratório de orientação em Design, na qual foram analisadas e aprimoradas.

Logo comemorativa foi desenvolvida pelo curso de Design da Satc Durante o evento a entidade lançou a nova marca em alusão ao aniversário. O logotipo foi desenvolvido pelos acadêmicos do curso de Design da Faculdade Satc. “O logo dos 75 anos representa, por meio dos conceitos da linguagem visual, a trajetória da Associação Empresarial de Criciúma e sua atuação social. Optou-se por cores que associassem a variação de tons, já presentes na identidade da instituição. O círculo amarelo central representa o farol e as linhas ao seu redor formam ondas de propagação da energia. Já a conexão das linhas no eixo superior central ao círculo, transmitem a sensação de transformação”, detalha a coordenadora do curso de Design da Satc, Solange Silvério Bianchini.

“Achei a experiência muito boa. É uma maneira de sairmos da teoria e irmos para prática, conhecendo de perto o que o mercado precisa e também uma oportunidade de conhecer de perto o trabalho realizado pela Acic”, coloca a acadêmica do curso de Design da Satc, Larissa Nogueira, de 19 anos. “A logo foi um belo presente que a Satc nos proporcionou. Agradecemos profundamente a parceria da instituição, seus professores e alunos”, reforça o presidente da Acic, Moacir Dagostin.

O desenvolvimento da proposta visual para comemoração dos 75 anos teve início em uma dinâmica desenvolvida com os acadêmicos do curso de Design que apresentaram propostas, com base no briefing da Acic, utilizando como norte

para o setor privado produzir e, de fato, fazer o país crescer de forma mais intensa”, coloca Barbosa. A Previdência corresponde a cerca de 50% do gasto da União e tem crescido a uma média de 5% ao ano. A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano é de 2%.

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C O M E M O R A Ç Ã O

Assim como em aniversários anteriores, entidade prepara programação voltada em reconhecer os empresários da região

Programação especial marcará os 75 anos A Acic promoverá uma série de eventos, exposições, memorial, publicações, reconhecimentos, palestras e premiação especial

DEIZE FELISBERTO

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ma programação especial vai marcar os 75 anos de fundação da Acic. A entidade realizará ao longo do ano uma série de eventos, exposições, memorial, apresentações musicais, documentário, publicações especiais, premiação especial à classe empresarial, reconhecimentos e palestras que marcarão o momento tão significativo. Um dos pontos altos da programação será a solenidade especial de aniversário para celebrar as sete décadas e meia, comemoradas no dia 18 de junho. A homenagem aos ex-presidentes da entidade, diretores, associados mais antigos, lideranças e entidades parceiras estará entre os destaques da data. Outras homenagens também serão realizadas ao longo do ano para reconhecer todos aqueles que contribuíram com a trajetória da entidade empresarial. Para valorizar o papel das lideranças que contribuem de forma efetiva e eficiente para o desenvolvimento econômico, social, educacional e cultural de Criciúma e região, a entidade também lança neste ano o Prêmio Acic Empresário do Ano. Serão homenageados empresários de

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empresas associados a entidade sustentada em critérios fundamentais como; espírito empreendedor, arrojo nas iniciativas, liderança, probidade, inovação, participação comunitária, responsabilidade social e ambiental. PROJETOS SÃO ENVOLVIDOS NA COMEMORAÇÃO Para um momento tão especial como este a diretoria da Acic também envolveu todos os projetos da entidade na celebração do aniversário. No Projeto Cultura, a Série Diálogos abordará o tema “Inovação na coletividade: desafios institucionais”. “A série em 2019 dará continuidade e consequência aos Diálogos Pensar a Cidade de 2018. Criciúma e a região Sul nas últimas décadas não cresceram o que poderiam, talvez mais importante que isso, o que desejariam seus moradores. Criciúma precisará inovar, se reinventar, criar novas saídas para velhos problemas, olhar no passado sua vocação e inventar o futuro para as novas gerações. Esta não é uma tarefa para poucos, mas para o coletivo que habita esta região”, destacam as curadoras da série, as psicanalistas Maria Cristina Carpes e Débora Sônego Búrigo. Já no Prêmio Acic de Jornalismo uma categoria especial focará em reportagens que destaquem a relevância da entidade.



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E N T R E V I S T A

Presidente destaca credibilidade e vanguarda da Acic Moacir Dagostin fala da importância, representatividade e ações da entidade

DEIZE FELISBERTO

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omandar uma das principais associações empresariais do Sul do Brasil, especialmente em um momento tão especial da entidade, que completa no próximo dia 18 de junho, 75 anos de fundação, é uma honra para o atual presidente da Acic, Moacir Dagostin. Para Dagostin, estar à frente das celebrações do aniversário é motivo de orgulho e, ao mesmo tempo, de muita responsabilidade para garantir a continuidade de uma entidade com a solidez e a representatividade da Acic, projetada por um grupo de visionários. Visionários estes que marcaram época ao na manhã do dia 18 de junho de 1944 fundar a Associação Comercial de Cresciúma, no Salão do Cine Rovaris, na Praça Nereu Ramos, e que ao longo dos anos também foram sendo substituídos por outras lideranças, que da mesma forma foram tão importantes e fundamentais para que a entidade chegasse vigorosa e rejuvenescida aos seus 75 anos. Como a Acic chega aos seus 75 anos? R: Chega em uma das melhores fases da sua história. Sua importância e relevância para a sociedade Sul catarinense são irrefutáveis. Somos reconhecidos como uma entidade com credibilidade, solidez, representatividade e rejuvenescida. Prova disso, é nossa participação nos movimentos e debates de interesse da cidade, sendo convidada para participar de praticamente todos os conselhos municipais. Estamos à frente das principais demandas e ações de Criciúma e região, sintonizados com as necessidades da sociedade. A sua independência financeira e atuação apartidária conferem legitimidade à toda sua atuação. Quais os destaques da programação alusiva ao aniversário? R: Desde o ano passado estamos elaborando uma programação especial para comemorar esta data

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tão significativa. Iniciamos o ano promovendo o lançamento da nossa marca comemorativa, um belo presente que a Satc nos proporcionou. O logotipo dos 75 anos foi lançado em um evento que contou com a palestra do superintendente de economia e riscos do Banco Cooperativo Sicredi, Alexandre Englert Barbosa, que abordou o cenário econômico e as perspectivas para 2019. A entidade realizará ao longo do ano uma série de eventos, exposições, memorial, apresentações musicais, publicações especiais, premiação especial à classe empresarial, reconhecimentos e palestras. Um dos pontos altos da programação será a solenidade especial de aniversário. A homenagem aos ex-presidentes da entidade, diretores, associados mais antigos, lideranças e entidades parceiras estará entre os destaques da data. Outras homenagens também serão realizadas ao longo do ano para reconhecer todos aqueles que contribuíram com a trajetória da entidade empresarial. Para valorizar o papel das lideranças que contribuem de forma efetiva e eficiente para o desenvolvimento econômico, social, educacional e cultural de Criciúma e região, à entidade também lança o Prêmio Acic Empresário do Ano. De que forma a Acic influenciou o crescimento das empresas da região durante essas sete décadas? R: A Acic é uma entidade que trabalha em prol do desenvolvimento da região, conseguindo agregar diversas parceiras e entidades em prol desse mesmo objetivo. Melhorias em diversas áreas como a de segurança pública, infraestrutura, saúde, cultura e conhecimento, por meio da capacitação de pessoas. Uma das ações desta área é a realização da ExpoMAIS – que reúne as instituições de ensino da nossa região para promover um evento arrojado, trazendo as novidades das áreas de Marketing, Administração, Inovação e Sinergia. O leque de serviços empresariais da Acic também se expandiu ao longo dessas décadas, oferecendo soluções que facilitam a vida das empresas. Entre tantas outras ações importantes, destaco ainda a Câmara de Relações Institucionais da entidade, que tem como


Foto: Kilmer Ribeiro

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grande objetivo a união dos sindicatos empresariais, trabalhando eixos como a educação trabalhista, legislação e recursos humanos.

“A Acic chega aos 75 anos em uma das melhores fases da sua história. Sua importância e relevância para o Sul são irrefutáveis”.

do Centro de Inovação porque acreditamos que a cidade precisa de novas matrizes para alavancar seu desenvolvimento. O governador do Estado assinou a liberação de recursos para a concretização do Centro de Inovação para a região há pouco mais de 20 dias. O investimento de cerca de R$ 6 milhões será aplicado em um prédio cedido pela Unesc. Este momento é um marco para o desenvolvimento da região.

Em quais lutas regionais a entidade tem papel de destaque e que estão sendo levantadas em sua gestão? R: Nossa grande preocupação tem sido trabalhar pelo fortaleMoacir Dagostin, cimento das nossas empresas e Presidente da Acic na atração de novos investidores. Trouxemos, recentemente, em Como a Acic está se planejando e se projetando parceria com a Associação dos Municípios da Repara os próximos anos? gião Carbonífera (Amrec), com quem temos feito R: Queremos dar continuidade e fortalecer todos um movimento com este propósito, a vice-presios projetos que já realizamos atualmente, modente da Câmara de Comércio e Indústria Brasildernizar cada vez mais os nossos processos in-China, Uta Schwietzer. O intuito foi trabalhar as ternos e, principalmente, trabalhar e estimular as cadeias produtivas da região e as possibilidades empresas a se desenvolverem alinhadas com as de importação e exportação. Uma das grandes novas tecnologias e as tendências do mercado. bandeiras da minha gestão é a implementação

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Atuação da Acic é destacada por entidades e autoridades

“Criciúma é uma das principais cidades de Santa Catarina graças, também, ao empenho da classe empresarial. E a Acic, sem dúvidas, teve um papel muito importante neste processo de desenvolvimento econômico, político e social, mobilizando os empresários de Criciúma, que buscaram e ainda buscam novos setores de investimentos para o município e para a região carbonífera”.

“Muitas das conquistas recentes de Criciúma e do Sul de Santa Catarina têm as digitais da Acic. A entidade é aglutinadora das forças produtivas de uma das mais importantes cidades catarinenses e, como tal, tem o poder de mobilização para fomentar o desenvolvimento da região. O Governo do Estado planeja reforçar essa parceria e ter a Acic como interlocutora para discutir e avançar nas demandas do Sul, em especial as de infraestrutura, nossa maior prioridade”.

Carlos Moisés da Silva Governador do Estado

Clésio Salvaro Prefeito de Criciúma

“A associação empresarial é uma grande entidade que orgulha Criciúma com sua forte atuação para o desenvolvimento da nossa cidade. Realiza muitas ações que possibilitam o fortalecimento e a exploração de novas oportunidades. Nesses 75 anos vem estimulando o crescimento do município e viabilizando o desenvolvimento de pequenos e grandes negócios, promovendo, ainda, a interação e capacitando profissionais. A Acic é aliada não somente de empresários, mas de toda a população”.

Valmir Dagostim Presidente da Câmara Municipal de Criciúma

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“O papel fundamental e primordial de uma entidade de classe é representar na totalidade os interesses dos seus associados, papel este que a Associação Empresarial de Criciúma, a Acic, desempenha com maestria ao longo dos seus 75 anos. Não apenas na representatividade da classe produtiva, mas principalmente na luta diária pelo desenvolvimento de uma região pujante de Santa Catarina que merece todo o nosso louvor pelos embates enfrentados, seja pelas dificuldades de desenvolvimento oriundas da logística castigada pela BR-101, seja pelo descaso das autoridades. A Acic é um exemplo de força, de transcender problemas e, acima de tudo, de dedicação de cada empresário que sabe que para ser forte precisa uma entidade forte. Parabéns Acic pelos seus 75 anos”.

Jonny Zulauf Presidente da Facisc


“Em 75 anos de existência, a Associação Empresarial de Criciúma renova a cada dia sua importância no cenário do setor produtivo catarinense. De forma prática, objetiva e profissional, a Associação atua como motivadora da economia e tem presença decisiva nas ações do desenvolvimento. Em uma região com forte vocação empreendedora, a Acic ocupa com reconhecido destaque o protagonismo e a liderança do segmento em que atua e vem dando respostas positivas para a sociedade quanto à sua responsabilidade no fortalecimento de Criciúma e região”.

“Ao longo de 75 anos de atuação, a Associação Empresarial de Criciúma vem contribuindo para o debate das questões mais relevantes do Sul e para o desenvolvimento econômico da região, berço de algumas das mais importantes e modernas indústrias catarinenses. Parabéns pelo trabalho que engrandece Criciúma!”.

Mario Cezar de Aguiar Pesidente da Fiesc

Julio Garcia Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina

“Acic 75 anos dedicados ao desenvolvimento da região. A história formada com a participação de entidades organizadas é o exemplo da União Faz a Força! Parabenizo essa Associação Empresarial, que com orgulho faço parte e, que engrandece a nossa região tornando-a merecedora de todas as conquistas alcançadas”.

“É uma grande alegria ver uma entidade tão importante e representativa como a Acic completar 75 anos. Participação, construção, comprometimento em prol de uma Criciúma, Santa Catarina e Brasil ainda melhores. Sucesso e prosperidade, sempre!”.

Felipe Pavei Vice-presidente do Extremo Sul da Facisc

Diomicio Vidal Presidente da Fiesc Sul

“Comprovada liderança empresarial e da comunidade da região Sul. Unindo, motivando e influenciando todas as representações da sociedade para o desenvolvimento sustentável”.

“Acredito demais no papel do associativismo na sociedade. Entidades como a Acic ajudam a impulsionar novos processos, conciliar interesses e marcam a história. Além disso, é importante destacar o quanto a Acic tem sido atuante em movimentos que alavancam a educação na região”.

Fernando Luiz Zancan Diretor Executivo da Satc

Valcir José Zanette Presidente do Conselho de Administração do Siecesc Liderança Empresarial 47


“Não tenho dúvidas ao falar que a Acic teve e tem papel significativo no crescimento de Criciúma. Reunir empresários capacitados, que estão à frente de seu tempo, dispostos a unir forças em prol da sua região é algo louvável, de modo que faz a diferença no planejamento e na execução de ações que de fato fazem a diferença para os cidadãos. Como reitora de uma Universidade que também participa ativamente do dia a dia da região e membro da diretoria da Associação, posso dizer que vejo com meus próprios olhos o poder de uma instituição como a Acic, especialmente por ter membros comprometidos no que fazem e dispostos a deixarem seus legados em prol da cidade”.

“A Acic ao longo de todas essas décadas sempre cumpriu com excelência o seu papel junto à classe empreendedora da nossa cidade e região e, cada vez mais unidos a nós da CDL e outras entidades da sociedade organizada, tem participação e relevância para buscar o fortalecimento de Criciúma”.

Andréa Gazola Salvalággio Presidente da CDL de Criciúma

Luciane Ceretta Reitora da Unesc

“A Associação Empresarial de Criciúma sempre esteve ao lado do 9º Batalhão de Polícia Militar, deixando sempre aberto um canal de conversação. Apoiou nos momentos de dificuldade, com ações que viabilizaram o aporte financeiro necessário para o conserto das nossas viaturas, através de parceria com a Satc e o Bairro da Juventude. Também ajudou na cessão e uso do Colégio Lindolfo Collor, do Bairro Boa Vista, que hoje abriga a Companhia de Patrulhamento Tático do 9º BPM”.

“Celebrar os 75 anos da Acic é celebrar a existência de uma entidade que foi o berço da Sicredi Sul SC, há 20 anos. E se um dia fomos um dos projetos da entidade para contribuir com o desenvolvimento regional, hoje temos orgulho de ser parceiros da Associação em novas iniciativas com essa mesma finalidade. Quando o cooperativismo caminha ao lado do associativismo, as comunidades ganham”.

Aloisio Westrup Presidente da Sicredi Sul SC

Cristian Dimitri Andrade Comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar de Criciúma

“A Acic demonstra através de suas ações, preocupação com a segurança pública da região. Participou diretamente dos debates com o Governo do Estado para a ampliação do número de câmeras de monitoramento em Criciúma, ajudando na prevenção ao crime. Também atuou ativamente nos diálogos para a viabilização e construção do Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), no Bairro São Domingos”.

Cosme Manique Barreto 48 Liderança Empresarial

Comandante da 6ª Região da Polícia Militar



D E S T A Q U E

História de vida e de trabalho que se funde na Acic Marlene Schulter, de 60 anos, encerra seu ciclo na associação marcado pelo comprometimento e lealdade DEIZE FELISBERTO

para essa história profissional.

No dia 26 de novembro de 1982, a jovem Marlene, aos 22 anos, chegava à sede da Acic, localizaovas profissões, inovação, digitalização, da na sala do Edifício Manique, na então Travessa, pensamento estratégico são fatores que hoje Rua Cônego Miguel Giacca, para iniciar no seu nos últimos anos tem mudado o perfil segundo emprego. Contratada pelo empresário do trabalhador. PerJosé Antonio Bongiolo, sétimo manecer por mais de três anos presidente da Acic, (gestão de “Devo muito a Acic, me em uma mesma empresa não é 1981-1987), com direção execuuma das tarefas mais fáceis para orgulho de tudo que tiva de Osmar Voguel, se juntou os representantes da geração Y à equipe que analisava o Sistema passei aqui e do que e Z. E o que dizer de quem pasde Proteção ao Crédito (SPC). “Fisa décadas em um mesmo local pude contribuir com a quei por muitos anos neste setor. de trabalho ou melhor exatos 37 Éramos em muitas meninas atenentidade. Foi daqui que anos. Marlene Schulter, de 60 telefonemas para verificar anos, conclui seu ciclo na Assoconsegui criar meu filho, dendo o cadastro, que era todo manual. ciação Empresarial de Criciúma Procurávamos ficha por ficha naconstruir minha vida. (Acic), após mais de 10 mil dias queles enormes de sua vida dedicados à entidade. Aqui me sinto em casa”. lha Marlene. gavetões”, detaDisposição, lealdade, comproMarlene Schulter Foram quase dez anos nessa funmetimento e empenho são alção quando a Acic transferiu para guns dos segredos para contabia Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma lizar essa trajetória repleta de sucessos. Mais ainda, o acervo do SPC. Eram 222.479 fichas, contidas em cuidar e estar no ambiente de trabalho como se ele nove caixas. fosse sua casa, sua família, foi fator determinante

N

50 Liderança Empresarial


DESAFIO: COORDENAR A JUNTA COMERCIAL Neste momento, Marlene passaria para um novo desafio dentro da associação, cuidar do setor de abertura e fechamento de empresas, a Junta Comercial do Estado de Santa Catarina (Jucesc), que possui unidades pelo Estado em parceria com as associações empresariais. “Tínhamos um representante da Junta que vinha duas vezes por semana para cá para despachar, direcionar os encaminhamentos, porém ele deixaria de vir e passaríamos a tocar tudo, foi onde fui chamada para esta responsabilidade”, conta. “Foi um grande desafio, me assustou. Mas, lembro-me muito bem das palavras que me foram ditas e que me deram força: ´Trabalho aqui há mais de 15 anos e não sei tudo´”, relembra. “A Marlene O trabalho realizado na época era apenas o recebimento de documentos trazidos pelos contadores e o encaminhamento para Florianópolis. “Quando esses documentos voltavam com algo errado ou alguma exigência ausente eu lia e estudava essas observações para que, posteriormente, pudesse orientar as pessoas e assim fui aprendendo”, ressalta. Com o passar dos anos, a unidade da Junta na Acic ganhou mais autonomia e responsabilidade e Marlene seguiu na coordenação deste trabalho.

trabalho tão próximo com as pessoas que eu atendo, que muitas até me chamam de “mãe”. São clientes que eu atendia e hoje seus filhos também estão aqui conosco, muitos seguindo os passos dos pais, sendo contadores também, é uma relação muito forte”, coloca. EMOÇÃO E HOMENAGENS MARCAM DESPEDIDA No último dia 11 de abril da colaboradora Marlene Schulter na Acic, foi marcado por homenagens e muita emoção junto aos colegas da entidade, da Junta Comercial, e também dos contadores que acompanharam toda a sua trajetória.

“É uma alegria estar aqui hoje, um momento que marca um novo ciclo na vida da sempre Marlene. Ela sempre atendeu com muito carinho e atenção os atendeu com muito contadores e empresários, que carinho e atenção estão diariamente na Junta Comercial. Em nome da Acic, quero os contadores e agradecer todo o seu trabalho, empresários. Em nome dedicação e empenho”, destaca presidente da Acic, Moacir Dada Acic, quero agradecer ogostin.

todo o seu trabalho, dedicação e empenho”.

A diretora executiva da Acic, Maria Julita Volpato Gomes, representando todos os colaboradoMoacir Dagostin, res da associação, também fez a Presidente da Acic leitura de um texto de agradecimento à profissional. A associação também desenvolveu a identidade visual para um projeto que a colaboradora deve apostar a partir de agora, a produção e comercialização de bolaCom 17 anos de casa, a colaboradora também comchas caseiras. partilharia com a entidade um grande sonho, o de se tornar mãe. “Lembro com Muito emocionada, Marlene muito carinho do meu períoagradeceu as homenagens. do de gestação, trabalhando “Só tenho a agradecer o temativamente, subindo e despo que passei na entidade. cendo escadas, muito feliz e Aprendi muita coisa. Só posso dividindo com os colegas de dizer uma palavra, obrigada”, trabalho este, que foi um dos frisa. momentos mais importantes O Sindicato dos Contabilistas da minha vida, a chegada do de Criciúma e Região (SindiPedro Augusto”, conta. “Devo cont) também prestou uma muito à Acic, me orgulho de homenagem à profissional. tudo que passei aqui e do que Os contadores José Geralpude contribuir com a entidado Furlanetto, Rodrigo Justi de. Foi daqui que consegui Rocha e Volnei Brugnoli recriar meu filho, construir mipresentaram o presidente do nha vida. Aqui me sinto em casa. E acima de tudo, sindicato, Fernando Marcos Garcia. construí amizades para toda a vida. Saio com o sentimento de dever cumprido”, fala emocionada. José Geraldo Furlanetto fez os agradecimentos à O sentimento familiar que Marlene possui com os colegas e das inúmeras pessoas que atende diariamente na Junta também é recíproco. “Tenho um

Marlene por todo o empenho e dedicação ao atendimento aos contadores durantes esses anos na Jucesc.

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S E D E S

Andar de cima do Café Rio, na Praça Nereu Ramos foi a primeira sede da Acic

Endereços acompanham crescimento da entidade Desde o início, na Praça Nereu Ramos, Acic vem evoluindo e ampliando suas ações e hoje conta com um dos maiores e mais modernos centros empresariais do Sul do país BRUNA BORGES

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NAS DÉCADAS DE 70 E 80 A ENTIDADE OCUPOU O EDIFÍCIO MANIQUE

á 75 anos, o desejo de empresários de Criciúma fez Com o passar dos anos, a Acic senascer um movimento com guiu evoluindo, seu propósito e agreo objetivo de fortalecer os gando serviços, o que fez a entidade setores econômicos, a cidade e a renecessitar de mudanças físicas. Nas gião como um todo. Mais do que uma décadas de 70 e 80 ocupou uma sala união de esforços, a Associação Codo Edifício Manique, na então Travesmercial de Cresciúma passaria a ser sa, hoje Rua Cônego Miguel Giacca, também a casa daqueles que buscaainda no Centro de Criciúma, onde vam o desenvolvimento. Ter um enatualmente está o popular Shopping dereço para reuniões e eventos era Maradona. Naquela pequena sala, departe fundamental para o cisões importantes eram crescimento da entidade e mas o pouco es“Eu tinha vergonha de receber tomadas, o primeiro deles estava locapaço não agradava ao prelizado no coração do munias pessoas naquela salinha. sidente da entidade de 1987 cípio, a Praça Nereu Ramos. a 1991, Jayme Zanatta. “Eu Uma entidade importante Do começo até o decorrer tinha vergonha de receber dos anos 60, era no andar como a Acic tinha que ter um as pessoas naquela salinha. de cima do Café Rio que a Não tinha salas, tinha que espaço maior”. Acic desenvolvia as suas atiusar o corredor de escritóvidades. O espaço utilizado rio, não era agradável. Uma Jayme Zanatta, funcionava junto ao escritóentidade importante como Ex-presidente da Acic (1987-1991), rio de Célio Rolim, que cedia a Acic tinha que ter um esreferindo-se ao espaço que entidade gratuitamente o local para a paço maior”, lembra. ocupava nas décadas de 70 e 80 associação.

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Edifício Manique

EM 1992, ESPAÇO NO EDIFÍCIO MANIQUE PASSA POR REFORMA

TERRENO DO CENTRO EMPRESARIAL FOI ADQUIRIDO NOS ANOS 90

De uma sala, a Acic passou a ocupar o andar inteiro do Edifício Manique e ali permaneceu pelos anos seguintes. Neste local, em 1992, uma reforma proporcionou um novo layout, com recuperação de forro, telhado, pintura, divisórias e sistema elétrico. “A Acic tinha uma salinha no mesmo prédio, depois nós locamos o andar inteiro, com a ajuda de um parceiro enorme, que foi o Santos Longaretti”, conta o ex-presidente, Carlos Alberto Barata.

Mas, anterior à ocupação do primeiro andar do Edifício Manique, quando ainda era presidida por Jayme Zanatta, começava a surgir a vontade de buscar um endereço que fosse definitivo para a entidade. Em uma época em que o Centro ainda era o único eixo de desenvolvimento, o líder da Acic vislumbrou o crescimento da cidade e definiu que a região do Bairro Próspera seria o melhor local para a sede própria da associação. Ainda nos anos 80, Jayme Zanatta adquiriu um terreno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e iniciou a construção do Centro Empresarial, projeto que ficou parado durante os anos 90, quando o momento fez a diretoria decidir por outros caminhos.

“A Acic tinha uma salinha no Edifício Manique, depois nós locamos o andar inteiro, com a ajuda de um parceiro enorme, que foi o Santos Longaretti”. Carlos Alberto Barata, Ex-presidente da Acic (1991-1993)

Jornal da Manhã - 24/11/1992

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A PRIMEIRA SEDE PRÓPRIA No início dos anos 90, a Acic contava com uma obra iniciada no Bairro Próspera, mas mantinha suas atividades no primeiro andar do Edifício Manique. A continuação da sede em construção era descartada, pois não havia recursos para concluí-la. Já o imóvel no Centro não mais atendia a quantidade de atividades realizadas na época. A falta de estacionamento era outro problema que afetava o local. E foi em 1995 que a Acic deu um passo importante para a sua história: a aquisição de uma sede própria.

“Tiramos a Acic do prédio alugado e levamos para uma sede própria, foi uma grande história”. Guido José Búrigo, Ex-presidente da Acic (1993-1997), quando da transferência para a sede na Rua XV de Novembro A compra foi aprovada em 1994 e resultou da permuta de um terreno na Avenida Getúlio Vargas, de propriedade da entidade, com um imóvel da Fecel Engenharia, na Rua XV de Novembro. A Acic ainda assumiu o compromisso de pagar R$ 120 mil em 36 parcelas, dívida que foi quitada em novembro de 1997, motivo de comemoração para a diretoria e associados. Naquela sede da Rua XV de Novembro, adquirida na gestão de Guido José Búrigo, foi possível aumentar ainda mais o número de serviços oferecidos aos associados. Cursos passaram a ser mais frequentes. Em 1999, uma reforma deixou o prédio mais confortável e funcional, com remodelação de salas, nova pintura, impermeabilização e instalação de pisos novos, doados por empresas parceiras. “Tiramos a Acic do prédio alugado e levamos para uma sede própria, foi uma grande história. Esse prédio depois ajudou muito na construção da nova entidade”, afirma Búrigo. O SONHO DO CENTRO EMPRESARIAL Depois de anos sendo palco de importantes decisões, o imóvel da XV de Novembro também se tornou pequeno para o ritmo acelerado de movimentação da entidade. No início dos anos 2000, sob a presidência de Edilando de Moraes, renasceu a vontade de levar adiante a construção de uma nova sede no terreno da Rua Ernesto Bianchini Góes, no Bairro Próspera, aquela iniciada por Zanatta. O orçamento de R$ 5,5 milhões assustava os demais membros da diretoria, mas uma missão para minimizar o valor fez com que o sonho do Centro Empresarial saísse do papel, custando aproximadamente R$ 3,4 milhões. “Fizemos todos os esforços.

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O senhor Santos Longaretti era o tesoureiro e ele me dizia ‘Vai na frente que eu seguro atrás’. E fizemos sem pegar dinheiro em banco, conseguimos muita ajuda com as empresas cerâmicas, as de construção civil também. Foi o esforço de todo o empresariado que tornou isso possível”, relembra Moraes. “A associação tinha 60 anos e estava em uma sede pequena. Nós conseguimos construir uma maior e na época era a maior do Brasil fora das capitais”, acrescenta.

“O senhor Santos Longaretti era o tesoureiro e ele me dizia ‘Vai na frente que eu seguro atrás’. Foi o esforço de todo o empresariado que tornou o Centro Empresarial possível”. Edilando de Moraes, Ex-presidente da Acic (2004-2007)

DEZ ANOS DA INAUGURAÇÃO Em 2008, a obra ficou pronta e a inauguração foi comemorada com festa no dia 26 de março de 2009, já sob a presidência de Santos Longaretti. Com a presença do então governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, a Acic celebrou a conquista de ter erguido o maior Centro Empresarial entre Florianópolis e Porto Alegre. A nova sede possuía 4,5 mil metros quadrados de área construída e compreendia recepção, restaurante, auditórios, sala para a presidência, seis cômodos para as operações da entidade, salas para abrigar as entidades patronais, elevador e estacionamento para 130 veículos. O terreno de 10 mil metros quadrados ainda possibilitava uma expansão futura.

“Quando eu quis construir uma nova sede alguns empresários comentavam que eu estava louco”. Jayme Zanatta, Ex-presidente da Acic (1987-1991) “Quando eu quis construir uma nova sede alguns empresários comentavam que eu estava louco. Depois, eles vieram me pedir desculpas. Hoje a gente vê o Centro Empresarial como um local de grande utilidade para a região, com movimentação até as 22h todos os dias”, comenta Jayme Zanatta.


EXPANSÃO E CONCLUSÃO Já consolidado como o endereço do empreendedor, o Centro Empresarial de Criciúma recebeu em 2013 mais uma ampliação que ficou marcada em sua trajetória. Durante a gestão de Olvacir Bez Fontana, a Acic inaugurou o Auditório Jayme Antônio Zanatta – batizado em homenagem ao ex-presidente da entidade. Com 940 metros quadrados e capacidade para 540 pessoas, o espaço permitiu à entidade a realização de grandes eventos. Projetado de forma moderna, com sistema de iluminação e som de última geração, o auditório ainda pode ser modulado para dois ambientes.

“Quando assumimos a Associação Empresarial, nós fizemos um novo plano para dobrar o tamanho do Centro Empresarial”. Olvacir Bez Fontana, Ex-presidente da Acic (2010-2013), que concretizou a obra do Auditório Jayme Antônio Zanatta “Quando assumimos a Associação Empresarial, nós fizemos um novo plano para dobrar o tamanho do Centro Empresarial. Fizemos um planejamento estratégico junto com os empresários, unimos as forças. Na época o governador Eduardo Pinho Moreira deu 20% do total investido e conseguimos viabilizar esse empreendimento que hoje deu uma musculatura, uma amplitude, fortaleceu muito a nossa associação”, comenta Fontana.

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“É um novo tempo para a Acic, em que a valorização da cultura e do conhecimento está em evidência”. César Smielevski, Ex-presidente da Acic (2014-2017)


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CONSULTORIA JURÍDICA EMPRESARIAL O empresário César Smielevski, inaugurou o Espaço Triple C

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ACIC É PIONEIRA COM O ESPAÇO COLABORATIVO E CULTURAL Constantemente em expansão, não só de ações, como também de ideias, a Acic inaugurou em 2016, pelas mãos do presidente César Smielevski, o Espaço Corporativo, Colaborativo e Cultural Iara Gaidzinski, o Triple C. Neste novo prédio, que conclui o projeto do Centro Empresarial, a entidade traz a proposta de projetos voltados ao desenvolvimento de pessoas, à inovação, ao conhecimento e à cultura. O Triple C possui três pavimentos, com 19 salas, secretaria e uma galeria de exposições. O nome escolhido presta homenagem à empresária do setor cerâmico e importante personagem das causas culturais da cidade e da região. “É um novo tempo para a Acic, em que a valorização da cultura e do conhecimento está em evidência. O crescimento da região passa por esse olhar mais amplo para o desenvolvimento”, pontua Smielevski. Agora com mais de 7 mil metros quadrados de área construída, o Centro Empresarial é a representação física da força da união iniciada por comerciantes e lideranças em 1944 e fomentada nesses 75 anos de história.

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Governador autoriza recursos para a implementação do Centro de Inovação Anúncio foi feito durante o Fórum Parlamentar Catarinense na sede da Acic

DEIZE FELISBERTO

A

implementação do Centro de Inovação de Criciúma, uma das principais bandeiras levantadas pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic), finalmente receberá os recursos para sua concretização. O Governador do Estado de Santa Catarina, Carlos Moisés, confirmou e assinou o investimento de cerca de R$ 6 milhões para o projeto durante a realização do Fórum Parlamentar Catarinense, na sede da associação empresarial, no último dia 24 de maio. “Essa é uma área que gera emprego, renda, desenvolvimento, soluções de problemas para empresas. É riquíssimo o potencial do Estado na área de inovação, estamos nos transformando num polo brasileiro do setor e o Governo do Estado não pode ficar fora disso”, destaca o governador do Estado, Carlos Moisés. O presidente da Acic, Moacir Dagostin, destaca a união de forças para a concretização desta bandeira. “A união de toda a bancada do Sul, das entidades, do Comitê de Implementação do Centro de Inovação e da prefeitura fizeram com que essa importante demanda comece a sair do papel. Foi uma grande luta, inúmeras viagens a capital do Estado e

tivemos garantido então agora os recursos para que possamos terminar esse prédio que a Unesc colocou à disposição para o projeto do centro”, ressalta Dagostin. O presidente do Comitê de Implantação do Centro de Inovação de Criciúma, Mario Gaidzinski, também diretor da Acic, reforça a importância do atendimento a esta demanda. “Este momento é um marco para o desenvolvimento da cidade. Importante ressaltar que esta articulação está sendo feita há muitos anos e agora de fato sai do papel. Este recurso será descentralizado para a Unesc e a, partir disso, faremos uma concessão para o Comitê onde vamos estruturar como fazer a gestão do espaço, o colocando na mão de profissionais da área para tocar o dia a dia operacional”, ressalta o presidente do Comitê. Para a reitora da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Luciane Ceretta, a liberação para a implementação do Centro de Inovação oferecerá um novo ciclo para a cidade. “Teremos a implantação de novos negócios e reforço aos já existentes, geração de renda e de novas ideias, e mobilização de forças vivas envolvidas com o Centro de Inovação”, observa. O Centro de Inovação ficará localizado em um prédio cedido pela Unesc no Centro de Criciúma.

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S E T O R I A I S

Núcleo da Mulher Empresária de Criciúma foi o primeiro núcleo setorial da entidade

Programa Empreender: 22 anos de histórias, crescimento e associativismo Associados da Acic participam de núcleos setoriais que auxiliam no crescimento de seus negócios CAROL PARIS

U

ma história escrita em conjunto, que carrega consigo a força do associativismo. O Programa Empreender, é um exemplo claro de que a união faz, sim, a força. São 22 anos de trabalho, histórias, aprendizados, crescimentos e sucessos em conjunto, visando o crescimento e o desenvolvimento regional das empresas associadas à Associação Empresarial de Criciúma (Acic). Foi no dia 06 de agosto de 1997 que nascia o primeiro Núcleo Setorial da Acic, em uma reunião realizada no município de Lages, que contou com a participação de mulheres criciumenses, entre elas, Volnete Cardoso, que se tornaria, posteriormente, a primeira presidente do grupo. Nesta reunião, além da liberação da criação da Câmara de Criciúma também foi encaminhada a fundação do Conselho Estadual da Mulher Empresária. “Quando estava à frente da Acic

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era uma diretoria só de homens e iniciamos um movimento para que a entidade também tivesse a participação feminina. E foi por meio das empreendedoras Volnete Cardoso, Cristiane Búrigo e Andréa Brandão que se iniciou a história da Câmara da Mulher Empresária de Criciúma”, recorda o empresário Guido Búrigo, ex-presidente da Acic.

Hoje o Núcleo da Mulher Empresária conta com 26 mulheres participantes que visam principalmente à troca de aprendizado e o crescimento em conjunto. “Nosso maior objetivo é capacitar as mulheres para o “Nosso maior objetivo meio empresarial. De maneira a é capacitar as mulheres promover uma melhor liderança para o meio empresarial. de equipes, um conhecimento melhor sobre administração De maneira a promover perante esse momento que vivemos de grandes mudanças, uma melhor liderança como usar as novas tecnologias de equipes e um a nosso favor, fazendo uso de práticas inovadoras e, claro, junconhecimento melhor tas aprendemos como motivar sobre administração”. nossas equipes de trabalho para conseguirmos crescer cada vez Lizandra Casagrande Claus, mais”, relata a coordenadora do Coordenadora do Núcleo da Mulher Núcleo da Mulher Empresária, Empresária de Criciúma Lizandra Casagrande Claus.


Trabalhar com o associativismo é algo que demanda energia, mas que em contrapartida lhe abre um leque de conhecimentos e novas habilidades que lhe serão úteis em seu crescimento pessoal e profissional, como conta Lizandra. “O aprendizado do associativismo tem um valor gigante. É um aprendizado constante, estamos buscando sempre fomentar a ideia de que a mulher tem, sim, que ter seu posicionamento dentro de uma empresa ou associação, para que seja respeitada e para que tenhamos direitos iguais. Um dos nossos maiores objetivos é incentivar e motivar mulheres a abrirem sua empresa, a serem empreendedoras e descobrirem a capacidade que existe dentro delas mesmas”, conclui.

PROGRAMA EMPREENDER, CRESCENDO LADO A LADO O Programa Empreender foi oficialmente implantado na Acic no dia 24 de novembro de 1997, sob a gestão do ex-presidente da entidade, Guido José Búrigo. A metodologia do programa veio da Baviera (Alemanha) e começou a ser implantada no Brasil pelo Estado de Santa Catarina. Depois de adequá-la à realidade nacional, passou a ser implementada em todo o território brasileiro. Elevar a competitividade e, consequentemente a sobrevivência das micro e pequenas empresas é o objetivo principal do Programa Empreender. O


projeto busca incentivar novos mercados e tecnologias, sensibilizar os empresários para adoção de posturas frente aos desafios atuais e futuros e desenvolver lideranças empresariais. “O programa tem desenvolvido e trabalhado o fortalecimento dos profissionais e das empresas participantes dos Núcleos da Acic, através de capacitações, compartilhamento de experiências, networking e numa busca constante de mercado e inovação, não apenas para auxiliar o associado, mas também pensando no desenvolvimento regional como um todo”, ressalta o coordenador dos Núcleos Setoriais da Acic, João José Camargo.

EM 1998, NASCE O NÚCLEO DE AUTOMECÂNICOS No ano seguinte ao da implantação do programa, um novo Núcleo Setorial nasce. No dia 10 de outubro de 1998 profissionais de área de automecânica se reúnem para a construção de um forte grupo que se manteria ativo até os dias de hoje. “Esse é um forte setor na nossa região, parte disso graças à força que temos no associativismo que aprendemos junto à Acic. Estar sentado ao lado de pessoas que trabalham no mesmo setor que você, que sabem os desafios e dificuldade que você enfrenta e que está ali para te auxiliar é o mais importante”, conta o coordenador do Núcleo de Automecânicos, Evandson Baggio.

“Esse é um forte setor na nossa região, parte disso graças a força que temos no associativismo que aprendemos junto à Acic”. Evandson Baggio, Coordenador do Núcleo de Automecânicos, segundo núcleo a ser implantado

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A VELOCIDADE DA MUDANÇA Acompanhar a velocidade de mudança do mercado de trabalho não é e nunca foi uma tarefa fácil. Prova disso, está vinculada à história do Núcleo de Móveis da Acic, fundado em 15 de outubro de 1998. Nesses quase 21 anos de trabalho em conjunto, o núcleo atua sempre pensando na inovação e no futuro do negócio, mas sem esquecer de princípios básicos, como, a funcionalidade e a qualidade do trabalho.

O Núcleo conta com um showroom, localizado na Avenida Santos Dumont, 2163, sendo referência do setor na região. “O showroom é um local para expor ideias, dificuldades e compartilhar conhecimentos. Aqui reforçamos os laços de amizade e solidariedade com interesses coletivos, produzindo de forma cooperada. Aprendemos uns com os outros e crescemos juntos, sempre contando com a união e novas qualificações para ficarmos por dentro das novidades do mercado de trabalho”, conta o presidente do Núcleo de Móveis, Jairo Menegasso.

“Aprendemos uns com os outros e crescemos juntos, sempre contando com a união e novas qualificações”. Jairo Menegasso, Presidente do Núcleo de Móveis Para o coordenador dos núcleos setoriais da Acic, este ambiente tem sido um lugar onde os participantes podem se reinventar diariamente. “Eles aprendem que juntos são muito mais fortes do que separados, e que com o associativismo eles podem chegar muito mais longe, se mantendo no mercado, mesmo com o avanço das tecnologias e com as mudanças de cenários da sociedade”, relata Camargo.



NOVOS NEGÓCIOS, NOVAS OPORTUNIDADES O ano de 2019 é um ano marcado por comemorações na Acic, que celebra seus 75 anos. Diante de um cenário que relembra tantas histórias e conquistas num mundo onde os negócios não param, o crescimento e o desenvolvimento regional continuam em pauta.

por meio deste programa, e precisamos aproveitar para entender as fraquezas de cada profissional, para assim traçar uma estratégia que irá nos nortear no caminho das soluções. Estávamos precisando ter representatividade, o setor de compras é uma peça importantíssima na tomada de decisão de qualquer instituição”, conclui Bitencourt.

O Núcleo de Compradores, aberto no dia 4 de abril de 2019, já nasceu com 12 integrantes. “Criamos o núcleo com o principal objetivo de entender a necessidade de cada comprador em suas empresas. Queremos compartilhar soluções entre nós em prol do crescimento pessoal de cada profissional e, consequentemente, do crescimento de sua empresa”, relata o coordenador do Núcleo de Compradores, Leandro Bitencourt. Um dos objetivos dos nucleados é mostrar a im-

“Estávamos precisando ter representatividade, o setor de compras é uma peça importantíssima na tomada de decisão de qualquer instituição”. Leandro Bitencourt, Coordenador do Núcleo de Compradores portância de uma gestão de compras bem estruturada dentro das organizações. “É percebido por todas as empresas que a quantidade de profissionais compradores capacitados é escassa e que também existem poucas formações específicas para este segmento. Enquanto nucleados queremos e precisamos qualificar os profissionais, trazendo gestão, tecnologia e inovação para seus processos”, reforça Bitencourt. O associativismo tem o papel de impactar, representar e auxiliar, trazendo melhorias para cada setor que está atuante na nossa região. “A Acic proporciona toda a estrutura física para nos reunirmos,

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NÚCLEO DE MEIO AMBIENTE FOI LANÇADO ESTE ANO Ainda nesse ano de 2019 um outro núcleo foi criado, o Núcleo Setorial de Meio Ambiente teve sua abertura no dia 2 de maio, contando já com 16 participantes. “O núcleo foi pensado com a finalidade de integração entre profissionais, conselhos municipais, órgão ambientais, entre outras entidades públicas. O intuito é a aproximação entre esse público para troca de informações e orientação aos profissionais, para que desta forma também deem um respaldo ao setor empresarial”, relata o coordenador no Núcleo de Meio Ambiente, Leomar Cunha. O networking é uma importante ferramenta para o crescimento e organização de cada setor. “O núcleo discutirá as demandas dos profissionais voltadas para esta área, buscando soluções e encaminhamentos, com a aproximação junto ao Poder Público”, reforça Cunha.


PENSANDO NO FUTURO Os núcleos setoriais da Associação Empresarial de Criciúma têm buscado diariamente inovar, pensar no amanhã, criar oportunidades e novas soluções para seus segmentos, fazendo com que o Programa Empreender na Acic chegue a uma marca de 21 Núcleos Setoriais. O Programa Empreender vem como um instrumento onde cada participante tem a oportunidade de se capacitar, buscando sempre a melhoria constante, aprendendo a trabalhar em grupo, realizando relacionamentos com pessoas da sua área e fora dela. Assim como, podendo participar mais ativamente da Acic e de tudo que a associação pode proporcionar ao associado. “É a porta de entrada para muitos empresários e profissionais, despertando novas lideranças dentro e fora da entidade. Trabalhando o associativismo na sua essência, fazendo com que o profissional se sente ao lado do seu concorrente para buscar novos caminhos para sua empresa, buscando por seu crescimento profissional, trabalhando para auxiliar no desenvolvimento do seu setor e pensando no futuro de sua região”, conclui Camargo.

Núcleos Setoriais Acic > Núcleo do Jovem Empreendedor

Associação de Jovens Empreendedores de Criciúma – AJE

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O P I N I Ã O

Como explicar o Associativismo? T I M Ó T E O

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m tempos de colaboração, redes sociais e networking, o associativismo nunca teve um cenário tão favorável e fértil para ampliar sua atuação por meio dos seus conceitos de livre iniciativa. Porém, como todos os modelos de negócios existentes, enfrenta arduamente as dores da transformação digital e necessita de modernização. A desconstrução dos ambientes institucionais tem dado voz aos indivíduos por meio da tecnologia, mas ainda necessitamos transformar informações em conhecimento e potencializar a representação dos grupos organizados para atender as necessidades individuais. Esta dualidade põe a mesa uma equação complexa de se solucionar. Gostaria de lhe convidar a refletir sobre duas perspectivas do associativismo, a de quem vê o sistema de dentro para fora e a de quem vê o sistema de fora para dentro. A perspectiva de dentro para fora é uma experiência ativa em todas as frentes de atuação que entidades representativas vivem, desde a formação de lideranças voluntárias, mantendo o sistema ativo até os modelos de gestão e sustentabilidade. No centro de todo movimento está a representação de grupos organizados por meio de diretorias que ocupam posições de liderança nas entidades, junto aos poderes constituídos e à comunidade. Vamos tomar como exemplo a Associação Empresarial de Criciúma, que ao longo de seus 75 anos atua pelo desenvolvimento de seus associados e representa os pleitos da classe empresarial. No âmbito institucional, a Acic é um agente de desenvolvimento socioeconômico da cidade e sua relevância e atuação geram reflexos regionais, uma vez que se envolve em pleitos e pautas com os poderes municipal, estadual e federal, potencializando o ecossistema empreendedor da região. No âmbito técnico, as soluções e serviços que oferece para seus associados melhora o desempenho da porta para dentro das empresas, otimizando custos operacionais e oferecendo benefícios para uma melhor gestão. A perspectiva de fora para dentro é a visão que o empresário e a comunidade têm do trabalho que é desenvolvido pela entidade e que, por muitas vezes, é difícil de entender, seja pelos desafios diários que o empreendedor enfrenta para manter sua empresa ativa ou mesmo pela distância

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F A R I A S que tem na participação das atividades que são ofertadas. É interessante analisar este ponto de vista, pois se considerarmos que a grande maioria das empresas no Brasil é de pequeno e médio porte o envolvimento dos empresários no ambiente institucional tende a ser menor. Porém, o uso de benefícios e serviços atende suas necessidades na melhoria de gestão e sustentabilidade da operação empresarial. Bom, tendo contextualizado as duas perspectivas posso afirmar que não há como ter os dois pontos de vista ao mesmo tempo, se você está atuante no sistema, o entendimento na importância da participação é diferente de quando você está orbitando ele. E quando você se afasta do centro de energia que move o associativismo a uma tendência natural de analisar a participação pelos critérios naturais de ser empreendedor, que coloca a relevância dos benefícios oferecidos frente aos benefícios entregues para a gestão da empresa. E talvez a pergunta que esteja em sua mente agora seja: mas, qual das perspectivas está certa? Então lhes digo que as duas estão certas. O princípio da livre iniciativa é que a participação no sistema depende do que o sistema te entrega de relevante e você se associa e desassocia pelo engajamento que tem no movimento. Contudo, o tempo do movimento institucional é mais lento que do movimento empresarial. O relógio .org, .gov, .edu, tende a ser quatro vezes mais lento que o .com. E neste contexto, as entidades empresariais e o movimento associativista são responsáveis por harmonizar essa velocidade e azeitar as relações sociais para que juntos possamos desenvolver nossas empresas, localidades, cidades, regiões, estados e países. E se você faz parte do movimento associativista busque se envolver com os seus interesses, mas se você não faz parte do movimento saiba que o trabalho desenvolvido reflete diretamente na sua qualidade de vida. Pois sozinhos vamos mais rápido, mas juntos vamos muito mais longe e a ACIC materializa essa responsabilidade há 75 anos.

Timóteo Farias Consultor Empresarial


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Foto: Daniel Búrigo

D E S E N V O L V I M E N T O

Lutas e conquistas, entidade levanta bandeiras pelo Sul Acic é personagem presente há 75 anos em pautas de reivindicação para a construção de obras, ideias e conhecimento para a região

BRUNA BORGES

Promover o desenvolvimento econômico, político, social e cultural de Criciúma e região, representando e prestando serviços aos associados e meio empresarial”. Essa é a Missão da Associação Empresarial de Criciúma. Missão que vem sendo cumprida desde 1944 e que se renova a cada ano, conforme evoluem também os temas debatidos na sociedade. Levantar bandeiras positivas e necessárias para a região sempre foi uma das características da Acic e, ao longo dos anos, algumas dessas bandeiras receberam destaque pela entidade. A primeira delas foi a própria motivação para a criação da associação: a vontade de promover o crescimento econômico com o apoio de uma instituição que visasse essencialmente esse fim. No início do século XX, Criciúma começou a se fortalecer no comércio e na extração do carvão mineral. O momento era bom para a cidade e nos

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anos 40 o setor carbonífero vivia um dos seus auges. Nesse sentido, de aproveitar o bom momento, surge a Acic, com a bandeira de “congregar, para defesa dos interesses comuns, cidadãos e firmas que exerçam atividade comercial, em todas as suas modalidades econômicas e financeiras”, conforme consta em seu primeiro estatuto. E, ainda, “promover a expansão comercial e industrial de Criciúma e do Estado de Santa Catarina”. Foi com o empenho de diretores e associados que pautas imprescindíveis para a cidade saíram do papel. Algumas delas são antigas, como “uma estrada que ligue o Centro da cidade até a Rodovia Federal”, citada desde a década de 70 e concretizada em 2017, com a inauguração da Via Rápida. Outras estão no radar há muito tempo e seguem sendo discutidas, como a conclusão do Anel de Contorno Viário de Criciúma. E ainda há aquelas mais recentes, mas que logo se tornaram as mais importantes e dignas de atenção da entidade, como a melhoria da qualidade da educação.


Foto: Arquivo Histórico

Empresários lutaram pela concretização do Aeroporto Leoberto Leal em 1950

OBRAS DE INFRAESTRUTURA, EMPRESÁRIOS SE MOBILIZAM PELA CONSTRUÇÃO DE AEROPORTOS Após dar o passo inicial de criação da Acic, os diretores perceberam que trazer e fortalecer empresas não seria o suficiente, era preciso ter a infraestrutura preparada para escoar produção, dar celeridade ao processo de logística e fornecer qualidade de vida à população. Logo no início de sua trajetória a Acic começou a lutar por obras de interesse coletivo e assim se mantém ao completar 75 anos. Já conhecida como a Capital do Carvão, Criciúma ganhou novas atividades econômicas a partir dos anos 50. O setor cerâmico despontou, principalmente com o início das atividades da Cerâmica Santa Catarina, a Cesaca, e fez a construção civil se tornar mais uma importante alavanca econômica na região. Todo esse desenvolvimento despertou a necessidade de otimizar os meios de transporte e iniciou-se a luta por voos que levassem os empresários a suas viagens, especialmente ao grande centro comercial do país, São Paulo. O desejo foi concretizado em 1957, ano de inauguração do Aeroporto Leoberto Leal, que permaneceu no Bairro Pinheirinho até o fim dos anos 70. Anos depois, quando o endereço de partida e chegada das aeronaves já era o Aeroporto Diomício Freitas, em Forquilhinha, muitas foram as reuniões realizadas para encontrar meios de aumentar a oferta de voos, mas principalmente conquistar a mudança dos horários das viagens, que não eram compatíveis com as agendas dos empresários. Por último, mas também longa foi a batalha para ver pronto e operando o Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna. Mais de 10 anos se passaram para que a estrutura fosse inaugurada e em todo esse período a Acic se fez presente, dando peso à reivindicação da região. Em abril de 2015, decolou o primeiro voo e atualmente duas empresas operam no local, uma delas com opção de partida e retorno de São Paulo no mesmo dia.

Foto: Daniel Búrigo

Empresários Olvacir Bez Fontana e César Smielevski,acompanharam a inauguração do Aeroporto Regional de Jaguaruna

Jornal ATribuna - 11/09/2009


era presidente, foi inaugurada a sede do 9º Batalhão de Polícia Militar, localizado no Bairro Jardim Maristela. A segurança pública ainda hoje é um tema dos mais discutidos dentro da entidade. Nos últimos anos, a Acic se envolveu em campanhas para unir sociedade e forças policiais, assim como pressionou agentes públicos em questões como a instalação de câmeras de monitoramento pela cidade. A construção de um local para feiras e eventos também passou pelas mãos da Acic no início dos anos 2000. “Outra grande batalha nossa foi pela construção de um centro de eventos na cidade. Conversamos com o prefeito Paulo Meller, com o Eduardo Moreira, que na época era vice-governador, e conseguimos o Pavilhão de Exposições José Ijair Conti. Naquela época, éramos a segunda ou a terceira cidade do estado com um centro de eventos”, relembra o ex-presidente, Edilando de Moraes.

JOSÉ PIMENTEL LUTOU PELO RIO CRICIÚMA E PELA ABERTURA DE AGÊNCIAS BANCÁRIAS Durante sua gestão à frente da entidade, José Pimentel, segundo presidente da Acic, brigou para alcançar soluções que fariam toda a diferença naquela década de 50: A limpeza do Rio Criciúma e a conquista de uma agência dos Correios e de uma agência do Banco do Brasil para Criciúma. Em uma de suas comunicações via telegrama com o Departamento Nacional de Obras e Saneamento, clamou: Prestaria vossência valioso auxílio à população criciumense se dignasse a enviar engenheiro sanitarista a proceder urgente levantamento e sugerir medidas para o desvio do leito desse rio. Meses depois e com a insistência de mais alguns telegramas, Pimentel viu realizada a limpeza do curso d’água, assim como construído o prédio dos Correios. A agência bancária, no entanto, ficou para tempos depois. Eram primárias aquelas bandeiras e formaram o começo da sociedade organizada em Criciúma.

“Outra grande batalha nossa foi pela construção de um centro de eventos na cidade. Naquela época, éramos a segunda ou a terceira cidade do estado com um centro de eventos”. Edilando de Moraes, Ex-presidente da Acic (2004-2007)

MOVIMENTO PELA CONSTRUÇÃO DO BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR Já nos anos 80, ciente de que índices altos de segurança refletiriam uma sociedade mais próspera, a Acic, sob a presidência de Jayme Zanatta, iniciou o movimento para a construção de um Batalhão de Polícia Militar em Criciúma. Audiências com secretários de Estado e governadores foram feitas até que uma alternativa foi encontrada: empresas da região devedoras de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) pagariam seus débitos ao Governo do Estado e esse recurso seria revertido exclusivamente para a viabilização da obra. Com a Acic ficou a missão de convencer as empresas desse pagamento. E assim foi feito. Tanto que em 1995, quando Guido José Búrigo

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Acic também contribuiu com um movimento junto as empresas para a construção do Batalhão da Polícia Militar


ESTRADAS E DUPLICAÇÕES SÃO PAUTAS CONSTANTES Mas, quando se fala em obras, nada é mais recorrente do que as estradas. Pavimentações, duplicações, restaurações, muitas são as demandas das vias que transportam pessoas e cargas no Sul. O Anel de Contorno Viário de Criciúma, por exemplo, começou a ser idealizado dentro da entidade muito antes de começar a ser construído. Em 1993, quando a Assembleia Legislativa de Santa Catarina se instalou em Criciúma por um dia, a Acic elaborou uma pauta de reivindicações e entre elas estava a “Conclusão do Anel Rodoviário”. Quase 30 anos depois, projetos foram sendo inaugurados e ainda hoje o Anel Viário é pauta. No começo de 2019, prioridades para o Sul foram elencadas e, entre elas, está a realização da quarta e última etapa da obra.

“Nós fizemos um movimento, panfletagem, várias reuniões com o governador para a construção da Via Rápida. Foi a nossa principal bandeira na época”. Olvacir Bez Fontana, Ex-presidente da Acic (2010-2013) Idealizada pelo ex-presidente da Acic, Olvacir Bez Fontana, na época em que ocupava o cargo de secretário de Estado de Planejamento, a Via Rápida é mais um capítulo para o desenvolvimento da infraestrutura regional. Durante seus anos na presidência, em 2012, Fontana recebeu a visita do governador Raimundo Colombo que veio a Criciúma anunciar o início das obras. A inauguração da Via Rápida ocorreu em 2017 e diminuiu o tempo de entrada e saída da cidade de aproximadamente 30 minutos para menos de 10 minutos. “Nós fizemos um movimento, panfletagem, várias reuniões com o governador para a construção da Via Rápida. Foi a nossa principal bandeira na época”, conta Fontana.


A Acic esteve à frente para a criação do Observatório Social de Criciúma

DESENVOLVIMENTO REGIONAL Paralelo à necessidade de obras físicas que trouxessem a estrutura necessária para importantes realizações do meio empresarial, a Acic desde o seu início também se envolveu em lutas que não envolviam asfalto, tijolos e máquinas, mas sim, evolução de ideias e de conhecimento. Quando tinha a extração do carvão mineral como sua atividade empresarial principal – ao lado do comércio, que ainda era predominante na entidade –, diretoria e associados, ao lado de lideranças como prefeitos, deputados, vereadores e líderes sindicais, empenhava-se para manter o título de terra do carvão. Em uma época em que viajar para Florianópolis já era considerado muito difícil e avançado, caravanas da cidade partiam para locais como o Rio de Janeiro e garantiam conquistas, como a garantia de que a Usiminas não faria mais cortes na compra do mineral do Sul. Na política, nunca tomou partido ou defendeu candidatos, mas sempre esteve por perto, observando os processos eleitorais para tomar conhecimento de quais eram as propostas e as ideologias daqueles que se colocam como opção de voto. É na Acic que ocorrem já há décadas encontros com candidatos a cargos políticos, todos recebendo o mesmo espaço de tempo para apresentar seus pensamentos. O objetivo é munir os associados e a população com informações, no intuito de que possam fazer a escolha mais sábia para a cidade

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e região. Da mesma forma, a entidade também é incentivadora de que cada vez mais nomes do Sul sejam escolhidos para cadeiras na Assembleia Legislativa de Santa Catarina e no Congresso Nacional, com a realização da campanha Do Sul pelo Sul. E, além de se envolver para fortalecer bancadas, a associação também promove a cobrança, tanto que em 2014 esteve à frente da criação do Observatório Social de Criciúma, órgão independente e que fiscaliza os gastos públicos. Com a evolução dos tempos, a Acic aumentou o tamanho da sua representatividade e encampou bandeiras que convergiam para uma sociedade mais desenvolvida. A saúde de qualidade para todos tornou-se pauta recorrente, tanto que a entidade está constantemente envolvida em discussões para melhor equipar os hospitais do Sul, em especial o Hospital São José, de Criciúma, maior referência para a saúde regional. Percebeu, ainda nos anos 80, que era necessário unir forças para que o Sul pudesse se destacar no cenário estadual e nacional e no início dos anos 90 cobrou apoio dos governos para a construção de um levantamento socioeconômico dos municípios da Região Carbonífera, a ideia era apontar quais caminhos deveriam ser seguidos na direção da evolução. Participaram também dessa campanha o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e a Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (Satc).


A EDUCAÇÃO Nos períodos em que o carvão mineral esteve em crise, estava lá a Acic para encontrar maneiras de sustentar não só a atividade, como também a Satc, escola que dependia do setor e que prestava – e ainda hoje presta – importante papel para a intelectualidade. Durante a criação da Fundação Educacional de Criciúma (Fucri/Unesc), também a presença da entidade era notada, assim como se mantém até hoje a parceria. Incentivadora da instalação de novas universidades, ampliação da oferta de vagas nas escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, a Acic decidiu não apenas fortalecer instituições, mas também se envolver inteiramente nesta que é a mais recente pauta da entidade, a educação.

Presença do relator do Conselho Estadual de Educação, Fernando de Aquino, sobre o processo final de transformação da Fucri em universidade, em 24 de fevereiro de 1997, na sede da Acic

Sensíveis às mudanças globais, os empresários perceberam que somente uma sociedade qualificada poderia transformar a realidade da população. Com a intenção de ser uma força ativa nesse da qualidade de mão-de-obra, que está ligada disentido, em 2014 a entidade criou o Prêmio Acic retamente à qualidade de ensino e, principalmende Matemática. Com o apoio da Gerência Regiote, ao raciocínio lógico. Estamos em um mundo nal de Educação Estadual e Secretaria Municipal de de revolução tecnológica, novos serviços estão Educação, provas são aplicadas anualmente aos diretamente ligados à parte lógica, de raciocínio, alunos do 5º ao 9º às inovações. Gerar anos do Ensino e futu“Nós levantamos uma bandeira forte, a acadêmicos Fundamental. A ros profissionais volavaliação permite da educação, em especial com o Prêmio tados à tecnologia acompanhar a qualie à inovação é uma Acic de Matemática. O crescimento da dade da educação e saída socioeconôa evolução dos esturegião passa pela melhoria da qualidade mica para a região”, dantes ao longo dos avalia o ex-presidende mão-de-obra, que está ligada anos, assim como te, César Smielevski. promover a impordiretamente à qualidade de ensino e, Ainda na atuação tância do raciocínio principalmente, ao raciocínio lógico”. junto às instituições lógico e a descobereducacionais da reta e valorização dos César Smielevski, gião, a Acic particidestaques da área. Ex-presidente da Acic pava como cocria“Nós levantamos (2014-2017) dora na realização uma bandeira forda ExpoMAIS, que te, a da educação, este ano chega a sua quarta edição. O evento tem em especial com o Prêmio Acic de Matemática, o propósito de compartilhar conhecimentos e foporque, apesar de ser uma entidade empresarial, mentar o desenvolvimento de toda a região Sul ela tem que se preocupar com a educação. Nós Catarinense. As áreas de Marketing, Administração, entendíamos na época – e continua sendo atual – Inovação e Sinergia são o foco do congresso. que o crescimento da região passa pela melhoria


CENTRO DE INOVAÇÃO E PRÊMIO DO PROFESSOR No mesmo esteio da educação, a Acic se esforça atualmente para a implantação do Centro de Inovação de Criciúma. A exemplo de outras estruturas que já funcionam no estado, o Centro de Inovação atuará como incubadora de ideias promissoras economicamente para a cidade e região. O projeto original previa a construção da obra física pelo Governo do Estado, mas com a dificuldade financeira apresentada pelo governo, Acic e Unesc uniram forças para que o projeto possa ser levado adiante em uma estrutura que já pertence à universidade e está semi-pronta no Centro da cidade. “Essa nova bandeira é um exemplo que resume as pautas da associação no decorrer desses 75 anos de existência, pois alia em um só projeto a estrutura física, o desenvolvimento regional e o incentivo

Governador do Estado assinou na Acic a liberação de recursos para a implementação do Centro de Inovação

à educação e à inovação”, destaca o presidente da Acic, Moacir Dagostin, que tem na concretização do Centro de Inovação uma de suas bandeiras de gestão. O Prêmio de Valorização do Profissional da Educação, que este ano terá sua segunda edição, foi uma iniciativa do atual presidente da entidade. O intuito da ação mobilizadora é o resgate da importância do professor para a formação da atual e das futuras gerações. “Quando assumi a presidência da Acic logo pensei que se tínhamos uma premiação que valoriza os estudantes no ensino da Matemática, precisávamos também valorizar os profissionais que se dedicam a ensinar estes estudantes. Queremos, por meio deste projeto, ser exemplo para o Poder Público, para as escolas privadas para que estes também premiem e valorizem seus professores”, destaca Dagostin.


“A bandeira da inovação, com a construção do Centro de Inovação, é um exemplo que resume as pautas da associação no decorrer desses 75 anos de existência, pois alia em um só projeto a estrutura física, o desenvolvimento regional e o incentivo à educação e à inovação”. Moacir Dagostin, Presidente da Acic


Diário Catarinense - 07/01/1998

Clipping da História

Jornal da Manhã - 07/05/1998

Diário de Notícias - 18/09/2012

Jornal da Manhã - 26/01/1998

Jornal da Manhã - 26/05/2004

Tribuna Criciumense - 28/01/1989 Tribuna do Dia- 07/03/2002

Jornal da Manhã - 11/09/2009 Folha dos Municípios - 26/06/1998

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Jornal da Manhã - 28/08/2009

Diário de Notícias - 18/06/2013

Jornal da Manhã - 07/02/1991

Tribuna do Dia - 29/06/2009

Jornal da Manhã - 13/06/1992

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O P I N I Ã O

Assim não funciona? L Ú C I A

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ma cena cada vez mais constante nas organizações, nas escolas e em casa é a convivência de 4 gerações. As diferenças, para alguns são abissais. Todos estão a bordo do Tesarac, termo cunhado por Silverstein e endossado por Drucker, que indica um momento de mudanças profundas. Caos e ordem, ao mesmo tempo e junto. O que se sabe é que o mundo não funciona mais como funcionava. O novo tempo, com uma nova dinâmica social, cuja ordem ninguém sabe como será, já é o presente. No meio deste cenário de transição, entre a era industrial e a do conhecimento, com crescente necessidade de colaboração e cooperação, as pessoas começam a ser percebidas como fundamentais para minimizar impactos e otimizar a inovação. E agora, nesse complexo emaranhado para onde caminhar?

B Ú R I G O vida ganha sentido. Não basta ordenar, mandar fazer. É preciso identificar o porquê. E essa é uma língua que todos falam. Independe de idade, sexo, condição social. Há um por quê? Então, há porque realizar, ou não. “Lidar com seres humanos é lidar com significados” afirma Ricardo Guimarães, da Thymus Branding. Essa compreensão ajudará a construir a cultura de uma sociedade em rede, onde pessoas que concorrem entre si, também podem cooperar, realizando juntas.

A consciência deste novo momento aponta como a maior competência dos dias atuais a adaptação. Tofler já falava disso no século passado, manifestando a necessidade de reaprender de modo permanente, não é mesmo? Isso serve tanto para os da terceira idade, como os Y e Z que estão aportando por aí e tomando decisões organizacionais, em meio a conflitos. A mundança de mindset é necessária para “Diferentemente do que todos e a busca por uma linguagem de entusiasmo e muitos visualizam, a convergência idem. Sem ela crise pela qual estamos dificilmente são extraídos os tesouros que cada um passando é uma crise traz e que oportunizam a de época. Vai muito criação de experiências ricas e memoráveis para a além do umbigo de configuração de organizações cada um e afeta a todos mais produtivas, felizes e saudáveis. Além do mais, tudo indistintamente. Como amadurece. São os ciclos inexoráveis da vida. O mágico em qualquer fase de caminhada é aprender e mudança, o desconforto da conviver, como faz a Acic, que reina e impera, causando há 75 anos se reinventa.

Diferentemente do que muitos visualizam, a crise pela qual estamos passando é uma crise de época. Vai muito além do umbigo de cada um e afeta a todos indistintamente. Como em qualquer fase de mudança, o desconforto reina e impera, causando turbulências e impondo desafios. É trabalhosa e doída e faz com que nosso cérebro precise gastar energia adicional para absorver o inusitado, intimidando o corpicho a se mover para novas direções. A inovação está na ponta da língua, é desejada, mas ainda não está no coração. Vem embalada pela mudança de hábito, a turbulências e impondo quebra de paradima e assusta aos reles mortais. O que pode desafios”. ajudar a criar pontes para facilitar a vida e aliviar as dores das descobertas é a comunicação. Ao estabelecer conexões a comunicação pode apoiar no alinhamento dos desejos e expectativas de seres humanos, que carecem de estabelecer significado para tudo. Com significado passamos a entender os porquês e a

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Lúcia Búrigo Profissional do Ano de Marketing e Vendas – Prêmio Antunes Severo/ADVB SC – Região Sul. Professora e Sócia da Bossa Experiências Criativas


E D U C A Ç Ã O

Inscrições para o Prêmio Acic de Matemática superam expectativas Concurso envolverá mais de 17,5 mil alunos de quase 10 escolas de sete municípios da região

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sexta edição do Prêmio Acic de Matemática superou a expectativa quanto ao número de inscritos. O concurso envolverá neste ano mais de 17,5 mil alunos do quinto ao nono ano do Ensino Fundamental de quase 100 escolas das redes pública, estadual e privada dos municípios de Criciúma, Nova Veneza, Içara, Siderópolis, Cocal do Sul, Maracajá, Balneário Rincão e Forquilhinha. “Ultrapassamos mais de 17, 5 mil inscritos e isto é o melhor indicativo de que estamos no caminho adequado. O prêmio nesta edição se consolida como uma ação que estimula os alunos a estudarem Matemática, envolvendo as famílias nesse processo,

auxiliando e estimulando os professores a se desenvolverem nesta área e trazendo resultados melhores para os alunos” relata a coordenadora dos projetos educacionais da Acic, Rose Reynaud. Este ano o projeto conta com três novos municípios Maracajá, Forquilhinha e Balneário Rincão. “O fato de termos novos municípios participando também é um indicativo de que o prêmio traz resultados positivos. Todos querem se engajar quando os resultados são positivos. Esse é um projeto estratégico para a melhoria da educação e, consequentemente para o desenvolvimento regional”, conclui Rose. A aplicação das provas da primeira e segunda etapa ocorrerão, respectivamente, em 15 de agosto e 20 de setembro. Os eventos de premiação serão realizados no dia 31 de outubro na Acic.


E D U C A Ç Ã O

Alexandre José Bonfante, de 73 anos, se formou na Satc como torneiro mecânico

Satc transforma realidades há 60 anos Instituição também comemora em 2019 as conquistas contabilizadas em seis décadas de atuação

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ano era 1963 e Alexandre José Bonfante ouviu os conselhos da mãe, Amábile, e decidiu fazer um curso. Se ficasse em casa seguiria os passos dos irmãos e iria para a roça, mas dona Amábile tinha preocupação com o filho que era muito tímido. “Sou envergonhado até hoje. Mas fazer o curso de tornearia abriu portas”, lembra. Hoje, aos 73 anos, seu Alexandre ainda atua como torneiro mecânico, profissão que escolheu ao entrar pelos corredores da Satc nos idos de 63. A paixão de seu Alexandre pelas máquinas e pela chance de criar algo novo impulsionaram sua carreira como torneiro mecânico. Atuou nas carbo-

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níferas e abriu sua própria tornearia, nos fundos de casa. Hoje, é ali, entre o maquinário, que se diverte criando ou consertando. “Agora estou fazendo uma armadilha pra pegar peixe”, brinca. A educação que impulsiona carreiras e transforma vidas é destaque na Satc. Esse carinho perpassa gerações e recebe famílias não apenas da região, mas também de outros estados. “O estudo é algo precioso, que podemos dar aos nossos filhos e que ninguém vai tirar. Optamos pela Satc e foi certeiro”, comenta Liliam Lencina Quevedo. Ela e o marido Ronaldo acompanham o cotidiano da escola de perto já que os filhos Lourenço, Lucas e Felipe, estudam na Satc com bolsas.


Quando foi fundada, em 2 de maio de 1959, a Satc surgiu como braço assistencial da indústria carbonífera. A Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão, como foi denominada à época, tinha como finalidade dar suporte às famílias dos mineiros. O primeiro foco foi assistencialista, depois educacional. “A ação social é forte por estar na gênese da Satc desde sua criação. Ao longo do tempo se percebeu que através da educação é que se conseguiria transformar as pessoas. Isso acabou entrando no DNA da nossa instituição, fazendo com que muitas ações tenham esse cunho”, destaca o diretor geral da Satc, Carlos Antônio Ferreira. Em 2018, foram distribuídas 691 bolsas, de 100% ou 50%, que permitiram que os alunos estudassem no Colégio Satc. UM NOVO JEITO DE ENSINAR Nestas seis décadas de atuação, a Satc transformou vidas e se transformou também. Trouxe em seu DNA a relação com o setor industrial e ajudou a formar jovens profissionais que se espalharam pelo país. Desde 1963, quando iniciou a primeira turma de aprendizagem na Satc, já foram registradas na secretaria da escola mais de 143 mil matrículas. “Nem todas representam cursos concluídos, mas dão a dimensão do nú-

mero de alunos que já passaram pelos corredores da instituição”, ressalta a secretária geral, Hilda Ghisi. Nos últimos anos, a instituição vem implantando a Metodologia Satc 2030, voltada para uma aprendizagem baseada em problemas reais e ideias empreendedoras. As iniciativas envolvem os pequenos da educação infantil até a pós-graduação. No novo modelo proposto, os projetos são desenvolvidos por meio de práticas ativas, fazendo com que os estudantes aprendam fazendo e colocando seus conhecimentos em produtos, processos e ações. Deixar a sala de aula para fazer a instalação elétrica em uma escola pública, pesquisar novas tecnologias para um carro elétrico, produzir jogos de montar para creches e escolas ou o pediasuit, equipamento criado para tratamento de pessoas com baixa mobilidade, são alguns dos trabalhos realizados que extrapolam os muros da instituição. “A Satc transforma pessoas em gente, prepara para a vida. Como isso acontece? Todo mundo trabalha com todo mundo. Acreditamos no que ensinamos e no potencial dos alunos que passam por aqui”, observa o diretor executivo da Satc, Fernando Luiz Zancan.

Instituição implantou nova metodologia voltada para uma aprendizagem baseada em problemas reais

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C O M É R C I O

I N T E R N A C I O N A L

Entidades devem organizar missão à China Vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Uta Schwietzer, proferiu palestra na Acic

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s “potencialidades do mercado chinês à região Sul” foram abordadas em palestra realizada no dia 30 de maio,em Criciúma, na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), pela vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Uta Schwietzer. Conforme Uta, os principais produtos importados pela China atualmente são: a carne, o algodão e as frutas. A guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos também mereceram atenção, o que, segundo ela, é positivo para o Brasil. “Deixa eles brigarem e vamos fazer a nossa parte”, afirmou. Ela ainda usou a expressão “vaso quebrado não dá para colar”, e que as relações não serão mais as mesmas. A presidente sugeriu aos empresários presentes no evento que não tenham medo do gigante asiático. “Se você tem um negócio e pensa ‘estou me sentindo ameaçado’. Tente ser parceiro do chinês. Ao invés de tê-lo como concorrente”, aconselhou, dando exemplo de uma indústria calçadista do Sul do Brasil, que hoje fabrica para China e exporta para o mundo. Uta ainda convidou os empresários a visitar a China, e de estarem abertos a novas possibilidade de negócio. “Indo mais aberto, você vai descobrir novas opções de negócio”, declarou. O convite em especial é para participar da Feira de Cantão, a maior da China, que acontece sempre duas vezes ao ano, nos meses de abril e outubro.

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A Acic deve organizar uma missão para China. Conforme o presidente da entidade, Moacir Dagostin, a missão deve ser organizada junto aos empresários e ao setor público, ainda este ano, ou no primeiro semestre do 2020. O secretário executivo da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), Acélio Casagrande, ainda convidou a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China a abrir uma filial do escritório em Criciúma como forma de intermediar o Sul do Brasil nas transações comerciais com os chineses. Para Casagrande, a palestra serviu para aproximar as cadeias produtivas da região e as possibilidades de negócio para exportação e importação. “Nosso objetivo é buscar oportunidade para a região Sul crescer”, reformou. CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA BRASILCHINA O evento foi uma parceria entre Acic e a Amrec com o intuito de atrair novos investidores à região. Em fevereiro deste ano, o presidente da Amrec à época, Helio Roberto Cesa, e o representante da Acic, Édio Castanhel Filho, presidente da Associação de Jovens Empreendedores de Criciúma (AJE), foram ao Rio de Janeiro para o primeiro contato e para o convite do evento. A Câmara de Comércio e Indústria Brasil China é uma entidade independente e sem fins lucrativos com o objetivo fomentar a relação entre os dois países.



P O D E R

J U D I C I Á R I O

Comarca de Criciúma também celebra 75 anos Conciliação, mediação e penas alternativas são destaques da atuação da comarca

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comarca de Criciúma busca constantemente ser exemplo de atuação do Judiciário oferecendo soluções eficientes, rápidas e humanizadas na solução de conflitos e, com estes valores, celebrou 75 anos no último 20 de março de 2019. Na oportunidade, a Câmara de Vereadores de Criciúma promoveu uma Sessão Especial em homenagem à data, no Salão do Júri do Fórum da Comarca. A sessão foi proposta do presidente do Legislativo, vereador Valmir Dagostim e aprovada por unanimidade. Instalada em 1944, a Comarca de Criciúma registra atualmente mais de 86 mil processos, recebe em média 300 pessoas diariamente e quase 80 mil pessoas no ano no Fórum Desembargador Euclides de Cerqueira Cintra, no Bairro Milanese. Além da cidade Criciúma, onde está sediada, a comarca também é composta pelos municípios de Siderópolis, Nova Veneza e Treviso, com abrangência sobre mais de 243 mil habitantes. No prédio, trabalham 308 profissionais, sendo 159 servidores do Tribunal de Justiça. Para a juíza Eliza Maria Strapazzon, diretora do Foro e titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de Criciúma, fazer parte da história do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, da cidade de Criciúma e desta comarca, é motivo de grande satisfação para todos que na comarca atuam no exercício do Direito e da cidadania. “O Poder Judiciário de Santa Cata-

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rina procura ser reconhecido como um Judiciário eficiente, célere e humanizado, e acredito que é isto que todos temos buscado alcançar nos últimos 75 anos. Gostaria de agradecer a todos os magistrados, servidores, estagiários, colaboradores e a todos os que contribuem, ou já contribuíram, direta ou indiretamente, na concretização da nossa missão institucional que é de realizar Justiça”. A comarca possui treze varas sendo elas 1ª e 2ª Varas Criminais; 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Varas Cíveis; Juizado Especial Cível; Vara da Infância, Juventude e Anexos; 1ª e 2ª Varas da Fazenda Pública, Vara da Família, Vara de Execuções Penais e a Unidade Judiciária de Cooperação da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Atualmente possui 12 juízes titulares em atividade, além de duas juízas substitutas que atuam na circunscrição, integrando o quadro de magistrados. Também é em Criciúma que está sediada a 4ª Turma de Recursos, que analisa os recursos dos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e da Fazenda de todo a região Litoral Sul, que abrange de Imbituba a Santa Rosa do Sul. INSTALAÇÃO E EXPOSIÇÃO DE PROCESSOS HISTÓRICOS A primeira sede da comarca foi onde atualmente é a Casa da Cultura, na Praça Nereu Ramos, depois no Palácio do Estado e atualmente, desde 2000, o Fórum Desembargador Euclides de Cerqueira Cin-


tra, nomeado em homenagem ao primeiro juiz da comarca. Na época de sua instalação, foi formada uma comissão organizadora dos festejos da qual faziam parte o ex-prefeito Elias Angeloni, Heriberto Hülse, o ex-governador, Addo Caldas Faraco, o ex-prefeito, Abílio Paulo, ex-prefeito, ex-deputado estadual e conselheiro aposentado do Tribunal de Contas, Paulo Preis, ex-prefeito, Carlos Otaviano Seara, o ex-secretário municipal, Emílio Ventura Hülse e o ex-secretário municipal, Hercílio Amante. CONCILIAÇÃO, MEDIAÇÃO E PENAS ALTERNATIVAS EM DESTAQUE Buscando solucionar conflitos com métodos alternativos e de forma mais eficiente, o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) oferece opções alternativas na resolução de casos de forma simplificada. Mais de 100 audiências de mediação ou conciliação são realizadas mensalmente e é superior a 80% o nível de resolução com êxito, solucionadas de forma consensual entre as partes. Para ampliar ainda mais as formas de acesso ao Poder Judiciário, Criciúma recebeu duas novas unidades do Cejusc, através de parceria com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, uma na

Escola Superior de Criciúma (Esucri), e outra na Unesc, para atuação nas questões processuais, pré-processuais e de cidadania. Além do Cejusc, a Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA), também instalada nas dependências do fórum, é um órgão extremamente atuante no que diz respeito a acompanhar e fiscalizar a execução da prestação de serviços à comunidade e medidas educativas. A Central, que atende uma média de 900 pessoas por mês, conta com assistentes sociais e psicólogos que oferecem acompanhamento psicossocial durante o acompanhamento da execução da pena ou medida com foco na ressocialização do infrator. MELHORIAS NA ESTRUTURA FÍSICA O Fórum sede da Comarca de Criciúma é o maior da região Sul catarinense, com 8260 m², e recebe constantemente investimentos na melhoria de sua estrutura. “Além da questão visual, buscamos reestruturar e melhorar o espaço para os juízes, servidores e, é claro, a população”, ressalta a juíza de Direito e Diretora do Foro de Criciúma, Eliza Maria Strapazzon.


F A C I L I D A D E

Soluções Empresariais acompanham a evolução da Acic Ao longo de seus 75 anos, a Acic também evoluiu o leque de soluções, qualificações e benefícios às empresas CAROL PARIS

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em-estar, qualidade de vida e qualificação são fatores fundamentais para a produtividade dos funcionários e a manutenção de boas equipes de trabalho às empresas.

Por isso, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) ao longo de suas mais de sete décadas sempre esteve atenta na busca de soluções e benefícios para seus associados e empresas. “Uma empresa que oferece um bom pacote de benefícios entende e valoriza a importância dos seus colaboradores para o bom desempenho de suas atividades”, relata a coordenadora comercial da Acic, Vilma Martinhago Borges. Pensando em melhorar a produtividade dos funcio-

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nários, a associação oferece às empresas de Criciúma e região, soluções que se encaixam em cada situação e demanda. “Temos diversas soluções, entre elas, o Cartão Útil Alimentação e o Cartão Prêmio, que são incentivos aos colaboradores, para atingirem suas metas, assim buscando o crescimento do grupo. Temos ainda convênios nas áreas de educação e saúde”, completa Vilma. A Acic é uma entidade que busca e presa pelo crescimento, seja ele individual ou regional. Se capacitar para o mercado de trabalho vai muito além da formação acadêmica, por isso a oferta de qualificações e atualizações por meio de cursos, palestras e workshops é intensa na programação da entidade. “É importante que o profissional entenda a importância de estar sempre atualizado, acompanhando as tendências, mudanças na legislação, novas competências e técnicas que possam mantê-lo atrativo


às empresas”, explica a coordenadora de cursos e capacitações da Acic, Aline Mangili. Conforme Aline, na outra ponta as empresas também precisam ter um olhar de desenvolvimento junto às pessoas, proporcionando capacitações que mantenham seus profissionais atualizados e, consequentemente, tornem a empresa mais competitiva e inovadora. “É pensando nisso que a Acic atua na promoção de capacitações, entendendo que um dos seus papéis, enquanto associação empresarial, é contribuir para o desenvolvimento da região, e somente por meio das pessoas, capacitando-as e desenvolvendo-as, isso será possível”, ressalta. Aliar um espaço cultural junto ao meio empresarial, foi mais uma das ideias que também vem dando bons frutos na entidade. Nascia em 2016, o Projeto Triple C, que inclui a realização de projetos colaborativos entre entidades e também o desenvolvimento de atividades voltadas à inovação, cultura, sinergia e conhecimento. São mais de 2 mil metros quadrados com três pavimentos e 19 salas, além de uma galeria de exposição. “Este projeto veio para contribuir e dar mais espaço para este propósito de desenvolvimento. O nome Triple C representa os três

C de atuação: Corporativo, Colaborativo e Cultural, onde as capacitações que a Acic oferece compreendem o último C, do Cultural. Entendemos que na promoção de cursos, palestras e eventos possamos ofertar o desenvolvimento às pessoas, contribuindo com o crescimento da região”, conclui Aline. REFERÊNCIA PARA A REALIZAÇÃO DE EVENTOS A entidade se tornou um local de auxílio para o crescimento e desenvolvimento das aptidões tanto de empresários, quanto de profissionais de diversas áreas. “Temos muito orgulho de poder ofertar um vasto pacote de conhecimento para os associados e público em geral, e com uma infraestrutura que permite uma didática inovadora com o suporte das diversas tecnologias e diferentes materiais. Tudo isso, permite aos associados e a sociedade empresarial a realização de cursos e eventos de pequeno ou grande porte, com o auxílio de tecnologia, conforto acústico e contando com salas e auditórios de tamanhos variados para todos os tipos de públicos”, destaca a diretora executiva da Acic, Maria Julita Volpato.


O P I N I Ã O

Indústria 4.0!? M A R C O S

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sse termo, mesmo que já implantado na Europa desde meados de 2011, para nós no Brasil, ainda está “engatinhando”. O conceito que está sendo tratado como a quarta revolução industrial, traz para dentro das fábricas e manufaturas um ambiente cada dia mais cibernético, integrado e dinâmico. Há algumas décadas, as únicas ou principais preocupações das indústrias estavam relacionadas a produzir mais, com maior lucro possível e com qualidade. Hoje, com a implantação da Indústria 4.0, estamos tratando de uma nova lógica de produção, que passa pelo processo de digitalização das fábricas e das operações industriais como um todo. Unindo os conceitos de Internet das Coisas com a automação industrial, diferentes protocolos de comunicações, segurança cibernética, T.I, armazenamento nuvem, software, ERP, temos diversas áreas conectadas e trocando informações em tempo real, auxiliando nas tomadas de decisões de toda e qualquer fábrica sem distinguir segmento ou tamanho. Afinal em tempos de melhoria contínua, concorrência com mercado exterior, tributos cada dia mais altos, toda e qualquer informação confiável que o empresário tenha disponível irá auxilia-lo ainda mais na tomada de decisões.

R O S A

produtivas, possuímos máquinas, tecnologias e pessoas prontas para fazer igual ou até melhor do que já existe no mercado. Os investimentos não são altos e a implantação da Indústria 4.0 pode ser modular, implantada por setores, aproveitando ao máximo toda a infraestrutura existente, sabendo que essa mudança e implantação será gradativa sem descapitalizar ou comprometer a saúde da empresa, porém será contínua, como em um processo de melhoria. Por exemplo, encontre o gargalo na fábrica e comece por lá! Qual setor é o mais importante, qual área é vital para sua indústria, qual produto você tem que dedicar mais atenção, seu problema está em medir produção, água, gás, energia elétrica? Não importa! Comece a controlar e utilizar essas informações para conseguir vantagens competitivas no seu negócio.

“Com a implantação da Indústria 4.0 estamos tratando de uma nova lógica de produção, que passa pelo processo de digitalização das empresas”.

Como fazer? É fácil. Basta interesse, estar aberto a novas tecnologias, novas formas de fazer, visão de futuro e procurar entender onde e como aplicar esse conceito na sua indústria, seja ela de grande ou pequeno porte. SIM, de pequeno porte também, afinal fábricas pequenas, teoricamente, tem mais facilidades para implantação do conceito da Indústria 4.0, de modo que já estão se preparando para o crescimento de uma forma atual, confiável e dinâmica. Já para indústrias maiores é preciso mudar, buscar novas formas de controle e gestão. Não precisamos esperar as tendências da Europa para fazermos melhorias em nossas cadeias

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A U R É L I O

Com certeza, o retorno e as comodidades dessa solução resultam em uma melhor performance no seu processo produtivo. Em tempos de tecnologia e informações disponíveis a todo momento, o que acha de ter sua fábrica rodando na tela do Smartphone em tempo real?!

Utilizar recursos externos é uma das maneiras mais assertivas para começar a implantação da Indústria 4.0. Assim sua equipe e seus colaboradores continuam trabalhando focados apenas para o seu negócio, e não para implantação de uma solução para a qual estariam necessariamente preparados ou capacitados. A ECO AUTOMAÇÃO, com unidades em Criciúma, Joinville, Caxias do Sul, Curitiba, dispõe de equipe técnica especializada na implantação e digitalização industrial, e pode oferecer essa implantação dedicada para a sua indústria, com referências de sucesso em várias indústrias de grande e pequeno porte dentro e fora do Estado.

Marcos Aurélio Rosa Administrador de Empresas



C O O P E R A T I V I S M O

Aloísio Westrup é presidente da Sicredi Sul SC desde 2004

Instituição que nasceu na Acic celebra 20 anos de crescimento com cooperação Instituição Financeira Cooperativa comemora duas décadas, conciliando viabilidade econômica e responsabilidade social

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ooperativas nascem a partir de uma necessidade coletiva e da união de, no mínimo, 20 pessoas que tenham força de vontade para atender esse objetivo, por meio de um empreendimento socioeconômico. Esse cenário era claro no final da década de 90, na Associação Empresarial de Criciúma – Acic. E foi na estrutura da Associação, para atender as necessidades dos empresários locais, que no dia 13 de julho de 1999 realizou-se a assembleia de fundação da Cooperativa de Crédito Mútuo dos Confeccionistas da Região Sul Catarinense, a Acicred. Mas, esse foi apenas o primeiro passo da trajetória da cooperativa, hoje denominada “Sicredi Sul SC”. Uma caminhada marcada por outros desafios, que ultrapassaram a necessidade e a força de vontade dos fundadores. O primeiro presidente da instituição, o empresário Adenir Zanette, relata que as principais dificuldades iniciais estavam na atração de associados, na venda de cotas e, sobretudo, na conscientização. “Saíamos a campo em busca de novos membros, mas

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encontrávamos muita resistência e desconfiança por parte dos empresários”, descreve o antigo gestor. Presidente da Acicred desde 2004, o contador e empresário Aloísio Westrup relembra os fatos que marcaram a história da cooperativa até então. “Conquistamos uma nova sala em 2005, deixando as instalações da Acic, e abrindo ainda mais os atendimentos. Em 2007, migramos para o sistema Sicredi. Essa mudança garantiu à cooperativa recursos, suporte técnico e espaço para desenvolver o cooperativismo de crédito em várias cidades do Sul do estado”, descreve Westrup. Após ingressar no Sistema Sicredi, a instituição deu outros três passos marcantes em 2011: abriu as suas atividades para atender todos os públicos, uniu a sua área de atuação com a cooperativa Sicredi Sul Catarinense de Tubarão, dando origem à atual nomenclatura “Sicredi Sul SC”, e, por fim, estruturou uma sede própria em Criciúma. Avanços que orgulham quem acompanhou tudo isso de perto. “Estamos felizes pela Sicredi Sul SC


da Sicredi Sul SC.

ter nascido na Associação Empresarial e hoje ser a nossa parceira em vários eventos. Temos ainda o trabalho em conjunto para a gestão do Cartão Acicard, que facilita a vida das empresas e fomenta o comércio”, afirma Moacir Dagostin, presidente da Acic, que participou do ato de fundação da cooperativa em 1999.

Além da viabilidade econômica, a preocupação com a vida financeira dos associados e o comprometimento com a comunidade estão presentes no trabalho da instituição. “Somente no ano passado, mais de 80 iniciativas comunitárias contaram com o nosso apoio. Além disso, mais de 500 pessoas já foram alcançadas com o nosso programa de educação financeira”, sintetiza Aloísio Westrup.

PRESENTE E FUTURO: VIABILIDADE ECONÔMICA COM RESPONSABILIDADE SOCIAL

A cooperativa também reforça a sua atuação na sociedade ao investir na educação. “Há dois anos, Prestes a completar 20 anos de fundação, a Sicreo Programa A União Faz a Vida envolve crianças di Sul SC apresenta um crescimento econômico e educadores com ações pedagógicas para a coque beneficia diretamente os associados e a cooperação e cidadania na munidade regional. “A cada Escola Padre Paulo Petruano, avançamos mais no “Conquistamos uma nova zzellis, em Criciúma. Tamdesenvolvimento da coopebém iniciamos, em 2019, a sala em 2005, deixando as rativa, com indicadores de de um curso de crescimento que nos possiinstalações da Acic, e abrindo construção extensão à distância sobre bilitam projetar uma grande cooperativismo”, encerra ainda mais os atendimentos. instituição para os próximos Westrup, sinalizando que, anos. E isso é fruto de uma Em 2007, migramos para o mesmo após superar tanto participação econômica nas últimas duas décadas, a sistema Sicredi”. cada vez maior dos nossos instituição continua se desaassociados”, explica Erli SilAloísio Westrup, fiando. veira Lima, diretor executivo Presidente do Sicredi Sul SC

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C U L T U R A

Traços do artista Dudu Rodrigues encantam o público no Cultura Acic Exposição “Happy Humans” retrata o ser humano em momentos de felicidade, especialmente pessoas “mais gordinhas” DEIZE FELISBERTO

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colorido e a harmonia das peças do artista plástico Dudu Rodrigues estão encantando o público que visita a exposição “Happy Humans”, no Projeto Cultura Acic.

A galeria de arte da Associação Empresarial de Criciúma abriga os quadros do artista que focam em personagens “gordinhos”. A ideia de retratar em quadros as pessoas com corpo “mais avantajado” vem de criança: com apenas dez anos de idade Dudu Rodrigues já fazia esboços de quadros hoje consagrados. “Estou muito feliz em estar neste espaço tão nobre da Acic, é uma honra. Minhas obras retratam o ser humano em momentos de felicidade, especialmente pessoas “mais gordinhas”. Quero mostrar o charme de cada personagem e revelar a alegria dos gordinhos com suas linhas e curvas bem definidas”, explica. Outro destaque das pinturas de Dudu é a procura por transmitir sentimentos de felicidade. Isso explica porque grande parte dos quadros são produzidos com cores alegres e vibrantes, que expressam vivacidade. “Sempre busco fazer com que as pessoas olhem para meu trabalho e sintam-se alegres. Que sintam felicidade ao admirar minhas pinturas”, afirma o artista.

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O presidente da Acic, Moacir Dagostin, parabenizou o artista e reforçou a importância do aspecto cultural para a cidade. “Abrimos a primeira exposição de 2019 e estamos muito gratos com as obras do artista Dudu Rodrigues. Neste ano, o projeto Cultura Acic entra no seu quarto ano de atuação, se fortalecendo cada vez mais. A entidade acredita que uma região fortalecida passa por uma cultura atuante”, destaca.

Sobre o expositor Natural de São Paulo e atual morador de Criciúma, Dudu Rodrigues é artista há 48 anos com formação em Artes Plásticas, Marketing e Design pela Faculdade Panamericana de São Paulo. Possui pinturas expostas em vários lugares do Brasil e do exterior, como New York, Miami, Cape Cod e Westchester. A galeria também já recebeu neste ano a visita dos estudantes do Sesi Escola, Colégio Satc e do Centro de Atenção Psicossocial - Caps de Cocal do Sul, que foram recebidos pelo artista Dudu Rodrigues. A exposição “Happy Humans” permanece no projeto até 30 de junho.



O P I N I Ã O

Protagonismo empresarial J O N N Y

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s associações comerciais brasileiras surgiram quando o país ainda era uma colônia portuguesa. Os primeiros pontos de reuniões de comerciantes surgiram na Bahia e no Rio de Janeiro e todas tiveram como objetivo fortalecer, dignificar e proteger os que viviam em torno do comércio e em defesa da liberdade e da cidadania. Foi na sede da Praça do Comércio, enquanto a Bahia se reerguia da crise por ter deixado de ser a capital da Colônia, que nasceu a Associação Comercial da Bahia, e assim o movimento associativista do Brasil. Guardadas as devidas proporções, os nossos propósitos continuam os mesmos, lutamos pelo desenvolvimento e pelo crescimento das nossas cidades, estados e país. Nosso modelo de atuação é inovador e admirado em diversos países mundo afora. Unimos empresários que eram concorrentes e que depois de conhecerem o Programa Empreender, passam a trabalhar juntos pelo bem do setor que atuam. Isso é o associativismo na prática. Isso mostra o quão importante é este movimento para o crescimento das nossas cidades. Lutamos juntos pela redução da famigerada carga tributária que assola nosso país. Buscamos uma justa distribuição dos tributos. Queremos o enxugamento da máquina pública, o fim da corrupção e incentivamos o desenvolvimento das cidades e empresas que nela vivem, para que tenham uma roda viva e atuante geradora de empregos e renda. E como as associações comerciais fazem isto? Juntando os empresários, representando a classe produtiva, lutando pelas causas empresariais, promovendo capacitações e incentivando o desenvolvimento sustentável dos municípios. Somos agentes de transformação porque promovemos a união da iniciativa pública e da privada em prol do bem comum. E mais do que promover, colocamos a mão na massa e ajudamos o Poder Público Municipal a gerir de forma eficiente e, de mãos dadas, construímos um futuro melhor para as cidades catarinenses. O Programa de Desenvolvimento Econômico Local, desenvolvido pela Facisc, institui um modelo de gestão capaz de contribuir para o desenvolvimento

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Z U L A U F da região, garantindo a continuidade dos projetos de interesse da comunidade, em prol do desenvolvimento econômico sustentável do município. Também promovemos o desenvolvimento e a melhoria contínua do ambiente empresarial através de capacitações, de programas e de ações que tragam benefícios reais às empresas associadas. Na prática, a Federação e as suas 147 associações filiadas desenvolvem metodologias para empresas e organizações empresariais, capacitações, criação de redes colaborativas com o fortalecimento dos núcleos do Programa Empreender, que reúne atualmente cerca de 7,2 mil empresas em mais de 500 núcleos, uma plataforma web para conectar as empresas que atuam no Sistema Facisc, capacitações para gestão empresarial, realização de rodada de negócios, feiras, missões internacionais e aumento da capacidade de acesso a financiamentos. É o protagonismo empresarial que faz da Associação Empresarial de Criciúma uma referência no associativismo. A Acic se destaca por sua atuação ao longo desses 75 anos de existência, na luta pelo desenvolvimento, não só de Criciúma, mas de todo o Sul do Estado e de Santa Catarina. Esteve e está à frente de bandeiras extremamente importantes, como questões de energia elétrica, a suada duplicação da BR101, a melhoria de portos e aeroportos, além da constante luta por investimentos em educação na região. Busca o constante desenvolvimento dos mais diversos setores de atuação, além de disponibilizar modelos de soluções empresariais que hoje são utilizadas em todo o Brasil, como o Acicard. É a união dessas associações empresariais através da Facisc, que juntas representam mais de 34 mil empresas catarinenses, engajadas voluntariamente ao Sistema, que faz com que essas associações sejam verdadeiros agentes de transformação e de mudança em cada uma das nossas cidades.

Jonny Zulauf Presidente da FACISC




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