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desempenho; os professores recrutados, dentro desse grupo, ou não são submetidos ou não alcançam níveis adequados em testes que medem as competências requeridas; os estágios probatórios são meros rituais burocráticos. E, para completar, o sistema de carreira de magistério fomentado pelos governos e pressionado pelas corporações é perverso: incentiva maior remuneração para variáveis e atributos formais que não guardam qualquer relação com desempenho docente, tais como tempo de serviço e freqüência a cursos adicionais. O diretor da escola pública não dispõe de instrumentos para administrar seu pessoal. Resultado: salários iniciais baixos geram um mercado de professores formado pelos alunos de pior desempenho acadêmico um mercado de limões. (...) (ARAÚJO E OLIVEIRA, J. B. Jornal do Brasil, 03/06/2003, p. A14. Fragmento.)

PARTE 1: SEMÂNTICA GERAL PROVA 1 / A teoria do limão Mais uma vez o Ministro da Educação vem a público pedir mais recursos para a educação. O Brasil gasta mais de 6% do seu PIB em educação, mais de 5% vêm do setor público. Em termos relativos, é razoável, mas como o PIB é pequeno, o valor absoluto é pouco. Mas esse não é o problema maior: o maior problema continua a ser o de gastar mal os poucos recursos. De nada adiantará jogar dinheiro bom em cima de dinheiro ruim, de dinheiro mal gasto. O ministro Palocci sabe disso. Vejamos o caso do salário dos professores do ensino básico. O “modelo do limão” proposto por George Akerlof ajuda a compreender por que os governos não estão dispostos a pagar salários de mercado para bons professores. O modelo e a analogia vêm do mercado de carros usados: o desejo de comprar um carro de qualidade não é compatível com a disposição do comprador a pagar um preço capaz de atrair carros de qualidade para esse mercado. Resultado: inundação de limões, carros velhos que ninguém quer comprar. O mesmo ocorre com o mercado salarial dos professores. Como identificar um bom professor? Algumas características de um bom professor são bem conhecidas e relativamente fáceis de avaliar: qualidade da formação acadêmica na área que vai lecionar, capacidade verbal e o domínio de conhecimentos específicos sobre o ensino de sua disciplina. Outras características essenciais não podem ser avaliadas na entrada: capacidade de motivar os alunos e clareza na comunicação, por exemplo. Elas dependem de um eficaz sistema de estágio probatório. E, como em tudo na vida, o desempenho no dia-a-dia depende do sistema de supervisão, e, conseqüentemente, da autonomia e da autoridade do diretor da escola. Na prática, as secretarias de educação procuram e possuem muito menos informação sobre seus professores do que precisam ou do que poderiam ter. Mesmo quando, teoricamente, gostariam de ter professores de melhor qualidade, não oferecem salários compatíveis para atraí-los. Resultado: o sistema educacional acaba pagando baixos salários para professores de baixa qualidade. Cria-se um mercado de limões. A nota da prova de português do vestibular do melhor aluno do curso de letras é quase sempre pior do que a nota de português do pior aluno classificado para cursos de engenharia ou medicina. Melhorar um pouco o salário inicial dos professores tem o mesmo resultado de melhorar o lance no carro usado: compra-se o carro e mais o CD. É só. O Fundef é a maior prova disso - só aumentou de forma significativa o salário dos professores leigos. Dada a limitação de recursos de que tanto reclama o Ministro da Educação, como pagar bem aos professores? A teoria econômica e a prática com administração de sistemas de salário dizem que isso é possível. O sistema atual de remuneração de professores opera na direção contrária da lógica de mercado - o tal do mercado que aos poucos vai se impondo como parte da realidade, exceto aos mais radicais. A lógica que prevalece é a seguinte: o salário inicial é baixo; salário inicial baixo atrai alunos menos preparados para carreiras de magistério; alunos menos preparados têm pior

1.

a) b) c)

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2. a)

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No primeiro parágrafo do texto, ao utilizar-se do dado estatístico - “O Brasil gasta mais de 6% do seu PIB em educação, mais de 5% vêm do setor público” – e do juízo de valor - “Em termos relativos, é razoável, mas como o PIB é pequeno, o valor absoluto é pouco-,” para iniciar o desenvolvimento de seu raciocínio, o enunciador tenciona deixar claro que: no Brasil, não há como aumentar o investimento em educação pública, porquanto é pequeno o seu Produto Interno Bruto; o percentual do PIB gasto em educação pública é insuficiente para atender à demanda do número de crianças em idade escolar; o juízo da razoabilidade do montante do PIB gasto com educação decorre do fato de ser o Brasil um país de enormes dimensões, mas de poucos recursos econômicos; o valor absoluto do montante do PIB gasto em educação no Brasil, se bem aplicados os recursos, mesmo que parcos, é suficiente para atender toda a demanda; os gastos com educação no Brasil estão aquém das reais necessidades do país, conquanto possam ser considerados razoáveis os percentuais do PIB aplicados em educação. Segundo o texto, no caso do salário dos professores do ensino básico, pode ser aplicado o “modelo do limão” proposto por George Akerlof porque: professores de baixa qualidade podem ser comparados a carros usados, verdadeiros limões pelos quais ninguém tem interesse de pagar o preço que realmente valem; os governos adotam políticas de baixos salários para pagar a profissionais de baixa qualidade, demonstrando não saber ou não ter interesse em saber como atrair bons profissionais para seus quadros; somente professores competentes deveriam compor o quadro de profissionais das secretarias de educação, para que os governos conseguissem melhorar a qualidade do ensino e, conseqüentemente, os professores tivessem melhor remuneração; não se justifica pagar salários mais altos a profissionais da educação cujas notas no vestibular são inferiores às de candidatos posicionados entre os mais fracos de outras áreas de conhecimento;


e)

uma política de salários mais competitivos para profissionais incompetentes geraria uma situação de desequilíbrio nas contas públicas e não resolveria a questão da qualidade do ensino.

3.

No início do 6 parágrafo, o enunciador do texto afirma que “o sistema atual de remuneração dos professores opera na direção contrária à lógica do mercado”, pretendendo com isso dizer que: a incorporação aos salários de gratificações por tempo de serviço e freqüência a cursos adicionais é um prêmio à incompetência e um desestímulo ao bom profissional da educação; as secretarias de educação vêm adotando critérios injustos de remuneração dos docentes, privilegiando os profissionais de baixa qualidade, em detrimento dos que demonstram competência; a política de baixos salários é incompatível com a formação de quadros de profissionais qualificados, decorrendo daí uma situação crônica de instabilidade no processo de aprimoramento da educação no Brasil; pagar salários idênticos a profissionais de competência distinta é uma forma incoerente e inadequada de remuneração que só pode trazer prejuízo ao processo de aprimoramento da educação no Brasil; a utilização de salários iniciais isonômicos e de critérios homogêneos para conferir gratificações aos docentes é um desestímulo ao esforço de qualificação individual, produzindo um mercado de limões.

a)

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c)

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a)

b) c) d)

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a) b)

c) d) e)

meios de se alcançar e fins alcançados; concessões permitidas e restrições necessárias; causas geradoras e conseqüências decorrentes.

6.

Na redação do texto foi utilizado por diversas vezes o sinal de pontuação dois-pontos. Pode-se dizer que a utilização do sinal de dois-pontos no trecho “Mas esse não é o problema maior: o maior problema continua a ser o de gastar mal os poucos recursos.” (linhas 5-7) foi feita com valor idêntico ao da utilização no trecho: “O modelo e a analogia vêm do mercado de carros usados: o desejo de comprar um carro de qualidade não é compatível...” (linhas 15-17); “Resultado: inundação de limões, carros velhos que ninguém quer comprar.” (linhas 20-21); “Algumas características de um bom professor são bem conhecidas e relativamente fáceis de avaliar: qualidade da formação acadêmica na área que vai lecionar...” (linhas 23-27); “Melhorar um pouco o salário inicial dos professores tem o mesmo resultado de melhorar o lance no carro usado: compra-se o carro e mais o CD.” (linhas 4951); “E, para completar, o sistema de carreira de magistério fomentado pelos governos e pressionado pelas corporações é perverso: incentiva maior remuneração para variáveis e atributos formais que não guardam qualquer relação com desempenho docente...” (Linhas 71-75).

a) b) c)

d)

e)

PROVA 2 Aprender a escrever é, em grande parte, se não principalmente, aprender a pensar, aprender a encontrar idéias e a concatená-las, pois, assim como não é possível dar o que não se tem, não se pode transmitir o que a mente não criou ou não aprovisionou. Quando os professores nos limitamos a dar aos alunos temas para redação sem lhes sugerirmos roteiros ou rumos para fontes de idéias, sem, por assim dizer, lhes "fertilizarmos" a mente, o resultado é quase sempre desanimador: um aglomerado de frases desconexas, mal redigidas, mal estruturadas, um acúmulo de palavras que se atropelam sem sentido e sem propósito; frases em que procuram fundir idéias que não tinham ou que foram mal pensadas ou mal digeridas. Não podiam dar o que não tinham, mesmo que dispusessem de palavraspalavras, quer dizer, palavras de dicionário, e de noções razoáveis sobre a estrutura da frase. É que palavras não criam idéias; estas, se existem, é que forçosamente, acabam corporificando-se naquelas, desde que se aprenda como associá-las e concatenálas, fundindo-as em moldes frasais adequados. Quando o estudante tem algo a dizer, porque pensou, e pensou com clareza, sua expressão é geralmente satisfatória. Todos reconhecemos ser ilusão supor - como já dissemos - que se está apto a escrever quando se conhecem as regras gramaticais e suas exceções. Há evidentemente um mínimo de gramática indispensável (grafia, pontuação, um pouco de morfologia e um pouco de sintaxe), mínimo suficiente para permitir que o estudante adquira certos hábitos de estruturação de frases modestas mas claras, coerentes, objetivas. A experiência nos ensina que as falhas mais graves das redações dos nossos colegiais resultam menos das incorreções gramaticais do que da falta de idéias ou da

Na análise dos dados objetivos da realidade, observa-se que o autor desenvolveu sua linha de raciocínio por um viés que deve corresponder aos princípios ideológicos que fundamentam o seu discurso. Este viés pode ser interpretado como: a crença de que o mercado é o melhor regulador das atividades econômicas, inclusive no que diz respeito a políticas de remuneração dos profissionais da educação; descrença no poder de gestão do Estado, em razão de este encontrar-se subjugado às mazelas burocráticas e aos interesses menores dos políticos; ceticismo quanto à competência administrativa dos responsáveis pela educação no país, em razão do despreparo das pessoas que exercem esta função; uma sobrevalorização dos mecanismos instituídos pelas teorias econômicas para explicar e justificar as relações de poder na sociedade, a partir da visão reguladora do mercado; uma visão de que só o mercado é capaz de regular todos os setores produtivos da sociedade, desde o setor de carros usados até o salário dos professores do ensino básico. Como estratégia discursiva de argumentação, o enunciador, nos parágrafos 2, 4 e 6, após desenvolver uma linha de raciocínio crítica, insere nos referidos parágrafos, com objetivo conclusivo, um período iniciado pela palavra resultado. Esta atitude discursiva relaciona-se à intenção de apresentar o texto numa cadeia de relações entre: dados concretos e pensamentos abstratos; modelos teóricos e procedimentos práticos;

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sua má concatenação. Escreve realmente mal o estudante que não tem o que dizer porque não aprendeu a pôr em ordem seu pensamento, e porque não tem o que dizer, não lhe bastam as regrinhas gramaticais, nem mesmo o melhor vocabulário de que possa dispor. Portanto, é preciso fornecer-lhe os meios de disciplinar o raciocínio, de estimular-lhe o espírito de observação dos fatos e ensiná-lo a criar ou aprovisionar idéias: ensinar, enfim, a pensar. (GARCIA. Othon M.Comunicação em prosa moderna. 14 ed. Rio de Janeiro: F. G. V., 1988, p. 291.) 7. a) b) c) d) e) 8.

a) b) c) d) e) 9. a) b) c) d) e)

que a fala é tão praticada no dia a dia a ponto de já ser bem dominada e não precisar de ser transformada em objeto de estudo na sala de aula. Uma das razões centrais do descaso pela língua falada continua sendo a crença generalizada de que a escola é o lugar do aprendizado da escrita. Uma crença tão fortemente arraigada que já se transformou numa espécie de consenso: a escola está aí para ensinar a escrita e não a fala. É possível concordar com isto, mas é também possível acrescentar que nem por isso a escola está autorizada a ignorar a fala. O homem é tipicamente um ser que fala e não um ser que escreve. Contudo, analisando melhor a situação dos estudos lingüísticos neste século, podemos dizer que a pouca atenção dada pelos manuais didáticos à língua falada é reflexo da posição teórica da Lingüística até anos recentes. Não havia, por parte dos lingüistas, uma real preocupação com a fala autêntica e sim com a fala idealizada. A Lingüística dedicava-se mais à descrição de estruturas e formas abarcáveis pelas noções teóricas disponíveis e não tinha como situar fenômenos tipicamente orais. Saussure identificou na langue o objeto da Lingüística, e não a parole; de igual modo a outra postura hegemônica neste século, a chomskiana, preceituava o estudo da competência e não do desempenho. Daí, em parte, o descaso pela produção oral efetiva. Fenômenos como a prosódia e até mesmo aspectos pragmáticos e os efeitos expressivos de usos variados da língua e a própria variação socioletal não estavam nos horizontes da Lingüística. Não é de estranhar, portanto, que os manuais didáticos, que em geral assimilam pouco, tardiamente e mal as inovações teóricas (mas apreciam histericamente inovações tecnológicas de efeito visual) não tenham dado atenção à língua falada. Além disso, por terem a escrita como horizonte e por reinar ali a tendência prescritivo-normativa, esses manuais aprofundaram ainda mais o fosso da relação entre língua escrita e língua falada, sendo esta última um antimodelo. Seguramente, não é este o lugar de justificar detalhadamente o porquê do estudo do texto oral no ensino de língua. O certo é que hoje se torna cada vez mais aceita a idéia de que a preocupação com a oralidade deve ser também partilhada pelos responsáveis pelo ensino de língua. (MARCUSCHI, Luiz Antônio. "Concepção de língua falada nos o o manuais de português de 1 e 2 graus: uma visão crítica”. In: Trabalhos de lingüística aplicada. Campinas: UNICAMP/ IEL, julho / dezembro de 1997, p. 39 - 40.)

A certa altura do texto faz-se ouvir uma voz até certo ponto discordante da proposição do autor. Ela se ouve na passagem que começa pelas palavras: “Não podiam dar o que não tinham...” (linhas 15-16); “É que palavras não criam idéias...” (linhas 18-19); “Há evidentemente um mínimo de gramática indispensável...” (linhas 28-29); “Escreve realmente mal o estudante que não tem o que dizer...” (linhas 37-38); “Portanto, é preciso formar-lhe os meios de disciplinar o raciocínio...” (linhas 42-43). Para marcar lingüisticamente a relação entre "A experiência nos ensina..." (linha 34) e a orientação discursiva dada anteriormente ao parágrafo, o autor poderia ter empregado: inclusive; além disso; por conseguinte; não obstante; aonde. Usam-se aspas em "fertilizarmos" (linha 9) para chamar a atenção do leitor para: uma metáfora concretizadora; um eufemismo necessário; uma ironia velada; uma citação indispensável; um velho galicismo.

10. Emprega-se afixo para exprimir conteúdo próprio da função emotiva da linguagem em: a) “resultado ... desanimador” (linha 10); b) “frases desconexas” (linha 11); c) “expressão ... satisfatória” (linhas 24-25); d) “má concatenação” (linha 37); e) “regrinhas gramaticais” (linhas 40-41). 11. Possuem o mesmo valor relacional que "desde que" (linha 21) todos os conectivos relacionados em: a) conforme, por mais que, a fim de que; b) segundo, contanto que, uma vez que; c) conforme, conquanto, a fim de que; d) conquanto, caso, por mais que; e) caso, contanto que, uma vez que.

12. A perfeita compreensão do texto exige que se entenda como "fala autêntica" (linha 25), em oposição a "fala idealizada" (linha 26), o discurso, por exemplo: a) do repórter do Jornal Nacional; b) das personagens de uma narrativa de Rubem Fonseca; c) de Jesus a seus discípulos, num capítulo da Bíblia; d) do funcionário da escola, improvisando num almoço comemorativo; e) de Mônica ou Cebolinha, num quadrinho de Maurício de Sousa.

PROVA 3 A fala é uma atividade muito mais central do que a escrita no dia a dia da maioria das pessoas. Contudo, as instituições escolares dão à fala atenção quase inversa à sua centralidade na relação com a escrita. Crucial neste caso é que não se trata de uma contradição, mas de uma postura. Seríamos demasiado ingênuos se atribuíssemos essa postura ao argumento de

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13. Com "efeitos expressivos de usos variados da língua" (linhas 35-36) e "variação socioletal" (linha 37), o texto alude, respectivamente, a: a) língua oral ou falada / língua escrita; b) fala idealizada / fala autêntica; c) registro informal / registro formal da língua; d) variação estilística / dialetação sócio-cultural; e) variação sincrônica / variação diacrônica.

PROVA 4 Balada do amor através das idades Eu te gosto, você me gosta desde tempos imemoriais. Eu era grego, você troiana, troiana mas não Helena. Saí do cavalo de pau para matar seu irmão. Matei, brigamos, morremos.

14. O pronome demonstrativo faz referência a elemento da situação comunicativa, em: a) “neste caso” (linha 5); b) “essa postura” (linha 7); c) “concordar com isto” (linha 16); d) “nem por isso” (linha 17); e) “neste século” (linha 21).

Virei soldado romano, perseguidor de cristãos. Na porta da catacumba encontrei-te novamente. Mas quando vi você nua caída na areia do circo e o leão que vinha vindo, dei um pulo desesperado e o leão comeu nós dois.

15. Os textos 1 e 2 têm em comum, além da temática, centrada fundamentalmente na preocupação com o ensino de português, o fato de que, em ambos, se pretende: a) atuar socialmente, buscando transformar a práxis vigente; b) comentar, sem envolvimento pessoal, a emergência de uma nova práxis; c) denunciar a práxis existente, sem esperança de muda-la; d) expor, como receita acabada, uma práxis redentora; e) comparar duas práxis de ensino, sem fazer opção por nenhuma.

Depois fui pirata mouro, flagelo da Tripolitânia. Toquei fogo na fragata onde você se escondia da fúria de meu bergantim. Mas quando ia te pegar e te fazer minha escrava, você fez o sinal-da-cruz e rasgou o peito a punhal... Me suicidei também.

16. No trecho “Não havia, por parte dos lingüistas, uma real preocupação com a fala autêntica e (01) sim com a fala idealizada. A Lingüística dedicava-se mais à descrição de estruturas e (02) formas abarcáveis pelas noções teóricas disponíveis e (03) não tinha como situar fenômenos tipicamente orais. Saussure identificou na langue o objeto da Lingüística, e (04) não a parole; de igual modo a outra postura hegemônica neste século, a chomskiana, preceituava o estudo da competência e (05) não do desempenho”, a conjunção e está empregada com valor conclusivo, segundo nossas gramáticas, na ocorrência de número: a) 01; b) 02; c) 03; d) 04; e) 05.

Depois (tempos mais amenos) fui cortesão de Versailles, espirituoso e devasso. Você cismou de ser freira... Pulei muro de convento mas complicações políticas nos levaram à guilhotina. Hoje sou moço moderno, remo, pulo, danço, boxo, tenho dinheiro no banco. Você é uma loura notável, boxa, dança, pula, rema. Seu pai é que não faz gosto. Mas depois de mil peripécias, eu, herói da Paramount, te abraço, beijo e casamos. (ANDRADE, C. Drummond. Reunião. 4 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973, p. 22.)

17. A afirmativa FALSA em relação a um dos textos acima é: a) o texto 2 minimiza a importância da aprendizagem da língua escrita na escola; b) o texto 1 condiciona o desempenho do aluno na escrita ao aprovisionamento de idéias e sua concatenação no ato discursivo; c) o texto 2 enfatiza a importância da língua falada e a necessidade de a escola assumir o seu ensino; d) o texto 1 relativiza a importância geralmente concedida na escola ao prescritivismo normativo; e) o texto 2 atribui o descaso pedagógico pela oralidade em parte às teorias lingüísticas dominantes no século XX.

18. Observa-se no poema o aproveitamento de diversos elementos de uma gramática da língua oral. Esse aproveitamento NÃO se estende, contudo, ao âmbito: a) da regência verbal; b) da flexão dos nomes; c) da mudança de tratamento; d) da colocação de pronomes; e) do emprego do pronome pessoal. 19. Cada uma das estrofes do poema se acha internamente dividida em duas partes, a segunda das quais mantém, em relação à primeira, um sentido contrafactual. As estrofes em que esta divisão NÃO se encontra lingüisticamente marcada são:

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a) b) c) d) e)

a primeira e a quarta; a segunda e a quinta; a primeira e a terceira; a quarta e a quinta; a segunda e a terceira.

A lição recente dos Estados Unidos, em que o mandato fixo não foi suficiente para amparar a ilegalidade, é boa para americanos e serve para o Brasil. O episódio Pitt mostra que o mandato de quatro anos é bom para preservar a independência dos dirigentes da agência, mas não pode servir de escudo no momento em que o agente público atue contra os superiores interesses da moralidade e da legalidade. Mostra, também, que a melhor forma de evitar constrangimentos futuros, na escolha de dirigentes com mandatos fixos, ainda é a observância dos critérios de competência técnica e de moralidade. A pura e simples filiação partidária não deve habilitar ninguém a cargos desse tipo. O risco é um eventual constrangimento, como o que Bush experimentou ao nomear Harvey Pitt. (Jornal do Brasil, 17/11/02, p. A14.)

20. O verbo cismar, na frase "Você cismou de ser freira..." (verso 30), está empregado com o mesmo sentido que em: a) Refestelado numa poltrona, cismo demoradamente. b) Pois não é que o coronel cismou com o objeto? c) Ela já foi despedida de várias casas. Não é para cismar? d) Lucas cismou agora de construir uma gruta de pedras. e) A garota cismava na boneca que vira na loja. 21. A inversão da ordem da seqüência de verbos, na última estrofe (versos 35 e 38), constitui: a) uma licença poética; b) um recurso de humor; c) um procedimento usual em poesia; d) um jogo de palavras gratuito; e) um provável erro de revisão.

22. O “Critério Arriscado”, de acordo com o que se pode depreender do texto, corresponde a uma indicação para exercício de função pública baseada: a) na prática do nepotismo; b) no princípio da independência e autonomia da função; c) nas influências políticas ou partidárias; d) na duração do tempo de mandato; e) no princípio da probidade administrativa.

PROVA 5 Critério Arriscado O exemplo veio da maior economia do mundo: as agências de regulação e desenvolvimento - caso da SEC (Securities Exchange Comission) americana, e da CVM brasileira - têm que ser mantidas a salvo da submissão ou das influências políticas. Esta é a melhor forma de preservar a independência de organismos desse tipo cuja eficiência e utilidade para a economia do país são conseqüência direta de sua credibilidade e da independência de seus dirigentes. Recentemente, nos Estados Unidos, o presidente da SEC, Harvey Pitt, viu-se compelido a renunciar a seu mandato. Motivo? Ele teria iludido seus colegas de conselho (diretoria da SEC), para conseguir maioria na escolha de William Webster para a liderança de um novo comitê que supervisionará a indústria da contabilidade no país. Para conseguir o que pretendia, Pitt deixara de informar os demais membros do conselho da SEC que Webster fora chefe de auditoria de uma das companhias que, recentemente, se envolveram com fraudes contábeis. Pitt havia sido indicado para o cargo por Bush, no ano passado, e deveria cumprir um mandato de quatro anos. Diante dos fatos que envolviam Webster, e que eram parte da onda de escândalos financeiros que assola os Estados Unidos há mais de um ano, Pitt não teve alternativa. No Brasil, o mandato fixo, de quatro anos, para os diretores e presidente da CVM, existe como forma de preservar sua independência. Ao serem empossados em seus cargos, o presidente e diretores da Comissão de Valores Mobiliários assumem com o país os compromissos de moralidade e legalidade de seus atos, que são comuns a todos os servidores públicos. E tendo em vista a gravidade de sua missão, freqüentemente confrontada com interesses do mercado e do próprio governo, têm como forma de defesa de sua independência a duração de seu mandato.

23. No texto, o enunciador defende, sobretudo, a tese de que: a) o Brasil deve seguir o exemplo que proveio da maior economia do mundo, relativamente às agências de regulação e desenvolvimento, evitando a nomeação de pessoas comprometidas em escândalos públicos; b) é mais proveitoso para o bem estar da população que uma agência reguladora como a CVM tenha uma administração independente, constituída por dirigentes eleitos para mandatos de quatro anos; c) a nomeação de servidores públicos para cargos em agências de regulação e desenvolvimento deve pautar-se por princípios de moralidade e credibilidade, sem o que as agências terão suas ações comprometidas por escândalos; d) o envolvimento de servidores públicos em escândalos financeiros e administrativos traz enormes prejuízos à imagem de um país, tanto no plano interno, quanto no externo; e) é preciso salvaguardar os interesses superiores do país, usando critérios fundamentados na competência técnica e na moralidade, nas decisões relativas à indicação de pessoas para ocupar cargos de mandato fixo, como na CVM. 24. No termo sublinhado no trecho “as agências de regulação e desenvolvimento (...) têm que ser mantidas a salvo...” (linhas 2-4) pode-se depreender, da parte do enunciador, uma atitude de: a) possibilidade; b) obrigatoriedade; c) subjetividade; d) objetividade; e) pretensão. 25. Se se quiser, no primeiro parágrafo do texto, reescrever os dois períodos que o constituem na forma de um único período, mantendo-se o sentido original, deverá ser usado o conectivo:

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a) b) c) d) e)

porquanto; por conseguinte; de modo que; à medida que; ainda que.

c)

26. Com a frase interrogativa “Motivo?” (linha 12), o enunciador utiliza-se de uma estratégia discursiva que consiste em: a) recorrer a uma pergunta para apenas inserir uma resposta; b) produzir uma indagação para obrigar-se a uma solução; c) levantar uma curiosidade geradora de especulação; d) inserir uma atmosfera de suspense em relação ao que pretende enunciar; e) artificializar uma interlocução para relevar o que vai enunciar.

d)

27. Do ponto de vista do modo de organização do discurso, pode-se afirmar que os parágrafos do texto são: a) narrativos, apesar de o objetivo do texto ser essencialmente argumentativo; b) argumentativos, mas estruturados de acordo com o modelo narrativo; c) argumentativos, sendo que o segundo e o terceiro parágrafos têm estrutura narrativa; d) narrativos, sendo que o primeiro, o quarto e o quinto parágrafos têm estrutura argumentativa; e) descritivos, mas a serviço de um texto cujo objetivo é predominantemente narrativo.

e)

de um importante comitê um desafeto político envolvido em escândalos contábeis, fato que desgastaria ainda mais a já combalida liderança do presidente norteamericano; num complexo jogo de interesses que levou à renúncia do presidente da Securities Exchange Comission, Harvey Pitt, por ter este omitido, junto à diretoria da SEC, informações comprometedoras a respeito de William Webster, a quem pretendia entregar a liderança de uma comissão supervisora das atividades relacionadas à contabilidade no país; na formação de um comitê, sob a presidência de Harvey Pitt, da Securities Exchange Comission, auxiliado por William Webster, para apurar irregularidades contábeis em várias empresas americanas, após denúncias que levantavam a suspeita de envolvimento do presidente Bush, denúncias que, se comprovadas, poderiam levar o presidente à renúncia; na interrupção do mandato do presidente da Securities Exchange Comission, Harvey Pitt, antes que se completassem os quatro anos previstos em lei, por ordem do presidente Bush, quando este foi informado de que aquele estaria se envolvendo com pessoas suspeitas de fraudes contábeis, impedindo, com a medida, que se deteriorasse ainda mais a desgastada imagem das empresas de auditoria contábil do país.

30. Segundo o texto, o mandato de quatro anos para a presidência e diretoria da CVM tem todas as vantagens expressas abaixo, EXCETO: a) impede que o servidor público atente contra a moralidade e a legalidade exigidas para o exercício do cargo; b) preserva a independência dos dirigentes, principalmente nas situações em que eles têm de atuar contra os interesses do mercado ou do próprio governo; c) exige que seja usado, na escolha dos dirigentes, o critério de competência técnica e de moralidade, independente das influências políticas; d) obriga os dirigentes a assumirem com o país compromissos fundamentados na ética e no respeito à lei, e serem conscientes da gravidade de sua missão; e) valoriza o exercício da função, eximindo-a de jogos de influência e de poder, geradores de constrangimentos e de perda da autoridade.

28. Sobre as referências indicadas para os termos sublinhados abaixo, está INADEQUADA a que se faz na opção: a) “existe como forma de preservar sua independência” (linhas 29-30) = “CVM” (linha 29); b) “E tendo em vista a gravidade de sua missão” (linhas 34-35) = “o presidente e diretores da Comissão de Valores Mobiliários” (linhas 30-32); c) “O exemplo veio da maior economia do mundo” (linha 1) = “as agências de regulação e desenvolvimento (...) têm que ser mantidas a salvo da submissão ou das influências políticas” (linhas 25); d) “A lição recente dos Estados Unidos” (linha 39) = “O episódio Pitt” (linha 42); e) “A pura e simples filiação partidária não deve habilitar ninguém a cargos desse tipo” (linhas 50-52) = “com mandatos fixos” (linha 49).

31. Da forma como utilizou o verbo na expressão “Ele teria iludido seus colegas de conselho” (linhas 1213), o enunciador do texto teve a intenção de: a) insinuar uma suspeita, na tentativa de sua comprovação; b) confirmar uma denúncia, justificando sua comprovação; c) encaminhar uma suspeita, com fortes evidências de comprovação; d) reportar-se a uma denúncia, ainda em processo de comprovação; e) retificar uma denúncia, não obstante sua comprovação.

29. Pelo que se pode depreender do texto, o “episódio Pitt” consistiu: a) na demissão do presidente da Securities Exchange Comission, Harvey Pitt, pelo presidente Bush, após este descobrir que, embora tivesse sido eleito para um mandato de quatro anos, Pitt vinha se excedendo em suas atribuições, dando demonstrações de que pretendia indicar para sucedê-lo uma pessoa comprometida em fraudes contábeis, em sensível constrangimento para o presidente; b) na renúncia do presidente da Securities Exchange Comission, Harvey Pitt, numa demonstração de poder por parte do presidente Bush, quando este descobriu que Pitt pretendia indicar para a liderança

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32. A reescritura da oração “Ao serem empossados em seus cargos...” (linha 30), para que seja mantido o sentido original, tem de ser feita na forma: a) Dado que sejam empossados em seus cargos... b) Uma vez que são empossados em seus cargos... c) Se bem que sejam empossados em seus cargos... d) À medida que são empossados em seus cargos... e) Desde que são empossados em seus cargos...

Graças ao pouco caso ou à mingua de recursos públicos para investimentos na área, nas últimas décadas vem se formando ali um cinturão de miséria. Contrastando dramaticamente com o padrão de Primeiro Mundo de alguns bairros da Zona Sul, a região ostenta índices de desenvolvimento humano tão desesperadores quanto os de alguns dos países mais atrasados da África. A questão do transporte não é caso isolado neste quadro de carências. Há o sofrimento com a violência, que repete a situação endêmica de outras áreas da cidade a vala negra, em que circula a lama podre do esgoto que representa risco imediato à saúde, e a carência de instalações que permitam à juventude uma ocupação produtiva de seu tempo ocioso, com a prática de esportes e atividades comunitárias. Obviamente que os trens não resolvem todos os problemas da população dos 11 municípios atendidos pela Super Via. Mas a simples presença do Estado, em projeto conjunto para a modernização do transporte na Baixada, sinaliza com um gesto que pode significar muito. A governadora eleita, Rosinha Matheus, que recebeu um voto de esperança nesses bolsões de carência e pobreza, pode iniciar por aí um programa de governo que recoloque nos trilhos os serviços essenciais à população. (Jornal do Brasil, 17/11/02, p. A14.)

33. O termo sublinhado no trecho “E tendo em vista a gravidade de sua missão” (linhas 34-35), para que seja mantido o sentido original, NÃO pode ser substituído por: a) a despeito de; b) em virtude de; c) devido a; d) em razão de; e) por causa de. 34. Se a oração “Ao serem empossados em seus cargos” (linha 30) tivesse sido redigida “Ao serem empoçados em seus cargos”, constatar-se-ia uma incorreção provocada pela inversão no emprego dos vocábulos homônimos sublinhados. As frases, dos pares abaixo, estão corretas, EXCETO as de um par em que houve inversão dos termos homônimos. Este par é o que se encontra na opção: a) Extático diante de tanta beleza, o turista analisava com atenção cada detalhe da obra. / Durante cinco horas os veículos permaneceram estáticos dentro do túnel, até que a polícia removesse os acidentados. b) Políticos insipientes, neófitos na arte da negociação, podem, em pouco tempo, sofrer a rejeição do eleitorado. / Levas de homens incipientes, de pouca ou nenhuma instrução, buscavam esclarecer-se a respeito dos direitos que lhes assistiam. c) O texto inserto entre as narrativas contribuiu para esclarecer sobre os objetivos da obra. / O estudante estava incerto quanto à carreira que seguiria. d) Os criminosos reincidentes devem expiar seus crimes em penitenciárias de segurança máxima. / O bom comerciante deve espiar a hora certa para investir. e) O novo presidente é um homem inteligente e experto, com passagens em várias outras empresas. / Para realizar bons negócios, o investidor tem de ser esperto, comprando e vendendo na hora certa.

35. Uma leitura atenta permite a constatação de que o foco principal do texto está direcionado para a oposição entre: a) padrão de Primeiro Mundo e cinturão de miséria; b) governo e desgoverno; c) trens refrigerados e trens sem refrigeração; d) esperança e desesperança; e) gente notável e gente do povo. 36. No texto, o enunciador defende, sobretudo, a tese de que: a) a festa para a inauguração dos trens suburbanos com ar refrigerado, com a participação de 800 convidados, teve o grande mérito de reunir pessoas de diferentes classes sociais, num processo de integração que pode significar uma autêntica revolução social, cujo objetivo será a solução dos grandes problemas em que vive a maior parte da população do entorno do Rio de Janeiro; b) a inauguração dos serviços dos trens suburbanos com ar refrigerado tem apenas efeito simbólico, como política de investimento social, em razão da situação de extrema carência em que vive grande parte da população da área do Rio de Janeiro, abandonada pelas autoridades e carente dos elementos básicos para uma vida com um mínimo de dignidade; c) a inauguração dos trens suburbanos com ar refrigerado foi recebida como importante melhoramento nos serviços de transporte coletivo, além de representar uma decisão política que pode ser o início de uma série de outras providências que visem a solucionar os grandes problemas sociais em que vive grande parte da população da área do Rio de Janeiro; d) com a inauguração dos trens suburbanos com ar refrigerado para circular entre a Central e a Baixada, o governo do Estado deu início a um projeto político que consiste em erradicar todos os bolsões de pobreza e miséria existentes no entorno da cidade do

PROVA 6 Esperança na Baixada A inauguração de novos trens urbanos da Super Via, com ar refrigerado, para circular entre a Central e a Baixada, contribui para amenizar o clima de desesperança em que vivem milhões de pessoas na região. Com verba do Estado, 18 composições já estão sendo reformadas e até 2006 mais 20 trens refrigerados estarão circulando. Houve festa para a chegada dos trens, com a participação de 800 convidados, entre gente notável e gente do povo. O sentimento geral era de que a Região Metropolitana finalmente assistia ao início de um capítulo bom da novela protagonizada por mais de 3 milhões de pessoas a população que se concentra no entorno do Rio e sofre com a falta de alguns dos requisitos mínimos para uma vida decente.

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e)

Rio de Janeiro, o que vai obrigar ao próximo governo, já eleito, a adotar um programa que “recoloque nos trilhos os serviços essenciais à população”; a inauguração dos trens suburbanos com ar refrigerado, recebida com festa por autoridades e população, fez ressaltar, mais uma vez, o dramático contraste entre o estado de carência e miséria em que se encontra grande parte da população carioca e da Baixada e o padrão de Primeiro Mundo de alguns bairros da Zona Sul.

07 40. Sobre as referências indicadas para os termos sublinhados abaixo, está INADEQUADA a que se faz na opção: a) “a população que se concentra no entorno do Rio” (linha 13-14) = “mais de 3 milhões de pessoas” (linhas 12-13); b) “a região ostenta índices de desenvolvimento humano” (linhas 20-21) = “no entorno do Rio” (linhas 13-14); c) “vem se formando ali um cinturão de miséria” (linha 18) = “a Região Metropolitana” (linhas 10-11); d) “de seu tempo ocioso” (linha 30) = “juventude” (linha 29); e) “pode iniciar por aí” (linha 40) = “bolsões de carência e pobreza” (linhas 39-40).

37. No termo sublinhado no trecho “A governadora eleita (...) pode iniciar por aí um programa de governo” (linhas 38-41) depreende-se, da parte do enunciador, uma atitude de: a) obrigatoriedade; b) objetividade; c) dubiedade; d) disponibilidade; e) possibilidade.

41. Observando-se o emprego do termo sublinhado na oração “a região ostenta índices de desenvolvimento humano tão desesperadores quanto os de alguns dos países mais atrasados da África” (linhas 20-23), pode-se afirmar que só NÃO está empregado com o mesmo sentido na frase: a) Tanto quanto o mais miserável país africano, a Baixada apresenta índices desesperadores de pobreza. b) Tanto em alguns países africanos quanto em algumas áreas do entorno do Rio de Janeiro a miséria atinge níveis alarmantes. c) Na Baixada, tão desconfortável é a situação das pessoas que vivem nas áreas urbanas quanto a das áreas periféricas. d) A miséria, em qualquer das suas formas de expressão, gera tanta exclusão quanto o preconceito e a discriminação. e) O sofrimento pela falta de segurança é tanto quanto pela falta de um bom serviço de transporte.

38. Ao referir-se à violência (4 parágrafo), o enunciador afirma que esta “repete a situação endêmica de outras áreas da cidade” (linhas 26-27), quer dizer, a situação de: a) pobreza permanente comum a outras áreas da cidade; b) exclusão social permanente existente em outras áreas da cidade; c) índices desprezíveis de desenvolvimento humano próprios de outras áreas da cidade; d) falta total de saneamento básico, da mesma forma que em outras áreas da cidade; e) doença que existe constantemente em outras áreas da cidade. 39. Pode-se dizer que “um programa de governo que recoloque nos trilhos os serviços essenciais à população” (linhas 40-42), de acordo com o texto, é um programa que: a) tenha um projeto definido de desenvolvimento, com políticas geradoras de emprego, de promoção social e de bem estar da população, reordenando economicamente as áreas mais carentes com políticas distribuidoras de riqueza; b) contemple um conjunto de ações políticas voltadas para áreas como educação, saúde, transporte, moradia, saneamento básico, há muito distantes dos planos dos sucessivos governos; c) ponha em prática uma política de recuperação das vias férreas e das composições utilizadas no transporte da população (para que sejam evitados os antigos descarrilamentos), reformando as estações, usando vagões refrigerados e proporcionando conforto e segurança aos usuários; d) considere como essencial a construção de escolas, de hospitais, de restaurantes populares, e que promova o saneamento e a urbanização das favelas, obras tão abandonadas pelo poder público quanto estão abandonados os trilhos das vias férreas; e) esteja sintonizado com os interesses maiores da população, promovendo a recuperação da dignidade perdida por anos de descaso, por meio da adoção de um orçamento participativo, discutido e votado pelas lideranças das associações de bairro.

42. O termo sublinhado em “GRAÇAS Ao pouco caso ou à mingua de recursos públicos para investimentos na área” (linhas 16-17) introduz no período um sentido de: a) conseqüência; b) modo; c) causa; d) oposição; e) comparação. 43. Fazendo-se a junção de pensamentos expressos nos dois períodos do terceiro parágrafo “nas últimas décadas vem se formando ali um cinturão de miséria (...) _____ a região ostenta índices de desenvolvimento humano tão desesperadores quanto o de alguns dos países mais atrasados da África” (linhas 17-23), com o cuidado de se manter o sentido original, poderiam ser usados os conectivos abaixo relacionados, EXCETO: a) de modo que; b) tal que; c) tanto que; d) posto que; e) de sorte que. 44. No último período do texto há duas orações subordinadas de idêntico valor sintático as quais receberam distinta forma de redação: a primeira está

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a) b) c) d) e)

separada por vírgulas e a segunda não. Essa diferença na forma de redação justifica-se por: ter a primeira sentido restritivo e a segunda, explicativo; ter a primeira um sentido explicativo e a segunda, restritivo; ser a primeira um aposto e a segunda, um adjunto adnominal; estar a primeira iniciada por pronome relativo e a segunda, por conjunção integrante; ter a primeira verbo no modo indicativo e a segunda, no modo subjuntivo.

Trata-se de um fenômeno de massa com características especiais que nunca existiram antes do século XX. Antes o lazer era privilégio dos nobres e, depois, dos burgueses, que, com caçadas, festas, bailes, jogos, intensificavam suas atividades predominantemente ociosas. Os artesãos e camponeses de antes da Revolução Industrial seguiam o ritmo da natureza: começavam a trabalhar ao clarear do dia e paravam ao cair da noite; a deficiente iluminação não permitia outra escolha. Seguiam o ritmo das estações, pois a semente exige o tempo de plantio, tanto quanto a colheita deve ser feita na época certa. Havia "dias sem trabalho", que ofereciam possibilidade de repouso, embora não muito, pois geralmente os feriados previstos eram impostos pela Igreja e havia a exigência de práticas religiosas e rituais obrigatórios. As festas religiosas ou as que marcavam o fim da colheita eram atividades coletivas e tinham um sentido importante na vida social. O advento da era industrial e o crescimento das cidades alteraram esse panorama. Com a introdução do relógio, o ritmo do trabalho deixa de ser marcado pela natureza. A mecanização, a divisão e organização das tarefas exigem que o tempo de trabalho seja cronometrado. As extensas jornadas de dezesseis a dezoito horas mal deixam tempo para a recuperação fisiológica. Mas as reivindicações dos trabalhadores vão lentamente conseguindo algumas alterações: a partir de 1850 é restabelecido o descanso semanal; em 1919 é votada a lei das oito horas; dá-se a redução progressiva da semana de trabalho para cinco dias. Depois de 1930, várias outras conquistas, como o descanso remunerado, as férias e, concomitantemente, a organização de "colônias de férias", fazem surgir no século XX o "homem-de-após- trabalho". É o início de uma nova era, que tende a tomar contornos mais definidos com a intensificação da automação do trabalho. Estamos dirigindo-nos a passos largos para uma "civilização do lazer". A diminuição da jornada de trabalho criou o tempo liberado, que não pode ser confundido ainda com o tempo propriamente livre, pois aquele vai ser gasto de inúmeras maneiras: no transporte na maioria das vezes o operário mora longe do local de trabalho; há ainda o gasto com as ocupações de asseio e alimentação; com o sono; com obrigações familiares e afazeres domésticos; com obrigações sociais, políticas ou religiosas; às vezes até com um "bico" para ganhar mais alguns trocados. Isso sem falar no trabalho feminino, que sempre supõe a "dupla jornada de trabalho". (ARANHA, M. Lúcia de Arruda & MARTINS, M. H. Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1986, p. 64-5.)

45. Se a oração “e sofre com a falta de alguns dos requisitos mínimos para uma vida decente” (linhas 14- 15) tivesse sido redigida “e sofre com a falta de alguns dos requisitos mínimos para uma vida descente”, constatar-se-ia uma incorreção provocada pela inversão no emprego dos vocábulos homônimos sublinhados. As frases, dos pares abaixo, estão corretas, EXCETO as de um par em que houve inversão dos termos homônimos ou parônimos. Este par é o que se encontra na opção: a) O advogado estava desapercebido para a audiência, pois não trouxera seus documentos. / Nenhum fato passava despercebido ao criterioso juiz. b) Na última sessão do Congresso Nacional foi aprovada mais uma alteração constitucional. / Foi apresentada proposta de cessão de bases militares aos norte-americanos. c) Há cerca de dez anos inaugurou-se a última obra pública na região. / Diziam acerca das obras públicas que elas tinham sido superfaturadas. d) A governadora iniciou seu mandato com forte base na Assembléia Legislativa. / Por meio de um advogado, a população impetrou mandado de segurança contra a decisão da autoridade. e) Espera-se que a justiça infrinja a pena cabível ao criminoso. / Para aquele que inflija a lei, sempre deve haver o direito de defesa. 46. A inversão na ordem de colocação do adjetivo simples, nas expressões “a simples presença do Estado” (linha 34) e “a presença simples do Estado”, acarreta uma alteração de sentido, que pode ser explicitada, respectivamente, como: a) incomum e uniforme; b) mera e singela; c) vulgar e pura; d) comum e estreme; e) imodesta e única. 47. Na oração “e sofre com a falta de alguns dos requisitos mínimos para uma vida decente” (linhas 14- 15), os termos I - “sofre” e II - “com a falta de alguns dos requisitos mínimos para uma vida decente” guardam entre si uma relação de: a) causa e conseqüência; b) meio e fim; c) concessão e restrição; d) dúvida e explicação; e) hipótese e conclusão.

48. O texto tem por objetivo: a) contestar a necessidade de lazer em sociedades anteriores à era industrial; b) relatar eventos históricos que dão origem ao lazer contemporâneo; c) contrastar o lazer dos nobres e burgueses com o das classes menos favorecidas; d) revelar que o modo de vida das sociedades agrárias era melhor que o da civilização contemporânea; e) justificar a posição da Igreja no mundo dominado pela nobreza e pela burguesia.

PROVA 7 Texto 1 O lazer é uma criação da civilização industrial.

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49. No desenvolvimento, as autoras se valem de inúmeras estratégias para resguardar a coerência e convencer o leitor. Observa-se, porém, que elas evitam: a) usar o presente histórico para conferir maior vivacidade ao discurso; b) datar conquistas trabalhistas; c) expressar-se em linguagem objetiva e concisa; d) usar o tempo como critério ordenador das idéias desenvolvidas; e) recorrer à ficção para ilustrar seu ponto de vista.

a) Não devemos desejar mal ao próximo. b) Mal chegaram, tiveram de partir, c) Seu mal vem-se agravando com o tempo. d) Abaladíssimo, mal conseguia dar alguns passos. e) As coisas estão indo de mal a pior. 55. Há evidente equívoco na determinação do sufixo nominal destacado em: a) “possibilidade de repouso” (linha 16) = qualidade; b) “era industrial” (linha 23) = relação, pertinência; c) “crescimento das cidades” (linhas 23-24) = proveniência, origem; d) “reivindicações dos trabalhadores” (linha 31) = agente; e) “automação do trabalho” (linha 42) = ato ou efeito.

50. Os pronomes destacados nos itens abaixo referemse aos termos indicados à direita de cada item, EXCETO o que se encontra em: a) “...QUE nunca existiram antes do século XX.” (linhas 34) / “características especiais” (linha 3); b) “...intensificavam SUAS atividades predominantemente ociosas.” (linhas 7-8) / “nobres” (linha 5) e “burgueses” (linha 6); c) “...alteraram ESSE panorama.” (Linha 24) / “Os artesãos e camponeses de antes da Revolução Industrial seguiam o ritmo da natureza (...) e tinham um sentido importante na vida social” (linhas 9-22); d) “Estamos dirigindo-NOS a passos largos para uma 'civilização do lazer'.” (linhas 42-43) / "homem-de-apóstrabalho" (linhas 39-40); e) “...pois AQUELE vai ser gasto de inúmeras maneiras.” (linhas 46-47) / “tempo liberado” (linhas 44-45).

PROVA 7 Texto 2 A concepção de trabalho sempre esteve predominantemente ligada a uma visão negativa. Mesmo na Bíblia, Adão e Eva viviam felizes até que o pecado provocou sua expulsão do Paraíso e a condenação do homem ao trabalho "com o suor do seu rosto". A Eva coube o "trabalho" do parto. A palavra trabalho vem do vocábulo latino tripaliare, do substantivo tripalium, aparelho de tortura formado por três paus, ao qual eram atados os condenados, ou que também servia para manter presos os animais difíceis de ferrar. Daí a associação do trabalho com tortura, sofrimento, pena, labuta. Na Antiguidade grega, todo trabalho manual é desvalorizado e feito pelos escravos. A atividade teórica é considerada a mais digna do homem, cuja essência é fundamentalmente a de um ser racional. Para Platão, a finalidade dos melhores homens é a "contemplação das idéias". Entre os romanos, o conceito de negotium mostra a oposição entre negócio e ócio: é um conceito que se define pela "ausência de lazer". Na Idade Média, Santo Tomás de Aquino quer reabilitar o trabalho manual, dizendo que todos os trabalhos se equivalem, mas, na verdade, a própria construção teórica do seu pensamento, calcada na visão grega, tende a valorizar a atividade contemplativa. Muitos textos medievais consideram a ars mechanica (arte mecânica) uma ars inferior. Essa atitude resulta, tanto na Antiguidade, como na Idade Média, na impossibilidade de a ciência se desligar da filosofia. (ARANHA, M. Lúcia de Arruda & MARTINS, M. Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1986, p. 64-5.)

51. No enunciado "A diminuição da jornada de trabalho criou o tempo liberado, que não pode ser confundido ainda com o tempo propriamente livre, pois aquele vai ser gasto de inúmeras maneiras." (linhas 44-47), o sentido fica visivelmente alterado com a substituição da conjunção em destaque por: a) porquanto; b) portanto; c) visto que; d) dado que; e) uma vez que. 52. O sentido de "Havia 'dias sem trabalho', que ofereciam possibilidades de repouso, embora não muito" (linhas 15-17) altera-se sensivelmente com a substituição da conjunção grifada por: a) ainda que; b) posto que; c) se bem que; d) desde que; e) mesmo que.

56. A leitura do texto nos revela as oposições abaixo, EXCETO: a) atividade contemplativa x trabalho manual; b) pensamento filosófico de Santo Tomás x estruturação teórica desse pensamento; c) etimologia da palavra "trabalho" x concepção da essência de trabalho; d) negócio enquanto "ausência de lazer" x ócio; e) escravo x ser racional.

53. No enunciado "...a semente exige o tempo de plantio, tanto quanto a colheita deve ser feita na época certa." (linhas 13-15), a segunda oração exprime, em relação à primeira, uma circunstância de sentido: a) comparativo; b) temporal; c) condicional; d) consecutivo; e) conformativo.

57. O sentido de "Essa atitude resulta, tanto na Antiguidade, como na Idade Média, na impossibilidade de a ciência se desligar da filosofia" (linhas 28-31) fica sensivelmente alterado com a substituição do que se encontra sublinhado por:

54. No trecho "As extensas jornadas de dezesseis e dezoito horas mal deixam tempo para a recuperação fisiológica" (linhas 28-30), a palavra mal está empregada com o mesmo sentido que em:

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a) Dessa atitude decorre a impossibilidade; b) Dessa atitude deriva a impossibilidade; c) Dessa atitude procede a impossibilidade; d) Essa atitude é fruto da impossibilidade; e) Essa atitude dá origem à impossibilidade.

um bom manual de aritmética para o ensino médio não é necessariamente um intelectual, mas, se ele escrever esse livro adotando critérios pedagógicos inovadores e eficazes, pode ser. (ECO, Umberto. Trecho de artigo publicado na Revista Época, 03 / 02 / 003, p. 22.)

58. No trecho "Mesmo na Bíblia, Adão e Eva viviam felizes até que o pecado provocou sua expulsão do Paraíso" (linhas 3-4), a palavra mesmo deve ser lida em sentido análogo ao que se lê em: a) Mesmo estudando, foi reprovado. b) Marido e mulher tinham o mesmo gosto. c) Os pastores tiveram mesmo a visão da Virgem. d) Tudo somado, dá no mesmo. e) Mesmo os que estavam tristes se alegraram.

62. Considerando lado a lado os dois textos apresentados, observa-se que o texto 1 contém informação acerca de critério de divisão do trabalho próprio do pensamento antigo e medieval, critério que o texto 2: a) desenvolve; b) refuta; c) sintetiza; d) justifica; e) exemplifica.

59. No trecho "Entre os Romanos, o conceito de negotium mostra a oposição entre negócio e ócio: é um conceito que se define pela 'ausência de lazer'” (linhas 19-21) é possível substituir, sem que o sentido do enunciado se altere, o sinal de dois pontos pela seguinte locução precedida de vírgula: a) por conseguinte; b) não obstante; c) visto como; d) se bem que; e) à medida que.

63. Os dois textos mantêm entre si afinidade temática, mas diversidade no tratamento do tema. Há evidente EQUÍVOCO no registro dessa diversidade de tratamento em: a) aquele está escrito na terceira pessoa; este último, não; b) aquele desenvolve-se obedecendo a critério cronológico; este último não; c) aquele explora expressivamente o presente histórico; este último, não; d) aquele recorre a citações e etimologias; este último, não; e) aquele polemiza; este último, não.

60. Ao se reescrever o trecho “tanto na Antiguidade, como na Idade Média” (linhas 29-30), alterou-se sensivelmente o seu sentido original em: a) na Antiguidade, tanto quanto na Idade Média; b) ora na Antiguidade, ora na Idade Média; c) não só na Antiguidade, senão que também na Idade Média; d) na Antiguidade e na Idade Média; e) seja na Antiguidade, seja na Idade Média.

64. O sentido de "...o autor de um bom manual de aritmética para o ensino médio não é necessariamente um intelectual, mas, se ele escrever esse livro adotando critérios pedagógicos inovadores e eficazes, pode ser" (linhas 10-13) fica profundamente alterado com a substituição de "se ele escrever esse livro" por: a) caso ele escreva esse livro; b) conquanto ele escreva esse livro; c) desde que ele escreva esse livro; d) uma vez que ele escreva esse livro; e) escrevendo ele esse livro.

61. A substituição do elemento destacado por aquele que se encontra à direita é inaceitável, do ponto de vista da língua culta, em: a) “...viviam felizes até que o pecado provocou sua expulsão do Paraíso...” (linhas 3-4) / até o pecado provocar sua expulsão do Paraíso; b) “...aparelho de tortura (...) ao qual eram atados os condenados...” (linhas 8-10) / ao qual se atavam os condenados; c) “...quer reabilitar o trabalho manual, dizendo que todos os trabalhos se equivalem...” (linhas 22-24) / onde diz que todos os trabalhos se equivalem; d) “...um conceito que se define pela "ausência de lazer". (linhas 20-21) / definível pela "ausência de lazer"; e) “...animais difíceis de ferrar.” (linha 11) / de serem ferrados.

PROVA 8 A análise da genealogia das famílias dos cortadores de cana, considerando pelo menos três a quatro gerações, demonstra que a reprodução social deste segmento da força de trabalho se orienta por três perspectivas. Uma negativa, fatalista e majoritária, dos que não têm condições de migrar e escolher outros modos de inserção nos mercados de trabalho locais. Expressa-se na reprodução da mesma posição de cortador de cana para homens e mulheres, a estas restando ainda a alternativa do emprego doméstico informal e de baixo valor salarial. Os trabalhadores se submetem a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho, conforme enfrentem período da safra ou da entressafra ou o trabalho no corte de cana e o trabalho de enxada ou de limpa da cana. Nesta variante, o período da entressafra pode representar o tempo de investimento em outras formas de atividades, especialmente a construção civil. Um outro itinerário, derivante da manutenção no sistema de trabalho estruturado em torno da cultura da cana,

PROVA 7 Texto 3 Naturalmente, eu defendo a idéia de que, hoje em dia, não se pode entender por "intelectual" alguém que trabalhe com a cabeça mais que com os braços. Um funcionário de hotel que anota as reservas em um computador trabalha com a cabeça, enquanto um escultor utiliza os braços. Para mim, "intelectual" é quem exerce uma atividade criativa nas ciências ou nas artes, o que inclui, por exemplo, um agricultor que tem uma idéia nova sobre a rotação dos cultivos. Em resumo, o autor de

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valorizado segundo referências internas a este sistema, mas cada vez mais restrito, sustenta-se no reconhecimento do vínculo empregatício formal com as usinas ou fornecedores de cana, com acesso aos direitos trabalhistas e ao amparo na velhice através da aposentadoria. Uma positiva, valorizando os percursos considerados de sucesso, assegurados pela migração, especialmente se ela propicia o exercício de uma profissão ou saber-fazer reconhecido. A conquista desta posição expressa-se mais evidentemente na aquisição da casa própria e no trabalho autônomo. Neste percurso, as alternativas mais viáveis para os homens têm sido a inserção na construção civil e, para as mulheres, no emprego doméstico remunerado. Por fim, uma terceira alternativa, amálgama ou combinação das duas primeiras, funda-se na articulação dos mercados de trabalho internos e externos ao sistema de produção da cana-de-açúcar, equilibrando os momentos de baixa e alta demanda de força de trabalho. A situação inversa também pode ser possível, os trabalhadores migrando para se inserir em outros mercados de trabalho e se amparando no processo produtivo da cana, quando as possibilidades de vinculação nos mercados externos se tornam mais difíceis. (Adaptado de NEVES, Delma Pessanha. A perversão do trabalho infantil: lógicas sociais e alternativas de prevenção. Niterói, Intertexto, 1999, p. 109.)

e) relativo sucesso em face do exercício da profissão em área econômica produtiva.

65. No que tange ao segmento majoritário dos cortadores de cana-de-açúcar, o fatalismo a que se refere o autor aplica-se: a) de maneira mais acentuada nos homens do que nas mulheres; b) de modo mais intenso nas mulheres do que nos homens; c) isonomicamente tanto para as mulheres quanto para os homens; d) proporcionalmente entre as mulheres e os homens; e) de forma igualmente intensa tanto para os homens quanto para as mulheres.

70. Abaixo reescreveu-se a frase "A conquista desta posição expressa-se mais evidentemente na aquisição da casa própria e no trabalho autônomo." (linhas 31-34), dando-se a ela estruturas de correlação. A redação está INADEQUADA em: a) A conquista desta posição expressa-se não só na aquisição da casa própria, como também no trabalho autônomo. b) A conquista desta posição expressa-se tão somente na aquisição da casa própria, quanto no trabalho autônomo. c) A conquista desta posição expressa-se assim na aquisição da casa própria como no trabalho autônomo. d) A conquista desta posição expressa-se não somente na aquisição da casa própria, mas também no trabalho autônomo. e) A conquista desta posição expressa-se seja na aquisição da casa própria, seja no trabalho autônomo.

68. Os prefixos das palavras entressafra (linha 15) e internacional são sinônimos. Idêntica relação semântica pode ser depreendida entre os prefixos das palavras: a) anti-higiênico e suboficial; b) co-redator e contra-regra; c) arquiinimigo e hiper-humano; d) vice-diretor e sobreloja; e) ante-histórico e recém-chegado. 69. Dentre as mudanças feitas abaixo na oração sublinhada no período “A análise da genealogia das famílias dos cortadores de cana, considerando pelo menos três a quatro gerações, demonstra que a reprodução social deste segmento da força de trabalho se orienta por três perspectivas” (linhas 1-5), aquela em que se alterou o seu sentido original é: a) consideradas pelo menos três a quatro gerações; b) desde que se considerem pelo menos três a quatro gerações; c) quando se consideram pelo menos três a quatro gerações; d) caso sejam consideradas pelo menos três a quatro gerações; e) por serem consideradas pelo menos três a quatro gerações.

66. Com relação à construção civil, este ramo de alocação da mão-de-obra é citado no texto como: a) forma de captação da mão-de-obra ociosa no setor canavieiro; b) atividade coercitiva em época de entressafra na cultura de cana-de-açúcar; c) investimento empresarial mais lucrativo do que o da colheita de cana-de-açúcar; d) contrapartida ao desemprego no setor da agricultura canavieira; e) expressão da pujança do emprego em áreas da economia não relacionadas à agroindústria.

71. Abaixo reescreveu-se a frase "A situação inversa também pode ser possível, os trabalhadores migrando para se inserir em outros mercados de trabalho e se amparando no processo produtivo da cana, quando as possibilidades de vinculação nos mercados externos se tornam mais difíceis." (linhas 43-41), alterando-se ora a pontuação, ora alguma forma de construção. Pode-se afirmar que a nova redação apresenta equívoco gramatical em: a) A situação inversa também pode ser possível: os trabalhadores migrando para se inserir em outros mercados de trabalho e amparando-se no processo produtivo da cana, quando as possibilidades de vinculação nos mercados externos se tornam mais difíceis. b) A situação inversa também pode ser possível, os trabalhadores migrando para se inserirem em outros mercados de trabalho e buscando amparo no processo

67. Dentre as três perspectivas que se apresentam à força de trabalho no setor canavieiro, a denominada positiva só NÃO se caracteriza por: a) constituição de patrimônio por parte do trabalhador; b) oferta de postos de trabalho alternativos para o trabalhador; c) reconhecimento social em face de determinada habilidade para o trabalho; d) possibilidade de substituição do emprego doméstico pelo trabalho autônomo;

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produtivo da cana, quando as possibilidades de vinculação nos mercados externos se tornam mais difíceis. c) A situação inversa também pode ser possível, os trabalhadores migrando para se inserir em outros mercados de trabalho e se amparando no processo produtivo da cana, sempre que as possibilidades de vínculo nos mercados externos se tornam mais difíceis. d) A situação inversa também pode ser possível: os trabalhadores migrando, para que se insiram em outros mercados de trabalho, e se amparando no processo produtivo da cana, no momento em que as possibilidades de vinculação nos mercados externos se tornam mais difíceis. e) A situação inversa também pode ser possível, os trabalhadores que migram para se inserir em outros mercados de trabalho e onde se amparam no processo produtivo da cana, quando as possibilidades de vinculação nos mercados externos se tornam mais difíceis.

Ramon, de 12, e Milena, de 7 anos, trabalhavam fazendo estalinhos, junto com a mãe, para aumentar a renda familiar. Mas Joventina conseguiu incluir duas crianças no Peti e recebe R$ 50 por mês: - Agora, eles não precisam trabalhar. Mas eles nunca deixaram de estudar - garante. Entre as crianças que são remuneradas, 41,5% ganham até meio salário-mínimo. Numa tentativa de coibir esse tipo de trabalho ilegal, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Francisco Fausto, vai incentivar o Ministério Público do Trabalho a propor ação civil pública por danos morais contra os empregadores envolvidos com o trabalho ilegal de crianças: Se esperar que a família reclame, nada ocorre. A pesquisa impressionou o Ministro do Trabalho, Jaques Wagner. Ele deve anunciar até maio o Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, com foco no trabalho no campo, na exploração sexual e no cultivo de drogas. (O Globo on line. 18.04.2003.)

PROVA 9 Pelo menos 5.482.515 crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhavam no Brasil em 2001, mostrou o IBGE ontem ao apresentar seu levantamento sobre trabalho infantil no país. Dessas, 296.705 tinham de 5 a 9 anos. Mas a situação já foi pior. De 1992 até 2001, o percentual de crianças nessa idade que trabalha baixou de 19,6% para 12,7%. E o dado mais surpreendente: o Nordeste, que sempre acumula os piores indicadores sociais, tem ao seu lado a Região Sul, que ocupa a segunda posição entre as regiões que concentram o maior número de trabalhadores na infância. No Nordeste, a taxa baixou de 23,1% em 1992 para 16,6% em 2001. E no Sul, a taxa caiu de 24,2% para 15,1%. A atividade agrícola e a indústria calçadista são as áreas onde há os maiores índices do trabalho infantil, segundo o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, entidade vinculada à Delegacia Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul. Segundo a socióloga Eridan Moreira Magalhães, da DRT/RS, as crianças na atividade agrícola fazem parte da cultura da região: - Os pais não têm onde deixar suas crianças quando vão para a lavoura. Elas acabam sendo incorporadas à atividade econômica familiar. Quem não trabalha, mesmo criança ou adolescente, é encarado de forma pejorativa. Em Pernambuco, com cerca de 126 mil crianças inscritas no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), na maior parte na Zona da Mata (onde se concentra a agroindústria açucareira), a paisagem mudou. As crianças já não são mais vistas nos canaviais. Mas os menores trabalhadores podem ser encontrados nas áreas urbanas, como no Município de Jaboatão dos Guararapes. O pequeno Jefferson dos Santos, de 11 anos, passa toda a tarde vendendo água e refrigerantes em um cruzamento da avenida mais movimentada da região metropolitana. O pai está há cinco anos sem trabalho. Jefferson estuda de manhã, mas chega em casa tão cansado, à noite, que mal tem coragem para fazer os deveres de casa. A pesquisa mostra que 49% das crianças trabalham sem remuneração. Era o caso da família de Joventina Rodrigues. As crianças Bruno, de 11 anos,

72. O trecho "A pesquisa impressionou o Ministro do Trabalho, Jaques Wagner. Ele deve anunciar até maio o Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, com foco no trabalho no campo, na exploração sexual e no cultivo de drogas." (linhas 6064) foi reescrito abaixo de cinco formas diferentes. Aquela que está redigida em conformidade com a língua escrita padrão e respeita o sentido original do texto é: a) A pesquisa impressionou o Ministro do Trabalho, Jaques Wagner, onde se espera que anuncie o Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, com foco no trabalho no campo, na exploração sexual e no cultivo de drogas até maio. b) A pesquisa impressionou o Ministro do Trabalho, Jaques Wagner, cujo anúncio do Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, com foco no trabalho no campo, na exploração sexual e no cultivo de drogas, será feito até maio. c) O Ministro do Trabalho, Jaques Wagner, o qual deve anunciar até maio o Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, com foco no trabalho no campo, na exploração sexual e no cultivo de drogas, foi impressionado pela pesquisa. d) A pesquisa impressionou o Ministro do Trabalho, Jaques Wagner, do qual cabe anunciar até maio o Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, com foco no trabalho no campo, na exploração sexual e no cultivo de drogas. e) O Ministro do Trabalho, Jaques Wagner, a quem deve anunciar até maio o Programa Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, com foco no trabalho no campo, na exploração sexual e no cultivo de drogas, ficou impressionado com a pesquisa. 73. O vocábulo grifado na frase “Quem não trabalha, mesmo criança ou adolescente, é encarado de forma PEJORATIVA” (linhas 25-27) foi empregado pela socióloga Eridan Moreira Magalhães de forma inadequada, de acordo com os dicionários mais recomendados da língua portuguesa. Justifica-se tal comentário em razão de: a) tratar-se de um substantivo que, atribuído à forma de comportamento de uma pessoa, em vez de diminuí-la, faz

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crescer-lhe o grau de merecimento; b) tratar-se de um adjetivo que, por causa do significado, “vocábulo que expressa desaprovação ou significação desagradável”, não deve ser atribuído a formas de comportamento das pessoas; c) não poder o vocábulo adjetivo ser empregado como termo depreciativo do comportamento de pessoas, mas apenas de seres irracionais, tal a carga de rebaixamento que insere no contexto; d) ter o vocábulo sentido bem diverso daquele em que foi empregado no texto, só sendo possível empregá-lo em contextos em que designe idéia de torpeza ou de obscenidade; e) o vocábulo só poder ser usado em significação denotativa, e nunca em significação conotativa, da forma como foi empregado no texto.

CENTRIFUGAM o maior número de trabalhadores na infância. 77. O pequeno Jeferson dos Santos, citado no texto, é apresentado como um caso de criança: a) sem qualquer perspectiva de formação para o exercício da cidadania; b) explorada pelo pai desocupado para prover o sustento da família; c) atingida pela miséria que flagela boa parte da população; d) incapaz de aprender, tendo em vista o cansaço da rotina diária; e) jovem demais para vender água e refrigerantes na rua. 78. A afirmação "Agora, eles não precisam trabalhar. Mas eles nunca deixaram de estudar" (linhas 49-50), feita no texto pela mãe de crianças trabalhadoras, dá a entender que os jovens: a) só trabalhavam quando queriam estudar; b) sempre estudaram, não obstante trabalhassem; c) não precisavam trabalhar quando estudavam; d) buscavam no trabalho alternativa para o estudo; e) largaram o estudo momentaneamente devido ao trabalho.

74. Dentre as afirmações abaixo, NÃO se pode atribuir ao texto a seguinte: a) Existem áreas de atividades econômicas em que o trabalho infantil é bem mais acentuado do que em outras. b) Mesmo quando remuneradas, as crianças freqüentemente recebem menos do que o salário mínimo. c) O trabalho infantil é atividade ilegal, que gera o dever de indenização por danos morais. d) Os filhos de trabalhadores do campo geralmente acompanham os pais em suas atividades na lavoura. e) O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil mostrou-se ineficaz na Zona da Mata.

PROVA 10 Crônica tem esta vantagem: não obriga ao paletóe-gravata do editorialista, forçado a definir uma posição correta diante dos grandes problemas; não exige de quem a faz o nervosismo saltitante do repórter, responsável pela apuração do fato na hora mesma em que ele acontece; dispensa a especialização suada em economia, finanças, política nacional e internacional, esporte, religião e o mais que imaginar se possa. Sei bem que existem o cronista político, o esportivo, o religioso, o econômico etc., mas a crônica de que estou falando é aquela que não precisa entender de nada ao falar de tudo. Não se exige do cronista geral a informação ou o comentário precisos que cobramos dos outros. O que lhe pedimos é uma espécie de loucura mansa, que desenvolva determinado ponto de vista não ortodoxo e não trivial, e desperte em nós a inclinação para o jogo da fantasia, o absurdo e a vadiação de espírito. Claro que ele deve ser um cara confiável, ainda na divagação. Não se compreende, ou não compreendo, cronista faccioso, que sirva a interesse pessoal ou de grupo, porque a crônica é território livre da imaginação, empenhada em circular entre os acontecimentos do dia, sem procurar influir neles. Fazer mais do que isto seria pretensão descabida de sua parte. Ele sabe que seu prazo de atuação é limitado: minutos no café da manhã ou à espera do coletivo. (Carlos Drummond de Andrade. Ciao. Shopping News-City News)

75. Dentre os meios de convencimento usados pelo autor do texto na exposição dos fatos, só NÃO é utilizado o seguinte: a) depoimento de autoridades; b) citação de normas legais; c) dados estatísticos; d) pesquisa de campo; e) exemplificação factual. 76. Abaixo, foram substituídas por sinônimos, com as adaptações necessárias, palavras e expressões da frase "O Nordeste, que sempre acumula os piores indicadores sociais, tem ao seu lado a Região Sul, que ocupa a segunda posição entre as regiões que concentram o maior número de trabalhadores na infância" (linhas 8-12). Modificou-se substancialmente o sentido original do texto em: a) O Nordeste, que sempre REÚNE os piores indicadores sociais, tem ao seu lado a Região Sul, que ocupa a segunda posição entre as regiões que concentram o maior número de trabalhadores na infância. b) O Nordeste, que sempre acumula os piores ÍNDICES sociais, tem ao seu lado a Região Sul, que ocupa a segunda posição entre as regiões que concentram o maior número de trabalhadores na infância. c) O Nordeste, que sempre acumula os piores indicadores sociais, JUSTAPÕE-SE à Região Sul, que ocupa a segunda posição entre as regiões que concentram o maior número de trabalhadores na infância. d) O Nordeste, que sempre acumula os piores indicadores sociais, tem ao seu lado a Região Sul, que ocupa A VICE-POSIÇÃO entre as regiões que concentram o maior número de trabalhadores na infância. e) O Nordeste, que sempre acumula os piores indicadores sociais, tem ao seu lado a Região Sul, que ocupa a segunda posição entre as regiões que

79. Segundo o autor, a crônica caracteriza-se por ser um texto: a) que não se compromete com temas específicos, como economia, finanças e esporte; b) de temática abrangente, que visa tratar os assuntos de maneira criativa e heterodoxa; c) não ortodoxo e não trivial, que só agrada ao leitor afeito à fantasia e à vadiação do espírito; d) literário, que se pauta na divagação e na imprecisão para referir-se aos fatos sociais; e) jornalístico, com pouco comprometimento com a

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verdade dos fatos.

mansa”... (linhas 14-15) / o que lhe pedimos é uma espécie de mansa loucura...; e) “... porque a crônica é território livre da imaginação ...” (linhas 21-22) / ... porque a crônica é território da imaginação livre ...

80. Em dado momento do texto, o autor usa a expressão “loucura mansa” (linha 15), que deve ser entendida como: a) a exposição de um ponto de vista pautado no bomsenso e na divagação; b) uma ato de desvario em que se busca o absurdo e a vadiação do espírito; c) uma atitude inconformada que visa gerar polêmica; d) uma atitude inusitada que extrapola os limites da falácia e da fantasia; e) a falta de compromisso do cronista com a exatidão, nos limites da confiabilidade.

85. “...responsável pela apuração do fato na hora mesma em que ele acontece...” (linhas 5-6). A palavra grifada acima, está mal empregada em: a) Trabalhei nos mesmos jornais e revistas em que ele trabalhou. b) Teve de referir-se às mesmas repórteres para corrigir o erro da crônica. c) A apuração do fato requer recurso às pessoas mesmas que nele se envolveram. d) As repórteres resolveram elas mesmo apurar os fatos descritos pelas pessoas. e) O repórter deve avaliar o fato na hora e lugar mesmos em que ele acontece.

81. Uma das características atribuídas à crônica, de acordo com o texto, é: a) ter tema específico de dada área social; b) ser composta em linguagem acessível ao povo; c) discorrer sobre assuntos do cotidiano; d) apresentar um veio humorístico do autor; e) ser um texto que procura auxiliar as pessoas em geral.

86. A palavra suada, que aparece no trecho “a especialização suada” (linha 6), pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do texto, por: a) lograda a partir de critérios amplamente reconhecidos; b) obtida com utilização de meios acadêmicos questionáveis; c) conseguida por caminhos pouco ortodoxos; d) alcançada com ingente esforço; e) atingida depois de imobilização de todas as energias.

82. Apesar de escrito em linguagem culta, padrão, o texto contém trecho em linguagem distensa, próxima do coloquial. Este fato ocorre em: a) “Sei bem que existem o cronista político, o esportivo, o religioso, o econômico etc...” (linhas 8 -10); b) “Não se compreende, ou não compreendo, cronista faccioso, que sirva a interesse pessoal ou de grupo...” (linhas 19 - 21); c) “Não se exige do cronista geral a informação...” (linhas 12 - 13); d) “Ele sabe que seu prazo de atuação é limitado: minutos no café da manhã ou à espera do coletivo.” (linhas 25 - 27); e) “Claro que ele deve ser um cara confiável, ainda na divagação.” (linhas 18 - 19 ).

87. No trecho “porque a crônica é território livre da imaginação, empenhada em circular entre os acontecimentos do dia, sem procurar influir neles” (linhas 21-24), a parte sublinhada, para que NÃO tenha o sentido alterado, só pode ser substituído por: a) ainda que não procure influir neles; b) visto que não procura influir neles; c) tanto que não procura influir neles; d) logo que não procure influir neles; e) tal que não procure influir neles.

83. Nos itens abaixo, os termos destacados - que têm a função textual de referir-se a outros anteriormente expressos - estão corretamente indicados quanto ao anterior a que se referem, EXCETO em: a) “...não exige de quem A faz ...” (linhas 3-4) = “crônica” (linha 1); b) “O que LHE pedimos...“ (linha 14) = “cronista geral” (linha 12); c) “Fazer mais do que ISTO seria pretensão descabida de sua parte. (linhas 24-25) = “território livre da imaginação” (linha 22); d) “...sem procurar influir NELES...” (linhas 23-24) = “acontecimentos” (linha 23 ); e) “...pretensão descabida de SUA parte.” (linhas 24-25) = “cronista faccioso” (linha 20 ).

88. Os dois-pontos usados no trecho “Crônica tem esta vantagem: não obriga ao paletó-e-gravata do editorialista...” (linhas 1-2) têm valor semelhante aos usados em: a) O diretor fez observar aos professores: “Nosso índices de reprovação aumentaram neste ano.” b) O anúncio oferecia viagens para as seguintes cidades: Caxambu, Cambuquira, Lambari e São Lourenço. c) O trânsito lento nos trouxe sérios contratempos: perdemos a hora da aula e fomos obrigados a copiar a matéria anotada por colegas. d) Sua licença de motorista fora cassada: era recordista de infrações. e) Foram três os sorteados no concurso: Marcos, José e Helena.

84. A alteração na ordem dos termos feita nos itens abaixo não lhes modifica o sentido, EXCETO em: a) “...e o mais que imaginar se possa.” (linha 8) / ...e o mais que se possa imaginar.; b) “Ele sabe que seu prazo de atuação é limitado...” (linhas 25-26) / Ele sabe que é limitado seu prazo de atuação...; c) “Sei bem que existem o cronista político, o esportivo...” (linhas 8-9) / Bem sei que existem o cronista político, o esportivo...; d) “O que lhe pedimos é uma espécie de loucura

PROVA 11 As Batalhas da Abolição Pode-se dizer que as batalhas históricas, ou os eventos em geral que envolvem conflitos, são travadas pelo menos duas vezes. A primeira quando se verificam na forma de evento, a segunda quando se trata de estabelecer sua versão histórica ou sua memória. A primeira é uma batalha histórica, a segunda um combate historiográfico. E não há como dizer que a primeira vez

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seja mais importante do que a segunda. Em se tratando de acontecimentos que marcaram profundamente a História, como a Revolução Francesa, seria mesmo mais adequado dizer que são combates que continuam até hoje, em que não se distingue a História da Historiografia. Algo semelhante, embora em ponto menor, acontece com a abolição da escravidão. O combate histórico feriu-se há cem anos, mas ele se prolonga até hoje nas batalhas acadêmicas e políticas pela caracterização da escravidão e pela definição das forças que levaram à sua extinção. Não surpreende que assim seja, porque desta definição depende em parte o estabelecimento das credenciais dos atores que hoje estão envolvidos na luta dos negros pelo lugar na sociedade brasileira que nem a abolição, nem os cem anos que a seguiram lhes propiciaram. A batalha de hoje se dá em duas frentes principais, a frente acadêmica e a frente do movimento pelo fim das discriminações raciais. Ambas são políticas, mas a primeira o é de forma mediatizada, isto é, ela passa pelas regras da argumentação histórica, sobretudo pela necessidade de produzir evidências. Embora seguindo regras distintas, as duas frentes são importantes e se alimentam mutuamente ou, pelo menos, deveriam fazê-lo. (CARVALHO, José Murilo de. Pontos e bordados: escritos de história e política. Belo Horizonte, Editora UFMG, 1998, p. 65-6.)

92. A batalha a que se refere o autor no terceiro parágrafo do texto está mais bem caracterizada na seguinte alternativa: a) trata-se da discussão ideológica sobre a abolição, que se manifesta em esfera acadêmica e em esfera política; b) trata-se da avaliação política da abolição em dois níveis: o da argumentação acadêmica e o da manifestação antidiscriminatória; c) constitui embate de acontecimentos que marcaram profundamente a História, de significado semelhante ao que teve a Revolução Francesa; d) são fatos que se alimentam mutuamente, de que decorre admitir serem alguns conseqüências de outros; e) constitui um conflito de interesses entre os que defendem a Revolução Francesa e os que defendem a Abolição.

89. Considerando a estrutura do texto, o segundo parágrafo tem a seguinte função: a) contrapor uma idéia central exposta no primeiro parágrafo; b) apresentar idéias acessórias às presentes no terceiro parágrafo; c) especificar com um exemplo uma idéia geral do primeiro parágrafo; d) vincular uma idéia do primeiro parágrafo a outra presente no terceiro parágrafo; e) introduzir uma idéia antagônica à do terceiro parágrafo.

94. Ao estruturar o segundo parágrafo, o autor inicia-o mediante o seguinte artifício: a) apresenta fato novo, que não mantém conexão semântica com o que foi dito antes; b) usa a estratégia da enumeração exaustiva de fatos para comprovar uma tese; c) usa um pronome indefinido como recurso de coesão entre o que se disse e o que se vai dizer; d) recorre à adjetivação metafórica, para melhor explicar o que pretende dizer ao leitor; e) refere-se a um acontecimento de importância menor perante os demais.

93. Ao tratar da batalha histórica e do combate historiográfico, no primeiro parágrafo, o autor usa o seguinte argumento favorável a sua tese: a) o exemplo emblemático da Revolução Francesa; b) a luta dos negros pelo lugar na sociedade brasileira; c) a memória dos historiadores, que contribui para a avaliação dos fatos históricos; d) a referência ao conflitos que podem ter mais de uma versão; e) a luta incessante pelos direitos humanos.

90. A opinião do texto sobre a abolição da escravidão é exposta na seguinte alternativa: a) trata-se de fato histórico definitivamente esclarecido pela opinião acadêmica; b) constitui exemplo de evento histórico que ainda suscita opiniões divergentes; c) é entendida como um evento histórico que não surpreende, por sua irrelevância; d) serve como tema teatral constante, com o qual se envolvem os atores que defendem a causa dos negros; e) constitui evento da história brasileira que não cativa a atenção dos historiadores.

95. A substituição feita abaixo do termo sublinhado no período “Algo semelhante, embora em ponto menor, acontece com a abolição da escravidão” (linhas 1415) que implica alteração de sentido é: a) não obstante em ponto menor; b) ainda que em ponto menor; c) conquanto em ponto menor; d) desde que em ponto menor; e) apesar de que em ponto menor. 96. O pronome sublinhado em “mas a primeira o é de forma mediatizada” (linhas 27-28) tem a função de substituir, no texto: a) o adjetivo político (linha 27); b) o substantivo discriminações (linha 27); c) o verbo ser (linha 28); d) o substantivo movimento (linha 26); e) o numeral primeira (linha 28).

91. De acordo com o texto, ao se avaliarem o evento histórico e a versão histórica, é cabível fazer a seguinte afirmação: a) o evento em si é mais importante do que suas versões; b) toda versão é expressão fidedigna do evento; c) o evento não tem a mesma importância que se confere às versões; d) o evento não é necessariamente mais relevante que as versões; e) a versão é incompatível com o evento.

97. O pronome sublinhado em “nem os cem anos que a seguiram LHES propiciaram” (linhas 23-24) está em clara referência a um termo que o antecede no texto. Este termo é: a) negros; b) atores;

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c) credenciais; d) cem anos; e) envolvidos.

permaneciam com as mesmas escalações por anos a fio. Podia haver uma modificação pontual aqui e ali, mas no geral, na base, no núcleo duro, a escalação permanecia a mesma. Pode o jovem leitor imaginar uma coisa dessas? Era um tempo de estabilidade e permanência. Os craques ficavam longamente, muitas vezes a vida inteira, nos mesmos clubes. Em conseqüência, acabavam se identificando com eles. Não se precisa ir muito longe: isso acontecia ainda nos anos 80. Zico era do Flamengo. Zico era o Flamengo. Roberto Dinamite era do Vasco. Um pouco mais para trás, Ademir da Guia, chamado o Divino, a quem João Cabral de Melo Neto dedicou um poema que lhe descrevia o estilo melhor do que qualquer comentarista esportivo (“Ademir impõe com seu jogo / o ritmo de chumbo (e o peso) / da lesma, da câmara lenta, / do homem dentro do pesadelo”) era do Palmeiras. Era o Palmeiras. E Pelé naturalmente era do Santos, assim como Garrincha era do Botafogo, apesar das peregrinações por outros clubes impostas pelas humilhações de fim de carreira. Hoje, o que se vê? Tomem-se os craques da seleção, os Edilsons e Luizões da vida. Em que time jogam? Mais adequado seria perguntar: em que time estão jogando neste momento, 3 da tarde? E em qual estarão às 4? Se há tanta inconstância, não há como firmar vínculo com os clubes. Portanto, não há como firmar vínculo com o torcedor. Como resultado, eisnos introduzidos a um futebol sem heróis. Ademir da Guia tem uma estátua na sede do Palmeiras. Já Romário, quem o homenageará? Nestes últimos anos, ele jogou no Vasco e em seu contrário, o Flamengo. Tanto para os torcedores de um clube como do outro, ele é em parte herói e em parte traidor. (TOLEDO, Roberto Pompeu de. Rev. Veja, 10 / 04 / 002, p. 110.)

98. Dentre as modificações impostas à frase “Embora seguindo regras distintas, as duas frentes são importantes e se alimentam mutuamente ou, pelo menos, deveriam fazê-lo” (linhas 30-33), a que NÃO implica mudança de sentido é: a) Embora seguindo regras, distintas as duas frentes, são ambas importantes e se alimentam mutuamente ou, pelo menos, deveriam fazê-lo. b) Embora as duas frentes sigam regras distintas, são ambas importantes e se alimentam mutuamente ou, ao menos, deveriam fazê-lo. c) Embora seguindo regras distintas, as duas frentes são importantes e se nutrem mutuamente, já que precisariam fazê-lo. d) Embora seguindo regras distintas, as duas frentes ou são importantes ou se alimentam mutuamente: pelo menos, deveriam fazê-lo. e) Embora com regras distintas, as duas frentes ou são importantes ou se alimentam mutuamente, já que assim deveriam fazê-lo. 99. A substituição da expressão em destaque em “A batalha de hoje se dá em duas frentes principais” (linha 25) por uma das palavras abaixo implicará sensível alteração de sentido, se for substituída por: a) hodierna; b) dialética; c) presente; d) atual; e) moderna. PROVA 12 Texto 1 O futebol de hoje, sob o puro aspecto quantitativo, deixa o de ontem longe. É acompanhado por multidões incalculáveis. Tem a televisão a seu serviço, essa máquina de criar fenômenos avassaladores. Movimenta interesses e quantias estratosféricas. Até no Japão e na Coréia - quem imaginaria? - é popular. Uma Copa do Mundo, nos dias que correm, é evento planetário como nenhum outro. Já sob o ponto de vista da qualidade da relação com o torcedor, o futebol atual perde. Havia um vínculo afetivo entre o craque e o clube, o craque e o torcedor e o torcedor e o clube, que foi comprometido. Atentemos, para ter idéia precisa do que se está tentando dizer, em duas diferenças fundamentais entre o futebol de ontem e o de hoje. A primeira diz respeito ao uniforme. Antes, os times apresentavam-se sempre com o mesmo. Vá lá: não era sempre, era quase sempre. Havia ocasiões - uma em cada dez, não mais que isso - em que era preciso trocar de uniforme, pois o do adversário era parecido. Trocavase então pelo uniforme reserva, que por sua vez era sempre o mesmo, o único e mesmo uniforme reserva. Hoje, o que acontece? O mesmo time pode aparecer com a camisa branca num jogo, listrada no seguinte, cinza no terceiro jogo e com bolinhas e rendas no quarto, isso quando o time alvinegro não se traveste de vermelho, o rubro-negro de verde e o tricolor de um único e inteiriço amarelo. Vale tudo, em favor do contraste que a televisão julgar mais conveniente para a transmissão. A segunda diferença é que os times, antes,

100.O autor, com os argumentos que expõe ao longo do texto, busca persuadir-nos de que: a) o futebol de outrora, do ponto de vista qualitativo, era superior ao atual; b) tanto quantitativa como qualitativamente, o futebol de ontem supera o de hoje; c) o futebol desenvolveu-se quantitativamente em virtude da televisão; d) as causas do desenvolvimento quantitativo do futebol não são bem determinadas; e) os efeitos da queda na qualidade do futebol se fazem ver nos estádios vazios. 101.O autor defende seus pontos de vista com bons argumentos, mas faz concessão a outras vozes no texto. É o que ocorre, por exemplo, a partir de: a) “Movimenta interesses e quantias estratosféricas.” (linhas 5-6 ); b) “Vá lá: não era sempre, era quase sempre.” (linhas 1718); c) “Era um tempo de estabilidade e permanência.” (linhas 36-37); d) “Roberto Dinamite era do Vasco.” (linha 42); e) “Já Romário, quem o homenageará?” (linhas 61-62). 102.Podemos sintetizar em duas palavras a atitude do autor em relação ao futebol brasileiro do passado e do presente. São elas, respectivamente: a) negação / confiança; b) indiferença / resignação; c) desmitificação / apologia;

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d) nostalgia / crítica; e) desprezo / expectativa.

popular.” (linhas 6-7); c) “A primeira diz respeito ao uniforme.” (linha 16); d) “Ademir da Guia tem uma estátua na sede do Palmeiras.” (linhas 60-61); e) “Antes, os times apresentavam-se sempre com o mesmo.” (linhas 16-17).

103.Dois dos jogadores mencionados no texto são apontados, para dar força à argumentação, como essência dos clubes a que pertenceram. São eles: a) Zico e Ademir da Guia; b) Roberto Dinamite e Zico; c) Ademir da Guia e Pelé; d) Pelé e Garrincha; e) Garrincha e Roberto Dinamite.

109.Um dos pronomes abaixo NÃO se refere a elemento expresso anteriormente no texto. Este pronome é o que aparece sublinhado em: a) “Tem a televisão a seu serviço...” (linhas 3-4); b) “... isso acontecia ainda nos anos 80.” (linhas 40-41); c) “... a quem João Cabral de Melo Neto dedicou um poema...” (linhas 43-44); d) “... que lhe descrevia o estilo melhor do que qualquer comentarista esportivo...” (linhas 44-46); e) “... eis-nos introduzidos a um futebol sem heróis.” (linhas 59-60).

104.Para justificar a proposição com que inicia o 1o parágrafo, o autor se vale de: a) exemplos abstratos; b) narrativas reais; c) dados irrefutáveis; d) apreciações subjetivas; e) inferências lógicas.

110.O sinal de dois pontos é usado em duas oportunidades no texto: após "Vá lá" (linha 17) e após "Mais adequado seria perguntar" (linha 55). Eles anunciam, respectivamente: a) uma retificação / uma citação; b) uma definição / uma indagação; c) uma síntese / uma discriminação; d) uma explicação / uma conclusão; e) um esclarecimento / uma conseqüência.

105.No texto usam-se tropos ou figuras de linguagem como estratégia de convencimento. A figura usada na passagem "Mais adequado seria perguntar: em que time estão jogando neste momento, 3 da tarde? E em qual estarão às 4?" (linhas 55-57) é a mesma que se lê em: a) Um frio inteligente [...] percorria o jardim. b) Rios te correrão dos olhos, se chorares! c) A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar das crianças. d) Por uma única janela envidraçada, [...] entravam claridades cinzentas e surdas. e) Entretanto, das portas surgiam cabeças, congestionadas de sono.

111.Em: "Já Romário, quem o homenageará?" (linhas 6162), o pronome o está empregado pleonasticamente. O mesmo ocorre na seguinte alternativa: a) Zico era do Flamengo, mas todos, sem exceção, pagavam o ingresso com prazer para vê-lo em campo. b) Seus adversários lhe temiam os dribles. c) Nós o aplaudíamos ou não. d) Sempre o admirávamos. e) A ele todos, enfim, lhe rendiam homenagens.

106.No contexto discursivo, o verbo auxiliar empregado em: "O mesmo time pode aparecer com a camisa branca num jogo, listrada no seguinte" (linhas 23-25) revela que o autor entende o que enuncia como: a) duvidoso; b) certo; c) necessário; d) possível; e) obrigatório.

112.A mudança na ordem dos termos altera o sentido fundamental do enunciado em: a) “É acompanhado por multidões incalculáveis.” (linhas 2-3) / É acompanhado por incalculáveis multidões. b) “Até no Japão e na Coréia - quem imaginaria? - é popular.” (linhas 6-7) / No Japão e na Coréia quem imaginaria? é até popular. c) “A primeira diz respeito ao uniforme.” (linha 16) / Diz respeito a primeira ao uniforme. d) “Vá lá: não era sempre, era quase sempre.” (linhas 1718) / Vá lá: era quase sempre, não era sempre. e) “Antes, os times apresentavam-se sempre com o mesmo.” (linhas 16-17) / Os times apresentavam-se, antes, sempre com o mesmo.

107.A substituição do elemento destacado pelo que se acha sugerido à direita altera o sentido fundamental do enunciado em: a) “Uma Copa do Mundo, nos dias que correm, é evento planetário...” (linhas 7-8) / correntes; b) “A primeira diz respeito ao uniforme.” (linha 16) / respeita; c) “Pode o jovem leitor imaginar uma coisa dessas?” (linhas 35-36) / semelhante coisa; d) “Em conseqüência, acabavam se identificando com eles.” (linhas 38-39) / resultado disto; e) “Portanto, não há como firmar vínculo com o torcedor.” (linhas 58-59) / pois.

PROVA 12 Texto 2 [...] Dos mitos atuais, perenes, inquestionáveis, cotidianamente celebrados em escala global, um deles se denomina o mercado. A ele nos referimos como uma entidade real, com vida própria, capaz inclusive de reações semi-humanas. Diz-se dele que tem "humores", "reage" com otimismo ou pessimismo a determinadas medidas, tem "percepção" do que acontece no reino da política e da vida social. É descrito como uma entidade "sensível",

108.Abaixo lêem-se frases em que houve supressão de termo anteriormente expresso. Escapa a esta característica apenas a frase que se encontra na opção: a) “O futebol de hoje, sob o puro aspecto quantitativo, deixa o de ontem longe.” (linhas 1-2); b) “Até no Japão e na Coréia - quem imaginaria? - é

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"irascível", oscilando ao sabor dos eventos, rumores e notícias. A profusão de frases a seu respeito são eloqüentes: "O mercado está inquieto", "ele se recuperou dos efeitos negativos", "compreendeu as medidas deste ou daquele governo". Fala-se como se estivéssemos diante de um ser dotado de sensibilidade, inteligência e autopercepção, um organismo vivo, dinâmico e envolvente. O mercado possui também características divinas. Como os seres sagrados, sendo global, planetário, encontra-se em "todos os lugares"; da China comunista ou dos escritórios de Wall Street, esgueira-se ao Banco Central brasileiro, argentino, europeu, penetrando as organizações internacionais, ONGs, partidos, sindicatos, universidades, indústrias culturais. Ninguém escapa às suas malhas, ao seu olhar atento e controlador. [...] O mercado é, pois, transcendental e onisciente. Cada transação, comercial, cultural ou científica, atesta sua existência, atualiza sua manifestação. E sem o constrangimento das velhas barreiras materiais, pois um aparato tecnológico sofisticado - computadores, satélites, fibras óticas, cartões de crédito - torna sua voracidade simultânea e extensiva à espacialidade da modernidademundo. Mas os mitos são misteriosos, contêm segredos insondáveis. Sua estrutura ardilosa, sua complexidade, não se revela facilmente aos olhos dos simples mortais. Eles devem ser interrogados, decifrados por alguns predestinados. Os economistas, sacerdotes-feiticeiros modernos, têm essa função. Eles, e apenas eles, conseguem sondar o oculto, interpretar seus desígnios. Como os quiromânticos, interpretam o presente e lêem o futuro (é comum vermos nos jornais as previsões desses sumos sacerdotes). A ciência econômica necessita de especialistas como as religiões, uma casta à parte traduz, assim, a vontade divina. Porém, como nos ensinam os antropólogos, para que tal entendimento seja crível, isto é, aceito socialmente, é necessário que ele se expresse esotericamente, seja incompreensível aos leigos. Daí a proliferação das fórmulas mágicas entoadas cotidianamente: C-bond, risco-país, flutuação financeira, planos, metas. Cada um desses termos encobre um buraco negro, uma mensagem criptográfica. Seu entendimento é restrito a um círculo fechado, mas para a maioria das pessoas isso é o que menos importa; pelo contrário, quanto mais inacessível, maior o fascínio. A celebração é mais importante que o conteúdo. [...] Cada ato mágico é singular, único, devendo ser meticulosamente encenado: utilização de determinadas ervas, sacrifício de animais, jejum, às vezes castigos corporais, respeito às fases da lua etc. Seu êxito depende dessas minúcias. Para que as coisas dêem certo, é necessário realizá-lo da maneira mais adequada possível. Entretanto, caso nada resulte de concreto, o que ocorre com freqüência, tanto o feiticeiro quanto o cliente não desistem, eles atribuem a falha não ao sistema de crenças, mas a algum problema ocorrido na sua efetivação - as ervas empregadas estavam estragadas, o horário escolhido não foi condizente com as fases da lua, o sacrifício foi mal feito etc. [...] O ocultismo econômico funciona de maneira análoga. Os economistas propõem aos governos, partidos e Estados os mais diversos planos de ação. Excepcionalmente eles se realizam por inteiro, no mais das vezes malogram, tendo conseqüências desastrosas,

desemprego, inflação, desvalorização da moeda etc. Porém, para cada idéia equivocadamente implementada, surgem outras novas, afiançadas por especialistas concorrentes entre si. O mesmo feiticeiro, apesar das derrotas passadas, pode inclusive voltar à carga, ele precisa simplesmente apresentar outras prescrições que corrijam os desmandos anteriores. Quanto mais os planos sucumbem, mais acreditamos no seu encantamento. (ORTIZ, Renato. Folha de São Paulo Mais!, 6 / 10 / 02, p. 15.) 113.Buscando desvelar-nos suas duas faces atuais, o texto nos apresenta o mercado: a) democratizado, mitificado; b) mitificado, tecnificado; c) tecnificado, burocratizado; d) burocratizado, personificado; e) personificado, deificado. 114.Para evidenciar o papel dos economistas no mundo contemporâneo, regido pelo mercado, recorre o autor, como principal estratégia argumentativa, a uma: a) ironia; b) antítese; c) perífrase; d) analogia; e) hipérbole. 115.A linguagem figurada é procedimento discursivo bastante recorrente na caracterização do mercado. Um bom exemplo disto encontra-se em: a) “Dos mitos atuais, perenes, [...] um deles se denomina o mercado.” (linhas 1-3); b) “O mercado possui também características divinas.” (linhas 18-19); c) “Ninguém escapa às suas malhas, ao seu olhar atento e controlador.” (linhas 25-26); d) “Cada transação, comercial, cultural ou científica, atesta sua existência...” (linhas 28-29); e) “O mercado é, pois, transcendental e onisciente.” (linhas 27-28). 116. As aspas usadas em palavras e frases como "humores" (linha 6), "reage" (linha 6), "percepção" (linha 7), "sensível" (linha 9), "irascível" (linha 10), "ele se recuperou dos efeitos negativos" (linhas 1213), "compreendeu a medidas deste ou daquele governo" (linhas 13-14) - todas nos dois primeiros parágrafos - servem para: a) acentuar-lhes o valor significativo; b) distingui-las, como discurso direto, do restante do contexto; c) atribuir a outrem seu emprego figurado; d) evidenciar seu caráter pejorativo; e) denunciá-las como estrangeirismos lexicais e sintáticos. 117. Nos parágrafos 6 e 7, foram empregados diversos pronomes. Aquele que NÂO faz referência a elemento presente no texto é: a) “...como nos ensinam os antropólogos...” (linha 48); b) “...ele se expresse esotericamente...” (linhas 50-51); c) “Seu entendimento é restrito a um círculo fechado...” (linhas 56-57); d) “...isso é o que menos importa...” (linhas 57-58);

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e) “...é necessário realizá-lo...” (linha 66).

e) "afiançadas por especialistas concorrentes entre si" (linhas 83-84) / que especialistas concorrentes entre si afiançam.

118. A dupla ocorrência de "pois" no 4o parágrafo (linhas 27 e 31) tem como papel exprimir, pela ordem: a) conclusão / causa; b) causa / conclusão; c) conclusão / conclusão; d) causa / causa; e) nem causa nem conclusão.

124. A conjunção que, se empregada, seria INCAPAZ de preservar a relação semântica existente entre as orações do trecho "Excepcionalmente eles se realizam por inteiro, no mais das vezes malogram..." (linhas 78-79) é: a) contudo; b) visto que; c) se bem que; d) não obstante; e) embora.

119. Há evidente equívoco na determinação do sentido em que o adjetivo está empregado no texto em: a) “entidade 'irascível' “ (linha 10) / irritável, irosa; b) “aparato sofisticado” (linha 36) / primoroso, requintado; c) “estrutura ardilosa” (linha 49) / reprovável, condenável; d) “entendimento crível” (linha49)/admissível, concebível; e) “mensagem criptográfica” (linha55)/cifrada, codificada.

125. De cada um dos enunciados abaixo destacou-se, à frente, uma preposição. Todas possuem o mesmo valor relacional, EXCETO: a) “ 'reage' com otimismo ou pessimismo” (linha 6) - com; b) “acontece no reino da política e da vida social” (linha 8) - em; c) “oscilando ao sabor dos eventos, rumores e notícias” (linhas 10-11) - a; d) “funciona de maneira análoga” (linhas 75-76) - de; e) “se realizam por inteiro” (linha 78) - por.

120. Num dos itens, o emprego do segundo adjetivo é enfático, visto que exprime basicamente a mesma noção que o primeiro. Este fato é observado na opção: a) “mitos atuais, perenes” (linha 1); b) “organismo [...] dinâmico e envolvente” (linha 17); c) “olhar atento e controlador” (linha 26); d) “mercado [...] transcendental e onisciente” (linhas 2728); e) “ato [...] singular, único” (linha 61).

126. Mudando-se apenas a posição da palavra também, podemos reescrever a frase "O mercado possui também características divinas." (linhas 18-19) das seguintes maneiras: 1) Também o mercado possui características divinas; 2) O mercado também possui características divinas; 3) O mercado possui características também divinas; 4) O mercado possui características divinas também.

121. A oração "sendo global, planetário" (linhas 19-20), reduzida de gerúndio, exprime a mesma circunstância que a subordinada adverbial que se lê em: a) Se precisar de ajuda, procure-me. b) Como ficou na miséria, matou-se. c) Quando chegou ao trabalho, foi despedido. d) Para que todos vivessem satisfeitos, sacrificava-se. e) Embora não fosse médico, costumava operar.

O sentido do enunciado original altera-se, contudo, sensivelmente, em: a) 1 e 2; b) 1 e 3; c) 2 e 3; d) 2 e 4; e) 3 e 4.

122. O período que pode ser introduzido por à medida que, sem que o sentido fundamental do enunciado se altere, encontra-se em: a) “Mas os mitos são misteriosos, contêm segredos insondáveis.” (linhas 35-36); b) “A celebração é mais importante que o conteúdo.” (linhas 59-60); c) “Cada ato mágico é singular, único, devendo ser meticulosamente encenado.” (linhas 61-62); d) “Para que as coisas dêem certo, é necessário realizálo da maneira mais adequada possível.” (linhas 65-67 ); e) “Quanto mais os planos sucumbem, mais acreditamos no seu encantamento.” (linhas 88-89).

127. No enunciado: "Eles, e apenas eles, conseguem sondar o oculto..." (linhas 41-42), a expressão "e apenas eles" possui um sentido que se mantém em: a) Eles conseguem, inclusive, sondar o oculto. b) Eles conseguem, até mesmo, sondar o oculto. c) Mesmo eles conseguem sondar o oculto. d) Ninguém, salvo eles, consegue sondar o oculto. e) Eles conseguem, unicamente, sondar o oculto. 128. Apenas uma das seqüências abaixo NÃO exerce na frase em que se encontra o papel de aposto (explicativo ou enumerativo). A seqüência é a que se encontra na opção: a) “um organismo vivo, dinâmico e envolvente” (linhas 1617); b) “brasileiro, argentino, europeu” (linhas 22-23); c) “comercial, cultural ou científica“ (linhas 28-29); d) “computadores, satélites, fibras óticas, cartões de crédito” (linhas 32-33); e) “C-bond, risco-país, flutuação financeira, planos, metas” (linhas 53-54).

123. Abaixo reescrevem-se orações reduzidas como desenvolvidas. Com a reescrita, o sentido do enunciado no texto altera-se visivelmente na seguinte alternativa: a) "cotidianamente celebrados em escala global" (linha 2) / que se celebram cotidianamente em escala global; b) "oscilando ao sabor dos eventos, rumores e notícias" (linhas 10-11) / que oscila ao sabor dos eventos, rumores e notícias; c) "penetrando as organizações internacionais" (linha 23) / que penetram as organizações internacionais; d) "equivocadamente implementada" (linhas 82-83) / que se implementou equivocadamente;

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129. O par de vocábulos cujos prefixos divergem quando ao significado é: a) semi-humano / hemiciclo; b) predestinado / anteposto; c) inquestionável / afônico; d) autopercepção / imigração; e) internacional / entreato. 130. Ao lado de cada vocábulo extraído do texto, registrou-se o seu parônimo. É visível o equívoco na determinação do significado deste último em: a) voracidade (linha 33) / veracidade (qualidade de veraz; verdade); b) inflação (linha 80) / infração ((transgressão de uma lei, de uma norma); c) previsão (linha 44) / provisão (situação aflitiva; provação); d) prescrição (linha 87) / proscrição (banimento, desterro); e) celebração (linha 59) / cerebração (constituição do cérebro).

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frases abaixo, também com formas verbais com pronomes enclíticos e mesoclíticos, a única INCORRETA quanto à acentuação gráfica é: a) A escolha dos professores far-se-á pelo critério do desempenho em sala de aula. b) O professor chamou o aluno e resolveu distraí-lo, contando-lhe uma história diferente. c) Questionado sobre a prova, o professor comentou que, assim que tiver terminado a correção, devolvê-laá. d) O diretor responsabilizou o professor e resolveu puní-lo pelos atos de indisciplina dos alunos. e) O bibliotecário reuniu os livros para pô-los na estante.

PARTE 2: GRAMÁTICA GERAL ORTOGRAFIA: EMPREGO ACENTUAÇÃO GRÁFICA.

DAS

LETRAS

E

1.

(PREFEITURA DE MARICÁ / VÁRIOS CARGOS) Os acentos gráficos usados nas palavras REPÓRTER, ESPÍRITO e NÓS justificam-se pelas mesmas regras de acentuação que justificam os acentos usados, respectivamente, em: a) fórceps, lídimo, rapé; b) ímpar, íamos, dó; c) fênix, pêra, pé; d) pôde, cadáver, rajá; e) néctar, polícia, você.

6.

(MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) O texto nos fala em "fenômenos como a prosódia" (linha 34). Dentre as afirmativas abaixo, a que diz respeito a este capítulo da fonética e da fonologia é: a) As semivogais são fonemas assilábicos, como as consoantes. b) Na linguagem emotiva o acento de "formidável" pode a deslocar-se para a 1 sílaba. c) As consoantes /m/, /n/ e /ñ/ distinguem-se das demais pelo traço da nasalidade. d) A posição ideal no vocábulo para a depreensão de todas as vogais é a de tonicidade. e) As cordas vocais vibram na produção dos fonemas sonoros.

2.

(TRT 1a região / CARGOS DIVERSOS) Na frase “O pai está há cinco anos sem trabalho.” (linhas 38-39), está corretamente empregado o verbo haver. O mesmo NÃO ocorre em: a) Espera-se há tempos uma solução para o problema. b) Não se sabia há alguns anos como solucionar o problema. c) Haverá duas horas que se encontrou solução para o problema. d) A pesquisa estava há anos de uma real solução do problema. e) Não adiantava cultivar ilusões, pois não havia formas de solucionar o problema.

7.

(MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) Em relação aos vocábulos abaixo, extraídos do texto, há ERRO de comentário relativamente à camada sônica em: a) texto - as vogais /o/ e /u/, átonas finais, distinguem formas em português; b) histericamente - a segunda sílaba é a subtônica do vocábulo; c) também - o encontro vocálico é um ditongo nasal decrescente; d) ensino - a vogal tônica é um alofone posicional de /i/; e) oral - a consoante /l/, em posição pós-vocálica, vocaliza-se na área do RJ.

3.

(TRT 1a região / ÁREA JUDICIÁRIA) As palavras três, itinerário e autônomo, presentes no texto, são assinaladas com o acento gráfico em face das mesmas regras que justificam o acento, respectivamente, em: a) mês, contrário, caído; b) pá, íeis, átimo; c) lês, temerário, pôde; d) só, mútuo, ímpar; e) véu, início, cômodo. 4.

(MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) No trecho “O 'modelo do limão' proposto por George Akerlof ajuda a compreender por que os governos não estão dispostos a pagar salários de mercado para bons professores” (linhas 12-15), a palavra sublinhada foi escrita com os elementos separados. Sabendo-se que esta palavra também pode ser escrita com os elementos juntos, ora sem acento gráfico, ora com acento gráfico, pode-se afirmar que está INCORRETA frase: a) As autoridades sabiam que havia problemas de salário, mas não conseguiam informar por quê. b) Poucos conhecem os reais motivos porque no Brasil se remunera tão mal o professor. c) É preciso conhecer o porquê de um problema, antes de buscar-se uma solução. d) As secretarias de educação não informam por que o salário dos professores é tão baixo. e) O salário dos professores é baixo, porque é ineficiente a política de contratação e avaliação de desempenho. 5.

8.

(TRF 2a REGIÃO / TELECOMUNICAÇÃO E ELETRICIDADE) Na palavra distingue (linha 13) não é cabível o emprego do trema porque o U não representa fonema. Dentre as palavras abaixo, assinale a que, uma vez grafada corretamente, não recebe trema pelo mesmo motivo: a) tranquilidade; b) adquirido; c) arguo; d) aguentassem; e) unguento. 9.

(TRF 2a REGIÃO / TELECOMUNICAÇÃO E ELETRICIDADE) Assinale a alternativa em que os acentos gráficos justificam-se, respectivamente, pelas mesmas regras que dão cabimento aos usados em acadêmica, memória, e fazê-lo: a) íamos, íeis, avô; b) histórica, pêlo, evitá-la; c) endêmica, evidência, fê-lo; d) heróica, pára (verbo parar), rendê-lo; e) íntimo, cárie, nódoa.

(MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) No trecho “não oferecem salários compatíveis para atraí-los” (linhas 41-42), a forma verbal com pronome enclítico recebeu adequadamente o acento gráfico. Entre as

10. (TRF 2a região / TAQUIGRAFIA) A série em que todos os vocábulos acentuam-se com base nas

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mesmas normas que nos obrigam a acentuar "crível" (linha 49), "planetário" (linha 20) e "conteúdo" (linha 60) é: a) indócil, série, saída; b) compreensível, ávido, útil; c) típico, econômico, diário; d) mágoa, árido, sítio; e) réptil, caráter, miúdo.

14. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) No trecho “O Brasil gasta mais de 6% do seu PIB em educação, mais de 5% vêm do setor público” (linhas 2- 4), o autor do texto utilizou-se de uma vírgula para marcar a pausa entre as duas orações do período. Ele poderia ter optado por outra forma de redação, utilizando-se de um pronome relativo para estruturar o período. Se tivesse adotado esta alternativa, o período, para estar correto, teria de ser construído da seguinte forma: a) O Brasil gasta mais de 6% do seu PIB em educação, embora mais de 5% venha do setor público. b) O Brasil gasta mais de 6% do seu PIB em educação, porquanto mais de 5% vêm do setor público. c) O Brasil gasta mais de 6% do seu PIB em educação, dos quais mais de 5% vêm do setor público. d) O Brasil gasta mais de 6% do seu PIB em educação, entre os quais mais de 5% vêm do setor público. e) O Brasil gasta mais de 6% do seu PIB em educação, pelos quais mais de 5% vêm do setor público.

11. (TRF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Assim como os verbos amenizar (linha 3), sinalizar (linha 36) e protagonizar (linha 12), escrevem-se com a letra Z todos os relacionados abaixo, porque são derivados com o sufixo -izar. Numa das relações, entretanto, há um verbo com erro de grafia, pois pelas normas ortográficas deve ser escrito com S. Este verbo encontra-se na opção: a) minimizar / politizar / pulverizar / catequizar; b) amortizar / arborizar / hipnotizar / preconizar; c) avalizar / cotizar / indenizar / exorcizar; d) enfatizar / polemizar / paralizar / arcaizar; e) contemporizar / fiscalizar / sintonizar / entronizar.

15. (TRF 2a REGIÃO / TELECOMUNICAÇÃO E ELETRICIDADE) Dentre as frases abaixo, aquela em que o pronome relativo está mal empregado é: a) A pesquisa histórica é tarefa cuja realização se deve aos grandes historiadores. b) O estudo das fontes históricas, o qual tanto atrai os historiadores, é tão importante quanto o da própria História. c) Analisou tantos fatos quantos pudessem interessar à pesquisa histórica. d) Às vezes, verificam-se fatos históricos que os historiadores não conseguem determinar suas causas. e) O modo como a pesquisa histórica evolui às vezes surpreende o próprio historiador.

12. (TRF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Leia com atenção as frases abaixo, observando-as do ponto de vista ortográfico. I - Com exceção da gasolina, todos os outros derivados do petróleo, importantes para a infraestrutura do país, tiveram reajustes acima da rigidez atual dos preços. II - A destituição da presidência passou a ser uma obsessão para uma macissa camada de neosócios, interessados na paralisia da alvissareira diretoria. III – Vários assessores apresentaram-se espontaneamente para a argüição, entendendo o ato não como uma inquisição, mas como autoreflexão, ou autoanálise. IV- A delinquência progressiva dos excedentes da exclusão constituem ingente atraso gerador de extensa dissensão da sociedade pós-industrial.

PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS. 16. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) Em relação à formação de palavras como as relacionadas nos itens abaixo, há visível equívoco na determinação do papel do sufixo em: a) crença (forma substantivos de verbos); b) tipicamente (forma advérbios de substantivos); c) lingüista (forma substantivos de substantivos); d) socioletal (forma adjetivos de substantivos); e) oralidade (forma substantivos de adjetivos).

Constata-se que, de acordo com as normas ortográficas em vigor: a) estão todas incorretas; b) estão todas corretas; c) estão incorretas as frases I e IV; d) está incorreta a frase III; e) estão incorretas as frases II e IV.

CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES.

17. (TRF 2a região / TAQUIGRAFIA) Há ERRO no comentário sobre o papel do sufixo na formação de palavras em: a) esotericamente (forma advérbios de substantivos); b) global (forma adjetivos de substantivos); c) sensibilidade (forma substantivos de adjetivos); d) proliferação (forma substantivos de verbos); e) feiticeiro (forma substantivos de substantivos).

13. (PREFEITURA DE MARICÁ / VÁRIOS CARGOS) A substituição do termo sublinhado por um pronome correspondente está feita corretamente em todos os itens abaixo, EXCETO em: a) “Não se compreende (...) cronista faccioso...” (linhas 19-20) / Cronista faccioso, não se o compreende...; b) “Sei bem que existem o cronista político, o esportivo...” (linhas 8-9) / Que existem o cronista político, o esportivo, sei-o bem...; c) “Ele sabe que seu prazo de atuação é limitado... (linhas 25-26) / Que seu prazo de atuação é limitado, ele o sabe...; d) “...não exige de quem a faz o nervosismo saltitante do repórter.” (linhas 3-4) / O nervosismo saltitante do repórter, não o exige de quem a faz.; e) “Dispensa a especialização...” (linha 6)/ Especialização, dispensa-a.

18. (TRT 1a região / ADMINISTRAÇÃO) À frente de cada uma das palavras abaixo, extraídas do texto, indicou-se o papel do sufixo em sua formação. Há, contudo, uma informação com ERRO, justamente a que se encontra na opção: a) concepção (forma substantivos de verbos); b) racional (forma adjetivos de substantivos); c) fundamentalmente (forma advérbios de adjetivos); d) antiguidade (forma substantivos de adjetivos);

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e) contemplativa (forma adjetivos de adjetivos).

d) 18 composições já estão sendo reformadas com recursos próprios do Estado. e) Através da verba do Estado estão reformando 18 composições.

19. (TRT 1a região / ADMINISTRAÇÃO) Nos itens abaixo, dando continuidade ao que se diz na primeira frase, empregou-se com ERRO o pronome átono em: a) Os nobres intensificavam suas atividades predominantemente ociosas. Eles intensificavam-nas, quase sempre, depois que... b) Os artesãos e os camponeses seguiam o ritmo da natureza. Eles o seguiam obrigatoriamente, uma vez que... c) A deficiente iluminação não permitia aos artesãos e camponeses outra escolha. Ela não lhes permitia outra escolha, sobretudo quando... d) A semente exige o tempo de plantio. Se ela o exige, é claro que não se podia... e) A diminuição da jornada de trabalho acabou por criar o tempo liberado. Ao criar-lhe, tornou mais fácil para todos...

VERBOS: CONJUGAÇÃO, EMPREGO TEMPOS, MODOS E VOZES VERBAIS.

23. (TRF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Está INCORRETA, quanto à flexão verbal, a frase: a) Com a inauguração dos trens refrigerados a população reouve a esperança de dias melhores. b) Era necessário que as autoridades revissem os planos de desenvolvimento da Baixada. c) Para a população, somente um projeto de reconstrução sócio-econômica trazer-lhe-ia a segurança de dias melhores. d) Se os interesses das autoridades se sobrepuserem aos da população, as ações de governo serão inócuas. e) Os novos trens provieram de uma fábrica localizada no interior de São Paulo. 24. (TRF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) A frase em que uma das formas verbais está flexionada de forma INCORRETA, segundo o padrão culto da língua, é: a) Seria bom que a Igreja reouvesse o poder que detinha. b) Se a burguesia não revir seu modo de vida, acabará arruinada. c) Todos trabalhavam para que os nobres se entretivessem no ócio. d) Quem se contrapuser ao regime não sobreviverá. e) Os burgueses só deixarão o poder quando isto lhes convir.

DOS

20. (TRF 2a região / TAQUIGRAFIA) Há ERRO na escolha da forma verbal destacada em: a) Os economistas já propuseram ao Governo os mais diversos planos de ação. b) Ela não trabalhava; apenas se entretinha lendo o futuro nas mãos dos amigos. c) O gerente só deve procurar-nos quando revir seus conceitos sobre o mercado. d) Ele investiu dinheiro nos tempos do Collor e nunca mais o reaveu. e) Conheço um indivíduo que nunca se compraz com o que tem.

25. (TRT 1a região / ADMINISTRAÇÃO) Os enunciados abaixo foram convertidos da voz passiva analítica para a voz passiva sintética ou pronominal. Cometeuse uma impropriedade na conversão em: a) “a colheita deve ser feita na época certa” (linhas 14-15) / a colheita deve fazer-se na época certa; b) “exigem que o trabalho seja cronometrado” (linhas 2728 ) / exigem que se cronometre o trabalho; c) “a partir de 1850 é restabelecido o descanso semanal” (linhas 32-33) / a partir de 1850 se restabelece o descanso semanal; d) “em 1919 é votada a lei das oito horas” (linhas 33-34) / em 1919 votou-se a lei das oito horas; e) “que não pode ser confundido ainda com o tempo propriamente livre” (linhas 45-46) / que não se pode confundir ainda com o tempo propriamente livre.

21. (TRF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Na oração “como o que Bush experimentou ao nomear Harvey Pitt” (linhas 53-54), o verbo nomear foi usado na forma do infinitivo. Se usado numa forma finita, este verbo e todos os outros terminados em -ear, bem como alguns terminados em -iar, apresentam formas ditongadas e não ditongadas, segundo a norma culta da língua. Considerando essa característica de flexão, está INCORRETA a forma usada na frase: a) É conveniente que hasteemos a bandeira da moralidade nos negócios públicos. b) Um dirigente que demonstre competência não receia enfrentar problemas de gerenciamento. c) As sociedades anseiam por dirigentes que primem pela competência e moralidade. d) O presidente Bush freiou a iniciativa espúria de Harvey Pitt. e) Uma ação sensata do presidente sempre remedeia possíveis situações constrangedoras.

26. (TRT 1a região / ÁREA JUDICIÁRIA) Considere a flexão do verbo no trecho "Os trabalhadores se submetem a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho..." (linhas 12-14) e, em seguida, analise o mesmo verbo flexionado nas frases abaixo. Pode-se afirmar que o referido verbo está flexionado de forma INCORRETA na opção: a) Trabalhador, jamais te submeta a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho. b) Trabalhadores, não se submetam a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho. c) Não somos trabalhadores que nos submetamos a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho. d) Jamais como trabalhador se submetera a formas mais ou menos intensas de desvalorização da força de trabalho. e) Constantemente submetemo-nos a formas mais ou

22. (TRF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Passando-se para a voz ativa e mantendo-se o sentido original, a oração “Com verba do Estado, 18 composições já estão sendo reformadas” (linhas 5-6) deve ter a forma expressa na opção: a) Já estão reformando 18 composições com recursos do tesouro estadual. b) O Estado, com recursos próprios, já está reformando 18 composições. c) Já estão sendo reformadas pelo Estado, com recursos do tesouro, 18 composições.

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menos intensas de desvalorização da força de trabalho.

topicalizado no trecho "Crucial neste caso é que não se trata de uma contradição" (linhas 5-6) exerce função sintática idêntica à do termo topicalizado em: a) Antônio eu vejo sempre na cidade. b) Médico ele continuaria por muitos anos. c) Da família herdamos uma série de caracteres. d) Durante o enterro a viúva chorou muito. e) O filho dele tornou-se advogado.

27. (TRT 1a região / CARGOS DIVERSOS) Das alterações feitas na frase “Os pais não têm onde deixar suas crianças quando vão para a lavoura” (linhas 23-24), aquela que está INCORRETA quanto à flexão verbal, de acordo com as normas da língua culta, é: a) Os pais só entretêm as crianças quando se dispõem a brincar com elas. b) Os pais só revêem as crianças quando refazem o caminho de volta para casa. c) Os pais reouveram as crianças depois que se dispuseram a voltar para casa. d) Os pais não se dispunham a ficar com as crianças quando estas lhes contradiziam as ordens. e) Os pais desdisseram as crianças quando interviram em seus maus costumes.

32. (TRF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Para o entendimento objetivo da frase “Mostra, também, que a melhor forma de evitar constrangimentos futuros, na escolha de dirigentes com mandatos fixos, ainda é a observância dos critérios de competência técnica e de moralidade” (linhas 47-49), é necessário interpretar que o termo em função de sujeito do verbo mostrar é: a) “a lição recente dos Estados Unidos” (linha 39); b) “o episódio Pitt” (linha 42); c) “o mandato fixo” (linhas 39-40); d) “a melhor forma de evitar constrangimentos futuros” (linhas 47-48); e) “a observância dos critérios de competência técnica e de moralidade” (linhas 49-50).

28. (PREFEITURA DE MARICÁ / VÁRIOS CARGOS) Das frases abaixo, a única CORRETA quanto à flexão verbal, de acordo com a norma culta da língua, é: a) Se proporem uma outra crônica, argumente que não há mais espaço nesta edição. b) Com a cooperação de todos, o jornalista creu que havia condição de escrever a reportagem. c) Os candidatos só poderão se inscrever no concurso de crônicas, se o requiserem. d) Os alunos de minha escola jamais obteram incentivo para redigir textos em crônicas. e) Se o autor da crônica intervir na questão, não ocorrerão outras críticas ferinas.

PROCESSOS SINTÁTICOS: SUBORDINAÇÃO E COORDENAÇÃO. 33. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) Nem sempre é possível reescrever orações subordinadas desenvolvidas como reduzidas, e vice-versa. Em relação às orações abaixo, a instrução de reescrita que NÃO pode ser cumprida é: a) Reescreva como desenvolvida: "sem lhes sugerirmos roteiros ou rumos para fontes de idéias" (linhas 7-8); b) Reescreva como reduzida de infinitivo: "que se atropelam sem sentido e sem propósito" (linhas 12-13); c) Reescreva como reduzida de infinitivo: "como já dissemos" (linhas 26-27); d) Reescreva como reduzida de gerúndio: "se existem" (linha 19); e) Reescreva como reduzida de gerúndio: "quando se conhecem as regras gramaticais e suas exceções" (linhas 27-28).

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS. 29. (TRT 1a região / ÁREA JUDICIÁRIA) No segmento “A conquista desta posição expressa-se mais evidentemente...” (linhas 31-33) o pronome sublinhado também poderia estar expresso em posição proclítica ao verbo, sem que se infringissem as normas gramaticais. Entre os itens abaixo, o único em que o pronome que acompanha o verbo NÃO admite outra colocação é: a) O empregado, a empresa o contratou para serviços temporários. b) Os empregados lhe queriam apresentar suas reivindicações salariais. c) Contratar-se-iam novos trabalhadores, caso a produção aumentasse. d) A empresa o estava contratando para prestar serviço nos canaviais. e) O contrato dar-se-ia por força das novas demandas de trabalho.

34. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) Há três orações no período: "O certo é que hoje se torna cada vez mais aceita a idéia de que a preocupação com a oralidade deve ser também partilhada pelos responsáveis pelo ensino da língua" (linhas 50-53), as quais, na ordem em que ocorrem, serão numeradas como 01, 02 e 03. Observando-se as relações entre elas, pode-se afirmar que está correta a análise feita em: a) a oração 01 está coordenada à oração 02 e esta é principal em relação à oração 03; b) a oração 01 é principal em relação à oração 02 e à oração 03 e estas últimas estão coordenadas entre si; c) a oração 01 é principal em relação à oração 02 e esta é principal em relação à oração 03; d) a oração 01 é principal em relação à oração 02 e à oração 03; e) a oração 01 é coordenada à oração 03 e esta é principal em relação à oração 02.

FUNÇÕES SINTÁTICAS. 30. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) Há ERRO na indicação da função sintática do pronome relativo em: a) “que a mente não criou” (linha 5) / objeto direto; b) “que se atropelam sem sentido e sem propósito” (linhas 12-13) / sujeito; c) “em que procuram fundir idéias” (linhas 13-14) / adjunto adverbial; d) “que não tinham” (linha 14) / predicativo; e) “de que possa dispor” (linhas 41-42) / objeto indireto.

35. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) Um bom exemplo de oração clivada, isto é, de uma única

31. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) O termo

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oração dividida em duas partes, cada uma contendo um verbo, encontra-se em: a) “Eu te gosto, você me gosta / desde tempos imemoriais.” (versos 1 - 2) b) “Saí do cavalo de pau / para matar seu irmão.” (versos 5 - 6) c) “Toquei fogo na fragata / onde você se escondia / da fúria de meu bergantim.” (versos 19 - 21) d) “Pulei muro de convento / mas complicações políticas / nos levaram à guilhotina.” (versos 31 - 33) e) “Seu pai é que não faz gosto.” (verso 39)

REGRAS GERAIS NOMINAL E VERBAL.

DE

d) Os planos previam projetos e estruturas recémidealizadas. e) Os índices social e econômico de desenvolvimento da Região Metropolitana são baixíssimos. 40. (TRF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) A frase em que se infringe a norma de concordância nominal prescrita pela língua culta é: a) O tempo livre era gasto com asseio e alimentação necessárias. b) Os trabalhadores assistiam semanalmente a práticas e rituais religiosos. c) Os trabalhadores não tinham direito a descanso e férias remuneradas. d) Viviam no lazer a nobreza e a burguesia ociosas. e) As leis não protegiam o artesão e o camponês sofridos.

CONCORDÂNCIA

36. (PREFEITURA DE MARICÁ / VÁRIOS CARGOS) Está INCORRETA, quanto à concordância verbal, de acordo com a norma culta da língua, a frase: a) Creio que este é um dos cronistas que mais trata de temas variados. b) Quem dentre os cronistas citados trataram de temas esportivos? c) Um ou outro cronista tratarão de temas variados. d) Há de tratar-se de temas populares nas crônicas do cotidiano. e) Hão de existir temas variados nas crônicas contemporâneas.

41. (TRT 1a região / ÁREA JUDICIÁRIA) A frase INCORRETA quanto à concordância verbal, de acordo com as normas da língua escrita contemporânea, é: a) Mais de um sindicato de trabalhadores rurais sugeriu o estado de greve como reivindicação de perdas salariais. b) Decerto que aos cortadores de cana caberia a procura de alternativas de emprego no período de entressafra. c) O plantio da cana de açúcar é um dos segmentos da agricultura que mais prospera em nosso país. d) Poderiam haver dois ou três meses de desemprego entre os períodos de colheita e industrialização da cana. e) Cerca de sessenta por cento da cana colhida seguem para a produção de açúcar refinado.

37. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) Em: "Quando os professores nos limitamos a dar aos alunos temas para redação..." (linhas 6-7), observa-se: a) erro quanto à norma culta de concordância do português contemporâneo; b) concordância exclusiva da norma corrente em Portugal; c) concordância ideológica, não concordância com a morfologia do sujeito; d) concordância característica do estilo afetado de certos falantes da língua; e) uma gralha, ou cochilo de impressão.

42. (TRT 1a região / CARGOS DIVERSOS) Na oração “Segundo a socióloga Eridan Moreira Magalhães, da DRT/RS, as crianças na atividade agrícola fazem parte da cultura da região” (linhas 20-22) há uma incompatibilidade de sentido entre o verbo e o sujeito, porque: a) o verbo não está em concordância com o sujeito “a socióloga Eridan Moreira Magalhães, da DRT/RS”; b) é vergonhoso para um país que haja crianças envolvidas com o trabalho agrícola, a ponto de este fato ser considerado como uma “cultura da região”; c) o que faz parte da cultura da região é “a presença de crianças na atividade agrícola”, forma como deveria estar redigido o sujeito da oração; d) ainda que o verbo esteja concordando com o sujeito “as crianças”, este, por designar um grupo inserido numa atividade econômica e cultural da região, leva o verbo a concordar no singular; e) por se tratar de uma construção indicativa de uma atividade cultural e relacionada à opinião de uma autoridade, deve ter o verbo empregado de forma impessoal, razão pela qual este deveria estar expresso na 3a pessoa do singular.

38. (TRF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Na frase “Os Estados Unidos deram um importante exemplo de lisura e moralidade no trato da coisa pública”, a concordância verbal: a) está correta, porque o verbo concorda no plural com o sujeito composto; b) está incorreta, porque o sujeito simples no plural deve ser entendido como uma unidade, portanto, no singular; c) é facultativa, podendo o verbo concordar no plural ou no singular; d) justifica-se pela mesma norma que justifica a concordância na frase ”Os Pirineus separam a Espanha da França”; e) justifica-se pela mesma norma que justifica a concordância na frase ”Sete Lagoas ficam em Minas Gerais”. 39. (TRF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Está INCORRETA a forma como se fez a concordância nominal na frase: a) Os trens e as estações foram reformadas. b) Os engenheiros construíram um viaduto e uma passarela nova. c) Pela ferrovia trafegavam vagões e locomotivas refrigerados.

43. (TRT 1a região / CARGOS DIVERSOS) Dentre as alterações abaixo, feitas na redação da frase "As crianças já não são mais vistas nos canaviais" (linhas 32-33), está INCORRETA, de acordo com as normas da língua culta, a que se apresenta na opção: a) As crianças, já não as encontramos nos canaviais. b) Já não se vê as crianças nos canaviais. c) As crianças já não se vêem nos canaviais. d) Nos canaviais, já não se podem ver as crianças.

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e) As crianças, já não as podemos ver nos canaviais.

REGRAS GERAIS DE REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.

44. (TRF 2a região / TAQUIGRAFIA) A frase em que só uma das hipóteses de concordância verbal é aceita na língua culta é: a) Uma porção de torcedores invadia (ou invadiam) o gramado. b) Vivia (ou viviam) antigamente o craque e o torcedor em perfeita comunhão. c) Naquela época não havia (ou haviam) tantas competições. d) Zico foi um dos jogadores que mais engrandeceu (ou engrandeceram) o futebol. e) Não sou eu apenas quem fala (ou falo) que existiam grandes times.

49. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) No trecho “o desejo de comprar um carro de qualidade não é compatível com a disposição do comprador a pagar um preço capaz de atrair carros de qualidade para esse mercado” (linhas 16-19), o autor utilizou corretamente a preposição a na regência do nome disposição, mas também poderia ter utilizado a preposição de ou para. Nas frases abaixo também está correta a utilização não só da preposição que compõe a frase, mas também a indicada entre parênteses, EXCETO em: a) O professor deve estar sempre disponível para (em) atender as solicitações dos alunos. b) A idéia disseminada pelas (nas) escolas de que os professores recebem baixos salários é prejudicial aos profissionais. c) A boa política salarial deve promover a distinção entre (em) professores competentes e os de baixa qualificação. d) Os professores estavam revoltados com a (pela) falta de definição de uma política salarial. e) O Ministro da Educação está disposto à (para a) luta, com o objetivo de conseguir mais verbas para a educação.

45. (TRF 2a região / TAQUIGRAFIA) A concordância nominal destoa da norma prescrita nas nossas gramáticas em: a) Lotaram sindicatos e universidades brasileiras. b) Adquiriram computadores e fibras óticas sofisticados. c) Revelaram inteligência e autopercepção desmedidas. d) Superaram graves inflação e desvalorização monetária. e) Reviram antigas metas e planos. 46. (TRF 2a região / TAQUIGRAFIA) Na frase: "A profusão de frases a seu respeito são eloqüentes" (linhas 11-12), a concordância verbal se faz em obediência à mesma norma observada em: a) Quantos de vós estudam conscientemente o passado? b) Mais de um orador se criticaram mutuamente na ocasião. c) Tudo isso eram pensamentos, suposições. d) Nem a monotonia nem o tédio o fariam capitular agora. e) A maior parte das suas companheiras eram felizes.

50. (MAGISTÉRIO NITERÓI / Professor I) Na língua culta, a regência do verbo em destaque, no contexto em que está empregado, é facultativa em: a) “sem lhes sugerirmos roteiros ou rumos” (linhas 7-8); b) “desde que se aprenda como associá-las” (linha 21); c) “fundindo-as em moldes frasais adequados” (linha 22); d) “não lhe bastam as regrinhas gramaticais” (linhas 4041); e) “e ensiná-lo a criarou aprovisionar idéias” (linhas 4445).

47. (TRF 2a REGIÃO / TELECOMUNICAÇÃO E ELETRICIDADE) Dentre os itens abaixo, o que apresenta erro de concordância verbal é: a) Verificam-se as batalhas na forma de evento ou na sua versão histórica. b) Sempre existirão batalhas na forma de evento ou na sua versão histórica. c) Poderia haver batalhas, na forma de evento ou na sua versão histórica. d) Haverão de haver batalhas, seja na forma de evento, seja na sua versão histórica. e) Poderiam existir batalhas, seja na forma de evento, seja na sua versão histórica.

51. (TRF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Abaixo foram feitas alterações na parte sublinhada do trecho “Esta é a melhor forma de preservar a independência de organismos desse tipo cuja eficiência e utilidade para a economia do país são conseqüência direta de sua credibilidade e da independência de seus dirigentes” (linhas 5-9). A alteração que está em desacordo com as normas de emprego do pronome relativo está na opção: a) ... por cuja eficiência e capacidade administrativa a sociedade optou. b) ... entre cujas atribuições e compromissos está a preservação dos princípios da moralidade e da legalidade. c) ... para cujos dirigentes estão voltados os olhos da sociedade. d) ... de cuja eficiência e capacidade para a solução de problemas econômicos a sociedade confia. e) ... a cuja competência têm-se referido os mais renomados economistas do país.

48. (TRF 2a REGIÃO / TELECOMUNICAÇÃO E ELETRICIDADE) Dentre as modificações impostas ao trecho “... sobretudo pela necessidade de produzir evidências” (linhas 29-30), a que resulta em erro gramatical é: a) ... sobretudo pela necessidade da produção de outras evidências. b) ... sobretudo por se necessitar da produção de novas evidências. c) ... sobretudo pela necessidade de se produzir mais evidências. d) ... sobretudo pela necessidade de que sejam produzidas evidências. e) ... sobretudo por se necessitar da produção de bastantes evidências.

52. (TRF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Sobre a regência do verbo assistir na oração “a Região Metropolitana finalmente assistia ao início de um capítulo bom da novela protagonizada por mais de 3 milhões de pessoas” (linhas 10-13), pode-se afirmar que:

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a) está correta, porque o verbo foi empregado como transitivo indireto, no sentido de ser do direito; b) é semelhante à regência do verbo amar em frases como “Deve-se amar ao próximo”; c) admite a construção passiva, que seria: “O início de um capítulo bom da novela protagonizada por mais de 3 milhões de pessoas era assistido finalmente pela Região Metropolitana; d) está consoante com a língua escrita padrão, mas divergente dos hábitos da língua falada no Brasil; e) é a recomendada pela norma culta da língua, mas não é a habitualmente praticada pelos escritores contemporâneos.

regências distintas em coordenação. A opção em que tal fato ocorre é: a) Busca-se descobrir e investigar os fatos históricos que mais marcaram a formação de nosso povo. b) A busca e compreensão dos fatos históricos leva ao melhor conhecimento de nossa gente. c) Não só investigava como precisava de novas evidências dos fatos históricos. d) O estabelecimento e estudo das fontes históricas é tarefa a que se dedicam os pesquisadores e professores. e) Sabe-se e até se acata que os fatos históricos sejam analisados à luz de novas evidências. 57. (TRF 2a região / TAQUIGRAFIA) Na lacuna existente em: ”Os times vestiam sempre um mesmo uniforme, ____ que os jogadores se acostumavam", a regência da língua culta nos possibilita: a) empregar em ou a; b) empregar a ou com; c) empregar de ou em; d) empregar com ou de; e) não empregar preposição.

53. (TRT 1a região / ADMINISTRAÇÃO) No trecho “...aparelho de tortura (...) ao qual eram atados os condenados...” (linhas 8-10), constituiria infração às normas de regência da língua culta a substituição de ao qual por: a) do qual; b) no qual; c) a que; d) em que; e) onde.

EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DA CRASE. 58. (TRF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Para o preenchimento adequado das lacunas da frase “Um jornal noticiou ____ dois meses que dali ____ três semanas os cidadãos teriam acesso ____ novas tecnologias que ligariam ____ América _____ Europa _____ uma velocidade equivalente _____ da luz” têm de ser usadas as formas que aparecem na opção: a) há / a / a / à / a / a / a; b) há / a / a / a / à / a / à; c) há / há / a / a / à / à / a; d) a / há / à / a / à / a / à; e) a / a / à / à / a / à / à.

54. (TRT 1a região / CARGOS DIVERSOS) Como texto jornalístico, cujo objetivo é levar a notícia de forma simples e clara ao leitor, notam-se, em sua redação, formas que o aproximam da língua oral, como, por exemplo, “mas chega em casa tão cansado...” (linha 40), com o verbo chegar regendo a preposição em. Dentre as frases abaixo, a que apresenta uma forma de regência que também é considerada própria da língua oral e, portanto, INCORRETA para a língua escrita padrão, é: a) Quando o pai de Jefferson o viu, aproximou-se dele e lhe abraçou. b) Eram crianças que nunca podiam usufruir o que a vida deveria reservar-lhes nessa idade. c) Elas dependiam dos pais e, por isso, deveriam obedecer-lhes em todas as ordens. d) Os menores trabalhadores, a população os encontra nas áreas urbanas, com a polícia importunando-os a toda hora. e) Na atividade agrícola e na indústria calçadista não lhes sobra nenhuma oportunidade, por isso as crianças optam por viver nas ruas.

59. (TRF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) No enunciado “os serviços essenciais à população” (linhas 41-42), é obrigatório o emprego do acento para marcar a crase. Nas alterações do enunciado feitas abaixo dispensa-se o acento por não haver a crase. Numa das alterações, entretanto, pode-se usar o acento por se tratar de um caso de crase facultativa. Esta alteração está na opção: a) os serviços essenciais a essa população; b) os serviços essenciais a toda e qualquer população; c) os serviços essenciais a uma população ansiosa por melhorias; d) os serviços essenciais a quase toda a população; e) os serviços essenciais a nossa população.

55. (PREFEITURA DE MARICÁ / VÁRIOS CARGOS) A frase INCORRETA quanto à regência verbal, de acordo com a norma culta da língua, é: a) O cronista em que tenho ciência é aquele que escreveu duas crônicas no jornal de bairro. b) O cronista a que me refiro não precisa entender de nada com profundidade. c) O cronista a que aludo é aquele que não precisa entender de tudo. d) O cronista sobre cujo texto fiz um comentário é aquele que não precisa entender de nada ao falar de tudo. e) O cronista de cujos textos retirei estes exemplos é especializado em temas políticos.

60. (TRT 1a região / ADMINISTRAÇÃO) No período “A Eva coube o 'trabalho' do parto” (linha 6), os autores do texto optaram por não usar o acento indicativo da crase no a inicial, por se tratar de um caso de crase facultativa. É igualmente facultativo o uso do acento da crase em: a) O trabalho levava o homem até à discriminação social. b) O patrão deixava às suas empregadas os trabalhos domésticos. c) Santo Tomás de Aquino era favorável às tarefas manuais. d) Todos os dias o operário dirigia-se às oficinas bem cedo. e) A cruz à qual estava atado o condenado era de

56. (TRF 2a REGIÃO / TELECOMUNICAÇÃO E ELETRICIDADE) Uma das características da norma escrita contemporânea é o cruzamento de regências, em que um mesmo complemento serve a termos de

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madeira.

b) "Cada transação, comercial, cultural ou científica, atesta sua existência..." (linhas 28-29) / Cada transação comercial, cultural ou científica atesta sua existência... c) "Mas os mitos são misteriosos, contêm segredos insondáveis." (linhas 35-36) / Mas os mitos são misteriosos: contêm segredos insondáveis. d) "Eles, e apenas eles, conseguem sondar o oculto..." (linhas 41-42) / Eles (e apenas eles) conseguem sondar o oculto... e) "Cada um desses termos encobre um buraco negro..." (linhas 54-55) / Cada um desses termos, encobre um buraco negro...

61. (TRT 1a região / ÁREA JUDICIÁRIA) Se fosse dada ao trecho “...internos e externos ao sistema de produção da cana-de-açúcar...” (linhas 40-41) a redação “...internos e externos à estrutura de produção da cana-de-açúcar...”, haveria necessidade de usar-se o acento indicativo da crase. Nas frases abaixo o acento da crase também foi usado corretamente, EXCETO em: a) Decerto que à falta de investimento foram criadas novas formas de alocação da mão-de-obra no campo. b) Já não se atribui à inflação a principal causa dos problemas econômicos no campo. c) A pauta do Congresso aludia tanto à redução das horas de trabalho no campo quanto à nova sistemática de reajuste do salário mínimo. d) Cumpre à Câmara dos Deputados editar leis que regulamentem o trabalho braçal no campo. e) Os trabalhadores rurais desempregados viviam à expensas da solidariedade humana.

66. (TRF 2a REGIÃO / TELECOMUNICAÇÃO E ELETRICIDADE) Nos itens abaixo, substituiu-se a vírgula por outro sinal de pontuação. A opção em que a substituição NÃO é cabível gramaticalmente é: a) “Pode-se dizer que as batalhas históricas, ou os eventos em geral que envolvem conflitos, são travadas pelo menos duas vezes.” (linhas 1-3) / Pode-se dizer que as batalhas históricas - ou os eventos em geral que envolvem conflitos - são travadas pelo menos duas vezes. b) “O combate histórico feriu-se há cem anos, mas ele se prolonga até hoje nas batalhas acadêmicas e políticas (...)” (linhas 15-17) / O combate histórico feriu-se há cem anos; mas ele se prolonga até hoje nas batalhas acadêmicas e políticas (...) c) “(...) seria mesmo mais adequado dizer que são combates que continuam até hoje, em que não se distingue a história da historiografia.” (linhas 11-13) / (...) seria mesmo mais adequado dizer que são combates que continuam até hoje; em que não se distingue a história da historiografia. d) “A batalha de hoje se dá em duas frentes principais, a frente acadêmica e a frente do movimento pelo fim das discriminações raciais.” (linhas 25-27) / A batalha de hoje se dá em duas frentes principais: a frente acadêmica e a frente do movimento pelo fim das discriminações raciais. e) “Em se tratando de acontecimentos que marcaram profundamente a História, como a Revolução Francesa, seria mesmo mais adequado dizer que são combates que continuam até hoje, em que não se distingue a História da Historiografia.” (linhas 9-13) / Em se tratando de acontecimentos que marcaram profundamente a História - como a Revolução Francesa - seria mesmo mais adequado dizer que são combates que continuam até hoje, em que não se distingue a História da Historiografia.

62. (PREFEITURA DE MARICÁ / VÁRIOS CARGOS) A frase INCORRETA quanto ao emprego do acento da crase é: a) Às crônicas de Cecília Meireles dou preferência as de Fernando Sabino. b) O professor fez menção à crônica da página 400. c) Embora achasse que escrevia à Machado de Assis, não passava de um mau escritor. d) Afirmou o repórter que apenas visava à apuração dos fatos. e) O texto referia-se à toda crônica já publicada. 63. (TRF 2a REGIÃO / TELECOMUNICAÇÃO E ELETRICIDADE) O sinal indicador da crase presente em “que levaram à sua extinção” (linha 19) é optativo. A opção em que também há um sinal indicador da crase optativo é: a) Jamais agasalhou conceitos que não dessem luz às indagações históricas mais obscuras. b) Sempre expunha às claras suas idéias sobre fatos históricos. c) Optou por pedir à Joana que o ajudasse em suas pesquisas históricas. d) A banca conferiu grau máximo à tese defendida sobre documentos históricos. e) Conferiu à professora o valor de tê-lo encaminhado para a vida profissional.

QUESTÕES GERAIS

64. (TRF 2a região / TAQUIGRAFIA) O uso do acento grave é facultativo em: a) Ninguém escapa à sua origem. b) A voracidade era extensiva à espacialidade da modernidade-mundo. c) Uma casta à parte traduz, assim, a vontade divina. d) Cada ato mágico encenado deve respeito às fases da lua. e) O mesmo feiticeiro pode voltar à carga.

67. (TRF / CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Na defesa de uma pessoa acusada de algum crime, no Brasil, um advogado, em audiência num Tribunal, para usar linguagem correta e adequada, deve dirigir-se ao juiz da seguinte forma: a) Meritíssimo Juiz, Vossa Excelência deveis saber que o réu é pessoa que goza de merecido prestígio entre empresários e homens de negócios, pois já tomastes conhecimento pelos órgãos da imprensa dos inúmeros empreendimentos por ele levados a efeito. b) Meritíssimo Juiz, Sua Excelência deve saber que o réu é pessoa que goza de merecido prestígio entre empresários e homens de negócios, pois já tomou conhecimento pelos órgãos da imprensa dos inúmeros empreendimentos por ele levados a efeito.

EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO 65. (TRF 2a região / TAQUIGRAFIA) Das alterações feitas na pontuação das frases do texto abaixo, constitui ERRO a alteração feita em: a) "Diz-se dele que tem 'humores'..." (linhas 5-6) / Diz-se, dele, que tem "humores"...

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c) Meritíssimo Juiz, Sua Excelência deveis saber que o réu é pessoa que goza de merecido prestígio entre empresários e homens de negócios, pois já tomastes conhecimento pelos órgãos da imprensa dos inúmeros empreendimentos por ele levados a efeito. d) Meritíssimo Juiz, Vossa Excelência deve saber que o réu é pessoa que goza de merecido prestígio entre empresários e homens de negócios, pois já tomou conhecimento pelos órgãos da imprensa dos inúmeros empreendimentos por ele levados a efeito. e) Meritíssimo Juiz, Sua Senhoria deves saber que o réu é pessoa que goza de merecido prestígio entre empresários e homens de negócios, pois já tomaste conhecimento pelos órgãos da imprensa dos inúmeros empreendimentos por ele levados a efeito. 68. (TRF / CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Se na festa de inauguração dos trens alguém resolvesse dirigir-se ao Governador do Estado para agradecer a obra realizada, usando uma linguagem correta e adequada, deveria expressar-se de acordo com a forma da opção: a) Senhor Governador, Vossa Excelência tem conhecimento das dificuldades do povo e sabe que todos lhe são extremamente agradecidos por esta obra. b) Senhor Governador, Vossa Excelência tendes conhecimento das dificuldades do povo e sabeis que todos lhe são extremamente agradecidos por esta obra. c) Senhor Governador, Sua Excelência tem conhecimento das dificuldades do povo e sabe que todos lhe são extremamente agradecidos por esta obra. d) Senhor Governador, Sua Excelência tens conhecimento das dificuldades do povo e sabes que todos te são extremamente agradecidos por esta obra. e) Senhor Governador, Vossa Senhoria tem conhecimento das dificuldades do povo e sabe que todos te são extremamente agradecidos por esta obra. 69. (TRF 2a REGIÃO / TELECOMUNICAÇÃO E ELETRICIDADE) Oferecem-se abaixo novas redações para o primeiro período do texto. A opção em que a modificação NÃO está de acordo com a norma gramatical vigente é: a) Pode-se dizer que as batalhas históricas e os eventos em geral que envolvem conflitos são travados pelos menos duas vezes. b) Pode-se dizer que os eventos em geral que envolvem conflitos e as batalhas históricas são travadas pelos menos duas vezes. c) Pode-se dizer que tanto as batalhas históricas quanto os eventos em geral que envolvem conflitos são travados pelos menos duas vezes. d) Pode-se dizer que as batalhas históricas - o mesmo acontece com os eventos em geral que envolvem conflitos - são travadas pelos menos duas vezes. e) Pode-se dizer, sobre as batalhas históricas e os eventos em geral que envolvem conflitos, que são travados pelos menos duas vezes.

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GABARITO

PARTE 1 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50.

E B C A E E C D A E E D D E A C A B A D B C E B A E C A C A D E A B D C E E B C B C D B E B A B E D

51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82. 83. 84. 85. 86. 87. 88. 89. 90. 91. 92. 93. 94. 95. 96. 97. 98. 99. 100. 101.

B D A D C C D E C B C B E B A D D C E B E C B E B E C B B E C E D E D D A C C B D B A C D A A B B A B

102. 103. 104. 105. 106. 107. 108. 109. 110. 111. 112. 113. 114. 115. 116. 117. 118. 119. 120. 121. 122. 123. 124. 125. 126. 127. 128. 129. 130. PARTE 2 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

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D A C B D E D E A E B E D C C A A C E B E C B B B D B D C

B D B B D B A B A A D E A C D B A E E D

21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. 66. 67. 68. 69.

D A C E D A E B C D B B C C E B C D A A D C B C D E D C A E D D A A A C B B E A E E C A E C D A ANUL ADA


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