Revista_OM_Ed. 17_Abril_2011

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OM M PSIQUIATRIA PSIQUIATRY

especialmente em populações específicas como a de idosos (10%), a de pessoas com doenças físicas (20% a 50%) nas quais os pacientes podem atribuir, inadequadamente, os sintomas depressivos à própria doença orgânica”. Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstra que 20% das crianças e adolescentes apresentam sintomas da depressão, como irritabilidade, apatia e desânimo. Dentro da realidade brasileira, esse número cai para 10% segundo o psiquiatra gaúcho Salvador Célia, presidente do Departamento de Saúde Mental da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Afirma, porém, que se não houver intervenção médica devida, essas crianças poderão ser fortes candidatas a se tornarem adultos depressivos pelo resto da vida (Leite, 2002). Ainda na visão de Meleiro (2000), a depressão é um dos maiores problemas de saúde do mundo. De uma forma o,u outra, cerca de 17% da população tem um ou mais dos seus episódios suficientemente graves durante a vida. Para a maioria das pessoas, esses episódios são relacionados a algum acontecimento adverso, como a morte de uma pessoa próxima, a perda de um emprego, a falta temporária de perspectivas, o sofrimento com doenças crônicas etc. Para Jeffrey (2003) a depressão é um distúrbio cíclico, com períodos de alívio ou bem-estar, alternando-se com períodos de depressão e/ ou de mania. Às vezes, há apenas um episodio de depressão, mas na maioria dos casos, particularmente com crianças, ocorre mais de um. Ela pode ser considerada uma doença que vem abrangendo grande parte da população, que precisa aprender a conviver com este mal OM 48

Jeffrey (2003) depression is a cyclical disorder, with periods of relief or welfare, alternating with periods of depression and / or mania. Sometimes there is only one episode of depression, but in most cases, particularly in children, occurs more than one. It can be considered a disease that has been covering most of the population who must learn to live with this evil and to develop mechanisms to combat the problems generated by it. It is noteworthy also that the disease interferes with the personal ability to work, sleep, relationships, eating, enjoy activities once considered pleasurable, that these circumstances do not occur with people who do not have the disease. There are several studies that seek to find a determinant in terms of inheritance for a person to express depression. What we see through the surveys is that, even if there is genetic predisposition, this alone does not determine the occurrence of a depressive episode (Gasparini, 2000). The person’s history is linked to how it arises and develops its way of being. Someone with a depressive disorder, for different reasons throughout life, learn to not realize their own limits. Missing the ability to identify needs and feelings, getting lost in a tangle of introjections. He spends much energy to get a little bonus. In relation to the world, she can not adequately nourish emotionally, leading gradually to a lack of meaning in relation with the external environment (Marcelo, 2005). Importantly, though, that severely depressed people may take their own lives. While most of them keep their thoughts to themselves to commit the act, others actually really talk about them with friends and family. Relatives and friends need to take suicide threats seriously and not see them as mere subterfuge to get attention.


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