Kvooka junho2016

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ANO IV EDIÇÃO 46

DISTRITO FEDERAL, GOIÁS, MINAS GERAIS, SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO E TOCANTINS www.kvooka.com

JUNHO 2016

Crise política e Zika enfraquecem poder de influência do Brasil no mundo A crise política e a epidemia de zika fizeram o Brasil perder uma posição no ranking de soft power (poder de influência) organizado pela consultoria britânica Portland.O Brasil ficou na 24ª posição entre 30 países - no ano passado, quando a lista foi lançada, ocupava o 23º lugar.

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POLÍTICA: Como limitar os

gastos federais pode ajudar a economia? Pág. 7 POLÍTICA: Conselho de Ética recomenda cassação de Cunha Pág. 8

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Pág. 10 TURISMO - Festas juninas movimentam regiões do Brasil. Nordeste é destaque- Os eventos, marcados pelas tradições religiosas, homenageiam três santos: santo Antônio, em 13 de junho; são João Batista, dia 24; e São Pedro, dia 29. Em cada lugar do país, a mistura de aspectos culturais com religiosos resulta em festejos únicos.

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POLÍTICA

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Crise política e zika enfraquecem poder de influência do Brasil no mundo Divulgação

e, com isso, prejudicaram a classificação do Brasil. Subida O Brasil melhorou, porém, no índice de participação global, que avalia os recursos diplomáticos e a contribuição para a comunidade internacional. O país subiu oito posições neste índice. Apesar de a política externa do governo Dilma ser criticada por analistas e diplomatas, que afirmam que o Brasil perdeu relevância internacional, o índice considera algumas outras medidas: o fato de ter recebido refugiados sírios, por exemplo, contou pontos no modo como o país é visto. Outra medida considerada, segundo a consultoria, foram acordos que fizeram com que o passaporte brasileiro “valesse” mais - ou seja, o brasileiro pode entrar em mais países agora sem precisar de visto. primeiro-ministro “queridinho” nas redes sociais

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crise política e a epidemia de zika fizeram o Brasil perder uma posição no ranking de soft power (poder de influência) organizado pela consultoria britânica Portland. O Brasil ficou na 24ª posição entre 30 países - no ano passado, quando a lista foi lançada, ocupava o 23º lugar. No topo do ranking estão os Estados Unidos, seguidos de Reino Unido e Alemanha. Na lanterna está a Argentina, único país latino-americano no grupo além do Brasil. O país também ficou à frente dos outros Brics (grupo de emergentes) - a Rússia fica em 27º e a China em 28º. O conceito de soft power costuma ser usado em contraposição ao de hard power, ligado a poderio militar e econômico. O soft power é uma influência que se dá por meios como a cultura e o esporte. Critérios O índice da Portland combina alguns critérios objetivos (como taxa de homicídios, nota dos alunos do país em provas internacionais, etc.) com pesquisas de opinião e alguns dados fornecidos pelo Facebook (o número de seguidores dos líderes do país, por exemplo). A consultoria analisa seis critérios: governo, cultura, educação, participação global, empresas e digital. O Brasil perdeu pontos no sub-índice de governo, qua avalia valores po-

ANO IV NÚMERO 46 JUNHO - 2016 PUBLISHER KLÉBER OLIVEIRA VELOSO JORNALISTA RESPONSÁVEL SUELI RAUL - DRT-GO/011263JP EDITOR DE FOTOGRAFIA EDMAR WELLINGTON - MTB 1842 COMERCIAL 55 62 3954.8201 55 62 8545.0028 | 9921.1028 odisseiacomunicacao@gmail.com jornalkvooka@gmail.com

líticos do país, instituições públicas e efeitos das políticas públicas. O país tinha 48,08 de nota neste critério em 2015 e, em 2016, passou para 47,58. Mas, como a nota de outros países também caiu, o Brasil acabou subindo da 29ª para a 28ª posição nesse tema. Segundo a Portland, a queda da nota do Brasilse deve à crise política, que resultou no afastamento tenporário da presidente Dilma Rousseff. Zika Mas também houve a influência do que a consultoria vê como demora do governo em tomar providências para combater o vírus Zika. A doença, ligada um boom nos casos de microcefalia em bebês, também afetou o índice cultura, que costuma ser um ponto alto do Brasil: é aí que entra a imagem simpática que o país tem no exterior com o samba e o futebol, por exemplo. Às vésperas da Olimpíada do Rio, a consultoria diz que há preocupação com o potencial impacto do vírus nos Jogos. O quesito educação também afetou a nota geral do Brasil - o país está em último na área, e antes estava na 23ª colocação. Segundo a consultoria, as notas do exame internacional Pisa, no qual o Brasil não vai bem, foram incluídas neste ano entre os critérios do ranking CONTEÚDO, DESENVOLVIMENTO, DESIGN, PROJETO GRÁFICO, PUBLICAÇÃO, IMPRESSÃO, REDAÇÃO E ORTOGRAFIA AGÊNCIA ODISSEIA COMUNICAÇÃO CNPJ 11.026.604/0001-23 Esta é uma publicação da Odisseia Comunicação, a g ê n c i a d e p u b l i c i d a d e e p ro p a g a n d a . A agência é comprometida com a ética, com o desenvolvimento sustentável, com o respeito ao consumidor e com a responsabilidade social. Os pontos de vista aqui expressos refletem a experiência e as opiniões dos autores. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida por quaisquer meios empregados sem a autorização prévia, por escrito, da agência e dos autores dos artigos.

Mundo Os Estados Unidos ultrapassaram o Reino Unido e a Alemanha este ano, passando da terceira para a primeira posição. Eles são fortes em três áreas: educação, produção cultural e inovação tecnológica. A Porland destaca a aparente contradição de o país melhorar em soft powerexatamente em um momento em que o polêmico Donald Trump pode ser tornar presidente, mas afirma que algumas medidas de Barack Obama como a reaproximação com Cuba - foram bem recebidas. Segundo a consultoria, a queda do Reino Unido, que era o campeão no ano passado, reflete uma possível saída da União Europeia - haverá um plebiscito na semana que vem para decidir a questão do chamado “Brexit”. Caso o país saia da UE, ele perde sua vantagem de ser membros de quase todos os grandes grupos e fóruns globais (como a União Europeia, o G7, o Conselho de Segurança da ONU etc.). A Portland também destaca o Canadá, que subiu no ranking ajudado pelo fenômeno do primeiro-ministro “queridinho” do país, Justin Trudeau. Ele fez diversas viagens internacionais e usa bem as mídias sociais - no Brasil, por exemplo, viralizou pela resposta dada quando questionado sobre o motivo de metade dos integrantes de seu gabinete serem mulheres (“Porque estamos em 2015”, respondeu). REDES SOCIAIS O conteúdo deste Jornal pode ser acessado, gratuitamente, por intermedio das seguintes redes sociais:

Conselho de Ética recomenda cassação de Cunha

Após oito meses de uma tortuosa tramitação, o Conselho de Ética da Câmara finalmente concluiu a análise do processo contra o deputado Eduardo Cunha, presidente afastado da Casa. A indefinição durou até o último momento, mas o peemedebista acabou derrotado em placar apertado: por 11 votos a 9, o colegiado aprovou o parecer do relator Marcos Rogério (DEM-RO), que recomenda sua cassação. Agora, o caso irá a plenário - são necessários os votos da maioria simples (ao menos 257 dos 513 deputados) para a perda do mandato. No entanto, isso ainda deve levar algumas semanas, já que Cunha vai recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para tentar anular o processo do conselho. A representação contra o peemedebista foi apresentada em outubro por Rede e PSOL, que o acusam de ter mentido à CPI da Petrobras quando disse que não tinha contas no exterior - revelou-se depois que o parlamentar possuía milhões de dólares na Suíça. Pelo Código de Ética da Câmara, um deputado omitir informação relevante de seus pares pode justificar a perda de mandato - Cunha sustenta que os recursos são geridos por trusts e que é apenas beneficiário do dinheiro. “Os trusts criados são empresas de papel, de laranjas de luxo”, reafirmou o relator antes da votação. “Nada afasta o deputado de se utilizar de engenharia financeira e dissimular recebimento de propina. Creio que a única sanção aplicável é a perda do mandado.” As denúncias sobre recebimento de propina - o peemedebista é réu no STF sob a acusação de receber valores referentes a um contrato de navios-sonda da Petrobras - ficaram de fora da análise do conselho por decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que é próximo de Cunha. Mistério e surpresa Antes da votação, o desfecho era uma incógnita: os 21 votos estavam divididos entre aprovar o parecer do relator ou a pena alternativa proposta por João Carlos Bacelar (PR-BA), que sugeria apenas a suspensão do mandato por três meses. Os opositores de Cunha esperavam que notícias negativas para ele na última semana - o juiz Sergio Moro tornou sua mulher, Cláudia Cruz, ré em uma ação sobre as contas na Suíça - influenciassem os votos de indecisos.


POLÍTICA

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Como limitar os gastos federais pode ajudar a economia? Entenda em 4 pontos O presidente interino Michel Temer teve um motivo importante para se reunir com parlamentares aliados nesta quarta-feira: explicar o projeto que é considerado o carro-chefe do plano de sua gestão para conter o avanço no rombo das contas públicas. O peemedebista levou com ele o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, encarregado de detalhar aos congressistas a proposta de emenda constitucional (PEC) que estabelece um teto para o crescimento dos gastos federais - o texto propõe limitar sua alta à variação da inflação por um prazo de até 20 anos. Apesar da relevância da medida no pacote econômico de Temer, é uma das mais nebulosas para quem não conhece termos como “crescimento nominal” e “desindexação”. Como, afinal, ela pode ajudar a economia brasileira a sair do buraco? Entenda nas respostas às quatro questões a seguir: 1) Como esse teto funcionaria? Nos últimos anos, as despesas federais (pagamentos de servidores, programas sociais, benefícios da previdência etc.) cresceram bastante - no ano passado, representaram 19,6% do PIB. Por outro lado, o dinheiro que entra tem diminuído, por causa da crise econômica. É como se o Brasil fosse uma pessoa que gasta cada vez mais e recebe cada vez menos - para este ano, a previsão é que o rombo atinja R$ 170 bilhões, ante os R$ 111 bilhões de 2015. O teto previsto na proposta do governo serviria para resolver a primeira parte do problema: frear o avanço dos gastos. Se o texto for aprovado, a partir de 2017 a alta nas despesas do governo ficará limitada à inflação do ano anterior. Ou seja: se o índice for de 5% em um ano, no seguinte os gastos só poderão aumentar em no máximo os mesmos 5%.Assim, o crescimento real - aquele que só considera o aumento que ultrapassa a inflação - é zero. É como se as despesas não crescessem, apenas fossem atualizadas de acordo com o índice. de partidos aliados no Congresso 2) De que forma a medida pode ajudar a economia? Uma das grandes preocupações do governo é diminuir o tamanho das despesas públicas em relação ao PIB (Produto Interno Bruto). Com gastos em alta e receitas em queda, fica difícil para governo alcançar o chamado superavit primário - dinheiro que “sobra” depois de saldar as despesas e é usado para pagar os juros da dívida pública.

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Sem conseguir honrar compromissos, o endividamento do país vira uma bola de neve, o que afeta seu funcionamento e a imagem da economia brasileira. Receosos, consumidores e investidores compram e investem menos, desacelerando a atividade econômica. Com o teto, o governo espera conseguir reequilibrar as contas e retomar a confiança no Brasil. Fábio Klein, especialista em finanças da Tendências Consultoria, avalia que o objetivo da gestão Temer é “afastar” cada vez mais despesas e receitas. Ele explica que 90% dos gastos federais têm regras que atrelam seu crescimento a algum indicador - como o aumento da própria receita. “A despesa, como tem regras que fazem ela crescer, dificilmente é reduzida. É sensível ao PIB e aumenta quando a economia vai bem. Por isso, é muito mais persistente e rígida do que a receita, que sofre com a situação econômica ruim e não tem essas regras (que determinam seu crescimento).” 3) Quais são as críticas ao plano do governo? Especialistas afirmam que a medida é um sinal positivo, mas ainda vago, do reequilíbrio das contas públicas. Além do controle dos gastos, eles sentem falta de propostas que visem o aumento das receitas. Para o professor do Insper João Luiz Mascolo, a pergunta a ser feita é: como

o governo Temer vai assegurar mais dinheiro no caixa? Alteração em regra dos gastos com saúde e educação é criticada Durante entrevista,o ministro da Fazenda não falou em aumento de impostos ou privatizações, por exemplo. Apenas disse que, caso o teto fiscal não seja cumprido, o governo será obrigado a limitar subsídios e subvenções, além de não conceder incentivos fiscais. “O superavit é receita menos despesas, mas o governo só está cuidando das despesas. Sua premissa é de que, com essas ações, a confiança vai aumentar, os investimentos também e teremos mais receita. É muito esotérico, não dá para garantir.” Para Klein, da Tendências Consultoria, faltam medidas adicionais para que a PEC amenize o rombo fiscal. Ele cita ações paliativas, como reajustes de tributos, e estruturais, como a reforma da previdência. “Se apenas essa regra for aplicada, em dez anos não conseguimos reduzir a relação dívida/PIB. Ela é necessária, mas, sozinha não resolve a coisa.” Meirelles afirmou aos jornalistas que o governo deverá tomar outras iniciativas, mas não especificou quais seriam. “Decidimos neste momento tomar as medidas mais importantes. Estamos propondo aquilo que são as medidas mais duras, o teto e a mudança nos índices de correção de saúde e educação. Se apro-

vadas, abrem espaço para medidas complementares”, afirmou o ministro. 4) O que os gastos com saúde e educação têm a ver com isso? Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda afirmou que, caso a PEC seja aprovada, as despesas com saúde e educação também deverão ser limitados à inflação do ano anterior - esse limite pode ser expandido, desde que o Congresso aprove cortes em outras áreas. Hoje, os valores investidos em saúde e educação estão vinculados ao avanço da receita do governo. Assim que o governo Temer anunciou que as duas áreas entrariam no texto, houve um debate sobre os prejuízos para os serviços, o que o presidente interino negou reiteradamente. Os especialistas ouvidos pela BBC dizem que é difícil saber como o ensino e o atendimento de saúde serão afetados, mas questionam a necessidade de limitar os gastos desses setores à inflação. Para eles, seria possível fazer cortes maiores em outros departamentos para dar uma margem maior às duas áreas essenciais. Outra ideia seria esperar o resultado alcançado pelo teto fiscal antes de mexer na regra que rege os valores gastos com saúde e educação. “Poderiam manter a regra atual valendo até o limite do gasto estar funcionando. Se não desse para cumprir o teto, se mexeria em saúde e educação, mas não antes”, opina Klein.



SEGURANÇA

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José Eliton afirma: Goiás será o primeiro em transparência na segurança pública Divulgação

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erramentas que estão sendo estabelecidas no estado são as mais modernas do Brasil, diz vice-governador e titular da SSPAP. Estatísticas com 100% de confiabilidade vão permitir adoção de estratégias pontuais no combate à criminalidade, destaca. A partir de 1º de julho, dados serão disponibilizadas no site da secretaria. Registro de Atendimento Integrado (RAI) facilita vida dos usuários A partir do dia 1º de julho, as estatísticas da criminalidade recebidas e validadas pelo Observatório de Segurança Pública e auditados pela Comissão de Instituição do Registro de Atendimento Integrado (CI-RAI), serão disponibilizados no site da Secretaria de Segurança Pública com 100% de confiabilidade. A afirmativa foi feita pelo vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), José Eliton, durante sequência de entrevistas a emissoras de TV e rádio. Os números serão disponibilizados para pesquisadores, imprensa e todos os cidadãos. “Goiás, que já é o 2º colocado no ranking nacional da transparência pública, conforme divulgou o Ministério Público Federal, também será na segurança pública o estado com o maior volume de transparência”, disse ele numa verdadeira maratona de contatos com jornalistas. O titular da SSPAP detalhou o aperfeiçoamento do método de registro, análise e divulgação de informações sobre todas as modalidades de crimes, a partir da implementação do Registro de Atendimento Integrado (RAI), que é o pro-

grama base da Plataforma de Sistemas Integrados (PSI), lançada em 1º de abril. “As ferramentas que estão sendo estabelecidas na segurança pública em Goiás são as mais modernas do Brasil para a apresentação de estatísticas, superiores inclusive às adotadas pelo estado de São Paulo”, disse. José Eliton explica que nessa nova gestão, a partir da implementação do RAI, as forças policiais no momento em que registram a ocorrência os dados entram no sistema automaticamente e são validados pelas forças policiais civis e militares e pelo Observatório que centraliza e coordena o trabalho de análise e consolidação das informações e auditado, posteriormente, pela Comissão da RAI que faz toda a checagem para evitar duplicidade ou registro incorreto. Só depois desse trabalho é que os dados serão disponibilizados à sociedade. Segundo ressaltou José Eliton, instituições que fazem avaliação da segurança pública ou quaisquer cidadãos vão poder pesquisar os dados, sem a necessidade de fazer a solicitação formal. “Qualquer pessoa poderá acessar o tipo de indicador que quiser, por período de interesse, seja por semana, mês, ano, e vai encontrar os números absolutos e relativos das ocorrências com total transparência, apenas preservando os dados de natureza sigilosa que a lei assim determina”, disse ele. “O que vamos dar é maior confiabilidade ao apresentar números sem qualquer duplicidade ou registro incorreto”, acentuou. José Eliton esclarece que tão importante quanto para a sociedade que vai

poder acompanhar a evolução das estatísticas de crimes no estado de Goiás, os dados produzidos com 100% de segurança também vão orientar o trabalho interno da Secretaria de Segurança Pública. “Trabalhamos com metas e resultados; e não há como mensurar metas e resultados se não houver uma estatística confiável e atualizada”, observa. “Como ferramenta de gestão e definição de ação policial a estatística é extremamente importante”, acentua. Conforme lembra o vice-governador e secretário José Eliton, com os dados estatísticos é possível verificar se esta ou aquela ação policial está correta. “Se num município ocorre uma situação fora do normal imediatamente somos avisados pelo Observatório e nos colocamos em alerta para identificar o que gerou aquela alteração, portanto, do ponto de vista da gestão, os números estatísticos são fundamentais”, salientou. José Eliton também observou que os números permitem análises mais amplas com uso de filtros que podem indicar, por exemplo, os crimes contra mulheres, onde ocorrem, com que frequência e em que circunstâncias. “A partir desses diagnósticos, é possível estabelecer políticas de segurança específicas para cada situação e modalidade de crimes, definindo a melhor estratégia”, disse. RAI O mesmo Registro de Atendimento Integrado (RAI) que permite a centralização dos dados em uma plataforma única de registros também facilita a vida dos usuários. Com o novo método, o cidadão não precisa mais se deslocar a uma

delegacia de Polícia Civil para registrar uma ocorrência. Ele pode ir sim à delegacia, mas, também, pode fazer o registro virtual através do aplicativo i9X para dispositivo móvel se estiver na região metropolitana ou simplesmente procurar qualquer policial nas ruas, numa viatura, num quartel ou num batalhão. “Hoje, todos os policiais, civis e militares, estão preparados para fazer o Registro de Atendimento Integrado, inserindo as informações diretamente no sistema unificado de registros da Plataforma de Sistemas Integrados (PSI)”, explicou o vice-governador e secretário José Eliton. Esse registro, conforme salientou, permite que as forças policiais e o Observatório de Segurança Pública tenham acesso em tempo real às ocorrências, favorecendo a intervenções imediatas. Antes, quando o registro era feito apenas na delegacia de Polícia Civil, os policiais militares que faziam a condução dos suspeitos, vítimas e testemunhas, em caso de flagrante, por exemplo, perdiam muito tempo parados nas delegacias. “Com o RAI, os próprios policiais militares fazem o registro e apenas conduzem os envolvidos à delegacia, voltando imediatamente para suas atividades nas ruas”, explicou. O RAI, segundo José Eliton, facilita para o usuário que passa a ser atendido com maior agilidade e precisão e para a Segurança Pública que tem um ganho gigantesco ao ter todo o aparato de segurança atuando com maior eficácia. “Todas essas ferramentas tecnológicas e de inteligência vão permitir uma atuação mais eficiente e com credibilidade e confiança”, completou.


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ECONOMIA

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Fazenda Estadual goiana lança Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica

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mpresas do comércio varejista de Goiás que quiserem implantar a Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e) já podem fazer o credenciamento, no site da Secretaria da Fazenda, para emitir o novo documento. De agora até dezembro deste ano, a utilização é facultativa, porém, a partir de janeiro de 2017 começará a ser obrigatória, conforme calendário anunciado durante o lançamento da NFC-e. A pedido do Fórum Empresarial, deverá ser criado pela Sefaz um grupo de trabalho que seguirá acompanhando a implementação da nota no comércio em Goiás. Com a adoção da NFC-e modelo 65, cujo projeto piloto teve início há seis meses com 17 empresas, Goiás adere ao projeto nacional ao lado de outros estados na implantação dessa ferramenta de modernização das administrações tributárias. Com a substituição dos documentos fiscais utilizados no varejo (cupom fiscal emitido por ECF e nota fiscal modelo 2 ao consumidor), haverá redução de custos ao contribuinte com a instalação e manutenção de impressoras e softwares, além de desburocratizar e simplificar a utilização do sistema, com repasse automático à Sefaz dos dados das vendas. Secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa afirmou que para o consumidor, destacam-se como vantagens a segurança e a transparência uma vez que ele poderá conferir a validade e autenticidade do documento fiscal recebido na compra. Além disso, Ana Carla Abrão ressaltou que a Nota do Consumidor Eletrônica participa automaticamente do Programa Nota Fiscal Goiana, o que contribuirá para resolver a maior recla-

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mação dos quase 280 mil consumidores inscritos, que é o não aparecimento da nota fiscal em sua conta, no site da Nota Goiana. De acordo com o superintendente da Receita, Adonídio Neto Vieira Júnior, após o período de cadastramento facultativo, que se encerra em dezembro deste ano, terá início um cronograma escalonado para utilização obrigatória da Nota Fiscal do Consumidor, que vai de janeiro de 2017 a janeiro de 2018, totalizando, ao final, pelo menos 140 mil empresas. Os primeiros a terem que utilizar a NFC-e serão as novas empresas varejistas e os postos de combustíveis a partir de janeiro de 2017, conforme cronograma que consta na Instrução Normativa nº 1.278/16-GSF,

apresentada hoje durante o lançamento. Dando sequência ao cronograma, as demais empresas do regime normal de tributação deverão emitir a NFC-e a partir de julho de 2017 e, por fim, em janeiro de 2018, os contribuintes optantes pelo Simples Nacional, finalizando a implantação em Goiás. O documento não será obrigatório para o Microempreendedor Individual (MEI), o produtor agropecuário e o extrator mineral ou fóssil. Ainda de acordo com a Instrução Normativa, o contribuinte autorizado a usar o Emissor de Cupom Fiscal e que se credencie como emissor da NFC-e, poderá emitir tanto um quanto o outro documento até 31 de dezembro de 2017, sendo esse o prazo final para dar baixa nas notas em

papel e cessar o uso do ECF. Como se credenciar para NFC-e – Para as empresas que já emitem a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), o credenciamento na Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica é automático, tendo, apenas que adaptar o programa emissor fiscal. Para aquelas que não emitem a NF-e, é preciso fazer o credenciamento no site da Secretaria www.sefaz.go.gov.br (no banner da NF-e) e instalar o emissor. Para as novas empresas, além de obter certificado digital, basta fazer o credenciamento na NFC-e, instalar o programa emissor e ter uma impressora não fiscal, que custa 50% a 90% menos que a impressora fiscal, que deixará de ser utilizada com a Nota Eletrônica do Consumidor.


ECONOMIA & EMPREENDORISMO

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Microsoft compra a rede social LinkedIn por US$ 26,2 bilhões A

Microsoft anunciou a compra do Linkedin, rede social para contatos profissionais, por US$ 26,2 bilhões. A dona do Windows concordou em pagar US$ 196 por ação do site de relacionamento corporativo. O atual presidente-executivo do LinkedIn, Jeff Weiner, continuará à frente da empresa e se reportará a Satya Nadella, presidente-executivo da Microsoft. Ele e Reid Hoffman, presidente do conselho, cofundador e sócio controlador, ajudarão na transição. A expectativa é que o processo seja encerrado ainda este ano. O LinkedIn será incorporado ao segmento de Produtividade e Processos de Negócios da Microsoft. A aquisição é uma das mais caras da história da Microsoft, considerando os valores nominais dos negócios cujos termos foram anunciados. A maior transação até agora havia sido a compra do Skype, em 2011, por US$ 8,5 bilhões. Em seguida, surgem as compras da Nokia, por US$ 7,18 bilhões, em 2013; da aQuantive, em US$ 6,4 bilhões, em 2007; e da Mojang, criadora do game “Minecraft”, por US$ 2,5 bilhões, em 2014 O histórico da Microsoft com aquisições tem gerado dor de cabeça financeira. A transação da aQuantive, empresa de publicidade de internet, feita para competir com o Google rendeu à empresa o primeiro prejuízo de sua história em 2012 – para equilibrar as perdas, a companhia teve de registrar uma baixa contábil de US$ 6,3 bilhões.

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O segundo prejuízo da história veio em 2015 com outra baixa contábil, dessa vez de US$ 7,5 bilhões, por conta da Nokia. LinkedIn A rede social possui 433 milhões de usuários em todo o mundo e recebe 105 milhões e visitas por mês. O uso se concentra em aparelhos móveis –60% do fluxo vêm de smartphones e tablets. Segundo as duas empresas, há 7 milhões de listas de empregos ativas no LinkedIn. “O time do LinkedIn criou um ne-

gócio fantástico focado em conectar os profissionais do mundo”, afirmou Nadella. “Juntos, nós podemos acelerar o crescimento do LinkedIn, assim como o do Microsoft Office 365 e Dynamics, à medida que procuramos emponderar cada pessoa e organização do planeta.” “Nos últimos 13 anos, nós nos posicionamos unicamente para conectar profissionais e fazê-los mais produtivos e bem sucedidos”, afirma Weinder. “Assim como nós mudamos o jeito como o mundo se conecta a uma oportunidade, esse relacionamento como a Microsoft

e a combinação da nuvem dela e da rede do LinkedIn nos dá uma chance de também mudar o jeito como o mundo funciona.” Vazamento de dados e ‘Era pós-PC’ O LinkedIn vive um momento em que, por um lado tenta consolidar sua relevância, e por outro, lida com o fantasma do vazamento de dados pessoais de seus usuários voltou a assombrar. Uma falha de 2012 permitiu que invasores conseguissem um pacote de 6,5 milhões de credenciais de acesso. Em maio deste ano, no entanto, esse conjunto de informações ressurgiu novamente na internet, mas, dessa vez, muito maior. Continha 167 milhões de combinações entre login de acesso e senha. O volume de credenciais era vendido na internet por preços que variavam conforme a demanda. O valor inicial era de US$ 2,2 mil. A suspeita é que a exposição dessas senhas seja o motivo principal para uma onda de invasão de perfis em redes sociais de personalidades, como Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, e Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones. Já a Microsoft tenta emplacar o Windows 10 como um sistema operacional capaz de executar tarefas comuns a computadores quanto a dispositivos móveis. Líder em softwares para computadores, essa é a iniciativa da empresa para entrar de vez na “Era Pós-PC”, inaugurada com o advento do smartphone e o crescimento de empresas como o Google.


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SAÚDE

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Brasil irá exigir certificado internacional de vacinação de febre amarela

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medida será para viajantes de Angola e República Democrática do Congo. A recomendação é do Comitê de Emergência da OMS, devido às ocorrências de surtos da doença nestes dois países O Ministério da Saúde passará a exigir, a partir da primeira quinzena de julho, o Cerificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) aos viajantes procedentes ou que se destinam à República Democrática do Congo e Angola. A medida tem caráter temporário e é uma recomendação do Comitê de Emergência da Organização Mundial de Saúde (OMS), devido aos surtos de febre amarela urbana em curso nesses dois países desde dezembro do ano passado. A orientação foi definida na reunião do Comitê durante a Assembleia Mundial da Saúde, ocorrida no fim de maio, na Suíça. A medida é também preventiva para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos que acontece no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Manaus. Atualmente, o Brasil conta com três voos diretos com a Angola. Os viajantes, delegações e atletas em trânsito por esses países devem apresentar o certificado com data de vacinação com, pelo menos, 10 dias anteriores à viagem. A exigência deverá permanecer até novas recomendações da OMS. O Ministério da Saúde encaminhou a decisão às embaixadas de Angola e República Democrática do Congo, assim como a Rio 2016, organizadora dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos para as providências necessárias junto ao Comitê Olímpico Internacional e delegação esportiva dos países. Além disso, a pasta solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que comunique as companhias aéreas e de turismo essa orientação. “Independente desta medida, o Ministério da Saúde recomenda que, no atendimento de viajantes com sintomas de febre amarela, os profissionais de saúde investiguem com cuidado o histórico de viagem para os dois países visando a identificação de casos suspeito e adoção de medidas oportunas de prevenção e controle”, alerta o coordenador-geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira. CASOS – Os últimos casos urbanos (transmitida por Aedes aegypti) foram notificados em 1942, no Acre. Em 2015, foram registrados nove casos de febre amarela silvestre em todo o Brasil, com cinco óbitos. Este ano, até abril, foi identificado um caso com óbito. A maior parte do território brasileiro é considerada área com recomendação para vacinação de rotina contra a doença, tanto para residentes como aos viajantes. Apenas os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Rio de Janeiro não fazem parte da área com recomendação. PREVENÇÃO – A melhor forma de se evitar a febre amarela é por meio da vacina, utilizada no Brasil desde 1937 e disponível gratuitamente nos postos de

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saúde da rede pública. O Ministério da Saúde orienta uma dose da vacina mais um reforço. De 2000 a 2015, foram aplicadas 125 milhões de doses em todo o Brasil. As intensificações de vacinação são realizadas quando há ocorrência de surtos da doença. A vacina contra a febre amarela compõe o Calendário Nacional de Vacinação. É altamente eficaz e segura para o uso a partir dos nove meses de idade em residentes e viajantes a áreas com recomendação de vacina ou a partir de seis meses de idade em situações de surto da doença. A vacina confere imunidade em 95% a 99% dos vacinados. Os sintomas iniciais da febre amarela incluem febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorra-

gia e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Às pessoas que identifiquem alguns destes sinais, o Ministério da Saúde recomenda procurar um médico na unidade de saúde mais próxima e informar sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas. Essa orientação é importante, principalmente, àqueles que realizaram atividades em áreas rurais, silvestres ou de mata como pescaria, acampamentos, passeios ecológicos, visitação em rios, cachoeiras ou mesmo durante atividade de trabalho em ambientes silvestres. VIAJANTES - O Ministério da Saúde disponibiliza a página do Saúde do Viajante (www.saude.gov.br/viajante) que contém dicas práticas e informações essenciais que ajudam os turistas nacionais e internacionais a proteger a saúde durante a viagem. As orientações são direciona-

das à prevenção de várias doenças. Para os turistas que vêm ao Brasil, estas informações poderão ser acessadas nos idiomas português, inglês, espanhol e francês. Como medida de prevenção, para residentes ou visitantes das áreas com recomendação de vacinação, o Ministério da Saúde orienta: - A pessoa que nunca recebeu a vacina contra a doença e vai viajar para as áreas de risco, deve ser vacinada com, pelo menos, 10 dias de antecedência; - Quem tomou uma única dose da vacina, deve receber um reforço com uma dose; - A orientação para pessoa que viaja para área de risco, sem ter sido vacinada, é que evite o acesso a áreas silvestres; - Se for necessário o deslocamento a esses locais, a pessoa deve usar roupas que protejam as áreas expostas do corpo – principalmente braços e pernas – e usar repelente.


CIDADES/EDUCAÇÃO

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São Paulo aprova Plano de Educação sem incluir discussão de gênero Divulgação

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Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou o Plano Estadual de Educação, um ano após o prazo previsto em lei para Estados e municípios. A votação foi marcada por protestos de professores e estudantes, que queriam a inclusão de uma proposta de financiamento para o cumprimento das metas e a discussão de gênero e diversidade sexual nas escolas. O plano traça 23 metas a serem cumpridas nos próximos dez anos. A proposta segue agora para a sanção do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O texto aprovado é praticamente a íntegra da proposta enviada pelo Executivo. Houve apenas uma modificação, feita a pedido da Apeoesp (principal sindicato estadual dos professores) para destacar a regularização da situação de professores temporários. Institui-se assim um cargo único para os professores, com diferenciação salarial apenas de acordo com a formação. Mesmo com pressão da bancada de oposição e das entidades, não foram incluídas no plano projeções orçamentárias de financiamento que garantam prazo para as 23 metas. Na última audiência pública antes da votação do plano, o secretário José Renato Nalini havia defendido que isso não interfere no cumprimento. O texto aprovado menciona apenas que o Estado vai apresentar propostas de alterações tributárias que permitam maior oferta de “recursos para a Educação”. No Plano Nacional de Educação (PNE), no entanto, há essa projeção. A meta nacional é de que se amplie o investimento público de forma a atingir

10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País até 2024. Para Rubens Barbosa de Camargo, professor da Faculdade de Educação da USP, sem definir estratégia, o documento é um plano “para inglês ver”. “O Plano Estadual de São Paulo foi apenas para cumprir a legislação. É uma cópia do PNE, sem que nenhuma discussão tenha avançado.” Gênero A discussão sobre gênero e diversidade sexual não constava da proposta, mas foi levantada pelos movimentos estudantis e por deputados de oposição. E não

avançou. “É uma pena, tendo em vista todo esse contexto que temos de violência contra a mulher e homossexuais, no Brasil e no mundo. Os interesses e as necessidades da escola pública ficaram de fora do plano”, disse o deputado Carlos Gianazzi (PSOL). Estudantes e professores protestaram na Assembleia durante toda a tarde e noite de terça-feira. “Debate de gênero tem de acontecer, machismo e homofobia matam gente pra valer”, cantaram em diversos momentos. Atraso A data-limite para todos os Estados

e municípios aprovarem um plano local era 24 de junho do ano passado, conforme o PNE. O texto só foi encaminhado pelo governo Alckmin (PSDB) para a Assembleia Legislativa no início de agosto do ano passado. A legislação não prevê punições aos Estados e municípios que descumpriram o prazo. Segundo o Ministério da Educação (MEC), verbas de merenda, transporte e livro didático são de transferência automática e não serão afetadas. Em outros programas, pode ter prioridade quem já está com o documento local definido.


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CIDADES

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Prefeitura deixará de recolher resíduos dos grandes geradores A

Prefeitura de Goiânia, em cumprimento à Lei nº 9.498, de 19 de novembro de 2014, deixará – a partir de 14 de julho – de coletar, transportar e dar a destinação final aos resíduos produzidos por grandes geradores, a exemplo de supermercados, shoppings, restaurantes, condomínios e outros. Conforme levantamento feito pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), na Capital há 600 grandes geradores e todos serão notificados e informados via e-mail e comunicados. A Companhia recolhe aproximadamente 42 mil toneladas de resíduos domiciliares por mês, sendo que 40% são provenientes dos grandes geradores. A medida, além de gerar economia, atende o Código de Posturas do Município e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que determina ao Poder Executivo a coleta gratuita apenas do resíduo domiciliar. De acordo com o presidente da Companhia, Edilberto Dias, até o dia 14 de julho todos os geradores deverão ser cadastrados na Comurg, por meio do formulário anexado ao site da prefeitura (www.goiania. go.gov.br). Depois da referida data, estes geradores deverão se responsabilizar com a coleta, o transporte e a destinação final dos resíduos. Independente da empresa escolhida para a realização da coleta, a mesma também deverá ser cadastrada no site da Prefeitura de Goiânia, além de ser qualificada para a execução da atividade e licenciada junto à Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA). Caso o gerador queira permanecer com a Comurg na execução da

coleta e destinação final dos resíduos, os serviços serão realizados mediante cobrança. “Com o cumprimento da lei, os estabelecimentos citados deverão criar condições para a separação e a coleta dos recicláveis e segregar os resíduos sólidos gerados entre secos e molhados, promovendo a coleta a seletiva. Além disso, o cidadão comum não pode arcar, em forma de pagamentos de impostos, com a coleta de grandes em-

preendimentos”, esclareceu Dias. O diretor Operacional do órgão, Ailson Alves, informa, no entanto, que a população atendida pela coleta convencional aos domicílios/residências, caracterizados como pequenos geradores, não serão afetados. Grandes geradores Entende-se por grande gerador os estabelecimentos comerciais públicos, institucionais, de prestação de serviços e indus-

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triais que produzem resíduos com o volume superior ou igual a 200 litros diários, ou condomínios de edifícios não residenciais, ou de uso misto, geradores de resíduos sólidos cuja soma em volume seja igual ou superior a 1.000 litros e, por fim, aqueles estabelecimentos comerciais públicos que são geradores de resíduos sólidos inertes, como entulho, terra, matérias de construção com massa superior a 150 quilogramas diários.


TURISMO

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Festas juninas movimentam regiões do Brasil. Nordeste é destaque

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as quadrilhas aos sucessos da música sertaneja, da maçã do amor ao quentão, as festas juninas são democráticas — ocorrem em todas as regiões do Brasil, com expressão máxima no Nordeste. Os eventos, marcados pelas tradições religiosas, homenageiam três santos: santo Antônio, em 13 de junho; são João Batista, dia 24; e São Pedro, dia 29. Em cada lugar do país, a mistura de aspectos culturais com religiosos resulta em festejos únicos. São vários destinos com grandes festas. Duas delas disputam o título de maior São-joão do Mundo. Que o diga Elba Ramalho, que abre a festa de Caruaru no agreste pernambucano pelo nono ano seguido. Os paraibanos contra-atacam com o forró eletrônico de Wesley Safadão, o popstar que arrasta multidões de fãs. No caminho da roça, no entanto, há opções mais próximas, como Itumbiara, Goiânia, Anápolis — todas no vizinho Goiás. Conheça a tradição, vista a sua roupa caipira e caia na tentação dos quitutes e na alegria das músicas que embalam as quadrilhas e as rodas de forró. De acordo com o Ministério do Turismo (MTur), as festas são uma oportunidade para incrementar o rendimento econômico em locais onde o turismo é ocioso nessa época do ano. “O são-joão é uma expressão cultural do Brasil. Queremos estimular o turismo relacionado à festa”, ressalta a coordenadora de posicionamento de produtos do MTur, Fabiana Oliveira. Viajar nesta época é ideal para gastar menos, pois junho é classificado como baixa temporada. O mês é escolhido para fazer festas há séculos. Celebrações consideradas pagãs eram organizadas durante o solstício de verão — dia mais longo e noite mais curta do ano — por volta de 21 e 22 de junho, no Hemisfério Norte. “Era a festa mais importante do ano, desde a época do neolítico”, esclarece o antropólogo da

Universidade de Brasília (UnB) Jaime de Almeida. As festas juninas como conhecemos vieram para o Brasil com os portugueses, no período colonial. “Jesuítas e franciscanos usavam os eventos para desenvolver trabalhos de catequese”, aponta Almeida. As comemorações fizeram sucesso entre os indígenas, que já dançavam e cantavam em homenagem ao sol e ao fogo. Também houve uma “filtragem”, diz o antropólogo, de celebrações já praticadas pelos nativos, para adequá-las à temática religiosa. “Colonos brancos e negros escravizados também participavam. Era o momento de oficializar os graus de parentesco em lugares onde a presença do clero era insuficiente”. Nessas cidades, geralmente interioranas, a vizinhança se reunia em volta da fogueira e realizava verdadeiros ritos, inclusive os casamentos que são encenados até hoje nas tradicionais quadrilhas. Na região Nordeste, os eventos deram tão certo porque o cristianismo chegou lá primeiro. “As festas de São-joão são uma maneira de reafirmar as relações de identidade daquele povo e relembrar seus laços com o passado”. Hoje em dia, avalia Almeida, as festas juninas têm traços folclóricos e migraram para as escolas e paróquias, onde crianças e jovens representam as antigas festas do campo, resultado de um longo processo de trocas e incorporações culturais. Cuidado para não se queimar A tradição de acender e pular fogueiras veio de Portugal. O costume deriva de um combinado entre Isabel, mãe de João Batista, e Maria, mãe de Jesus. Isabel teria mandado acender uma fogueira para avisar a Maria que seu filho havia nascido. Diz a lenda que quem saltar a fogueira por um número ímpar de vezes, dando, no mínimo, três saltos, fica protegido dos males pelo resto do ano.

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